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Análise da obra
A Viuvinha –
José de Alencar
José de Alencar
Elementos da
narrativa
Enredo, espaço e tempo
Essa obra se passa no Rio de Janeiro em meados do século XIX, por volta do
ano de 1844. E conta a história de um jovem órfão, Jorge, que herdou uma
enorme quantia, 300:000$000 (trezentos contos de reis), no entanto ainda jovem,
sob os cuidados de seu amigo, e amigo de seu pai, Sr. Almeida.
Narrador
Eis o protagonista da obra. Um jovem, que herda uma enorme quantia de seu
pai, e que utiliza para aproveitar os prazeres da vida. Até o momento em que
conhece Carolina, a quem ele amaria e dedicaria todos seus esforços.
Personagens
Carolina:
Ela também, protagonista desse romance. Uma jovem de 15 anos, dita por
muitos como a mais bonita moça, que viria a se casar e prometer todo seu amor
eternamente a Jorge.
E após o suicídio de seu marido, passa a viver em luto para a sociedade e passa a
ser conhecida como “A Viuvinha”.
Personagens
D. Maria:
Mãe de Carolina, que mantem proximidade com Sr. Almeida e vive junto com
o casal.
Personagens
Sr. Almeida:
Foi quem cuidou de Jorge e quem o ajuda a se reconstituir em sua nova vida,
como Carlos, e a retornar como Jorge.
Clímax
“ - Parece-lhe ridículo esse sentimento; não e assim? Mas foi o primeiro, cuidei que seria o
último. Deus não permitiu!... E por isso às vezes julgo que cometo um crime aceitando uma
outra afeição... Devo ser fiel à sua memória!”
Ainda nesse trecho podemos observar a presença dos valores cristãos, muito fortes na
época e muito presente na obra.
Religiosidade Cristã
Em vários momentos o personagem fala sobre seu sofrimento ser em virtude de sua
purificação, como se cumprisse uma penitência divina, pelos seus pecados e desonras do
passado.
Por que razão há de procurar-se aquilo que é contra a natureza, e desprezar-se o germe que
Deus deu ao coração do homem para regenerá-lo e purificá-lo?”
Sexismo
Podemos ver valores e ideias que ainda eram presentes na época, como por exemplo, a
submissão da mulher, vejamos a seguir:
“Vós, mulheres, que chorais a todo o momento, e cujas lágrimas são apenas um sinal de
vossa fraqueza, não conheceis esse sublime requinte da alma que sente um alívio em deixar-se
vencer pela dor; não compreendeis como é triste uma lágrima nos olhos de um homem.”
Idealização da morte
E nesse momento, vemos também a idealização da morte, outra característica, sendo para
Jorge a melhor e única opção e saída, como podemos ver na conversa entre o Sr. Almeida e
Jorge:
Idealização da morte
“Logo depois o despeito e o orgulho sufocaram esse bom impulso.
- Não me enganei, porque estou certo de que não há homem que depois de escutar a razão
cometa semelhante loucura. Qual é o benefício que lhe pode dar a morte?
- Salvar-me da desonra.”
Curiosidades
A Obra faz referência a uma outra obra de José de Alencar: “Cinco Minutos”:
No final do livro, o narrador conta a prima que ouviu esta história de sua esposa Cartola.
Em que o narrador e Cartola são protagonistas da história “Cinco Minutos” e também vizinhos
de Jorge e de Carolina.