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Critérios De Projeto De Instalação Hidrossanitária Em Edifícios

DESCRIÇÃO
Conceitos e princípios sobre os critérios de projeto de instalação hidrossanitária em edifícios.

PROPÓSITO
Assimilar as normas técnicas, terminologia adequada e os conceitos relativos aos projetos de instalação predial, bem como os trâmites de legalização junto à prefeitura e concessionárias.

OBJETIVOS

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Critérios De Projeto De Instalação Hidrossanitária Em Edifícios

MÓDULO 1

Descrever os principais fatores e critérios relacionados com as instalações hidrossanitárias

MÓDULO 2

Descrever os aspectos relacionados com a rede de distribuição de água fria e quente, destacando os referentes a sistemas hidrossanitários racionais

MÓDULO 3

Descrever os aspectos relacionados com a rede de coleta de águas servidas, destacando os referentes a sistemas hidrossanitários racionais

INTRODUÇÃO
É intuitivo saber sobre as instalações prediais no cotidiano, pois fazem parte de todas as nossas ações: ao beber água, ao ir ao banheiro ou ao preparar a comida, para citar algumas.

Neste tema, veremos que a água não brota das torneiras, nem o esgoto desaparece misteriosamente ao acionar a descarga; ao contrário, existe toda uma estratégia para
que a alimentação de água e a coleta de esgoto estejam presentes no ambiente.

Vamos compreender melhor o caminho que a água faz da rede geral de alimentação até a torneira de sua casa, bem como o que fazem as águas servidas de sua casa até a rede de coleta de esgoto.

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Critérios De Projeto De Instalação Hidrossanitária Em Edifícios

Fonte: AppleZoomZoom/Shutterstock.com

Acompanharemos tudo que é relacionado às redes prediais de distribuição de água e de coleta de esgoto: geometria, componentes, materiais e sua representação gráfica.

Além disso, vamos aprender sobre os novos sistemas hidrossanitários racionais e os novos materiais que estão surgindo no mercado. Bons estudos!

MÓDULO 1

 Descrever os principais fatores e critérios relacionados com as instalações hidrossanitárias

INTRODUÇÃO

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A água cobre dois terços da superfície terrestre. Deste total, cerca de 97% é coberta por oceanos, 2% por calotas polares e geleiras e 1% por outras fontes. Desconsiderando a água salgada dos oceanos, e
levando em conta apenas as fontes de água doce, 68% encontra-se sob a forma de gelo e neve, 21% disponível em águas subterrâneas, e menos de 1% — na verdade 0,29% — está disponível em águas
superficiais. Por isso, devemos ter atenção na preservação da água que pode ser encontrada e considerada própria para o consumo.

Neste módulo, você aprenderá sobre os critérios básicos para o desenvolvimento do projeto de instalações prediais, de modo a utilizar racionalmente a água que chega em sua casa.

Fonte: NPeter/Shutterstock.com

NORMAS RELACIONADAS COM O PROJETO DE INSTALAÇÕES


As principais normas técnicas brasileiras que disciplinam o projeto de instalações no Brasil são as seguintes:

NBR 5626
NBR 7198
NBR 8160
NBR 5688
NBR 10844

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NBR 13714

NBR 5626

Instalações Prediais de Água Fria

NBR 7198

Instalações Prediais de Água Quente

NBR 8160

Sistemas Prediais de Esgoto Sanitário

NBR 5688

Sistemas Prediais de Água Pluvial e Esg. Sanitário

NBR 10844

Instalações Prediais de Águas Pluviais

NBR 13714

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Instalações Hidráulicas Contra Incêndio

O SISTEMA PREDIAL DE ÁGUA FRIA E QUENTE


Em complemento a essas normas de projeto, também é necessário conhecer as normas específicas das concessionárias de serviços públicos, bem como aquelas relacionadas com a segurança contra
incêndio e pânico, que são geralmente criadas pelo Corpo de Bombeiros.

 ATENÇÃO

Não devemos nos esquecer de que o projeto deve ser elaborado e supervisionado por um profissional de nível superior registrado no CREA. A Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) deve ser
emitida pelo profissional responsável e assinada pelo seu contratante.

É esperado também que o projeto seja aprovado pela Concessionária, que tem o dever de garantir a execução das normas, leis, decretos e regulamentos. É necessária também a consulta prévia para obter
informações sobre a oferta da água, vazões disponíveis, regime de variação de pressões e constância no abastecimento.

Para tanto, é preciso a apresentação de escritura, licença da obra, planta de situação com locação do hidrômetro e protocolo.

REQUISITOS DAS INSTALAÇÕES DE ÁGUA


As instalações prediais de água fria, abastecida pelo sistema público de águas é, em grande parte, um subsistema de um sistema maior, composta também pelas instalações prediais de água quente e de
combate a incêndio.

É ESPERADO QUE AS INSTALAÇÕES PREDIAIS DE ÁGUA FRIA OBEDEÇAM AOS SEGUINTES REQUISITOS:

Garantir o fornecimento de forma contínua com pressão e velocidade adequadas.

Preservar rigorosamente a qualidade da água.

Promover economia de água e de energia.

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Possibilitar manutenção fácil e de energia.

Preservar o máximo conforto dos usuários, prevendo peças de utilização adequadamente localizadas, de fácil operação e com vazões satisfatórias.

SISTEMAS DAS INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA


As instalações de água fria podem dispor de três subsistemas:

Subsistema de alimentação: ramal predial; cavalete / hidrômetro; alimentador predial.


Subsistema de reservação: reservatório inferior; estação elevatória; reservatório superior.


Subsistema de distribuição interna: barrilete; coluna; ramal; sub-ramal.

Veja um esquema no qual você pode observar todos os subsistemas prediais e suas partes constituintes:

 Figura 1: Subsistemas prediais e suas partes constituintes

SUBSISTEMA DE ALIMENTAÇÃO DE ÁGUA


O sistema de alimentação de água é formado pelos seguintes componentes:

Ramal predial é a tubulação compreendida entre a rede pública de abastecimento de água e a extremidade a montante do alimentador predial. Trecho compreendido entre a rede pública e o
aparelho medidor (hidrômetro).

Hidrômetro é o aparelho que efetua a medição de consumo de água potável. São geralmente instalados dentro de um abrigo, como o mostrado na figura a seguir:

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Fonte: Autor
 Figura 2: Instalação de hidrômetro

Alimentador predial é o trecho de conduto compreendido entre o hidrômetro e a primeira derivação que pode ser, por exemplo, a entrada de um reservatório.

MEDIÇÃO INDIVIDUALIZADA DE CONSUMO


Na maioria esmagadora dos condomínios e prédios de apartamentos, a medição do consumo de água é realizada na entrada de água principal do edifício. Assim, a empresa que é contratada para fazer a
leitura do hidrômetro faz a análise do consumo e a cobrança é paga de uma única vez pelo condomínio.

Sabemos que isso não é justo, pois quem gasta menos acaba pagando pelo consumo de quem gasta mais. Sendo assim, na construção de condomínios novos, se torna frequente a presença de medidores
individuais de água, previsão já existente, por exemplo, pela Lei 13.312/2016. Desta forma, são necessários novos arranjos de alimentação.

LEI 13.312/2016

Em 2016, o presidente Michel Temer sancionou a lei 13.312 que tornará obrigatório que, a partir de 2021, todos os novos condomínios brasileiros sejam entregues prontos para a medição
individual da água.

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 SAIBA MAIS

Se quisermos a individualização da medição, devemos conceber apenas uma coluna de alimentação que leva água a todos os ambientes da unidade habitacional a partir de sua passagem pelo hidrômetro
individual por meio de tubulações horizontais.

FORMAS DE ALIMENTAÇÃO
O abastecimento das instalações prediais de água fria deve ser proveniente da rede pública de água da concessionária, e pode se organizar de duas formas, a saber:

Sistema direto de distribuição — A alimentação da rede interna de distribuição é feita diretamente pelo alimentador ou pelo ramal predial, como mostra a figura a seguir. Assim, a água sai da rede
de abastecimento, passa pelo hidrômetro, e daí alimenta toda a casa. Requer abastecimento público com continuidade, abundância e pressão suficiente.

Fonte: Autor
 Figura 3: Sistema direto de distribuição

Sistema indireto de distribuição — Após a rede de distribuição e a passagem pelo hidrômetro, adota-se reservatórios para fazer frente à intermitência ou irregularidade no abastecimento de água e
as variações de pressão, como mostra a figura:

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Fonte: Autor
 Figura 4: Sistema indireto de distribuição

 SAIBA MAIS

Existem ainda outros dois sistemas:

Sistema indireto hidropneumático — Após a passagem pelo hidrômetro, utiliza-se um tanque de pressão que contém água e ar para pressurizar a rede de distribuição.

Sistema misto — Sistema em que parte do abastecimento é feita diretamente, e a outra é feita indiretamente com o auxílio de um reservatório.

Agora que vimos como se pode dar a alimentação, vamos falar um pouco mais sobre o alimentador predial. Mas antes precisamos falar sobre o cálculo do consumo de água.

CÁLCULO DO CONSUMO DE ÁGUA


O consumo diário (Cd) é o volume máximo previsto para consumo da edificação durante 24h, de acordo com a fórmula:

Para o cálculo da população do edifício, é necessário o número de pessoas que estarão no ambiente e a taxa de ocupação de acordo com a natureza do local e a tipologia arquitetônica. A Tabela a seguir
pode fornecer uma boa estimativa da taxa de ocupação.

