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Índice

1. Introdução....................................................................................................................... 2

1.1. Objectivos ................................................................................................................... 3

1.1.1. Objectivo Geral ........................................................................................................... 3

1.1.2. Objectivos Específicos ................................................................................................. 3

1.2. Metodologiado Trabalho ................................................................................................. 3

2. Impacto das mudanças climáticas e o caminho para mitigação dos efeitos das alterações
climáticas ............................................................................................................................... 4

2.1. Impacto das mudanças climáticas ................................................................................ 4

2.1.1. Mudanças climáticas .................................................................................................... 4

2.1.2. Mudanças climáticas – consequências/impactos ........................................................... 6

2.2. Mitigação dos efeitos das alterações climáticas.............................................................. 7

2.2.1.Definição de mitigação .................................................................................................. 7

3. Conclusão ..................................................................................................................... 12

4. Referências Bibliográficas................................................................................................ 13
1. Introdução

O presente trabalho da cadeira de Estudos Ambientais I, abordará em torno de “ Impacto das


mudanças climáticas e o caminho para mitigação dos efeitos das alterações climáticas”.
As Mudanças Climáticas (MC), definidas como alterações no clima (nospadrões de
temperatura e precipitação) directa ou indirectamente atribuídas às actividades humanas (que
alteram a composição global da atmosfera e aumentam o efeito de estufa) e que são adicionais
à variabilidade natural do clima observada ao longo de períodos de tempo comparáveis, são
um factor determinante nos processos de desenvolvimento, sendo reconhecidas como o maior
risco para o alcance das metas assumidas, principalmente para os países menos
desenvolvidos. Manifestações das MC podem observar-se através do aumento de frequência e
intensidade de eventos climáticos extremos tais como secas, cheias, ciclones tropicais,
mudanças nos padrões de temperatura e precipitação e outros fenómenos associados tais como
subida do nível das águas do mar, intrusão salina e propagação de incêndios florestais, entre
outros. Muitos destes fenómenos estão já a ocorrer e na última década representaram em
Moçambique perdas de milhares de vidas humanas e a destruição de infra-estruturas públicas
e privadas incluindo escolas, hospitais, vias de acesso, residênciase estâncias turísticas, entre
outras. Estas perdas implicaram a redução no crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e
fizeram retroceder a persecução dos objectivos do Governo de redução da pobreza e criação
de riqueza nacional, incluindo os assumidos a nível internacional como são os Objectivos de
Desenvolvimento do Milénio (ODM).

Dado que as MC já não podem ser evitadas, e as projecções indicam que os seus impactos em
Moçambique irão aumentar tanto em frequência como em intensidade, foi preparada a
ENAMMC com vista a identificar áreas chave de actuação e acções que podem ser levadas a
cabo com vista a diminuir a gravidades dos impactos através de acções de adaptação e de
redução dos riscos climáticos e aproveitar as oportunidades de mitigação e desenvolvimento
de baixo carbono que contribuam para a redução das emissões de GEE, causa das MC.

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1.1. Objectivos
1.1.1. Objectivo Geral

O presente trabalho têm como objetivo geral conhecer os impactos das mudanças climáticas e
o caminho para mitigação dos efeitos das alterações climáticas.

1.1.2. Objectivos Específicos

 Conceptualizar Mudanças climática e mitigação;


 Ilustrar asconsequências/impactos da mudanças climáticas, e
 Descrever a mitigação dos efeitos das alterações climáticas.

1.2. Metodologiado Trabalho

Segundo Marconi e Lakatos (2009), afirmam que: “A metodologia é o conjunto de


actividades sistemáticas e racionais que com maior segurança e economia, permite alcançar o
objectivo ou conhecimentos validos e verdadeiros traçando o caminho a ser seguido,
detectando erros e auxiliando as decisões do cientista”. Para este trabalho, a sua realização irá
obedecer as seguintes linhas de orientação metodológica”.

