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As bases do desenvolvimento
sustentável
O termo Sustentabilidade provém do latim sustentare e que corresponde a
sustentar, defender, favorecer, apoiar, conservar, cuidar, entre outros conceitos.
Nos dicionários, está definida como a habilidade, no sentido de capacidade, de
sustentar ou suportar uma ou mais condições, exibida por algo ou alguém.
Para entender um pouco mais como o conceito de Sustentabilidade está inserido
em nosso cotidiano profissional, é importante fazer uma retrospectiva histórica.
Vamos voltar um pouco no tempo?
No início da década de 1980, a ONU retomou o debate das questões ambientais e
indicou a primeira-ministra da Noruega, Gro Harlem Brundtland, para que pudesse
chefiar a Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento.
O documento final desses estudos chamou-se Nosso Futuro Comum (Links para um
site externo.), também conhecido como Relatório Brundtland, apresentado em
1987, com a proposta de um desenvolvimento sustentável, a ser definido como:
“aquele que atende às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de
as gerações futuras atenderem às suas necessidades”.
Nesse contexto, podemos ver que o termo Sustentabilidade possui três tipos de
interesses (ou conflitos) e que são resolvidos simultaneamente (HORBACH, 2005):
Novas agendas
Histórico e conceito e desenvolvimento sustentável
Novas agendas
Não há mais dúvida: 97% dos cientistas concordam que as mudanças do clima já
acontecem e são motivadas pelas ações humanas, que têm alterado a composição
de gases (ou da atmosfera). É o mesmo nível de consenso sobre a relação entre
fumo e câncer de pulmão. Agora pensemos: quantas decisões pessoais, profissionais
ou de negócios já tomamos com esse nível tão alto de certeza? É preciso agir com
urgência.
Fábricas, energia elétrica, sistemas de aquecimento e de refrigeração,
eletrodomésticos, carros, caminhões, aviões, aumento da população mundial, mais
produção de alimentos, consumo desenfreado, uso elevado de combustíveis de
origem fóssil (como petróleo), desmatamento.
Uma sequência de fatores, iniciada no fim do século 18, com a Revolução Industrial,
mudou o mundo profundamente. Hoje, chegamos a um cenário
preocupante: quinze dos dezesseis anos mais quentes já registrados no globo
ocorreram após 2001. O ano de 2015 foi o mais quente desde que as temperaturas
começaram a ser registradas, em 1850.
A ciência não tem dúvida de que as mudanças climáticas estão em curso. Para
garantirmos as condições de vida como as de hoje, os cientistas estimam que o
limite máximo tolerável para a elevação da temperatura da superfície da Terra seja
de 2ºC. Acima disso, haverá eventos climáticos extremos tão intensos e frequentes
que trarão rupturas imprevisíveis, mudarão a vida no planeta e tornarão a
sobrevivência da humanidade muito mais difícil.
É nesse momento que precisamos não mais nos entender como seres humanos
isolados, como nações independentes, mas como um sistema único e totalmente
interligado. Daí a importância dos grandes pactos globais, ou seja, acordos
consensuados por todos os países (ou pela maioria deles) para ações conjuntas,
unificadas.
Em dezembro de 2015, foi elaborado o Acordo de Paris, que estabelece que o
mundo fará uma série de esforços para manter essa elevação abaixo de 1,5ºC. A
Terra já aqueceu 1ºC desde 1880. Em fevereiro de 2016, o aumento em relação à
média histórica foi de 1,3ºC, tornando aquele o mês de fevereiro mais quente dos
últimos 130 anos, conforme a Nasa, a agência espacial norte-americana. 195 países
do mundo adotaram o Acordo de Paris para o Clima, no fim da 21ª Conferência das
Partes da Convenção Quadro das Nações Unidas para as Mudanças do Clima,
a COP 21, realizada em Paris.
Foi o maior acordo global assinado em tempos de paz. Agora, pelo menos, há um
norte e um objetivo em comum para o mundo.
O fato é que o Acordo de Paris não é o fim, mas só o começo. A participação dos
países, envolvendo todos os grupos possíveis — cidadãos, empresas, organizações
da sociedade civil e os poderes públicos locais, regionais, nacionais — é crucial. Isso
porque as mudanças climáticas são um fenômeno global, mas seus impactos são
locais, assim como suas soluções.
