Você está na página 1de 2

PLANEJAMENTO:

1) A primeira coisa a se pensar quando decidimos criar um podcast é em seu formato.


Separamos os principais tipos e alguns exemplos:

Podcasts Informativos e Educacionais: O MarcaTexto, por exemplo, reúne o


resumo de todas as obras literárias mais importantes para os vestibulandos e amantes da
literatura brasileira. Cada episódio conta com blocos de resumo, interpretação, contexto
histórico e análise de personagens.

Podcasts de Entrevistas e Conversas: Dominantes pelo universo da internet, os


famosos bate-papo, como o conhecido PodPah, o Poddelas ou o Vênus Podcast, por
exemplo, são os preferidos da galera. Seu formato descontraído e despretensioso traz
leveza e espontaneidade para o programa. Outro exemplo de programas de entrevista é o
Mano a Mano, guiado pelo rapper Mano Brown, que tem uma ambientação mais séria e
crítica.

Podcasts de Histórias e Narração: Os mais conhecidos desse tipo são os


monólogos, como o Não Inviabilize, da Déia Freitas, por exemplo, e os de storytelling
(Contação de histórias), como o podcast Os Fantasmas Se Divertem. Ambos são bem
parecidos na prática, mas o monólogo pressupõe, pelo próprio nome, que o
desenvolvimento do programa seja feito por uma única pessoa. Neste formato, geralmente
o(s) apresentador(es) lê e-mails enviados pelos ouvintes que compartilham suas histórias;
mas pode servir também para reflexões acerca de um determinado assunto, por exemplo.

Podcasts de Notícias e Atualidades: É bastante comum que esse tipo de podcast


esteja vinculado com alguma plataforma como jornais e sites de notícias, por exemplo; mas
não é uma obrigatoriedade. Alguns exemplos bem conhecidos são o Desce a Letra, do
Cauê Moura (que é vídeo, mas funciona muito bem somente com o áudio) e o Café da
Manhã, no spotify.

Nota: optamos por não colocar a opção de Podcasts de Comédia e Entretenimento, com o
intuito de que vocês se organizem para roteirizar e executar um projeto com uma estrutura
mais específica, lembrando que a maioria dos tipos acima listados não excluem a
possibilidade de um toque de humor e entretenimento.

2) A título de informação e adequação ao gênero, a segunda questão importante a


definir é a frequência do seu podcast: se ocorrerá em episódios e de quanto em
quanto tempo; mas o nosso projeto, devido questões de tempo e do próprio
planejamento escolar, ficará restrito a um episódio por grupo. O objetivo é
conseguirmos trabalhar todas as etapas que envolvem esse processo: da
roteirização à publicação do material.

3) ROTEIRO: Definidas e concluídas essas primeiras etapas, vamos roteirizar!


O roteiro varia conforme o tipo de podcast, como vimos no primeiro tópico. É a etapa
essencial para pensarmos o seu desenvolvimento porque é a partir dele que você vai guiar
suas gravações. É importante pensarmos que se precisamos prender a atenção do ouvinte,
é necessário que o podcast esteja muito bem estruturado e traga perguntas, situações ou
discussões de relevância para o público que você quer atingir. Também é importante saber
aproveitar as deixas para o uso de vinhetas ou propagandas, por exemplo. Por ser um
gênero que visa focar a narrativa na oralidade e não conta, em sua maioria, com efeitos
visuais para entretenimento, é importante pensar de que forma os efeitos sonoros podem
melhorar o seu trabalho e prender a atenção do seu público-alvo. Deste modo, para cada
tipo de podcast, pensa-se em uma estratégia de roteiro:

Informativos e Educacionais: É imprescindível que este formato se fundamente


em informações verdadeiras, com suas devidas fontes. Estudar o tema escolhido é o mais
importante, e a partir disso, desenvolver um roteiro que faça sentido: qual a sua motivação
em falar sobre o tema? Qual a relevância do tema para a sociedade? O que você quer falar
exatamente? Um exemplo disso é o próprio MarcaTexto mencionado na descrição desse
tipo: um podcast que visa analisar obras literárias, voltado para os vestibulandos e
simpatizantes com o tema.

Entrevistas e Conversa: Tenha em mente o convidado e/ou o tema a ser abordado


para estruturar o seu roteiro de modo que ele tenha começo, meio e fim, no sentido de:
introduzir o convidado e contextualizar o ouvinte a respeito dele e do seu trabalho;
assegurar que o assunto não fuja muito da proposta e a conversa ou entrevista acabe
perdendo o rumo e o sentido; atentar-se em responder todas as questões que foram
levantadas. Atenção: É importante alinhar previamente com o convidado as questões a
serem levantadas durante a programação para evitar constrangimento!

Histórias e Narração: Uma maneira de roteirizar esse tipo de podcast é pensar no


seu objetivo com a história. Por exemplo, a Déia, do Não Inviabilize, tem vários quadros na
sua programação e um dos mais conhecidos é o Picolé de Limão, em que os ouvintes
mandam histórias escabrosas que aconteceram com eles e ela discorre sobre o
acontecimento com humor e acidez. Já em Os Fantasmas Se Divertem, as apresentadoras
contam de forma descontraída, comentando quando consideram pertinente, histórias de
terror que em teoria, teriam acontecido de verdade com os ouvintes. Deste modo, o
caminho é escolher uma boa história e contá-la com uma boa interpretação; depois pensar
em questões para comentar sobre.

Notícias e Atualidades: Semelhante ao primeiro tipo aqui listado, é necessário


atentar-se à veracidade das informações - ou, neste caso, deixar claro se há alguma
possibilidade da notícia ser falsa, sensacionalista e tendenciosa. Sempre buscar por
questões de relevância e procurar tomar cuidado com assuntos polêmicos.

*Próximas etapas: PRODUÇÃO, EDIÇÃO e DISTRIBUIÇÃO. Falaremos de cada uma a seu


tempo.

Você também pode gostar