Para a realização do presente trabalho de investigação, foi possível com ajuda das consultas
de alguns manuais ou bibliográficas digitais e não digitais, assim como alguns sites da
internet e módulo de Estudos Ambientais I da UCM, ensino a distância. As mesmas obras
estão devidamente citadas no desenvolvimento deste trabalho e destacadas na bibliografia
final.

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2. Impacto das mudanças climáticas e o caminho para mitigação dos efeitos das
alterações climáticas
2.1. Impacto das mudanças climáticas
2.1.1. Mudanças climáticas

Mudança climática é definida pelo IPCC (2007) como sendo qualquer mudança no clima
ocorrida ao longo do tempo, devido à variabilidade natural ou decorrente da atividade
humana. Essa definição difere da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do
Clima, em que o termo se refere a uma mudança no clima que seja atribuída direta ou
indiretamente à atividade humana, alterando a composição da atmosfera global e seja
adicional à variabilidade natural do clima observada ao longo dos períodos comparáveis de
tempo.

Segundo Davis (2011), as mudanças climáticas ocorrem tanto naturalmente em função do


sistema climático regional e global, quanto em resposta à influência adicional devido à
atividade humana. Enquanto Le Treut et al. (2007), explica a mudança climática como o
resultado da evolução do sistema climático no tempo que pode ser influenciada por dinâmicas
internas próprias e devida às alterações em fatores externos denominados de forçantes. Estes
forçantes externos incluem: fenômenos naturais como erupções vulcânicas e variações
solares, bem como mudanças na atmosfera induzidas pelo homem.

A Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (CQNUMC)


define“Mudanças no Clima“ como:

Significa uma mudança de clima que possa ser direta ou indiretamente


atribuída à atividade humana que altere a composição da atmosfera mundial e
que se some àquela provocada pela variabilidade climática natural observada
ao longo de períodos comparáveis (Brasil, 2004, p.69).

Já o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) apresenta outra definição


de mudança climática:

Mudança climática refere-se a uma variação estatisticamente significativa nas


condições médias do clima ou em sua variabilidade, que persiste por um longo
período – geralmente décadas ou mais. Pode advir de processos naturais
internos ou de forçamentos naturais externos, ou ainda de mudanças

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antropogênicas persistentes na composição da atmosfera ou no uso do solo.
(IPCC, 2001).

O aquecimento global, fenômeno ocasionado pelo aumento da concentração de Gases de


Efeito Estufa (GEE) na atmosfera tem se apresentado como um problema de gravidade
crescente, impactando significativamente as condições de vida na Terra. O aumento do nível
dos oceanos, o crescimento e o surgimento de desertos, o aumento do número de furacões,
tufões e ciclones e a observação de ondas de calor em regiões de temperatura
tradicionalmente amena são os exemplos mais notórios desse fenômeno, motivando a adoção
de medidas para o seu combate (SEEG, 2023).

Dessa forma, aquecimento global é o aumento da temperatura média dos oceanos e da camada
de ar próxima à superfície da Terra, que pode ser consequência de causas naturais e de
atividades humanas.

De acordo com SEEG (2023), o efeito estufa corresponde a uma camada de gases que cobre a
superfície da Terra. Essa camada é composta principalmente por gás carbônico ou dióxido de
carbono (CO2), gás metano (CH4), óxido nitroso (N2O) e vapor d’água, e é um fenômeno
natural fundamental para a manutenção da vida na Terra, pois sem ela o planeta poderia se
tornar muito frio, inviabilizando a sobrevivência de diversas espécies.

Normalmente, parte da radiação solar que chega ao nosso planeta é refletida e retorna
diretamente para o espaço; outra parte é absorvida pelos oceanos e pela superfície terrestre e
uma parte é retida por essa camada de gases, o que causa o chamado efeito estufa. O problema
não é o fenômeno natural, mas o agravamento dele. Como muitas atividades humanas emitem
uma grande quantidade de gases formadores do efeito estufa, oschamados GEE, essa camada
tem ficado cada vez mais espessa, retendo mais calor na Terra, aumentando a temperatura da
atmosfera terrestre e dos oceanos e ocasionando oaquecimento global (SEEG, 2023).

