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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO


LICENCIATURA EM PEDAGOGIA

THAYLLANE DOURADO DA SILVA MELO

RELATÓRIO DO ESTÁGIO II
ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

Palmas
2

2021
THAYLLANE DOURADO DA SILVA MELO

RELATÓRIO DO ESTÁGIO II
ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

Relatório apresentado à UNOPAR - Universidade


Pitágoras Unopar, como requisito parcial para o
aproveitamento da disciplina de Estágio Curricular
Obrigatório do Curso Superior em Licenciatura em
Pedagogia.

Orientador Presencial: Júlio


Orientadores a distância: Ângela Maria Medeiros R. e
Silva

Palmas
3

2021

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO.............................................................................................................3

1 - A INTERDISCIPLINARIDADE NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM........4

2 - PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO (PPP).........................................................6

3 - ATUAÇÃO DO PROFESSOR E SUA INTER-RELAÇÃO COM A EQUIPE


ADMINISTRATIVA E PEDAGÓGICA..........................................................................9

4 - ABORDAGEM DOS TEMAS TRANSVERSAIS CONTEMPORÂNEOS DA BNCC


................................................................................................................................... 10

5 - CONHECER METODOLOGIAS ATIVAS COM USO DE TECNOLOGIAS


DIGITAIS................................................................................................................... 13

6 - PLANOS DE AULA...............................................................................................15

6.1 PLANO DE AULA................................................................................................ 16

7 - CONSIDERAÇÕES FINAIS..................................................................................18

REFERÊNCIAS......................................................................................................... 19
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INTRODUÇÃO

A interdisciplinaridade é resultado dos anseios da sociedade contemporânea,


que no tocante à educação compõe esse processo de evolução do modo de ensino
tradicional, despertando maior interesse dos alunos. Assim, busca-se apresentar
neste relatório, a proposta da interdisciplinaridade no aprendizado, a proposta do
Projeto Político Pedagógico e da Base Curricular Nacional para os anos iniciais do
Ensino Fundamental. Abordando temas relevantes para alicerçar o conhecimento e
despertar os alunos para novas ações em seu cotidiano.
O artigo sugerido para composição do relatório aborda a temática: “A
interdisciplinaridade como um movimento articulador no processo ensino
aprendizagem” de autoria de Juares da Silva Thiesen, apresentando uma reflexão
acerca do papel da interdisciplinaridade no processo de aprendizagem dos alunos.
O autor defende que esse tipo de abordagem permite que conteúdos ganhem mais
sentido, levando o aluno a perceber o quanto os aprendizados podem fazer parte da
própria existência. Assim, busca-se a partir de uma situação-problema, explorar as
diversas formas de solução, tornando o aluno o ator principal na solução das mais
diversas situações vivenciadas em seu dia a dia.
Este relatório foi composto após o estudo teórico do tema abordado, cabendo
ressaltar a impossibilidade de ir a campo para realizar o acompanhamento
presencial das aulas em razão da pandemia vivenciada no mudo todo. Assim, além
da pesquisa em sites e trabalhos acadêmicos que pautaram o tema, foi consultada
também a BNCC (Base Nacional Comum Curricular, o PPP (Projeto Político
Pedagógico) e o artigo “A interdisciplinaridade como um movimento articulador no
processo ensino aprendizagem”, que serviram de base para a realização desse
estudo e produção do relatório de Estágio do Ensino Fundamental nos anos iniciais.
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1 - A INTERDISCIPLINARIDADE NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM

A interdisciplinaridade vem sendo discutido sob dois pontos de vista: o


epistemológico e o pedagógico. Pelo ponto de vista epistemológico temos a
compreensão da produção, da reconstrução e socialização por meio do método de
mediação, ciência e seus paradigmas. Já o ponto de vista pedagógico busca
compreender as questões de ensino e aprendizagem no âmbito escolar.
O artigo de Juarez da Silva Thiessen pauta que a interdisciplinaridade faz
parte de um movimento articulador no processo ensino-aprendizagem,
argumentando as formas relevantes para o entendimento desses termos
apresentados. Sendo que a abordagem interdisciplinar vai além da área da
educação, abrangendo setores da vida social, tais como: política, tecnologia e a
economia. O ensino aprendizagem educacional é debatido por diversos autores e
muitos chegam a um senso comum de que a interdisciplinaridade pode ser
considerada como um movimento propiciador do conhecimento de forma menos
sistematizada, focando nos distintos elementos conceituais.
Neste sentido, o autor aborda o ponto de vista pedagógicos como vertente
escolar, descrevendo sobre os elementos epistemológicos (abordagem da realidade
social como parte da aprendizagem). Sendo assim, reflete acerca da teoria
piagetiana sobre a apreensão do conhecimento a partir do meio externo.
O conceito de interdisciplinaridade vem sendo discutido nos diferentes
âmbitos científicos e muito fortemente na educação. Sem dúvida, tanto as
formulações filosóficas do materialismo histórico e dialético quanto as proposições
pedagógicas das teorias críticas trouxeram contribuições importantes para esse
novo enfoque epistemológico que está sendo pautado no momento atual.
Percebe-se que há a preocupação da educação moderna em atingir as
competências e habilidades da grade curricular. Permitindo fazer uma aproximação
metodológica entre o conteúdo de Língua Portuguesa e Geografia ou qualquer outro
conteúdo de outras disciplinas. Falar em interdisciplinaridade é falar também em
trabalhos coletivos que favoreçam uma aprendizagem menos conceitual. Segundo
Juarez Thiessen, as áreas de Ciências Humanas se notabilizaram por evidenciar
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mais fortemente a questão interdisciplinar dos conteúdos. Como metodologia


evidenciada na multidisciplinaridade e pautada em termos conceituais da disciplina
de humanidades, é possível notar por que essas áreas movimentam formas
diferentes de aprendizagens e métodos.
O autor ressalta as diversas barreiras a serem vencidas e a necessidade do
alargamento da compreensão da interdisciplinaridade como busca por novos
métodos de ensino. Nesse sentido, cabe também ao professor deixar de lado o
dogmatismo de sua disciplina e partilhar o conhecimento de forma multidisciplinar
com as ciências e as semelhanças da vivência cotidiana dos alunos. O ensino de
forma mais interdisciplinar promove um aprendizado mais facilitado, promovendo ao
mesmo tempo o desenvolvimento do senso crítico do aluno, ensinando-o a pensar
na solução de diversos problemas por meio da compreensão do mundo de forma
ampla.
Deste modo, percebeu-se que a socialização do conhecimento é muito
importante para ampliar a forma de aprendizado, tendo a assimilação dos conteúdos
por meio interdisciplinar como uma abordagem necessária para a evolução da
educação contemporânea.

2 - PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO (PPP)