Os compromissos brasileiros
O Brasil apresentou sua INDC em setembro de 2015 e definiu alguns caminhos para
a redução dos Gases de Efeito Estufa:
Saiba mais
Conheça as ações propostas pelo Brasil
ODS
Histórico e conceito e desenvolvimento sustentável
ODS
Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável ODS (Links para um site
externo.) são uma agenda mundial adotada durante a Cúpula das Nações Unidas
sobre o Desenvolvimento Sustentável, em setembro de 2015, composta por 17
objetivos e 169 metas a serem atingidos até 2030.
Nessa agenda estão previstas ações mundiais nas áreas de erradicação da pobreza,
segurança alimentar, agricultura, saúde, educação, igualdade de gênero, redução das
desigualdades, energia, água e saneamento, padrões sustentáveis de produção e de
consumo, mudança do clima, cidades sustentáveis, proteção e uso sustentável dos
oceanos e dos ecossistemas terrestres, crescimento econômico inclusivo,
infraestrutura, industrialização, dentre outros.
Os temas podem ser divididos em quatro dimensões principais:
Social: que é relacionada às necessidades humanas de saúde e educação e de
melhoria da qualidade de vida e da Justiça;
Ambiental: que trata da preservação e da conservação do meio ambiente, com
ações que vão desde a reversão do desmatamento, proteção das florestas e da
biodiversidade, combate à desertificação, uso sustentável dos oceanos e recursos
marinhos até a adoção de medidas efetivas contra as mudanças climáticas;
Econômica: que aborda o uso do esgotamento dos recursos naturais, a produção de
resíduos, o consumo de energia, dentre outros;
Institucional: diz respeito às capacidades de colocar em prática os ODS.
Os ODS foram construídos em um processo de negociação mundial, que teve início
em 2003, logo após a Rio+20, e contou com a participação do Brasil em suas
discussões e definições.
O país se posicionou de forma firme em favor de contemplar a erradicação da
pobreza como prioridade entre as iniciativas voltadas ao desenvolvimento
sustentável. Os ODS são, assim, resultado de um acúmulo de experiências, debates
e negociações globais.
Vejamos os ODS e acesse os objetivos globais clicando sobre cada um deles:
Em setembro de 2000, 189 nações firmaram o compromisso para combater a
extrema pobreza e outros problemas sociais. Esse pacto acabou levando aos
Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, os ODM, que eram oito alvos a serem
alcançados até 2015, subdivididos em 20 metas e 60 indicadores. De 2000 a 2015
diversos eventos e relatórios acompanharam a situação dos ODM no mundo.
Os ODS são ainda mais abrangentes e detalhados que os ODM, incluindo temas
transversais como pobreza, desigualdade, desenvolvimento econômico, clima,
fortalecimento das instituições e segurança. Essa complexidade, por si só, já
representa um desafio.
Apesar das dificuldades para sua implementação, os ODS têm um grande poder
mobilizador, pois são uma agenda positiva, de oportunidades, e podem favorecer a
maior articulação entre os diferentes setores e forças políticas.
A discussão sobre financiamento, assistência técnica e descentralização de
capacidades no território, o envolvimento de estados e municípios e a articulação
entre governos, sociedade civil e setor privado serão as questões decisivas para
uma implementação bem-sucedida.
O setor privado tem um papel fundamental nessa implementação.
Os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) forneceram – na década de
2000 – uma referência para enfrentar os desafios sociais mais urgentes no mundo,
com foco prioritário em suprir as necessidades humanas básicas. Quinze anos
depois, os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) procuram ir além: eles
mantêm a meta de eliminar a pobreza e buscam impulsionar mudanças sistêmicas
em estratégias voltadas para o desenvolvimento econômico sustentável, a geração
de empregos, a redução da desigualdade e a inovação para uso mais eficiente e
consciente dos recursos naturais.
Novas Agendas
ICLEI; Programa Cidades Sustentáveis. Guia de Ação Local pelo Clima. São Paulo,
2016.
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL. Pretendida contribuição nacionalmente
determinada. Disponível em:
https://www.mma.gov.br/images/arquivo/80108/BRASIL%20iNDC%20portugues
%20FINAL.pdf (Links para um site externo.). Acesso em 5 jun. 2019.
