Você está na página 1de 46

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO


TOCANTINS

CAMPUS PALMAS

BACHARELADO EM ENGENHARIA CIVIL

VÍTOR FALEIRO AMARAL

INSTALAÇÕES E SUAS INTERFACES

DISCIPLINA: SISTEMA CONSTRUTIVOS I

DOCENTE: GILSON MARAFIGA PEDROSO

PALMAS – TO

AGOSTO/2020
VITOR FALEIRO AMARAL

INSTALAÇÕES E SUAS INTERFACES

Atividade avaliativa para obtenção de


nota na disciplina de Sistemas
Construtivos II, lecionada pelo Professor
Dr. Gilson Marafiga Pedroso do Instituto
Federal do Tocantins – Campus
Palmas, com o objetivo de obtenção da
primeira nota na disciplina de Sistemas
Construtivos II.
Orientador: Prof. Dr. Gilson Marafiga
Pedroso
Amaral, Vitor
Instalações e suas interfaces / Vitor Faleiro Amaral – Palmas, 2020
Atividade Avaliativa – Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia do Tocantins – Campus Palmas, 2020.
Discente: Professor Dr. Gilson Marafiga Pedroso
4

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.............................................................................. 05
2 INSTALAÇÕES PREDIAIS DE ÁGUA FRIA................................. 06
3 INSTALAÇÕES PREDIAIS DE ÁGUA QUENTE.......................... 16
4 INSTALAÇÕES PREDIAIS DE ESGOTOS SANITÁRIOS............ 21
5 INSTALAÇÃO HIDRÁULICA ÁGUA PLUVIAL............................. 27
6 SISTEMAS DE COMBATE A INCÊNDIO...................................... 32
7 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS...................................... 36
8 INSTALAÇÕES DE SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA
DESCARGAS ATMOSFÉRICAS.................................................. 40
9 CONCLUSÃO............................................................................... 45
10 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................ 46
5

1. INTRODUÇÃO

A partir do desenvolvimento tecnológico grandemente expandido por


todo globo, as técnicas de execução vão se transformando com o passar do
tempo. Pensando nisso, a integração completa de todos os setores se faz, hoje
em dia, primordial para garantir o melhor resultado na construção civil.

O grande precursor dessa onda de integralização sem dúvidas é a


tecnologia BIM, capaz de entrelaçar todos os tipos de projetos necessários,
adequando-os e transformando a visualização cada vez mais precisa. O grande
destaque se dá para o nível de detalhamento capaz de ser representado,
facilitando cada vez mais os indivíduos responsáveis a executar o trabalho de
forma mais prática e correta.

O objetivo principal deste trabalho é dar uma visão a respeito de todas


as áreas que compõem instalações fora da parte estrutural que são tão
importantes quanto. Além da integração de todos projetos já citados, a maneira
de execução é fundamental para garantir o sucesso. Dessa forma, ter a
segurança de projetos bem executados, que sejam seguidos a risca, é de
benefício comum, seja aos responsáveis por construir ou indivíduos que utilizem
o espaço, garantindo a integridade de todos.
6

2. ÁGUA FRIA

2.1 Motivos para se fazer um projeto

• Economia

Considerado um projeto de menor importância para obra pela maioria dos


construtores, o projeto é tratado como complementar. De fato, isso acontece
porque, com baixo investimento inicial para construção, prefere-se escolher
projetos considerados essenciais como por exemplo, o projeto estrutural e o
projeto elétrico. Além disso, quando é feito o planejamento hidráulico, o serviço
não é demandado a um profissional capacitado. Como principal consequência
disso, há o gasto desnecessário com a obra.

Diversos estudos revelam que, ao elaborar um projeto hidráulico, a


economia proporcionada ao construtor é em média 20% do custo total da obra.
Essa redução do custo acontece devido ao planejamento feito de forma errada,
que gera maiores desperdícios de materiais ou utilização indevida dos mesmos.

• Patologias

É fundamental a contratação de um profissional competente para


execução do projeto, pois a imperícia durante a execução pode causar inúmeras
patologias e desabastecimento de água. Alguns dos problemas encontrados por
não ter o estudo e projeto adequado, além de executar com um bom profissional,
é o mal dimensionamento das tubulações e excesso de pressão, podendo
ocasionar ruídos indesejáveis.

• Conforto e segurança

O projeto hidráulico tem como prioridade satisfazer o usuário, oferecendo


saúde, garantindo uma distribuição da água com higiene, conforto, assegurando
o transporte da água até a residência, e facilidade, permitindo acesso rápido à
água dentro da sua residência.
7

A partir de um investimento e cuidado maior com projetos hidráulicos,


aumenta-se o desempenho e a vida útil de sua residência. O valor investido
inicialmente perto de gastos futuros refazendo os serviços se torna muito mais
vantajoso.

• Praticidade em futuras obras

Com a realização de um projeto bem planejado, obras e reparos futuros


podem ser realizados com muito mais segurança e rapidez, uma vez que já
contém as informações importantes e úteis como por exemplo, a localização
exata das tubulações. Essas informações serão úteis para evitar quebras de
paredes ou rompimento de tubulações, trazendo uma economia bastante
vantajosa.

2.2 Definição
A utilização da instalação de sistemas prediais de água fria constitui-se no
conjunto de tubulações, equipamentos, reservatórios e dispositivos, destinados
ao abastecimento dos aparelhos e pontos de utilização de água da edificação. O
sistema de água fria deve ser separado de outras instalações que conduzam
água potável, como por exemplo as instalações de água para reuso. Os materiais
e componentes da instalação não podem transmitir substâncias tóxicas à água
ou contaminar a água por meio de metais pesados.
A norma que fixa as exigências e recomendações relativas a projeto,
execução e manutenção da instalação predial de água fria é a NBR 5626, ABNT.
De acordo com a norma, as instalações prediais de água fria devem ser
projetadas para atender os seguintes requisitos:
• potabilidade da água;
• fornecimento contínuo;
• economia de água e energia;
• manutenção fácil e econômica;
• excesso de ruídos inadequados;
• conforto aos usuários.
8

2.3 Classificação:

• Direto ou público

São sistemas diretos aqueles em que não há a utilização de reservatório


e a água é abastecida diretamente da rede pública para os pontos de utilização.
A vantagem desse sistema é o seu baixo custo, porém haverá falta de água se
houver qualquer interrupção na rede;

https://www.tgainstalacoes.com.br/wp-content/uploads/2015/04/instalacao-hidraulica-
rede-agua-sistema-direto.png

• Indireto ou particular

No sistema indireto há o uso de reservatórios de água, garantindo o uso


de água mesmo quando há a interrupção de fornecimento pela rede pública.
O dimensionamento das caixas d’água é feito por meio de cálculo do uso diário
de acordo com o tipo de edificação e a quantidade de pessoas que irão utilizar a
água;

https://www.tgainstalacoes.com.br/wp-content/uploads/2015/04/instalacao-hidraulica-
rede-agua-sistema-indireto.png
9

• Misto – público e particular:

O abastecimento nesse caso é realizado tanto pelo sistema direto quanto


pelo indireto. O sistema direto abastece as torneiras externas, tanques e pontos
de utilização no térreo. Já o sistema indireto, abastece os demais pontos de
utilização que não contam com pressão suficiente para serem abastecidos
diretamente e por abastecer dispositivos de higiene, como chuveiros e torneiras
internas.

https://www.tgainstalacoes.com.br/wp-content/uploads/2015/04/instalacao-hidraulica-
rede-agua-sistema-misto.png

2.4 Reservatórios de água fria

Quando o sistema de abastecimento for indireto e houver o uso de


reservatórios para casos em que ocorrer a interrupção do fornecimento de água
na rede pública, deve ser feito o dimensionamento dos reservatórios ou caixas
d’água da edificação.

