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Introdução...................................................................................................................7
Objectivos...................................................................................................................8
Objectivo geral............................................................................................................8
Objectivos específicos.................................................................................................8
Metodologias...............................................................................................................8
1. Impactos Das Mudanças Climáticas Em Moçambique.....................................9
1.1. Conceitos básicos..............................................................................................9
1.1.1. Mudanças climáticas.....................................................................................9
1.2. Causas das mudanças climáticas.......................................................................9
1.2.1. Geração de energia........................................................................................9
1.2.2. Fabricação de produtos................................................................................10
1.2.3. Desmatamento florestal...............................................................................10
1.2.4. Uso de transporte.........................................................................................10
1.2.5. Produção de alimentos.................................................................................11
1.2.6. Energia nos edifícios...................................................................................11
2. Impactos das mudanças climáticas no mundo................................................11
2.1. Temperaturas mais altas..................................................................................12
2.2. Tempestades mais severas...............................................................................12
2.3. Aumento da seca.............................................................................................12
2.4. Um oceano cada vez mais quente e maior......................................................13
2.5. Perda de espécies............................................................................................13
2.6. Insuficiente comida.........................................................................................13
2.7. Mais riscos para a saúde..................................................................................14
2.8. Pobreza e deslocamento..................................................................................14
3. Impactos Das Mudanças Climáticas Em Moçambique...................................14
3.1. Aspectos gerais de Moçambique.....................................................................14
3.1.2. Situação Geográfica....................................................................................14
3.2. Caracterização da vulnerabilidade de Moçambique aos eventos extremos....15
3.2.1. Situação da seca no país..............................................................................16
3.2.3. Situação dos ciclones tropicais....................................................................20
4. Conclusão........................................................................................................22
5. Referencia bibliográfica..................................................................................23
Introdução
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Objectivos
Objectivo geral
Objectivos específicos
Metodologias
Quadro Teórico
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1. Impactos Das Mudanças Climáticas Em Moçambique
1.1. Conceitos básicos
1.1.1. Mudanças climáticas
Essas mudanças podem ser naturais, como por meio de variações no ciclo solar.
Mas, desde 1800, as atividades humanas têm sido o principal impulsionador das mudanças
climáticas, principalmente devido à queima de combustíveis fósseis como carvão, petróleo
e gás.
A queima de combustíveis fósseis gera emissões de gases de efeito estufa que agem
como um grande cobertor em torno da Terra, retendo o calor do sol e aumentando as
temperaturas.
Importa referir que não podemos falar dos impactos das mudanças climáticas antes
de falar das causas que dão origem as mudanças climáticas.
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queima de carvão, petróleo ou gás, o que produz dióxido de carbono e óxido nitroso,
poderosos gases de efeito estufa que recobrem o planeta e retêm o calor do sol. No mundo
todo, apenas cerca de um quarto da eletricidade é gerada por vento, sol e outros recursos
renováveis que, ao contrário dos combustíveis fósseis, emitem pouco ou nenhum gás de
efeito estufa ou poluentes do ar.
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efeito estufa, especialmente emissões de dióxido de carbono. Os veículos rodoviários
representam a maior parte, devido à combustão de produtos derivados de petróleo, como a
gasolina, em motores de combustão interna. No entanto, as emissões de navios e aviões
continuam a crescer. O transporte é responsável por quase um quarto das emissões globais
de dióxido de carbono relacionadas à energia. E as tendências apontam para um aumento
significativo no uso de energia para o transporte nos próximos anos.
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2. Impactos das mudanças climáticas no mundo
À medida que a concentração dos gases de efeito estufa aumenta, o mesmo acontece
com a temperatura da superfície global. A última década (2011-2020) é a mais quente já
registrada. Desde os anos 1980, cada década tem sido mais quente do que a anterior. Quase
todas as áreas têm tido mais dias quentes e ondas de calor. Temperaturas mais elevadas
aumentam o número de doenças relacionadas ao calor e dificultam o trabalho ao ar livre.
