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bons
modos
afabilidade
e
cortesia
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para todos os tempos


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bons modos
afabilidade
e cortesia
para todos os tempos
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primavera de 2020
copyrigth susana alamy

título original:
bons modos, afabilidade e cortesia para todos os tempos

capa, desenho da capa, miolo, preparação do texto, composição,


diagramação e arte final:
susana alamy

revisão:
maria beatriz machado alamy

____
2020
direitos exclusivos
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Copyrigth 2020 Susana Alamy. Todos os direitos reservados. Este livro é


protegido por leis de direitos autorais (copyrigth ) e tratados internacionais.
É proibida a duplicação ou reprodução deste volume, ou de suas partes, em
qualquer meio de comunicação, eletrônico, mecânico, gravação, fotocópia ou
impresso, sem permissão escrita da autora, detentora do copyrigth .
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P
ara Fukinha e Sophia, meus amores,
companhias indispensáveis!!

Para meus pais.


bons modos, afabilidade e cortesia - susana alamy - 5 -

sumário
dedicatória ................................................................................04
sumário .....................................................................................05
frase de jay leno .....................................................................08
introdução ................................................................................09
definições .................................................................................10
frase de costanza pascolato ...................................................11
palavrinhas mágicas .................................................................12
pequenos gestos de gentileza .................................................13
sinceridade ...............................................................................15
empatia .....................................................................................16
frase de confúcio .....................................................................17
nome próprio ............................................................................18
frase de costanza pascolato ...................................................19
julgamentos de valor ................................................................20
distância ...................................................................................21
máscara ....................................................................................22
frase de stanislaw jersy lec ....................................................24
celular .......................................................................................25
redes sociais ............................................................................27
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whatsapp .................................................................................29
frase de costanza pascolato ...................................................30
comendo juntos ........................................................................32
olhos nos olhos ........................................................................34
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compaixão ................................................................................35
bom humor ..............................................................................36
frase de aaron burns ..............................................................37
tolerância .................................................................................38
paciência ..................................................................................39
gentileza ..................................................................................40
frase de albert schweitzer .......................................................41
tom de voz ...............................................................................42
ouvir .........................................................................................43
falar ..........................................................................................44
expressões ..............................................................................45
comunicação ............................................................................46
fake news = fofocas digitais ...................................................47
as três peneiras .......................................................................48
mecanismos de defesa ...........................................................50
frase de wittgenstein ...............................................................52
referências ...............................................................................53
sobre a autora .........................................................................54
fale com a autora .....................................................................56
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bons modos
afabilidade
e cortesia
para todos os tempos
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“Acredito que muitos dos nossos


problemas atuais podem ser resolvidos
com simples atos de gentileza”.
(JAY LENO)
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introdução

Q uando falamos em BONS MODOS, AFABILIDADE E


CORTESIA, estamos falando de relacionamento
agradável e prazeroso em harmonia com o meio
ambiente, com as pessoas e outras espécies de
seres vivos.

Educando a nós mesmos temos a oportunidade de nos tornar


pessoas melhores, mais responsáveis com nossos
sentimentos e comportamentos.

Avalie-se e conscientize-se do que precisa ser mudado em você


e mude.
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definições

E o que são bons modos, afabilidade e cortesia?

BONS MODOS. São maneiras de comportamentos, de condutas,


socialmente aceitas e que facilitam a interação
entre as pessoas, pautadas no respeito e no limite à
liberdade do outro.

AFABILIDADE. “Qualidade ou comportamento de quem é afável;


atributo de quem é cortês, delicado; benevolência,
cortesia, amabilidade”. (HOUAISS).

CORTESIA. “Atributo, característica do que se apresenta de


modo cortês; civilidade, educação no trato com
outrem; amabilidade, polidez; gesto, dito delicado,
educado”. (HOUAISS)

Assim, este livro se propõe a chamar a atenção para condutas e


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comportamentos que podem ajudar muito na


interação saudável entre as pessoas.
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“A etiqueta hoje, longe da tradição e


dos preconceitos, nada mais é do que
um aperfeiçoamento do conviver”.
(COSTANZA PASCOLATO)
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palavrinhas mágicas

B om dia!
Boa tarde!
Boa noite!

Desculpe-me.
Com licença.
Por favor.

Obrigada.
Obrigado.

Já observou que quando utilizamos as palavrinhas mágicas as


pessoas têm mais boa vontade com a gente?