Entre os principais Gases de Efeito Estufa (GEE), o vapor d’água, apesar de ser o mais
poderoso, é gerado apenas por evaporação, podendo ser aumentado pela emissão dos outros
gases que elevam a temperatura e geram mais liberação de vapor d’água. Os outros gases
(CO2CH4 e N2O) são provenientes de processos naturais e de fontes antrópicas – aquilo que
resulta da ação humana. O CO2 é atualmente o gás mais lançado na atmosfera e, dentre os
três, o com maior potencial de gerar efeito estufa, seguido pelo CH4 e N2O.Porém, o
forçamento radioativo desses gases é inverso, sendo o metano 21 vezes e o óxido nitroso 310

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vezes maior do que o CO2. Existem ainda gases produzidos exclusivamente pela ação
humana, como o clorofluorcarbono (CFC), os hidrofluorcarbonos (HFC), operfluorcarbono
(PFC) e o hexafluoreto de enxofre (SF6). A percentagem e a liberação desses gases têm
efeitos na manutenção do equilíbrio climático global (SEEG, 2023).

2.1.2. Mudanças climáticas – consequências/impactos

As consequências das mudanças climáticas criam riscos e oportunidades para os principais


setores econômicos.

De acordo com IPCC (2007), as alterações climáticas são um dos grandes desafios que a
sociedade enfrenta na busca pelo desenvolvimento sustentável. As consequências das
mudanças climáticas afetam não apenas o bem-estar humano e os ecossistemas, mas também
os padrões de consumo e de produção.

A preocupação com os efeitos das mudanças climáticas na vida do planeta tem ganhado cada
vez mais espaço nos estudos acadêmicos, nas políticas governamentais, nas ações dos setores
público e privado e em iniciativas de organizações não governamentais, enfim, da sociedade
como um todo. O maior interesse pelas consequências das alterações no clima aumentou com
a intensificação dos fenômenos naturais, como ondas de calor, secas, furacões, enchentes e
aumento do nível do mar.Também as pesquisas científicas colaboram para que o tema tenha
maior evidência, pois apontam que, com o crescimento da concentração na atmosfera de
Gases de Efeito Estufa (GEE), resultantes principalmente da queima de combustíveis fósseis
(carvão mineral, petróleo e gás natural), e da derrubada de florestas tropicais, a temperatura
do planeta subiu quase 1 grau Celsius nos últimos 100 anos, e em algumas regiões esse
aquecimento chegou a até 2 graus Celsius (IPCC, 2007).

Historicamente, por conta do desenvolvimento industrial, os países desenvolvidos têm sido


responsáveis pela maior parte das emissões de GEE, mas os países em desenvolvimento vêm
aumentando consideravelmente suas emissões.

Existem várias maneiras de reduzir as emissões dos Gases de Efeito Estufa (GEE) e os efeitos
no aquecimento global.

 Diminuir o desmatamento;
 Investir no reflorestamento e na conservação de áreas naturais;
 Incentivar o uso de energias renováveis não convencionais (solar, eólica, biomassa e
Pequenas Centrais Hidrelétricas);
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 Preferir a utilização de biocombustíveis (etanol, biodiesel) a combustíveis fósseis
(gasolina, óleo diesel);
 Investir na redução do consumo de energia e na eficiência energética;
 Reduzir, reaproveitar e reciclar materiais;
 Investir em tecnologias de baixo carbono; e
 Melhorar o transporte público com baixa emissão de GEE são algumas das
possibilidades. E essas medidas podem ser estabelecidas por meio de políticas
nacionais e internacionais de clima (IPCC, 2007).

