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Manutenção
de Sistemas
Mecânicos de
Motocicletas
SÉRIE AUTOMOTIVA
MANUTENÇÃO
DE SISTEMAS
MECÂNICOS DE
MOTOCICLETAS
CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA – CNI
Conselho Nacional
MANUTENÇÃO
DE SISTEMAS
MECÂNICOS DE
MOTOCICLETAS
© 2012. SENAI – Departamento Nacional
A reprodução total ou parcial desta publicação por quaisquer meios, seja eletrônico, mecâ-
nico, fotocópia, de gravação ou outros, somente será permitida com prévia autorização, por
escrito, do SENAI.
Esta publicação foi elaborada pela equipe do Núcleo de Educação a Distância do SENAI de
Santa Catarina, com a coordenação do SENAI Departamento Nacional, para ser utilizada por
todos os Departamentos Regionais do SENAI nos cursos presenciais e a distância.
FICHA CATALOGRÁFICA
_________________________________________________________________________
S491m
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Departamento Nacional.
Manutenção de sistemas mecânicos de motocicletas / Serviço
Nacional de Aprendizagem Industrial. Departamento Nacional, Serviço
Nacional de Aprendizagem Industrial. Departamento Regional de
Santa Catarina. Brasília : SENAI/DN, 2012.
167 p. : il. (Série Automotiva).
ISBN 978-85-7519-622-9
CDU: 629.326
_____________________________________________________________________________
SENAI Sede
2 Princípios da Termodinâmica.....................................................................................................................................19
2.1 Definições da termodinâmica..................................................................................................................20
2.1.1 Calor................................................................................................................................................20
2.1.2 Temperatura.................................................................................................................................21
2.1.3 Energia...........................................................................................................................................21
2.2 Termometria...................................................................................................................................................22
2.2.1 Definição.......................................................................................................................................22
2.2.2 Escalas............................................................................................................................................22
2.2.3 Conversões...................................................................................................................................23
2.2.4 Instrumentos de medição.......................................................................................................24
2.3 Ciclos Termodinâmicos..............................................................................................................................25
2.3.1 Otto 4 tempos.............................................................................................................................25
2.3.2 Otto 2 tempos.............................................................................................................................30
Referências......................................................................................................................................................................... 161
Índice................................................................................................................................................................................... 165
Introdução
• Fundamentos de
20h
Mecânica de Motocicletas
• Eletroeletrônica
40h
de Motocicletas
• Manutenção de Sistemas
80h
Mecânicos de Motocicletas
Mecânico de
Específico I • Manutenção de Sistemas 120h
Motocicletas
Eletroeletrônicos 40h
de Motocicletas
Anotações:
Princípios da Termodinâmica
2.1.2 TEMPERATURA
2.1.3 ENERGIA
Você viu, recentemente, que o calor é uma forma de energia, mas conforme
os conceitos da física, a energia não pode ser criada ou destruída, somente trans-
formada em outra energia. Portanto, tem-se a energia do calor para utilizar. Por
exemplo: no interior de um motor existe um cilindro onde trabalha o pistão1 e é
em cima dele que ocorre a combustão2, gerando um calor enorme. Por sua vez,
este calor possui muita energia de expansão e é esta energia que empurra o pis-
tão para baixo, fazendo com que o motor entre em funcionamento.
Mais adiante, você estudará sobre o funcionamento do motor e poderá com-
preender melhor esse exemplo. O importante agora é que você saiba que a ener-
gia está em transformação constante e pode ser utilizada para diversos fins.
2.2.1 DEFINIÇÃO
2.2.2 ESCALAS
Você já percebeu que algumas pessoas sentem mais frio, em relação a outras?
Isto acontece porque possuímos um sistema nervoso que, por sua vez, controla
sensores em nossa pele. Assim, cada pessoa tem uma percepção sensorial em
relação à temperatura. E como cada pessoa possui um tipo de sensação térmica,
foi necessário desenvolver um sistema de medição da temperatura que não fosse
afetado com essas ações sensoriais3.
