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1. Introdução....................................................................................................................... 2
2. Impacto das mudanças climáticas e o caminho para mitigação dos efeitos das alterações
climáticas ............................................................................................................................... 4
3. Conclusão ..................................................................................................................... 12
4. Referências Bibliográficas................................................................................................ 13
1. Introdução
Dado que as MC já não podem ser evitadas, e as projecções indicam que os seus impactos em
Moçambique irão aumentar tanto em frequência como em intensidade, foi preparada a
ENAMMC com vista a identificar áreas chave de actuação e acções que podem ser levadas a
cabo com vista a diminuir a gravidades dos impactos através de acções de adaptação e de
redução dos riscos climáticos e aproveitar as oportunidades de mitigação e desenvolvimento
de baixo carbono que contribuam para a redução das emissões de GEE, causa das MC.
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1.1. Objectivos
1.1.1. Objectivo Geral
O presente trabalho têm como objetivo geral conhecer os impactos das mudanças climáticas e
o caminho para mitigação dos efeitos das alterações climáticas.
Para a realização do presente trabalho de investigação, foi possível com ajuda das consultas
de alguns manuais ou bibliográficas digitais e não digitais, assim como alguns sites da
internet e módulo de Estudos Ambientais I da UCM, ensino a distância. As mesmas obras
estão devidamente citadas no desenvolvimento deste trabalho e destacadas na bibliografia
final.
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2. Impacto das mudanças climáticas e o caminho para mitigação dos efeitos das
alterações climáticas
2.1. Impacto das mudanças climáticas
2.1.1. Mudanças climáticas
Mudança climática é definida pelo IPCC (2007) como sendo qualquer mudança no clima
ocorrida ao longo do tempo, devido à variabilidade natural ou decorrente da atividade
humana. Essa definição difere da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do
Clima, em que o termo se refere a uma mudança no clima que seja atribuída direta ou
indiretamente à atividade humana, alterando a composição da atmosfera global e seja
adicional à variabilidade natural do clima observada ao longo dos períodos comparáveis de
tempo.
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antropogênicas persistentes na composição da atmosfera ou no uso do solo.
(IPCC, 2001).
Dessa forma, aquecimento global é o aumento da temperatura média dos oceanos e da camada
de ar próxima à superfície da Terra, que pode ser consequência de causas naturais e de
atividades humanas.
De acordo com SEEG (2023), o efeito estufa corresponde a uma camada de gases que cobre a
superfície da Terra. Essa camada é composta principalmente por gás carbônico ou dióxido de
carbono (CO2), gás metano (CH4), óxido nitroso (N2O) e vapor d’água, e é um fenômeno
natural fundamental para a manutenção da vida na Terra, pois sem ela o planeta poderia se
tornar muito frio, inviabilizando a sobrevivência de diversas espécies.
Normalmente, parte da radiação solar que chega ao nosso planeta é refletida e retorna
diretamente para o espaço; outra parte é absorvida pelos oceanos e pela superfície terrestre e
uma parte é retida por essa camada de gases, o que causa o chamado efeito estufa. O problema
não é o fenômeno natural, mas o agravamento dele. Como muitas atividades humanas emitem
uma grande quantidade de gases formadores do efeito estufa, oschamados GEE, essa camada
tem ficado cada vez mais espessa, retendo mais calor na Terra, aumentando a temperatura da
atmosfera terrestre e dos oceanos e ocasionando oaquecimento global (SEEG, 2023).
