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Instalações Prediais
(Elétrica e Hidráulica)
Uma instalação predial de água fria pode ser alimentada de duas formas:
pela rede pública de abastecimento; ou
por um sistema privado, quando a primeira não estiver disponível.
De maneira geral, todo sistema público que fornece água exige a colocação de um medidor
de consumo, chamado “hidrômetro”.
Esse dispositivo é instalado em um compartimento de alvenaria ou concreto, juntamente com
um registro de gaveta, e a canalização ali existente é chamada de “cavalete”.
Entrada e Fornecimento de Água Fria
Registro
Muro
Hidrômetro
Abrigo do cavalete
Caixa para
registro de
calçada
Rua
Cavalete
Rede pública
de água
Ramal predial
Esse sistema tem baixo custo de instalação, porém se houver qualquer problema que
ocasione a interrupção no fornecimento de água no sistema público, certamente faltará
água na edificação.
Sistema de Distribuição Indireto
Esse sistema é adotado quando a pressão na rede pública é suficiente para alimentar o
reservatório superior. O reservatório interno da edificação ou do conjunto de edificações
alimenta os diversos pontos de consumo por gravidade; portanto ele deve estar sempre a
uma altura superior a qualquer ponto de consumo.
Esse sistema normalmente é utilizado quando a pressão da rede pública não é suficiente
para alimentar diretamente o reservatório superior.
Além do custo adicional, exige manutenção periódica, e caso falte energia elétrica na
edificação, ele fica inoperante, necessitando de gerador alternativo para funcionar.
Reservatórios
As edificações brasileiras normalmente utilizam um reservatório superior, o que faz com que
as instalações hidráulicas funcionem sob baixa pressão.
Como limite prático, a altura do reservatório com relação à via pública não deve ser superior
a 9 m. Quando o reservatório não pode ser alimentado diretamente pela rede pública, deve-
se utilizar um sistema de recalque, que é constituído, no mínimo, de dois reservatórios
(inferior e superior).
O inferior será alimentado pela rede de distribuição e alimentará o reservatório superior por
meio de um sistema de recalque (conjunto motor e bomba). O superior alimentará os pontos
de consumo por gravidade.
Reservação de Água Fria
De acordo com NBR 5626, a capacidade dos reservatórios deve ser estabelecida levando-se
em consideração o padrão de consumo de água no edifício e, onde for possível obter
informações, a frequência e duração de interrupções do abastecimento.
O volume de água reservado para uso doméstico deve ser, no mínimo, o necessário
para 24 horas de consumo normal no edifício, sem considerar o volume de água para
combate a incêndio.
Reservação de Água Fria
𝐶𝑑 = 𝑃 ∙ 𝑞
Em que:
Cd → consumo diário, medido em litros por dia (L/dia)
P → população que ocupará a edificação (pessoas)
q → consumo “per capita”, medido em litros por dia por
pessoa (L/dias.pessoas)
Reservação de Água Fria
𝐶𝑅 = 2 ∙ 𝐶𝑑
Em que:
CR → capacidade total de reservação, medida em litros (L)
Cd → população que ocupará a edificação (pessoas)
Lembre-se que o “2” se refere ao tempo, logo sua unidade será
dias (dias)
Capacidade dos Reservatórios
Agora precisamos consultar a “Tabela 1.3 – Consumo predial diário” para obtermos o consumo
per capita (q):
Prédio Consumo (litros/dia)
Alojamento provisório 80 per capita
Ambulatórios 25 per capita
Apartamentos 200 per capita
* 1.000 L = 1 m³
Reservatório – Altura
Reservatório Reservatório
(errado) (correto)
D
H H
Chuveiro Chuveiro
Reservatório Reservatório
industrializado moldado in loco
D D
H H
Chuveiro Chuveiro
Colunas de distribuição
Barrilete
Cobertura
C Ramal M Ramal
a) 32,96 m³.
b) 31,20 m³.
c) 82,40 m³.
d) 62.400 L.
e) 31.200 L.
Resposta
a) 32,96 m³.
b) 31,20 m³.
c) 82,40 m³.
d) 62.400 L.
e) 31.200 L.