Porque é delicado, amável e respeitoso utilizá-las. Demonstra


gentileza.
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pequenos gestos de gentileza

P equenos gestos de gentileza fazem toda a diferença para


que as pessoas tenham uma boa impressão de nós.

Atente-se para algumas situações muito comuns:

1. Alguém desmarca um compromisso com você, porque não


está se sentindo bem.

Gestos de gentileza: melhoras;


cuide-se;
fique bem.

Responder um “ok” seco é frio e distante, pois demonstra


que não nos importamos.

Não se importou? Tudo bem. Mas, gentileza cabe em


qualquer lugar e ninguém precisa saber da nossa falta de
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empatia.
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2. Vamos mandar uma mensagem de texto? Inicie com um: .


. Bom dia!
. Boa tarde!
. Boa noite!

Não é porque estamos escrevendo que não


precisamos cumprimentar.

3. Vamos pedir alguma coisa, lembremo-nos de


acrescentar à nossa fala:
. Por favor.
. Por gentileza.

É difícil alguém nos recusar um pedido


quando somos educados, humildes.

Quando não pedimos “por favor” ou “por


gentileza” o tom fica parecendo imperativo,
como se estivéssemos mandando e não
pedindo.
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4. E temos outras expressões muito poderosas:


. Com licença.
. Perdão!
. Desculpe-me!
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sinceridade

S ser sincero é diferente de ser mal educado e grosseiro.

Não precisamos ser o “supersincero”, aquele que acha que


sinceridade é falar a verdade sem se importar com
as consequências da sua sinceridade. E ainda se
gaba de ser sincero demais.

Por exemplo: a mãe vem toda feliz nos perguntar: “meu filho é
lindo, não é?” Puxa! Ficamos em uma sinuca de
bico, porque achamos a criança muito feinha. O que
responder? Posso ser gentil, não preciso dizer que
achei a criança feia, pois isto deixaria a mãe
chateada. Posso, então, dizer que é uma criança
engraçadinha, bonitinha, ou simplesmente
concordar com a mãe, sem render assunto.

Sinceridade demais é grosseria. Atente-se para não ser


desagradável. Gestos de gentileza sempre caem
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muito bem e com certeza encontraremos o tom


certo.
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empatia

C ompartilhar do sentimento do outro é ser empático.

Cada pessoa traz dentro de si uma história que faz dela uma
pessoa especial e única. Respeitá-la em sua dor, em
seu sofrimento e até na sua alegria é compreender
a unicidade de tudo isso.

Vamos nos colocar no lugar de cada uma dessas pessoas e


imaginar como gostaríamos de ser tratados.
Colocar-se no lugar do outro é ser empático.
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“O que não queres que te seja feito,


não o faça aos outros”.
(CONFÚCIO)
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nome próprio

O nome é tão importante e tão próprio que se chama


“nome próprio”. Próprio daquela pessoa. Único.

A ele é permitido fugir às regras de grafia, sendo permitido que


o grafe como queira seu dono. Têm licença para
ser escrito de todas as maneiras, sem que isso se
configure como erro de grafia.

Em regra o nome da pessoa representa muito para ela, pois é


a partir dele que ela começa a estabelecer vínculos
sociais. É por ele que se reconhece, que é
chamada.

É delicado e educado grafá-lo como ele é escrito pela pessoa,


o que demonstra atenção, respeito e carinho.

Quando precisar escrever o nome de alguém certifique-se da


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grafia e o escreva como ele o escreve.


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“(...) as boas e belas maneiras são


maneiras para não incomodar os
outros, e tornar a vida mais agradável
para todos”.
(COSTANZA PASCOLATO)
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julgamentos de valor

V alores são aprendidos e repetidos quase que


inconscientemente. E por isso devem ser revistos
periodicamente ao longo da vida.

Não é nada engraçado ouvir alguém se referindo a outra


pessoa com adjetivos pejorativos. Demonstra
deboche e preconceito, o que é muito deselegante.

Se pensamos nestes termos, adjetivando as pessoas, devemos


guardar para nós mesmos. E ainda aproveitar para
entender por quê adjetivamos, julgamos e
demonstramos pouco caso com um ser humano.

É chique não usarmos adjetivos, sobretudo pejorativos. É


inteligente compreender que somos todos iguais.
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distância
(na pandemia)

E m um momento de pandemia não podemos nos furtar de


falar sobre a distância segura que devemos manter
um do outro.

