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1- Protocolo de Montreal

O Protocolo de Montreal sobre as Substâncias que Destroem a Camada de Ozônio é


um acordo internacional que tem como objetivo reduzir a emissão de produtos que
causam danos à camada de ozônio. Ele é considerado um dos acordos ambientais
mais bem sucedidos, pois foi adotado por 197 países.

Resumo
Em 1987, o Protocolo de Montreal ficou aberto para adesão dos países interessados.
Ele foi ratificado em 19 de março de 1990 e ao longo dos anos passou por revisões:
Londres (1990), Copenhague (1992), Viena (1995), Montreal (1997), Pequim (1999) e
Kigali (2016).

Objetivos
A principal meta do Protocolo de Montreal era a eliminação das substâncias que
destroem a camada de ozônio.

Para isso, entre os seus objetivos estavam:

 Reduzir a emissão de CFCs em 80% entre 1996 e 1994;


 Os países desenvolvidos devem reduzir o uso de CFCs em 75% até 2010 e em 99,5%
até 2020;
 Reduzir os níveis em 50% entre 1986 e 1999;
 Eliminar a fabricação e o uso dos CFCs;
 Plena recuperação da camada de ozônio até 2065;
 Eliminar a fabricação e o uso dos tetracloreto de carbono, tricloroetano,
hidrofluorocarbonetos, hidroclorofluocarbonetos, hidrobromoflurocarbonetos e o
brometo de metila.

Países participantes
A primeira discussão sobre a necessidade de proteção à camada de ozônio ocorreu
durante a Convenção de Viena, em 1985.

O encontro serviu como base para o estabelecimento do entendimento internacional,


sendo a base para o Protocolo de Montreal.

Ao total, 197 países ratificaram ao Protocolo de Montreal.

Situação do Brasil
O Brasil ratificou ao Protocolo de Montreal através do Decreto 99.280 de 06 de Junho
de 1990.

O país executou projetos tecnológicos para indústrias, refrigeração, solventes,


agricultura e indústria farmacêutica.
Resultados
Em 1990 foi instituído o Fundo Multilateral para Implementação do Protocolo de
Montreal – FML.O objetivo do fundo era que os países desenvolvidos pudessem apoiar
financeiramente as medidas para redução dos gases em países em desenvolvimento.

2- Acordo de Paris
O Acordo de Paris é um compromisso internacional discutido entre 195 países com o
objetivo de minimizar as consequências do aquecimento global.

Ele foi adotado durante a Conferência das Partes - COP 21, em Paris, no ano de 2015.

Acordo de Paris: situação atual


O mais recente tratado internacional é o Acordo de Paris, adotado em 2015, durante a
21ª Conferência das Partes ocorreu, em Paris. O acordo de Paris tem como objetivo
fortalecer a resposta global à ameaça das mudanças climáticas. Ele foi aprovado
pelos 195 países participantes que se comprometeram em reduzir emissões de gases
de efeito estufa. Isso se resume em manter a temperatura média da Terra abaixo de 2
°C, acima dos níveis pré-industriais. Além de esforços para limitar o aumento da
temperatura até 1,5 °C acima dos níveis pré-industriais. Os países desenvolvidos
também se comprometeram a conceder benefícios financeiros aos países mais
pobres, de modo que possam enfrentar as mudanças climáticas. Porém, para que
comece a vigorar precisa da ratificação de pelo menos 55 países responsáveis por
55% das emissões de gases de efeito estufa. O Brasil concluiu sua ratificação ao
Acordo de Paris em 12 de setembro de 2016.

Em documento encaminhado à ONU, as metas brasileiras são:

Reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 37% abaixo dos níveis de 2005, em
2025.

 Em sucessão, reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 43% abaixo


dos níveis de 2005, em 2030.

O mais recente acontecimento sobre o Acordo de Paris foi a saída dos Estados
Unidos, anunciada em junho de 2017. Essa notícia foi recebida com bastante
preocupação, pois os Estados Unidos é um dos maiores poluidores do planeta.