De acordo com a NBR 5626, a reserva de água fria deve garantir


fornecimento para no mínimo 24 horas conforme a quantidade e o padrão de
consumo de quem for utilizar a água.
10

• Reservatório superior:

É utilizado para garantir pressão na rede. Localizado no local mais da


edificação, a água chega com a devida pressão aos pontos de utilização. A
pressão da água depende da altura do reservatório e não da vazão. Os
reservatórios superiores devem ser localizados próximos aos pontos de
consumo para diminuir o número de conexões e a perda de carga para garantir
maior qualidade e menor custo nas instalações.

Podem ser moldados in loco, quando feitos de concreto ou alvenaria, ou


industrializados, produzidos com polietileno, fibrocimento ou metal.

https://encrypted-
tbn0.gstatic.com/images?q=tbn%3AANd9GcT79vRkPwDRKcehRH88h_NGmCSVcFce_gihhQ&
usqp=CAU

• Reservatório inferior

É utilizado quando a pressão da rede pública é insuficiente para abastecer


o reservatório superior. Geralmente em edificações com alturas superiores a 9
metros. Deve ser previsto um local para a instalação da casa de bombas que
conterá as bombas que serão utilizadas para o sistema elevatório de água.
11

https://d23vy2bv3rsfba.cloudfront.net/questoes_imagens/1_8ad28452467af0b37675b42
e6b1a6111_ae53c564f85e5e1a561d7aaf2a9b4100.png

2.5 Rede de distribuição

A rede de distribuição das instalações de água fria é o conjunto de


tubulações que interligam os reservatórios de água aos pontos de utilização, por
exemplo as torneiras e vasos sanitários.

De acordo com a NBR-5626/98 – Instalação predial de água fria são


definidas as partes constituintes de uma instalação predial de água fria:

• Alimentador predial: tubulação compreendida entre o ramal predial e


a primeira derivação ou válvula de flutuador de reservatório;
• Automático de bóia: dispositivo instalado no interior de um
reservatório para permitir o funcionamento automático da instalação
elevatória entre seus níveis operacionais extremos;

https://www.fazfacil.com.br/wp-content/uploads/2014/11/20141110-boia.jpg
12

• Barrilete: conjunto de tubulações que se origina no reservatório e do


qual se derivam as colunas de distribuição.
o Concentrado: tem a vantagem de abrigar os registros de
operação em uma área restrita, facilitando a segurança e o
controle do sistema, possibilitando a criação de um local
fechado, embora de maiores dimensões.

https://cdn.escolaengenharia.com.br/wp-content/uploads/2017/12/barrilete-concentrado.jpg
o Ramificado: mais econômico, possibilita uma quantidade menor
de tubulações junto ao reservatório, os registros mais
espaçados e colocados antes do início das colunas de
distribuição.

https://cdn.escolaengenharia.com.br/wp-content/uploads/2017/12/barrilete-
ramificado.jpg

• Coluna de distribuição: tubulação derivada do barrilete e destinada


a alimentar ramais;
• Extravasor: tubulação destinada a escoar os eventuais excessos de
água dos reservatórios e das caixas de descarga;
• Instalação elevatória: conjunto de tubulações, equipamentos e
dispositivos destinados a elevar a água para o reservatório de
distribuição;
13

• Ligação de aparelho sanitário: tubulação compreendida entre o


ponto de utilização e o dispositivo de entrada no aparelho sanitário;
• Peça de utilização: dispositivo ligado a um sub-ramal para permitir a
utilização da água;
• Ponto de utilização: extremidade de jusante do sub-ramal;
• Ramal: tubulação derivada da coluna de distribuição e destinada a
alimentar os sub-ramais;
• Reservatório hidropneumático: reservatório para ar e água
destinado a manter sob pressão a rede de distribuição predial;
• Sub-ramal: tubulação que liga o ramal à peça de utilização ou à
ligação do aparelho sanitário;
• Válvula de descarga: válvula de acionamento manual ou automático,
instalada no sub-ramal de alimentação de bacias sanitárias ou de
mictórios, destinada a permitir a utilização da água para suas
limpezas;

https://www.tretando.com.br/wp-
content/uploads/2013/07/Instala%C3%A7%C3%A3o-Hidr%C3%A1ulica-Banheiro-
Residencial-4.jpg
2.6 Dispositivos controladores de fluxo

São dispositivos destinados a controlar, interromper e estabelecer o


fornecimento da água nas tubulações e nos aparelhos sanitários. Normalmente,
são confeccionados em bronze, ferro fundido, latão e PVC, satisfazendo as
especificações das normas vigentes.
14

Os mais importantes dispositivos controladores de fluxo utilizados nas


instalações hidráulicas são:

• Torneiras;
• Misturadores;
• Registros de gaveta (abertura ou fechamento em tubulações);
• Registros de pressão (regulagem de vazão, chuveiros, duchas,
torneiras etc.);
• Válvulas de descarga (bacias sanitárias);
• Válvulas de retenção (água flua somente em um determinado
sentido);
• Válvulas de alívio ou redutoras de pressão (manter constante a
pressão de saída na tubulação).

https://www.fazfacil.com.br/wp-content/uploads/2013/09/20160616-valvula-de-
retencao-300x300.jpg
https://www.bermad.com/br/product/modelo-420/

2.7 Elaboração de projeto


1. Planta baixa, cortes, detalhes e vistas isométricas c/ o traçado dos
condutos;
2. Memória descritiva, justificativa e de cálculo;
3. Especificações do material e normas para a sua aplicação;
4. Orçamento;

Deve constar na planta de arquitetura a localização das caixas d’água e


dos diversos pontos de consumo.
15

https://wsprojetos.com.br/wp-content/uploads/2018/09/hidraulico01.jpg

2.8 Dimensionamento das tubulações de água fria

A NBR 5626 define os parâmetros para o dimensionamento das


tubulações de água fria. Cada parte constituinte possui um valor diferente de
vazão para funcionar perfeitamente. Essas vazões são proporcionais ao número
convencionado de peso das peças. E os pesos, têm relação direta com os
diâmetros mínimos necessários para o funcionamento das peças. A instalação
de água fria deve ser dimensionada de trecho a trecho, visando a economia e
diminuindo desperdícios. O dimensionamento do barrilete, assim como das
colunas, dos ramais de distribuição e dos sub-ramais que alimentam as peças
de utilização, deverá ser feito por trechos por meio de tabelas apropriadas.