ODS
Comunicação e sustentabilidade
O desenvolvimento sustentável e suas dimensões
Comunicação e sustentabilidade
Durante a última década, a prática de divulgação da sustentabilidade corporativa
aumentou intensivamente na medida em que as partes estão mais exigentes por
informações. Dentre as 250 maiores empresas do mundo, 93% produzem e
divulgam periodicamente seus relatórios de sustentabilidade, segundo a consultoria
KPMG.
Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, anunciados pela ONU em 2015 e
que devem ser cumpridos até 2030, tornam esse nível de relatório uma expectativa
clara. A meta 6 do ODS 12, por exemplo, exige que governos de todos os lugares
‘incentivem as empresas, especialmente as de grande porte e transnacionais, a
adotarem práticas sustentáveis e a integrarem informações de sustentabilidade no
seu ciclo de relatório’.
Essa meta, por si só, já reforça a importância de as empresas investirem na
qualificação das ações de comunicação e de relacionamento com seus públicos.
Mas, para além dos relatórios formais de sustentabilidade, as empresas precisam
estar atentas à comunicação diária, permanente, rotineira com seus diferentes
públicos.
No que diz respeito à comunicação interna dos processos que visam à
sustentabilidade, é fundamental estimular a participação dos funcionários dos mais
diferentes setores e níveis hierárquicos. A governança participativa é um dos pilares
da sustentabilidade. E, nesse processo, informar e mobilizar as equipes é
determinante para o sucesso das iniciativas.
No que diz respeito à comunicação externa dirigida aos meios de comunicação - a
chamada assessoria de imprensa - vale ressaltar que, nos últimos 15 anos, houve
uma abertura significativa para a cobertura de novas pautas e consulta a novas
fontes. Os meios de comunicação passaram a enxergar empresas e até ONGs como
parceiros na construção de reportagens calcadas em dados, informações e boas
práticas.
Além do mais, há uma corrente que é vanguarda em diversos jornais do mundo e
que vem crescendo no Brasil, chamada de “Jornalismo de Soluções”. Essa corrente
trata, em linhas gerais, de não apenas noticiar o que já está consolidado, mas
apontar processos, alertar para fatos em cursos e que podem ser redirecionados a
partir da participação social e da atuação da imprensa.
Nesse contexto, o setor privado pode ajudar a construir as saídas para os mais
variados problemas sociais, e se consolidar como um canal de referência importante
para a imprensa.
Mas, um alerta importante quando o assunto é divulgação de ações sustentáveis,
principalmente as relacionadas às questões ambientais. Muitas empresas tiveram
sua imagem prejudicada e sofreram perdas significativas em seus negócios por
adotarem - em maior ou menor grau - o chamado “greenwashing”, que pode ser
traduzido como “maquiagem verde”.
Segundo a Proteste - maior associação de consumidores da América Latina - o
“greenwashing” é uma maneira das empresas se aproveitarem da preocupação
ambiental do consumidor, para aumentar as vendas de um produto ou serviço
usando algum diferencial referente ao meio ambiente.
Entretanto, veja como é importante um engajamento da sociedade nas relações
com as empresas. Em 2016, a Proteste (Links para um site externo.) realizou uma
pesquisa para identificar irregularidades na rotulagem ambiental de produtos
disponíveis em algumas das principais redes de varejo do Brasil. Um levantamento
feito em dois supermercados do Rio de Janeiro flagrou 12 produtos com
informações falsamente verdes nos rótulos.
Entre as irregularidades constatadas pela pesquisa, estão o uso indevido de selos
próprios, sem o respaldo de certificadoras credenciadas; o emprego de adjetivos,
como "ecológico", sem informações adicionais que justifiquem isso; e destaques
para características do produto como se fossem exclusivas, mas que são comuns a
todos os concorrentes. O que se vê é um crescimento do número de rótulos com
mensagens ambientais, que foi de quase 500% em apenas quatro anos, sem,
necessariamente, isso se refletir, de fato, em uma prática.