São várias as consequências do aquecimento global e algumas delas já podem ser sentidas em
diferentes partes do globo. Os cientistas observam que o aumento da temperatura média do
planeta tem elevado o nível do mar devido ao derretimento das calotas polares, podendo
ocasionar o desaparecimento de ilhas e cidades litorâneas densamente povoadas. E há
previsão de uma frequência maior de eventos extremos climáticos (tempestades tropicais,
inundações, ondas de calor, secas, nevascas, furacões, tornados), com graves consequências
para populações humanas e ecossistemas naturais, podendo ocasionar aextinção de espécies
de animais e de plantas (IPCC, 2007).

Em nosso país, as mudanças do uso do solo e o desmatamento são responsáveis pela maior
parte das nossas emissões. As áreas de florestas e os ecossistemas naturais são grandes
reservatórios e sumidouros de carbono, por sua capacidade de absorver e estocar CO2. Mas
quando acontece um incêndio florestal ou uma área é desmatada, esse carbono é liberado para
a atmosfera, contribuindo para o efeito estufa e o aquecimento global. Além disso, as
emissões de GEE por outras atividades, como agropecuária e geração de energia, vêm
aumentando consideravelmente ao longo dos anos (IPCC, 2007).

2.2. Mitigação dos efeitos das alterações climáticas


2.2.1. Definição de mitigação

Segundo SCHAEFFER, et al., (2008), mitigação é qualquer intervenção antropogénica que


tanto pode reduzir, como controlare/ou prevenir as fontes (emissões) de GEE bem como
aumentar a capacidade de sumidouro (sequestro).

Mitigação é a ação de atenuar os efeitos causadores da mudança do clima. Odesenvolvimento


de planos nacionais de mitigação é compromisso de todas as Partes da Convenção que devem
formular, implementar, publicar e atualizar regularmente programas nacionais e, conforme o

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caso, regionais, que incluam medidas para mitigar a mudança do clima, enfrentando as
emissões antrópicas por fontes e remoções antrópicas por sumidouros de todos os gases de
efeito estufa não controlados pelo Protocolo de Montreal, bem comomedidas para permitir
adaptação adequada à mudança do clima (FRONDIZI, 2009).

De acordo com Centro de Gestão de Estudos Estratégicos (2008), a mitigação demanda a


redução da emissão de gases de efeito estufa, principalmente por meio do aumento de
sumidouros e substituição do tipo de fonte energética utilizada. Alguns exemplos de
mitigação incluem a substituição de combustível fóssil por renovável, tais como substituição
do diesel por biodiesel, substituição do carvão mineral a energia solar, eólica e hídrica na
geração de eletricidade; a substituição de lixões por aterros sanitários; e a expansão da
cobertura florestal.

Segundo CGEE (2008), Moçambique, apesar das suas baixas emissões de GEE, reconhece o
potencial para mitigação e desenvolvimento de baixo carbono em determinadas áreas, as quais
dão oportunidade de orientar desde o começo, um desenvolvimento sustentável, e de aceder a
fontes adicionais de financiamento de iniciativas orientadas para o desenvolvimento
sustentável. A presente ENAMMC não deve impedir acções de desenvolvimento, sendo que
acções de mitigação serão implementadas quando se verifique que representam a melhor
opção para odesenvolvimento.Assim, as orientações e acções estratégicas propostas neste
pilar devem ser desenvolvidas em estreita articulação com projectos, políticas e documentos
estratégicos actuais ou em desenvolvimento de Moçambique como sejam, a título de exemplo,
a Estratégia de Energia, a Política de Desenvolvimento de Energias Novas e Renováveis, a
Estratégia de Biocombustíveis, a Segunda Comunicação Nacional e as propostas da ENDe e
da Estratégia de REDD+. As orientações e acções estratégicas de resposta de mitigação estão
organizadas em quatro áreas estratégicas identificadas como pontos de entrada nas condições
actuais de Moçambique, nomeadamente:

1) Energia;
2) Processos industriais;
3) Agricultura, florestas e outros usos do solo; e
4) Resíduos.