Em virtude de as tubulações serem dimensionadas como condutos


forçados, é necessário que fiquem perfeitamente definidos no projeto hidráulico,
para cada trecho da canalização, os quatro parâmetros hidráulicos do
escoamento: vazão, velocidade, perda de carga e pressão. Portanto, para o
dimensionamento das canalizações de água fria, é primordial a elaboração de
um projeto hidráulico.
16

3. INSTALAÇÕES PREDIAIS DE ÁGUA QUENTE

A instalação de água quente em uma residência destina-se a banhos,


cozinhas e lavanderias. Tem finalidades também em hospitais e indústrias. Para
uma instalação predial de água quente estar bem projetada, de acordo com a
NBR 7198/93, é necessário que haja:

• Fornecimento contínuo e em quantidade suficiente de água aos


usuários;
• Máximo armazenamento e mínimo custo;
• Limitação das pressões e as velocidades;
• Conservação da temperatura adequada e preservação da
qualidade da água. Para tanto as temperaturas utilizadas são:

o uso pessoal em banhos e higiene 35 a 50 °C


o em cozinhas 60 a 70 °C
o em lavanderias 75 a 85 °C
o em finalidades médicas 100 °C ou mais.

https://media.istockphoto.com/photos/the-pressure-gage-and-thermometer-in-water-
cold-pipe-on-air-condition-picture-
id901063970?k=6&m=901063970&s=170667a&w=0&h=f82eZHSKF1OZj8bC7y1Mq0u-
Uk38qsqRZFabRi1mzAY=
17

3.1Sistema de distribuição

O abastecimento de água quente, desde os aquecedores até os pontos


de utilização, é feito através de tubulações completamente independente do
sistema de distribuição de água fria. Podem ser realizados de três maneiras
distintas:

• Aquecimento Individual (local): quando o sistema aquecedor


atende um único aparelho ou a apenas um sanitário. (Ex: chuveiro
e torneira elétrica).

https://s3.amazonaws.com/qualimovelwordpress/noticias/wp-
content/uploads/2016/04/09034839/aquecimento-gas-chuveiro.jpg

• Aquecimento Central Privado: quando o sistema aquecedor


atende a uma unidade residencial, alimentando os mais diversos
pontos de utilização. (Ex.: banheiros, lavanderias, cozinhas).

https://w7.pngwing.com/pngs/18/557/png-transparent-central-heating-heating-
system-condensing-boiler-worcester-bosch-group-others-building-elevation-
plumber.png
18

Existem no comércio vários tipos e marcas de aquecedores, que podem


ser empregados cabendo ao projetista a escolha do mais adequado,
considerando fatores como: segurança; capacidade; custo de instalação e
operação; custo e facilidade de manutenção; durabilidade; espaço e local
necessários à sua instalação, etc.

3.2 Produção de água quente


Produzir água quente significa transferir de uma fonte as calorias
necessárias para que a água atinja uma temperatura desejada. A transferência
de calor pode ser:
• Direto: pelo contato (condução) do agente aquecedor com a água;
• Vapor saturado: nos sistemas de mistura vapor (convecção) –
água;
• Indiretamente: por efeito de condução térmica mediante o
aquecimento de elementos que ficarão em contato com a água
(vapor no interior de serpentinas imersas em água).

I. Aquecimento elétrico
Normalmente é feito por meio de resistências metálicas de imersão,
que dão bom rendimento na transferência de calor. Os aquecedores elétricos
podem ser do tipo:
• Aquecimento instantâneo da água em sua passagem pelo aparelho
(chuveiros elétricos);
• Acumulação: chamados boilers; devem ser alimentados por
colunas independentes das que servem os aparelhos sanitários.

https://www.lemaraquecedores.com.br/wp-content/uploads/2018/09/boiler01.jpg
19

https://i.ytimg.com/vi/EGry9YHDyhs/maxresdefault.jpg

II. Aquecimento solar


Utiliza-se o coletor solar para aquecimento d’água para uso doméstico,
piscinas e em processos industriais. Além de ser completamente renovável, o
aquecimento solar tem sido muito visado por:
• não ser poluidora do ar;
• ser auto suficiente;
• ser completamente silenciosa;
• ser fonte de energia alternativa.

https://i.ytimg.com/vi/2Rz-oMIUNSc/maxresdefault.jpg

III. Aquecimento a gás liquefeito de petróleo


A utilização do G.L.P em sistemas de aquecimento deve exigir um maior
cuidado de manuseio e instalação, por ser mais pesado que o ar e muito nocivo.
20

https://static1.squarespace.com/static/5bff080d4cde7a9b2f3fadb2/5c0443c7562fa7240f6b21f2/
5c363435f950b79527b09c99/1589580920231/36.+Reprodu%C3%A7%C3%A3o+bomclimasp.c
om.br.jpg?format=1500w

3.3 Produção de água quente nas instalações centrais


Em sistemas coletivos de aquecimento de água, temos algumas
diferenças a respeito das instalações centrais, dentre elas:
• Aquecimento direto de água com gás de rua ou engarrafado;
• Aquecimento direto de água com óleo: a chama de um queimador
de óleo aquece o ar insuflado por um soprador, este passa por uma
serpentina imersa na água e a aquece;
• Aquecimento da água com vapor: realizada utilizando o vapor
gerado na caldeira é misturado à água nele contida ou se conduz
o vapor a uma serpentina colocada no aquecedor de água.

3.4 Capacidade do storage e da potência da caldeira


O storage deve ser capaz de acumular uma quantidade de água
quente que não venha a faltar. Quando se está consumindo a água
aquecida, a caldeira continua fornecendo calorias que vão sendo
transferidas à água do storage.
Antes de começar a utilização de água quente, pela manhã,
dispõe-se de um período de algumas horas para efetuar o primeiro
aquecimento da água do storage. Quanto maior for o tempo que se admitir
21

para esse primeiro aquecimento, tanto menor deverá ser a potência


calorífica da caldeira.