Entre os principais Gases de Efeito Estufa (GEE), o vapor d’água, apesar de ser o mais
poderoso, é gerado apenas por evaporação, podendo ser aumentado pela emissão dos outros
gases que elevam a temperatura e geram mais liberação de vapor d’água. Os outros gases
(CO2CH4 e N2O) são provenientes de processos naturais e de fontes antrópicas – aquilo que
resulta da ação humana. O CO2 é atualmente o gás mais lançado na atmosfera e, dentre os
três, o com maior potencial de gerar efeito estufa, seguido pelo CH4 e N2O.Porém, o
forçamento radioativo desses gases é inverso, sendo o metano 21 vezes e o óxido nitroso 310
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vezes maior do que o CO2. Existem ainda gases produzidos exclusivamente pela ação
humana, como o clorofluorcarbono (CFC), os hidrofluorcarbonos (HFC), operfluorcarbono
(PFC) e o hexafluoreto de enxofre (SF6). A percentagem e a liberação desses gases têm
efeitos na manutenção do equilíbrio climático global (SEEG, 2023).
De acordo com IPCC (2007), as alterações climáticas são um dos grandes desafios que a
sociedade enfrenta na busca pelo desenvolvimento sustentável. As consequências das
mudanças climáticas afetam não apenas o bem-estar humano e os ecossistemas, mas também
os padrões de consumo e de produção.
A preocupação com os efeitos das mudanças climáticas na vida do planeta tem ganhado cada
vez mais espaço nos estudos acadêmicos, nas políticas governamentais, nas ações dos setores
público e privado e em iniciativas de organizações não governamentais, enfim, da sociedade
como um todo. O maior interesse pelas consequências das alterações no clima aumentou com
a intensificação dos fenômenos naturais, como ondas de calor, secas, furacões, enchentes e
aumento do nível do mar.Também as pesquisas científicas colaboram para que o tema tenha
maior evidência, pois apontam que, com o crescimento da concentração na atmosfera de
Gases de Efeito Estufa (GEE), resultantes principalmente da queima de combustíveis fósseis
(carvão mineral, petróleo e gás natural), e da derrubada de florestas tropicais, a temperatura
do planeta subiu quase 1 grau Celsius nos últimos 100 anos, e em algumas regiões esse
aquecimento chegou a até 2 graus Celsius (IPCC, 2007).
Existem várias maneiras de reduzir as emissões dos Gases de Efeito Estufa (GEE) e os efeitos
no aquecimento global.
Diminuir o desmatamento;
Investir no reflorestamento e na conservação de áreas naturais;
Incentivar o uso de energias renováveis não convencionais (solar, eólica, biomassa e
Pequenas Centrais Hidrelétricas);
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Preferir a utilização de biocombustíveis (etanol, biodiesel) a combustíveis fósseis
(gasolina, óleo diesel);
Investir na redução do consumo de energia e na eficiência energética;
Reduzir, reaproveitar e reciclar materiais;
Investir em tecnologias de baixo carbono; e
Melhorar o transporte público com baixa emissão de GEE são algumas das
possibilidades. E essas medidas podem ser estabelecidas por meio de políticas
nacionais e internacionais de clima (IPCC, 2007).
São várias as consequências do aquecimento global e algumas delas já podem ser sentidas em
diferentes partes do globo. Os cientistas observam que o aumento da temperatura média do
planeta tem elevado o nível do mar devido ao derretimento das calotas polares, podendo
ocasionar o desaparecimento de ilhas e cidades litorâneas densamente povoadas. E há
previsão de uma frequência maior de eventos extremos climáticos (tempestades tropicais,
inundações, ondas de calor, secas, nevascas, furacões, tornados), com graves consequências
para populações humanas e ecossistemas naturais, podendo ocasionar aextinção de espécies
de animais e de plantas (IPCC, 2007).
Em nosso país, as mudanças do uso do solo e o desmatamento são responsáveis pela maior
parte das nossas emissões. As áreas de florestas e os ecossistemas naturais são grandes
reservatórios e sumidouros de carbono, por sua capacidade de absorver e estocar CO2. Mas
quando acontece um incêndio florestal ou uma área é desmatada, esse carbono é liberado para
a atmosfera, contribuindo para o efeito estufa e o aquecimento global. Além disso, as
emissões de GEE por outras atividades, como agropecuária e geração de energia, vêm
aumentando consideravelmente ao longo dos anos (IPCC, 2007).
