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Geração do Romantismo

Análise da obra

A Viuvinha –
José de Alencar

Professor: José Eduardo – LPLCP


Apresentação da Obra e Autor

José de Alencar
Elementos da
narrativa
Enredo, espaço e tempo

Essa obra se passa no Rio de Janeiro em meados do século XIX, por volta do
ano de 1844. E conta a história de um jovem órfão, Jorge, que herdou uma
enorme quantia, 300:000$000 (trezentos contos de reis), no entanto ainda jovem,
sob os cuidados de seu amigo, e amigo de seu pai, Sr. Almeida.
Narrador

O narrador é onisciente e onipresente, está em terceira pessoa, ou seja, é apenas


um observador dos fatos não participando diretamente dos acontecimentos.
Personagens
Jorge: 

Eis o protagonista da obra. Um jovem, que herda uma enorme quantia de seu
pai, e que utiliza para aproveitar os prazeres da vida. Até o momento em que
conhece Carolina, a quem ele amaria e dedicaria todos seus esforços.
Personagens
Carolina: 

Ela também, protagonista desse romance. Uma jovem de 15 anos, dita por
muitos como a mais bonita moça, que viria a se casar e prometer todo seu amor
eternamente a Jorge.
E após o suicídio de seu marido, passa a viver em luto para a sociedade e passa a
ser conhecida como “A Viuvinha”.
Personagens

D. Maria: 

Mãe de Carolina, que mantem proximidade com Sr. Almeida e vive junto com
o casal.
Personagens

Sr. Almeida: 

Foi quem cuidou de Jorge e quem o ajuda a se reconstituir em sua nova vida,
como Carlos, e a retornar como Jorge.
Clímax

O clímax da obra está no momento em que Jorge embota sua esposa, se


planeja e “executa” seu suicídio.
Desfecho

O desfecho é o momento em que o amante secreto de Carolina se revela


Jorge, e se apresenta para o mundo novamente, nos últimos parágrafos da estória.
CaracTerísticas da
Obra
Idealização da Mulher
Em vários momentos o eu lírico descreve Carolina como sendo perfeita em todos seus
aspectos, sendo eles físicos ou psicológicos, como em seus valores e ideais. Podemos verificar
nos trechos a seguir:
“Descansava sobre uma almofada de veludo a ponta de um pezinho delicado, que
rocegando a orla do seu roupão deixava admirar a curva graciosa que se perdia na sombra.”
Ou quando:
“ - Parece-lhe ridículo esse sentimento; não e assim? Mas foi o primeiro, cuidei que seria o
último. Deus não permitiu!... E por isso às vezes julgo que cometo um crime aceitando uma
outra afeição... Devo ser fiel à sua memória!”
Religiosidade Cristã

“ - Parece-lhe ridículo esse sentimento; não e assim? Mas foi o primeiro, cuidei que seria o
último. Deus não permitiu!... E por isso às vezes julgo que cometo um crime aceitando uma
outra afeição... Devo ser fiel à sua memória!”
Ainda nesse trecho podemos observar a presença dos valores cristãos, muito fortes na
época e muito presente na obra.
Religiosidade Cristã
Em vários momentos o personagem fala sobre seu sofrimento ser em virtude de sua
purificação, como se cumprisse uma penitência divina, pelos seus pecados e desonras do
passado.

Como podemos exemplificar através do trecho:

“Não há aí um sistema engenhoso que pretende regenerar o homem pervertido, fazendo-


lhe germinar o arrependimento por meio da pena e despertando-lhe os bons instintos pelo
isolamento e pelo silêncio? 

Por que razão há de procurar-se aquilo que é contra a natureza, e desprezar-se o germe que
Deus deu ao coração do homem para regenerá-lo e purificá-lo?”
Sexismo

Podemos ver valores e ideias que ainda eram presentes na época, como por exemplo, a
submissão da mulher, vejamos a seguir:

“Vós, mulheres, que chorais a todo o momento, e cujas lágrimas são apenas um sinal de
vossa fraqueza, não conheceis esse sublime requinte da alma que sente um alívio em deixar-se
vencer pela dor; não compreendeis como é triste uma lágrima nos olhos de um homem.”
Idealização da morte

Outra característica do romantismo bastante visível nessa obra é o pessimismo,


primordialmente nos pensamentos de Jorge, tendo seu ápice no momento de “suicídio”.

E nesse momento, vemos também a idealização da morte, outra característica, sendo para
Jorge a melhor e única opção e saída, como podemos ver na conversa entre o Sr. Almeida e
Jorge:
Idealização da morte
“Logo depois o despeito e o orgulho sufocaram esse bom impulso. 

- Que veio fazer aqui? perguntou com arrogância. 

- Evitar um crime, respondeu o velho com severidade. 

- Enganou-se, disse Jorge secamente. 

- Não me enganei, porque estou certo de que não há homem que depois de escutar a razão
cometa semelhante loucura. Qual é o benefício que lhe pode dar a morte? 

- Salvar-me da desonra.”
Curiosidades

A Obra faz referência a uma outra obra de José de Alencar: “Cinco Minutos”:

No final do livro, o narrador conta a prima que ouviu esta história de sua esposa Cartola.
Em que o narrador e Cartola são protagonistas da história “Cinco Minutos” e também vizinhos
de Jorge e de Carolina.

A obra inclui os romances urbanos, que retratam costumes da sociedade carioca do


Congresso.
Impressões de
Leitura
Alunos
Diogo Ribeiro
Gabriel Mechia
Gabryella Pereira
Heloisa Braga
Kaik Wendel
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