TABELA 1 – ESTIMATIVA DE TAXA DE OCUPAÇÃO

Natureza do local Taxa de ocupação

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Residências e apartamentos Duas pessoas por dormitório

Bancos Uma pessoa por 5,00 m² de área

Escritórios Uma pessoa por 6,00 m² de área

Lojas (pavimento térreo) Uma pessoa por 2,50 m² de área

Lojas (pacimento superior) Uma pessoa por 5,00 m² de área

Shopping centers Uma pessoa por 5,00 m² de área

Museus e bibliotecas Uma pessoa por 5,50 m² de área

Salões de hotéis Uma pessoa por 5,50 m² de área

Restaurantes Uma pessoa por 1,40 m² de área

Teatro, cinemas e auditórios Uma cadeira para cada 0,70 m² de área

Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal

Fonte: CREDER (1991), MACINTYRE (1990)

Para o cálculo do consumo predial diário, temos:

TABELA 2 – ESTIMATIVA DE CONSUMO DE ACORDO COM TIPOLOGIA DA CONSTRUÇÃO

Tipo de prédio Consumo (litros/dia)

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Alojamento provisório 80 per capita

Ambulatórios 25 per capita

Apartamentos 200 per capita

Casas populares ou rurais 150 per capita

Cinemas e teatros 2 por lugar

Creches 50 per capita

Edifícios públicos ou comerciais 50 per capita

Escolas (externatos) 50 per capita

Escolas (internatos) 150 per capita

Escolas (semi-internatos) 100 per capita

Escritórios 50 per capita

Garagens e posto de serviço 50 por automóvel/ 200 por caminhão

Hotéis (com cozinha e com lavanderia) 250 por hóspede

Jardins (rega) 1,5 por m²

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Lavanderias 30 por kg de roupa seca

Mercados 5 por m² de área

Piscinas - lâmina de água 2,5 cm por dia

Quartéis 150 per capita

Residência de padrão médio 200 per capita

Residência de padrão luxo 250 per capita

Restaurantes e similares 25 por refição

Templos 2 por lugar

Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal

Fonte: CREDER (1991), MACINTYRE (1990)

Fonte: Alexander Steam/Shutterstock.com

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Por exemplo, se uma casa residencial de luxo estiver sendo contruída, pelo sistema indireto de distribuição, e considerando que ela possui três dormitórios, o consumo diário pode ser obtido mediante a
seguinte sequência de cálculo:

Vá até a Tabela de taxa de ocupação e consulte a taxa de ocupação correspondente a residências e apartamentos. Você verá que a taxa é de duas pessoas por dormitório.

Como a casa possui três dormitórios, a ocupação é de seis pessoas.

Consulte a Tabela de tipologia de prédio , na tipologia mais próxima do caso do problema. Trata-se de “residência de padrão de luxo”, correspondendo a um consumo de 250 litros per capita.

Para achar o consumo diário, basta multiplicar o número de pessoas pelo consumo diário per capita. Assim sendo, 6 x 250 l/dia perfazem 1500 l/dia.

Mas o que aconteceria se essa casa de luxo também tivesse um jardim? Nada muda! Mas nesse caso, o consumo viria diretamente da Tabela de tipologia de prédio, até porque não é necessário calcular a
ocupação. Assim, se nessa casa tivesse 200 metros quadrados de área ajardinada, o consumo diário seria, além dos 1500 l/dia verificados anteriormente, acrescido do consumo para a rega do jardim.

Fonte: Unique Vision/Shutterstock.com

Segundo a Tabela de tipologia , jardins necessitam de 1,5l/dia por cada metro quadrado. Para o caso atual, isso perfaz 300 litros/dia a mais de consumo, fazendo com que o novo custo diário torne-se
1800l/dia. Enfim, calculado o consumo diário, resta achar a vazão considerada para o dimensionamento do alimentador predial. Para alimentar o reservatório, deve-se considerar que o consumo diário
seja integralmente abastecido com o fornecimento de água pela rede de água da cidade.

A vazão a ser considerada para o dimensionamento do alimentador predial é obtida a partir do consumo diário calculado em litros por segundo:

Mais uma vez, vamos considerar o caso que acabamos de discutir. Se dividirmos o consumo diário de 1800 litros/dia e buscarmos a vazão a ser considerada para o dimensionamento, teremos:

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Cd 1800
Q= 24x60x60
= 24x60x60
= 0,021 l/s


Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

SUBSISTEMA DE RESERVAÇÃO DE ÁGUA


O subsistema de reservação de água tem como função reservar a água recebida da rede de abastecimento, principalmente nos sistemas indiretos de distribuição. É formado pelo reservatório superior, o
reservatório inferior e a estação elevatória.

RESERVATÓRIOS

Os reservatórios podem ser construídos por vários materiais diferentes: PVC, fibra de vidro, polipropileno e até de concreto armado, sendo instalados ou construídos de duas formas:

Reservatórios superiores: Localizado em uma cota acima do pavimento mais elevado de uma construção. Oferece um fornecimento de água que é resistente à intermitência ou à irregularidade
no abastecimento de água e nas variações de pressão. Oferece ainda a pressão estática e dinâmica necessárias para garantir a vazão para os aparelhos hidrossanitários de toda a construção.

Fonte: ongmember/Shutterstock.com
 Figura 5: Reservatórios superiores

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Reservatórios inferiores: Localizado logo após o ramal predial. Trata-se de uma reserva de segurança que possibilita o abastecimento da construção mesmo com a intermitência ou
desabastecimento de água por alguns dias. Geralmente, necessita de uma estação elevatória que seja capaz de transportar a água do reservatório inferior para o reservatório superior.

Fonte: jeffy11390/Shutterstock.com
 Figura 6: Reservatórios inferiores

Para fins de limpeza e manutenção, tanto no reservatório superior como no inferior, deve-se dividir a reservação em dois compartimentos iguais, comunicados por um barrilete. Veja o reservatório e os
tubos que compõem o conjunto.

Fonte: Autor
 Figura 7: Reservatórios e tubos

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ESTAÇÕES ELEVATÓRIAS

A estação elevatória de água possui a função de recalcar a água recebida do ramal predial ou armazenada no reservatório inferior para pontos distantes ou mais elevados.

Fonte: NavinTar/Shutterstock.com
 Figura 8: Detalhe de uma estação elevatória

O elemento central do sistema de elevação de água é a bomba hidráulica. Uma estação elevatória de água é formada sempre por um arranjo de uma ou mais bombas hidráulicas. Enfatiza-se que as
instalações elevatórias devem possuir no mínimo duas bombas de modo a proporcionar a manutenção do conjunto elevatório.

BOMBAS

Bombas são máquinas geratrizes hidráulicas que transformam o trabalho mecânico de um motor em energia hidráulica sob as formas que o líquido é capaz de absorver — energia cinética e energia
potencial de pressão.

Tendo como referência a figura 9, a tubulação localizada a montante da bomba, ou seja, do reservatório inferior até a estação de bombeamento, é chamada de tubulação de sucção. Por outro lado, a
tubulação localizada a jusante da bomba é chamada de tubulação de recalque, e vai da bomba até o reservatório superior.

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Fonte: Autor
 Figura 9: Tubulação de recalque e tubulação de sucção

DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA DE RESERVAÇÃO

Para dimensionar o sistema de reservação de uma construção, deve-se calcular adequadamente a estimativa do consumo diário. A partir desse cálculo, dimensiona-se em seguida os reservatórios superior
e inferior.

A NBR 5626 ESTABELECE QUE O VOLUME DE ÁGUA RESERVADO PARA O USO DOMÉSTICO DEVE SER, NO MÍNIMO, O
NECESSÁRIO PARA ATENDER 24 HORAS DE CONSUMO NORMAL DO EDIFÍCIO. ENTRETANTO, O VOLUME MÍNIMO DO
RESERVATÓRIO DEVE SER DE 500 LITROS. NO CASO DA RESERVAÇÃO SER DIVIDIDA ENTRE UM RESERVATÓRIO
SUPERIOR E INFERIOR, COSTUMA-SE RESERVAR 3/5 (TRÊS QUINTOS) DO CONSUMO NO RESERVATÓRIO INFERIOR E
2/5 (DOIS QUINTOS) DO CONSUMO NO RESERVATÓRIO SUPERIOR.
Considera-se ainda a reserva técnica de incêndio, que deve ser acrescida ao volume dos reservatórios. O volume a ser acrescido é determinado pelos códigos de segurança e pânico estaduais do
Corpo de Bombeiros, mas a reserva é estimada em 15 a 20% do consumo diário; entretanto, é preciso seguir as prescrições da norma nacional ou de normas técnicas vigentes do Corpo de Bombeiros do
Estado.

RESERVA TÉCNICA DE INCÊNDIO


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A Reserva Técnica de Incêndio (RTI) deve ser prevista para permitir o primeiro combate durante determinado tempo. Em seguida, considera-se que o Corpo de Bombeiros mais próximo atuará no
combate, utilizando a rede pública, caminhões-tanque ou fontes naturais.

