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ROMÂNTICA
CARACTERÍSTICAS DA 3a GERAÇÃO ROMÂNTICA
- Liberdade e realidade social: tal geração foi marcada pela revolta em relação as
injustiças sociais, e acreditava que era possível analisar a sociedade de um ponto mais
alto com a finalidade de conscientizar as pessoas sobre a liberdade assim como
colaborar com mudanças estruturais. Essa característica justifica o nome pelo qual a 3°
geração do romantismo ficou conhecida – Condoreira – que se refere a ave denominada
Condor, que vive na região da Cordilheira dos Andes.
- Abolicionismo: A busca por uma identidade nacional também marca presença nessa
fase, só que dessa vez voltada para todos os três grupos responsáveis pela
miscigenação brasileira: europeus, indígenas e negros. Com isso o foco das obras
encontra-se naqueles marginalizados socialmente.
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CARACTERÍSTICAS DA 3a GERAÇÃO ROMÂNTICA
- Negação do amor platônico: Ao contrário da 1 e da 2 geração, na geração
condoreira, o amor deixa de ser platônico, e se concretiza nas obras, mudando a
imagem atribuída a mulher, que antes era descrita como pura e intocável.
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Mãe penitente
Castro Alves
"Ouve-me, pois!... Eu fui uma perdida;
Foi este o meu destino, a minha sorte...
Por esse crime é que hoje perco a vida,
Mas dele em breve há de salvar-me a
morte!
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"Porque eu pequei... e do pecado escuro
Tu foste o fruto cândido, inocente,
— Borboleta, que sai do — lodo impuro...
— Rosa, que sai de — pútrida semente! ”
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"Por isso agora tua mãe te implora
E a teus pés de joelhos se debruça.
Perdoa à triste — que de angústia chora,
Perdoa à mártir — que de dor soluça!
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ANÁLISE
Castro Alves, conhecido como um poeta pré-realista, utiliza seus textos para denunciar
acontecimentos sociais do Brasil, além de exaltar a população negra em sua poesia -
marca do nacionalismo presente na geração.
Na obra é possível observar o depoimento de uma mulher negra que teve relações com um
português, o qual ela relata como um crime trouxe consequências para sua vida (“por esse
crime é hoje que perco a vida”), entre elas a geração de um filho, também negro, que estaria
condenado ao sofrimento como nota- se no trecho: “criei um ente para a dor e a fome”, fato
que se deve a crise econômica e desigualdade que marcaram a época em que o texto foi
produzido.
Analisando o poema, vê- se que ele aborda a temática do abuso sexual praticado pelos
senhores para com suas escravas. Além disso, mais profundamente percebe- se que a obra
retrata a dificuldade e a dor de mulheres que engravidam de maneira não planejada e não
tem estrutura para cuidar de seus filhos.
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"Ou / ve- / me, / pois!... / Eu / fui uma / per / di da; 9
Foi es / te o / meu / des / ti / no, a / mi / nha / sor te... 9
Por / es / se / cri / me é / que / ho / je / per / co a / vi da, 11
Mas / de / le em / bre / ve / há / de / sal / var- / me a / mor te! 11
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"Fi / lho! / Bem / vês... / fiz / o / mai or / dos / cri mes 10
— Cri ei um / en / te / pa / ra a / dor / e a / fo me! 9
Do / teu / ber / ço es / cre / vi / nos / bran / cos / vi mes 10
O / no / me / de / bas / tar / do — im / pu / ro / no me. 11
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ANÁLISE DA PARTE ESTRUTURAL
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ANÁLISE DA PARTE ESTRUTURAL
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ANÁLISE DA PARTE ESTRUTURAL
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ANÁLISE DA PARTE ESTRUTURAL
Em relação às figuras de linguagem, pode-se observar o uso de:
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AS DUAS FLORES – Castro Alves
São duas flores unidas, Unidas, bem como os prantos,
São duas rosas nascidas Que em parelha descem tantos
Talvez no mesmo arrebol, Das profundezas do olhar...
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AMAR E SER AMADO – Castro Alves
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MORENA FLOR – Castro Alves
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A CANÇÃO DO AFRICANO – Castro Alves
Lá na úmida senzala, "Minha terra é lá bem longe,
Sentado na estreita sala, Das bandas de onde o sol vem;
Junto ao braseiro, no chão, Esta terra é mais bonita,
Entoa o escravo o seu canto, Mas à outra eu quero bem!
E ao cantar correm-lhe em pranto
Saudades do seu torrão... ”O sol faz lá tudo em fogo,
Faz em brasa toda a areia;
De um lado, uma negra escrava Ninguém sabe como é belo
Os olhos no filho crava, Ver de tarde a papa-ceia!
Que tem no colo a embalar...
E à meia voz lá responde "Aquelas terras tão grandes,
Ao canto, e o filhinho esconde, Tão compridas como o mar,
Talvez pra não o escutar! Com suas poucas palmeiras
Dão vontade de pensar ...
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ANÁLISE
No poema “A canção do Africano” é possível perceber a saudade que o escravo sente
por sua terra natal e as injustiças que o comete no Brasil: “Lá todos vivem felizes. Todos
dançam no terreiro. A gente lá não se vende”.
O poema mostra a dura e triste realidade vivida por uma família escrava dentro da
senzala, talvez pelo fato do autor ser declaradamente abolicionista tenha escrito sobre
tal história e retratado toda a dor e sofrimento que aquelas pessoas passavam enquanto
eram submetidas a fome, maus tratos e trabalhos forçados.
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BIBLIOGRAFIA
5 MINUTOS DE LITERATURA. III Geração Românica – Castro Alves e Análise de Poema. 2016. (5m 14s).
Disponível em: < https://www.youtube.com/watch?v=93pjNHntsAA>. Acesso em: 23 de fevereiro de 2021.
AMAR E SER AMADO. Jornal de Poesia. Disponível em: < http://www.jornaldepoesia.jor.br/calvd192.html>. Acesso
em: 22 de fevereiro de 2021.
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CEREJA, William; COCHAR, Thereza. Conecte: gramática reflexiva. 2a edição. São Paulo: Editora Saraiva, 2013.
Capítulo 33, página 405.
CEREJA, William; COCHAR, Thereza. Conecte: gramática reflexiva. 2a edição. São Paulo: Editora Saraiva, 2013.
Capítulo 34, página 390.
22
TERCEIRA GERAÇÃO DO ROMANTISMO NO BRASIL. Mundo educação. Disponível em: <
https://www.todamateria.com.br/terceira-geracao-romantica/ >. Acesso em: 21 de fevereiro de 2021.
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GRUPO:
Bruna Àvila Rodrigues
Júlia Ramos Azevedo
Letícia Camargo de Alencar Neves
Maria Clara Dias Trida Sene
Pedro Lucca Silva