4 INSTALAÇÕES PREDIAIS DE ESGOTOS SANITÁRIOS


A respeito das instalações de redes de esgotos prediais, devemos estar
atentos à norma-base nessa área, a ABNT-NBR 8160/1999: Sistemas Prediais
de Esgotos Sanitários - Projeto e Execução. Uma instalação predial de esgotos
sanitários visa atender às exigências mínimas de habitação em relação à
higiene, segurança, economia e conforto dos usuários. Projetos mal elaborados
de instalações de esgotos sanitários, resultam em diversos problemas tais como:
refluxo dos esgotos, aparecimento de espumas em ralos, mau cheiro nas
instalações sanitárias.
Para se projetar de forma correta tais instalações, é necessário:
• Promover o rápido escoamento dos esgotos;
o Evitando curvas verticais e horizontais, preferindo por
ângulos de 45º, se necessário 90º, deverão ser de raios
longos, preferindo curvas ao invés de joelhos;
• Vedar a passagem de gases e animais das tubulações, com peças
ou canalizações de fecho hídrico;
• Impedir a poluição da água de consumo e de gêneros alimentícios
com vazamentos e interrupções;
• Impedir vazamentos, escapes de gases e formação de depósitos
no interior das tubulações, utilizando testes de fumaça a fim de se
detectar possíveis falhas na execução;
• Haver tubulações de inspeções que permitam a manutenção da
rede, através da introdução de equipamentos utilizados na limpeza
das mesmas;
• Permitir a ventilação contínua da rede pública coletora de esgotos
através da manutenção de canalização.
22

https://suporte.altoqi.com.br/hc/article_attachments/360024660693/mceclip0.png

4.1 Etapas de projeto

Parecida com as instalações prediais de água fria, porém deve atender


objetivos propostos acima e utilizar uma convenção para os desenhos de projeto.
A figura a seguir mostra uma convenção bastante utilizada:

https://s3.amazonaws.com/ppt-download/dimensionamentotubulaes-150527235239-
lva1-app6891.pdf?response-content-
disposition=attachment&Signature=BQRcEIahq9V0084DieVAIbDxDcs%3D&Expires=16050382
73&AWSAccessKeyId=AKIAIA5TS2BVP74IAVEQ
23

4.2 Partes constituintes e terminologia


• Aparelho sanitário: Aparelho ligado à instalação predial e
destinado para fins higiênicos;

https://maquinadeaprovacao.com.br/wp-content/uploads/2019/01/3-3.png
• Caixa coletora: caixa onde se reúnem os refugos líquidos que
exigem elevação mecânica;
• Caixa de inspeção: caixa destinada a permitir a inspeção, limpeza
e desobstrução das tubulações;
• Caixa de passagem: dotada de grelha destinada a receber água
de lavagem de pisos e afluentes de tubulação secundária;
• Coletor predial: trecho de tubulação compreendido entre a última
inserção de subcoletor, ramal de esgoto ou de descarga e o coletor
público ou sistema particular;
• Coletor público: tubulação pertencente ao sistema público de
esgotos sanitários e destinada a receber e conduzir os efluentes
dos coletores prediais;
• Desconector: dispositivo provido de fecho hídrico destinado a
vedar a passagem dos gases;
• Esgoto: refugo líquido que deve ser conduzido a um destino final;
• Esgotos sanitários: são os despejos provenientes do uso da água
para fins higiênicos;
• Fecho hídrico: camada líquida que veda a passagem de gases;
• Instalação primária de esgotos: conjunto de tubulações e
dispositivos onde têm acesso gases provenientes do coletor
público ou dispositivos de tratamento;
24

• Instalação secundária de esgotos: conjunto de tubulações e


dispositivos onde não têm acesso gases provenientes do coletor
público ou dos dispositivos de tratamento;
• Ramal de descarga: tubulação que recebe diretamente efluentes
de aparelhos sanitários;
• Ramal de esgoto: tubulação que recebe efluentes de ramais de
descarga;
• Ramal de ventilação: tubo ventilador interligando o desconector
ou ramal de descarga um ou mais aparelhos sanitários a uma
coluna de ventilação ou a um tubo ventilador primário;
• Subcoletor: tubulação que recebe efluentes de um ou mais tubos
de queda ou ramais de esgoto;
• Tubo de queda: tubulação vertical que recebe efluentes de
subcoletores, ramais de esgoto e ramais de descarga;
• Tubo ventilador (tv): tubo destinado a possibilitar o escoamento
de ar da atmosfera para a instalação de esgoto e vice-versa ou a
circulação de ar no interior da instalação com a finalidade de
proteger o fecho hídrico dos desconectores de ruptura por
aspiração ou compressão e encaminhar os gases emanados do
coletor público para a atmosfera
• Tubulação primária: tubulação a qual têm acesso gases
provenientes do coletor público ou dos dispositivos de tratamento;
• Tubulação secundária: tubulação protegida por desconector
contra o acesso de gases das tubulações primárias;
25

https://s3.amazonaws.com/ppt-download/dimensionamentotubulaes-150527235239-
lva1-app6891.pdf?response-content-
disposition=attachment&Signature=BQRcEIahq9V0084DieVAIbDxDcs%3D&Expires=16050382
73&AWSAccessKeyId=AKIAIA5TS2BVP74IAVEQ

4.3 Rebaixo da laje do banheiro

Ao fazer a rede de esgoto do banheiro, é necessário levar em conta


o rebaixo da laje do banheiro. No lugar de cada peça, pra que o rebaixo da laje
do banheiro seja o menor possível. Pra calcular o rebaixo, leve em conta a altura
da caixa sifonada e mais o caimento de 1 cm por metro que a tubulação precisa
ter.

O tubo de queda é um tubo vertical de 100 mm que leva o esgoto do


banheiro até a caixa de inspeção do térreo. É bom que esse tubo fique o mais
próximo possível da bacia sanitária, ele pode ser embutido na parede ou ficar
aparente dentro ou fora da casa.

Dessa forma, o planejamento antes realizado de forma correta, ajuda


otimizar o serviço a ser realizado e diminuir desperdícios causados por erros de
execução por erro de cálculos. Nessa etapa de rebaixo da laje, se não houver
os cálculos determinados com as distâncias definidas pode haver vazamentos e
sobrecargas nas tubulações envolvidas.
26

https://lh3.googleusercontent.com/proxy/kWVNzsZ0lgD47u7KCM3G1gBY7nlLhbJLXO
Wf5XD-ZFsFBpsHmsHgUqwdbQME6p2JD33reDFOven6lUKw10FwZfafqi8jcAZ0Dpw

4.4 Fossa séptica


As fossas sépticas são destinadas a separar e transformar a matéria
sólida contida nas águas de esgoto e descarregar no terreno, onde se completa
o tratamento. Ou seja, permitem o tratamento biológico dos esgotos sanitários
domiciliares.
A norma (atual) informa os seguintes tipos de fossas sépticas:
• câmara única;
• câmaras sobrepostas;
• câmaras em série.