Voltemos ao nosso exemplo da residência apresentado anteriormente. Se seu consumo diário foi de 1800 l/dia, a reservação será de, no mímimo, 1800 litros. Dessa maneira, o projetista possui a
liberdade de dividir o volume a ser reservado em um reservatório superior de no mínimo 1800 litros ou dividindo-o em um reservatório superior e outro inferior.

No vídeo, a seguir, o professor falará um pouco mais sobre subsistema de reservação de água.

Assista:

REQUISITOS DAS INSTALAÇÕES DE ESGOTO SANITÁRIO


A implantação de um sistema de abastecimento de água gera a necessidade de coleta, afastamento e disposição final das águas servidas. Portanto, os requisitos de um sistema de esgoto devem atender
estes principais objetivos:

Melhoria das condições higiênicas locais.


Coleta e afastamento rápido e seguro do esgoto sanitário.


Disposição sanitariamente adequada do efluente.

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No caso da existência de uma rede de coleta de esgoto, pode ser realizada segundo o sistema unitário, em que águas pluviais e águas residuárias são conduzidas numa mesma canalização; e o sistema
separador absoluto, em que há duas redes públicas inteiramente independentes, uma para águas pluviais e outra somente para as águas residuárias.

Define-se como águas residuárias os despejos (Despejos são refugos líquidos dos edifícios, excluídas as águas pluviais.) líquidos ou efluentes, compreendendo o esgoto doméstico e as águas pluviais.

Águas residuárias domésticas

São os despejos líquidos das habitações, prédios ou estabelecimentos comerciais. Podem ser divididas em águas imundas e águas servidas. Enquanto a primeira contém dejetos — elevada quantidade de
matéria orgânica com grande quantidade de microrganismos — a segunda é resultante das operações de lavagem e limpeza de cozinhas, banheiros e sanitários.


Águas residuárias industriais

São oriundas do trabalho industrial, podem ser tóxicas, inertes ou ainda conter matéria orgânica de acordo com a operação específica da indústria. Já as águas residuárias de infiltração são a parcela das
águas do subsolo que penetra nas canalizações de esgotos.

Nos módulos seguintes, veremos mais detalhes sobre os componentes e os materiais envolvidos nas instalações de água e de esgoto sanitário.

VERIFICANDO O APRENDIZADO

1. O SISTEMA DE INSTALAÇÃO DE ÁGUA FRIA POSSUI OS SUBSISTEMAS DE ALIMENTAÇÃO, RESERVAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO INTERNA.
ASSINALE DENTRE AS OPÇÕES ABAIXO O COMPONENTE QUE FAZ PARTE DO SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO INTERNA:

A) Reservatório superior

B) Cavalete

C) Alimentador predial

D) Ramal de alimentação

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2. UMA CASA RESIDENCIAL DE LUXO COM TRÊS DORMITÓRIOS ESTÁ SENDO CONSTRUÍDA PELO SISTEMA INDIRETO DE DISTRIBUIÇÃO
SOMENTE COM RESERVATÓRIO SUPERIOR. CONSIDERANDO QUE EM CADA DORMITÓRIO PODEM CABER DUAS PESSOAS, A
CAPACIDADE DO RESERVATÓRIO, DE ACORDO COM AS RECOMENDAÇÕES DA NORMA TÉCNICA, É DE:

A) 1000 litros

B) 1500 litros

C) 2000 litros

D) 2500 litros

GABARITO

1. O sistema de instalação de água fria possui os subsistemas de alimentação, reservação e distribuição interna. Assinale dentre as opções abaixo o componente que faz
parte do sistema de distribuição interna:

A alternativa "D " está correta.

Fazem parte do sistema de distribuição interna o barrilete, a coluna de alimentação, o ramal de alimentação e o sub-ramal de alimentação. Logo, a letra D, ramal de alimentação, é o
único que faz parte do sistema de distribuição interna.

2. Uma casa residencial de luxo com três dormitórios está sendo construída pelo sistema indireto de distribuição somente com reservatório superior. Considerando que
em cada dormitório podem caber duas pessoas, a capacidade do reservatório, de acordo com as recomendações da norma técnica, é de:

A alternativa "B " está correta.

Se em cada dormitório cabem duas pessoas, e na residência há três quartos, então devemos considerar seis pessoas para o dimensionamento. Como, para uma casa residencial de
luxo, a prévia do consumo é de 250 l/pessoa/dia, temos 6 X 250 l/pessoa/dia que é igual a 1500 l/pessoa/dia. Como a condição da norma é o dimensionamento para um dia de
consumo, temos que a capacidade do reservatório é de 1500 litros (letra B).

MÓDULO 2

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 Descrever os aspectos relacionados com a rede de distribuição de água fria e quente, destacando os referentes a sistemas hidrossanitários racionais

INTRODUÇÃO
Entende-se um sistema predial de água fria como o conjunto de tubulações, equipamentos, reservatórios e dispositivos existentes destinado ao abastecimento dos pontos de utilização de água da
edificação, em quantidade suficiente e com a manutenção da qualidade da água recebida.

Fonte: bit mechanic/Shutterstock.com

Da mesma forma, um sistema predial de água quente destina-se ao abastecimento dos pontos de utilização de água quente da edificação, com o próprio conjunto de tubulações, equipamentos e
dispositivos.

REDE DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA FRIA

COMPONENTES

Uma rede predial de distribuição de água fria é constituída por barrilete, colunas de distribuição, ramais e sub-ramais, que são destinados a levar a água ao ponto de utilização, conforme figura a seguir:

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Critérios De Projeto De Instalação Hidrossanitária Em Edifícios

Fonte: Autor
 Figura 10: Rede de distribuição de água fria

BARRILETE É A TUBULAÇÃO QUE SE ORIGINA NO RESERVATÓRIO E DA QUAL DERIVAM AS COLUNAS DE


DISTRIBUIÇÃO/ALIMENTAÇÃO. NO CASO DE HAVER DOIS OU MAIS RESERVATÓRIOS, É O TUBO QUE LIGA ENTRE SI
DUAS SEÇÕES OU DOIS RESERVATÓRIOS SUPERIORES, A PARTIR DO QUAL PARTEM RAMIFICAÇÕES PARA AS
COLUNAS DE DISTRIBUIÇÃO/ ALIMENTAÇÃO.
O barrilete pode ser executado no projeto em duas opções:

SISTEMA UNIFICADO
SISTEMA RAMIFICADO

SISTEMA UNIFICADO

O chamado sistema unificado parte de um único barrilete que liga as seções dos reservatórios, a partir do qual partem diretamente todas as ramificações, correspondendo cada um a uma coluna de
alimentação. Colocam-se dois registros na saída do barrilete e cada ramificação para as colunas também possui seu registro de controle próprio, o que viabilizará operações de manutenção no futuro.

SISTEMA RAMIFICADO

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O chamado sistema ramificado é aquele em que, a partir do barrilete, saem ramais, os quais, por sua vez, dão origens a derivações secundárias para as colunas de alimentação. Trata-se de um sistema
muito utilizado por razões de economia no encanamento, dispersando os pontos de controle por registros.

 SAIBA MAIS

A coluna de distribuição ou de alimentação é a tubulação derivada do barrilete e destinada a alimentar os ramais nos diversos pavimentos.

Por sua vez, o ramal é a tubulação derivada da coluna de distribuição e destinada a alimentar os sub-ramais, enquanto o sub-ramal é a tubulação que liga o ramal ao ponto de utilização.

Cada sub-ramal serve a apenas uma peça de utilização ou aparelho sanitário apenas. Dois sub-ramais se unem formando um ramal.

Além disso, podem se destacar os seguintes elementos bastante comuns em instalações de água:

REGISTRO DE GAVETA
Registro de fechamento, componente instalado na tubulação e destinado a interromper o fluxo de água. É o tipo de registro mais usado nas instalações hidráulicas. Como geralmente é pouco acionado, é
fabricado com material de boa qualidade, como o latão ou similar, que não se oxida facilmente. Recomenda-se trabalhar com ele totalmente aberto ou totalmente fechado.

Fonte: wisawa222/Shutterstock.com
 Figura 11: Registro de gaveta

REGISTRO DE PRESSÃO
Componente instalado na tubulação destinado a controlar a vazão da água utilizada. Pode-se trabalhar em qualquer posição de fechamento, sendo mais utilizado em chuveiros, filtros e banheiras, pela
facilidade de manuseio, pelo sistema de vedação e pela facilidade de substituição.

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Critérios De Projeto De Instalação Hidrossanitária Em Edifícios

Fonte: cameracantabile/Shutterstock.com
 Figura 12: Registro de pressão

TORNEIRAS
Dispositivos hidráulicos, construídos de latão, utilizados para controlar o fluxo de água em determinados aparelhos sanitários. Há uma variedade muito grande de modelos e diâmetros, contendo várias
aplicações: para jardim, para pia, para tanque e para lavatório.

Fonte: son Photo/Shutterstock.com


 Figura 13: Torneira

VÁLVULAS
Dispositivos hidráulicos que se inserem numa instalação que servem para manobras operacionais, regulando a pressão e a vazão d’água. Como exemplo, pode-se citar as válvulas de retenção, as válvulas
de segurança e as válvulas de descarga.

