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Terceira geração romântica: condoreira

Foi um período do romantismo que se caracterizou pelo estilo mais libertador


influenciado especialmente pela obra político-social do historiador e poeta francês
Victor-Marie Hugo no período de (1802-1885), dando origem a expressão geração

hugoana.

Vale ressaltar que nessa época, houve uma busca continua pela identidade nacional,
com o foco não só em etnias e indígena, bem como em identidade negra do país.
Só assim se pode entender o porquê o assunto abolicionismo foi bastante explanados
pelos escritores, em particular Castro Alves, cujo engajamento na poesia social lhe
rendeu a alcunha de "poeta dos escravos".
Já no Brasil, Condoreirismo expressão dada aos vários adeptos da época como o já
citado Castro Alves, Pedro Luís, Pedro Calasãs e Sousândrade. Na Europa, os artistas
condoreiros abraçavam a causa dos oprimidos sociais, como os proletariados das
industrias e os camponeses; no lado brasileiro, a poesia condoreira assumiu feições
abolicionistas e republicanas, expondo na literatura o lado sombrio da sociedade
brasileira, a pesar do ufanismo encontrado na primeira fase do Romantismo. A
denominação Condoreirismo esta ligada ao canto e outros pássaros que voam alto e
enxergam a grande distância, pois somente assim que os escritores condoreiros
buscavam ao assumir a missão de mostrar o caminho da justiça e da liberdade para os
“homens comuns”.
Características da terceira geração romântica
Os pontos principais dessa geração são:
 Erotismo
 Pecado
 Liberdade
 Abolicionismo
 Realidade social
 Negação do amor platônico
Principais autores da terceira geração
Segundo o autor, os principais escritores dessa geração são:
Antônio Frederico de Castro Alves (1847-1871)
Escritor baiano de maior destaque da terceira geração romântica, Castro Alves,
chamado de "Poeta dos Escravos” apresenta uma poesia dividida em duas temáticas: a
poesia social e a poesia lírico-amorosa.
Dentre elas podemos destacar: O Navio Negreiro (1869), Espumas Flutuantes (1870),
A Cachoeira de Paulo Afonso (1876), Os Escravos (1883).
Joaquim de Sousa Andrade (1833-1902)
Mais conhecido por Sousândrade, Joaquim de Sousa Andrade foi um escritor e poeta
maranhense muito influente da literatura brasileira.
Em 1857, publicou seu primeiro livro de poesia “Harpas Selvagens”(1857). Sua obra
mais destacada é o poema narrativo: O Guesa (1871) baseado na lenda indígena Guesa
Errante.
Tobias Barreto de Meneses (1839-1889)
Tobias Barreto foi poeta, filósofo e crítico brasileiro, notável pelos seus poemas
românticos com grande influência do escritor Victor-Marie Hugo (1802-1885).
Suas obras: Glosa (1864), Amar (1866), O Gênio da Humanidade (1866), A Escravidão
(1868).
Joaquim Aurélio Barreto Nabuco de Araújo (1849-1910)
Um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras, Joaquim Nabuco foi um poeta,
jornalista, diplomata, orador, político e historiador brasileiro.
Os principais temas de sua obra: abolição da escravatura e liberdade religiosa. Suas
obras: Abolicionismo (1883), Escravos (1886), Minha formação (1900).
Sílvio Vasconcelos da Silveira Ramos Romero (1851-1914)
Sílvio Romero, um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras, foi um crítico
literário, poeta, ensaísta, historiador, filósofo, professor e político brasileiro.
Possui uma vasta obra nas áreas da: filosofia, política, sociologia, literatura, folclore,
etnologia, direito, poesia, cultura popular e história.
Destacam-se: A poesia contemporânea (1869), Cantos do fim do século (1878) e
Últimos harpejos (1883).

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