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Introdução
As negociações internacionais sobre mudança do clima ocorrem
no campo de interseção entre as conclusões da ciência, os imperativos
de desenvolvimento sustentável e a necessidade de políticas públicas
nacionais eetivas para lidar com o desao. Em dezembro 2015, em
Paris, a 21ª Conferência das Partes (COP-21) da Convenção-Quadro
das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC, na sigla em
inglês) decidirá como ampliar a capacidade de resposta da comunidade
internacional ao desao da mudança do clima. O Brasil, ator undamental
nessas negociações, trabalha para que o resultado desse processo seja uma
resposta durável, equitativa e ambiciosa, ao amparo da UNFCCC, capaz
de promover o desenvolvimento sustentável em todas as suas dimensões.
A atuação brasileira dá-se por meio do engajamento ativo na esera
multilateral e da busca de resultados nacionais concretos na redução de
gases de efeito estufa e ampliação da resiliência da sociedade brasileira.
A primeira seção deste artigo sumariza o estado da arte da
ciência da mudança do clima, notadamente as conclusões do Painel
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1 IPCC, 2013: Summary for Policymakers. In: Climate Change 2013: e Physical Science Basis.
Contribution of Working Group I to the Fifth Assessment Report of the Intergovernmental Panel
on Climate Change [Stocker, T. F., D. Qin, G.-K. Plattner, M. Tignor, S. K. Allen, J. Boschung,
A. Nauels, Y. Xia, V. Bex and P.M. Midgley (Eds.)]. Cambridge, Reino Unido e Nova York, NY,
EUA: Cambridge University Press, p. 4.
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6 IPCC, 2014: Summary for Policymakers. In: Climate Change 2014: Mitigation of Climate
Change. Contribution of Working Group III to the Fifth Assessment Report of the Intergovernmental
Panel on Climate Change [Edenhofer, O., R. Pichs-Madruga, Y. Sokona, E. Farahani,
S. Kadner, K. Seyboth, A. Adler, I. Baum, S. Brunner, P. Eickemeier, B. Kriemann,
J. Savolainen, S. Schlomer, C. von Stechow, T. Zwickel and J.C. Minx (Eds.)]. Cambridge, Reino
Unido e Nova York, NY, EUA: Cambridge University Press, p. 13.
7 IPCC, 2007: Summary for Policymakers. In: Climate Change 2007: e Physical Science Basis.
Contribution of Working Group I to the Fourth Assessment Report of the Intergovernmental
Panel on Climate Change [Solomon, S., D. Qin, M. Manning, Z. Chen, M. Marquis, K.B.
Averyt, M.Tignor and H.L. Miller (Eds.)]. Cambridge, Reino Unido e Nova York, NY, EUA:
Cambridge University Press.
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8 MCTI, 2014. Estimativas anuais de emissões de gases de efeito estufa no Brasil. 2ª edição.
Disponível em: <http://www.mct.gov.br/upd_blob/0235/235580.pd>. Acesso em: 31 jul.
2015.
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A ArtIculAção dIplomátIcA
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a indC brasileira
No plano interno, o Brasil trabalha para sensibilizar a sociedade civil
para o imperativo político, social e econômico de enfrentar a mudança
do clima. No processo de preparação da contribuição nacionalmente
determinada ao novo acordo sob a UNFCCC, o Ministério das Relações
Exteriores promoveu amplo processo de consultas aos diversos setores da
sociedade interessados no assunto, como a academia, o setor privado e os
movimentos sociais. Seus resultados, publicados em abril de 2015, serviram
de insumo undamental ao processo de denição da posição brasileira
e ortaleceram o respaldo da sociedade civil à ambição pretendida pelo
Brasil para o regime multilateral sobre mudança do clima.
As consultas nacionais se estenderam de maio de 2014 a abril de
2015, e incluíram consulta virtual aberta e reuniões setoriais e temáticas
realizadas no Palácio Itamaraty, em Brasília. A consulta virtual contou
com 200 contribuições, tanto individuais quanto coletivas, de instituições
e associações representativas da academia, do setor privado, do setor
público e de organizações não governamentais. Os insumos qualitativos
oerecidos por essa etapa subsidiaram relatório preliminar, que serviu
de base para as oito reuniões presenciais realizadas em Brasília, com
transmissão ao vivo pelo canal do Itamaraty no YouTube. As reuniões, de
caráter aberto, focalizaram setores (terceiro setor, academia, setor público,
setor empresarial) e temas especícos (adaptação e saúde pública; energia,
indústria, transporte e cidades; agricultura, forestas e uso da terra). As
discussões e os resultados da consulta virtual subsidiaram, por sua vez, o
relatório nal, divulgado em abril de 2015. Trata-se de importante insumo
ao processo decisório governamental quanto à INDC brasileira9.
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