Desta forma, físicos renomados desenvolveram escalas de temperatura, sendo
três as principais e as utilizadas hoje em dia.
As três escalas possuem um zero como referência, mas nenhuma possui o zero
na mesma condição em relação à outra, portanto, só é possível fazer uma com-
paração colocando uma escala ao lado da outra. Conheça cada uma das escalas,
a seguir.
Escala Kelvin (K): É utilizada somente em laboratórios e admite o zero como
sendo o ponto mais frio, fazendo com que os átomos parem de se mexer. Por este
motivo, chamam-no de zero absoluto.
Escala Celsius (ºC): É a escala mais branda e utilizada na maior parte do mun-
do.
Escala Fahrenheit (ºF): É utilizado principalmente nos países da América do
Norte.
2 PRINCÍPIOS DA TERMODINÂMICA
23
Água
congela 32 ºF 0 ºC 273 K
fatores no alvo:
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
C95 M 5 Y 85 K 65
Zero C48 M 18 Y 88 K 17
-459 ºF -273 ºC 0K
Paulo Cordeiro (2012)
absoluto
PERCEPÇÃO
Percepção
Repare, na figura, que o zero da escala Celsius representa 32º na escala Fahre-
nheit. Isto quer dizer que sentimos mais frio por chegar abaixo de zero em alguns
lugares do país? Não, o frio é o mesmo em qualquer lugar. O que acontece, neste
caso, é que os países que utilizam a escala Fahrenheit têm uma cultura e um clima
diferente, sendo mais fácil utilizar uma escala ligeiramente mais alta.
2.2.3 CONVERSÕES
TC TF-32 TK-273
= =
5 9 5
MANUTENÇÃO DE SISTEMAS MECÂNICOS DE MOTOCICLETAS
24
4 MULTÍMETRO Para entender melhor como aplicar a fórmula que você acabou de conhecer,
veja o exemplo a seguir:
Instrumento elétrico usado
para verificar medidas Você deseja saber quantos graus, em Fahrenheit, correspondem a 60ºC. Você
elétricas.
tem a informação de que 100ºC corresponde a 212ºF, então, basta utilizar a regra
de três da seguinte maneira:
5 CENTELHA
Partícula incandescente
que é gerada pela vela de 100ºC 212ºF
=
ignição dentro da câmara 60ºC XºF
de combustão.
60ºC x 212ºF
XºF = = 127,2ºF
100ºC
Perceba que X corresponde ao valor que ainda não foi encontrado. Para se
chegar a esse valor foi necessário multiplicar 60 por 212, e dividir o resultado
encontrado por 100.
Você sabia que todo motor movido a gasolina, álcool ou GNV é chamado de
motor Ciclo Otto? Este motor leva tal nome por ter sido criado por Nikolaus Otto,
que desenvolveu o projeto de um motor de combustão interna de ignição por
centelha5. A partir de então, este passou a ser o motor mais utilizado no mundo,
possuindo duas classificações quanto ao seu tempo de funcionamento, as quais
você conhecerá, a seguir.
Os motores de quatro tempos são assim chamados por possuírem quatro tem-
pos de funcionamento. São os motores mais tradicionais e utilizados atualmente.
Conheça, em detalhes, um pouco mais do funcionamento desse tipo de motor,
analisando as peças que compõe a figura seguinte.