Mesmo que não concordemos, que achemos besteira, é


educado e de bom tom manter uma distância
mínima de um metro e meio a dois metros de
outras pessoas, pois desta maneira estaremos
demonstrando respeito e cuidado com o outro,
evitando que o contágio pelo coronavírus nos
surpreenda ou surpreenda a outras pessoas.

Tem pessoas que ficam sobressaltadas quando alguém se


aproxima muito. Assim, evitar o desgaste nos faz
mais simpáticos e empáticos.

Fora da pandemia “o ideal é manter uma distância de mais ou


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menos 50 centímetros, seja em pé, seja sentado. É


uma distância confortável que, em geral, as pessoas
de bom senso respeitam sem perceber”. (CLÁUDIA
MATARAZZO)
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máscara
(na pandemia)

O uso da máscara na pandemia não é opcional, é


obrigatório, e nem deveria sê-lo, pois o bom senso
já nos direciona para o uso da mesma, que deve
cobrir nariz e boca.

E quantos sem máscaras? Quantos com máscara só na boca?


Compreendemos que possam se sentir sufocados
com a máscara, que possam ter problemas
respiratórios que são agravados pela dificuldade
em respirar com a máscara.

Mas... E aqueles que não usam máscara? Com certeza todos


nós conhecemos alguém que não usa, que acha
besteira e se julga imune o suficiente para não se
contaminar. E se esquece que pode ser um
transmissor, viabilizando a infecção cruzada.
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Devemos usar a máscara em lugares onde transitam outras


pessoas, como edifícios, elevadores e
estabelecimentos públicos.
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Se não usamos a máscara passamos a ideia de que não nos


importamos com as outras pessoas e podemos ser
vistos como antipáticos e pouco empáticos,
desrespeitosos e oposicionistas.

É bem vista uma pessoa que se preocupa em não transmitir


uma doença, sobretudo na pandemia.
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“Nenhum floco de neve numa


avalanche se sente responsável
numa avalanche”.
(STANISLAW JERZY LEC)
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celular

O uso inapropriado do celular pode provocar


constrangimentos, incômodos e acidentes.

Temos algumas situações em que devemos ficar atentos. E uma


delas é quando estamos aguardando uma
chamada. Já devemos avisar a quem está conosco
que receberemos uma chamada e pedir licença
para atender. Sem nos esquecermos de falar baixo,
pois ninguém além de nós mesmos está
interessado na nossa conversa.

Usar o celular quando estamos assistindo a uma palestra ou


uma aula, quando estamos no cinema, no teatro,
sentados à mesa almoçando em família ou com os
amigos, é indelicado e demonstra desinteresse,
além de incomodar outras pessoas. O professor,
por exemplo, vai perceber que estamos no celular,
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mesmo que o coloquemos em nosso colo e


tentemos despistadamente usá-lo.
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É educado e de bom senso não esperarmos placas de


“proibido usar o celular” para sabermos que temos
que desligá-lo ou colocá-lo no silencioso.
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redes sociais

O que é postado nas redes sociais é quase para sempre.


Por isto devemos ser cautelosos. O que estou
postando pode ser visto por todo mundo?

As redes sociais são uma maneira de nos colocar em contato


com outras pessoas, de manter o vínculo, de nos
dar notícias de amigos que não vemos há muito
tempo e até de nos lembrar de aniversários.

São uma oportunidade para nos aproximar. E devemos ter


cuidado para que não nos distancie.

Respeitar as opiniões divergentes das nossas, fazer


comentários com cautela, ser educados na maneira
de divergir, nos possibilita um ambiente agradável.

Como regra podemos pensar que se não gostamos, não


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precisamos comentar. Mas se quisermos comentar,


que sejamos educados na maneira de falar.
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Devemos ser gentis também nas redes sociais.


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whatsapp

O WhatsApp veio para nos aproximar ainda mais das


pessoas, pois podemos falar com elas quando
queremos e as pessoas podem visualizar as
mensagens quando puderem. Não precisamos
responder na mesma hora, podemos deixar para
responder depois, com calma. E podemos também
fazer chamadas de vídeo para matar a saudade.

Pelo WhatsApp enviamos fotos, convites, mensagens de “bom


dia”, “boa tarde” e “boa noite”, conversamos com
as pessoas, criamos grupos por afinidades e nos
mantemos conectados com quem nos faz bem.