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caso, regionais, que incluam medidas para mitigar a mudança do clima, enfrentando as
emissões antrópicas por fontes e remoções antrópicas por sumidouros de todos os gases de
efeito estufa não controlados pelo Protocolo de Montreal, bem comomedidas para permitir
adaptação adequada à mudança do clima (FRONDIZI, 2009).
Segundo CGEE (2008), Moçambique, apesar das suas baixas emissões de GEE, reconhece o
potencial para mitigação e desenvolvimento de baixo carbono em determinadas áreas, as quais
dão oportunidade de orientar desde o começo, um desenvolvimento sustentável, e de aceder a
fontes adicionais de financiamento de iniciativas orientadas para o desenvolvimento
sustentável. A presente ENAMMC não deve impedir acções de desenvolvimento, sendo que
acções de mitigação serão implementadas quando se verifique que representam a melhor
opção para odesenvolvimento.Assim, as orientações e acções estratégicas propostas neste
pilar devem ser desenvolvidas em estreita articulação com projectos, políticas e documentos
estratégicos actuais ou em desenvolvimento de Moçambique como sejam, a título de exemplo,
a Estratégia de Energia, a Política de Desenvolvimento de Energias Novas e Renováveis, a
Estratégia de Biocombustíveis, a Segunda Comunicação Nacional e as propostas da ENDe e
da Estratégia de REDD+. As orientações e acções estratégicas de resposta de mitigação estão
organizadas em quatro áreas estratégicas identificadas como pontos de entrada nas condições
actuais de Moçambique, nomeadamente:
1) Energia;
2) Processos industriais;
3) Agricultura, florestas e outros usos do solo; e
4) Resíduos.
Para além disto, podem ser promovidos programas de gestão voluntária de carbono associados
a selos de carbono ou processos de certificação, passíveis de serem implementados por
quaisquer agentes públicos ou privados.
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a) Energia
Nesta categoria são apresentadas acções estratégicas de mitigação que estão relacionadas com
o uso, produção e transporte de energia.
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Promover urbanização de baixo carbono
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Utilizar sistemas de bombagem de água de alta eficiência energética para irrigação de
culturas;
Recuperar metano das actividades agrícolas nos sistemas de agricultura intensiva (em
particular nos arrozais);
Promover a recolha de e biodigestão de dejectos animais e vegetais
paraaproveitamento de metano para a geração de energia (CGEE, 2008).
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3. Conclusão
Terminado o trabalho pode concluir que mudança climática é a uma variação estatisticamente
significativa nas condições médias do clima ou em sua variabilidade, que persiste por um
longo período – geralmente décadas ou mais. Pode advir de processos naturais internos ou de
forçamentos naturais externos, ou ainda de mudanças antropogênicas persistentes na
composição da atmosfera ou no uso do solo. as alterações climáticas são um dos grandes
desafios que a sociedade enfrenta na busca pelo desenvolvimento sustentável. As
consequências das mudanças climáticas afetam não apenas o bem-estar humano e os
ecossistemas, mas também os padrões de consumo e de produção. A mitigação demanda a
redução da emissão de gases de efeito estufa, principalmente por meio do aumento de
sumidouros e substituição do tipo de fonte energética utilizada. Alguns exemplos de
mitigação incluem a substituição de combustível fóssil por renovável, tais como substituição
do diesel por biodiesel, substituição do carvão mineral a energia solar, eólica e hídrica na
geração de eletricidade; a substituição de lixões por aterros sanitários; e a expansão da
cobertura florestal.
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4. Referências Bibliográficas
WWF-Brasil (2004). Fundo Mundial para a Natureza. Uso aperfeiçoado da terra – Área
agrícola atual pode suprir demandas e poupar a natureza no Brasil.
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