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Fonte: Pitipat Wongprasit/Shutterstock.com


 Figura 14: Válvula

MATERIAIS

Os materiais que são utilizados nas tubulações de água fria são apropriados para o trabalho como condutos forçados, seção plena (pressão) ou como condutos livres, com meia seção, com deslocamento
pela gravidade.

Dentre eles, destaca-se o PVC (abreviação de cloreto de polivinila) para utilização em água fria. Devido às suas paredes espelhadas e livres de corrosão, o PVC proporciona maior vazão e menor perda de
carga. Para transporte da água nos subsistemas de distribuição, são necessários os tubos e as conexões.

Fonte: koosen/Shutterstock.com
 Figura 15: Tubo

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Critérios De Projeto De Instalação Hidrossanitária Em Edifícios

 SAIBA MAIS

Os tubos destinados à água fria podem ser roscáveis ou soldáveis. Enquanto o sistema roscável, de cor branca, facilita a desmontagem e o remanejamento das instalações nos casos de redes provisórias, o
sistema soldável, de cor marrom, tem as juntas soldadas a frio por meio de adesivo próprio.

Na tabela, abaixo, você verá os diâmetros comerciais do sistema roscável e soldável de água fria:

TABELA 3 - DIÂMETROS COMERCIAIS DO SISTEMA ROSCÁVEL E SOLDÁVEL DE ÁGUA FRIA

Diâmetro

Diâmetro comercial roscável Diâmetro comercial soldável Diâmetro comercial roscável Diâmetro comercial soldável
(polegadas) (milímetros) (polegadas) (milímetros)

½ 20 2 60

¾ 25 2½ 75

1 32 3 85

1¼ 40 4 110

1½ 50 6 160

Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal

AS CONEXÕES SÃO PRÉ-FABRICADAS NOS MESMOS MATERIAIS UTILIZADOS NA FABRICAÇÃO DOS TUBOS. DEVE-SE
UTILIZAR CONEXÕES COM BUCHA DE LATÃO PARA SUA UTILIZAÇÃO NA TRANSIÇÃO PARA OS METAIS DE QUE SÃO
FEITOS OS REGISTROS, AS TORNEIRAS E AS VÁLVULAS. A MAIORIA DOS FABRICANTES IDENTIFICA ESSAS
CONEXÕES COM A COR AZUL.
De acordo com a sua finalidade no escoamento da água, podem ser classificadas para os seguintes objetivos:

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Fonte: Ali Alawartani/Shutterstock.com


 Figura 16: Joelho 45°.

Fazer mudanças de direção, como, por exemplo, as curvas, os joelhos e os cotovelos.

Fonte: Ali Alawartani/Shutterstock.com


 Figura 17: Junção.

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Fazer derivações, como as cruzetas, as junções e os tês.

Fonte: Deenida/Shutterstock.com
 Figura 18: Luva de redução.

Fazer mudanças de diâmetro, como as reduções concêntricas, as buchas e as luvas de redução.

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Fonte: Sukpaiboonwat/Shutterstock.com
 Figura 19: Niple.

Fazer ligação de tubos, como as luvas, as uniões e os niples.

Fonte: Soraya Plaithong/Shutterstock.com


 Figura 20: Plug.

Fazer o fechamento da extremidade de um tubo: os tampões (caps) e os bujões (plugs).

O CONCEITO DE PERDA DE CARGA


Tanto nos tubos como nas conexões que ligam os tubos, é importante calcular a grandeza chamada perda de carga, que pode ser localizada ou distribuída. Trata-se de um ponto importante no que
tange ao dimensionamento e ao projeto de instalações de água fria ou quente.

PERDA DE CARGA

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A perda de carga se dá, pois, a parede dos condutos causa uma perda de pressão hidrostática distribuída ao longo de seu comprimento, fazendo com que a pressão total vá diminuindo gradativa ou
abruptamente, dependendo por onde o líquido deslocará.

A PERDA DE CARGA DISTRIBUÍDA É A QUE OCORRE DURANTE O DESLOCAMENTO DA ÁGUA PELOS TUBOS E
CONDUTOS.
Ela pode ser calculada pela fórmula universal da perda de carga ou fórmula de Darcy-Weisbach:

Também podem ser utilizadas fórmulas empíricas, dentre as quais destaca-se a fórmula de Fair-Whipple-Hsiao, representada, a seguir, para tubos de PVC ou de cobre de até 100 mm de diâmetro:

JÁ A PERDA DE CARGA LOCALIZADA É AQUELA QUE OCORRE DURANTE A PASSAGEM DA ÁGUA PELAS CONEXÕES. O
LÍQUIDO PERDE ENERGIA AO ENTRAR E SAIR DE ENCANAMENTOS E AO ESCOAR PELAS CONEXÕES. HÁ DUAS
FORMAS DE CALCULÁ-LA.
A primeira é utilizando a fórmula universal da perda de carga, aplicável a qualquer conexão e a qualquer conduto:

A SEGUNDA FORMA TEM O OBJETIVO DE FACILITAR O CÁLCULO DA PERDA DE CARGA LOCALIZADA SIMPLESMENTE
SUBSTITUINDO OS ACESSÓRIOS DA INSTALAÇÃO (QUE PROVOCAM A PERDA LOCALIZADA) POR UM COMPRIMENTO
DE TUDO RETILÍNEO DE MESMO DIÂMETRO.
Assim, o caminho se resume a transformar virtualmente uma perda de carga localizada em distribuída, por meio do uso do comprimento equivalente, sem alterar o valor final da perda de carga total.

A seguir, a tabela de comprimento equivalente, em metros, para tubos lisos de PVC rígido de acordo com a NBR 5626.

TABELA 4 - DIÂMETROS

DN mm 20 25 32 40 50 60 75 85 110

Ref. pol. ½ ¾ 1 1¼ 1½ 2 2½ 3 4

Joelho 90° 1,1 1,2 1,5 2,0 3,2 3,4 3,7 3,9 4,3

Joelho 45º 0,4 0,5 0,7 1,0 1,0 1,3 1,7 1,8 1,9

Curva 90° 0,4 0,5 0,6 0,7 1,2 1,3 1,4 1,5 1,6

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Curva 45° 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1,0

TE 90° passagem direta 0,7 0,8 0,9 1,5 2,2 2,3 2,4 2,5 2,6

TE 90° saída de lado 2,3 2,4 3,1 4,6 7,3 7,6 7,8 8,0 8,3

TE 90° saída bilateral 2,3 2,4 3,1 4,6 7,3 7,6 7,8 8,0 8,3

Entrada normal 0,3 0,4 0,5 0,6 1,0 1,5 1,6 2,0 2,2

Entrada de borda 0,9 1,0 1,3 1,8 2,3 2,8 3,3 3,7 4,0

Saída de canalização 0,8 0,9 1,3 1,4 3,2 3,3 3,5 3,7 3,9

Válvula de pé e crivo 8,1 9,5 13,3 15,5 18,3 23,7 25,0 26,8 28,6

Válvula de retenção tipo leve 2,5 2,7 3,8 4,9 6,8 7,1 8,2 9,3 10,4

Válvula de retenção tipo pesado 3,6 4,1 5,8 7,4 9,1 10,8 12,5 14,2 16,0

Registro globo aberto 11,1 11,4 15,0 22,0 35,8 37,9 38,0 40,0 42,3

Registro gaveta aberto 0,1 0,2 0,3 0,4 0,7 0,8 0,9 0,9 1,0

Registro ângulo aberto 5,9 6,1 8,4 10,5 17,0 18,5 19,0 20,0 22,1

Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal

 Fonte: adaptado NBR 5626

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 EXEMPLO

Se você utilizar um joelho 90° de 32 mm, será como se a perda de carga localizada correspondesse a perda de carga distribuída em um metro e meio de tubo 32 mm.

REDE DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA QUENTE


O fornecimento de água quente representa uma necessidade nas instalações de determinados aparelhos ou uma conveniência para melhorar as condições de higiene e de conforto da benfeitoria.

A temperatura na qual a água deve ser fornecida depende do uso a que se destina. Assim, pode-se dividir as instalações de água quente em instalações industriais, em que a temperatura da água atende a
exigências das operações inerentes aos processos industriais; e em instalações prediais, que atendem às instalações que servem a peças de utilização, aparelhos sanitários ou equipamentos.

MODALIDADES

O aquecimento de água pode ser realizado por um dos seguintes sistemas:

INDIVIDUAL
Quando o sistema alimenta um só aparelho; por exemplo, pode-se dizer do aquecedor no banheiro que aquece a água do chuveiro.

CENTRAL PRIVADO
Quando o sistema alimenta vários aparelhos de uma só unidade; por exemplo, pode-se dizer do aquecedor da residência para produção de água quente, do qual partem os alimentadores para as peças de
utilização.

CENTRAL COLETIVA
Quando o sistema alimenta conjuntos de aparelho de várias unidades; por exemplo, centrais de aquecimento de hospitais, hotéis e escolas.

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COMPONENTES

Uma rede predial de distribuição é constituída por barrilete, colunas de distribuição, ramais e sub-ramais, que são destinados a levar a água ao ponto de utilização conforme a figura:

 Figura 21: Composição de rede predial de distribuição

Veja a definição de mais alguns componentes que fazem parte da rede de distribuição de água quentes:

AQUECEDOR DE PASSAGEM
Dispositivo que aquece a água fria, que passa por uma serpentina e recebe calor direto da chama do queimador, disponibilizando água quente. Também são aquecedores de passagem os chuveiros e as
torneiras elétricas, em que a água é aquecida por uma resistência; entretanto, são dispositivos de baixa eficiência e consomem muita energia elétrica.

