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OS GRANDES PAISES E SUAS VISÕES ETNOCENTRISTAS

Etnocentrismo é um conceito da Antropologia definido como a visão


demonstrada por alguém que considera o seu grupo étnico ou cultura o centro
de tudo, portanto, num plano mais importante que as outras culturas e
sociedades.

O termo é formado pela justaposição da palavra de origem grega "ethnos" que


significa "nação, tribo ou pessoas que vivem juntas" e centrismo que indica o
centro.

Um indivíduo etnocêntrico considera as normas e valores da sua própria cultura


melhores do que as das outras culturas. Isso pode representar um problema,
porque frequentemente dá origem a preconceitos e ideias infundamentadas.

Uma visão etnocêntrica demonstra, por vezes, desconhecimento dos diferentes


hábitos culturais, levando ao desrespeito, depreciação e intolerância por quem
é diferente, originando em seus casos mais extremos, atitudes
preconceituosas, radicais e xenófobas.

Este fenômeno universal pode atingir proporções drásticas, quando culturas


tecnicamente mais frágeis entram em contato com culturas mais dominantes e
avançadas.

O antropólogo Clyde Kluckhohn (1905-1960) observa em Antropologia - Um


espelho para o homem que cultura é "a vida total de um povo, a herança social
que o indivíduo recebe de seu grupo, ou pode ser considerada a parte do
ambiente que o próprio homem criou".

Por sua vez, Bronislaw Malinovski (18841942), outro antropólogo, ensina que a
cultura compreende "artefatos, bens, processos técnicos, idéias hábitos e
valores herdados".

A cultura é formada partir de histórias antigas e culturais. Mas a nossa história


é contada de maneira correta no exterior?
Nesse vídeo a autora fala sobre o ponto de vista único, quanto a um pais, ou
político que pode simplesmente criar histórias únicas a partir de seu ponto de
vista, assim afetando várias pessoas e até populações inteiras.

Aqui, vemos isso como uma mania etnocentrista de países grandes, citarem
países pequenos como se tivessem uma cultura não culta ou até não sábia.

Penso nisso por ser moradora de uma cidade brasileira e sempre ter
consumido filmes, series e livros americanos. Os países poderosos como os
USA, vendem uma história própria, mas também vendem uma história sobre
países menos ricos, como o continente africano, América do sul e países
árabes. Quando ouvimos tanto e vemos tanto sobre como esse pais é superior
a nos, começamos a não valorizar a nossa cultura.

O que de fato os países ricos e estrangeiros pensam sobre nós? As únicas


referências feitas por eles que vejo, é que o Brasil é um país de mulheres
fáceis e quentes, de pessoas pobres e ignorantes, que apenas sabem sambar
e jogar futebol. E obviamente, vemos o turismo sexual refletir esse
pensamento. Em lugares pobres, onde se falta qualidade e perspectiva de vida.
Os gringos já enxergam o brasil como um lugar de carnaval, onde não se tem
regras e leis, e nos de forma hipócrita reclamamos disso. Pois fazemos o
mesmo com a África.

Eu já ouvi diversas vezes quando eu não queria comer algum legume que
minha mãe fazia, que as criancinhas da África ficariam felizes em ter isso para
comer. Quando na verdade nem sabemos ao certo o quão diferente somos da
África. Tamanha hipocrisia fazer com um outro pais o que fazem conosco. Essa
história única que temos sobre a África, onde eles passam fome, são
malvestidos, e são todos pretos. Isso me faz pensar que para se sentir em um
pais soberano, é necessário destruir a soberania de outros, sempre os
deixando como menores e pobres. Estamos em uma crise econômica
ostensiva no Brasil.

Os países que são vítimas desse etnocentrismo americano, normalmente são


países que foram extremamente explorados na colonização, e porque existe
uma facilidade tão grande de explorar os menores, e depois os julgar como
pobres coitados em um pais igualmente pobre. O estado unido faz isso
conosco, e fazem isso com a África. Sem saber o mínimo de como aquele
continente funciona e quem são as pessoas dentro dele.

O patriotismo não vem de uma maneira rápida, e sim de uma construção, se


tornando cada vez mais difícil quando idealizamos a cultura de fora como
honesta e correta, e nos consideramos como um pais desonesto e falido.

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