Para além disto, podem ser promovidos programas de gestão voluntária de carbono associados
a selos de carbono ou processos de certificação, passíveis de serem implementados por
quaisquer agentes públicos ou privados.
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a) Energia

Nesta categoria são apresentadas acções estratégicas de mitigação que estão relacionadas com
o uso, produção e transporte de energia.

Melhorar o acesso às energias renováveis

 Promover a electrificação de comunidades rurais com recurso a energias renováveis;


 Promover a utilização de fontes de energia renovável (biogás, biomassa, solar, eólica,
térmica, ondas e geotermia);
 Promover a expansão da rede nacional ou a criação de micro-redes de distribuição de
energia;
 Promover e disseminar técnicas e tecnologias de produção e uso sustentável da energia
de biomassa;
 Avaliar mecanismos de mitigação em infra-estruturas de produção e transmissão de
electricidade (CGEE, 2008).

Aumentar a eficiência energética

 Assegurar a disponibilidade e o acesso a combustíveis fósseis de baixo teor de


carbono;
 Promover iniciativas de substituição de combustíveis de alto teor de carbono e não-
renováveis por combustíveis de baixo teor de carbono ou renováveis nos sectores de
transportes e de processos produtivos;
 Assegurar a implementação de instrumentos regulamentares, programas e projectos de
baixo carbono para o sector dos transportes como produção de biodiesel para uso em
frotas de transporte que gerem novas fontes de rendimento e diversificação da
economia nas áreas rurais; e,
 Utilizar tecnologias de “carvão limpo” em centrais térmicas a carvão (incluindo o
recurso à cogeração, sempre que for aplicável).
 Reduzir as emissões associados centrais térmicas (CGEE, 2008).

Garantir o cumprimento dos padrões regulamentados para as emissões provenientes das


actividades da indústria extractiva

 Recuperar metano durante o processo de extração mineral e de hidrocarbonetos;


 Avaliar as possibilidades de captura e armazenamento de carbono.

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Promover urbanização de baixo carbono

 Elaborar e implementar políticas e medidas para integrar nas directivas de construção


de infra-estruturas como edifícios, vias de comunicação e estruturas relacionadas, a
componente da eficiência energética e do aproveitamento/ utilização de fontes de
energia renováveis;
 De projectos e programas de microgeração de energia em edifícios comerciais e
residenciais;
 Incentivar o uso de sistemas solares térmicos nos grandes edifícios comerciais e
industriais, edifícios públicos e residenciais;
 Incentivar a substituição de lâmpadas incandescente por lâmpadas de baixo consumo;
 Promover a massificação da utilização do gás para uso doméstico, industrial e
transporte público e privado em alternativa a fontes de energia menos limpas;
 Promover, através de códigos de construção e normas de produção, as práticas da
eficiência energética e a utilização de equipamentos de aproveitamento de fontes de
energia renováveis e de produção descentralizada de energia (CGEE, 2008).

b) Processos industriais e uso de produtos

Controlar as emissões dos processos industriais incluindo resíduos e efluentes associados

 Desenvolver políticas e medidas de fiscalização e regulamentação da actividade


industrial de forma a controlar o cumprimento da legislação nacional e das convenções
internacionais;
 Incentivar os investidores a avaliar as emissões potenciais de GEE nos projectos
deinvestimento na altura da consideração de tecnologias e fontes de energia limpas;
 Promover projectos e programas de microgeração de energia no sector industrial
(CGEE, 2008).

c) Agricultura, floresta e outros usos do solo


 Desenvolver práticas agrárias de baixo carbono;
 Incentivar a agricultura de conservação;
 Promover as práticas agrícolas que reduzam as emissões de GEE (em particular na
colheita da cana de açúcar);

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 Utilizar sistemas de bombagem de água de alta eficiência energética para irrigação de
culturas;
 Recuperar metano das actividades agrícolas nos sistemas de agricultura intensiva (em
particular nos arrozais);
 Promover a recolha de e biodigestão de dejectos animais e vegetais
paraaproveitamento de metano para a geração de energia (CGEE, 2008).