Fonte: AlexLMX/Shutterstock.com
 Figura 22: Aquecedor de passagem

AQUECEDOR DE ACUMULAÇÃO
Dispositivo do qual a água fria é levada até um tanque para ser aquecida, seja pela chama do queimador a gás, seja pelo calor gerado pela resistência elétrica. Também existem os aquecedores solares,
cuja fonte de energia para o aquecimento da água é o calor do sol captado por placas coletoras de raios solares.

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Fonte: nikkytok e Benedeck Alpar/Shutterstock.com


 Figura 23: Aquecedor de acumulação e aquecedor de acumulação a luz solar

MISTURADORES
Derivações especiais, destinadas a receber a água fria e a água quente aquecida, de forma a prover ao ponto hidráulico uma água morna na temperatura adequada para sua utilização, como as torneiras e
os chuveiros.

MATERIAIS

Os materiais utilizados para água quente são o policloreto de vinila clorado ( CPVC), o polietileno reticulado (PEX) e o polipropileno copolímero ( PPR).

CPVC

O CPVC é um material com todas as propriedades inerentes ao PVC, somando-se a resistência à condução de líquidos sob pressões a altas temperaturas, o que lhe permite conduzir água quente. A
cor de seus tubos e conexões é bege.

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PEX

O PEX é a opção mais moderna para instalação de água quente. Sua flexibilidade permite a redução do número de conexões, reduzindo não apenas o custo, mas também o tempo de instalação

PPR

O PPR é outra opção que não necessita de soldas a frio entre tubos e conexões. Com a tecnologia de termofusão, os materiais fundem-se molecularmente formando uma tubulação contínua.

TABELA 05 - DIÂMETROS COMERCIAIS DOS SISTEMAS DE MATERIAIS PARA ÁGUA QUENTE

Diâmetro

Diâmetro correspondente roscável Diâmetro comercial CPVC Diâmetro comercial PPR Diâmetro comercial PEX
(polegadas) (milímetros) (milímetros) (milímetros)

½ 15 20 16

¾ 22 25 20

1 28 32 25

1¼ 35 40 32

1½ 42 50

2 54 63

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Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal

SISTEMAS HIDROSSANITÁRIOS RACIONAIS

SHAFT

Basicamente, um shaft é uma abertura vertical na alvenaria por onde passam as instalações essenciais em qualquer construção. Eles devem ser projetados a considerar todos os fatores envolvidos nas
instalações que os utilizarão, e que sua construção e instalação seja feita com a precisão adequada.

Dessa forma, ao mesmo tempo que disfarça as tubulações, facilita o trabalho de manutenção futuramente, podendo ainda ser disfarçada por meio de uma porta dobrável ou um painel de gesso acartonado,
dependendo do material da parede em que está instalado.

Fonte: fotodrobik/Shutterstock.com
 Figura 24: Exemplo de shaft

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 SAIBA MAIS

Geralmente, o shaft é instalado próximo a áreas molhadas por estarem sempre mais próximas às colunas de alimentação e aos tubos de queda. Nestes pontos, é interessante a instalação de tês de visita, de
modo a possibilitar que sejam abertos, bem como resolver problemas de vazamentos e entupimentos nos tubos de descida. Além disso, trata-se de um local adequado para a instalação de tubulação e
válvulas de aparelhos sanitários em banheiros.

Dada a praticidade que o shaft apresenta, ele pode ser utilizado também como elemento auxiliar de manutenção para instalações elétricas e mecânicas.

PAREDES SECAS (DRYWALL)

As paredes secas ( drywall) é um sistema de construção a seco, muito utilizado na criação de novos ambientes com os mais variados fins. É constituída por uma estrutura de perfis de aço galvanizado na
qual são parafusadas, em ambos os lados, chapas de gesso acartonado específicas para uso em paredes secas.

Fonte: Aisyaqilumaranas/Shutterstock.com
 Figura 25: Exemplo de drywall

As placas de gesso acartonado podem se apresentar em três tipos:

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PLACA DE GESSO STANDARD (ST)


A placa de gesso Standard (ST), na cor cinza, indicada para o uso interno em paredes, tetos e áreas secas.

PLACA DE GESSO RESISTENTE À UMIDADE (RU)


A placa de gesso Resistente à umidade (RU), na cor verde, que deve ser utilizada em ambientes úmidos e áreas molhadas, como cozinhas, banheiros, lavanderias ou áreas de serviço.

PLACA DE GESSO RESISTENTE AO FOGO (RF)


A placa de gesso Resistente ao Fogo (RF), na cor rosa, que deve ser utilizada em saídas de emergência e áreas fechadas como escadas e corredores.

A forma de montagem e os componentes utilizados permitem que a parede seja configurada para atender diversos níveis de desempenho de acordo com as necessidades de cada ambiente, podendo ser
instalados tanto em ambientes molhados ou secos.

Além disso, antes de as paredes secas receberem o acabamento (seja ele azulejo, mármore, granito ou pintura), recomenda-se a impermeabilização de sua base até a altura de 20 cm, no mínimo, para
garantir a funcionalidade de placa.

 SAIBA MAIS

A placa de gesso é um material por meio do qual a manutenção se torna mais fácil. No caso específico de uma parede hidráulica de um banheiro ou de uma cozinha, se surgir um vazamento, basta fazer
um recorte na placa, realizar o reparo na tubulação e em seguida encaixar o mesmo recorte, tomando cuidado nas juntas entre o recorte e a parede.

KITS HIDRÁULICO-SANITÁRIOS

Dá-se o nome de kits hidráulico-sanitários industrializados, os conjuntos fabricados com tubos e conexões de materiais condutores de fluidos (no caso da água fria, PVC e PEX, e no caso da água quente,
CPVC, PPR ou cobre), que passam por um processo de montagem e são agregados a componentes como registros e válvulas.

O PRINCÍPIO DESTA TECNOLOGIA É QUE TODAS AS TUBULAÇÕES SEJAM DESEMBUTIDAS DA ALVENARIA, BEM COMO
SE TORNEM INDEPENDENTES DE QUALQUER MÉTODO CONSTRUTIVO EM QUE ELE SEJA APLICADO. DESTE MODO, A
PRODUÇÃO DESTES KITS POSSUI CARACTERÍSTICAS DE MONTAGEM INDUSTRIAL E UMA CENTRAL PRÓPRIA PARA
ISSO. SÃO GERALMENTE ENTREGUES ETIQUETADOS E PRONTOS PARA INSTALAÇÃO NOS CANTEIROS DE OBRAS,
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SENDO MUITO INDICADOS PARA EDIFÍCIOS E CONJUNTOS HABITACIONAIS PADRONIZADOS PARA SEREM
INSTALADOS EM PAREDES SECAS OU SHAFTS.
O projeto de instalações hidrossanitárias com o uso de kits industrializados em quase nada difere de um projeto convencional sem o uso dos kits. Não há mudança nas dimensões dos dutos, respeitando
as demais normas vigentes. Desse modo, permite-se um melhor planejamento do processo executivo, evitando problemas de incompatibilidade entre projetos e propiciando maior facilidade ao executor.

SISTEMA MANIFOLD

O chamado sistema manifold é um conjunto de produtos constituídos de tubos de polietileno reticulado flexível (PEX). Esta característica lhe proporciona várias vantagens, como a facilidade de
instalação e flexibilidade em sua utilização em água fria e quente no mesmo sistema.

O elemento central da instalação é um quadro de distribuição hidráulico dentro de determinado ambiente; geralmente, um para água quente e outro para água fria. Os tubos PEX são introduzidos em um
tubo condutor que o guia do quadro de distribuição (barrilete) até os pontos de consumo.

Fonte: nikkytok/Shutterstock.com
 Figura 26: Exemplo de aplicação a uma instalação de aquecimento

A água corre por um sistema de tubos flexíveis e embutidos na laje ou no forro, sem conexões intermediárias entre o barrilete e os pontos de utilização, facilitando a manutenção e evitando a quebra de
revestimentos e paredes. Quando são necessárias, as conexões utilizadas são de cobre ou de CPVC. Por eliminar emendas, reduz-se também a possibilidade de vazamentos.

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 ATENÇÃO

O sistema manifold é o mais utilizado em construções steel frame. Seu fechamento é feito por placas, podendo ser cimentícias, com drywall ou outros sistemas racionais. Assim, o tempo de instalação
é muito reduzido em relação ao convencional, resistindo aos efeitos do congelamento e descongelamento. Isso tudo torna o serviço muito facilitado, com menor produção de entulho e gerando uma
construção muito mais limpa.

STEEL FRAME

Steel frame é um sistema construtivo industrializado e altamente racionalizado, formado por estruturas de perfis de aço galvanizado.

No vídeo, a seguir, o professor falará um pouco mais sobre sistemas hidrossanitários racionais. Assista:

REPRESENTAÇÃO GRÁFICA

A REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DO PROJETO DE INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA E QUENTE PODE SER FEITA EM PLANTA
DE ELEVAÇÃO E EM PROJEÇÃO VERTICAL. A VANTAGEM É A POSSIBILIDADE DE REPRESENTAÇÃO DAS COTAS EM
ESCALAS, E A DESVANTAGEM É A NECESSIDADE DE DOIS DESENHOS.