Resposta
População (P) → Tabela 1.2 – Taxa de ocupação de acordo com a natureza do local
Lojas (pavimento térreo): PL = 360 m² : 2,5 pessoas/m² = 144 pessoas
Escritórios: PE = 2.880 m2 : 6 pessoas/m² = 480 pessoas
De acordo com a norma, por razões de economia, é usual estabelecer como provável uma
demanda simultânea de água menor que a máxima possível.
Esses pesos, por sua vez, têm relação direta com os diâmetros mínimos necessários para o
funcionamento das peças (tabelado).
Dimensionamento – Método dos Pesos Relativos
Portanto, as primeiras informações que o projetista precisa saber para o dimensionamento das
tubulações de água fria são:
O número de peças de utilização que esta tubulação irá atender;
A quantidade de água (vazão) que cada peça necessita para funcionar perfeitamente.
Tendo em vista a conveniência sob o aspecto econômico, toda a instalação de água fria
deve ser dimensionada trecho a trecho.
Dimensionamento – Método dos Pesos Relativos
Tabela 1.4 Pesos relativos nos pontos de utilização, identificados em função do aparelho
sanitário e da peça de utilização (NBR 5626)
Vazão de
Aparelho sanitário Peça de utilização Peso relativo
projeto (litros)
Caixa de descarga 0,15 0,3
Bacia sanitária
Válvula de descarga 1,70 32
Banheira Misturador (água fria) 0,30 1,0
Bebedouro Registro de pressão 0,10 0,1
Bidê Misturador (água fria) 0,10 0,1
Chuveiro ou ducha Misturador (água fria) 0,20 0,4
Chuveiro elétrico Registro de pressão 0,10 0,1
Fonte: CARVALHO JÚNIOR, Roberto Lavadora de pratos ou de
Registro de pressão 0,30 1,0
de. Instalações hidráulicas e o projeto roupas
de arquitetura. Disponível em: Minha Lavatório Torneira ou misturador (água fria) 0,15 0,3
Biblioteca, 11. ed. São Paulo: Editora
Com sifão
Blucher, 2017. Válvula de descarga 0,50 2,8
integrado
Mictório
Caixa de descarga, registro de
cerâmico Sem sifão
pressão ou válvula de descarga 0,15 0,3
Integrado
para mictório
Caixa de descarga ou registro de 0,15 por metro
Mictório tipo calha 0,3
pressão de calha
Torneira ou misturador (água fria) 0,25 0,7
Pia
Torneira elétrica 0,10 0,1
Tanque Torneira 0,25 0,7
Torneira de jardim ou
Torneira 0,20 0,4
lavagem em geral
Dimensionamento – Método dos Pesos Relativos
1,0 10 100
10 1.000 100.000
32 0,9 9 75 9 900 90 90.000
8 800 80.000
0,8 7 8 700 80 70.000
6 600 60.000
0,7 7 70
5 500 50.000
0,3 30 3.000
85
Calcular o diâmetro da coluna que alimenta 12 banheiros onde estão locados os seguintes
aparelhos sanitários: 01 vaso sanitário com caixa acoplada, 01 lavatório, 01 ducha higiênica,
01 chuveiro elétrico.
Resolução
Para encontrar os pesos de cada aparelho sanitário deve-se utilizar a tabela 1.4 na qual estão
listados os pesos relativos a cada aparelho sanitário.
O projetista deve estudar a viabilidade do emprego de cada uma dessas alternativas, para
determinar a melhor solução.
Tipos de Aquecedor
Existem vários tipos de aquecedor, sendo os mais comuns nas instalações prediais os de
aquecimento direto ou indireto, de passagem ou acumulação. A fonte de calor empregada
pode ser eletricidade, gás ou energia solar.
Tipos de Aquecedor
Aquecedores elétricos:
De passagem
Por acumulação
Aquecedores a gás:
De passagem
De acumulação
Aquecimento solar
Dimensionamento das Tubulações
Também é importante destacar que, ao contrário das instalações de água fria, em que o
superdimensionamento das tubulações não interfere tanto no funcionamento do sistema, no
caso das instalações de água quente, o superdimensionamento causa problemas, pois as
canalizações poderão funcionar como “reservatórios”, ocasionando uma demora na
chegada da água quente até os pontos de consumo (torneiras, chuveiros etc.) e,
assim, seu resfriamento.
Águas Pluviais
As águas pluviais são aquelas que se originam a partir das chuvas. A captação dessas
águas tem por finalidade permitir um melhor escoamento, evitando alagamentos, erosão do
solo e proteger as edificações da umidade excessiva, garantindo conforto às pessoas.
