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GUIA DIDÁCTICO DE FÍSICA 5.2.1.

Introdução

1. Introdução 5.2.2. Plano de Estudos de Física para o Projecto


1.1. A Andragogia: A Educação de Adultos Didáctico: A Comunicação e a Cidadania

5.3. Projecto: A Dinâmica da Vida


2. O Guia didáctico para a disciplina de Física
5.3.1. Introdução
3. Objectivos Gerais de Física no 1º Ciclo do Ensino
5.3.2. Plano de Estudos de Física para o Projecto
Secundário
Didáctico: A Dinâmica da Vida

4. A Metodologia e o Projecto Didáctico Integrado 5.4. Projecto: O Mundo e as Transformações

5.4.1. Introdução
5. Quadro do Planeamento Integrado de Física para os
Projectos Didácticos 5.4.2. Plano de Estudos de Física para o Projecto
Didáctico: O Mundo e as Transformações
5.1. Projecto: A Introdução às Ciências
5.5. Projecto: De mãos dadas com a saúde
5.1.1. Introdução
5.5.1. Introdução
5.1.2. Plano de Estudos de Física para o Projecto
Didáctico: A Introdução às Ciências 5.5.2. Plano de Estudos de Física para os Projecto
Didáctico: De mãos dadas com a saúde
5.2. Projecto: A Comunicação e a Cidadania
5.6. Projecto: Um novo olhar para descobrir o mundo 1. Introdução

5.6.1. Introdução
A dar continuidade à concepção interdisciplinar de ensino
5.6.2. Plano de Estudos de Física para o Projecto concebida para a Colecção Para Gostar de Ler e Escrever,
destinada ao Ensino Primário de Adultos, o Ministério da
Didáctico: Um novo olhar para descobrir o mundo
Educação - Direcção Nacional da Educação de Adultos
6. Orientações didácticas e metodológicas apresenta a Colecção de Guias Metodológicos para a
aceleração das aprendizagens, no 1º Ciclo do Ensino
7. Avaliação
Secundário.
Anexos

O Guia Didáctico de Física compõe a colecção de Guias


Metodológicos que serão utilizados pelos professores como
norteadores do processo de ensino e aprendizagem, de forma
a subsidiar a construção de estratégias que permitam as
relações de interdiciplinaridade e contextualização, através de
projectos didácticos criados para a aceleração do 1º Ciclo do
Ensino Secundário de Adultos.

Para apoiar a aprendizagem progressiva dos conhecimentos


e habilidades inerentes a este Ciclo, a concepção
metodológica adoptada parte do princípio da construção de da linguagem específica e dos princípios abordados por cada
Projectos Didácticos Integrados, que levam em consideração uma das ciências.
o equilíbrio harmonioso entre os conteúdos e os objectivos
A Pedagogia etimologicamente vem do paido, que significa
das disciplinas, para este ciclo de ensino, assim como a
criança e agogus, que significa educação. Tem o significado
relação entre as áreas de conhecimento e a relevância do
literal de: “ a arte e ciência de ensinar crianças” . A palavra
conteúdo para a formação geral do estudante.
Andragogia etimologicamente vem do andros, que significa
homem e agogus, que significa educação. Tem, por sua vez,
Para consolidar a função social do Ensino Secundário, a
o significado literal de “ a arte e ciência de ensinar homens”.
saber o 1º Ciclo, os Projectos Didácticos construídos visam
São vertentes diferentes da ciência da educação, já que têm
sobretudo “... ao alcance de metas mais exigentes de
um público diferente, a quem destinam o seu foco e,
desenvolvimento técnico-científico dos programas e
principalmente, a sua abordagem.
conteúdos, tendo em vista, tanto quanto possível, a natureza
sócio-cultural dos estudantes”. Desta maneira, as temáticas A presente proposta de ensino levou em consideração os
que nortearão todo o percurso desta etapa de ensino foram contributos estudado pela Andragogia e por ela defendido.
desenvolvidas a fim de garantir maior interacção das áreas Mas qual o objecto de estudo da Andragogia? O que a
como melhor aprendizagem para o estudante. Andragogia pretende?

A Andragogia é uma teoria educativa que procurar


1.1. A Andragogia: A Educação de Adultos
compreender o adulto, em suas mais variávies componentes,
É importante contextualizar neste documento a diferenciação como um ente psicológico, biológico, social e cultural, frente
existente entre a Andragogia e a Pedagogia para a utilização as situações de ensino - aprendizagem.
Considerar a experiência como ponto de partida para a promove a possibilidade de acelerar e integrar informações
promoção da aprendizagem é um dos fundamentos para construir conhecimentos e competências.
defendidos pela Andragogia. É a partir das experiências do
No modelo andragógico o processo é orientado pelo
sujeito adulto que a escola deve propor processos que
facilitador (professor mediador), com a participação activa do
estimulem e transformem as aprendizagens iniciais (míticas
jovem e adulto, afim de que este possa atingir a auto-
ou empíricas), a partir de um conjunto de conteúdos
realização e seja sujeito da sua própria trajectória.
escolares, de forma a impulsionar os estudantes à
reorganização do conhecimento anterior, a partir da O estudante jovem e adulto, busca através da experiência
assimilação de novas estruturas de aprendizagem. académica superar desafios, solucionar problemas que
impactarão directamente sobre suas vidas. É uma mistura de
Para os jovens e adultos o aprendizado precisa ter
realização académica, social, profissional e pessoal. A
significado, importância, pois isso estimula a sua atenção
aprendizagem flui melhor quando o assunto tem um valor
dirigida e proporciona a integração das suas informações
(uma mais valia) que pode ser imediatamente agregada em
prévias e iniciais, sobre certo aspecto da realidade, às novas
sua vida.
ideias. Desta forma o exercício da aprendizagem passa a ser
muito motivadora e desafiante. O currículo para a educação de adultos precisa ser
estabelecido de acordo com as necessidades dos estudantes
Assimilação depende do nível de participação do adulto, ou
e com as suas áreas de interesse. O seu ambiente de
seja ele aprender enquanto faz, executa e participa
aprendizagem deve caracterizar-se por um “ambiente adulto”.
activamente. É a experiência concreta e significativa que
É importante considerarmos que neste modelo de ensino, as
relações são horizontais, ou seja pautadas na parceria entre 2. O Guia Didáctico e a disciplina de Física
facilitador (professor mediador) e aprendentes.
O Guia Didáctico de Física atende especificamente à
O ambiente de aprendizagem deve ser cooperativo e modalidade do 1º Ciclo do Ensino Secundário de Adultos.
estimulante, de modo a favorecer o desenvolvimento e
A partir das orientações nele contidas, espera-se contribuir
manifestações de diferentes ideias, pensamentos, hipóteses e
para a qualidade da aprendizagem dos estudantes nesta nova
estilos de aprendizagens. A sala de aula deve ser vista como
fase do ensino, uma vez que a finalidade principal deste
um espaço acolhedor, organizado, uma "oficina" de trabalho
documento é socializar conhecimento metodológico que crie
onde professores e estudantes jovens e adultos cooperam
estratégias que colaborem para a implementação e eficácia
para a construção de saberes e de um modelo de
dos Projectos Didácticos Integrados.
comunicação em que todos se manifestam e se
comprometem tanto diante de si mesmo como em relação Ampliar as estratégias profissionais dos professores,
aos outros. possibilitando a mobilização de múltiplos recursos e
estratégias é o desafio a ser alcançado nesta fase do
Programa.

Para assegurar a plena inter-relação das áreas do


conhecimento, é necessário criar estratégias que ofereçam os
melhores contributos para a consecução dos resultados
esperados ao longo do desenvolvimento dos Projectos
Didácticos Integrados. Deste modo, é relevante
contextualizarmos a disciplina na perspectiva mais objectiva e uma tentativa de explicar racionamente os fenómenos
ampliar a sua contribuição no âmbito da proposta deste Guia. naturais, sem a influência do pensamento religioso, mítico ou
mágico.
Para compreender sobre a relevância do estudo da Física no
1º Ciclo do Ensino Secundário é imortante analisar a sua Ensinar Física requer método e técnica, mas também
trajéctoria através de seu significado e da sua concepção aprofundamento científico que corroborará para um bom
como ciência. Física do (grego physis, que significa natureza), desempenho do professor, como mediador, em sala de aula.
é compreendida como a ciência que estuda a natureza e seus Ensinar Física é uma oportunidade de desenvolver nos
fenómenos em seus aspectos mais gerais. É amparada pelo estudantes o espírito crítico, o raciocínio e a capacidade de
método científico, pela lógica e pela Matemática como expressar-se claramente diante das inúmeras possibilidades
linguagem natural. É através dos modelos científicos que ela de descobertas. Mais do que aprender conteúdos, as aulas de
descreve a natureza. Física devem proporcionar a maturação do pensamento
formal e abstrato necessário para o aprendizado em geral.
Os fenómenos fisicos são identificados a todo momento no
ambiente, no movimento dos corpos, Entretanto, é importante considera que para que o ensino da
disciplina da Física seja estimulante, desafiador e a
O estudo da Física sempre esteve presente em momentos
aprendizagem seja significativa e tenha um bom
bastante significativos da evolução humana. Na Antiguidade
aproveitamento é imprescindível que as aulas reproduzam as
pré-clássica, as pessoas já percebiam a regularidade da
características essenciais da actividade científica: observação
Natureza e a tentavam explicar através da metafísica e da
e colecta organizada de dados, expressão clara de
mitologia os fenómenos observados. Conhecida desde o
século XVIII como filosofia natural, a física iniciou-se como
procedimentos, resultados e conclusões, e discussão crítica além do domínio teórico propõe a construção de um
de todo o processo. arcaboiço prático voltado para o ensino experimental,
implementa com os estudantes um modelo de espaço de aula
As actividades experimentais devem acompanhar toda a
que cria as condições necessárias para o desenvolvimento do
formação dos estudantes uma vez que possibilitam a
raciocíneo e da compreensão das causas e efeitos que
exploração e a construção de novas oportunidades de
ocorrem no nosso cotidiano. Outrossim, a experimentação
apreender. Muitas escolas não dispõe de espaços específicos
também contribui para a construção de uma dimensão que
e equipamentos necessários para a organização de
ultrapassa a sala de aula, uma vez que auxilia na tomada de
actividades experimentais, contudo isso não limita o professor
decisões e o aprimoramento da observação, da paciência e
ao “velho” recurso do quadro e da cópia, principalmente ao se
da curiosidade.
tratar do ensino de jovens e adultos. Há fontes e alternativas
de actividades que se planificadas de forma antecipada e bem Desta maneira, a proposta deste Guia Metodológico é
programada com a participação dos estudantes podem ser sobretudo inquietar os docentes no sentido de buscar, através
vivenciadas em sala de aula e com materiais alternativos e do da criatividade e da metodologia participativa e experimental,
quotidiano. os meios alternativos para promover o ensino da Física
assistida pela interacção entre teoria e prática e as múltiplas
O que se observa é uma dificuldade de ordem prática e
relações que são estabelecidas a partir deste encontro,
criativa dos professores em ultrapassar os ditos entraves
cooperando para a interdisciplinaridade com outras áreas do
(estrutura física e materiais) o que condiciona o ensino da
conhecimento, orientadas a partir dos Projectos Didácticos
Física a acções estritamente teóricas, enfatizando somente
Integrados.
conceitos e memorização de leis. Quando o docente para
3. Objectivos Gerais da Física no 1º Ciclo do Ensino 11. Compreender a Física presente no mundo, assim como as
Secundário prínciapais Leis da Física;
12. Articular o conhecimento físico com conhecimentos de
1. Reconhecer a Física como ciência que estuda a Natureza;
outras áreas do saber científico;
2. Desenvolver o gosto pela observação da Natureza e do
13. Perceber o estudo da Física enquanto necessidade para a
meio envolvente;
construção humana, os aspectos de sua história e
3. Desenvolver métodos e processos de trabalho inerentes à
relações com o contexto cultural, social, político e
forma como a Física estuda os fenómenos;
económico;
4. Interpretar observações experimentais;
14. Dimensionar a capacidade crescente de intervenção do
5. Analisar e interpretar tabelas e gráficos;
homem na natureza propiciada pela utilização das Leis da
6. Utilizar correctamente vocabulário e convenções
Física;
científicas;
15. Estabelecer relações entre o conhecimento físico e outras
7. Utilizar sínteses ou esquemas estruturados dos temas
formas de expressão da cultura humana.
físicos trabalhados;
8. Conhecer e saber utilizar os princípios básicos de
investigação física: Classificar, organizar, sistematizar;
9. Identificar regularidades: Observar, estimar ordens de
grandeza, compreender o conceito de medir, fazer
hipóteses, testar;
10. Conhecer e utilizar conceitos físicos: Relacionar
grandezas, quantificar, identificar parâmetros relevantes;
4. A Metodologia e o Projecto Didáctico Integrado Deste modo, a metodologia que deverá ser identificada e
planificada deve sempre ter em conta o que se espera
Toda situação pedagógica escolar pressupõe que o
alcançar. A metodologia para o 1º Ciclo do Ensino Secundário
estudante possua capacidades para se automotivar a partir
de Adultos deve romper com a fragmentação do saber, ainda
de condições favoráveis. Estudiosos afirmam que a motivação
na fase da planificação dos professores, durante a construção
é direccionada por emoções e surge da busca por
colectiva das linhas mestras do Projecto Didáctico
experiências emocionais positivas. Porém, o estímulo e a
Interdisciplinar.
sensibilização à aprendizagem ainda é um desafio nos
tempos actuais. Para estabelecer o vínculo significativo entre Os seis Projectos Didácticos Integrados surgem para
o sujeito que apreende e o objecto do conhecimento, a figura promover a melhor relação entre o estudante (Jovem e
do professor mediador, entre outros aspectos facilitadores, é Adulto) e o objecto do seu estudo (conhecimento),
de grande importância. intermediados pela intervenção e selecção criteriosa do
professor, no que se refere à metodologia escolhida.
Neste sentido, o êxito de uma proposta integrada de
aprendizagem pauta-se na identificação e coerência da A existência dos Projectos Didácticos Integrados não pode
metodologia escolhida para alcançar os objectivos propostos. ser percebida como uma inovação pedagógica destituída de
Entretanto, num processo de construção dinâmico e dialógico, compromisso com a aprendizagem, ou ainda como a
espera-se que o professor use de bastante sensibilidade no formação de um conjunto de conteúdos organizados
momento de eleger a metodologia, considerando a quem se aleatoriamente. Pelo contrário, a envolvência dos professores
dirige, o significado que o objecto do conhecimento tem e a especialistas na definição dos conteúdos, na organização
correlação deste com a existência do estudante. destes quanto à sua relevância e comunicação, tornou viável
a escolha das temáticas, bem definidas e defendidas, para 5. Quadro do Planeamento Integrado de Física para os
então surgir a proposta unificada de estudo baseada nos Projectos Didácticos
Projectos.
5.1. Projecto 1: A Introdução às Ciências
Os Projectos Didácticos Integrados pretendem sobretudo
promover a troca, o diálogo e a participação, uma vez que os 5.1.1. Introdução
professores necessitarão de desenvolver uma dinâmica de
O Projecto Didáctico Integrado A Introdução às Ciências
comunicação mais proximal dos seus pares, a fim de fazer
tem como objectivo proporcionar a "entrada" do estudante no
acontecer a integração dos conhecimentos.
contacto com o conhecimento científico, a partir das
É importante considerar que os conteúdos que estão necessidades humanas para a organização e compreensão
distribuídos entre os seis Projectos Didácticos Integrados têm da vida, da natureza e do mundo.
como referência bibliográfica os programas e manuais para
Quando consideramos a etimologia das palavras:
este nível de ensino, concebidos pelo INIDE, para o Ensino
Geral. A inovação, que permite a aceleração das Introdução significa: entrada, começo, início, abertura.
aprendizagens para jovens e adultos, está na integração das
Ciência, do latim scientia (conhecimento), o mesmo do verbo
áreas de conhecimento e na actuação dos professores
scire (saber).
(estratégia de planificação e metodologia participativa de
ensino), de modo a oferecer aos estudantes uma visão Compreendemos o grande contributo e responsabilidades
globalizante e significativa do ensino, através dos Projectos arrolados neste Projecto Didáctico Integrado, que tem por
desenvolvidos a cada trimestre.
objectivo iniciar o estudante no âmbito do pensamento pensadores pré-socráticos, tem um longo caminho ainda a
científico. trilhar.

