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MEIO AMBIENTE:

CONFERÊNCIAS INTERNACIONAIS
ECO - 92
GEOGRAFIA - SLIDE 023
SEGUNDO ANO DO ENSINO MÉDIO
ECO - 92

Na década de 1990, a questão da consciência ecológica


continuava a ser tratada como assunto importante e despertava
o interesse de todos os países do globo. Em 1992, foi realizada
pela ONU, no Rio de Janeiro, a ECO-92, II Conferência Mundial
para o Meio Ambiente e Desenvolvimento, tendo como um de
seus resultados a formulação de documentos importantes para
avançar na questão ecológica mundial. A Carta de Princípios, um
plano de ação conhecido como Agenda 21, e três convenções,
“Biodiversidade”, “Desertificação” e “Mudanças Climáticas”,
foram os principais documentos dessa Conferência.
AGENDA 21
O documento final da Agenda 21 é dividido em quatro partes:
I. Dimensões sociais e econômicas – combate à miséria, mudanças
dos padrões de consumo, melhoria da qualidade de vida dos
povos.
II. Conservação e gestão dos recursos para o desenvolvimento –
uso da água, do solo, da energia e do controle de resíduos e das
substâncias tóxicas.
III. O papel da sociedade – educação e participação de todos os
setores da sociedade.
IV. Meios de implementação dos programas de desenvolvimento
sustentável – instrumentos financeiros e legais para a implantação
de projetos e de programas ambientais.
QUESTÃO DA DESERTIFICAÇÃO

A Convenção sobre desertificação elaborada na ECO-92


instituiu o Dia Nacional de Combate à Desertificação e teve força
de lei internacional, a ser obedecida pelos países signatários. As
ações governamentais de combate à desertificação ainda são
muito acanhadas. Outras conferências de discussão sobre o tema
também foram realizadas, como as Convenções da
Desertificação, em Roma, em 1997, e em Olinda, em 1999.
BIODIVERSIDADE

A Convenção sobre a Biodiversidade elaborou medidas


destinadas à preservação da ora e da fauna globais. Essas
medidas estão presentes na Estratégia Global para a
Biodiversidade. Apenas 7 países dos 175 signatários não assinaram
a proposta de respeitar e de preservar o meio ambiente,
implantando ações de combate à pirataria e ao pagamento de
royalties a países fornecedores de matéria-prima biológica.
NOVAS IDEAIS: OS CORREDORES BIOLÓGICOS

O conceito de corredor biológico implica uma ligação entre as


zonas protegidas e as áreas com uma biodiversidade importante,
a fim de se contrapor à fragmentação dos hábitats. O objetivo
fundamental dos corredores biológicos é a conservação dos
ecossistemas. Nesse sentido, os corredores devem permitir o
aumento das probabilidades de sobrevivência das populações
menores, além de contribuir para o aumento do número de
exemplares que as compõem. Na atualidade, há projetos como
o Corredor Biológico Mesoamericano, que inclui os países da
América Central e o sul do México. No Brasil, os projetos estão
ligados à Região Amazônica e à Mata Atlântica.
MUDANÇAS CLIMÁTICAS

Para a elaboração dos relatórios sobre mudanças climáticas,


foram usados os resultados do Painel Intergovernamental sobre
Mudanças Climáticas de 1988. Durante a ECO-92, foram
estabelecidas datas para a avaliação do controle da emissão de
gases causadores do efeito estufa. A realização da Cúpula do
Clima e Aquecimento Global (1997), na cidade de Kyoto, no
Japão, foi o encontro mais importante para debate do tema
após a ECO-92.
O principal documento oriundo dessa conferência é o Protocolo
de Kyoto, que estabelece prazos para a redução dos patamares
de emissão de gases poluentes na atmosfera.
MUDANÇAS CLIMÁTICAS

O Protocolo entrou em vigor em 2005, com 150 nações


signatárias, estabelecendo metas e prazos para redução do
lançamento de gases de efeito estufa na atmosfera para diversos
países do globo. No final de 2007, durante a 13 Conferência da
ONU sobre Mudanças Climáticas, na Indonésia, os participantes
concordaram em iniciar negociações para formular a segunda
parte do Protocolo de Kyoto. Um dos maiores entraves
enfrentados pelo Protocolo de Kyoto é a adesão dos países mais
poluidores do planeta. Apesar disso, com a grande adesão dos
países signatários, há registros de redução nas emissões de gases
em escala mundial, fruto também da evolução da tecnologia nos
processos produtivos.
MUDANÇAS CLIMÁTICAS