Contexto Histórico
Para entender o aquecimento global é preciso recordar o processo de Revolução
Industrial. A mudança do modo de fabricação dos produtos levou à criação de
máquinas. Essas eram movidas por carvão e posteriormente, petróleo. Ambas são
fontes não renováveis de energia e desprendem carbono que é o responsável pelo
aumento de temperaturas na Terra. Igualmente, ao escolher o petróleo como fonte
energética dos automóveis, o problema da poluição e do aquecimento global só
agravou. É preciso lembrar que o primeiro modelo de veículo elétrico data de 1835 e
foi construído nos Estados Unidos. No entanto, com a popularização dos carros à
combustão fabricados por Henry Ford, os automóveis elétricos tornam-se muito caros
e são abandonados pela indústria. Os problemas de contaminação e aquecimento
global são observáveis primeiro na modificação do entorno natural e na saúde das
pessoas. Assim, na década de 60, a sociedade civil e os governos começam a
preocupar-se com as consequências da industrialização. Apoiado pela ONU, é
realizada a primeira conferência sobre o meio-ambiente na cidade de Estocolmo,
Suécia. Outras reuniões se realizariam ao longo da década de 60 com o intuito de
afinar políticas globais que contivessem o avanço do aquecimento global.

3- Agenda 21
A Agenda 21 é um documento assinado por 179 países durante a "Conferência
das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento" ou "ECO-92",
realizada na cidade do Rio de Janeiro.

O seu principal objetivo é criar soluções para os problemas socioambientais


mundiais, baseando-se no seguinte pensamento: “pensar globalmente, agir
localmente”.

Esse documento é um compromisso político que buscar aliar o


desenvolvimento econômico com a cooperação ambiental e social. Para isso,
são necessárias estratégias, planos e políticas específicas em cada localidade
em que a agenda for aplicada.

Temas
A agenda 21 é composta por 40 capítulos, divididos em quatro seções, os
temas abordados por esse documento são:

 dimensão social e econômica


 pobreza
 consumo
 sustentabilidade
 desenvolvimento sustentável
 saúde
 meio ambiente
 atmosfera
 ecossistema
 desertificação e seca
 agricultura e agricultores
 desenvolvimento rural
 diversidade biológica
 biotecnologia
 recursos vivos
 mares e oceanos
 aproveitamento
 gestão ecológica
 mulher
 infância
 juventude
 populações indígenas
 ONG
 trabalhadores e sindicatos
 comércio
 indústria
 comunidade científica e tecnológica
 financiamento
 tecnologia ecológica sustentável
 educação
 conscientização
 cooperação
 acordos internacionais

O universo de temas abordados na Agenda 21, envolvem a dimensão


social, econômica, cultural, educacional e ambiental das populações.
Nesse caso, o desenvolvimento sustentável implica não só a conscientização
da população para os problemas de degradação ambiental, mas também o
reconhecimento das minorias, por exemplo, das mulheres e dos índios.

Uma vez que o reconhecimento pelo outro seja efetivado, a população tende a
viver melhor na diversidade.

Além do universo social, ambiental e cultural dos povos, o processo educativo


torna-se tão importante porque trabalha a conscientização socioambiental e
cultural nas crianças e nos jovens.

A Agenda 21 representa uma aliança entre todos os povos, um instrumento


importante e necessário que visa o planejamento participativo na construção
de sociedades sustentáveis. Ela une métodos de proteção ambiental, justiça
social e a eficiência econômica.

Agenda 21 brasileira
A Agenda 21 Brasileira foi criada em 1996 pela Comissão de Políticas de
Desenvolvimento Sustentável e da Agenda 21 Nacional (CPDS). Ela tem como
objetivo firmar os compromissos da sociedade brasileira com o
desenvolvimento sustentável.

Efetivamente implementada em 2002, esse instrumento é baseado nas


diretrizes da Agenda 21 Global. No Brasil, os resultados são positivos e
crescem cada vez mais de maneira descentralizada, e assim, buscando o
fortalecimento da sociedade e do poder local.

Muitos municípios brasileiros aderiram à Agenda 21 e se comprometerem com


o desenvolvimento local em nível ambiental, social, cultural, econômico,
assegurando a sustentabilidade da comunidade.

Portanto, a Agenda 21 Brasileira é um importante instrumento de participação


cidadã e ação coletiva em prol de uma sociedade sustentável.