Este 1º Projecto pretende abrir o caminho (método) para Tudo se resume em: “Para um cientista a ciência é uma só,
encontrar respostas, a partir dos elementos da ciência. pois a natureza é apenas uma". Sendo assim, as ideias da
física devem complementar as ideias da química, da
A procura por respostas organizadas a partir da lógica, da
biologia, da geografia e assim por diante. Embora a ciência
relação entre causa e consequência e do levantamento de
se divida em áreas, para facilitar o aprofundamento do
hipóteses, paulatinamente, desvendou várias situações e
estudo, ela ainda continua sendo apenas uma.
fenómenos, assim como possibilitou a classificação, a análise,
a comparação e a compreensão do funcionamento da A partir desta breve introdução, é possível observar a grande
natureza. e diversificada oportunidade que será fomentada com a
realização prática deste Projecto Didáctico Integrado. As
Compreendida como um meio de explicar e compreender “o
relações de descoberta, de fundamentação, aprofundamento
mundo” e também a nós mesmos, isso por meio da
e construção de novos conhecimentos, motivarão e
observação e da experimentação – método científico – a
aprimorarão os saberes dos estudantes, a fim de permitir, de
ciência acaba por promover o desenvolvimento de novas
forma mais articulada, a integração de áreas de conhecimento
tecnologias para melhorar a qualidade de vida das pessoas.
e suas perspectivas.
Mas até atingir o status e definição actual, o “pensamento
Existe, na organização dos conteúdos seleccionados para
científico”, que teve a sua origem na Grécia Antiga com os
este 1º Projecto Didáctico, uma forte relação entre as 09
áreas de conhecimento, com possibilidades de variadas
actividades e estratégias, de modo a possibilitar formas Este Projecto é sobretudo um espaço escolar que se abre aos
“integradas” de aprendizagem, assim como a iniciação dos jovens e adultos que iniciam o 1º Ciclo do Ensino Secundário,
estudantes ao pensamento científico. pois permite aprofundar os conhecimentos primários e
introduzir os elementos científicos propícios à abordagem,
O estudante poderá relacionar conteúdos e práticas às mais
neste nível de ensino.
diversas formas de aprender. Caberá ao docente, neste
processo de construção, ter a fundamentação necessária Actividade de Consolidação:
para realizar as articulações com as demais áreas de
PRODUTO FINAL: Jornal ou Painel Informativo
conhecimento. A escola deverá promover momentos de troca
de informações e planificação entre os docentes, a fim de OBJECTIVOS:
consolidar, de maneira equilibrada, os conceitos e a
1. Realizar uma síntese comunicativa para explorar os
organização das ideias que permeiam este tema, para facilitar
princiapais aspectos estudado pela classe durante este
a percepção, por parte dos estudantes, da integração dos
projecto.
conteúdos e do Projecto que estarão a construir, a partir das
2. Analisar como os meios de comunicação escrito, tais
diferentes matérias.
como jornais, revistas e livros tratam a informação e, a
O 1º Projecto Didáctico Integrado: A Introdução às Ciências, partir destes formatos eleger e elaborar um jornal ou
tem a missão de estimular a intenção do estudante em painel informativo como culminância de um trabalho
procurar um conhecimento mais sistematizado e organizado, conjunto de toda a equipa escolar;
que o ajude a dar resposta aos seus questionamentos. 3. Despertar nos estudantes o interesse pela leitura e
pela escrita;
4. Oportunizar que os estudantes sejam os realizadores  Se na escola existir um número pequeno de turmas
da sua produção científica e comunicativa; cada grupo poderá escolher uma temática (por área da
5. Seleccionar informações significativas que necessitem ser ciência) para compor o Jornal ou Painel;
“guardadas” e que vão servir de suporte para futuros  Uma comissão de docentes deve fazer o
eventos e actividades escolares, relacionadas com os acompanhamento (correção, orientação e ajustes) ao
temas em estudo no trimestre. longo do trimeste da produção dos textos;
DURAÇÃO: 1º trimestre lectivo  Definição do tipo de Jornal ou Painel que será
produzido (mural), a função de cada turma ou grupo e
RECOMENDAÇÕES:
periodicidade de encontros para organização da
 Os docentes deverão definir o tema de base para o actividade.
Jornal ou Painel Informativo, a partir dos objectivos e  Poder-se-á elaborar uma versão preliminar do Jornal
conteúdos das suas disciplinas, na relação com o ou do Painel Informativo para análise e ajustes e, só
Projecto Didáctico Integrado; depois, apresenta-lo à comunidade escolar.
 Considerar que o tema escolhido deve ser interessante
e trazer informações importantes e actualizadas para a
comunidade escolar; 5.1.2. Plano de Estudos de Física para o Projecto
 As etapas de organização do Jornal ou Painel devem Didáctico Integrado: A Introdução às Ciências
ser elaboradas no início do trimestre (cronograma) com
Objectivos da disciplina para o Projecto:
o envolvimento directo de todos os professores das
áreas e dos estudantes; a) Reconhecer a Física como ciência que estuda a Natureza;
b) Utilizar correctamente vocabulário e convenções Conteúdos:
científicas;
TEMÁTICA 1: Introdução à Física
c) Compreender o conceito de fenómeno físico e da 1.1. O universo e o sistema solar
grandeza física; 1.2. O céu noturno e as estrelas / A lua e os seus movimentos
1.3. A física e as grandezas físicas
d) Desenvolver competências tais como a medição de 1.3.1. A física e a natureza
grandezas (comprimentos, superfícies, volumes, massas, 1.3.1.1. O que estuda a física
1.3.1.2. Importância da física para o homem
pressão atmosférica, etc);
1.3.2. Grandezas físicas e sua medição
e) Caracterizar os estados físicos da matéria; 1.3.2.1 Sistema internacional de unidades
f) Reconhecer que os corpos são constituídos por pequenas 1.3.2.2. Medição de comprimentos
1.3.2.3. Medição de superfícies
partículas; 1.3.2.4. Medição de volumes
g) Conhecer o movimento browniano; 1.3.2.5. Erros nas medições
1.4. Estrutura e estados de agregação das substâncias
h) Interpretar a teoria corpuscular da matéria; 1.4.1. Noções elementares sobre estrutura das substâncias
i) Identificar massa como uma propriedade dos corpos; 1.4.2. Estados físicos de agregação: sólido, líquido e gasoso
1.4.3. Agregação e movimentos corpusculares
j) Conhecer os conceitos de massa e de inércia; 1.4.4. Introdução à teoria cinético molecular
k) Interpretar factos com base no conceito de inércia; 1.4.5. Dilatação e difusão
1.4.6. Temperatura e movimentos corpusculares
l) Reconhecer a densidade como uma grandeza
característica de uma dada substância; TEMÁTICA 2: Força e massa
2.1. Força
m) Compreender as forças como interacções entre corpos;
2.1.1. A força como grandeza vetorial
n) Conhecer diferentes tipos de forças; 2.1.2. Composição de forças
o) Compreender a resultante de um sistema de forças. 2.1.3. Dinamómetros
2.1.4. Tipos de forças
2.1.5. Forças de atrito A palavra "cidadania" tem origem latina, deriva da palavra
2.1.6. Pressão e força de pressão "cidade" e denota o direito que cada indivíduo tem de
2.2. Massa
2.2.1. Massa e inércia participar na vida pública, do seu local de origem.
2.2.2. Densidade de um corpo
2.2.3. Balanças Cidadania é a condição do cidadão de participar e ver seus
direitos garantidos perante os órgãos públicos e a sociedade.

5. 2. Projecto: A Comunicação e a Cidadania


Este tema reforça a escolha acertada dos docentes
5.2.1. Introdução envolvidos no processo de construção deste material
didáctico quanto ao aspecto mais relevante da metodologia
A concepção do Projecto Didáctico Integrado A
de ensino - aprendizagem participativa.
Comunicação e a Cidadania, vem corroborar para a
premissa principal da metodologia de ensino adoptada para o Ao longo dos anos, a comunicação passou a ser
1º Ciclo do Ensino Secundário de Adultos, a partir da compreendida como um processo que permite transmitir uma
integração dos objectivos e conteúdos das diversas das áreas informação do individual ao colectivo, embora não se esgote
de conhecimento. nesta noção, uma vez que é possível ao ser humano
comunicar consigo próprio.
A comunicação está presente na nossa existência desde os
primórdios. A palavra "comunicação" deriva do latim Compreendida como um processo, pela sua dinâmica e
communicare que significa “tornar comum”, “partilhar”, evolução, a comunicação é essencial à socialização, à
“conferenciar”. cultura, à cidadania e à aprendizagem formal e informal - à
educação dos indivíduos. É neste processo dinâmico de
interacção, realizado pela troca de mensagens e conteúdos, para reforçar nos estudantes a necessidade de
experiências, que os indivíduos, durante a sua vida, adquirem compreensão do processo de aprendizagem como algo
consciência de si e dos outros, interiorizam os valores, as dinâmico, que deve ser promovido ao longo da vida e
normas, os comportamentos, os conhecimentos e os promover o exercício da cidadania e das condições de vida de
significados deste arcaboiço de “informações” que, por sua toda a comunidade.
vez, são frutos da produção humana (sócio-cultural) em que
Ao docente, mediador em todo o processo de construção da
estão inseridos.
aprendizagem do estudante, caberá revitalizar a prática
Para este Projecto Didáctico Integrado, são priorizados os pedagógica a partir de uma metodologia que privilegia a
mecanismos, formas e conteúdos que favorecem o comunicação, o diálogo, o respeito, a concórdia, a
entendimento da comunicação como um processo participação e a reflexão.
fundamental para a produção, reprodução e transmissão
O modo como aprendemos a comunicar é resultado de um
sócio-cultural e para o exercício da cidadania.
processo de aprendizagem ao longo da vida e que influencia
A percepção da evolução da comunicação (“troca de e caracteriza o nosso comportamento. Os professores devem
informações, mensagens e experiências”) permite perceber, reflectir que, ao comunicar a mensagem ou conteúdo, a forma
durante o estudo dos conteúdos, a relação entre a produção de comunicar é tão ou mais importante do que, por vezes, o
do conhecimento e a socialização (tornar comum comunicar) próprio conteúdo e isso é fundamental para o êxito do
do mesmo, ao longo da existência humana. processo de ensino-aprendizagem e para a melhoria da
qualidade do aproveitamento escolar.
Um dos objectivos deste Projecto Didático é constatar a
fluente “comunicação” entre as áreas e os seus respectivos
Ao longo do desenvolvimento deste Projecto, diferentes na sociedade, para despertar o gosto pela suas mais
situações de comunicação e seus efeitos para a cidadania diferentes acepções;
devem permear as aulas e os conteúdos, para reflectir sobre 3. Escolher um tema a partir das expectativas e
as escolhas e as intenções de cada estratégia de inclinações dos estudantes e do contexto da comunidade,
comunicação. de forma a nortear todas as produções que forem
concebidas;
A comunicação, tão presente na nossa existência, é
4. Seleccionar, para as actividades de concepção das
também um elo de ligação do ser humano consigo próprio e
produções, materiais viáveis e alternativos a fim de tornar
com o mundo ao seu redor.
ezequível a realização da actividade.
Actividade de Consolidação 5. Oportunizar que os estudantes sejam realizadores da