Tomar o cuidado de iniciar uma conversa cumprimentando as


pessoas é ser gentil, bem como não mandar
mensagens que possam gerar desconforto ou
constrangimento em quem vai ler.
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Pegar os contatos de um grupo de trabalho ou de estudo ou


de interesse em comum, e enviar
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mensagens de propagandas no pessoal de cada um


não é ético.

O WhatsApp exige bom senso e critério no envio das


mensagens. Respeitar as opiniões divergentes nos
grupos é essencial para um bom relacionamento
social, bem como ter cuidado para não repassar
fake news.

Muitas notícias falsas vem pelo WhatsApp, pela facilidade no


envio das mensagens e pela dificuldade em se
rastrear de onde saíram as fake news. Assim, é
importante que tenhamos cautela, que sejamos
responsáveis e que não divulguemos fakes.

Lembremo-nos de que as fofocas virtuais são terríveis e podem


andar o mundo inteiro em questão de segundos,
destruindo a vida de alguém.
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“A boa educação e a gentileza teriam


sumido de nossos costumes? Será que
não dá para ver que, neste mundo
cada vez mais populoso, para
sobreviver, temos que nos tratar
melhor? Em um momento em que
todos os códigos parecem ter entrado
em tilt, a ética e o bom senso podem
ser a salvação”.
(COSTANZA PASCOLATO)
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comendo juntos

C omer juntos pode exigir mais cuidado do que quando


comemos sozinhos, mesmo sabendo que devemos
fazer de nossos hábitos uma prática educada,
independentemente de estarmos sozinhos ou
acompanhados.

Ter cuidado para não bater os talheres na louça, usar o


guardanapo adequadamente, comer de boca
fechada, não falar de boca cheia, são alguns dos
hábitos que podemos adquirir e que nos
possibilitam evitar constrangimentos.

Nada mais desagradável do que vermos a comida andando de


um lado a outro na boca do nosso amigo sentado à
nossa frente.

Precisamos também nos atentar para não “avançarmos” na


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comida. Devemos nos servir com calma, sem


encher o prato, sempre observando se o quanto
tem na travessa dá para todo mundo que ali se
servirá.

Catar o que gostamos mais, colocando praticamente tudo


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no nosso prato, é demonstração de egoísmo, de


que não nos importamos com os outros.

Também é de bom tom deixar que os mais velhos se sirvam


primeiro e não é só por questão de educação é
também por uma questão de delicadeza com
aqueles que hoje estão mais cansados do que os
mais novos.

Também é educado deixar o anfitrião, se ele for pagar a conta,


escolher o prato a ser pedido no restaurante, a
menos que ele nos peça para fazê-lo.

Conhecemos muito da pessoa que come junto com a gente. A


maneira como ela se porta à mesa nos mostra
muito a seu respeito. Então, se for o caso,
reeduque-se! E esteja sempre atento.
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olhos nos olhos

O lhar nos olhos, amavelmente, quando nos comunicamos é


sinal de interesse, de respeito e de empatia.

O olhar é o primeiro contato que estabelecemos com alguém


quando vamos nos comunicar. Assim, devemos ser
simpáticos olhando nos olhos.

Aquela pessoa que conversa com a gente olhando para os


lados ou para o celular, passa a mensagem de que
não está interessada no que estamos falando.
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compaixão

T er compaixão é diferente de sentir pena. Na compaixão o


indivíduo tem um “sentimento piedoso de simpatia
para com a tragédia pessoal de outrem,
acompanhado do desejo de minorá-la; participação
espiritual na infelicidade alheia que suscita um
impulso altruísta de ternura para com o sofredor”.
(HOUAISS)

Assim, na compaixão podemos ajudar a diminuir o sofrimento


do outro, sem invadir seu espaço.

Tenho compaixão quando me identifico com o sofrimento do


outro sem sentir pena, tendo uma vontade grande de ajudar.

Uma atitude de compaixão, por exemplo, é quando vou dar uma


notícia ruim e tenho todos os cuidados para falar, evitando que
minha maneira de falar gere ainda mais sofrimento em quem
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recebe a notícia.

Outro exemplo é quando tendo ajudar os animais de rua


colocando água para que possam tomá-la em segurança.
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bom humor

D evemos observar como começamos o dia. Começar o dia


de mau humor não nos ajudará a ter um dia melhor,
pelo contrário, fará com que nosso dia seja longo e
quase insuportável.