Para realizar esta etapa do relatório de estágio, responderemos algumas


perguntas propostas pelo estudo, tais como:
1) O que é o PPP e qual a importância desse documento para o ambiente
escolar?
2) A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento normativo que
define as aprendizagens essenciais que todos os alunos devem se apropriar na
educação básica. Sendo assim, todas as escolas devem organizar seu currículo a
partir desse documento. Com base na leitura que você realizou, como as
competências gerais da Educação Básica se inter-relacionam com o PPP?
3) A avaliação da aprendizagem é um elemento crucial no processo de ensino e
de aprendizagem, visto que oportuniza indícios dos avanços escolares e dos pontos
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que precisam ser aperfeiçoados. Com base na leitura que você realizou do PPP, de
que modo a escola apresenta o processo de avaliação?
O Projeto Político Pedagógico (PPP) é um instrumento que reflete a proposta
educacional da instituição de ensino. Também conhecido apenas como projeto
pedagógico, é um documento que deve ser produzido por todas as escolas, segundo
a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB). Embora seja amplamente
conhecido no meio especializado, muitos diretores pedagógicos e gestores
educacionais têm dúvidas sobre o que o documento deve conter.
Deste modo o PPP serve como guia norteador para que a comunidade
escolar, alunos, pais, professores, funcionários e gestores, consigam transformar
sua própria realidade. Em termos práticos, o documento estipula quais são os
objetivos da instituição e o que a escola, em todas as suas dimensões, vai fazer
para alcançá-los. Deverá contemplar todos os âmbitos que compõem o ambiente
educacional, tais como:
a) A proposta curricular: deve ficar claro o que será ensinado e qual será a
metodologia adotada;
b) Diretrizes sobre a formação dos professores: o documento deve ser claro sobre
a forma como a equipe docente vai se organizar para cumprir a proposta
curricular.
c) Diretrizes para a gestão administrativa: para que a proposta curricular e as
diretrizes sobre o corpo docente sejam cumpridas é necessário que exista um
suporte administrativo bem organizado.
Por funcionar como um mapa, o PPP potencializa o alcance dos objetivos
estabelecidos pela instituição escolar, contribuindo para o crescimento e
desenvolvimento dos alunos.
As 10 competências gerais da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) são
um conjunto de conhecimentos, habilidades, valores e atitudes que buscam
promover o desenvolvimento dos estudantes em todas as suas dimensões
(intelectual, física, social, emocional e cultural). No entanto para que o aluno
desenvolva e exerça plenamente estas competências é necessário que sejam
incorporadas mudanças nos vários âmbitos da escola. Realizar a gestão, formação
de professores, processos de avaliação e o próprio projeto político-pedagógico são
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pontos que deverão ser repensados a fim de que estejam alinhados o PPP com os
princípios da BNCC.
Deste modo, a incorporação das propostas da BNCC ao projeto político-
pedagógico deve iniciar pela realização de um diagnóstico das práticas pedagógicas
e do aprendizado do aluno, identificando quais são as competências a serem
desenvolvidas, considerando também a atuação que as escolas já têm dentro
desses campos de desenvolvimento. É de fundamental importância conhecer a
comunidade e os desafios de aprendizagem dela, traçando as diretrizes condizentes
com o presente e futuro da instituição. A finalização deve ocorrer por meio de uma
revisão, onde o gestor escolar deve atuar de forma a conectar o ambiente e
atividades escolar com os órgãos e instituições de educação, visando contextualizar
os objetivos estabelecidos no PPP.
Neste contexto, é necessário que as escolas reelaborem o conteúdo de forma
democrática e colaborativa, dando voz aos professores e revendo como a Base
pode ser implementada em cada disciplina. Pautados na BNCC que também
incentiva o respeito à igualdade e a diversidade cultural, o que traz a necessidade de
se planejar e rever o currículo e prática segundo a cultura e experiência local de
cada escola. Além disso, o PPP deve conciliar a missão com a prática pedagógica
desenvolvida.
Também deve se ressaltar que a BNCC estabelece a formação de
professores de forma contínua, possibilitando o aperfeiçoamento e desenvolvimento
de novas atividades que irão beneficiar aos alunos. O gestor escolar deve também
fazer reuniões pedagógicas com os professores, conversar com alunos e seus
responsáveis, envolvendo-os nos objetivos e atividades escolares. Cabe também ao
gestor o comprometimento em divulgar os resultados obtidos, receber sugestões e
críticas quanto ao funcionamento das ações planejadas.
Outro ponto é que o PPP também deve incentivar a cultura da participação,
estimulando o protagonismo dos professores e alunos nas mudanças. A identidade
da escola também deve ser respeitada no processo, podendo ser feito um
mapeamento da comunidade e das especificidades locais para estabelecer um novo
PPP. Incluindo pontos como a mobilidade dos alunos, a arquitetura do entorno e
também possibilidades de visitas a museus, institutos, teatros os outros passeios
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culturais que enriqueçam o repertório dos estudantes sobre a história e


transformações da região em que estudam.
Assim podemos dizer que a BNCC tem por objetivo a formação de cidadãos
autônomos, criativos e capazes de gerir suas escolas ao longo de sua vida, tanto
profissional quanto pessoal.
A avaliação deve ser feita de forma a contribuir para o processo de ensino e
aprendizagem, sendo um instrumento de instrumento de emancipação, no cotidiano
escolar. Deste modo a avaliação deve contribuir para o aprendizado do aluno,
servindo de parâmetro para a adequação dos conteúdos repassados. Luckesi (2005)
diz que o valor concedido pelo professor ao aprendido pelo aluno, é registrado e,
definitivamente, o aluno permanecerá nesta situação, o que equivale a ele estar
determinantemente classificado. O objetivo da ação avaliativa, no caso a
aprendizagem, é dinâmico, e, com a função classificatória, a avaliação não auxilia o
avanço e o crescimento para a autonomia. (LUCKESI, 2005).
A avaliação contribui para a aprendizagem na concepção dialética do
conhecimento, é a manifestação de quanto o aluno se apropriou das soluções para a
resolução dos problemas e das questões levantadas, ou seja, do conhecimento
adquirido.