Em 2017, a Proteste conquistou no CONAR (Links para um site externo.) (Conselho
Nacional de Autorregulamentação Publicitária), três vitórias de greenwashing contra
as empresas: FIAT, General Motors do Brasil e FORD. Nos três casos o Conar
determinou a suspensão ou alteração dos anúncios realizados pelas montadoras
alegando que, em todos eles, o apelo às tecnologias sustentáveis, baixa emissão de
poluentes, pouco impacto ao meio ambiente e outros termos superestimavam os
produtos oferecidos ao consumidor em termos ambientais.
A Proteste continua lutando contra as empresas que, deliberadamente, optam pela
falta de clareza ou transparência nas ofertas, levando o consumidor ao erro. A
eficiência ambiental dos produtos e serviços é hoje um importante diferencial
valorizado pelos consumidores. "Disfarçar" produtos convencionais atribuindo-lhes
vantagens e diferenciais que não possuem é inadmissível e vem sendo fortemente
combatido pela própria Proteste e por outras organizações aliadas dos
consumidores. Vale lembrar que os cidadãos estão cada vez mais informados e
mobilizados para detectar práticas danosas como essa e ao mesmo tempo valorizar
as empresas que se posicionam de forma ética coerente e responsável, tornando
a criação de valores para o desenvolvimento sustentável (Links para um site
externo.) uma premissa nas empresas, como condição necessária para
sustentabilidade do negócio.
É papel de todos nós nos atentarmos a práticas empresariais que não condizem com
o que anunciam. Estar atento e denunciá-las deve estar presente em nossas ações
como consumidores.
Sustentabilidade e cidades
O desenvolvimento sustentável e suas dimensões
Sustentabilidade e cidades
Mais da metade da humanidade vive hoje nas cidades - percentual que deverá
chegar a 60% em 2030, de acordo com as estimativas. Na América Latina, o Brasil é
o país mais urbanizado, resultado de um intenso processo de estruturação das
cidades iniciado na década de 1950, que provocou a concentração de 85% de sua
população nas áreas urbanas.
As estimativas dão conta de que esse percentual possa chegar a mais de 90% até
2050.
O crescimento da população que vive nas cidades acarreta novos e
complexos desafios para os gestores públicos locais, pressionando a infraestrutura
e o consumo dos recursos naturais.
A partir da Constituição de 1988, as prefeituras brasileiras passaram a
ser protagonistas nos processos de decisão, ao mesmo tempo em que tiveram de
enfrentar problemas relacionados à desigualdade social, à poluição, às dificuldades
de mobilidade, ao excesso de resíduos, à falta de saneamento básico, habitações
precárias, violência e mudanças climáticas
Tais problemas demandaram a criação de um novo modelo de gestão pública, que
incluísse planos estratégicos eficientes e equipes bem preparadas para desenvolvê-
lo.
Para a elaboração de um planejamento urbano moderno, é necessária uma
abordagem sistêmica pautada na sustentabilidade, que seja capaz de captar as
interações existentes entre os diferentes campos que interagem no município:
econômico, cultural, social, ecológico, tecnológico, tributário, demográfico etc.
O planejamento estratégico baseado em uma abordagem sistêmica e participativa
deve considerar, assim, a execução dos projetos sob uma visão de curto, médio e
longo prazos, a fim de assegurar a continuidade dos programas, especialmente das
obras de infraestrutura, normalmente mais demoradas.
Também deve estabelecer metas que possam ser monitoradas publicamente ao
longo do tempo.
Há diversas iniciativas governamentais e não-governamentais que estimulam e
orientam as cidades no caminho do desenvolvimento sustentável.
Uma dessas iniciativas é o Programa Cidades Sustentáveis, (Links para um site
externo.) que nasceu por iniciativa da sociedade civil organizada, com o objetivo de
contribuir para a sustentabilidade das cidades brasileiras, buscando melhorar a
qualidade de vida e o bem-estar da população em geral.
O Programa Cidades Sustentáveis oferece aos gestores públicos uma agenda
completa de sustentabilidade urbana, um conjunto de indicadores associados a
esta agenda (Links para um site externo.) e um banco de práticas com casos
exemplares nacionais e internacionais como referências a serem perseguidas pelos
municípios.
O objetivo é sensibilizar e mobilizar as cidades brasileiras para que se desenvolvam
de forma econômica, social e ambientalmente sustentável.