O Protocolo entrou em vigor em 2005, com 150 nações


signatárias, estabelecendo metas e prazos para redução do
lançamento de gases de efeito estufa na atmosfera para diversos
países do globo. No final de 2007, durante a 13 Conferência da
ONU sobre Mudanças Climáticas, na Indonésia, os participantes
concordaram em iniciar negociações para formular a segunda
parte do Protocolo de Kyoto. Um dos maiores entraves
enfrentados pelo Protocolo de Kyoto é a adesão dos países mais
poluidores do planeta. Apesar disso, com a grande adesão dos
países signatários, há registros de redução nas emissões de gases
em escala mundial, fruto também da evolução da tecnologia nos
processos produtivos.
COPENHAGUE (COP-15)

Em 2009, ocorreu a Convenção de Copenhague (também


chamada de COP-15), realizada pelos países signatários da
Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças
Climáticas. A Convenção aconteceu na capital da Dinamarca,
entre os dias 7 e 18 de dezembro. O objetivo desse encontro era
negociar, redigir e aprovar os termos da segunda parte do
Protocolo de Kyoto – a primeira foi elaborada e definida em 1997,
entrou em vigor em 2005 e expirará em 2012. Essa continuidade
do Protocolo estabeleceria novas metas de redução da emissão
de gases de efeito estufa a serem cumpridas a partir de 2013 ou
2014.
COPENHAGUE (COP-15)
O debate central está focado na diminuição das emissões de
gases causadores do efeito estufa, sobretudo o dióxido de
carbono (CO2) – as propostas preveem reduções de 25 a 40% até
2020, com base em valores obtidos em 1990. O objetivo é bem
mais ousado do que o estipulado pela primeira parte do
Protocolo, em 1997, que era de reduzir em 5% as emissões entre
2008 e 2012. Naquela época, o cumprimento dessa meta coube
apenas aos países desenvolvidos – o Brasil e a Índia, por exemplo,
não foram enquadrados na regra. Os resultados da COP-15 não
foram muito promissores, levando à frustração aqueles que
esperavam metas e prazos mais ousados e maior
comprometimento no combate ao aquecimento global por parte
dos países signatários da convenção.
COPENHAGUE (COP-15)
O texto do acordo foi elaborado por Brasil, China, Índia, África
do Sul e Estados Unidos e nele não se assumiu nenhum
compromisso obrigatório de redução, apenas salientou-se a
necessidade de implementação de medidas para que a
temperatura global não suba mais do que 2 °C e a necessidade
de evitar a emissão de gases provenientes do desmatamento e
da degradação das florestas. Em outras palavras, resultou apenas
em uma promessa de acordo internacional. O documento prevê
a doação anual de US$ 10 bilhões, entre 2010 e 2012, para que os
países mais vulneráveis consigam lidar com as mudanças
climáticas e adotar medidas para redução dos gases do efeito
estufa, e de US$ 100 bilhões anuais a partir de 2020.
COPENHAGUE (COP-15)
No entanto, esse documento acordado pelos principais
protagonistas do encontro, considerados os maiores emissores do
planeta (EUA e China, e alguns países emergentes, como Brasil,
Índia e África do Sul, e as maiores potências da União Europeia)
não tem nenhum valor legal no esforço de reverter o
aquecimento global. As metas de redução de emissões, ponto
chave para o combate às mudanças climáticas, ficaram em
aberto. Genericamente, ficou acertado que a meta global até
2050 é de redução de 50% das emissões em relação a 1990. Por
m, a partir de 2012, quando vencem as exigências do Protocolo
de Kyoto, os países industrializados estarão teoricamente sem
obrigações a cumprir, embora tenham concordado em assumir
uma meta de redução de 80% de suas emissões até 2050.
OS HOT SPOTS DA BIODIVERSIDADE
O conceito de hot spot foi criado em 1988 pelo ecólogo inglês
Norman Myers para resolver um dos maiores dilemas dos
conservacionistas: quais as áreas mais importantes para preservar
a biodiversidade na Terra? Ao observar que a biodiversidade não
está igualmente distribuída no planeta, Myers procurou identificar
quais as regiões concentravam os mais altos níveis de
biodiversidade e onde as ações de conservação seriam mais
urgentes. A essas regiões foi dado o nome de hot spots. Um hot
spot é, portanto, uma área prioritária para conservação, isto é, de
alta biodiversidade e ameaçada no mais alto grau. Os 34 hot
spots mundiais abrigam mais da metade de todas as espécies de
plantas do planeta, além de pelo menos 42% de todos os
vertebrados. No Brasil, há dois hot spots.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

LUCCI, Elian Alabi [et.al]. Território e Sociedade no mundo globalizado.


Volume 1. São Paulo: Editora Saraiva, 2010.
MACEDO, Mara Rubinger [et.al] Geografia. Volume 3 e 4. São Paulo:
Editora Bernoulli

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