https://depcleanrs.com.br/2017/wp-content/uploads/2018/05/aFiltro-I.jpg
27

5. INSTALAÇÃO HIDRÁULICA ÁGUA PLUVIAL


A água da chuva é um dos elementos que mais causam danos à
durabilidade e boa aparência das construções. As coberturas das edificações
devem impedir que as águas de chuva atinjam áreas a serem protegidas e,
resulta que um volume de água deve ser convenientemente coletado e
transportado à rede pública de drenagem, cabendo ao projetista fazer com que
o escoamento seja pelo trajeto mais curto e ao mesmo tempo possível.
No Brasil adota-se o sistema separador absoluto, ou seja, o esgoto
sanitário tem uma rede projetada, separada da rede de águas pluviais. Esta é
dimensionada para permitir o adequado escoamento das vazões pluviais, que
são bastante superiores às dos esgotos sanitários. Não dar a devida importância
quase sempre resulta no refluxo dos poços de visita da rede pública de esgotos
sanitários nas ruas, e resulta na degradação das condições higiênicas locais.
Reafirma-se, então que as instalações prediais de águas pluviais deverão
lançar na sarjeta a totalidade da chuva precipitada sobre o telhado, terraço,
pátios, quintais, estacionamento das edificações e devem ser projetadas de
modo que garantam a:
• estanqueidade;
• fácil desobstrução e limpeza;
• resistência às intempéries;
• resistência aos esforços provenientes de variações térmicas,
choques mecânicos, cargas, pressões, etc.;
• capacidade de evitar riscos de penetração de gases, ser for o caso.

A norma brasileira que trata das instalações prediais é a ABNT NBR


10.844/89, onde:
• fixa exigências e critérios necessários aos projetos das instalações de
drenagem de águas pluviais, tendo como objetivo garantir níveis
aceitáveis de funcionalidade, segurança, higiene, conforto, durabilidade e
economia;
• se aplica a drenagem de águas pluviais em coberturas e demais áreas
associadas ao edifício, tais como terraços, pátios, quintais e similares.
28

5.1 Projeto
O projeto de esgotamento de águas pluviais em edifícios deve fixar a
tomada das águas, através dos ralos na cobertura e nas áreas, a passagem da
tubulação em todos os pavimentos horizontais e verticais, a ligação dos
condutores verticais de água pluvial às caixas de areia ou pátio, a ligação do
ramal predial à rede pública de drenagem urbana. O esquema vertical utilizado
para mostrar as canalizações de esgotos sanitários também deve ser utilizado
para mostrar as canalizações de águas pluviais, não esquecendo de se destacar
uma instalação, da outra. Por fim, devem ser tomadas todos os cuidados e se
considerar todas as etapas que foram utilizadas numa instalação predial de água
fria.

https://lh3.googleusercontent.com/proxy/k0u_sGkSmvlV8pCX8i0ZUw3fKgDU4N31Rqn
9_0wmcvR3z3zGpXz2KOiYl_eu7purXRCegKau5GtpISB_JbJM-Tm_zqG_crN890dAsJa-uyiu
29

5.2 Partes constituintes e termos técnicos


• Altura pluviométrica: volume de água precipitada por unidade
de área horizontal.
• Área de contribuição: soma das áreas das superfícies que,
interceptando a chuva, conduzem as águas para um
determinado ponto da instalação.
• Bordo livre: prolongamento vertical da calha, função é evitar
transbordamento.
• Caixa de areia: caixa utilizada nos condutores horizontais para
recolher detritos por deposição.
• Calha: canal que recolhe a água de coberturas, terraços e
similares e a conduz a um ponto de destino.
• Calha de água furtada: calha instalada na linha de água-
furtada da cobertura.
• Calha de beiral: calha instalada na linha do beiral da cobertura.
• Calha de platibanda: calha instalada na linha de encontro da
cobertura com a platibanda.
• Condutor horizontal: canal ou tubulação horizontal destinado
a recolher e conduzir águas pluviais até os locais permitidos
pelos dispositivos legais.
• Condutor vertical: tubulação vertical destinada a recolher
águas de calhas, coberturas, terraços e similares e conduzir até
a parte inferior do edifício.
• Duração da precipitação: intervalo de tempo de referência
para a determinação de intensidades pluviométricas.
• Funil de saída: saída em forma de funil.
• Intensidade pluviométrica: quociente entre a altura
pluviométrica precipitada num intervalo de tempo e esse
intervalo.
• Perímetro molhado: linha que limita a seção molhada junto às
paredes e fundo do condutor ou calha.
30

• Ralo: caixa dotada de grelha na parte superior, destinada a


receber águas pluviais.
• Seção molhada: área útil de escoamento em uma seção
transversal de um condutor ou calha.
• Vazão de projeto: vazão de referência para o
dimensionamento de condutores e calhas.

https://slideplayer.com.br/slide/13919836/85/images/18/Partes+Constituinte
s+Corte+Planta+Coletor+p%C3%BAblico+Caixa+de+ralo+Ralo.jpg
5.3 Calhas
As calhas coletam as águas de chuvas que precipitam nas coberturas
das edificações e as conduzem a pontos convenientemente localizados.

https://cdn.awsli.com.br/666/666990/produto/31355417/2aee4c4a1f.jpg
31

5.4 Condutores verticais


Captam as águas coletadas pelas calhas e as transportam para a
parte inferior das edificações. Podem ser instaladas interna ou externamente ao
edifício e devem ser projetadas sempre que possível em uma só prumada.
Quando houver necessidade de desvio, devem ser usadas curvas de 90 de raio
longo ou curvas de 45 , e previstas peças de inspeção. Não existem fórmulas
hidráulicas para o seu dimensionamento, pois normalmente tem-se uma mistura
de ar e água escoando.

5.5 Dimensionamento
As chuvas normalmente precipitam-se sobre superfícies inclinadas,
telhados e lajes, e superfícies horizontais, lajes e pisos. Parte delas irá de
encontro a superfícies verticais, e escorrerá para um dos dois tipos anteriores.
Após precipitadas, as águas poderão ser encaminhadas até as calhas ou ralos,
que através de condutos verticais e horizontais, seguirão até a sarjeta ou a
galeria de águas pluviais.
As coberturas horizontais de laje deverão impedir o empoçamento,
exceto durante as tempestades, pois neste caso será temporário.
Para tanto estas coberturas deverão ser impermeáveis, sendo que a
NBR especifica que:
As superfícies horizontais de laje devem ter uma declividade mínima
de 0,5% que garanta o escoamento das águas pluviais até os pontos de
drenagem previstos.
A drenagem deve ser feita por mais de uma saída, exceto quando não
houver risco de obstrução.
Quando necessário, a cobertura dever ser subdividida em áreas
menores com caimentos de orientações diferentes, para evitar grandes
percursos de água.
Os trechos da linha perimetral da cobertura e das eventuais aberturas
na cobertura que possam receber água em virtude do caimento, devem ser
dotados de platibanda ou calha. Para o dimensionamento das calhas,
condutores verticais e horizontais, o que de mais importante é preciso para se
determinar, é a vazão que a chuva provoca.
32

6. SISTEMAS DE COMBATE A INCÊNDIO

A instalação de rede de combate a incêndio tem como objetivo


impedir a propagação do incêndio. Com a instalação de rede de combate a
incêndio de qualidade, o ambiente passa a contar com o fornecimento de
extintores de incêndio, mangueiras e esguichos, abrigos de hidrantes e
extintores, acessórios da casa de bombas, sistemas de sinalização e iluminação
de emergência, alarme de incêndio e sirenes, serviços de serralheria, guarda-
corpos e corrimãos, bem como pinturas de piso e tubulações. Tais itens e
serviços são utilizados de modo a fazer com que o lugar onde estão instalados
se torne mais seguro, tanto para seus ocupantes ou, no caso de um depósito de
armazenamento, para garantir a integridade dos materiais que ali se encontram.