PRODUTO FINAL: Exposição de Artes sua produção, a partir de uma planificação atempada e
acompanhada pelos professores.
OBJECTIVOS:

1. Realizar uma Exposição de Artes de forma a DURAÇÃO: 2º trimestre lectivo

contemplar as mais variadas manifestações artísticas


RECOMENDAÇÕES:
(pintura, escultura, declamação, dramatização, dança,
música) a partir dos estudos desenvolvidos ao longo do  Constituição da equipa de docentes que estarão

Projecto; responsáveis pela orientação e acompanhamento das

2. Oportunizar aos estudantes a percepção da actividades relacionadas com a organização da

comunicação das ideias, a partir das artes e sua influência Exposição de Artes;
 Sensibilizar estudantes e comunidade escolar para a lectivo, a fim de consolidar de forma criativa as
importância e o apoio para a realização da actividade; aprendizagens do período;
 Cada turma deverá produzir, colectivamente e/ou em  Os docentes de Língua Portuguesa serão os
pequenas equipas de trabalho, as produções que responsáveis pelo acompanhamento na elaboração
serão apresentadas na Exposição de Artes; dos textos explicativos que deverão acompanhar todas
 O tema central da Exposição de Artes deve ser as produções, assim como pelas correções e ajustes
comum, de forma a abranger todas as áreas de necessários;
conhecimento e receber destas os contributos  As produções que serão expostas podem ser
necessários para a confecção das produções; realizadas em horários extra-classe, desde que sejam
 Os estudantes deverão, juntamente com a equipa de apresentadas, aos docentes, para o devido
docentes responsável pela Exposição de Artes, acompanhamento do processo de produção;
elaborar um pequeno cronograma de acções para  Cada turma ou equipa de trabalho constituída deve
serem cumpridas e acompanhadas até a culminância apresentar ao docente orientador da actividade a sua
da actividade; proposta de produção, a fim de ter o seu parecer e
 A Exposição deve ser aberta à comunidade onde a acompanhamento;
escola esta inserida, a fim de proporcionar  Realizar convocatória para a comunidade escolar e
conhecimento sobre as actividades desenvolvidas no criar meios para convidar os familiares e/ou a
âmbito da sua estrutura; comunidade do entorno escolar;
 As produções devem contemplar aspectos dos mais  Organizar a Exposição de Artes a considerar: espaço
variados conteúdos, abordados durante o trimestre para a exposição das pinturas e esculturas, espaço
para apresentações teatrais (dramatizações), espaço 5.2.2. Plano de Estudos de Física para o Projecto
para os recitais de poesia e para execução das Didáctico Integrado: A Comunicação e a Cidadania

músicas produzidas, entre outras actividades. Objectivos da disciplina para o Projecto:


a) Promover a discussão e relação directa dos conteúdos
com o tema do Projecto, afim de perceber os
contributos dos fenómenos acústicos e luminosos para
AVALIAÇÃO: a comunicação;

 Envolvimento dos estudantes nas etapas de b) Compreender a produção e a propagação do som;

organização e execução da Exposição de Artes; c) Compreender as qualidades do som;


 Nível de desenvolvimento em relação às habilidades no d) Identificar o fenómeno de propagação da luz;
trabalho de equipa; e) Conhecer o fenómeno de refracção da luz;
 Participação colectiva e individual nas apresentações; f) Compreender a existência de diferentes cores;
 Intimidade dos estudantes com a produção g) Conhecer o fenómeno da reflexão da luz;
apresentada; h) Compreender a existência de corpos de diferentes

 Organização do evento e mobilização da comunidade cores;

escolar e do seu entorno; i) Conhecer o funcionamento do olho humano e indicar

 Atitudes de respeito e solidariedade para com os formas de o corrigir;

colegas, tanto na elaboração do material, como na j) Conhecer o funcionamento dos espelhos esféricos e de

apresentação do mesmo. alguns aparelhos ópticos.


Conteúdos: 2.14. Construção geométrica da imagem obtida num
espelho plano
TEMÁTICA 1: Fenómeno acústico 2.15. Espelhos planos
1.1. Produção do som e fenómenos sonoros 2.16. Imagens virtuais
1.2. Propagação do som
1.3. Velocidade de propagação do som 5.3. Projecto: A Dinâmica da Vida
1.4. Qualidades de som
1.5. Factores que determinam a qualidade do som
5.3.1. Introdução
1.6. Período e frequência

TEMÁTICA 2: Fenómenos luminosos O presente Projecto Didáctico Integrado, intitulado de A


2.1. Fontes e receptores de luz Dinâmica da Vida, abre um espaço escolar na educação de
2.2. Propagação rectilínea da luz
jovens e adultos para reflectir sobre os movimentos
2.3. Triângulo da visão:
2.3.1. Fonte luminosa bioquímico, moral, ético, temporal e espacial que permeiam o
2.3.2. Objecto desenvolvimento dos seres vivos, com especial atenção ao
2.3.3. Detector
2.4. Reparação da luz Ser Humano.
2.5. Velocidade da luz no vazio
2.6. Dispersão da luz A palavra dinâmica tem origem grega dynamike e que
2.7. Prisma óptica significa “forte” e a palavra vida do latim vita, que tem amplos
2.8. Espectro da luz visível
e diversos significados, mas pode ser expressa pelas ideias
2.9. Radiação monocromático
2.10. Feixe policromático de “processo em curso do qual os seres vivos são uma parte";
2.11. Reflexão da luz "espaço de tempo entre a concepção e a morte"; "aquilo que
2.12. Absorção e reflexão selectiva
2.12.1. Cor faz com que um ser vivo esteja vivo”.
2.13. Leis da reflexão da luz
A partir das ideias acima é fácil compreender o grande com as demais áreas de conhecimento, como a literatura, a
contributo dos conteúdos arrolados neste Projecto Didáctico e história, a geografia e as artes.
a sua importância para a compreensão acerca das mudanças,
Entretanto, apesar do projecto absorver as áreas de
do desenvolvimento, do movimento, do crescimento e da
conhecimento mais afins, isso não significa pouca importância
evolução da vida no nosso planeta.
ou ausência das demais.
O objectivo da articulação das variadas áreas de
Caberá ao colectivo de professores o exercício de construir
conhecimento envolvidas neste Projecto é proporcionar ao
"pontes" entre as disciplinas que visem a integração das
estudante a inter-relação existente entre diversos conteúdos e
áreas de conhecimento, para possibilitar ao estudante a visão
os contributos na perspectiva de uma visão mais integrada.
integrada da Dinâmica da Vida.
Este Projecto Didáctico proporciona a comunicação directa
Neste 3º Projecto Didáctico Integrado, que finaliza o 1º ano do
entre algumas áreas, o que corrobora para a superação das
1º Ciclo do Ensino Secundário de Adultos, a ideia é reflectir
formas fragmentadas e tradicionais de ensino. O estudante
de forma ampla e integrada sobre A Dinâmica da Vida, a
pode e deve perceber a relação directa entre os conteúdos
partir dos elementos científicos, éticos, artísticos, históricos e
estudados nas suas mais diferentes áreas, dispondo assim de
culturais, já que a VIDA um evento temporal, definida por um
maiores condições de articulação e diminuindo a distância
início, meio e fim, assim como é um processo sócio-cultural
entre o que se estuda e a sua aplicação e uso prático.
dinâmico, que envolve marcos significativos da nossa
Os conteúdos de Física, Biologia, Química e Educação Moral existência pessoal (subjectiva) e colectiva.
e Cívica, neste Projecto Didáctico Integrado, assumem uma
proeminência, mas também abrem espaço à aproximação
Actividade de Consolidação  Definição de uma equipa interdisciplinar de docentes

PRODUTO FINAL: Feira de Ciências para orientar e acompanhar a elaboração das etapas
da Feira de Ciências;
OBJECTIVOS:
 Sensibilização dos estudantes, desde o início do
1. Realizar evento de que promova o pensamento e a trimestre, para a criação de uma Feira de Ciências ao
diversidade científica nas escolas participantes, de forma final do trimestre lectivo;
a estimular os estudantes a dar respostas científicas aos  Organização de um calendário com actividades
desafios e necessidades de sua realidade, planear e envolvendo quatro momentos específicos: definição
executar trabalhos científicos; dos temas, organização das equipas de trabalho,
elaboração das actividades para realização da Feira de
2. Utilizar mecanismos para estimular os estudantes a
Ciências e realização da Feira de Ciências e
planear e executar projectos próprios ou sugeridos, com
apresentação das actividades;
os recursos de que dispõem;
 Realização da candidatura dos estudantes que devem
3. Efectuar a avaliação da realização e dos resultados participar das equipas de trabalho de acordo com a sua
obtidos nas diversas actividades desenvolvidas na Feira inclinação pessoal para as temáticas que serão
de Ciências. definidas;
 Definição de que para cada área do conhecimento
DURAÇÃO: 3º trimestre lectivo
deverá ser gerado uma temática a ser apresentada na
RECOMENDAÇÕES: Feira de Ciências pelos estudantes;
 Abertura do processo de inscrição dos temas e as  Participação colectiva e individual na apresentação da
referidas equipas de trabalho; Feira de Ciências para a comunidade escolar e para os
 Acompanhamento aos estudantes pelos docentes que visitantes;
compõe a equipe interdisciplinar durante a execução  Atitudes de respeito e solidariedade para com os
das actividades para elaboração da apresentação da colegas, tanto na elaboração do material, como na
Feira de Ciências; apresentação do mesmo.
 Sensibilização da comunidade escolar, na Feira de
Ciências, quando a sua realização; 5.3.2. Plano de Estudos de Física para o Projecto
 Avaliação da realização da Feira de Ciências através Didáctico Integrado: A Dinâmica da Vida
de questionário aplicado à comunidade escolar. Objectivos da disciplina para o Projecto:
AVALIAÇÃO:
a) Propiciar o entendimento dos contributos dos
conteúdos abordados na disciplina correlacionando os
 Envolvimento dos estudantes com a actividade que
conceitos de movimento e de pressão com a dinámica
deverá ser orientada e supervisionada pelos docentes da vida e da natureza;
através do planeamento realizado pelos estudantes
b) Interpretar observações sobre a pressão e a
para a execução da Feira de Ciências; temperatura em termos cinético-moleculares;
 Nível de desenvolvimento com relação as habilidades c) Compreender que os líquidos e os gases exercem
no trabalho de equipa; forças de pressão;
 Qualidade técnico/científica, relevância do tema, d) Compreender os conceitos de repouso e movimento;
criatividade e inovação para cada tema apresentado;
e) Caracterizar os movimentos rectilíneos uniforme e 5.4. Projecto: O Mundo e as Transformações
variado.
5.4.1. Introdução
Conteúdos:
O presente Projecto Didáctico Integrado abre o 2º ano, do 1º
TEMÁTICA 1: Movimento
1.1. Movimento dos corpos Ciclo do Ensino Secundário de Adultos, com uma proposta
1.2. Sistema de referência mais relacionada às produções e transformações realizadas
1.3. A relatividade do movimento
1.4. Trajectória de um móvel para e pelo homem, no decorrer da História.
1.5. O deslocmento
1.6. A velocidade O conceito de mundo vem do latim "mundus", definição mais
1.7. A aceleração utilizada que remete a ideia de conjunto dos corpos celestes,
1.8. Movimento rectilíneo e uniforme
firmamento, universo. Já o conceito de transformação vem
1.9. Movimento rectilíneo e variado
1.10. Representação de gráficos do verbo transformar que, em latim "transformare", significa
1.11. Interpretação de gráficos mudar de forma, de aspecto, metamorfosear, converter,

TEMÁTICA 2: Pressão trocar, tornar diferente do que era.