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Fonte: Autor
 Figura 27: Simbologia para representação das colunas de alimentação

Para ampliar a representação, também podem ser utilizadas as perspectivas isométricas e as plantas de detalhes. A simbologia para representação das colunas de alimentação é realizada conforme figura,
em que a finalidade da coluna é mostrada, na porção superior, por duas letras e o diâmetro na porção inferior.

AF Coluna de água fria AP Coluna do alimentador predial

AQ Coluna de água quente RP Coluna do ramal predial

EX Coluna de extravasão REC Coluna de recalque

LI Coluna de limpeza SUC Coluna de sucção

Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal

A representação dos tubos e conexões em um projeto de instalações hidráulicas é descrita da seguinte forma:

Tubulação descendente Tubulação ascendente

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Fonte: Autor Fonte: Autor

Válvula de retenção Registro de gaveta

Fonte: Autor Fonte: Autor

Válvula pé de crivo Registro de pressão

Fonte: Autor Fonte: Autor

Joelho 90° Joelho 45°

Fonte: Autor Fonte: Autor

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Curva 90° Curva 45°

Fonte: Autor Fonte: Autor

Tê 90° Junção

Fonte: Autor Fonte: Autor

Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal

VERIFICANDO O APRENDIZADO

1. AS CONEXÕES SÃO PEÇAS INSERIDAS NA REDE DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA PARA AUXILIAR E DIRECIONAR O ESCOAMENTO DA
ÁGUA. DENTRE AS CONEXÕES CITADAS ABAIXO, AQUELA QUE É CONSIDERADA COMO UMA DERIVAÇÃO É:

A) Cruzeta

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B) Joelho

C) Luva

D) Cap

2. A MARCAÇÃO, A SEGUIR, DE UM TUBO EM UM PROJETO DE INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS MOSTRA QUE ELE É UM(A):

A) Coluna de alimentação de água quente

B) Coluna de alimentação de água fria

C) Coluna do ramal predial

D) Coluna do alimentador predial

GABARITO

1. As conexões são peças inseridas na rede de distribuição de água para auxiliar e direcionar o escoamento da água. Dentre as conexões citadas abaixo, aquela que é
considerada como uma derivação é:

A alternativa "A " está correta.

As conexões para derivação são as cruzetas, as junções e os tês. Logo, dentre as opções, acima, a correta é a letra A, Cruzeta.

2. A marcação, a seguir, de um tubo em um projeto de instalações hidráulicas mostra que ele é um(a):

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A alternativa "B " está correta.

A marcação “AF” mostra que esse tubo é uma coluna de alimentação de água fria, logo a resposta é a letra B.

MÓDULO 3

 Descrever os aspectos relacionados com a rede de coleta de águas servidas, destacando os referentes a sistemas hidrossanitários racionais

INTRODUÇÃO
Neste módulo, apresentamos os dois sistemas que possuem suas próprias redes coletoras no Brasil, a rede de coleta de águas servidas e de águas pluviais.

A rede de coleta de águas servidas pode ter dois destinos: a primeira é o coletor predial da concessionária de coleta e tratamento do esgoto. O segundo destino, é o encaminhamento do esgoto a um
tratamento individualizado por meio de uma fossa séptica na residência, podendo ser ainda melhorado com outros tratamentos adicionais, como o sumidouro e as valas de infiltração.

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Fonte: Slave SPB/Shutterstock.com


 Figura 28: Exemplo de fossa séptica.

Assim sendo, se houver uma rede de coleta de esgoto, o coletor predial se ligará diretamente a ela. A montante do coletor predial, a rede predial pode ainda se dividir em esgoto primário e esgoto
secundário.

ENTENDE-SE COMO ESGOTO PRIMÁRIO O TRECHO CONECTADO AO COLETOR PÚBLICO E QUE TEM ACESSO AOS
GASES PROVENIENTES DESSE COLETOR. ESGOTO SECUNDÁRIO, POR SUA VEZ, REPRESENTA OS TRECHOS DE
CANALIZAÇÃO SEPARADOS DA REDE PRIMÁRIA DE ESGOTO POR MEIO DE UM DESCONECTOR, DE MODO QUE OS
GASES NÃO TENHAM ACESSO A ELES.

REDE DE ESGOTO

COMPONENTES

O esgoto primário compreende o coletor predial, os subcoletores, as caixas de inspeção, os tubos de queda, os ramais de descarga e de esgoto, os tubos ventiladores e os desconectores.

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Fonte: Autor
 Figura 29: Esgoto primário

COLETOR PREDIAL
SUBCOLETOR PREDIAL
CAIXA DE GORDURA
CAIXAS DE INSPEÇÃO
TUBOS DE QUEDA
Trecho de canalização horizontal compreendido entre a última inserção de subcoletor, ramal de esgoto, de descarga ou tubo de queda, e a rede pública ou local de lançamento dos esgotos.

Canalização, normalmente horizontal, que recebe efluentes de um ou mais tubos de queda, ou ramal de esgoto.

Caixa destinada a reter, na sua parte superior, as gorduras, graxas e óleos contidos no esgoto, formando camadas que devem ser removidas periodicamente, evitando que estes componentes escoem
livremente pela rede.

Caixa destinada a permitir a inspeção, limpeza, desobstrução, junção, mudanças de declividade e/ou direção das tubulações.

Tubulação vertical que recebe efluentes de subcoletores, ramais de esgoto e ramais de descarga.

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Fonte: Autor
 Figura 30: Esquema dos componentes de uma rede de esgoto

RAMAIS DE DESCARGA
RAMAIS DE ESGOTO
RAMAL VENTILADOR
COLUNA DE VENTILAÇÃO
DESCONECTOR
Tubulação que recebe diretamente os efluentes de aparelhos sanitários.

Tubulação primária que recebe os efluentes dos ramais de descarga diretamente ou a partir de um desconector.

Tubo ventilador que interliga o desconector ou ramal de descarga ou ramal de esgoto de um ou mais aparelhos sanitários a uma coluna de ventilação ou a um tubo ventilador primário.

Tubo ventilador vertical que se prolonga através de um ou mais andares e cuja extremidade superior é aberta à atmosfera ou ligada a tubo ventilador primário ou a barrilete de ventilação.

Dispositivo provido de fecho hídrico, destinado a vedar a passagem de gases no sentido oposto ao deslocamento do esgoto. Separa o esgoto primário do esgoto secundário.

FECHO HÍDRICO

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Fecho hídrico é a camada líquida de nível constante que em um desconector veda a passagem dos gases.

Um dos exemplos mais presentes no cotidiano de desconectores é o sifão, mostrado nas figuras 31 e 32:

Fonte: pikepicture/Shutterstock.com
 Figura 31: Sifão.

Fonte: KrimKate/Shutterstock.com
 Figura 32: Sifão.

MATERIAIS

OS MATERIAIS QUE SÃO UTILIZADOS NAS TUBULAÇÕES DE ESGOTO SANITÁRIO SÃO APROPRIADOS PARA O
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TRABALHO COMO CONDUTOS LIVRES, COM MEIA SEÇÃO, COM DESLOCAMENTO PELA GRAVIDADE. POR ISSO, É
NECESSÁRIO QUE OS COLETORES HORIZONTAIS SEMPRE APRESENTEM DECLIVIDADE.
Assim como para água fria, o material mais utilizado para os tubos e conexões é o PVC, com opções para a junta soldada a frio por meio de adesivo próprio ou por junta elástica por meio de anel de
borracha.

No entanto, são condutos de características diferentes, pois como trabalham apenas como condutos livres, possuem espessura menor que os tubos roscáveis e soldáveis que vimos para a água fria e
quente. As barras de tubo são vendidas nos comprimentos de 3 e 6 m. A tabela abaixo mostra os principais diâmetros comerciais existentes no Brasil.

TABELA 6 - PRINCIPAIS DIÂMETROS COMERCIAIS NO BRASIL

Diâmetro

Nominal Referência Nominal Referência


(mm) (polegadas) (mm) (polegadas)

40 1½ 200 8

50 2 250 10

75 3 300 12

100 4 400 16

150 6

Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal

O diâmetro de 40 mm é privativo para o esgoto secundário e todos os outros são destinados ao esgoto primário. Assim, além das conexões já definidas para a água fria, também deve-se destacar as
seguintes conexões e dispositivos abaixo:

CAIXAS SIFONADAS
RALOS SIFONADOS

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RALOS SECOS
APARELHOS SANITÁRIOS
Caixa provida de desconector, destinada a receber efluentes da instalação secundária de esgoto. A caixa que é desprovida de desconector é chamada de caixa seca.

Recipiente dotado de desconector, com grelha na parte superior, destinado a receber águas de lavagem de pisos ou de chuveiro.

Recipiente sem proteção hídrica, dotado de grelha na parte superior, destinado a receber águas de lavagem de piso ou de chuveiro.

Componentes sanitários destinados ao uso da água ou ao recebimento de dejetos líquidos e sólidos. Incluem-se nesta definição os aparelhos como bacias sanitárias, lavatórios, pias e outros, mas também,
lavadoras de roupa, lavadoras de prato, banheiras de hidromassagem etc.