Algumas medidas mínimas que uma edificação deve possuir de um


sistema de prevenção e de proteção contra incêndio, úteis no atendimento das
ocorrências, bem como das possíveis vistorias técnicas. Toda edificação por
força legal deve ser dotada de medidas de segurança contra incêndio visando
os seguintes objetivos:
• Nível adequado de segurança aos ocupantes de uma edificação
em casos de incêndio;
• Saída dos ocupantes da edificação em condições de
segurança, evitando perdas de vida;
• Probabilidades de propagação do fogo minimizadas e riscos ao
meio ambiente;
• Minimizar os danos ao patrimônio;
• Facilitar as ações de socorro público.

https://conect.online/wp-content/uploads/2018/02/166918-combate-a-
incendio-industrial-entenda-como-e-possivel-prevenir.jpg
33

6.1 Formas de propagação de incêndio

O calor e o incêndio se propagam por três maneiras fundamentais:

1) por condução, ou seja, através de um material sólido de uma região


de temperatura elevada em direção a outra região de baixa temperatura;

2) por convecção, ou seja, por meio de um fluido líquido ou gás, entre


dois corpos submersos no fluido, ou entre um corpo e o fluido;

3) por radiação, ou seja, por meio de um gás ou do vácuo, na forma de


energia radiante. Num incêndio, as três formas geralmente são concomitantes,
embora em determinado momento uma delas seja predominante.

6.2 Sistema de combate a incêndio


O sistema de combate a incêndio compreende uma série de
equipamento e pessoas para que princípios de incêndio sejam evitados ou
rapidamente combatidos. Os equipamentos de combate a incêndio que toda
edificação deve possuir são:
• Saídas de emergência; • Hidrantes;
• Extintores de incêndio; • Mangueiras
• Alarmes; • Bomba principal de água
• Detector de fumaça; para os hidrantes e
• Iluminação de bomba jockey;
emergência; • Sinalização da saída de
• Reservatório para os emergência.
hidrantes;

6.2.1 Saídas de emergência

Estrutura integrante da edificação, possuindo requisitos à prova de fogo e


fumaça para permitir o escape das pessoas em segurança, em situações de
emergência. Sua principal função é garantir o abandono da edificação pelos
34

ocupantes, para local seguro, a fim de preservar a vida humana e permitir o acesso
do corpo de bombeiros.

https://www.novvaaprimatic.com.br/wp-content/uploads/2017/04/Saidas-de-emergencia4-
300x283.jpeg

6.2.2 Sistema de detecção e alarme

Consiste num dispositivo elétrico destinado a produzir sons de alerta aos


ocupantes de uma edificação, por ocasião de uma emergência qualquer acionado
manualmente pelos usuários. O sistema de detecção quando sensibilizados por
fenômenos físicos e químicos, detectam princípios de incêndio. Para fins de projeto e
instalação deverá ser adotada as normas técnicas da ABNT (NBR 9441/98 e NBR
13848/97).

6.2.3 Sistemas de iluminação de emergência


Permite clarear áreas escuras de passagens, horizontais e verticais,
incluindo áreas de trabalho e áreas técnicas de controle de restabelecimento de
serviços essenciais e normais, na falta de iluminação normal. Dessa forma, sua função
é proporcionar iluminação suficiente e adequada, a fim de permitir a saída fácil e
segura das pessoas para o exterior da edificação, em caso de interrupção da
alimentação normal, bem como proporcionar a execução de serviços do interesse da
segurança e intervenção de socorro e garantir a continuação do trabalho nos locais
onde não possa haver interrupção de iluminação normal. O sistema alimentará
35

principalmente os seguintes locais: corredores, escadas, rampas, saídas, áreas de


trabalho, áreas técnicas, e áreas de primeiros socorros.

6.2.4 Extintor de incêndio

Aparelho de acionamento manual, portátil ou sobre rodas, destinado a


combater princípios de incêndio, sendo um equipamento contra incêndio exigido por
lei em todos os tipos de edificações. A capacidade do poder de extinção de fogo de
um extintor é obtida em ensaio prático normalizado e a quantidade de agente extintor
contida no extintor de incêndio é medida em litro ou quilograma. Há a subdivisão dos
agentes extintores conforme a natureza dos materiais empregados e o local a ser
utilizado. A categoria A é para materiais sólidos como madeiras e papel, a categoria
B são inflamáveis e a C são os equipamentos eletroeletrônicos energizados. O extintor
de pó químico não é corrosivo, toxico ou condutor de eletricidade.

6.2.5 Sistemas de hidrantes


Sistema ativo de proteção contrafogo empregando-se aparatos hidráulicos
para aplicação de água e extinção do fogo através de resfriamento e abafamento.
Deverão estar localizados nas proximidades das portas de acesso, não podendo estar
afastados a mais de 05 (cinco) metros das portas, escadas ou antecâmara, podendo
existir em posições centrais como complemento para a cobertura do risco. Nos prédios
elevados os hidrantes deverão ser localizados próximo às escadas de saídas ou
rampas de acesso ao subsolo, não sendo permitido dentro das caixas de escada
comum ou de segurança.

6.3 Dimensionamento
Os dimensionamentos são regulados pelas normas de segurança contra
incêndio no Brasil, onde há uma legislação específica para cada caso e ambiente que
se deseje instalar. O dimensionamento correto das estruturas de combate ao incêndio
passa fundamentalmente pela elaboração de um projeto compatível com o
detalhamento necessário de todas as estruturas a serem instaladas.
Dentre as principais vantagens de ter um projeto de prevenção e combate
a incêndio se tem: a garantia de segurança pelo engenheiro responsável, realização
do projeto conforme as normas estabelecidas, dimensionamento de acordo com as
36

necessidades da edificação, posicionamento de todos os equipamentos, redução do


prazo de execução da obra, diminuição de gastos com desperdícios de materiais e
maior tranquilidade ao realizar manutenções, uma vez que toda a instalação já está
detalhada no projeto.

7. INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS

7.1 Projeto

O projeto de instalações elétricas prediais é uma representação gráfica e


escrita do que se pretende instalar na edificação, com todos os seus detalhes e a
localização dos pontos de utilização (luz, tomadas, interruptores, comandos,
passagem e trajeto dos condutores, dispositivos de manobras etc.).

É de responsabilidade do engenheiro a elaboração do projeto arquitetônico


e estudar, com os usuários da edificação, como será a iluminação, onde estarão os
pontos futuros de tomadas, telefonia, etc.

Quando bem elaborado e corretamente dimensionado, com materiais de


qualidade comprovada e também integrado corretamente com os projetos técnicos
complementares, o projeto de instalações elétricas gera economia na aquisição de
materiais e na execução das instalações, além de evitar o superdimensionamento de
circuitos, disjuntores desarmados, falta de segurança nas instalações e dificuldade
para a execução das instalações.

O tempo despendido na compatibilização do projeto arquitetônico com o de


instalações elétricas será recuperado na execução de ambos, evitando desperdício
de energia e o mau funcionamento dos aparelhos e equipamentos e permitindo fácil
operação e manutenção de toda a instalação.

Para facilitar a manutenção das instalações, o ideal é que o arquiteto


proponha soluções a partir do projeto. Por esse motivo, é importante o
acompanhamento dos projetistas de instalações já na fase de criação arquitetônica.

Para a elaboração dos projetos deve ser consultada a concessionária de


energia elétrica, que fixa os requisitos mínimos indispensáveis para a ligação das
unidades consumidoras.
37

Além das normas da concessionária e das normas específicas aplicáveis,


também devem ser consultadas as normas da ABNT, principalmente a NBR 5410,
que contém prescrições relativas ao projeto, à execução, à verificação final da obra e
à manutenção das instalações elétricas.

https://www.wtaengenhariaeletrica.com.br/imagens/informacoes/projeto-eletrico-
comercial-01.jpg

7.2 Dimensionamento

É a previsão escrita da instalação, com todos os seus detalhes, localização


dos pontos de utilização da energia elétrica, comandos, trajeto dos condutores, divisão
em circuitos, seção dos condutores, dispositivos de manobra, carga de cada circuito,
carga total, etc. Ou seja, projetar uma instalação elétrica de um edifício consiste
basicamente em:

• Quantificar tipos e os pontos de utilização de energia elétrica;


• Dimensionar o tipo e o caminhamento dos condutores e condutos;
• Definir o tipo e a localização dos dispositivos de proteção.

O objetivo de um projeto de instalações elétricas é garantir a transferência


de energia desde uma fonte, em geral a rede de distribuição da concessionária ou
geradores particulares, até os pontos de utilização (pontos de luz, tomadas, motores,
etc). Para que isto se faça de maneira segura e eficaz é necessário que o projeto seja
elaborado, observando as prescrições das diversas normas técnicas aplicáveis.
38

O projeto de instalações elétricas pode ser dividido em categorias:

• Residencial (único e coletivo);


• Comercial;
• Industrial;

7.3 Partes constituintes


• Consumidor: É a pessoa a qual solicita e assume a
responsabilidade pelo pagamento das contas.
• Unidade consumidora: São as instalações do consumidor,
caracterizadas pela entrega de energia elétrica.
• Edificação de Uso Coletivo: É toda construção, constituída por
duas ou mais unidades consumidoras.
• Limite de Propriedade: São as demarcações e delimitações
evidentes que separam a propriedade do consumidor da via pública
e dos terrenos.
• Ponto de Entrega: É o ponto até o qual a concessionária se obriga
a fornecer energia elétrica, com participação nos investimentos
necessários.
• Ramal de Ligação: É o conjunto de condutores e acessórios
instalados pela concessionária entre o ponto de derivação da rede
secundária e o ponto de entrega.
• Entrada: É a instalação compreendendo o ramal de entrada, poste
ou pontalete particular, caixas, dispositivo de proteção, aterramento
e ferragens, de responsabilidade do consumidor.
• Ramal de Entrada: É o conjunto de condutores e acessórios
instalados pelo consumidor entre o ponto de entrega e a medição ou
proteção.
• Ramal Interno do Consumidor: É o conjunto de condutores e
acessórios instalados internamente na unidade consumidora, a
partir da medição ou proteção do padrão de entrada.
39

• Carga (kW): É o somatório das potências nominais dos


equipamentos elétricos de uma unidade consumidora.
• Demanda (kVA): É a potência elétrica realmente absorvida em um
determinado instante por um equipamento ou sistema.
7.4 Método de instalação
1. O projeto de elétrica e telefonia deve estar disponível;
2. Execução da tubulação após a colocação de armação da laje;

https://www.universidadetrisul.com.br/wp-content/uploads/2017/09/figura-3-1.png
3. Fixação das caixas de passagem;

https://www.universidadetrisul.com.br/wp-content/uploads/2017/09/figura-3-1.png
4. Abertura na laje nas descidas de quadro de luz ou nos locais que se concretar
tubulações de prumada;
5. Marcação dos pontos de tomada e interruptores nas paredes;
6. Execução da abertura da parede conforme definido em projeto;
40

https://www.universidadetrisul.com.br/wp-content/uploads/2017/09/figura-4.png

7. Fixação das caixas de passagem, prevendo a espessura do revestimento que


será utilizado na parede;
8. Chumbamento das caixas de passagem e a fixação através de argamassa de
cal e cimento e/ou gesso;
9. Execução da passagem da fiação como definido nos projetos;
10. Montagem dos quadros que devem ser fixados em prumo e nível;
11. Os quadros devem acompanhar o alinhamento das paredes;
12. Instalação dos acabamentos de elétrica (tomadas e interruptores);
13. Testes com energia a instalação para checar funcionamento.

https://www.universidadetrisul.com.br/wp-content/uploads/2017/09/figura-5-1.png

8. INSTALAÇÕES DE SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA


DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

A instalação de um sistema de proteção contra descargas atmosféricas


tem, basicamente duas funções, sendo a primeira neutralizar, pelo poder de atração
das pontas, o crescimento do gradiente de potencial elétrico entre o solo e as nuvens,
através do permanente escoamento de cargas elétricas do meio ambiente para a
41

terra. E posterior, oferecer à descarga elétrica que for cair em suas proximidades um
caminho preferencial, reduzindo os riscos de sua incidência sobre as estruturas.