2.1. Pressão
2.1.1. Superfície livre dos líquidos Essas indicações demonstram a relevância do tema escolhido
2.1.2. Vasos comunicantes e das contribuições importantes que acompanharão a
2.1.3. Pressão no interior dos líquidos
2.1.4. Princípio de Pascal execução deste Projecto Didáctico. Reunir condições
2.1.5. Prensa hidráulica didácticas de aprendizagem e colaborar para a interação
2.1.6. Princípio de Arquimedes entre os saberes, conferirá ao tema uma excelente
2.1.7. Impulsão
2.1.8. Pressão dos gases oportunidade dos estudantes perceberem quais os processos
importantes de transformações realizadas no mundo, através Actualmente, as transformações tecnológicas promovem
da acção humana ao longo da história. mudanças sócio-culturais e económicas tanto a nível
individual, local, colectivo e global. A relação com o trabalho,
A análise da condição humana actual permite avaliar os
com a família, com a sociedade e mesmo com relação a si
avanços, a evolução e as inovações produzidas pelo homem,
próprio sofrem os impactos positivos e negativos.
que são fruto das experiências, necessidades e desafios de
cada tempo e de cada contexto. Por outro lado, permite Relacionar as mais variadas produções no campo científico,
reflectir sobre os impactos negativos que decorrem das co-relacionando-as com os impactos para as transformações
produções humanas e a necessidade de dar respostas aos sociais, é o ponto de partida para que os docentes reflitam
desafios actuais. com os estudantes, a partir do contexto da comunidade
escolar, os reflexos destas transformações, os benefícios e
As transformações tecnológicas e da natureza, aos poucos,
como mitigar os efeitos negativos das mesmas, para
também trazem mudanças no modo de vida dos indivíduos e
encontrar um "ponto de equilíbrio".
das comunidades. As actividades humanas condicionadas a
todas essas transformações começam a definir um “modelo” Ao considerar o público-alvo das classes de aceleração do 1º
de conhecimento e um “padrão” de habilidades. Ciclo do Ensino Secundário de Adultos compreende-se que a
abordagem deve pautar-se na aproximação mais
Ao longo da história da humanidade o modo de produção, as
contextualizada possível das vivências dos estudantes.
disputas ideológicas e as relações de poder, sociais, de causa
e efeito, de escolhas e consequências são elementos que Mais do que “transmitir” informações sobre a nossa própria
estão na base das transformações sociais. evolução, o desdobramento deste Projecto Didáctico deve
favorecer o reconhecimento da nossa participação, como
indivíduo colectivo ou singular nesta grande “trama” de DURAÇÃO: 1º trimestre lectivo
transformações que envolve a natureza e a sociedade como RECOMENDAÇÕES:
um todo.
 Constituir uma equipa de coordenação das actividades
Actividade de Consolidação com docentes das áreas do conhecimento envolvidas

PRODUTO FINAL: Campanha de sensibilização “ Cuide do no Projecto;

Ambiente”.  Elaborar um cronograma para realização das 3


actividades ao longo do trimestre lectivo;
OBJECTIVOS:
 A primeira actividade - os estudantes deverão, sob a
1. Organizar uma campanha de sensibilização com a orientação dos docentes, elaborar o material para
temática “Cuide do Ambiente”, a fim de conscientizar a distribuir na comunidade escolar (cartazes, folhetos) e
população do entorno escolar, dos constrangimentos que no entorno da escola, a fim de sensibilizá-los acerca do
envolvem o ambiente da comunidade e das possíveis tema;
estratégias de superação.  A primeira actividade deverá envolver todos os
2. Realizar três actividades distintas, dentro da campanha estudantes participantes do Projecto;
de sensibilização, de modo a promover a maior eficácia da  O material produzido para a distribuição poderá ter
actividade: distribuição de material produzido pelos várias versões e deve ser apresentado aos professores
estudantes; caminhada para sensibilização da coordenadores da actividade 3 semanas antes da data
comunidade e palestra; agendada para a actividade acontecer;
3. Possibilitar o trabalho interdisciplinar e favorecer a  Os materiais produzidos devem levar em consideração
autonomia e criatividade dos estudantes. a realidade local em que a escola está inserida, a fim
de promover uma comunicação eficaz de acordo com actividade auxilia os estudantes no desenvolvimento da
situações vivenciadas pela comunidade; habilidade cartográfica;
 A actividade deverá ser acompanhada por docentes,  Com o mapeamento e o croqui prontos, os docentes
para observar o domínio dos estudantes com o orientadores deverão traçar juntamente com os
conteúdo apresentado, através da utilização dos meios estudantes as formas de abordar a comunidade
disponíveis e adequados para a actividade; durante a Caminhada;
 Os docentes deverão ter uma cópia da produção final  A data da realização da Caminhada deverá ser
para fins de avaliação. divulgada com antecedência, com a finalidade de haver
 A segunda actividade – Caminhada de sensibilização adesão de moradores da comunidade;
– será igualmente orientada pelos docentes  A Caminhada levará os participantes a todos os pontos
coordenadores da actividade e tem como objectivo mapeados e identificados a partir do croqui;
levar a mensagem oral e as explicações do assunto à  Cada equipa de estudantes ficará responsável pela
comunidade; apresentação no local mapeado e pela abordagem do
 Será realizada a partir de dois momentos distintos: tema junto à população;
primeiro, os docentes orientadores organizarão  Os docentes deverão acompanhar os estudantes
equipas de 5 estudantes e solicitarão que estes durante toda a actividade;
identifiquem os locais, fazendo um mapa, onde estarão  Os registos e relatos serão utilizados em sala de aula
distribuídos na caminhada de sensibilização; o como maneira de socializar e avaliar a actividade;
segundo momento será a realização de um croqui do  Deverá ser redigido um relatório final da Caminhada;
percurso onde será realizada a Caminhada – esta
 A terceira actividade – Palestra – a actividade fechará  Criatividade na elaboração das actividades;
o ciclo das acções destinadas à sensibilização da  Formas de mobilização do público a ser beneficiado
comunidade; com a actividade;
 Deverá será planificada entre estudantes e docentes;  Atitudes de respeito e solidariedade para com os
 Definir data e horário para realização da Palestra, a fim colegas, tanto na elaboração do material, como na
de realizar a divulgação na comunidade; apresentação do mesmo.
 Solicitar aos estudantes um relatório individual de
avaliação de todas as actividades realizadas na 5.4.2. Plano de Estudos de Física para o Projecto
consolidação do tema do Projecto. Didáctico Integrado: O Mundo e as Transformações

AVALIAÇÃO: Objectivos da disciplina para o Projecto:

 Envolvimento dos estudantes nas etapas de a) Compreender como se situa a Terra e o Sistema Solar no

organização e execução das actividades relacionadas Universo;

com a Campanha de Sensibilização; b) Compreender os movimentos da Terra e fenómenos

 Habilidades no trabalho de equipa e individual; decorrentes;


c) Compreender o movimento aparente do Sol e das
 Participação colectiva e individual nas actividades;
estrelas;
 Avaliação das produções colectivas (mapeamento e
d) Adquirir noções básicas sobre orientação.
croqui) e individuais (relatório);
 Domínio do tema apresentado durante as actividades;
 Envolvimento com a comunidade local;
5.5.1. Introdução
Conteúdos:
O Projecto Didáctico Integrado De mãos dadas com a saúde
TEMÁTICA 1: Fenómenos luminosos
1.1. Fontes e receptores de luz tem com desafio de tratar da temática de forma ampla, porém
1.2. Propagação rectilínea da luz focada nos importantes contributos e conteúdos para a
1.3. Triângulo da visão:
formação de conceitos e práticas relacionadas com a
1.3.1. Fonte luminosa
1.3.2. Objecto Qualidade de Vida.
1.3.3. Detector
1.4. Reparação da luz Apresenta um tema muito importante para a formação
1.5. Velocidade da luz no vazio pessoal, familiar, colectiva e está impregnado dos mais
1.6. Dispersão da luz
1.7. Prisma óptica variados conceitos.
1.8. Espectro da luz visível
1.9. Radiação monocromático A palavra qualidade, que vem do latim qualitate, é um
1.10. Feixe policromático conceito amplo e subjectivo, relacionado à percepção do
1.11. Reflexão da luz
atendimento, satisfatório ou não, das expectativas em relação
1.12. Absorção e reflexão selectiva
1.12.1. Cor a um produto ou serviço.
1.13. Leis da reflexão da luz
1.14. Construção geométrica da imagem obtida num A palavra vida, como se viu no Projecto A Dinâmica da Vida,
espelho plano deriva do latim vita, que tem amplos e diversos significados,
1.15. Espelhos planos
1.16. Imagens virtuais mas pode ser expressa pelas ideias de “processo em curso
do qual os seres vivos são uma parte"; "espaço de tempo

5.5. Projecto: De mãos dadas com a saúde


entre a concepção e a morte"; "aquilo que faz com que um ser Compreender a saúde como o bem-estar físico, mental,
vivo esteja vivo”. emocional e sócio-cultural, fomentar acções estratégicas para
a superação dos constrangimentos que colocam a saúde
A definição do termo "Qualidade de Vida" passa por uma
individual e colectiva em risco e possibilitar a comunicação
reflexão e medição das condições de vida de um ser humano.
entre as áreas e os conteúdos que elucidam esta reflexão, é o
O nível de atendimento que o indivíduo ou a população tem
desafio dos docentes na operacionalização deste Projecto
com relação às expectativas relacionadas ao bem estar físico,
Didáctico.
mental, social, ambiental, assim como a acessibilidade aos
meios de promoção da saúde, educação, saneamento, entre A relação existente entre as áreas, tornar-se-á mais
outros, define o grau ou nível de Qualidade de Vida. colaborativa com a intervenção acertada dos docentes, na
realização de “pontes” entre as áreas e os seus diversos
Com o objectivo de compreender a qualidade de vida de
conhecimentos. A troca de informação e a acção planificada
maneira mais abrangente, este Projecto Didáctico Integrado
dos docentes contribuirá para o objectivo do trabalho por
procura promover a compreensão do conceito de Qualidade
Projectos – que percebem que as áreas do conhecimento não
de Vida como a superação dos desafios relacionados com a
estão em “caixas" ou "ficheiros" isolados, mas só podem
saúde. A temática remete-nos a questionamentos sobre a
atingir os objectivos quando compreendidas como um todo
nossa própria existência. A Qualidade de Vida promove o
que se relaciona e se complementa.
confronto de questões como: “Qual o sentido da vida?”,
“Quais os valores presentes nas nossas vidas?”, “O que é A apreciação da qualidade de vida permite não só o
paz, harmonia, beleza e felicidade?” " O que se define por aprendizado dos conteúdos que permeiam este tema, mas
saúde?". motiva os estudantes a reflectirem sobre a responsabilidade
individual e colectiva na melhoria contínua da mesma, como DURAÇÃO: 2º trimestre lectivo
consequência da ampliação dos nossos conhecimentos e o
exercício da cidadania. Espera-se que, no desenvolvimento RECOMENDAÇÕES:

deste Projecto, as várias formas de percepção acerca da  Na escola, deverá ser criada uma comissão de
temática sejam reveladas à medida que as construções forem docentes para a supervisão geral do trabalho;
alicerçadas na compreensão do modo de vida.  A comissão de docentes deverá eleger subtemas para
o ciclo de palestras, sensibilizar e orientar os
Actividade de Consolidação
estudantes acerca da actividade;
PRODUTO FINAL: Ciclo de Palestras  Os subtemas das palestras deverão estar relacionados
directamente com os assuntos estudados durante o
OBJECTIVOS:
trimestre lectivo, assim como com as necessidades da
1. Realizar um Ciclo de Palestras na comunidade escolar, comunidade escolar;
com temáticas variadas escolhidas a partir dos conteúdos  Os estudantes deverão submeter à análise da
estudados no trimestre lectivo; comissão, a justificativa que aponte a relevância do
2. Promover a discussão de temáticas relevantes para a subtema escolhido;
comunidade escolar, relacionadas com as áreas do  Depois de escolhidos os subtemas, os docentes
conhecimento, através do Ciclo de Palestras; deverão proceder com a orientação aos estudantes
3. Oportunizar que os estudantes sejam protagonistas da das metodologias e meios para realizar a
actividade, para consolidarem e socializarem os seus apresentação;
conhecimentos.
 Caberá à escola a escolha do local de apresentação do  Na semana que antecede à realização do Ciclo de
Ciclo de Palestras, assim como o dia e horário das Palestras, os docentes deverão acompanhar os
mesmas. Caso hajam muitos turmas e apresentações, estudantes no ensaio para a apresentação;
a escola poderá fazer uma semana de apresentações,  Realizar divulgação para a comunidade escolar e criar
no mesmo horário, e divulgar uma agenda na meios para convidar os familiares e/ou a comunidade
comunidade para que as pessoas interessadas do entorno escolar.
possam comparecer;
AVALIAÇÃO:
 A data para realização do Ciclo de Palestra deve ser
 Envolvimento dos estudantes nas etapas de
agendada para antes do término do trimestre lectivo
organização e execução do Ciclo de Palestras;
para efeito das avaliações;
 Habilidades no trabalho de equipa e individual;
 Os docentes deverão considerar toda a envolvência
dos estudantes, desde a escolha do tema, a  Participação colectiva e individual nas apresentações;

concepção da palestra e a apresentação;  Domínio do tema apresentado;

 Os docentes deverão ressaltar que os estudantes que  Criatividade na escolha da metodologia utilizada para a

não participarem no momento da palestra, na palestra;

exposição do tema, deverão envolver-se em outras  Organização do evento e mobilização do público a ser

actividades de organização da palestra; beneficiado com a actividade;

 O Ciclo de Palestras poderá ocorrer durante uma  Atitudes de respeito e solidariedade para com os
colegas, tanto na elaboração do material, como na
semana completa com cronograma dos temas e apresentação do mesmo.
definição quanto ao público-alvo;
5.5.2. Plano de Estudos de Física para o Projecto 1.2. Conceito de sistema físico
Didáctico Integrado: De mãos dadas com a saúde 1.3. Transformações e transferências de energia mecânica
1.4. O trabalho como medida de energia
Objectivos da disciplina para o Projecto: 1.5. Conceito de trabalho de uma força constante
1.6. Unidade S.I. de energia e de trabalho
a) Compreender o conceito de energia; 1.7. Transferências de energia e máquinas simples
1.8. Alavanca
b) Reconhecer o trabalho como uma medida da energia
1.8.1. Tipos de alavanca
transformada e transferida entre corpos; 1.8.2. Condições de equilíbrio
c) Conhecer o conceito de máquinas simples; 1.8.3. Vantagem mecânica
1.9. Roldana
d) Conhecer a condição de equilíbrio da alavanca e da
1.9.1. Roldana fixa e móvel
roldana; 1.9.2. Condições de equilíbrio
e) Compreender o conceito de vantagem mecánica; 1.9.3. Vantagem mecânica
1.10. Potência de uma máquina
f) Conhecer o conceito de potência de uma máquina; 1.10.1. Unidade S.I. de potência
g) Compreender o conceito de movimento térmico e calor;
h) Compreender os conceitos de energia interna dos TEMÁTICA 2: Energia calorífica
corpos, quantidade de calor e modos de variação; 2.1. Movimento térmico
2.2. Temperatura e calor
i) Perceber as contribuições do desenvolvimento 2.3. Termômetro líquido
energético para as melhorias da qualidade de vida das 2.4. Formas de propagação do calor
populações. 2.5. Energia interna dos corpos
2.6.Quantidade de calor e unidades respectivas
Conteúdos: 2.7. Calor específico e unidades respectivas