3 - ATUAÇÃO DO PROFESSOR E SUA INTER-RELAÇÃO COM A EQUIPE


ADMINISTRATIVA E PEDAGÓGICA

1) A BNCC é um documento que regulamenta as aprendizagens essenciais a


serem trabalhadas nas escolas públicas e privadas para garantir os direitos de
aprendizagem e desenvolvimento aos alunos. Quais os principais desafios da
atuação do professor nos anos iniciais do Ensino Fundamental a partir das
regulamentações apresentadas na BNCC?
O planejamento docente não deve ser pautado apenas na BNCC, pois deve
ser realizado a partir da realidade da escola e dos indivíduos. O planejamento
pedagógico é fundamental para que seja ofertado uma educação de qualidade,
respeitando todas as individualidades dos alunos. A BNCC é responsável por
apresentar os objetivos que são esperados que os alunos cumpram a partir do que é
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apresentado, sendo uma referência nacional obrigatória, ou seja, que as escolas


precisam adotar.
O trabalho docente nos anos iniciais do Ensino Fundamental é desafiador por
concentrar o desafio de assegurar ao estudante o acesso ao conhecimento e aos
elementos da cultura imprescindíveis para a vida em sociedade e os benefícios de
uma formação comum em meio à grande diversidade na comunidade escolar. Pois
os objetivos educacionais estão pautados nos processos de alfabetização e
letramento, no desenvolvimento das diversas formas de expressão e nos
conhecimentos que constituem os componentes curriculares obrigatórios.

2) Exemplifique de que maneira a equipe pedagógica poderá orientar o


professor tendo como referência a utilização do Projeto Político Pedagógico e da
Proposta Curricular.
A equipe pedagógica deve orientar o professor na execução do projeto
pedagógico de modo a realizar as adaptações necessárias para uma melhor
execução de tarefas escolares dado à inclusão de novas ementas pedagógicas. A
equipe administrativa deve também auxiliar aos professores no tocante a dados
necessários para aprimorar o conhecimento e facilitar a prática docente. A gestão
administrativa que tem como função principal viabilizar o que for necessário para
que os demais pontos funcionem dentro da construção da escola que se quer.
Além disso, a equipe pedagógica pode auxiliar o professor, fazendo uma
análise da proposta curricular, ajudando-o a compreender e estabelecer o que se
ensina, suas formas de avaliação da aprendizagem, a organização do tempo e o uso
do espaço na escola, entre outros pontos. Deve também promover a formação dos
professores, de maneira a organizar o cumprimento dos objetivos estabelecidos no
PPP.

3) No que se refere às atribuições da equipe administrativa, descreva a


importância da relação da direção com a equipe pedagógica para a qualidade dos
processos educativos no contexto escolar.
A direção faz parte da equipe pedagógica escolar, tendo como papel principal
organizar a eficiência em seus trabalhos, alinhar as propostas norteadas pelo
Projeto Político Pedagógico por meio das atividades pedagógicas mais significativas,
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aprimorando o desempenho escolar. Neste contexto, o diretor é de suma


importância para a execução, acompanhamento e reorganização do processo
educacional.

4 - ABORDAGEM DOS TEMAS TRANSVERSAIS CONTEMPORÂNEOS DA BNCC

1) Como podemos entender o termo Transversalidade?