Reduzir a taxa de desmatamento e de queimadas descontroladas

 Explorar, de forma sustentável as florestas de forma a maximizar o seu potencial para


a captura e sequestro de carbono;
 Promover mecanismos que conduzam à regeneração natural de florestas;
 Criar mecanismos para prevenir a propagação das queimadas (CGEE, 2008).

Planear e gerir a biodiversidade e os ecossistemas costeiros

 Os programas de exploração sustentável, regeneração e protecção de mangais, de algas


e ervas marinhas associados ao potencial de captura e sequestro de carbono (Carbono
Azul).
d) Resíduos

Gerir e valorizar os resíduos

 Promover a redução, reutilização e reciclagem de resíduos;


 Incentivar o estabelecimento de aterros sanitários com recuperação e consequente
aproveitamento de metano;
 Promover a geração de energia a partir de resíduos recorrendo a processos de digestão
anaeróbica, tratamento térmico ou mecânico (CGEE, 2008).

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3. Conclusão

Terminado o trabalho pode concluir que mudança climática é a uma variação estatisticamente
significativa nas condições médias do clima ou em sua variabilidade, que persiste por um
longo período – geralmente décadas ou mais. Pode advir de processos naturais internos ou de
forçamentos naturais externos, ou ainda de mudanças antropogênicas persistentes na
composição da atmosfera ou no uso do solo. as alterações climáticas são um dos grandes
desafios que a sociedade enfrenta na busca pelo desenvolvimento sustentável. As
consequências das mudanças climáticas afetam não apenas o bem-estar humano e os
ecossistemas, mas também os padrões de consumo e de produção. A mitigação demanda a
redução da emissão de gases de efeito estufa, principalmente por meio do aumento de
sumidouros e substituição do tipo de fonte energética utilizada. Alguns exemplos de
mitigação incluem a substituição de combustível fóssil por renovável, tais como substituição
do diesel por biodiesel, substituição do carvão mineral a energia solar, eólica e hídrica na
geração de eletricidade; a substituição de lixões por aterros sanitários; e a expansão da
cobertura florestal.

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4. Referências Bibliográficas

CGEE - Centro de Gestão de Estudos Estratégicos, (2008). Mudança do Clima em


Moçambique: vulnerabilidade, impactos e adaptação. In: CGEE. Parcerias Estratégicas, v.
27: CGEE. Disponível em: <http://www.cgee.org.br/parcerias/p27.php>.

DAVIS, C.L (2011). ClimateRiskandVulnerability: A Handbook for Southern Africa.Council


for Scientificand Industrial Research, Pretoria, South Africa.

FRONDIZI, Isaura (coord.), (2009). Mecanismo de Desenvolvimento Limpo - Guia de


Orientação. Disponível em: <http://www.mct.gov.br/index.php/content/view/33803.html.

LE TREUT, H (2007). HistoricalOverviewofClimateChange. In: ClimateChange 2007:


ThephysicalscienceBasis. ContributionofworkingGroup I to thefourthAssessmentReport o
theintergovenamentalPanelonClimateChange. Cambridge UniversityPress. Cambridge,
United Kingdomantimativa de Emissão de Gases de Efeito Estufa. Disponível em:
http://seeg.eco.br/.2021.

INTERGOVERNMENTAL PANEL ON CLIMATE CHANGE (2007). Mudanças


Climáticas: Impactos, Adaptação e Vulnerabilidade. Bruxelas.

IPCC, IntergovernmentalPanelonClimateChange. Disponível em: http://


www.ipcc.ch/publications_and_data/ar4/wg1/en/faq-1-3.html.2001.

SCHAEFFER, et al., (2008). Mudanças Climáticas e Segurança Energética no Brasil. Rio de


Janeiro: PPE/COPPE/UFRJ.

WWF-Brasil (2004). Fundo Mundial para a Natureza. Uso aperfeiçoado da terra – Área
agrícola atual pode suprir demandas e poupar a natureza no Brasil.

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