Devemos, então, fazer um esforço para tornar nosso humor


melhor, pois assim conseguiremos ser mais
empáticos, simpáticos e agradáveis, o que nos traz
como reações exatamente os mesmos sinais que
passamos.

Se estamos mau humorados podemos nos envolver em alguma


briga de trânsito, podemos dar uma má resposta
em alguém que fez um comentário deselegante ou
mesmo podemos nos achar a nós mesmos
insuportáveis.

O bom humor nos ajuda a passar pelas adversidades de


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maneira mais tranquila e nos ajuda encontrar


soluções mais divertidas para os problemas.
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“Você nunca tem uma segunda chance


de causar uma primeira impressão”.
(AARON BURNS)
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tolerância

T olerância é a capacidade que temos de suportar algo ou


alguém sem nos estressar.

Houaiss nos diz que tolerância é “tendência a admitir, nos


outros, maneiras de pensar, de agir e de sentir
diferentes ou mesmo diametralmente opostas às
adotadas por si mesmo”.

Ser tolerante é perdoar o outro por alguma atitude, é aceitar o


outro como ele é, sem exigir que ele aja como
gostaríamos, é ser gentil, não magoando as
pessoas.
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paciência

É preciso ser paciente e ter calma!

É preciso diminuir o ritmo frenético com que muitas vezes


levamos a vida, parando para apreciar calmamente
aquilo que nos faz bem, como, por exemplo, a
natureza, as flores rosas da primavera, as árvores
e os animais.

Sem paciência corremos o risco de nos atropelar, de nos


estressar com pouca coisa, de nos irritar.

Precisamos ser pacientes com tudo, com as nossas limitações,


com as limitações dos outros, com nossas
frustrações, com nossa imperfeição.
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gentileza

“ G entileza gera gentileza”


Ser gentil é ser amável e delicado, é ser genuinamente
interessado nas pessoas.

“Ser gentil é diferente de ser cortês, afável ou simpático. É algo


muito mais sutil, o fundamento de todas as regras
de boa convivência social. Ser gentil pode ser
entendido como estar interessado nos pequenos
problemas cotidianos dos outros e fazer o possível
para amenizá-los”. (CLAÚDIA MATARAZZO).
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“Assim como o sol derrete o gelo, a


gentileza evapora mal-entendidos,
desconfianças e hostilidade”.
(ALBERT SCHWEITZER)
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tom de voz

O tom de voz fala muito de nós mesmos, da maneira como


nos posicionamos, como nos sentimos e como nos
comportamos.

O tom da voz é a expressão dos nossos sentimentos, que


podem ser de raiva, de tristeza, de alegria, de
empolgação, de amor e de carinho; e de tantos
outros sentimentos.

Devemos observar como empostamos nossas vozes, se


falamos alto demais, se falamos baixo demais. Ter
um tom amigável é importante para que sejamos
escutados.

Tem pessoas que têm um tom de voz desagradável, às vezes


muito agudo ou muito grave, muito alto ou muito
baixo, dificultando que seja ouvida.
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Observe sua voz, seu tom de voz, e corrija o que precisa ser
corrigido.
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ouvir

S aber ouvir é fundamental para que se obtenha um


diálogo e uma boa comunicação. Ouvir precede o
falar e nos oportuniza conhecer melhor o outro.

Devemos ouvir com atenção, com interesse, demonstrando,


assim, respeito por quem fala.

É educado ouvirmos sem interromper, mas se precisarmos


interromper devemos pedir licença e nos desculpar.
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falar

P recisamos saber o que falar e quando falar. Devemos


observar se nossa ansiedade está nos permitindo
nos expressar adequadamente ou se estamos nos
atropelando e atropelando os outros para poder
falar.

“Saber falar é uma consequência de saber ouvir. Ouvindo com


interesse o seu interlocutor, com certeza você vai
saber continuar o assunto, desenvolvendo melhor a
conversa”. (CLÁUDIA MATARAZZO).