MANUTENÇÃO DE SISTEMAS MECÂNICOS DE MOTOCICLETAS
26
6 VIRABREQUIM
Cabeçote
Termo coloquial para
designar a árvore de Válvula de
manivelas de um motor admissão
de combustão interna, Válvula de
trata-se de um eixo de escape
excêntricos, geralmente
confeccionado em aço
usinado, mas também pode
ser produzido através de Camisa/Cilindro
processo de forja. Pistão
Biela
7 HERMÉTICO
Biela
1 Variantes regionais
PERCEPÇÃO
fatores no alvo:
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
C95 M 5 Y 85 K 65
C48 M 18 Y 88 K 17
Figura 4 - Admissão
Fonte: Adaptado de SENAI (2003)
Cabeçote
vula de
2º Tempo – Compressão: Esta é a etapa em que as Válvulas se fecham e o
missão
Cilindro todo fica fechado hermeticamente7. Então, o Pistão começa a subir e se
Válvula de
desloca do Ponto Morto Inferior (PMI), que é o ponto mais baixo em que o pistão
escape
desce, até o Ponto Morto Superior (PMS), o ponto mais alto que o pistão sobe,
misa/Cilindro quase encostando ao cabeçote.
Pistão
Este movimento faz com que o Pistão comprima a mistura, e esta compressão
faz com que a mistura aqueça aproximadamente 400ºC.
Biela o motor gira mais ½ volta, realizando uma volta completa.
Na compressão,
Conforme é demonstrado na figura seguinte.
1 Variantes regionais
PERCEPÇÃO
fatores no alvo:
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
C95 M 5 Y 85 K 65
C48 M 18 Y 88 K 17
Paulo Cordeiro (2012)
PERCEPÇÃO
Percepção
Figura 5 - Compressão
Fonte: Adaptado de SENAI (2003)
MANUTENÇÃO DE SISTEMAS MECÂNICOS DE MOTOCICLETAS
28
Cabeçote
Válvula de
admissão
3º Tempo – Combustão
Válvula deou Trabalho: Neste tempo, as válvulas permanecem
escape deslocando-se do PMS ao PMI, por força da combustão.
fechadas e o Pistão desce,
A vela de ignição libera uma faísca, que faz com que a mistura ar/combustível,
Camisa/Cilindro comprimida e aquecida, entre em combustão. Conforme é ilustrado na figura a
Pistão
seguir.
Nessa etapa, o motor gira mais ½ volta, completando uma volta e meia.
Biela
1 Variantes regionais
PERCEPÇÃO
fatores no alvo:
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
C95 M 5 Y 8
C48 M 18 Y 88 K 17
Paulo Cordeiro (2012)
PERCEPÇÃO
Percepção
Figura 6 - Combustão
Fonte: Adaptado de SENAI (2003)
Biela
1 Variantes regionais
PERCEPÇÃO
fatores no alvo:
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
C95 M 5 Y 85 K 65
C48 M 18 Y 88 K 17
Figura 7 - Escape
Fonte: Adaptado de SENAI (2003)
Você verá como funciona o motor de dois tempos. Mas antes, procure obser-
var a diferença de componentes em relação ao motor de quatro tempos.
PERCEPÇÃO
janela de
transferência janela de
escape fatores no alvo:
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
janela de 1.Novidade
1.Novidade
admissão
biela
C48 M 18
Paulo Cordeiro (2012)
PERCEPÇÃO
Percepção
árvore de
manivelas
Figura 8 - Motor de dois tempos
Fonte: Adaptado de SENAI (2003)
Você conhecerá, a seguir, o que acontece em cada tempo deste tipo de motor
Otto. Acompanhe!
2 PRINCÍPIOS DA TERMODINÂMICA
31
1 Variantes regionais
PERCEPÇÃO
fatores no alvo:
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
C95 M 5 Y 85 K 65
C48 M 18 Y 88 K 17
Paulo Cordeiro (2012)
PERCEPÇÃO
Percepção
1 Variantes regionais
PERCEPÇÃO
fatores no alvo:
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
C95 M 5 Y 85 K 65
C48 M 18 Y 88 K 17
Paulo Cordeiro (2012)
PERCEPÇÃO
Percepção
9 FUNDIR Quando o Pistão chega a PMS, a vela de ignição libera uma Centelha e faz
com que a mistura, comprimida e aquecida, entre em combustão, empurrando
É quando superaquecemos
duas peças de metal e o Pistão para baixo. Nesta ação, os gases da combustão são expelidos pela janela
elas acabam praticamente de escape e a mistura entra no cilindro pela janela de admissão (que estava no
derretendo e grudando
uma na outra. Quando isso Cárter), sendo então transferida para a câmara de combustão, através da janela
ocorre, dizemos que uma
peça se fundiu à outra. de transferência existente no bloco do motor e no pistão.