Incêndios começam com mais facilidade e se espalham mais rapidamente quando as
condições estão mais quentes. As temperaturas no Ártico aumentaram pelo menos duas
vezes mais rápido do que a média global.
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secas ecológicas, aumentando a vulnerabilidade dos ecossistemas. Os períodos de seca
também podem causar destrutivas tempestades de areia e poeira, que podem mover bilhões
de toneladas de areia entre continentes. Os desertos estão crescendo, reduzindo a área
cultivável. Muitas pessoas agora enfrentam a ameaça de não ter água suficiente
regularmente.
O oceano absorve a maior parte do calor gerado pelo aquecimento global. A taxa de
aquecimento do oceano aumentou muito nas duas últimas décadas, em todas as
profundidades. À medida que essa temperatura sobe, o volume dele aumenta, já que a água
se expande quando aquecida. O derretimento de placas de gelo também provoca o aumento
do nível do mar, ameaçando comunidades litorâneas e insulares. Além disso, o oceano
absorve dióxido de carbono, evitando que ele se concentre na atmosfera. No entanto, mais
dióxido de carbono deixa a água mais ácida, ameaçando a vida marinha e recifes de corais.
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ficando mais ácido, os recursos marinhos que alimentam bilhões de pessoas estão em risco.
As mudanças na cobertura de neve e gelo em várias regiões árticas prejudicam o
abastecimento de alimentos provenientes do pastoreio, da caça e da pesca. O estresse
térmico pode diminuir a quantidade de água e as áreas de pastagem, causando o declínio da
produção agrícola e afetando o gado.
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3. Impactos Das Mudanças Climáticas Em Moçambique
3.1. Aspectos gerais de Moçambique
Moçambique situa-se na Costa Oriental da África Austral, entre os paralelos 10º 27’
e 26º 52’ de Latitude Sul e os meridianos 30º 12’ e 40º 51’ de Longitude Este. A Norte faz
fronteira com a República da Tanzânia, a Oeste com Malawi, Zâmbia, Zimbabwe, África do
Sul e Swazilândia, a Sul com a África do Sul e a Este é banhado pelo oceano Índico.
O país ocupa uma área de cerca de 799.380 km2, dos quais cerca de 786.380 km2
são de terra firme e 13.000 km2 de águas superficiais.
Ao longo dos cerca de 2.700 km de costa existem numerosas ilhas sendo de destacar
o arquipélago das Quirimbas na província de Cabo Delgado, a Ilha de Moçambique e as
ilhas Goa e Sena na província de Nampula, o arquipélago do Bazaruto em Inhambane, as
ilhas de Inhaca, Elefantes e Xefina na província de Maputo.
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depende apenas da sensibilidade do sistema mas também da habilidade deste em adaptar-se
a novas condições climáticas.
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A produção de alimentos devia aumentar para satisfazer a demanda da população
humana em rápido crescimento. Contudo, previsões indicam menos chuva para maior parte
de África, onde muitos agricultores dependem da queda de chuvas (Sanches, 2000). Em
adição, pragas ocorrem frequentemente durante ou depois de um evento extremo reduzindo
a produção agrícola e piorando a situação de emergência das famílias agrícolas. A
insegurança alimentar e nutricional e as epidemias exacerbam os efeitos do HIV/SIDA e
outras epidemias e deste modo aumenta a vulnerabilidade das populações aos fenómenos de
variabilidade climática.
Perda de culturas;
Secagem de pontos de água (poços, lagoas, lagos, riachos, rios etc.);
Redução da produtividade primária nas zonas costeira, afectando
negativamente a pesca;
Redução de áreas de pastagem;
Subida de preços dos produtos agrícolas e de primeira necessidade;
Subida de importações de alimentos;
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Aumento de apelos para ajuda externa;
Perda de vidas humanas e de animais;
Eclosão de doenças, e;
Perda de Biodiversidade.