TEMÁTICA 1: Energia, trabalho e máquinas simples 5.6. Projecto: Um novo olhar para descobrir o mundo
1.1. Energia e formas de energia
5.6.1. Introdução longo desta evolução histórica, através da expressão cultural
e das relações sócio-económicas. O conhecimento
Este Projecto Didáctico Integrado, denominado de Um novo
desenvolvido e socializado é a materialização da necessidade
olhar para descobrir o mundo, encerra o 1º Ciclo do Ensino
que “empurrou” o homem na procura de alternativas e de
Secundário de Adultos e convida os estudantes a
avanços.
"manifestarem" os conhecimentos adquiridos e as
descobertas realizadas nos dois anos que estiveram a cursar Os avanços tecnológicos provocam mudanças na forma de
este nível de ensino. perceber e interagir no mundo, assim como novas
concepções florescem e reformulam o modo de constatar,
O verbo Descobrir advém da palavra descoberta. Do latim,
pensar, comprovar e viver.
discooperio, - descobrir, por a descoberto, destapar, mostrar,
manifestar, revelar, inventar. Todas as disciplinas escolares sofreram as influências
directas do desenvolvimento científico, de forma a permitir
Abordar esta temática é, sobretudo, um chamado para que os
ultrapassar o pensamento do mítico, empírico e linear.
estudantes mostrem os conhecimentos cientificamente
alicerçados e construídos a partir de uma abordagem O homem faz a História e a Ciência e sofre a influência da
significativa e integrada dos conteúdos e objectivos previstos sua própria criação.
para este nível.
Actividade de Consolidação
A apreciação Histórica do mundo revela uma sequência de
PRODUTO FINAL: Circuito de desafios interdisciplinares
descobertas, invenções e grandes realizações da
humanidade, assim como as contribuições dos povos, ao OBJECTIVOS:
1. Promover a integração da comunidade escolar; devem compor, assim como propor uma ficha de
2. Proporcionar a interacção social aliada ao aprendizado inscrição para controlo;
e ao entretenimento;  Deverá ser criado um banco de dados com perguntas
3. Valorizar a participação em equipa, a liderança e a cujos aspectos foram estudados no trimestre, pelas
disciplina; áreas envolvidas no Projecto Didáctico para
4. Promover a interdisciplinaridade com o envolvimento composição do Circuito;
das áreas de conhecimento, nas actividades elaboradas.  Proceder com a divulgação da inscrição das equipas
de acordo com a definição estabelecida pela equipa de
DURAÇÃO: 3º trimestre lectivo organização e execução;
 A actividade deve ser agendada para uma data e na
ocasião toda a comunidade escolar deverá participar;
RECOMENDAÇÕES:
 Cada equipa inscrita pode constituir uma equipa de
 Constituir uma equipa de organização e execução e apoio para as necessidades eventuais de auxílio,
uma equipa julgadora, com docentes das áreas de durante a realização da actividade;
conhecimento envolvidas no Projecto, para apoio a  A equipa julgadora será responsavél pela avaliação do
actividade; desempenho dos participantes, além de controlar a
 Elaborar um cronograma com a distribuição das pontuação das equipas durante a realização da
actividades que serão realizadas através do Circuito; actividade;
 A equipa de organização e execução deverá definir o  As equipas constituídas deverão criar momentos de
número de equipas e quantidade de estudantes que a estudo extra-classe, a fim de fundamentar a sua
participação na actividade. Para tal, deverão em cada  Domínio dos conteúdos durante a realização da
encontro (mínimo de 1 por semana) registar a actividade;
presença dos participantes através de uma lista;  Atitudes de respeito e solidariedade para com os
 Divulgar com antecedência mínima de 3 semanas a colegas, tanto na elaboração do material, como na
data de realização da actividade; apresentação do mesmo.
 A equipa de organização e execução deverá criar os
ORIENTAÇÕES GERAIS DA ACTIVIDADE:
meios para a realização da actividade apoiada pelos
estudantes – as orientações gerais da actividade Depois de constituídas as equipas e no dia da realização da
seguem em anexo; actividade, o responsável pela mediação do Circuito deverá
 A actividade deverá ser assitida pela comunidade proceder da seguinte maneira:
escolar e também pode ter pessoas convidadas a
1. Realizar o sorteio para definição da equipa que irá iniciar a
participar.
actividade;
AVALIAÇÃO:
2. Apresentar a pergunta e aguardar o tempo determinado
 Envolvimento dos estudantes nas etapas de para que a resposta possa ser apresentada. A equipa, ao
organização e execução das actividades relacionadas acertar a pergunta, avança para a pergunta seguinte.
com o Circuito de desafios interdisciplinares; Caso não responda deverá passar a vez para a equipa
 Habilidades no trabalho de equipa e individual; seguinte;

 Participação colectiva e individual nas actividades;


3. Este procedimento deverá ser realizado até que a vez
retorne para a equipa que iniciou a actividade;
4. Errar na resposta das perguntas, constitui a penalidade de 5.6.2. Plano de Estudos de Física para o Projecto
perder todos os pontos adquiridos; Didáctico Integrado: Um novo olhar para descobrir o
mundo
5. Errar na resposta das perguntas, sem que ainda tenha
Objectivos da disciplina para o Projecto:
pontos, obrigará a equipa julgadora a contabilizar pontos
a) Reconhecer a importância do estudo dos fenómenos
negativos para posteriores ajustes;
electrostáticos para o desenvolvimento da electricidade;
6. Apresentar as perguntas para as equipas numa sucessão b) Conhecer princípios elementares de circuitos eléctricos;
crescente de pontuação, que deve ser estabelecida c) Conhecer a Lei de Ohm e os seus limites de
previamente entre a equipa de organização e execução e aplicabilidade;
a equipa julgadora; d) Conhecer o conceito de potência eléctrica e o efeito
térmico da corrente eléctrica;
7. Apresentar as perguntas a cada equipa e, à medida que
e) Conhecer o magnestismo e os seus efeitos;
esta não conseguir responder e passar a vez, o valor da
f) Identificar e aplicar os efeitos magnéticos da corrente
resposta correcta da equipa seguinte deve ser dobrado;
eléctrica;
8. Definir que, para as perguntas mais complexas, podem-se g) Conhecer a indução electromagnética e aplicações.
apresentar 3 (três) opções de respostas às equipas;
Conteúdos:
9. Proceder com o registo de desempenho de cada equipa, a
fim de auxiliar no momento da avaliação dos estudantes. TEMÁTICA 1: Magnetismo
1.1. O que é magnetismo
1.2. Propriedade dos ímanes
1.3. Breve noção de campo magnético
1.4. A agulha magnética e a bússola
1.5. Efeitos magnéticos da corrente eléctrica: socializar algumas orientações didácticas, a partir da
1.5.1. Factores metodologia participativa.
1.6. O electroíman e algumas aplicações
1.7. A indução electromagnética como forma de produção de
corrente eléctrica A palavra didáctica vem da expressão grega Τεχνή διδακτική
1.8. Corrente contínua (techné didaktiké), que se pode traduzir como arte ou técnica
1.9. Corrente alternada
1.10. Frequência da corrente alternada de ensinar. A didáctica é a parte da pedagogia que se ocupa
1.11. Transformadores de tensão eléctrica dos métodos e técnicas de ensino, destinados a colocar em
1.12. O contador de electricidade
1.13. Os corta-circuitos fusíveis prática as directrizes da teoria pedagógica. A didáctica estuda
1.14. Relação entre as unidades SI e unidades práticas de os diferentes processos de ensino e aprendizagem.
energia eléctrica
No âmbito da didáctica, torna-se importante reflectir, não só
TEMÁTICA 2 : Electrostática
2.1. Os fenómenos electrostáticos e sua importância nas técnicas e estratégias que se utilizam, mas,
2.2. A electrização dos corpos fundamentalmente, pensar sobre a intencionalidade, os
2.3. Interacção dos corpos electrizados
2.4. Interacção dos corpos electrizados objectivos e os conceitos que estão na base de um conjunto
2.5. Interpretação dos fenómenos electrostáticos com base na de práticas de ensino. Um conjunto de práticas de ensino
teoria electrónica
elege um caminho (uma metodologia) a percorrer e tem como
objectivo favorecer a construção de um determinado padrão
6. Orientações didácticas e metodológicas
de pensamento, conhecimento, conduta, relações, indivíduos
Este Guia é destinado a fortalecer as relações de ensino e e sociedade.
aprendizagem e, portanto, reservou um espaço para Nenhuma técnica, prática ou estratégia está isenta de
determinado objectivo formativo implícito. As práticas de
ensino, para além de servirem como um meio ou estratégia A aprendizagem Significativa acontece quando novas ideias
para atingir um fim, também, por si próprias são um exercício ou informações se relacionam com conceitos relevantes e
de aprendizagem de conduta (esquema) intelectual, afectiva, disponíveis na estrutura cognitiva (de aprendizagem) do
social e cultural, guardando em si uma intencionalidade e um aprendente e, consequentemente, são assimiladas por ele.
"conteúdo" subentendido.
O mais importante num processo de ensino é que a aprendi-
Para apoiar novas práticas didácticas (métodos e técnicas de zagem seja significativa, ou seja, o conteúdo a ser aprendido
ensino), que favoreçam sobretudo a aprendizagem de adultos pelo estudante precisa fazer sentido e isto acontece quando a
neste ciclo, seguem-se algumas técnicas que podem informação nova “se ancora”, se apoia, nos conceitos
contribuir para o ensino, a partir de metodologia participativa, importantes já existentes na estrutura cognitiva do
e para a aprendizagem significativa. aprendente.

6.1. A Aprendizagem Significativa Dessa forma, a Aprendizagem Significativa é preferível à

David Ausubel (1982) afirma que a aprendizagem significativa Aprendizagem Mecânica, ou Arbitrária, porque constituí um

ocorre somente quando o estudante é capaz de perceber que método mais simples, prático e eficiente. Muitas vezes um

os conhecimentos escolares são úteis para a sua vida fora da sujeito pode aprender algo mecanicamente e só mais tarde

escola. E, por isso, os professores precisam estar sempre percebe que este se relaciona com algum conhecimento

atentos e reflectirem sobre como ajudar os estudantes a anterior já dominado. No caso, ocorreu então um esforço e

compreenderem e utilizarem no seu cotidiano os saberes tempo demasiados para assimilar conceitos, que seriam mais

escolares, de forma a aplicá-los na vida em sociedade. facilmente compreendidos se encontrassem uma “âncora”, ou
um conceito anterior, existente na Estrutura Cognitiva.
Uma aprendizagem é significativa quando as informações no faz uma filtragem dos materiais que têm significado ou
plano mental do aprendente se manifestam, através da não para si próprio;
aprendizagem pela descoberta e pela percepção.
• haja um conteúdo mínimo na estrutura cognitiva do
A aprendizagem é algo que provém de uma comunicação indivíduo, com base suficiente para suprir as
com o mundo e que se acumula sob uma forma rica de necessidades relacionais, onde a nova informação
conteúdos cognitivos, ou seja, é o processo de organização deverá "ancorar";
das informações e integração de tudo isso, pela estrutura
• a escola proporcione ao estudante um ambiente de
cognitiva.
aprendizagem em que ele se possa manifestar, evocar
Neste processo, a informação nova interage como uma conhecimentos anteriores, raciocinar, levantar hipóteses
estrutura de conhecimento específica. e construir estratégias.

Para que ocorra uma Aprendizagem Significativa, segundo É muito comum que estudantes acostumados a métodos de
Ausubel, é necessário que: ensino mecânicos e arbitrários, exercícios e avaliação repe-
titivos e rigidamente padronizados tenham medo ou
• o material a ser aprendido tem que ser potencialmente
dificuldade em se expressar. Caberá ao professor, construir
significativo, ou seja, tem que ser psicologicamente e
um ambiente em que, paulatinamente, o estudante possa
logicamente significativo: o significado lógico depende
sentir-se seguro para se expressar, criando com o ensino e
da natureza do material, e o significado psicológico é
aprendizagem uma relação de confiança e satisfação. Neste
uma experiência que cada sujeito tem. Cada aprendente
sentido, a opção por técnicas e estratégias baseadas em
metodologias participativas são fundamentais.
6.2. Sequência didáctica como instrumento para a Zona de Desenvolvimento Real, mas que contenham também
planificação do professor elementos da zona cognitiva que se encontra em fase de
desenvolvimento, a Zona de Desenvolvimento Proximal.
Para proporcionar a aprendizagem significativa, uma das
estratégias é a sequência didáctica. Dolz e Schneuwly (2004) Como fazer isto?
defendem que as sequências didácticas são instrumentos que
O trabalho em grupo e cooperativo entre os aprendentes mais
podem nortear os professores na condução das aulas e no
avançados (ou o próprio ensinante) fará com que os mesmos
planeamento das intervenções. Além disso, os autores
avancem, transformando assim a Zona de Desenvolvimento
entendem que a sequência de actividades deve permitir a
Proximal em Zona de Desenvolvimento Real.
transformação gradual das capacidades iniciais dos
estudantes. Mas o que são sequências didácticas? Trata-se de um
conjunto de actividades concebidas e organizadas de tal
As actividades são concebidas com base no que os
forma que cada etapa está interligada à outra. Ao planificá-la,
estudantes já sabem e, a cada etapa, aumentam o grau de
o professor tem como objectivo ensinar um determinado
dificuldade, ampliando a capacidade desses estudantes.
conteúdo, começando por uma actividade simples até chegar
Neste sentido, segundo Vygotsky, os professores estarão a às operações mais complexas. Ou seja, elas são elaboradas
trabalhar como mediadores, na Zona de Desenvolvimento de modo a respeitar os graus de dificuldade que os
Proximal, ou seja, de modo a avançar a fronteira da Zona de estudantes irão encontrar nas tarefas, tornando possível a
Desenvolvimento Real, definida como a zona cognitiva onde o sua superação.
aprendente pode trabalhar sozinho. O ensinante deve
apresentar problemas que contenham elementos dentro da
Para isso, é importante que o professor tenha claro quais as A elaboração de uma sequência didáctica prevê o diagnóstico
expectativas de aprendizagem que ele deseja alcançar numa inicial do conhecimento do estudante e a definição clara de
determinada aula ou período (semana, mês, trimestre etc.). um objectivo de aprendizagem. Além disso, o professor deve
enxergar a avaliação como um instrumento norteador para a
A definição de expectativas de aprendizagem está nos
planificacção das suas futuras acções com a turma.
objectivos do ensino e baseia-se em critérios como:
relevância social e cultural; relevância para a formação O conhecimento prévio é um conjunto de concepções,
intelectual do estudante e potencialidade para a construção representações e conhecimentos adquiridos pelo estudante
de habilidades comuns; possibilidade de estabelecer em experiências anteriores, que podem ter acontecido dentro
conexões interdisciplinares e contextualizações, ou fora da escola. Esses conhecimentos prévios determinam,
acessibilidade e adequação aos interesses da faixa etária do em boa parte, o conjunto de informações que ele selecionará
estudante. para tentar resolver as actividades apresentadas na aula.