O movimento de entrada da mistura pela janela de transferência ajuda a em-
purrar o restante dos gases de escapamento para fora. Por isso, é comum sair um
pouco de combustível não-queimado e de óleo queimado do escapamento. Nes-
ses motores também é comum a emissão de fumaça azulada, devido à queima do
óleo adicionado ao combustível.
Acompanhe, a seguir, um exemplo real do que pode acontecer com motoci-
cletas, quando o assunto é superaquecimento.
CASOS E RELATOS
Superaquecimento na roda
Certo dia, na oficina Moto&Cia, Gustavo levou sua motocicleta para
uma revisão, pois ela apresentava defeito na roda traseira. Chegando lá,
Gustavo relatou que a roda travou enquanto ele pilotava a moto, o que
acabou provocando uma queda do mesmo quando ele estava sobre ela.
Fernando, mecânico chefe de oficina, começou então a analisar a moto
de Gustavo e descobriu que o rolamento da roda havia travado. Com isso,
trocou o rolamento e entregou a moto ao cliente.
Passada uma semana, Gustavo voltou à oficina com o mesmo problema,
o que deixou Fernando espantado, pois o rolamento novo que ele havia
colocado provocou outro travamento. Fernando, então, começou a inves-
tigar a causa do problema, e verificou que o retentor do rolamento esta-
va danificado. Para identificar a causa de o retentor ter sido danificado ele
conversou com o cliente. Foi quando Gustavo relatou que o problema sur-
giu após ele transitar em um terreno muito acidentado e com muita lama.
Junto da lama havia mato e plantas. Fernando conseguiu identificar que al-
gum corpo estranho (folha, pedra, graveto) pode ter danificado o retentor,
gerando um vazamento da graxa do rolamento. Sem esta graxa os roletes
não tinham uma lubrificação adequada e acabaram fundindo.
2 PRINCÍPIOS DA TERMODINÂMICA
33
Fernando chegou à conclusão de que, quando Gustavo passa por este lu-
gar, o barro da estrada acabava danificando o retentor do cubo de roda,
permitindo que a graxa saia e os roletes do rolamento fiquem sem lubrifi-
cação, o que ocasionava o superaquecimento e fazia o rolamento fundir9.
RECAPITULANDO
Até este momento, você aprendeu alguns conceitos iniciais e fundamentais para seu apren-
dizado. A partir de agora, você conhecerá todos os sistemas mecânicos de uma motocicleta.
Neste capítulo, serão tratados sistemas como: motor, transmissão, freios, suspensão e direção.
Desta forma, ao encerrar este capítulo, você estará apto a:
a) compreender o funcionamento dos sistemas mecânicos de motocicletas;
b) identificar os tipos, funções, componentes e funcionamento dos mais variados sistemas
mecânicos de uma motocicleta;
c) reconhecer as características construtivas dos sistemas, visando melhor interpretação do
seu funcionamento;
d) aplicar procedimentos de manutenção e ajustagem, conforme especificações técnicas
fornecidas pelos fabricantes de motocicletas;
e) identificar anomalias e suas respectivas causas e correções;
f) realizar o diagnóstico preciso e eficiente dos sistemas mecânicos das motocicletas;
g) realizar os serviços de manutenção de acordo com o padrão de qualidade do fabricante,
de maneira eficiente, precisa e ética.
Em todos esses assuntos você aprenderá definições, tipos, funcionamento e funções, além
de conhecer os componentes de cada um deles. Você observará que este material é técnico,
por isso, leia-o com atenção e, se achar necessário, releia as partes que mais lhe convier.