4- Protocolo de Kyoto
O Protocolo de Kyoto é um tratado internacional assinado por muitos países no ano
de 1997 na cidade de Kyoto, no Japão; com a finalidade de alertar para o aumento
do efeito estufa e do aquecimento global caracterizado, em grande parte, pelo volume
de gases lançados na atmosfera, sendo o principal deles o dióxido de carbono (CO2).

Assim, o acordo possui diretrizes e propostas para amenizar o impacto dos problemas
ambientais, por exemplo, das mudanças climáticas do planeta terra. Dessa maneira, os
países que assinaram tal documento se comprometeram a reduzir a emissão de gases
em aproximadamente 5%. Vale lembrar que o Protocolo de Kyoto somente entrou em
vigor no ano de 2005 (com adesão da Rússia) e no tocante aos países signatários são
divididas nas categorias:

 Países que assinaram e ratificaram o Protocolo: Brasil, Argentina, Peru, Tanzânia,


Austrália, alguns países da União Europeia, etc.
 Países que assinaram e não ratificaram o Protocolo: Estados Unidos, Croácia,
Cazaquistão, etc.
 Países que não assinaram e não ratificaram o Protocolo: Vaticano, Andorra,
Afeganistão, Taiwan, Timor-Leste, etc.
 Países que não assumiram nenhuma posição no Protocolo: Mauritânia, Somália, etc.

Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL)


O MDL é uma importante ferramenta estratégica sublinhada no Protocolo de Kyoto
uma vez que são "mecanismos de flexibilização" baseados em projetos que visam
reduzir a emissão de gases e captar o carbono na atmosfera com o intuito de criar um
mercado mundial de carbono, o qual 1 tonelada do gás corresponde a 1 crédito de
carbono.
O Crédito de Carbono é denominado de "Redução Certificada de Emissão" (RCE) ou
em inglês, "Certified Emission Reductions" (CER). Vale lembrar que os países que
fazem parte do MDL são aqueles pertencentes ao Anexo I do acordo, com metas já
estabelecidas entre 2008 e 2012, denominado "primeiro período de compromisso".
São divididos em:

1. Países Membros da OECD (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento


Econômico) que necessitam diminuir suas emissões.
2. Países que estão em transição econômica para economia de mercado

Além do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, o Protocolo de Kyoto propõe


a parceria entre os países na criação de projetos ambientais bem como o direito dos
países desenvolvidos de comprarem créditos de carbono de nações que poluem
pouco.

Curiosidades

 Os Estados Unidos, maior emissor de dióxido de carbono do mundo (36,1%), assinou mas não
ratificou o Protocolo de Kyoto, alegando que a implantação das metas e diretrizes propostas
pelo acordo prejudicariam a economia do país.
 A Rússia, considerado o segundo maior país emissor de gases nocivos do efeito estufa assina o
Protocolo em 2004, atingindo assim a porcentagem de 55% países poluentes. Por isso, com a
ratificação da Rússia, a cláusula de "55% dos países" ficou completa e o tratado entrou em
vigor, no ano seguinte, em fevereiro de 2005.

5- Eco-92
A Eco-92, Rio-92, Cúpula da Terra ou Conferência das Nações Unidas sobre o Meio
Ambiente e Desenvolvimento foi um evento que ocorreu no Rio de Janeiro em 1992.

Os temas da Conferência giraram em torno de problemas ambientais e de


desenvolvimento sustentável.

A partir disso, esse evento foi um marco para alertar sobre a conscientização
ambiental em todos os países do mundo.

Resumo
Um dos primeiros passos para alertar sobre os problemas da degradação ambiental
ocorreu em Estocolmo (Suécia) chamado de Conferência de Estocolmo realizada em
16 de junho de 1972. Essa foi considerada a primeira conferência mundial sobre
o meio ambiente.

Vinte anos após esse evento, em junho de 1992, foi sediada a Conferência das Nações
Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, na cidade do Rio de Janeiro. Esta
tinha o mesmo propósito, retomando alguns temas, como o efeito estufa,
desmatamento, contaminação das águas, dentre outros.
No encontro, figuras importantes de diversos países estavam presentes desde Chefes
de Estado, Ministros e outras personalidades dos países membros.