Para isso, o Programa Cidades Sustentáveis oferece:
I – Ferramentas
Plataforma Cidades Sustentáveis, uma agenda para a sustentabilidade das
cidades que aborda as diferentes áreas da gestão publica, em 12 eixos
temáticos, e incorpora de maneira integrada as dimensões social, ambiental,
econômica, política e cultural;
260 indicadores básicos associados aos eixos da plataforma e aos Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável (ODS);
Boas práticas para a melhora integrada dos indicadores das cidades.
II – Compromissos
Prefeitos(as) de todo o País e partidos políticos podem confirmar seu engajamento
com o desenvolvimento sustentável assinando a Carta-Compromisso. Os signatários
deverão estar dispostos a prestar contas das ações desenvolvidas e dos avanços
alcançados por meio de relatórios, revelando a evolução dos indicadores.
Itaipu:
Em maio de 2018, ao assinar a carta-compromisso do Programa Cidades
Sustentáveis, Iguatu se tornou o 54º município do oeste do Paraná a aderir à
plataforma. Agora, todas as prefeituras daquela região estão comprometidas com a
agenda do PCS.
Para se chegar a esse importante resultado, houve um trabalho de sensibilização das
gestões municipais, que incluiu a realização de oficinas e reuniões. Três
organizações foram fundamentais para o êxito do processo: o Conselho de
Desenvolvimento dos Municípios Lindeiros ao Lago de Itaipu, a Diretoria de
Coordenação da Itaipu Binacional e a Associação dos Municípios do Oeste do
Paraná (Amop).
A conquista é resultado do trabalho que tem sido realizado na região desde 2012,
quando foi lançada a plataforma. Na ocasião, a Itaipu Binacional firmou uma
cooperação com o programa, com o objetivo de potencializar as ações que estavam
sendo desenvolvidas na região em prol do desenvolvimento sustentável.
Em 2016, os municípios de Ubiratã, Toledo e Quatro Pontes foram agraciados com
o Prêmio Cidades Sustentáveis. Além disso, o Conselho de Desenvolvimento dos
Municípios Lindeiros ao Lago de Itaipu destaca atividades desenvolvidas na região
nas áreas de resíduos, compostagem, energias renováveis e preservação das
nascentes de água.
Os municípios também começam a se preparar para o Concurso Regional de Boas
Práticas e para a 3ª edição do Prêmio Cidades Sustentáveis, a ser realizada em
2019. Trabalhando em rede e de forma integrada, a região está se consolidando
como uma referência para o Brasil em termos de desenvolvimento sustentável.
Natura:
Em 2008, uma parceria entre a Natura e a Rede Nossa São Paulo aproximou as
consultoras de beleza da empresa com os principais problemas da cidade. Uma
pesquisa inédita feita pelo Ibope ouviu mais de 6 mil consultoras da Natura nas 31
subprefeituras da capital com o objetivo de mapear as percepções e apontar as
necessidades das paulistanas em cada uma das regiões administrativas da cidade.
De acordo com o levantamento, os serviços públicos menos presentes e que mais
faziam falta nos bairros da capital eram água encanada (28%), hospital público (25%)
acessibilidade para portadores de deficiência (21%), áreas verdes (20%) e coleta de
lixo (19%).
Os realizadores da pesquisa consideraram as informações instrumentos preciosos
para nortear decisões de investimentos públicos e privados. Além disso, o material
foi amplamente utilizado para possíveis empreendedores.
Participação social
O desenvolvimento sustentável e suas dimensões
Participação social
Empresas cujos valores são percebidos como positivos pela sociedade tendem a ter
uma vida longa. Do contrário, tornam-se frágeis, sem competitividade e ficam
suscetíveis a riscos de imagem e reputação. Os princípios éticos devem compor a
base da cultura de uma empresa, orientando sua conduta e fundamentando sua
missão social.
No atual contexto das relações sociais, as atividades empresariais, paralelamente à
gestão e serviço público, têm mostrado cada vez mais o seu potencial de influenciar
o desenvolvimento da sociedade – seja pelo impacto causado no processo
produtivo, seja por sua capacidade de gerar riqueza. E a própria sociedade tem sido
cada vez mais envolvida (Links para um site externo.) nesse processo.