O sistema também pode servir para coleta e armazenamento da água da chuva para ser
mais tarde reaproveitada para lavagem de pisos, carros, irrigação de jardins, ou ainda dentro
de casa na descarga das bacias sanitárias.
Chuva Chuva
Calha
Calha platibanda
beira
Fonte: CARVALHO JÚNIOR,
Roberto de. Instalações hidráulicas e
o projeto de arquitetura. Disponível
em: Minha Biblioteca, 11. ed. São
Paulo: Editora Blucher, 2017.
Condutor
vertical
Deságua
na agua
Condutor horizontal
Calhas e Rufos no Projeto Arquitetônico
Calhas e rufos têm grande importância nas edificações, sendo que o objetivo das calhas é
coletar as águas de chuva que caem sobre o telhado e encaminhá-las aos condutores
verticais (prumadas de descida), enquanto os rufos servem para proteger paredes expostas
(rufo tipo pingadeira) ou evitar infiltrações nas juntas entre telhado e parede (rufo interno).
Em bom estado evitam diversos danos causados pelas águas pluviais, como o
apodrecimento dos beirais das construções e a umidade excessiva nas paredes,
que acelera o desgaste da alvenaria e da pintura.
Calhas e Rufos no Projeto Arquitetônico
As calhas obstruídas podem causar erosão em torno da casa, danos nas paredes
exteriores, infiltração de água na estrutura do telhado e, algumas vezes, recalques
diferenciais na fundação.
A limpeza deve ser feita duas vezes por ano, no mínimo, no final da estação seca e no final
da estação das chuvas. Em áreas onde existem muitas árvores, a limpeza deve ser feita com
maior frequência.
Declividade das Calhas
A declividade das calhas é de extrema importância para que não ocorra o empoçamento de
águas em seu interior.
A declividade das calhas deve ser a mínima possível e no sentido dos condutores (tubos de
queda), a fim de evitar o empoçamento de águas quando cessada a chuva.
A inclinação das calhas de beiral e platibanda deve ser uniforme, com valor mínimo de 0,5%.
Declividade das Calhas
O conteúdo das sentenças abaixo se relaciona ao que foi visto em aula sobre águas pluviais,
leia atentamente:
I. A inclinação das calhas de beiral e platibanda deve ser uniforme, com valor mínimo de 0,5%.
II. As calhas de água furtada têm inclinação de acordo com o projeto de arquitetura.
III. Apesar da vazão máxima de escoamento aumentar consideravelmente quando se aumenta a
declividade da calha, é importante lembrar que o aumento dessa inclinação nem sempre é fisicamente
viável, pois acarreta grandes intervenções nos elementos construtivos de apoio.
IV.Uma solução para o problema é o aumento da capacidade de escoamento dos condutores verticais.
O conteúdo das sentenças abaixo se relaciona ao que foi visto em aula sobre águas pluviais,
leia atentamente:
I. A inclinação das calhas de beiral e platibanda deve ser uniforme, com valor mínimo de 0,5%.
II. As calhas de água furtada têm inclinação de acordo com o projeto de arquitetura.
III. Apesar da vazão máxima de escoamento aumentar consideravelmente quando se aumenta a
declividade da calha, é importante lembrar que o aumento dessa inclinação nem sempre é fisicamente
viável, pois acarreta grandes intervenções nos elementos construtivos de apoio.
IV.Uma solução para o problema é o aumento da capacidade de escoamento dos condutores verticais.
CARVALHO JÚNIOR, Roberto de. Instalações hidráulicas e o projeto de arquitetura. 11. ed.
São Paulo: Editora Blucher, 2017. Disponível em: Minha Biblioteca.
CONTERATO, Eliane et al. Instalações hidráulicas. São Paulo: Grupo A, 2017. Disponível
em: Minha Biblioteca.
CREDER, Hélio. Instalações hidráulicas e sanitárias, 6. ed. São Paulo: Grupo GEN, 2006.
Disponível em: Minha Biblioteca.
MACINTYRE, Archibald J. Manual de instalações hidráulicas e sanitárias. 2. ed. São Paulo:
Grupo GEN, 2020. Disponível em: Minha Biblioteca.
ATÉ A PRÓXIMA!