Na década de 90, foram definidos os seguintes Temas Transversais: Ética;
Pluralidade Cultural; Meio Ambiente; Saúde; Orientação Sexual; e Trabalho e
Consumo, sendo este último, direcionado apenas para os anos finais do Ensino
Fundamental. Tais temas deviam ser incorporados nas áreas já existentes e no
trabalho educativo da escola. Na educação, essa forma de organizar o trabalho
didático e indicar a metodologia proposta para a inclusão dos temas no currículo,
recebeu o nome de transversalidade. Deste modo, a transversalidade é uma prática
educacional voltada para a compreensão da realidade social e dos direitos e
responsabilidades em relação à vida pessoal, coletiva e ambiental (BRASIL, 1997).

2) Qual a importância de se trabalhar com os TCTs na escola?


Na prática pedagógica, a transversalidade e a interdisciplinaridade alimentam-
se mutuamente, pois o tratamento das questões trazidas pelos Temas Transversais
expõe as inter-relações entre os objetos de conhecimento. Assim a transversalidade
abre espaço para a inclusão de saberes extraescolares, possibilitando a referência a
sistemas de significado construídos na realidade dos alunos.

3) Dos TCTs listados, quais podem ser trabalhados de forma transversal no seu
curso de graduação?
Por abri espaço para a inclusão de saberes extraescolares, trabalhar a
integração das habilidade e competências curriculares à resolução de problemas
permitirá que os alunos busquem soluções para problemas do seu cotidiano,
considerando o aprendizado adquirido em sala de aula e a sua experimentação da
realidade a sua volta.
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4) O Guia apresenta uma metodologia de trabalho para o desenvolvimento dos


TCTs, baseado em quatro pilares. Quais são estes pilares? Comente sua
perspectiva sobre essa metodologia.
Os quatro pilares apresentado no Guia para desenvolvimento dos TCTs são:
 Problematização da realidade e das situações de aprendizagem;
 Superação da concepção fragmentada do conhecimento para uma visão
sistêmica;
 Integração das habilidade e competências curriculares à resolução de
problemas;
 Promoção de um processo educativo continuado e do conhecimento como
uma construção coletiva;
O uso dessa metodologia contribui para a aplicação do conhecimento teórico
adquirido pelos alunos, facilitando a assimilação do conteúdo de forma prática em
seus estudos. Além disso, por ser um método de caráter avaliativo, visa garantir a
eficácia do aluno, criando uma visão crítica e ampla do conteúdo abordado.

5 - CONHECER METODOLOGIAS ATIVAS COM USO DE TECNOLOGIAS


DIGITAIS

As metodologias ativas podem ser conceituadas como as formas de ensino


que priorizam a atuação do aluno e estimulam o desenvolvimento de suas
competências (aprendizagem baseada em problemas, em projetos, team based
learning, think pair share, peer instruction, sala de aula invertida, entre outros).
Assim, o aprendizado ocorre quando o aluno interage com o assunto proposto e é
estimulado a construir o seu próprio conhecimento. Nesse método de aprendizagem,
diversas estratégias são utilizadas visando que o papel central do processo ensino-
aprendizagem, que tradicionalmente era do professor, seja do aluno, e que este
passe a ser mais autônomo e personalize o seu processo aprendizagem.
Para que o uso das metodologias ativas possam alcançar o objetivo
pretendido é essencial que o professor as conheça suficientemente para
desenvolvê-las adequadamente em sala de aula. Deste modo, conhecer os recursos
possíveis e mais favorecedores que pode utilizar é fator contributivo para um melhor
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aproveitamento desse método, onde podemos citar o uso das tecnologias digitais na
escola, consideradas recursos bastante pertinentes a esse modelo de ensino.
As Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDIC) tem
influenciado não só os hábitos em nossa sociedade, mas também nas escolas. O
processo educativo é influenciado por todos os âmbitos nos quais o aluno está
inserido, tais como família, sociedade e tecnologias, refletindo diretamente na sala
de aula e em todos os níveis de escolaridade. Daí a necessidade de familiarização
do professor com o uso de tais ferramentas, de forma a facilitar a interação e
socialização com os alunos, sendo um diferencial no processo de ensino
aprendizagem no Ensino Fundamental e em todos os níveis de ensino.
Outro fator importante é tornar o ambiente escolar convidativo aos pais e a
toda comunidade em geral, fazendo da escola um lugar onde eles encontram apoio
e atenção. O bom funcionamento da escola depende não só de reuniões formais
com os pais para tratar de assuntos burocráticos e difíceis, mas da interação
proposta pela gestão escolar.
Quanto ao uso excessivo dos aparelhos eletrônicos em sala de aula, fica
evidente que o avanço tecnológico é um dos muitos desafios a serem enfrentados
pelos educadores. No entanto a proibição do uso de aparelhos celulares tende a não
ser a solução mais viável, podendo causar conflitos entre os estudantes, professores
e pais dos alunos. Assim, o professor pode usar a tecnologia como aliada no
processo de ensino aprendizagem por meio da adequação de regras e horário de
uso dos celulares, permitindo que estes façam pesquisas e estudos com o uso da
tecnologia. Além disso, há diversos recursos nesses aparelhos que podem ser
explorados em prol das aulas. Os alunos podem utilizar a câmera ou o gravador de
voz desse aparelho para a realização de trabalhos multimídia, aplicativos como o
YouTube, para acessar materiais relevantes à disciplina abordada pelo professor,
além de ferramentas colaborativas como apps de arquivos na nuvem, para partilhar
conhecimento e dúvidas com os colegas, tornando o celular um aliado na aplicação
dos conteúdos.
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6 - PLANOS DE AULA