As secas são frequentes nas regiões centro e sul de Moçambique, ocorrendo também
alguns focos nas províncias do norte. A seca resulta da escassez de chuvas e está associada
ao fenómeno El Ninõ ou ENSO (El Ninõ Southern Oscilation). Em Moçambique a seca e
desertificação resultam da combinação dos baixos índices de precipitação que resultam na
falta de água para manutenção da cobertura vegetal e o uso excessivo e inadequado dos
solos para agricultura e pecuária.
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As cheias ocorrem durante a época chuvosa principalmente ao longo das bacias
hidrográficas, zonas baixas do litoral e áreas com problemas de drenagem (Plano de
Contingência 2022/2023 – INGC). As cheias são influenciadas pelo fenómeno La Ninã, que
provoca chuvas e ciclones tropicais, ou seja, efeitos da Zona de Convergência Intertropical.
As cheias no País são causadas não só pela precipitação que ocorre dentro do
território nacional, mas também pelo escoamento das águas provenientes das descargas das
barragens dos países vizinhos situados a montante das bacias hidrográficas partilhadas.
Considerando que o país tem 9 bacias hidrográficas internacionais e outras tantas pequenas
bacias pode se afirmar que com maior ou menor intensidade todo o país é vulnerável a
cheias. Nos anos 2022 e 2023, o país foi afectado por graves cheias devidas a chuvas
torrenciais nos países vizinhos que levaram ao agravamento do débito dos rios
internacionais e consequente alagamento das áreas ribeirinhas. Os danos das inundações de
2022 e 2023 são estimados em cerca de 800 vidas humanas perdidas e mais de setecentos e
cinquenta milhões de dólares em prejuízos materiais.
Os efeitos negativos das cheias são amplamente conhecidos tanto a nível mundial
como em Moçambique, trazendo as seguintes consequências:
Inundações;
Perdas de vidas e propriedades;
Perda de culturas;
Eclosão de doenças;
Deslocados;
Perda de Biodiversidade, e;
Ruptura das actividades normais em diferentes áreas.
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Os locais mais vulneráveis a ocorrência de cheias no país são nomeadamente:
Maputo (Matutuine, Boane, Moamba, Marracuene, Manhiça e Magude), Gaza (Xai-Xai,
Bilene, Chókwé, Chicualacuala, Mabalane, Massingir, Chibuto e Massangena), Inhambane
(Inharrime, Vilanculos, Inhassoro e Govuro), Sofala (Machanga, Búzi, Nhamatanda,
Dondo, Marromeu, Caia e Chemba), Manica (Machaze, Mossurize, Sussundenga e
Tambara), Tete (Mágoe, Zumbo, Cahora Bassa, Chiúta e Mutarara), Zambézia
(Morrumbala, Mopeia, Chinde, Inhassunge, Namacurra e Maganja da Costa), Nampula
(Moma, Angoche, Memba e Laláua) e Cabo Delgado (Macomia, Mocímboa da Praia,
Palma e Pemba-Metuge).
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sociais e económicos, perdas de vidas, sofrimento humano, destruição de propriedades,
degradação do meio ambiente e ruptura das actividades normais. Contudo, estes eventos
extremos podem contribuir para o suprimento de água em zonas outrora secas,
redistribuição da flora e fauna.
Contudo, pouco foi feito devido à falta de recursos financeiros para implementação
deste sistema, que se julga que serviria para alertar o público em geral, e as comunidades
locais em particular sobre a proximidade de ciclones para que estas possam tomar as
devidas atitudes.
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4. Conclusão
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5. Referencia bibliográfica
INGC
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Moreira, M. Eugénia (2005). Dinâmica dos Sistemas Litorais do Sul de
Moçambique Durante os Últimos 30 anos. Finisterra – Revista Portuguesa de Geografia,
XL (79): 121 -135.
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