6.2.1.Etapas da sequência didáctica

Para desenvolver uma sequência didáctica, é preciso b) Compreender a situação-problema: ter clareza do que

planificar as suas etapas, de acordo com a expectativa de se pede no enunciado da actividade

aprendizagem. Eis alguns pontos que devem ser levados em


Nesse momento, o professor poderá verificar o que os
conta pelo professor:
estudantes sabem ou não sabem sobre o que se pede.
a) Fazer o diagnóstico inicial Algumas pistas sobre as necessidades de aprendizagem dos
estudantes poderão ser identificadas, como dificuldades de
leitura ou interpretação e compreensão dos enunciados de Teorema de Pitágoras, pois o fio de teia lançado e esticado
problemas. será a hipotenusa do triângulo rectângulo imaginário que se
pode formar, considerando a distância entre as paredes dos
c) Identificar os conhecimentos que estão no cerne da
edifícios e a diferença de altura entre a haste da bandeira e a
situação-problema
altura do edifício onde o Homem-Aranha está.

O professor poderá observar se os estudantes reconhecem


d) Decidir os procedimentos necessários para encontrar a
os conhecimentos trabalhados que estão propostos na
solução da situação-problema
actividade. É importante que as tarefas sejam elaboradas de
tal forma que, em algumas delas, o estudante consiga notar Uma vez que os estudantes identificaram os conhecimentos
imediatamente o conceito necessário para resolver a questão, envolvidos na proposta, eles adoptarão os procedimentos
uma vez que ele está explícito no enunciado. Em outras, o necessários para encontrar a solução. As observações e
estudante precisa de analisar o enunciado e identificar o que reflexões feitas pelo professor são essenciais para orientar e
está a ser pedido, pois não há indicação clara sobre o esclarecer dúvidas relacionadas com os conceitos e
conteúdo necessário para resolver a questão. procedimentos adoptados, que devem seguir determinadas
regras para a sua execução.
Para esclarecer, seguem-se dois exemplos de actividade em
Física: e) Verificar e/ou validar os resultados obtidos

Nesta situação, não são mencionados no enunciado os Esta etapa é tão importante quanto as demais, porque os
conhecimentos matemáticos que poderão auxiliar os estudantes precisam verificar se a resposta encontrada de
estudantes a encontrar a solução. Uma possibilidade é o facto atende ao que é pedido no enunciado. Os estudantes
que fazem essa validação deixam de agir de modo 6.2.2. A avaliação ajuda o professor a definir os passos
"mecânico", apenas seguindo regras, e passam a ser seguintes
indivíduos autónomos e conscientes do que fazem com
A avaliação tem um papel importante porque ajuda o
reflexão, análise e ponderação.
professor a reflectir sobre os avanços na aprendizagem dos
f) Promover a interdisciplinaridade, o bom ambiente de estudantes. As aulas podem ser avaliadas de várias
aprendizagem e a vontade de aprender ao longo da vida maneiras, por meio de conversas realizadas durante o
desenvolvimento da sequência didáctica, de actividades
As sequências didácticas também poderão articular outras
escritas individuais ou colectivas, ou de observações feitas
actividades e disciplinas, criando situações para pesquisa,
pelo professor, por exemplo.
leitura, interpretação, análise, levantamento de hipóteses e
É importante que o professor compreenda que as avaliações
tomadas de decisão e de validação.
dos estudantes expressam o que eles já aprenderam e
Quando bem elaborada, a sequência didáctica privilegia os
apontam onde ainda precisam de ajuda. É com base nessas
conhecimentos prévios dos estudantes, permitindo que eles
informações que o professor poderá reorganizar as suas
argumentem e apresentem hipóteses, o que também favorece
acções didácticas e ajudar os estudantes a superarem as
a boa interacção entre colegas e com o professor. Essas
suas dificuldades.
actividades devem instigar a curiosidade e motivar o
estudante a aprender novos conceitos.
6.3. Aula expositiva dialogada

Caracterização da técnica: é uma exposição do conteúdo,


com a participação activa dos estudantes, cujo conhecimento
prévio deve ser considerado e pode ser tomado como ponto apresentadas; faz a apresentação dos objectivos de estudo
de partida. O professor leva os estudantes a questionarem, da unidade e a sua relação com a disciplina ou curso. Faz a
interpretarem e discutirem o objecto de estudo, a partir do exposição, que deve ser bem preparada, podendo solicitar
reconhecimento e do confronto com a realidade. Deve exemplos aos estudantes, e procura o estabelecimento de
favorecer análise crítica, resultando na produção de novos conexões entre a experiência vivencial dos participantes, o
conhecimentos. Propõe a superação da passividade e objecto estudado e o todo da disciplina. É importante ouvir o
imobilidade intelectual dos estudantes. estudante, procurando identificar a sua realidade e os seus
conhecimentos prévios, que podem mediar a compreensão
crítica do assunto e problematizar essa participação. O forte
A técnica é útil para: desta estratégia é o diálogo, com espaço para
 Obtenção e organização de dados; questionamentos, críticas e solução de dúvidas: é
 Interpretação; imprescindível que o grupo discuta e reflicta sobre o que está
 Decisão; a ser tratado, a fim de que uma síntese integradora seja
 Comparação; elaborada por todos.

 Resumo.
Avaliação: participação dos estudantes na contribuição para

Como utilizar a técnica: a exposição do tema através de perguntas, hipóteses ou

O Professor contextualiza o tema de modo a mobilizar as respostas e sínteses. Pela participação do estudante,

estruturas mentais do estudante para operar com as acompanham-se a compreensão e a análise dos conceitos

informações que este traz, articulando-as às que serão apresentados e construídos. Podem-se usar diferentes formas
de obtenção da síntese pretendida na aula: de forma escrita, mobilização, e são criadas as condições para a construção e
oral, pela entrega de perguntas, esquemas, portfolio, sínteses a elaboração da síntese do objecto de estudo.
variadas, complementação de dados no mapa conceitual e
outras actividades complementares a serem efectivadas em
6.4. Chuva de ideias
continuidade pelos estudantes.
Descrição: é uma possibilidade de estimular a geração de
Observações pertinentes: novas ideias de forma espontânea e natural, deixando
A aula expositiva dialogada é uma estratégia que vem sendo funcionar a imaginação. Não há certo ou errado. Tudo o que
proposta para superar a tradicional palestra docente. Há for levantado será considerado, solicitando-se, se necessário,
grandes diferenças entre elas, sendo a principal a uma explicação posterior do estudante.
participação do estudante, que terá as suas observações Operação de pensamento (predominantes):
consideradas, analisadas e respeitadas, independentemente
 Imaginação e criatividade;
do nível hipotético e da procedência delas, em relação ao
assunto tratado. O clima de cordialidade, parceria, respeito e  Busca de suposições;
troca é essencial. O domínio do quadro teórico relacional pelo
 Classificação.
professor deve ser tal que "o fio da meada" possa ser
interrompido com perguntas, observações, intervenções, sem Dinâmica da actividade:
que o professor perca o controle do processo. Com a Ao serem perguntados sobre uma problemática, os
participação contínua dos estudantes, fica garantida a estudantes devem:
1.Expressar em palavras ou frases curtas as ideias sugeridas Trata-se de uma estratégia vivida pelo colectivo da classe,
pela questão proposta; com participações individuais, realizada de forma oral ou
2.Evitar a atitude crítica que levaria a emitir juízo e/ ou excluir escrita. Pode ser estabelecida com diferentes objectivos,
ideias; devendo a avaliação se referir a eles. Utilizada como
3.Registar e organizar a relação de ideias espontâneas; mobilização, desperta nos estudantes uma rápida vinculação
4.Fazer a selecção delas conforme critério seguinte ou a ser com o objecto de estudo; pode ser utilizada no sentido de
combinado: colectar sugestões para resolver um problema do contexto
 Ter possibilidade de ser postas em prática logo; durante o processo de construção, possibilitando ao professor
 Ser compatíveis com outras ideias relacionadas ou retomar a teia de relações e avaliar a criatividade e a
enquadradas numa lista de ideias; imaginação, assim como os avanços do estudante sobre o
 Ser apreciadas operacionalmente quanto à eficácia a assunto em estudo.
curto, médio e longo prazo.
Seguem algums sugestões de experiências que podem ser
Avaliação: observação das habilidades dos estudantes na desenvolvidas pelos docentes juntamente com os estudantes
apresentação de ideias quanto a: capacidade criativa, afim de promover a melhor compreensão acerca das
concisão, logicidade, aplicabilidade e pertinência, bem como o tematicas, para além de compor um material didáctico rico
seu desempenho na descoberta de soluções apropriadas ao pelo seu cunho prático experimental.
problema apresentado.

Observações pertinentes: 6.5. Experiências em sala de aula:


6.5.1. Experiência: Água : Calor e Temperatura esquerda – a vasilha com água fria, e no centro – a vasilha
com água em temperatura ambiente. Mergulhar a mão direita
Noções científicas: 1.Energia térmica ; 2. Calor ; 3.
na vasilha de água quente e a mão esquerda, na vasilha de
Temperatura ; 4. Equilíbrio térmico; 5. Mudança de estado.
água fria. Em seguida, mergulhar as duas mãos na vasilha
Introdução: Este experimento estimula a observação e auxilia contendo água em temperatura ambiente. Irá se observar que
a compreensão do conteúdo que será introduzido cada mão receberá uma informação de sensação diferente,
posteriormente com os temas principais: calor e temperatura. mas a temperatura da água (do recipiente central) é a
mesma.
Materiais: Situação-problema: realizar o experimento para que possam
1. Bico de Bunsen ou algo que possa servir de aquecedor, 2. diferenciar calor de temperatura, entender equilíbrio térmico e
Um copo e/ou Becker contendo 150 mL de água ; 3. Um copo que a energia pode ser transferida, transformada e
e/ou Becker contendo 150 mL de gelo, 4. Três vasilhas (a 1ª aproveitada de muitas formas . Pode-se propor as seguintes
contendo água bem fria, a 2ª cheia de água em temperatura questões: É possível haver transferência de calor de um
ambiente e a 3ª com água quente [suportável para a pele]) corpo de temperatura menor para um corpo de temperatura
maior? Fazendo o experimento das vasilhas; Qual a sensação
Montagem e manunteção: 1. Aquecer o Becker e/ou copo em cada mão? Dar hipóteses explicando o ocorrido.
com o bico de Bunsen. Assim, irá se observar que a água do
recipiente quando aquecida, evapora, já o gelo do recipiente Hipoteses dos estudantes: espera-se que os estudantes
quando aquecido, torna-se água. 2. Dispor as três vasilhas da compreendam o assunto mediante a realização dos
seguinte forma: à direita – a vasilha com água quente, à experimentos e além disso, possam entender principalmente
que temperatura é a grandeza física associada ao estado de 1. Pente de plástico, 2. Pedaços de papel ; 3. Dois tubos de
movimento das partículas que compõem os corpos. Já o calor PVC, 4. Um tubo de ensaio, 5. Flanela, 6. Barrinha de ferro
é a energia térmica que flui de um corpo para outro devido à com um cabo de borracha removível.
diferença de temperatura entre eles.
Montagem e manutenção: 1. Cortar pequenos pedacinhos de
Forma de registo: realizar os experimentos, fazendo papel, passar o pente em uma flanela, e depois aproximar
anotações do que foi observado e respondendo às questões este pente dos pedacinhos de papel, assim, o pente
propostas. electrizado, atrairá os papeizinhos. 2. Pegar os dois tubos de
Organização da Classe: os estudantes formarão duplas ou PVC e electrizar com uma flanela. Um dos tubos, deve ser
trios e realizarão o experimento. Depois haverá uma colocado sobre a mesa, o outro deve ser aproximado, assim,
discussão com toda a sala, disposta em círculo. os tubos electrizados se repelem. 3. Electrizar o tubo de
ensaio e novamente um tubo de PVC que será colocado
6.5.2.Experiência: Electrizando os Corpos
sobre a mesa. Aproximar o tubo de ensaio do tubo de PVC,
Noções cientificas: 1. Electricidade ; 2. Electrização ; 3. portanto, irá se observar que ambos electrizados, se atraem.
Deslocamento de elétrons ; 4. Condutores ; 5. Isolantes 4. Colocar o cabo de borracha na barra de ferro, e electrizar
com a flanela, aproximar dos pedacinhos de papel, verá que a
Introdução: o objectivo dessa actividade é utilizar materiais barra atrai os pedacinhos de papel, explicando que a
simples e de fácil acesso, compreender o conteúdo proposto borracha actua como isolante. 5. Retirar o cabo de borracha
e relacioná-lo com situações diárias. da barra de ferro. Electrizar esta barrinha com a flanela e

