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FICHAMENTO INTRODUÇÃO À SOCIOLOGIA

Sociologia - Anthony Giddens, capítulo 9.

NOME: LUDMILA SAMARA SANTOS COSTA


TURMA: 04
MATRÍCULA: 231038161

Raça, Etnicidade e migração:


Nesse capítulo, é abordado os conceitos de raça, etnicidade e sua ligação com as migrações,
além de discutir como eles estão conectados com o racismo, preconceito e discriminação. Além
disso, é falado sobre os modelos de integração étnica e os padrões globais de migração.

Raça é um dos conceitos mais complexos da sociologia pois a sociedade acredita que se pode
separar os seres humanos em diferentes raças biológicas com facilidade e, até mesmo teóricos
tentaram incansavelmente fazer categorizações raciais da população, mas houve divergências
quanto a isso pois enquanto alguns determinavam a existência de 3 ou 4 raças, outros chegavam a
encontrar dezenas delas.

As teorias raciais começaram a surgir no final do século XVIII e, inicialmente, foram usadas para
justificar o imperialismo europeu e suas práticas colonizadoras. Essas teorias colocavam os
brancos(caucasianos) como uma raça superior e mais inteligente que as demais, enquanto os negros
eram colocados como incapazes e selvagens, fundamento o racismo científico que influenciou o
nazismo e outras ideologias de supremacia branca, como a Ku-Klux-Klan, nos Estados Unidos e o
Apartheid na África do Sul. Somente após a Segunda Guerra Mundial que essa “ciência da raça” foi
descredibilizada e entenderam que, em termos biológicos, não existem raças definidas, apenas
diferenças físicas entre os seres humanos.

Em virtude disso, os cientistas sociais abandonaram quase que por completo o conceito de raça,
argumentando que esse conceito é apenas uma construção ideológica, porém, uma parte dos
cientistas ainda acha que esse conceito ainda é válido e importante para muitas pessoas mesmo que
sua base biológica tenha sido derrubada, eles argumentam que esse conceito é primordial para uma
análise sociológica da sociedade, mas estes usam sempre o termo entre aspas para explicitar que
seu uso pode ser errôneo.

Usa-se o termo “racialização” para entender o processo pelo qual os entendimentos do que é raça
são usados para classificar os indivíduos ou grupos de pessoas, historicamente, esse termo era usado
para classificar os grupos de pessoas que eram tratados como “biologicamente distintos” com base
em características físicas. Portanto, as diferenças raciais são vistas como variações físicas clara entre
os seres humanos e, algumas dessas diferenças são hereditárias. Entretanto, é importante saber por
que algumas dessas características são vistas como um motivo de discriminação e preconceito social.
A raça pode ser entendida como um conjunto de relações sociais que permite que indivíduos e
grupos sejam localizados, as distinções raciais não são somete uma forma de diferenciar os
humanos, mas também é uma forma de reprodução de padrões de poder e de desigualdades na
sociedade.

Enquanto “raça” é um termo que induz o pensamento de algo biológico, etnicidade é um


conceito puramente social. Etnicidade é entendida como práticas culturais e os modos de entender
o mundo que distinguem uma comunidade das demais. Os membros dos grupos étnicos veem a si
mesmos como distintos dos outros grupos da sociedade. Diferentes aspectos são usados para
diferenciar os grupos étnicos dos outros, mas os mais comuns são: língua, história, ancestralidade,
religião, modo de se vestir, etc. Esse é um fenômeno social que é produzido e reproduzido ao longo
do tempo. Entretanto, pode ocorrer o uso do termo em que certas partes da população são vistas
como “sendo étnicas” e outras como o não sendo e, usar rótulos dessa forma coletiva corre o risco
de produzir divisões entre “nós” e “eles”.

Porém, anterior ao surgimento do conceito de raça, já havia o preconceito e a discriminação.


Esses são conceitos que são entendidos como opiniões ou atitudes compartilhadas por membros de
um grupo acerca de outro e geralmente são baseadas em rumores e são resistentes a mudanças
mesmo face a novas informações. Alguém que tem preconceito com determinado grupo não acolhe
ou escuta o que ele tem a dizer, geralmente apresentando um comportamento nocivo e hostil. O
preconceito é frequentemente baseado em estereótipos que são aplicados a grupos étnicos
minoritários.

O racismo, por exemplo, é o preconceito baseado em distinções raciais, em que os


indivíduos racistas acreditam que alguém é inferior ou superior a outro por conta de sua raça. O
racismo está enraizado na sociedade por conta do grande passado escravocrata e segregacionista da
sociedade, e não somente um caso isolado, portanto é necessário analisar também o histórico social
nesses casos. Existe a categoria do racismo biológico que foi usado para fundamentar movimentos
segregacionistas como o Apartheid, na África do sul, que tratava os negros como seres humanos
inferiores aos demais e isso era usado para justificar anos de exploração, discriminação e violência
contra essas pessoas. Há também uma nova ramificação do termo que se chama “novo racismo”, em
que o preconceito é baseado em elementos culturais e, embora ainda inferiorize os negros, os
argumentos usados são baseais em uma hierarquia racial e é construída a partir da premissa de que
grupos minoritários são marginalizados e difamados por serem minoria.

Entretanto, o racismo no ocidente se difere do racismo ocidental pois No Oriente, as


diferenças étnicas e culturais desempenham um papel mais significativo do que a divisão baseada na
raça. Além disso, o nacionalismo, a xenofobia e as tradições culturais também influenciaram as
atitudes discriminatórias na região. No entanto, é importante ressaltar que essas são generalizações
e que o racismo é um fenômeno complexo que varia amplamente entre diferentes países e
comunidades no Oriente Médio, incluindo a Ásia.

O expansionismo europeu iniciou há séculos um movimento de populações em larga escala


que ajudou a formar sociedades com grande diversidade cultural e, embora não seja um movimento
novo, contribuiu fortemente para a acelerar o movimento de globalização. Esses padrões de
migração podem ser vistos como um reflexo de uma rápida mudança nos laços econômicos, políticos
e culturais.

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