No total, o evento reuniu cerca de 3000 participantes. Essa parceria global em torno
dos temas ambientais foi possível mediante a cooperação entre os Estados.

Sobre esse tema, não devemos esquecer do Protocolo de Kyoto assinado na cidade de


Kyoto, no Japão, em 1997 por diversos países do mundo.

Com o mesmo propósito ambiental que a ECO-92, esse tratado internacional alertou
para os problemas do efeito estufa e o aquecimento global no planeta.

Princípios
Na Conferência Eco-92 ficaram estabelecidos 27 princípios básicos sobre
o desenvolvimento sustentável global. Segue abaixo o resumo de cada um deles:

1. Os seres humanos têm direito a uma vida saudável e produtiva em harmonia com a
natureza;
2. Direito dos estados de explorarem seus próprios recursos sendo responsáveis por suas
atividades de forma a não prejudicar o meio ambiente e os outros territórios;
3. O desenvolvimento deve ser promovido de forma equitativa para garantir as
necessidades das gerações presentes e futuras;
4. A proteção ambiental deve ser considerada parte integral do processo de
desenvolvimento sustentável;
5. A erradicação da pobreza como requisito indispensável para promoção do
desenvolvimento sustentável;
6. As ações internacionais devem dar prioridade especial à situação dos países em
desenvolvimento e dos mais desfavorecidos;
7. Mediante uma parceira global, os Estados devem cooperar na conservação, proteção e
recuperação da integridade e saúde do ecossistema Terra;
8. Os Estados devem reduzir e eliminar padrões insustentáveis de produção e de
consumo;
9. Cooperação dos Estados no desenvolvimento e intercâmbio de conhecimentos
científicos e tecnológicos;
10. Assegurar a participação pública e popular das questões ambientais que deve ser
promovida mediante o acesso à informação e os processos decisórios;
11. Segundo o contexto ambiental de cada país, eles devem adotar legislação ambiental
eficaz;
12. Cooperação das políticas econômicas dos Estados com vista ao desenvolvimento
sustentável baseada em consensos globais;
13. Desenvolvimento de legislação nacional a partir dos danos ambientais com vistas a
adoção de leis e tratados internacionais visando a responsabilização e compensação
por danos causados ao meio ambiente;
14. Cooperação dos países no sentido de desestimular a transferência de atividades ou
substâncias altamente nocivas ao meio ambiente e à saúde humana;
15. O princípio da precaução deverá ser observado pelos Estados, de acordo com suas
próprias condições e capacidades, com o intuito de proteger o meio ambiente;
16. As autoridades nacionais devem promover a internalização de custos ambientais e o
uso de instrumentos econômicos, levando em consideração que o poluidor deve
arcar com os custos da poluição;
17. Planejamento de atividades, segundo a avaliação sobre o Impacto Ambiental,
utilizadas como instrumentos nacionais, os quais devem ser submetidos a uma
decisão por autoridade nacional competente;
18. Notificação imediata entre os Estados sobre desastres naturais ou outras
emergências que possam causar dano ao seu ambiente;
19. Os Estados devem notificar previamente outros Estados que possam ser
potencialmente afetados por atividades com significativo impacto ambiental
transfronteiriço;
20. Participação integral das mulheres no gerenciamento e no alcance do
desenvolvimento sustentável;
21. A criatividade, idealismo e coragem dos jovens do mundo são essenciais para se
atingir o desenvolvimento sustentável e assegurar um mundo melhor para todos;
22. As populações indígenas e outras comunidades locais têm um papel vital no
gerenciamento e desenvolvimento ambiental em função de seus conhecimentos e
práticas tradicionais. Os Estados devem reconhecer e assegurar seus direitos;
23. Proteção dos recursos naturais e ambientais de populações sob opressão,
dominação e ocupação;
24. Os Estados devem respeitar o Direito Internacional e proteger o meio ambiente em
tempos de conflitos armados;
25. A Paz, o Desenvolvimento e a Proteção Ambiental são interdependentes e indivisíveis.
26. Os Estados deverão resolver suas controvérsias ambientais de forma pacífica
conforme a Carta das Nações Unidas;
27. Os Estados e os povos devem cooperar num espírito de parceria para o cumprimento
dos princípios dessa Declaração e para o desenvolvimento do Direito Internacional no
campo do desenvolvimento sustentável.