Materiais:
aproximar dos pedacinhos de papel, então verá que não Forma de registo: realizar todos os experimentos, anotando o
ocorrerá atracção. que se pôde observar, e algumas dúvidas que possuem para
que posteriormente possam ser tiradas.
Situação –problema: após ter dado a matéria com o conteúdo:
A fricção electriza os corpos devido ao deslocamento de Organização da Classe: os estudantes formarão duplas e
eléctrons dos átomos, que os corpos electrizados se actraem realizarão o experimento.
ou se repelem, também, que existem cargas positivas e
negativas e que os corpos podem ser condutores ou 6.5.3.Experiência: Velocidade Média de uma Formiga
isolantes. Os estudantes poderão entender os termos,
Noções científicas: Conceitos de: velocidade; deslocamento;
testando na prática e realizando o experimento. Respondendo
velocidade média; Transformação de unidades.
a pergunta: Como devem ser as cargas dos corpos para que
eles possam se actrair ou repelir.
Introdução: esta actividade contribui para que o estudante
Hipótese dos estudantes: espera-se a compreensão da
tenha a noção das grandezas físicas como: posição,
condução de electricidade, a importância das cargas positivas
velocidade e aceleração.
e negativas, comparando com situações do dia-a-dia, como
por exemplo, pentear os cabelos.
Materiais:
Uma formiga; Cronômetro; giz; Régua ou fita métrica.
Observação e resultado: os estudantes irão discutir o que
observaram durante a actividade experimental.
Montagem e manutenção: 1 - Meça o tamanho da formiga, Hipótese do estudante: usar um barbante, colocando-o em
coloque-a no chão e marque, a cada 10 segundos, a posição cima das marcas e medir o percurso todo.
em que ela está. Faça isso até conseguir 10 marcas.
Observações e resultado:
2 - Meça e anote as posições a cada intervalo de tempo.
1 - Qual a distância percorrida pela formiga?
Situação-problema: Como medir o espaço percorrido por uma
formiga que fez o percurso em círculo? 2 - Quanto é essa distância em metros?

3 - Qual a velocidade da formiga em cm por segundo?

4 - Qual a velocidade da formiga entre o 4º e 5º espaço?

5 - Como vocês classificariam o movimento da formiga?

6 - Compare os resultados do seu grupo com os de outro


grupo e escreva quais factores influenciaram da diferença de
velocidade entre as formigas.

Figura 1 - percurso irregular da formiga


Acordo colectivo: espera-se que os estudantes concluam que
para saber quanto a formiga andou por segundo, é necessário
fazer a divisão do espaço percorrido pelo tempo.Depois disso
é interessante mostrá-los a fórmula: Vm = Espaço/tempo

Formas de registo: construção de tabela com os dados:


intervalos de tempos e distância percorrida.

Figura 3 - registro do percurso

6.5.4. Experiência: A moeda que cai no copo


Introdução: conhecida como princípio da inércia,a Primeira lei
de Newton afirma que a força resultante (o vetor soma de
todas as forças que agem em um objeto) é nula, logo a
velocidade do objecto é constante. Consequentemente:um
objecto que está em repouso ficará em repouso a não ser que
Figura 2 - estudantes medindo e registando uma força resultante atue sobre ele. Um objecto que está em
movimento não mudará a sua velocidade a não ser que
Organização da Classe: Agrupamentos com 2 ou 4 alunos uma força resultante actue sobre ele.
Objectivo: o experimento teve como objectivo mostrar, através em seu estado de equilíbrio, ou seja, em repouso. Com isso
da prática, como funciona e como é aplicada a primeira lei de caindo dentro do copo.
Newton, lei da Inércia, com um experimento de improviso.
6.5.5. Experiência: Canhão de borracha
Material:
Objectivo: mostrar que em um sistema onde inicialmente não
1. Um copo de vidro;
existe movimento e então duas partes diferentes do sistema
2. Uma moeda;
começam a se movimentar, existe uma compensação:" Os
3. Uma capa de papelão para CD.
movimentos ocorrem na mesma direção, mas de sentidos
opostos.
Descrição do experimento: a montagem e a execução do
Breve explicação: o princípio da conservação da quantidade
experimento são bastante simples: coloque uma capa de
de movimento afirma que a quantidade de movimento total do
papelão para CD na boca do copo. Sobre essa capa coloque
sistema se conserva se não existir nenhuma força externa
uma moeda, bem no meio da boca do copo. Dê uma
actuando no sistema.Nesse caso iremos observa o suporte de
pancada, lançando um dedo, no cartão, na direcção
do canhão (no caso os lápis de rolagem) para qual a
horizontal. Observe que o cartão sai, massa moeda cai dentro
quantidade de movimento linear inicial é nula.
do copo. Porque a moeda cai no copo?
Conclusões: de acordo com o princípio da lei da inércia, um
Ideia Principal: construir um sistema similar a um canhão real.
corpo tende a se manter em seu estado de equilíbrio. Assim,
Usar uma borracha de amarrar dinheiro sobre a base do
quando bate no cartão bruscamente a velocidade do mesmo
canhão com a função de atiradeira que estará prestes a
aumenta consideravelmente, mas a moeda tende a se manter
impulsionar o objecto. A linha de costura e o palito de fósforo
serviram para" dispara o tiro. Após o sistema montado  Puxando a borrachinha pela linha, estique-a na
disparamos o tiro apenas queimando a linha que direcção do parafuso que está no centro da outra
mantém a borrachinha esticada. O que observa-se é que extremidade, e enrole a linha nele, para que fique
enquanto o objecto e lançado num sentido, o resto do sistema preso e esticado. Não encoste a borrachinha no
esse move no sentido oposto, ou seja, recua. A ideia é a de parafuso deixe uma folga de mais ou menos um
explorar a compensação de quantidade de movimento centímetro.
bastante visível que ocorre neste experimento. O objecto mais  Coloque um objeto do vértice em forma de V formado
leve se desloca com velocidade maior, o resto do sistema que pela borrachinha esticada.
é mais pesado, se desloca no sentido oposto com velocidade  Coloque os lápis sobre a mesa, um paralelo ao outro
menor. formando uma espécie de caminho por onde o canhão
deverá se deslocar após o tiro.
Montagem:
 Prepare a madeira, de forma que ela fique mais lisa 6.5.6. Experiência: Câmara escura portátil
possível.
 Numa das bordas de menor largura fixe dois parafusos Introdução: durante muito tempo acreditou-se que o processo
nos cantos da placa, e no centro da borda oposta o da visão ocorria porque dos olhos das pessoas partiam “raios
outro parafuso. visuais” que, ao atingir os objectos, Garantiam a percepção
 Passe cada uma das pontas da borrachinha pelos da sua cor e forma. Assim, surgiram outras dúvidas: Por que
parafusos da extremidade que contém dois parafusos. não vemos no escuro? Como esses “raios visuais” seriam
 Amarre no centro do elástico um pedaço de linha. gerados? Depois de muito tempo, descobriu-se que nossos
olhos são receptores de luz. Os corpos que não possuem luz martelo, faça a entrada da luz bem no centro do fundo da lata.
própria são vistos porque a luz de uma fonte qualquer é Passe cola na “boca” da lata e emborque-a sobre o papel
reflectida por eles e chega até nossos olhos, trazendo vegetal; deixe-a nessa posição por cerca de cinco minutos e
informações acerca de sua cor. recorte a sobra de papel vegetal.
Por fim, enrole o restante de papel-cartão em volta da lata,
Material:
como que prolongando sua altura, deixando a “tampa” de
1. Uma lata vazia, como a de leite em pó, um martelo; papel vegetal numa região escurecida. Fixe a tira nesta
2. Meia folha de papel-cartão preto; posição com fita crepe. Sua câmara escura portátil está
3. Um pedaço de papel vegetal de mais ou menos 15 pronta! Aponte o orifício na direção da janela e verifique se há
cm x 15 cm, cola plástica, fita crepe; alguma imagem sobre o papel vegetal. Aproxime o rosto do
4. Um prego bem fino, da grossura da grafite de um tubo de papel-cartão, pois assim a luz ambiente atrapalhará
lápis comum. menos sua observação. Você deve ter percebido que a
imagem aparece invertida; a câmara escura original de
Procedimento: forre o interior da lata com um pedaço do Alhazen também tinha o mesmo “problema” que a sua
papel-cartão preto, para evitar que a luz reflicta nas paredes montagem, mas como a imagem do Sol é idêntica se
da lata e atrapalhe a visualização. Para isso, basta cortar uma invertida, isto não atrapalhou em nada a observação do
tira de cerca de 12 cm de largura e 40 cm de comprimento, eclipse! A inversão das imagens acontece por causa de uma
enrolá-la em forma de um tubo com diâmetro um pouco propriedade muito importante: a luz só se propaga em linha
inferior ao da abertura da lata e colocá-la no interior dela. recta. Essa propriedade também é responsável pela formação
Ajuste-a de forma a ficar “colada” na parede. Com o prego e o das sombras e pelos eclipses.
7. Avaliação

A avaliação tem por objectivo acompanhar como o aluno


7.1. Aspectos gerais pensa, compreende e apresenta suas hipóteses frente aos
desafios e problemas propostos. É um processo de colecta e
De forma complementar e integrada com as orientações análise de dados tendo em vista verificar se os objectivos
previstas no Currículo do 1º Ciclo do Ensino Secundário propostos foram atingidos, sempre respeitando as
(2013), publicado pelo INIDE, 3ª edição, Luanda, Editora características individuais e o ambiente em que aluno vive e
Moderna, no que concerne a todas as orientações, estuda.
principalmente ao modelo de avaliação adoptado, a Educação
de Adultos, em sintonia com as orientações da Reforma Assim, no processo de avaliação da aprendizagem é
Educativa, prevê para a Aceleração do 1º Ciclo do Ensino importante diversificar e combinar os instrumentos e técnicas
Secundário de Adultos que a avaliação das aprendizagens para que esta seja criteriosa, justa e adequada a cada um
tenha foco nos seguintes aspectos: individualmente e/ou em grupo. Ou seja, fazer avaliações
orais e escritas, trabalhos práticos em grupo ou individuais.
 Ênfase no processo de construção do conhecimento
(avaliação contínua). O ato de avaliar fornece dados que permitem verificar
directamente o nível de aprendizagem dos alunos e também,
 Organização dos resultados e dos dados quantitativos indirectamente, determinar a qualidade do processo de
para redefinir estratégias de intervenção de ensino.
ensino, orientando novas acções e estratégias que visam
 Valorização das possibilidades formuladas por cada melhorar o processo de ensino e aprendizagem.
aprendente.
De acordo com os objectivos, o conteúdo, o grau de
 Preparação e revisão para os exames. complexidade dos conteúdos e a população alvo, deverá ser
 Auto-avaliação e avaliação do trabalho colectivo / de planeada uma avaliação que atenda a diferentes níveis de
grupo (de consolidação do projecto). aprendizagem, desde os níveis elementares de compreensão
do assunto até os de análise, síntese e avaliação.
 Validação e certificação das competências.
Propõe-se assim, que seja privilegiada a avaliação processual Para a aceleração do 1º Ciclo do Ensino Secundário, das
ou formativa, de modo contínuo, rejeitando qualquer avaliações deverão constar:
abordagem de controlo manipulativo e ou punitivo.