ESCOLA Escola Municipal Benedita Galvão


DISCIPLINA Ciências
SÉRIE 3º ano
TURMA A
PERÍODO Vespertino
CONTEÚDO Sustentabilidade; Clima; Meio Ambiente; A forma das plantas
OBJETIVOS Promover a discussão acerca do cuidado com o meio
ambiente, despertando o protagonismo nos alunos, fazendo
com eles possam pensar e buscar possíveis soluções para o
tema abordado.

GERAL: Motivar a curiosidade dos alunos e promover


discussão acerca da importância da proteção ambiental para o
futuro das gerações.

ESPECÍFICOS:
Estimular o protagonismo e despertar o interesse da criança
para o cuidado com a preservação ambiental;
Estimular a curiosidade natural da criança;
Incentivar o trabalho em equipe e as rodas de conversas;
Incentivar a proteção ambiental.
METODOLOGIA Inicialmente, será solicitado que as crianças pesquisem sobre o
meio ambiente, o clima, as devastações ambientais e tragam
para a escola imagens que possam refletir o meio ambiente em
diferentes regiões. As imagens deverão abranger a atualidade
e como eram há 50 anos. Posteriormente será formado a roda
de discussão, com perguntas sobre a pesquisa feita, se eles já
visitaram espaços de preservação ambiental. Aproveitar para
explorar outros conceitos relacionados ao meio ambiente e o
que podemos fazer para preservá-lo.
Perguntar aos alunos o que as plantas precisam para crescer e
florescer (conduzindo uma breve discussão sobre o que é
necessário: água, luz solar).
Em seguida, apresentar formas de reflorestamento;
Discutir a importância da preservação para o futuro da
humanidade, controle do aquecimento global e outros;
Elaborar cartazes com as imagens e expor na parede externa
da sala de aula;
Distribuir mudas de arvores para que possam plantar em suas
casas;

RECURSOS Mudas de plantas


Cartazes com imagens de florestas e árvores
Tesoura, cola
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AVALIAÇÃO Serão avaliadas as respectivas participações dos estudantes


de acordo com o conhecimento adquirido por meio da pesquisa
do tema, das imagens e discussões dos temas apresentados
em roda.
Após a efetiva participação, cada aluno deverá expor oralmente
o que aprendeu, o que mais gostou de pesquisar, quais
soluções ele propõe.
REFERÊNCIAS EDUCAMAISBRASIL. Ensino Fundamental. Disponível em:
https://www.educamaisbrasil.com.br/etapa-de-formacao-e-
series/ensino-fundamental-i. Acesso em 17 de abril de 2021.
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia – saberes necessários à
prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

6.1 PLANO DE AULA

ESCOLA Escola Municipal Saber em Ação


DISCIPLINA Ciências
SÉRIE 4º ano
TURMA B
PERÍODO Vespertino
CONTEÚDO Preservação Ambiental
Sustentabilidade e Reciclagem
Poluição Ambiental

OBJETIVOS Promover a reflexão sobre os impactos que a poluição ambiental


provoca no clima e como a reciclagem pode contribuir para a
preservação ambiental.