Carta da Terra
A Carta da Terra representa um documento proposto na Eco-92, que foi ratificado apenas em 2000.
Focado nas questões ambientais, sobretudo em melhores condições de vida no planeta, seus princípios
básicos são:

I. Respeitar e cuidar da comunidade da vida

II. Integridade ecológica

III. Justiça social e econômica

IV. Democracia, não violência e paz

6- Conferência de Estocolmo
A Conferência de Estocolmo ou Conferência das Nações Unidas sobre o Meio
Ambiente Humano ocorreu entre 5 e 16 de junho de 1972, na capital da Suécia.

Esse foi o primeiro evento organizado pela Organização das Nações Unidas
(ONU) para discutir questões ambientais de maneira global.

A Conferência é considerada um marco na história da preservação do meio


ambiente, pois pela primeira vez, dirigentes do mundo inteiro se reuniram para
falar sobre o tema.
Objetivos da Conferência de Estocolmo
A Conferência de Estocolmo teve como objetivo discutir as consequências da
degradação do meio ambiente como:

 Discutir as mudanças climáticas e a qualidade da água


 Debater soluções para reduzir os desastres naturais
 Reduzir e encontrar soluções para a modificação da paisagem
 Elaborar as bases do desenvolvimento sustentável
 Limitar a utilização de pesticidas na agricultura
 Reduzir a quantidade de metais pesados lançados na natureza

O encontro também abordou as políticas de desenvolvimento humano e a


busca por uma visão comum de preservação dos recursos naturais.

Participantes e discussões
A Conferência de Estocolmo contou com representantes de 113 países, entre
eles o Brasil, e de 400 organizações governamentais e não-governamentais.

Houve duas posições antagônicas nesta conferência: os países desenvolvidos


que defendiam o preservacionismo e os países em desenvolvimento, que
alegavam a utilização dos recursos naturais para sua promoção econômica.

Estes últimos não concordaram com as metas de redução das atividades


industriais, visto que tal ação poderia comprometer a economia.

Ao mesmo tempo, outros mostraram-se empenhados em cumprir os acordos


estabelecidos. Por exemplo, os Estados Unidos comprometeram-se em reduzir
a poluição em seu território.

O debate durante a conferência foi inflamado pela necessidade de adoção de


um novo modelo de desenvolvimento econômico. Algo que conciliasse o uso
das reservas naturais não renováveis, como o petróleo, ao mesmo tempo que
não reduzisse o crescimento econômico.

Brasil na Conferência de Estocolmo


O Brasil foi um país decisivo em muitas das discussões promovidas. O País,
que estava em pleno "milagre econômico", defendeu o uso dos recursos
naturais a qualquer custo, sem se importar com a preservação ambienta.

O Ministro Costa e Cavalcanti, Ministro do Interior e chefe da delegação


brasileira durante o evento, declarou:

Desenvolver primeiro e pagar os custos da poluição mais tarde.


Princípios da Conferência de Estocolmo
Após os debates foi elaborado o documento intitulado "Declaração sobre o
Meio Ambiente Humano".

Entre os princípios desta Declaração está o reconhecimento de que os recursos


naturais necessitam de gestão adequada para não serem esgotados. Afinal,
estes precisam estar presentes e disponíveis para as gerações futuras.

O documento aponta que a capacidade de produção de recursos renováveis do


planeta deve ser mantida e, se possível, melhorada e restaurada.

Entre os princípios da Declaração sobre o Meio Ambiente Humano estão:

 Descarte correto de substâncias tóxicas


 Apoio à luta contra a poluição
 Prevenção à poluição em mares, utilização legítima do mar
 Garantia de ambiente seguro para assegurar a melhoria da qualidade de vida
 Assistência financeira e transferência de tecnologia para os países em
desenvolvimento
 Melhoria das políticas adequadas dos estados-membros da ONU
 Gestão racional dos recursos naturais em benefício de toda a população
 Investimento em educação e pesquisa
 Eliminação completa das armas de destruição em massa, como bombas
nucleares

Importância da Conferência de Estocolmo


Embora nenhum acordo concreto fosse concluído em Estocolmo, a
Conferência abriu caminho para o desenvolvimento sustentável, o Direito
Ambiental e a consciência ecológica.