Uma ampla visão sobre o que é a responsabilidade social empresarial (RSE) vai
permitir a avaliação do papel das empresas na promoção de mudanças favoráveis às
gerações futuras e à construção de um mundo melhor e mais justo. A RSE deve
estar diretamente ligada aos valores da companhia e o direcionamento a ela deve
estar claro para os empregados, fornecedores e consumidores/clientes, bem como
para a própria comunidade e para o governo.
Adotar uma gestão socialmente responsável implica, necessariamente, atuar
buscando trazer benefícios para a sociedade, propiciar a realização profissional dos
empregados e promover benefícios para os parceiros e para o meio ambiente, sem
deixar de lado o retorno para os investidores. Nesse sentido, a troca e o
aprendizado permanentes são tão importantes para a empresa quanto as reflexões
internas.
Uma das organizações que trabalha fortemente para que as empresas desenvolvam
processos de governança participativa é o Instituto Ethos (Links para um site
externo.), pioneiro na criação de indicadores de responsabilidade social das
empresas. Por meio desses diagnósticos, o Ethos tem incentivado as organizações a
se conhecerem e a buscar novos caminhos para evoluir constantemente, e
estimulado a busca por modelos de governança que atendam à demanda por um
modo de produção mais colaborativo. (Links para um site externo.)
Vamos destacar agora alguns dos Indicadores Ethos relacionados à governança:
Adaptar a governança a esse novo olhar significa modificar as estruturas existentes
de forma a oferecer possibilidades e influenciar mecanismos de políticas públicas
que favoreçam o debate sobre novos caminhos para a economia.
O diálogo criado a partir daí pode dar as condições necessárias para a legitimação
de diferentes atores – mais influentes nesse novo modelo de gestão participativa–
bem como para a definição de metas claras e a promoção do comprometimento das
partes para uma mudança efetiva de foco, do momento atual para o futuro.
ODS 17
O desenvolvimento sustentável e suas dimensões
ODS 17
De todos os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), o último deles é o
mais desafiador e o mais estratégico. O ODS 17 (Links para um site externo.) é o
que tem mais metas e aborda diferentes frentes associadas ao desenvolvimento
sustentável. Há metas para finanças, tecnologia, capacitação, comércio, coerência
de políticas e de instituições, parcerias multissetoriais, dados, monitoramento e
prestação de contas.
Trata-se de um objetivo mais voltado para a ação internacional de auxílio a países
em desenvolvimento, ampliando as possibilidades de investimento, transferência
tecnológica, comércio multilateral. Mas também dá conta dos meios de
implementação (assistência técnica, recursos financeiros, descentralização de
conhecimentos e fortalecimento de capacidades institucionais) para o conjunto dos
ODS.
Com ele busca-se ainda aumentar a estabilidade macroeconômica global, a partir da
coordenação de políticas (17.13).
Por fim, argumenta-se a necessidade de ampliar a disponibilidade de informações
desagregadas por renda, gênero, idade, raça, etnia, status migratório, deficiência,
localização geográfica (17.18), para monitorar e planejar ações para a concretização
dos ODS.
O PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) justifica a
importância do ODS 17 fazendo um alerta: os ODS só poderão ser alcançados com
uma robusta parceria global revitalizada. Enquanto a assistência oficial ao
desenvolvimento de países desenvolvidos aumentou 66% entre 2000 e 2014, crises
humanitárias causadas por conflitos ou desastres naturais continuam a demandar
mais recursos e auxílio financeiro.
O mundo hoje é mais interconectado do que antes. Melhorar o acesso à tecnologia
e conhecimento é uma importante maneira de compartilhar ideias e promover a
inovação. Políticas coordenadas para ajudar países em desenvolvimento a
gerenciarem seus débitos, assim como promover investimentos para os menos
desenvolvidos, são vitais para o alcance do desenvolvimento e crescimento
sustentável.
Os ODS buscam aprimorar a cooperação Norte-Sul e Sul-Sul com o apoio a planos
nacionais para o alcance de todos os Objetivos. Promover o comércio internacional
e ajudar países em desenvolvimento a aumentar suas exportações são partes
essenciais para alcançarmos um sistema universal de comércio que seja justo e
aberto para todos.