Aquelas pessoas que falam compulsivamente, que não ouvem,


que despejam casos de terceiros e que não
observam que estão sendo chatinhas, que o
assunto não é de interesse de quem ouve, não
estão preocupadas com quem ouve, mas estão tão
somente voltadas para sua necessidade de falar.
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Devemos falar de maneira a propiciar um diálogo, não um


monólogo.
bons modos, afabilidade e cortesia - susana alamy - 45 -

expressões

R espeite o regionalismo. Cada região tem suas


expressões e sua maneira peculiar de falar, tem
termos e expressões próprios.

Simplicidade é mais e nos possibilita compreender os


regionalismos e aprender com eles, ampliando
nosso universo. Sejamos acessíveis.

Gírias também são legais, pois trata-se de uma “linguagem


informal com vocabulário rico em expressões
metafóricas, jocosas, elípticas e mais efêmeras que
as da língua tradicional”. (HOUAISS).
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bons modos, afabilidade e cortesia - susana alamy - 46 -

comunicação

U ma boa comunicação se dá quando duas ou mais pessoas


sabem ouvir e sabem a hora de falar, utilizando com
critério as palavras a serem ditas no diálogo. Utilize
uma linguagem amável, compassiva.

Uma boa comunicação implica necessariamente em ouvir o que


está sendo dito, em compreensão e respeito às
ideias e à pessoa que está falando.

Interessar-se pelo que está sendo dito é fundamental, mesmo


que seja um tema não tão atraente.

Comunicar é interagir, é termos a oportunidade de escutar o


outro e de nos escutar.

Uma comunicação ruim, fragmentada, não leva ao diálogo e não


nos ajuda a refletir sobre o que está sendo dito.
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bons modos, afabilidade e cortesia - susana alamy - 47 -

fake news = fofocas digitais

S abe aquele vizinho que você tanto critica por falar mal das
pessoas? Aquele vizinho protótipo do “quem conta
aumenta um conto”? Aquele vizinho fofoqueiro de
plantão, que não perde uma oportunidade para
distorcer e até inventar os fatos?

É esse mesmo que vai para a internet e espalha mentiras: as


fake news. Aquele que repassa mentiras, mesmo
sabendo que são mentiras, mas porque ele
gostaria que fossem verdades, ele repassa como
se fossem.

Não se preocupa com o mal que pode provocar. Ele se diverte


fazendo a fofoca. Inventa que os vizinhos ao lado
fazem algo condenável socialmente, só para ver os
outros vizinhos os rejeitando.
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Um fofoqueiro é um invejoso, alguém que gostaria de ser como


aquele de quem ele fala mal.

As fofocas digitais espalham-se rapidamente e podem denegrir


a imagem de alguém em segundos, são as fake
news.
bons modos, afabilidade e cortesia - susana alamy - 48 -

O texto abaixo é nosso velho conhecido, sempre


lembrado por aqueles que não gostam de
fofocas. Vale a pena sua leitura, mesmo
que seja mais uma vez. Há quem atribua sua
autoria a Sócrates, mas não podemos afirmar
com certeza.

AS TRÊS PENEIRAS
Dona Flora foi transferida de seção na fábrica em que
trabalhava. Para “fazer média” com o novo chefe, logo no
primeiro dia, saiu-se com essa:

- Chefe, o senhor nem imagina o que me contaram a respeito


da Zefinha...

Nem chegou a terminar a frase porque “seu” Lico aparteou:


- Espere um pouco, Dona Flora. O que vai me contar já passou
pelas três peneiras?
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- Peneiras? Que peneiras, “seu” Lico?

- A primeira é a da VERDADE. Tem certeza de que esse fato é


absolutamente verdadeiro?
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- Não, como posso? O que sei foi o que me contaram, mas eu


acho que...

- Então sua história já vazou na primeira peneira.

- Vamos à segunda que é a da BONDADE. O que vai me contar


é alguma coisa que gostaria que os outros dissessem a seu
respeito?

- Claro que não! Deus me livre!

- Então, essa história vazou na segunda peneira. Vamos ver


na terceira que é a da NECESSIDADE. A senhora acha mesmo
necessário contar-me esse fato ou mesmo passá-lo adiante?

- Não, chefe. Passando nestas três peneiras vi que não


sobrou nada mesmo do que eu ia lhe contar.

Já pensaram como as pessoas seriam mais felizes se todos


usassem sempre essas três peneiras? Da próxima vez que
surgir um boato por aí, passem-no nas três peneiras antes de
obedecer ao impulso de passá-lo adiante.
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mecanismos de defesa

V ários são os mecanismos de defesa que interferem nos


relacionamentos, por isto é interessante tentar
percebê-los e neutralizá-los.