Também inaugurou a agenda mundial de discussões ambientais, e após a sua


realização, a ONU criou o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente.

De igual maneira foi decidido que o dia 5 de junho, quando se iniciou a


conferência, seria comemorado o Dia do Meio Ambiente.

O próximo passo seria a realização da Cúpula da Terra, que ficou conhecida


como a Eco-92, realizada no Rio de Janeiro, em 1992.

7- Rio Mais 20
O Rio Mais 20, Rio 20, Rio+20 ou Conferência das Nações Unidas sobre o
Desenvolvimento Sustentável (CNUDS) é um evento de sustentabilidade o qual
retoma, após 20 anos, diversos temas que foram explorados durante o evento
Eco-92.

Considerado um dos maiores eventos organizados pela ONU, o Rio+20 ocorreu


entre os dias 13 e 22 de junho de 2012 em diversas partes da cidade do Rio de
Janeiro.

Os principais temas abordados foram: desenvolvimento sustentável, economia


verde, inclusão social e pobreza.

Cúpula dos Povos


Paralelo ao evento Rio+20, a Cúpula dos Povos ocorreu entre os dias 15 e 23 de
junho no Rio de Janeiro com vistas a discutir e propor alternativas para a crise
socioambiental que vem crescendo cada vez mais no mundo.

Resumo do Rio+20
Países Participantes
O evento contou com a participação de mais de 180 países do mundo
integrantes da ONU (Organização das Nações Unidas), bem como da presença
de Chefes de Estado, de Governo e ainda, dos principais organismos
internacionais.

Objetivos
Além de discutir temas em torno das questões ambientais, o evento teve como
objetivos fortalecer e assegurar o desenvolvimento sustentável entre os países
envolvidos. Ademais, o tema da economia verde foi um dos principais objetivos
da conferência.

Resultados
Embora tenha sido construído com a união de diversos países que se
propuseram a cooperar visando uma sociedade mais justa e sustentável para
todos, os resultados coletados após o evento demostraram o contrário. Ou
seja, diversos países que se comprometeram a apresentar soluções e ações de
desenvolvimento acabaram por negligenciar diversas questões. Estudiosos
apontam que a crise internacional foi um dos fatores que impediu a tomada de
decisões.

No entanto, diversos acordos e ações foram estabelecidas entre os países


participantes de forma que os temas abordados geraram sucessos efetivos
(diminuição de gases poluentes, aquecimento global, efeito estufa, ações de
inclusão, etc.) e até hoje seguem sendo desafios que podem ser conquistados
nas próximas décadas.
8- Rio+10
A Rio+10, Rio Mais 10 ou Cúpula Mundial sobre o Desenvolvimento Sustentável,
foi um evento organizado pela Organização das Nações Unidas (ONU) para
discutir sobre as questões ambientais.

A Conferência aconteceu em Joanesburgo, na África do Sul, entre os dias 26 de


agosto a 4 de setembro de 2002.

O evento ficou mais conhecido por Rio+10 porque aconteceu 10 anos após a
Rio-92.

Resumo
Países participantes
A Rio+10 contou com líderes de 189 países, além de centenas de Organizações
Não Governamentais (ONGs) e representantes da sociedade civil.

Objetivos
O objetivo da Rio+10 foi avaliar o progresso dos acordos estabelecidos na Rio-
92, a partir da Agenda 21.

A intenção era discutir o que havia sido realizado até o momento e renovar os
compromisso firmado entre os países. No caso, tratava-se de um encontro para
avaliar os avanços e traçar meios de alcançar os objetivos definidos na Rio-92.

Porém, a Rio+10 destacou-se também por incluir em suas discussões os


aspectos sociais e a qualidade de vida das pessoas.

Os outros temas discutidos foram: erradicação da pobreza, uso da água,


manejo dos recursos naturais e desenvolvimento sustentável.

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