Fonte: los_jan/Shutterstock.com
 Figura 33: Exemplo de vaso sanitário

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Fonte: Maksym Bondarchuk/Shutterstock.com


 Figura 34: Exemplo de lavatório

Outros dispositivos hidrossanitários racionais são as bacias sanitárias com saída lateral e o piso box. As bacias com saída horizontal direcionam o esgoto para trás, na horizontal, permitindo o seu
escoamento diretamente para o shaft ou para uma tubulação vertical evitando a passagem da tubulação por baixo da laje. A bacia suspensa com saída horizontal permite uma melhor limpeza do banheiro
uma vez que ela não entra em contato com o piso.

Fonte: Sashkin/Shutterstock.com
 Figura 35: Vista de uma bacia com saída horizontal

A utilização do piso box tem a mesma finalidade. Sua instalação é feita sobre a laje e a saída do esgoto da caixa sifonada é horizontal. Não há a passagem de tubulação pelo lado de baixo da laje e não há
a necessidade de impermeabilização do piso. Porém, a área do piso do box ficará um pouco mais elevada e não existe a alternativa de se instalar outro ralo no ambiente.

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TRATAMENTO DE ESGOTO
Para o caso em que não há rede de coleta de esgoto na cidade, uma opção é o tratamento por meio de dispositivos que façam diminuir a demanda bioquímica de oxigênio (DBO) e a necessidade de
estabilização da matéria orgânica. Para tanto, podem ser adotados três dispositivos de tratamento de esgoto: a fossa séptica, o filtro e o sumidouro.

FOSSA SÉPTICA

A FOSSA SÉPTICA É UMA UNIDADE DE TRATAMENTO PRIMÁRIO DE ESGOTO DOMÉSTICO ONDE É REALIZADA A
SEPARAÇÃO ENTRE A MATÉRIA SÓLIDA E A MATÉRIA LÍQUIDA DO ESGOTO. NELA, NÃO OCORRE A DECOMPOSIÇÃO
AERÓBIA, SOMENTE A DECOMPOSIÇÃO ANAERÓBIA, EM QUE O PRINCIPAL AGENTE DE DECOMPOSIÇÃO E
TRANSFORMAÇÃO DA MATÉRIA SÓLIDA SÃO AS BACTÉRIAS ANAERÓBIAS.
Dessa maneira, contribui para a remoção de cerca de 40% de DBO, tornando possível seu lançamento de volta à natureza com menor prejuízo a ela. Por outro lado, deve-se retirar periodicamente a
matéria sólida da fossa, por meio de um caminhão limpa fossa e em seguida para um aterro sanitário.

Quanto ao material, a fossa séptica pode ser pré-moldada de concreto, ou seja, comprada pronta no mercado, e as construídas no local, necessitando de um projeto de engenharia específico para isso.
Geralmente, os projetos de fossa séptica possuem um formato prismático retangular ou circular, sendo desenvolvidos com concreto armado, concreto simples ou tijolos cerâmicos impermeabilizados.

Quanto à forma, as fossas podem ser de câmara única, de câmaras em série e de câmaras sobrepostas. Em comum, a fossa deve ter uma chaminé que possibilite a limpeza. Entretanto, se o comprimento
horizontal ou diâmetro for maior que 2 m, a fossa deve possuir no mínimo duas chaminés.

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Critérios De Projeto De Instalação Hidrossanitária Em Edifícios
Fonte: dcwcreations/Shutterstock.com
 Figura 36: Exemplo de fossa séptica de concreto

FILTROS E SUMIDOUROS

O filtro anaeróbio é construído com os mesmos materiais da fossa séptica – tijolos com juntas livres, anéis de concreto drenante.

 ATENÇÃO

O filtro anaeróbio possui um fundo falso por onde entram os efluentes oriundos da fossa séptica. Os efluentes então passam por uma camada de material drenante, podendo ser areia ou pedra britada,
ascendendo em seguida a uma calha.

Já o sumidouro é construído com um fundo com enchimento de cascalho ou pedra britada. O efluente oriundo da fossa séptica passa por uma camada de material drenante – geralmente pedra britada; no
entanto, ao contrário do filtro, o efluente que passa pela brita infiltra-se diretamente no solo.

 DICA

Sempre que possível, devem ser construídos dois filtros ou sumidouros para uso alternado de forma a possibilitar sua manutenção adequada. Por isso, o filtro anaeróbio e o sumidouro proporcionam um
tratamento ainda maior do esgoto, diminuindo mais a DBO dos efluentes.

No vídeo, a seguir, o professor continuará falando sobre tratamento de esgoto. Assista:

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REDE DE ÁGUA PLUVIAL


A rede de água pluvial tem sua rede de coleta exclusiva para recolhimento e condução de águas pluviais, não devendo ser lançadas em rede de esgoto. Não se admite quaisquer interligações com outras
instalações prediais.

TRATA-SE DE SISTEMAS DESTINADOS A COLETAR AS ÁGUAS PROVENIENTES DAS CHUVAS E INCIDENTES EM


DETERMINADAS ÁREAS DA EDIFICAÇÃO, COMO TELHADOS, COBERTURAS, PÁTIOS, TERRAÇOS E LAJES. EVITA-SE,
ASSIM, A INDESEJÁVEL UMIDADE QUE PREJUDICA O CONFORTO E A SALUBRIDADE DO INTERIOR DAS EDIFICAÇÕES.

COMPONENTES

O ponto de partida do sistema é a superfície coletora. Geralmente é um telhado, uma área ajardinada ou qualquer superfície que seja capaz de receber e escoar a água por meio de um plano inclinado –
uma declividade que é aplicada para propiciar o escoamento.

Principalmente se for esperado um reaproveitamento da água de chuva, é desejável que essa superfície seja um material não tóxico e livre de substâncias que possam diminuir a qualidade da água.

 ATENÇÃO

Caso essa superfície seja o solo: Limpar a cobertura de vegetação, compactar o solo e aumentar a inclinação da superfície, e principalmente evitar contaminação por pessoas, veículos ou animais. Deve-
se evitar ainda qualquer cobertura que possua cimento-amianto, pinturas a base de zinco, como o zarcão, cromo e chumbo.

O sistema de água pluvial pode ser composto dos seguintes elementos descritos na figura:

 Figura 37: Elementos do sistema de água pluvial

CALHAS
Condutores semicirculares ou de seção retangular ou quadrangular, abertos na sua parte superior, utilizadas para captar as águas das chuvas nos telhados. Podem ser desenvolvidas em concreto, com
chapas de ferro galvanizadas ou até mesmo em plástico. Podem ser ainda de beiral ou de platibanda, dependendo do lugar onde elas são previstas no projeto.

RUFO
Chapas metálicas fixadas na parede sobre o telhado evitando, assim, que a água da chuva escorra pela parede da edificação, danificando a pintura e ocasionando goteiras.

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RINCÃO
Também chamada de “água furtada”, são calhas abertas com duas abas que acompanham a inclinação do telhado e servem para captar o escoamento das águas provenientes de dois planos de telhado.

BANDEJA
Peça utilizada para captação das águas provenientes dos rincões em substituição à calha.

CONDUTORES
São tubos por onde escoam as águas das chuvas captadas pelas calhas. Devem ser executados, sempre que possível, em uma prumada e serem aparentes. Podem ser de PVC rígido, chapa de ferro
galvanizado, de fibrocimento e até mesmo de plástico, com grande aceitação. Podem ser horizontais ou verticais.

CAIXA DE AREIA
Caixa destinada a permitir a inspeção, limpeza, desobstrução, junção, mudanças de declividade e/ou direção das tubulações de água pluvial.

CAIXA DE RALO
Dispositivos de coleta destinados a coletar a água pluvial que cai em superfícies horizontais que possuam declividade. Geralmente, são dotadas de uma tampa que permite a entrada da água, mas evita a
entrada de folhas e outros objetos maiores.

Em muitas cidades, já é norma a previsão de reservatórios especiais destinados à acumulação de águas pluviais para posterior utilização dessa água para usos não potáveis, como lavagem de veículos e
jardinagem.

Esses reservatórios podem ser de dois tipos:

O reservatório de acumulação é uma estrutura de armazenamento com a finalidade de receber as águas de chuvas captadas nos telhados.


O reservatório de detenção ou de retardo é uma estrutura de armazenamento com a finalidade de acumular o escoamento adicional causado pela impermeabilização de uma área, deixando escoar, por
meio de um orifício, a vazão que já era prevista.

Esses reservatórios de águas pluviais terão características diferentes dos reservatórios de água fria comum, como:

Devem ser de material inerte — concreto, fibra de vidro, polietileno, aço inoxidável.

Podem estar localizados acima ou abaixo do solo, sendo parte da edificação ou afastados dela.

Deve-se evitar a todo custo a contaminação externa por pássaros, animais, insetos e por veículos e pessoas.
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Deve-se possibilitar a sua limpeza periódica para evitar contaminação que prejudique o reuso da água.

Recomenda-se que a tubulação de saída do reservatório seja superior a 10 cm de sua base.

Deve-se realizar a cloração da água quando a água a ser utilizada é para beber e destinar-se ao uso doméstico.

Podem ser construídos como parte da edificação ou afastadas dela. Devem ficar especialmente afastados das tubulações de esgoto sanitário e da rede de alimentação da construção.