Vamos destacar agora algumas das metas relacionadas ao ODS 17 que demonstram
a importância da efetiva participação do setor privado no cumprimento da Agenda
2030:
Finanças
17.1 fortalecer a mobilização de recursos internos, inclusive por meio do apoio
internacional aos países em desenvolvimento, para melhorar a capacidade nacional
para arrecadação de impostos e outras receitas
17.3 mobilizar recursos financeiros adicionais para os países em desenvolvimento a
partir de múltiplas fontes
17.5 adotar e implementar regimes de promoção de investimentos para os países
menos desenvolvidos
Tecnologia
17.6 melhorar a cooperação Norte-Sul, Sul-Sul e triangular regional e internacional
e o acesso à ciência, tecnologia e inovação, e aumentar o compartilhamento de
conhecimentos em termos mutuamente acordados, inclusive por meio de uma
melhor coordenação entre os mecanismos existentes, particularmente no nível das
Nações Unidas, e por meio de um mecanismo de facilitação de tecnologia global,
quando acordado
17.7 promover o desenvolvimento, a transferência, a disseminação e a difusão de
tecnologias ambientalmente corretas para os países em desenvolvimento, em
condições favoráveis, inclusive em condições concessionais e preferenciais
Comércio
17.11 aumentar significativamente as exportações dos países em desenvolvimento
até 2020
17.12 concretizar a implementação oportuna de acesso a mercados livres de cotas e
taxas, de forma duradoura, para todos os países menos desenvolvidos, de acordo
com as decisões da OMC
Questões sistêmicas
17.13 aumentar a estabilidade macroeconômica global, inclusive por meio da
coordenação e da coerência de políticas
17.14 aumentar a coerência das políticas para o desenvolvimento sustentável
As parcerias multissetoriais
17.16 reforçar a parceria global para o desenvolvimento sustentável
complementada por parcerias multissetoriais, que mobilizem e compartilhem
conhecimento, experiência, tecnologia e recursos financeiros para apoiar a
realização dos objetivos do desenvolvimento sustentável em todos os países,
particularmente nos países em desenvolvimento
17.17 incentivar e promover parcerias públicas, público-privadas, privadas, e com a
sociedade civil eficazes, a partir da experiência das estratégias de mobilização de
recursos dessas parcerias
Uma pesquisa recente da KPMG apontou que 60% das maiores empresas do
mundo ainda não reconhecem os ODS em seus relatórios. Além disso, 75% das
empresas que falam sobre os ODS discutem apenas os impactos positivos de suas
ações, e não os negativos.
Apenas uma em cada 10 estabeleceram metas de desempenho empresarial
específicas e mensuráveis em torno das metas. Esses dados alarmam, já que o
envolvimento do setor privado na agenda 2030 é primordial para que ela consiga se
concretizar.
Referências - O desenvolvimento
sustentável e suas dimensões
Referências - O desenvolvimento
sustentável e suas dimensões
Comunicação e sustentabilidade
Sustentabilidade e cidades
ODS17
Relacionamento com o
consumidor
A economia e o meio ambiente
Marketing + Sustentabilidade
http://www.marketingsustentavel.com.br/5-5-marketing-sustentabilidade/ (Lin
ks para um site externo.)
Aprenda a usar o marketing sustentável na prática
http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/aprenda-a-usar-o-
marketing-sustentavel-na-
pratica,48b87bdfbaed3410VgnVCM1000003b74010aRCRD (Links para um site
externo.)
Vídeo: A História das Coisas
Sustentabilidade na cadeia de
suprimentos
As cadeias de suprimentos sustentáveis devem ser analisadas pelo seu desempenho
estratégico, econômico, logístico e socioambiental.
Toda a cadeia de suprimentos de uma empresa pode ter um impacto significativo na
promoção de direitos humanos, práticas trabalhistas justas, progresso ambiental e
políticas anticorrupção. No entanto, os participantes do Pacto Global da ONU
classificam as práticas da cadeia de suprimentos como o maior desafio para
melhorar seu desempenho de sustentabilidade.
Ampliar os Dez Princípios do Pacto Global da ONU (Links para um site externo.) na
cadeia de suprimentos pode ser difícil devido à escala e à complexidade de muitas
cadeias de suprimentos.
