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As máscaras e as técnicas especiais. A mascara é uma técnica especial.

O módulo
deveria chamar-se apenas TE. Trata-se de um conjunto de procedimentos para ter acesso
ao mundo do eu. As máscaras podem constituir-se como um instrumento para aceder ao
mundo. A máscara permite trabalhar as emoções a partir das interações.
O uso das máscaras salienta a importância dos contextos na proposta psicodramática. O
contexto do trabalho da mascaras foca o que se passa entre as pessoas. Entre o eu. entre
o eu e os outros e entre os outros e o eu.

O trabalho com máscaras permite relevar o “status nascendi” da proposta de Moreno.


Recria a situação que favorece a espontaneidade. Se a reprodução é a conserva cultural,
a inovação surge do Status nascendi. O que permite a emergência do novo é a sua
representação. O Drama surge como uma relação em se coloca em interação o que é
importante e o seu contexto. Na proposta de Bermudez, O que é importante é o contexto
onde acontece. A ação.
Os objetivos são importantes para a criação de contextos. Nós somos também os
contextos. Para Bermudez o Drama – ação de Moreno transforma-se em Drama –
representação. A capacidade de representação de cada uma desenvolve a capacidade de
simbolização. A capacidade de simbolização está ligada à produção de imaginação
(fantasia). Os processos de simbolização são meios (instrumentos) que são colocados ao
serviço do trabalho de reflexão e constituem-se como instrumentos de ação.
A proposta do módulo: Sensibilizar para o uso das mascaras. Não é um work shop sobre
mascaras, mas uma proposta de criar um espaço: um contexto. A teoria das mascaras é
adequada a formação de contextos. A forma é a força da natureza, segundo Bermudez. A
capacidade de simbolização é dar formas que transportam espaços de significação. Ler
as formas do espaço.
No uso das mascaras procura-se fazer emergir a consciência do espaço que o nosso
corpo ocupa. Se em Moreno se realça a importância do sujeito e interação, Bermudez
situa a interção do sujeito no espaço. Com Bermudez o sujeito transforma-se igualmente
num processo de simbolização. O corpo do sujeito como espaço de simbolização pode
ser acessível através da mascara.
As máscaras, por seu lado, permitem verificar a pluralidade das formas no espaço. Cada
sujeito mobiliza apelos do seu interior que coloca no espaço. Que representa no espaço.
O processo desenvolvido por Bermudez surge das experiências desenvolvidas em
Buenos Aires, com fantoches e espelhos. Através do trabalho com estes instrumentos,
Bermudez conseguiu aceder à representação do corpo de doente mentais e
esquizofrénicos.
Através dos objetos (ver a questão do objeto transitivo de Vigostsky) Bermudez consegui
entender que eles transportam, simbolicamente uma função transitiva.
Para Bermudez há três tipos de objetos:
 Objetos intermediários – Objetos que servem ao sujeito para comunicar com algo. São
intermediações. O objeto não acrescenta ao sujeito, mas abre um canal para comunicar.
 Objetos intramediadores – são objetos que servem de comunicadores. A comunicação
é efetuada através dos objetos. Os objetos têm uma função criadora. Há uma intervenção
direta no objeto. A criação de objetos de arte e a criação estética, são objetos
intermediadores.
 Objetos Instrumentos. São objetos que criam realações de inclusão. A relação
doente-tratador é uma pode-se transformar numa relação de inclusão exclusiva
para o médico. A relação objeto instrumento pode ser trabalhada. O limite é a
capacidade do risível. ~

O objeto é tudo o que pertence ao contexto. Tudo o que é exterior ao sujeito.


Trabalho com mascaras:
1. Eu comigo: fazer uma mascara
2. Eu e o outro: fazer um máscara
3. Eu e os outros: fazer uma máscara
Aquecimento.
Tocar no rosto. Sentir o seu próprio rosto.
Tocar nos Outros: Sentir o outro. Reconhecer o outro.
Proposta de oficina: Criar uma nova cara
1. A) Mascara cega: colocar uma folha à volta da cabeça e efetuar um auto retrato.
2. B) Mascara com olhos: Através dum espelho, procurar desenhar o rosto
3. c) Mascara: Projetar, numa folha de papel, uma mascara do rosto.
O processo pode levar a construir diferentes mascara. O importante é criar um processo
de construção de mascaras em que se passa duma ausência do contacto, a várias formas
de contacto, procurando, numa fase final experimentar a reflexividade.
A experiencia da máscara permite observar que a perceção do corpo é feita de
descontinuidades e de texturas diferentes. O trabalho com mascaras permite reconhecer a
indiferenciação do eu e a racionalidade do social.
Trabalhar com máscaras é trabalhar com o eu. É importante entender que trabalhar com
máscaras leva a criação das diferentes fase da teoria dos papéis.
As fases das máscaras são as fase do psicodrama. Epelho, duplo e solilóquio (ver a
questão da representação simbólica). O ato de fazer uma mascara implica dialogar com o
eu. (trabalahar a imaginação do eu) Trabalhar com as histórias de vida e com as
memórias que as acentuam.
Trabalhar com máscaras é trabalhar o nucelo do eu. Os objetos servem para trabalhar o
lado emocional e para mudar as emoções.
Trabalhar com máscaras pode também ser útil para efetuar diagnósticos. Trabalhar com
duas cores, por exemplo o vermelho e o negro.
A técnica das cores, representar partes do corpo com duas cores para fazer a máscara
pode levar a uma representação simbólica. O Vermelho e o negro. (Negro: mistério
fantasia, vermelho: paixão sentimento).

O uso das máscaras é uma arte de usar o espaço para explorar a capacidade de expressão
e a criação da espontaneidade. No dia-a-dia estamos sempre a usar máscaras. Cada papel
usa uma determinada mascara. Cada papel tem uma mascara adequada ao contexto.
Trabalhar com mascaras tem sempre três momentos. Todas as máscaras são processos
em construção. Dar vida a uma máscara é colocar o eu em ação. Fazer sair a imaginação
e a espontaneidade. O ponto do eu pode estar em vários locais. As m+sacras são
processos do eu em transição. A construção duma mascara pode constituir um ponto de
partida para explorar as personagens e podem constituir processos para exercícios de
treino de papeis.
Encerramento do sessão. Relembrar Mário Viegas e o Poema Hoje é Domingo.
Relembrar o verão de 42, e os sons de Ipanema. Relevar memórias. O psicodrama é um
processo espacial. Serve para a vida acontecer.
Ler Eugene Herrgel: Zen e a arte de tiro com arco.
Momento Integrativo: Refletivo. É o momento é que a pessoa assume a máscara. Passa a
ser o que é assumindo o para que isto me serve. Essa assumir do papel tem que ser
assumido pela dinâmica do grupo.
No aquecimento é importante olhar, caminhar fantasiar. Durante o processo de
aquecimento é importante deixar o corpo fluir. Deixar o corpo relaxar e deixar a
conserva. A máscara é instrumento de comunicação direta. Pode ser usado com o
musicodrama como objeto intermediário. A máscara pode representar a psique em
contexto.
A técnica de construção de imagens de Bermudez coloca o sujeito a refletir no contexto.
São importantes assumir os ritmos da construção da narrativa. Olhar para os processos
de aquecimento e arrefecimento. As mascaras permitem trabalhar com as identidade.
Permitem um treino de leituras de identidade.

https://axiodrama.wordpress.com/tecnicas-de-intervencao/aplicacoes-do-
sociodrama/tecnicas-especiais-em-sociodrama/mascaras-e-tecnicas-especiais/

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