7.2.1. Modalidade Diagnóstica:


7.2. Modalidades e técnicas de avaliação
 Diagnóstico Inicial
A avaliação intervém de maneira específica antes, durante e
O diagnóstico inicial consiste numa actividade (ou no conjunto
depois da acção. As modalidades que se vão considerar são
de actividades) de levantamento dos conhecimentos iniciais e
a diagnóstica, a formativa e a sumativa.
de base que dos alunos.
Em cada modalidade são empregadas um conjunto de
Permite ao professor identificar os pontos fortes e fracos da
técnicas objectivas ou subjectivas.
classe e individualmente, com relação as habilidades básicas
dos alunos numa determinada área de conhecimento.
A nível individual: o diagnóstico inicial, a observação -
orientação contínua, a auto-avaliação, os testes (orais e Com base nestas informações o professor ajustará a
escritos) individuais e as provas; planificação da matéria e os objectivos às necessidades de
aprendizagens dos alunos e da classe.
A nível colectivo: a observação - orientação contínua, os
testes (orais e escritos) e o trabalho final de consolidação do
projecto.
7.2.2. Modalidade Formativa
A partir da definição da técnica elabora-se o instrumento que
poderá ser: um roteiro de observação, teste, prova, entre  Quadro de Acompanhamento
outros.
O quadro de acompanhamento e avaliação é composto por
critérios que têm por objectivo desenvolver nos alunos
determinados procedimentos e habilidades necessárias à  Testes
aprendizagem, tais quais: a organização dos apontamentos e
dos cadernos; a participação colaborativa e responsável nas O teste individual e/ou colectivo (avaliação dos professores)
aulas e nos trabalhos em grupo e o desenvolvimento do auto- consiste em actividade de verificação da aprendizagem de
estudo (das leituras indicadas e da execução das tarefas de determinado conteúdo, assunto ou competência. A sua
casa). finalidade é informar os alunos e os professores o grau de
domínio alcançado numa actividade de aprendizagem e
Estes critérios devem ser apresentados aos alunos no início realçar as partes ainda não dominadas.
do ano lectivo de forma a perceberem a mais-valia que o
desenvolvimento destas habilidades lhes proporcionaram
durante o processo de aprendizagem. Cabe ao professor
Quanto mais frequente for a aplicação dos testes de avaliação
acompanhar e orientar de forma contínua o desenvolvimento
formativa maiores são as possibilidades de sucesso educativo
destas competências, tanto a nível individual, quanto
dos alunos. Assim, os testes devem ser aplicados, no mínimo,
colectivo.
no fim de cada subtema.
 Auto-avaliação

A auto-avaliação é uma actividade avaliativa que permite ao


7.2.3. Modalidade Sumativa
aluno, a partir da reflexão dirigida, desenvolver uma maior
conscientização dos principais aspectos de sua conduta
Esta modalidade será aplicada no fim do trimestre e do
escolar que podem facilitar ou prejudicar seu processo de
projecto e tem como finalidade verificar o resultado com vista
aprendizagem e a sua vida académica. Esta é uma actividade
à classificação dos alunos, assim como na identificação dos
que deverá ser apresentada no início do ano lectivo
objectivos que os alunos não atingiram de modo a ajudá-los
(apresentação dos critérios) e que no final de cada projecto
na próxima etapa lectiva (trimestre ou projecto). Deve incidir
será desenvolvida a partir da reflexão individual, em grupo e
essencialmente sobre os conteúdos básicos ou essenciais e
com a mediação do professor.
fornecer dados sobre a aprendizagem dos alunos
relativamente aos objectivos considerados.
3. Apropriação de aspectos fundamentais do conteúdo;

 Provas 4. Actuação como elemento de comunicação bidirecional


para correcção dos erros com as orientações
pertinentes;
Deverão ser estruturados em função da natureza da área, de
5. Incentivo para melhorar a quantidade e qualidade do
acordo com a capacidade cognitiva que se pretende avaliar e
estudo futuro, através do conhecimento do resultado,
conforme os objectivos estabelecidos para o trimestre. Podem pelo aluno, e das correspondentes orientações;
ser de dois tipos:
6. Reflexão e interpretação pessoal do aluno em
determinadas questões;

 Orais e Escritas 7. Serve de estudo preparatório para outras avaliações;


 Abertas: de ensaio ou de resposta livre, prova prática
8. Orientação aos docentes sobre as dificuldades de
ou de execução;
ensino em determinados conteúdos;
 Fechadas: prova objectiva.
 Mista: Com questões abertas e fechadas 9. Reflexão dos professores para averiguar onde estão as
dificuldades típicas do conteúdo, para que sejam
Os testes e provas devem apresentar as seguintes traçadas novas possibilidades de intervenção, bem
características: como, reparar as possíveis falhas do processo.
10. Realização de provas obrigatórias (da escola) funciona
1. Controle periódico do progresso dos alunos,
como um requisito administrativo, para prosseguimento
possibilitando avaliação contínua;
do programa.
2. Distribuição equitativa dos conteúdos evitando a
sobrecarga de estudo em determinadas datas. O
estudo se realiza de forma sistemática, uma vez que o
objectivo é avaliar uma parte do conteúdo que terá sido  Trabalho de consolidação do projecto
aprendido em determinado tempo;
Trabalho pedagógico colectivo e interdisciplinar que tem por
objectivo consolidar as aprendizagens, de forma que os
alunos coloquem em prática os conhecimentos e O Conselho de Turma do 3º trimestre (último trimestre do
competências desenvolvidas durante um trimestre (ou ano) reveste-se de caracter especial por ter acrescido o
projecto). No início do trimestre o docente apresenta o objectivo de avaliar os alunos que deverão progredir para o 2º
projecto a ser trabalhado e propõe o trabalho de consolidação ano da aceleração (ao final do 1º ano) ou os alunos que
que deverá ser preparado e orientado durante todo o trimestre finalistas do 2º ano que receberam a Habilitação Literária
e, no final do projecto (trimestre) os alunos, organizados em equivalente a conclusão do 1º Ciclo do Ensino Secundário,
grupo, apresentam o trabalho. Os critérios de avaliação estando aptos a matrícula no 2º Ciclo do Ensino Secundário
deverão ser elaborados pelos professores e comunicados aos (10ª classe).
alunos atempadamente.

7.3. Etapas da avaliação


 Conselho de Turma

7.3.1. Avaliação diagnóstica


Reunião pedagógica que conta com a participação de todos
os professores da classe e com o director pedagógico da Conforme as Directrizes Administrativas do Programa de
escola, no final de cada trimestre. Destina-se a fazer um Alfabetização e Aceleração Escolar, o perfil de saída dos
balanço do trabalho realizado tanto do ponto de vista da alunos do Módulo 3, equivalente a 5ª e 6ª classes prevê que
aprendizagem, quanto do ensino. Nestas reuniões reflete-se ao final do Módulo 3 o aluno terá autonomia frente às
sobre o desenvolvimento da classe e dos alunos diferentes fontes de informação e situações de aprendizagem.
individualmente, de forma a identificar dificuldades e Terá desenvolvido competências sociais de participação e de
potencialidades, assim como as estratégias a serem utilizadas trabalho em equipa, para o exercício da cidadania, dos
para o enfrentamento das situações. O produto final desta direitos e deveres políticos, civis e sociais, demonstrando
actividade é uma Acta, assinada por todos, que deverá ser o atitudes de respeito pelas liberdades fundamentais,
ponto de partida do Conselho de Turma do trimestre seguinte. solidariedade, cooperação posicionando-se contra a todo tipo
de discriminação e preconceito, tendo em vista a Em Matemática, o aluno será capaz de utilizar procedimentos
consolidação da paz e a reconciliação nacional. convencionais de cálculo e de resolução de problemas
contextualizados, dominando técnicas relacionadas às
exigências económicas e sociais da vida moderna. Com isso,
Em Língua, Linguagem Comunicação e Artes os alunos ao final do Módulo 3 os alunos deverão:
deverão:
 Ampliar o significado do número natural pelo seu uso em
situações – problema e pelo reconhecimento de relações e
 Interpretar e compreender o sentido e a intencionalidade
regularidades.
implícita nos textos, principalmente os informativos
veiculados pelos meios de comunicação e de carácter  Construir o significado do número racional e de suas
social. representações (fraccionária e decimal), a partir de seus
 Ler com autonomia diferentes modalidades de textos diferentes usos no contexto social.
previstos para o Módulo, utilizando estratégias adequadas
para abordá-los.  Interpretar e produzir escritas numéricas, considerando as
 Utilizar a linguagem para expressar sentimentos, regras do sistema de numeração decimal e estendendo-as
experiências e ideias, interpretando e para a representação dos números racionais na forma
respeitando as diferentes ideias e interpretações. decimal.

 Produzir textos escritos, coesos e coerentes, dentro dos  Resolver problemas, a partir das quatro operações
géneros previstos para o Módulo e escreve-los com domínio fundamentais, em situações que envolvam números
da separação em palavras, estabilidade de palavras de naturais e racionais.
ortografia regular e de irregulares mais frequentes na escrita
e utilização de recursos do sistema de pontuação para  Ampliar os procedimentos de cálculo pelo conhecimento de
dividir o texto em frases. regularidades das propriedades das operações e pela
verificação de resultados.
 Revisar seus próprios textos, com ajuda do alfabetizador, e
redigir as versões necessárias até considerá-lo bem escrito  Estabelecer pontos de referência para interpretar e
para o momento. representar a localização e movimentação de pessoas ou
objectos, utilizando terminologia adequada para descrever
posições.
 Identificar características das figuras geométricas. responsabilidade em relação ao seu papel no cuidado e na
educação das crianças, no âmbito da família e da
 Interpretar dados apresentados sob forma de tabelas e
comunidade.
gráficos e valorizar essa linguagem como forma de
comunicação. É imperativo que os alunos que ingressam no Ensino
 Construir o significado das medidas, a partir de situações - Secundário de Adultos reúnam as características acima e que
problema que expressem seu uso no contexto social e em no início do ano lectivo (na 1ª semana) os professores
outras áreas do conhecimento. procedam a actividades de sondagem e levantamento dos
conhecimentos prévios dos alunos, de forma a elaborarem
 Representar resultados de medições, utilizando a
uma planificação que dê resposta às necessidades de
terminologia convencional para as unidades mais usuais
dos sistemas de medida. aprendizagem dos mesmos. O objectivo é verificar pontos que
precisão de revisão e de reforço inicial (ex.: Cálculos, regras
 Demonstrar interesse para investigar, explorar e interpretar, gramaticais) ou contínuo (Ex.: Leitura, ortografia, produção de
em diferentes contextos do cotidiano e de outras áreas do textos).
conhecimento, os conceitos e procedimentos matemáticos
abordados neste Módulo.

 Vivenciar processos de resolução de problemas, 7.3.2. Avaliação mensal


percebendo que para resolvê-los é preciso compreender,
propor e executar um plano de solução, verificar e
comunicar a resposta. Durante o mês o professor utilizará o quadro de
acompanhamento (Ver anexo 1) e os testes no processo de
Em Ser Humano e Natureza o aluno apresentará noção de avaliação de processo e contínua. Todas as informações
identidade pessoal e colectiva, percebendo-se integrante e decorrentes destas actividades deverão ser registadas em
sujeito activo e transformador para a melhoria e o pautas mensais (Ver anexo 1).
desenvolvimento e da preservação do ambiente e da cultura
nacional. Assim como, valorizará hábitos saudáveis como um
dos aspectos básicos da qualidade de vida, agindo com
7.3.3. Avaliação Trimestral Cabe ao Conselho de Turma, tanto no 1º ano quanto no 2º
ano da aceleração, deliberar sobre a progressão ou não dos
alunos tendo em vista os resultados QUALITATIVOS e
Ao final do trimestre o professor deverá reunir as pautas QUANTITATIVOS, sendo que o 1º se sobrepõe ao 2º. O
mensais (dos 3 meses) e consolidar os pontos obtidos pelos colectivo de professores deverá pondera sobre o perfil e
alunos na pauta do trimestre (Ver anexo 2), assim como características de aprendizagem dos alunos de forma geral e
proceder as actividades de auto-avaliação, do trabalho de frente as estratégias pedagógicas que foram utilizadas
consolidação de projecto e as provas da escola que também durante o ano lectivo para a superação das dificuldades e
terão lugar de registo na pauta do trimestre (Ver anexo 2). progresso dos alunos.
Faz parte da avaliação do trimestre o Conselho de Turma.

7.3.5. Avaliação final


7.3.4. Avaliação anual
A certificação de conclusão do 1º Ciclo do Ensino Secundário
No final do 1º ano os professores com base nas pautas dos 3 de Adultos, que equivale a 7ª, 8ª e 9ª classes do Ensino
trimestres elaborarão a pauta final (Ver anexo 3). Faz parte da Secundário Geral, será atribuída, ao final de 2 anos, aos
avaliação do final do ano o Conselho de Turma Final (do 3º alunos que concluírem, com êxito, o 2º ano. Estes alunos
trimestre). poderão efectuar matrícula no 2º Ciclo do Ensino Secundário
(10ª classe).

Os alunos que por motivos diversos (elevado nº de faltas,


baixo rendimento escolar que possa comprometer o êxito no
2º ano) não alcançarem os resultados previstos poderão ficar Anexos
retidos no 1º ano, por decisão o Conselho de Turma.
ANEXO 1

Aceleração do 1º Ciclo do Ensino Secundário de Adultos - Mapa de acompanhamento mensal da disciplina __________________________________.
PROFESSOR(A):_________________________________________ ESCOLA: _________________________________ MÊS: ________________________/2015.

Nome dos alunos(as) Tarefa de Participação Organização Participação Testes do professor Total Nº de faltas
casa nas aulas dos cadernos no grupo (0,0 - 10,0) (0,0 - 14,0) no mês
(0,0 - 1,0) (0,0 - 1,0) (0,0 - 1,0) (0,0 - 1,0) 1 2 3 4
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
9.
10.
11.
12.
13.
14.
15.
16.
17.
18.
19.
20.
21.
22.
23.
24.
25.
26.
27.
28.
29.
30.
ANEXO 2
Aceleração do 1º Ciclo do Ensino Secundário de Adultos - Pauta do ___º Trimestre - ____º Ano - Disciplina __________________________________.
PROFESSOR(A):_________________________________________ ESCOLA: _________________________________ TRIMESTRE: ______________________/2015.

Notas Subtotal TCP AUTAV. Média do


Nome dos(as) Alunos(as) 1º Mês 2º Mês 3º Mês 4º Mês Prova (0,0- 14,0) (0,0- 4,0) (0,0- 2,0) Trimestre Faltas
(0,0 - 14,0) (0,0 - 14,0) (0,0 - 14,0) (0,0 - 14,0) (0,0 - 14,0) (0,0 - 20,0)

TCP – Trabalho Consolidação do Projecto AUTAV – Autoavaliação Data ___/___/_____ Visto do Supervisor(a):

________
ANEXO 3
Aceleração do 1º Ciclo do Ensino Secundário de Adultos - PAUTA FINAL Director(a)
ESCOLA: _________________________________ DISCIPLINA: _________________________________
Sub-Director(a) Pedagógico(a)
PROFESSOR (A):____________________________________________ANO: ___º/ 2015

Notas por Trimestre Prova Observação


Faltas Nota
Nome dos (as) Alunos (as) de
Total Final
1ºT 2º T 3º T Média Exame

Sub-Director(a) Pedagógico(a)

(P1+P2+P3)/3=Média + EXAME/2= Nota Final

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