O topo da organização deveria ver a cadeia de suprimentos como uma extensão de
sua força de trabalho e comunidade, que possibilita a empresa a definir expectativas
para as melhores práticas em toda a sua cadeia de fornecimento.
Para ajudar, o Pacto Global da ONU hospeda um site que é um balcão único para
materiais, iniciativas e práticas de negócios sobre a sustentabilidade da cadeia de
suprimentos, com 5 passos para construir uma Cadeia de Suprimentos Sustentável.
Saiba mais
Veja agora um vídeo sobre Cadeia de Valor, para ajudar na compreensão da
sustentabilidade na cadeia de suprimentos.
Instrumentos de gestão
empresarial
A economia e o meio ambiente
Principais indicadores
GRI - Global Reporting Initiative (Links para um site externo.)(estabelece diretrizes
para a elaboração de relatório de prestação de contas de sustentabilidade, em que
se dialoga com clientes e parceiros). É o mais amplamente aceito e utilizado no
mundo e referência para o Brasil. Os Padrões GRI (Links para um site externo.) são
os primeiros padrões globais para relatórios de sustentabilidade, que representam a
melhor prática global para relatar uma série de impactos econômicos, ambientais e
sociais. Padrões GRI: Universais, Econômicos, Ambientais e Sociais.
Indicadores do Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social (Instituto
Ethos) - Os Indicadores Ethos (Links para um site externo.) são, conforme o site do
Ethos, uma ferramenta de gestão que visa apoiar as empresas na incorporação da
sustentabilidade e da responsabilidade social empresarial (RSE) em suas estratégias
de negócio, de modo que esse venha a ser sustentável e responsável.
Referências - A economia e o
meio ambiente
Referências - A economia e o meio
ambiente
Economia circular
O que é risco?
Gestão de riscos para ser sustentável
O que é risco?
Cada vez mais as organizações têm investido em ações sustentáveis, uma vez que
são pressionadas pela sociedade e pelo mercado para agirem de tal forma. Nesse
sentido, é fundamental conhecer essa temática e sua relação com a governança das
organizações.
Sustentabilidade é a oportunidade de inovar e obter lucros, indo além de ações para
solucionar problemas ou cumprir leis, como era vista no passado.
Nessa nova visão, risco é um tema muito importante no processo de governança e
é fundamental nas questões de sustentabilidade.
Compliance
Gestão de riscos para ser sustentável
Compliance
Caso BP
Em 2010, o Golfo do México sofreu com um grande vazamento de óleo provocado
pela empresa petroleira britânica BP como resultado da explosão da plataforma
Horizonte Profundo (Deepwater Horizon). Em menos de 48 horas após a explosão,
a plataforma afundou.
Na ocasião, mais de 120 trabalhadores estavam a bordo. A tragédia causou a morte
de 11 pessoas. (Links para um site externo.)
A empresa, desde então, tem gastado bilhões de dólares (Links para um site
externo.) com indenizações, gastos legais e ambientais. Agora, a BP teve um novo
gasto de US$ 1,7 bilhões a serem pagos, numa conta que já soma US$ 65 bilhões no
total.
Banco do Baú
Gestão de riscos para ser sustentável
Banco do Baú
Em 2010, o Banco Central (BC) descobriu um rombo bilionário (Links para um site
externo.) no balanço do banco PanAmericano. o BC informou a fraude articulada
pelos executivos do banco, que maquiavam os números para esconder um rombo
no capital que chegava a R$4,3 bilhões.
Assista abaixo ao vídeo sobre o caso.
Governança
Governança da sustentabilidade
Os princípios
Governança da sustentabilidade
Os princípios
Os princípios de governança corporativa cooperam diretamente com as chances de
sobrevivência e com a eficiência administrativa da instituição, uma vez que, ao optar
por estruturar esse sistema, a empresa será bem vista no mercado.
Investir em governança corporativa é importante, pois ela contribui para o
desenvolvimento econômico sustentável e proporciona melhorias na evolução da
empresa.
Os agentes
Governança da sustentabilidade
Os agentes
Ao implementar uma política de Governança Corporativa a organização deve
considerar todos os relacionamentos entre as principais partes interessadas com o
bom resultado da corporação.
Encerramento
Governança da sustentabilidade
Encerramento