MATERIAIS

Os materiais que são utilizados nas tubulações de água pluvial são os supracitados: PVC, ferro galvanizado e até plástico. Há linhas de produtos destinadas à condução de água pluvial: tanto as calhas
semicirculares ou retangulares até os condutores verticais circulares como os tubos de queda de esgoto.

No caso específico do PVC, pode-se até mesmo utilizar para os condutores verticais os mesmos condutos utilizados para o esgoto primário, pois são dimensionados a trabalhar como condutos livres. Há
ainda opções para a junta soldada a frio por meio de adesivo próprio ou por junta elástica através de anel de borracha.

 ATENÇÃO

Para as calhas, deve-se atentar para a necessidade de utilização de junta elástica ou junta de ponta e bolsa, de modo a manter a estanqueidade da superfície coletora da calha.

No que tange à captação de água pluvial, são de vital importância os ralos, nos quais são empregados PVC rígido ou dispositivos metálicos.

O CONCEITO DE INTENSIDADE PLUVIOMÉTRICA


Define-se intensidade pluviométrica para fins de cálculo do projeto de águas pluviais; deve ser determinado a partir da fixação de valores adequados para a duração da precipitação e o período de
retorno.

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INTENSIDADE PLUVIOMÉTRICA

A intensidade pluviométrica ou intensidade de precipitação é a quantidade de chuva que cai em mm por unidade de tempo (horas). Sua unidade é milímetros por hora, sendo a referência quando se
deseja medir a quantidade de chuva que cai em uma cidade, por exemplo.

A duração da precipitação é dada em minutos e é importante para dimensionar o sistema de águas pluviais. De acordo com a NBR 10844, esse tempo é fixado em 5 minutos. Já o período de retorno ou
período de recorrência é o intervalo estimado entre ocorrências de igual magnitude de uma chuva.

 ATENÇÃO

Deve ser fixado segundo as características da área a ser drenada, obedecendo ao estabelecido na NBR 10844:

T = 1 ano, para áreas pavimentadas, onde empoçamentos possam ser tolerados.

T = 5 anos, para coberturas e/ou terraços.

T = 25 anos, para coberturas e áreas onde empoçamentos ou extravasamentos não possam ser tolerados.

A intensidade pluviométrica pode ser determinada por medições em postos de observação construídos em locais espalhados por todo o Brasil. A seguir está uma adaptação da Tabela de intensidade
pluviométrica de algumas cidades com seus respectivos períodos de retorno.

TABELA 7 - ADAPTAÇÃO DA TABELA DE INTENSIDADE PLUVIOMÉTRICA

Intensidade pluviométrica (mm/h)

Local Período de retorno (anos)

1 5 25

Curitiba/PR 132 204 228

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Florianópolis/SC 114 120 144

Fortaleza/CE 120 156 180 (21)

Goiânia/GO 120 178 192 (17)

Manaus/AM 138 180 198

Natal/RN 113 120 143 (19)

Porto Alegre/RS 118 146 167 (21)

Porto Velho/RO 130 167 184 (10)

Salvador/BA 108 122 145 (24)

Vitória/ES 102 156 210

Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal

Fonte: adaptado NBR 10844

Entretanto, para construção de até 100 m² de área de projeção horizontal, deve-se adotar i = 150 mm/h.

Conhecendo-se a intensidade pluviométrica, a vazão de projeto deve ser calculada pela fórmula:

REPRESENTAÇÃO GRÁFICA
A representação gráfica do projeto de instalações de esgoto, a exemplo das instalações de água, também pode ser feita em planta de elevação e em projeção vertical.
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A simbologia para representação dos dispositivos de coleta e transporte de esgoto em projeto é realizada conforme figura. No caso da representação dos tubos verticais, sua finalidade é mostrada, na
porção superior, por duas letras e seu diâmetro na porção inferior.

Tubulação
Sifão Pia
primária

Fonte: Autor Fonte: Autor Fonte: Autor

Tubulação Caixa Máq. lavar


secundária sifonada louça

Fonte: Autor Fonte: Autor Fonte: Autor

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Bubo Máq. lavar


Ralo
ventilador roupa

Fonte: Autor Fonte: Autor Fonte: Autor

Tubo que Caixa de


Banheira
sobe inspeção

Fonte: Autor Fonte: Autor Fonte: Autor

Tubo que Caixa de


Tanque
desce gordura

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Fonte: Autor Fonte: Autor Fonte: Autor

Tubo de
Fossa Lavatório
queda

Fonte: Autor Fonte: Autor Fonte: Autor

Coluna de Tubo
Bidê
ventilação operculado

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Fonte: Autor Fonte: Autor Fonte: Autor

Tubo de
Tubo de
Bujão águas
gordura
pluviais

Fonte: Autor Fonte: Autor Fonte: Autor

Válvula de
retenção

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Fonte: Autor

Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal

 Figura 38: Simbologia para representação dos dispositivos de coleta e transporte de esgoto em projeto

VERIFICANDO O APRENDIZADO

1. DURANTE O ESTUDO DESTE MÓDULO, VIMOS DIVERSOS COMPONENTES DA REDE DE COLETA DE ÁGUAS SERVIDAS. QUAL O NOME
QUE SE DÁ À CANALIZAÇÃO, NORMALMENTE HORIZONTAL, QUE RECEBE EFLUENTES DE UM OU MAIS TUBOS DE QUEDA, OU RAMAL DE
ESGOTO?

A) Tubo de queda

B) Coletor predial

C) Subcoletor predial

D) Ramal de descarga

2. ESTUDAMOS VÁRIAS REPRESENTAÇÕES GRÁFICAS DE COMPONENTES DE REDE DE ESGOTO. O COMPONENTE QUE CORRESPONDE
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AO SÍMBOLO ABAIXO É A:

A) Caixa sifonada

B) Ralo

C) Caixa de passagem

D) Caixa de gordura

GABARITO

1. Durante o estudo deste módulo, vimos diversos componentes da rede de coleta de águas servidas. Qual o nome que se dá à canalização, normalmente horizontal, que
recebe efluentes de um ou mais tubos de queda, ou ramal de esgoto?

A alternativa "C " está correta.

Tubo de queda é a tubulação vertical que recebe efluentes de subcoletores, ramais de esgoto e ramais de descarga. Já coletor predial é o trecho de canalização horizontal
compreendido entre a última inserção de subcoletor, ramal de esgoto, de descarga ou tubo de queda, e a rede pública ou local de lançamento dos esgotos. Por outro lado, subcoletor
predial à canalização, normalmente horizontal, recebe efluentes de um ou mais tubos de queda, ou ramal de esgoto. Ramal de descarga é a tubulação que recebe diretamente os
efluentes de aparelhos sanitários. Do apresentado acima, o nome que corresponde à descrição do enunciado é a letra C, subcoletor predial.

2. Estudamos várias representações gráficas de componentes de rede de esgoto. O componente que corresponde ao símbolo abaixo é a:

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A alternativa "A " está correta.

O símbolo acima corresponde a uma caixa sifonada.

CONCLUSÃO

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Neste tema, vimos os principais elementos e componentes das instalações hidrossanitárias: instalações de água fria, água quente e de coleta de águas servidas.

Observamos que os sistemas de abastecimento de água fria e quente, bem como de coleta de esgoto e de água pluvial possuem requisitos bem definidos e uma sequência determinada que deve ser
obedecida para que a água chegue realmente ao local de seu emprego, e o esgoto tenha um escoamento adequado para a rede de coleta predial.

Vimos ainda a existência de sistemas hidrossanitários racionais, como as paredes secas, o shaft e a medição individualizada que possibilitam uma economia na construção e na manutenção da obra,
proporcionando menor quantidade de entulho e um ambiente mais limpo.

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AVALIAÇÃO DO TEMA:

REFERÊNCIAS
COELHO, D. F. B.; CRUZ, V. H. N. Edifícios Inteligentes: uma visão das tecnologias adotadas.  In: Biblioteca Virtual. São Paulo: Blucher, 2017.

CREDER, Hélio. Instalações Hidráulicas e Sanitárias. In: Minha Biblioteca. 6 ed. Rio de Janeiro: LTC, 2018.

CARVALHO JUNIOR, Roberto de. Instalações Hidráulicas e o Projeto de Arquitetura. In: Minha Biblioteca. 11 ed. São Paulo: Blucher, 2018.

KUBBA, Sam A. A. Desenho técnico para construção. In: Minha Biblioteca. Porto Alegre: Bookman, 2014.

SANCHES, Pedro Caetano Mancuso; SANTOS, Hilton Felício dos (Org.). Reuso de Água. In: Minha Biblioteca. Barueri, SP: Manole, 2003.

ZILLES, Roberto...[et al.] Sistemas fotovoltaicos conectados à rede elétrica. In: Minha Biblioteca. São Paulo: Oficina de Textos, 2012.

EXPLORE+
Para saber mais sobre os assuntos tratados neste tema, pesquise:

Materiais utilizados nas instalações hidráulicas prediais:

Tigre

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Amanco Wavin

Metais e louças sanitárias:

Deca

Fabrimar

Incepa

Sistemas de instalações racionais:

Knauf

Placo

Tigre

Amanco Wavin

CONTEUDISTA
Giuseppe Miceli Junior

 CURRÍCULO LATTES

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