. Compensação. O indivíduo tenta compensar um sentimento


por conduta que não seria a sua de fato.

. Retraimento. O indivíduo se isola a partir de um medo ou de


uma frustração.

. Racionalização. Quando o indivíduo racionaliza através de


explicações aceitáveis.

. Conduta Agressiva. Quando o indivíduo apresenta reações


agressivas através de críticas, de deboches, no
tom de voz, no olhar cínico, no negacionismo
recorrente.
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Verborragia. Aquele indivíduo que fala compulsivamente, sem


parar, sem chegar a lugar algum.

Perserveração. Quando há fixação em ideias ou pensamentos.


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. Obsessividade. Quando o indivíduo se fixa em detalhes e não


consegue fugir deles.

. Viscosidade. Quando o indivíduo não consegue sair do lugar,


remoendo ideias e pensamentos, verbalizando a
mesma coisa sem parar.

. Idealização. O indivíduo idealiza e se projeta na idealização,


sentindo-se inferiorizado por não atingir aquele
ideal.

. Negação. O indivíduo nega a realidade por não poder


enfrentá-la.
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“Simplesmente aperfeiçoe a si mesmo;


é a única coisa que você pode fazer
para melhorar o mundo”.
(WITTGENSTEIN)
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referências
ALAMY, Susana. Bons Modos, Afabilidade e Cortesia. Material
impresso de treinamento e desenvolvimento para Hospital.
1997

ALAMY, Susana. 6 Dicas Para Usar O Celular Educadamente


http://alamysusana.blogspot.com/2016/10/6-dicas-para-usar-
o-celular.html. Acesso: 11/10/2020

ALAMY, Susana. Emoção e Sentimento (texto digitado). 1984

CAFÉ, Sônia. O Livro das Atitudes. SP, Pensamento

DICIONÁRIO ELETRÔNICO HOUAISS DA LÍNGUA PORTUGUESA.


2009

MATARAZZO, Cláudia. Etiqueta Sem Frescura. SP:


Melhoramentos

ROSENBERG, Marshall B. Comunicação Não-Violenta. SP: Ágora


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THALER, Linda Kaplan e KOVAL, Robin. O Poder Da Gentileza.


RJ: Sextante
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sobre a autora

S usana Alamy é psicóloga clínica e hospsitalar,


psicoterapeuta. Professora de cursos de pós-
graduação e orientadora de trabalhos de conclusão
de curso. Ministra supervisão e consultoria. É
palestrante. Autora dos livros: “Ensaios de
Psicologia Hospitalar: a ausculta da alma” (1ª
edição em 2003), “Tigrinha é Adotada” (2003),
“Como Viver Bem” (2017), “Comunicação de Más
Notícias” (2021), “Bons Modos, Afabilidade e
Cortesia” (livro físico ilustrado, 2021), além de
inúmeros outros para publicação, dentre eles
muitos infantis. É autora de artigos científicos
publicados.

Como psicoterapeuta atende crianças, adolescentes e adultos.


Tem vasta experiência em atendimento de
pacientes com câncer, inclusive crianças em fase
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terminal da doença, luto não-reconhecido,


depressão, ansiedade, pacientes grandes
queimados e tantos outros.

Idealizou e coordena a primeira revista virtual de psicologia


hospitalar e da saúde, a “Psicópio”, com
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distribuição gratuita.

Na pandemia da Covid-19 idealizou, elaborou, implementou e


coordena o Projeto Social “Terapia ao Alcance de
Todos”, online, alcançando dezenas de pessoas
que precisam de psicoterapia e não tem como
arcar com o usual investimento.

É pioneira em Psicologia Hospitalar em Belo Horizonte/MG, e


tendo ajudado a construí-la é referência na área.

É também pioneira no trabalho com tutores de animais com


câncer em Belo Horizonte/MG, junto à oncologia
veterinária, oferecendo suporte ao luto não-
reconhecido.

Professora de vários cursos na área de Psicologia Hospitalar


desde 1987, não tem a conta dos milhares de
alunos com os quais contribuiu em sua formação.
Acatando aos desafios ofereceu o primeiro curso
de Atendimento Psicológico Domiciliar no Brasil.
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Apaixonada pela Psicologia desde sempre é também


apaixonada por gatos, livros e café. E por ideal, a
paz!!
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