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Antropologia e Cultura Brasileira

Daiane Rodrigues de Paula - RA: 21207014

Etnocentrismo e relativismo cultural

O etnocentrismo se trata de desprezar as diferenças e da crença de sua


própria superioridade. O fanatismo gerado por esse pensamento pode ser
ligado a vários aspectos negativos como a discriminação e o preconceito. Há
aspectos muito marcantes do etnocentrismo em nossa cultura, como por
exemplo, a visão negativa que se tem de religiões de origem étnica africana, ou
de regiões mais afastadas das capitais, que muitos acreditam serem inferiores
ou desprovidas de acesso a informação ou até mesmo serviços básicos como
saneamento e educação. Afinal, quem nunca ouviu alguma piada ou
comentário sarcástico diminuindo regiões como norte ou nordeste? Ou que
morar no interior é sinônimo de um vocabulário “pobre”? Ações como essas
foram e ainda são inclusive reforçadas por estereótipos em filmes, livros,
novelas.
Enquanto isso, o relativismo cultural defende a ideia de que não se pode julgar
uma cultura a partir dos valores de outra. Por exemplo, no Brasil, é comum
uma família ter entre dois ou três filhos, alguns anos atrás esse número era
bem maior, já na China por muito tempo houve um controle de natalidade de
filho único devido ao grande volume populacional no país.
Há situações discutíveis em ambas as ideias. Por pior que seja, o
etnocentrismo tem como parte a valorização cultural que até certo ponto é
importante para a preservação de sua identidade, porém esse isolamento faz
com que essa cultura seja privada de evolução. Já o relativismo, por mais que
defenda o direito de ser diferente, ignora fatores importantes como culturas
com práticas que violam o que vemos hoje como direitos humanos. A
escravidão por exemplo, faz parte da história regional não só no Brasil mas de
muitos outros países assim como a falta, ou as vezes inexistência, de direito de
mulheres, crianças ou animais.

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