8.1 Instalação
A instalação de um sistema de proteção contra descargas atmosféricas
não impede a ocorrência de raios. Um pára-raio corretamente instalado reduz
significativamente os perigos e os riscos de danos, pois captará os raios que iriam
cair nas proximidades de sua instalação.
Este dispositivo (pára-raio) consiste na combinação de 3 elementos
básicos:
• Captores de raio
• Cabos de descida
• Sistema de aterramento.

https://www.feis.unesp.br/Home/departamentos/engenhariaeletrica/ecv5317_apostila_da.pdf

8.2 Região espacial de proteção

É a zona espacial protegida pelo pára-raio. Se o raio cair nesta zona,


ele preferirá o caminho através do pára-raio. A maior evolução, desde a
descoberta do pára-raio, ocorreu na definição da área protegida (zona espacial
protegida).
Há três métodos de definição da área protegida:
• Método da haste vertical de Franklin
• Método da gaiola de Faraday
42

• Método eletromagnético ou das esferas rolantes.

https://www.feis.unesp.br/Home/departamentos/engenhariaeletrica/ecv5317_apostila_da.pdf

• Hastes de Franklin
Duas hastes criam o efeito de um cabo horizontal fictício estendido entre
elas, aumentando a zona protegida.

https://www.feis.unesp.br/Home/departamentos/engenhariaeletrica/ecv5317_apostila_da.pdf

• Esferas rolantes

A esfera rolante deverá ser rolada sobre o solo e os elementos de


proteção. Neste caso a zona protegida é toda a região que não é tocada pela
43

esfera. A esfera rolante não poderá tocar na edificação.


https://www.feis.unesp.br/Home/departamentos/engenhariaeletrica/ecv5317_apostil
a_da.pdf

• Proteção por gaiola de Faraday

É uma proteção muito eficiente e largamente utilizada. Consiste em


cobrir a edificação com uma grade metálica que está devidamente aterrada.

https://www.feis.unesp.br/Home/departamentos/engenhariaeletrica/ecv5317_apos
tila_da.pdf

8.3 Sistemas de captação

O Subsistema de Captação pode ser constituído por um, ou uma


combinação, dos seguintes elementos:

• Hastes/mastros;
• Condutores suspensos;
• Condutores em malha;
• Elementos naturais.

SPDA externo isolado da estrutura: sistema com captação e descidas


posicionadas de tal forma que o caminho da corrente de descarga não fique em
contato com a estrutura.

SPDA externo não isolado da estrutura: sistema com captação e descidas


posicionadas de tal forma que o caminho da corrente de descarga esteja em contato
com a estrutura.
44

https://www.feis.unesp.br/Home/departamentos/engenhariaeletrica/ecv5317_apostila_da.pdf

8.4 Importância
Embora descargas elétricas não costumem atingir uma pessoa “segura”
dentro de casa, elas podem chegar por meio de instalações elétricas ou telefônicas.
Isso acontece, normalmente, quando a rede elétrica é atingida por um raio, fazendo
com que a tensão da fiação aumente, assim, desencadeando uma sobrecarga no
sistema.
Apesar de não atingir diretamente o indivíduo “protegido” em seu lar, é um
risco notório que a descarga elétrica atinja uma pessoa através desses meios
eletrônicos. Um grande exemplo na atualidade são as vítimas do telefone. Além desse
caso, aparelhos conectados à rede elétrica, como celulares no carregador também
podem receber uma alta tensão.
Os problemas típicos decorrentes da sobrecarga da rede elétrica são os
danos aos produtos eletrônicos. Sendo assim, dada a devida relevância para a
45

instalação de meios de fuga elétrica nas edificações, a fim de proteger o indivíduo e


todos os equipamentos e materiais eletrônicos presentes. Ou seja, um bom projeto
alinhado com as necessidades do edifício é capaz de gerar economia de gastos com
perdas inesperadas e dar mais segurança a todos os indivíduos envolvidos.

9. CONCLUSÃO

Em suma, todos os tipos de instalações apresentados possuem


características únicas que devem ser respeitadas para que atinja seu melhor
desempenho. Sendo melhor aproveitado por todos os indivíduos, a forma de
execução é determinante para garantir que desde os custos iniciais até reparos
futuros sejam programados e que haja um controle de gastos e tempo. Logo, a
vida útil das instalações deve estar de acordo com o projeto apresentado, de
modo que se ocasionado problemas a solução pode ser facilmente encontrada.

Dessa forma, o engenheiro responsável é fundamental para analisar


a situação e dimensionar de forma correta todos os espaços e equipamentos a
serem utilizados. Como foi visto, o mal dimensionamento de toda a instalação
prejudica não só o responsável pela construção, como também todos os
indivíduos que fazem parte daquele ambiente. A segurança deve ser o primeiro
quesito a ser analisado, visando o bem comum de todos que utilizarão os
componentes.

Em segundo plano a tabela de custos é outro ponto bastante visado,


capaz de direcionar o rumo de toda a construção, é determinante desde a
escolha de materiais mais baratos a mais caros, quanto no investimento em
projetos mais bem detalhados. Tais projetos que auxiliam tanto no pré obra
quando no pós obra, na parte de reparos e manutenções, sendo mais fácil a
visualização.

Portanto, a escolha de bons profissionais aliado a bons instrumentos


de trabalho e técnicas que auxiliam a engenharia como um todo é a base para
uma boa construção e garantir que o todo atinja as expectativas tanto do cliente
quanto do engenheiro com toda instalação.
46

10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

http://www2.ifam.edu.br/pro-reitorias/desenvolvimento-institucional/institucional/nucleo-de-
seguranca-no-trabalaho/legislacao/manual-de-combate-a-incendio-2019-1.pdf

https://www.bombeiros.go.gov.br/wp-content/uploads/2014/03/nt-02_2014-conceitos-basicos-de-
seguranca-contra-incendio1.pdf

https://www.ufjf.br/flavio_gomes/files/2011/03/Material_Curso_Instalacoes_I.pdf

https://www.hidrosconsultoria.com.br/artigo-
spda/#:~:text=O%20SPDA%20tem%20como%20objetivo,evita%20que%20o%20raio%20caia

https://www.feis.unesp.br/Home/departamentos/engenhariaeletrica/ecv5317_apostila
_da.pdf

https://s3.amazonaws.com/ppt-download/dimensionamentotubulaes-150527235239-
lva1-app6891.pdf?response-content-
disposition=attachment&Signature=BQRcEIahq9V0084DieVAIbDxDcs%3D&Expires
=1605038273&AWSAccessKeyId=AKIAIA5TS2BVP74IAVEQ

https://www.extra-
imagens.com.br/Control/ArquivoExibir.aspx?IdArquivo=19825590&Attachment=1

http://repositorio.aee.edu.br/bitstream/aee/891/1/20182_TCC_Luan_Lucas.pdf

NBR 9077/2001 – Saídas De Emergência Em Edifícios

NBR 15.575 – Normas De Desempenho De Edificações Habitacionais

NBR 5652/92 – Instalações Prediais De Água Fria

NBR 7198/82 – Instalações Prediais De Água Quente

NBR 8160/99 – Sistemas Prediais De Esgoto Sanitário

NBR 10884/89 – Instalações Prediais de Águas Pluviais

Você também pode gostar