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HIDRÁULICAS
Eliane Conterato
Lélis Espartel
Vinicius Simionato
Revisão técnica:
Shanna Trichês Lucchesi
Mestre em Engenharia de Produção (UFRGS)
Professora do curso de Engenharia Civil (FSG)
ISBN 978-85-9502-096-2
Introdução
Certamente você já sabe da importância da coleta e destinação adequada
do esgoto gerado em sua residência. Para garantir saúde e qualidade
de vida para sua família, é importante que o esgoto seja coletado em
cada ponto de utilização e siga pela tubulação adequada, passando por
caixas de inspeção e caixas de gordura até o tratamento individual ou
até a coleta pública.
Neste texto, você vai conhecer os principais critérios a serem consi-
derados no projeto de ramais, tubos de queda, subcoletores e coletores
prediais, além do sistema de ventilação da tubulação, para que o sistema
como um todo funcione adequadamente sem gerar desconforto aos
usuários.
Imagine uma residência de padrão médio com contribuição diária de esgoto de 130
litros/habitante x dia. Neste local, há dois quartos, sendo duas pessoas para cada dormi-
tório. Vamos calcular o volume total de produção de esgoto da edificação em um dia.
1° O número de pessoas que contribuem para a produção é de: 2 x 2 = 4 pessoas.
2° Basta multiplicar o número de pessoas pela contribuição diária individual: 130 x 4
pessoas = 520 litros/dia.
3° O volume total de produção de esgoto da edificação em um dia é de 520 litros.
Diâmetro
Número de nominal
unidades de mínimo do
Aparelho Hunter de ramal de
sanitário contribuição descarga
(Continua)
(Continuação)
Diâmetro
Número de nominal
unidades de mínimo do
Aparelho Hunter de ramal de
sanitário contribuição descarga
Máquina de 2 503
lavar louças
Máquina de 3 503
lavar roupas
1
O diâmetro nomimal DN mínimo para o ramal de descarga de bacia sanitária
pode ser reduzido para DN 75, caso justificado pelo cálculo de dimensionamento
efetuado pelo método hidráulico apresentado no anexo B e somente depois da
revisão da NBR 6452:1985 (aparelhos sanitários de material cerâmico), pela qual os
fabricantes devem confeccionar variantes das bacias sanitárias com saída própria
para ponto de esgoto de DN 75, sem necessidade de peça especial de adaptação.
2
Por metro de calha – considerar como ramal de esgoto.
3
Devem ser consideradas as recomendações dos fabricantes.
Número de unidades de
Diâmetro nominal mínimo Hunter de contribuição
do ramal de descarga DN UHC
40 2
50 3
75 5
100 6
40 3
50 6
75 20
100 160
150 620
40 4 2 8
50 10 6 24
75 30 16 70
Quando o desvio for no ângulo igual ou menor do que 45º com a ver-
tical, o tubo de queda deve ser projetado de acordo com a tabela de
dimensionamento de tubo de queda.
Se o desvio for maior do que 45º com a vertical, então o cálculo será
realizado separadamente para cada parte do tubo. A parte acima do
desvio do tubo de queda deve ser dimensionada conforme a tabela de
dimensionamento de tubo de queda. O trecho horizontal será calculado
com o mesmo método de coletor predial (e subcoletor). A parte do
tubo de queda que ficará abaixo do desvio deve ser dimensionada com
base nas UHCs de todos os aparelhos que lançam esgoto neste tubo de
queda, obedecendo a tabela de dimensionamento de tubo de queda, e
não poderá ser menor do que o diâmetro nominal do trecho horizontal.
Até 12 40 Até 17 50
13 a 18 50 18 a 60 75
19 a 36 75 - -
40 1,00
50 1,20
75 1,80
100 2,40
Hunter de contribuição
Número de unidades
30 40 50 60 75 100 150 200 250 300
40 8 15 46
40 10 9 30
50 12 9 23 61
50 20 8 15 46
75 10 13 46 110 317
75 21 10 33 82 247
75 53 8 29 70 207
75 102 8 26 64 189
100 43 11 26 76 299
(Continua)
(Continuação)
Hunter de contribuição
Número de unidades
30 40 50 60 75 100 150 200 250 300
Caixa de gordura
A caixa de gordura pode ser do tipo pequena (CGP), simples (CGS), dupla
(CGD) ou especial (CGE), cabendo ao projetista avaliar a necessidade a ser aten-
dida de acordo com o número de cozinhas, conforme os seguintes parâmetros:
V = 2.N + 20
Onde:
V = volume da caixa de gordura especial;
N = número de pessoas servidas pela cozinha no período de maior demanda.
A caixa de gordura especial necessita obedecer às exigências de diâmetro
nominal mínimo de saída DN 100 mm, altura molhada de 0,60 m, parte sub-
mersa do septo de 0,40 m, e distância mínima entre o septo e a saída de 0,20 m.
Calcule o volume de uma caixa de gordura que coleta despejos de uma cozinha per-
tencente a um restaurante que serve no período de maior fluxo um total de 30 pessoas.
1° – Por se tratar de uma cozinha de um restaurante, o cálculo segue o disposto na
fórmula de caixa de gordura especial (CGE).
2° – O volume será:
V = 2 × 30 + 20
V = 80 litros
Caixa de inspeção
As caixas de inspeção podem ser construídas em modelos prismáticos de base
retangular ou quadrada ou ainda em forma cilíndrica. Quando cilíndricas,
a dimensão mínima do diâmetro é de 0,60 m; já para a forma retangular, o
menor lado interno é de 0,60 m. A profundidade varia conforme cada situação,
porém, não pode passar de 1,0 m.
Caixa de passagem
As caixas de passagem devem:
Caixa sifonada
As características mínimas das caixas sifonadas são:
Leituras recomendadas
CREDER, H. Instalações hidráulicas e sanitárias. 6. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2006.
MACINTYRE, A. J. Instalações hidráulicas prediais e industriais. 4. ed. Rio de Janeiro:
LTC, 2010.