GERAL:
Despertar o interesse dos alunos para a importância da
preservação do Meio Ambiente, identificando as situações que
causam danos à ecologia como: poluição, desmatamento,
queimadas extinção de animais e outros estimulando assim o
interesse pela natureza, e também enfatizar a problemática do
lixo e a solução oferecida pela reciclagem. Conscientizar os
pais, alunos e sociedade sobre a importância da coleta seletiva
do lixo, do reaproveitamento dos materiais recicláveis e do
tempo de decomposição.

ESPECÍFICOS:
Despertar o interesse para ações de preservação ambiental;
Conscientizar sobre a importância de vivermos e convivermos
em um ambiente limpo;
Apresentar as cinco cores básicas para a coleta seletiva:
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(Verde= vidro, Amarelo=metal; Azul= papel; Vermelho= plástico;


Marrom= orgânico);
Incentivar aos alunos na manutenção da higiene na escola e nas
ruas, jogando o lixo no local adequado;

METODOLOGIA Organizar uma roda para discussão do tema: Sustentabilidade e


preservação do meio ambiente;
Reaproveitar as embalagens;
Reciclagem e sua contribuição para a preservação ambiental.
Discutir a ideia da seleção do lixo e o reaproveitamento.
Fazer o desenho das lixeiras em papel pardo e organizar eles
em grupo nas mesas, para que pintem com tinta guache as
lixeiras.
Criar um mural com as lixeiras, explicando as cores de cada
uma, orientando sobre as normas mundiais da coleta seletiva de
lixo, que procede assim:
 Coletor amarelo – metal
 Coletor azul – papel
 Coletor vermelho-plástico
 Coletor Verde – vidro
RECURSOS Giz de cera; tinta guache; tesoura; cola; lápis de cor; papeis
diferenciados; Pincel
AVALIAÇÃO Ocorrerá ao longo do projeto observando o cumprimento de
etapas e crescimento individual e da equipe. Será observada a
participação dos educandos e sua interação durante a
realização do projeto.
REFERÊNCIAS BRASIL, Ministério da Educação. Ensino Fundamental.
Disponível em: http://portal.mec.gov.br/ensino-fundamental-de-
nove-anos. Acesso em 12 de outubro de 2020.
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7 - CONSIDERAÇÕES FINAIS

. O Estágio possibilita o aprimoramento e conciliação das diversas teorias


apresentadas durante as aulas cursadas. No entanto pelo momento atual vivenciado
em todo o mundo, o presente relatório se pautou mais na teoria dos conteúdos, por
meio de pesquisa em sites, jornais, livros didáticos e materiais fornecidos durante o
curso de pedagogia.
Assim, a pesquisa foi composta por meio de ampla leitura dos diversos textos
propostos para a elaboração do relatório. Percebeu-se que ainda há muito a ser feito
no tocante à conscientização da responsabilidade social no que se refere ao assunto
abordado, o desenvolvimento do projeto além de focar o tema educação ambiental,
também teve foco na alfabetização dos alunos, uma vez que ao trabalhar a temática
usamos textos, para leitura e compreensão do mesmo fazia-se necessário que as
crianças tivessem domínio da leitura básica.
Observou-se a importância em trabalhar o tema, principalmente diante de
todo o contexto social vivenciado, servindo de mola propulsora para a transformação
dos sujeitos envolvidos no processo de aprendizado. Evidenciando que o tema
precisa ser retomado em outra ocasião, visando alicerçar o conhecimento obtido e a
colocar em prática no dia a dia dos alunos e da sociedade como um todo.
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REFERÊNCIAS

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estágio em cursos de Didática nas Licenciaturas: rupturas e ressignificações.
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São Paulo: Cortez: Instituto Paulo Freire, 2002 (Guia da escola cidadã; v.8).

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Vozes2000
AYRES, Antonio Tadeu. Prática pedagógica: ampliando os saberes do professor.
Petrópolis: Vozes2004

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19

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São Paulo: Paz e Terra, 1996.

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