Preparado para começar? Em frente!
MANUTENÇÃO DE SISTEMAS MECÂNICOS DE MOTOCICLETAS
36
3.1 DEFINIÇÃO
O sistema de suspensão é aquele que nos permite rodar mesmo em vias esbu-
racadas. Se as motos não tivessem suspensão, a vibração e o desconforto seriam
tão grandes que seria muito difícil conduzi-las.
Você deve saber que o sistema de direção é que permite manobrar a motoci-
cleta. É esse sistema que, muitas vezes, é ignorado e deixado de lado por muitos
condutores, que deixam por fazer sua manutenção quando não há mais como
rodar. O que muita gente não sabe é que os sistemas de direção e suspensão tra-
balham juntos e são responsáveis pela segurança da motocicleta. O fato é que a
principal função da suspensão é manter as rodas e pneus firmes ao solo. Se uma
suspensão não funciona corretamente, sua ação será ineficaz e, com isso, o pneu
não ficará firme no asfalto. Se isto ocorrer, o pneu terá menos aderência, o que
dificultará a realização de uma manobra mais complexa, assim como o freio será
menos atuante, pois a roda possuirá um atrito menor com o solo.
Conheça, a seguir, os tipos de suspensão, seguidos de alguns exemplos que
lhe ajudarão a compreender melhor o conteúdo apresentado.
3.2.1 TIPOS
SUSPENSÃO DIANTEIRA
Nas motocicletas mais antigas era usada a suspensão do tipo Garfo Estilingue
ou Tradicional. Atualmente, a suspensão mais utilizada é a do Tipo Ceriani – mais
conhecida como Garfo Telescópio. Esta última é constituída de dois cilindros fi-
xados na mesa da suspensão, possui válvulas, vedadores e molas em seu interior
para fazer a ação de subir e descer suavemente, utilizando, para tal, um óleo lubri-
ficante específico para este tipo de suspensão.
iStockphotos ([20--?])
SUSPENSÃO TRASEIRA
1 Variantes regionais
PERCEPÇÃO
fatores no alvo:
1.Novidade
B
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
PERCEPÇÃO
Percepção
Onde:
A – Raio de atuação da balança de suspensão.
B – Curso de compressão dos elos da mola.
Repare que, no modelo de suspensão pró-link (conforme figura), a roda tra-
seira é fixada na ponta da balança e o amortecedor é instalado perto da base
contrária da roda. Com isso, a força que a roda faz no amortecedor é grande, de-
vido à alavanca criada pela balança e, por esse motivo, a balança e o amortecedor
devem ser reforçados. Sendo assim, não é indicada a sua substituição por peças
de qualidade duvidosa.
3 SISTEMAS MECÂNICOS DE MOTOCICLETAS
39
3.2.2 FUNÇÃO
Você sabia que a suspensão é responsável por fornecer conforto para o piloto
durante um percurso, por menor que seja? Se não houvesse suspensão, cada im-
perfeição na estrada faria com que a moto saísse do solo, e este é um risco muito
grande, pois o piloto precisaria frear toda vez que encontrasse uma imperfeição.
A suspensão auxilia no momento em que a moto é freada, pois uma vez acio-
nados os freios, tanto o peso da motocicleta quanto o do piloto fazem com que
ambos sejam projetados para frente, permitindo que a traseira da motocicleta
levante. Ao mesmo tempo, se não houvesse a suspensão dianteira, a queda seria
inevitável. Por isso, é correto dizer que a principal função da suspensão é manter
a estabilidade da motocicleta e deixá-la firme ao solo.
Já a função da direção é simples, pois consiste em permitir realizar manobras e
dirigibilidade com conforto e segurança ao piloto e aos demais no trânsito.
Cilindro interno
1 Variantes regionais
interno
Orifícios
fatores no alvo:
controladores Cilindro externo
1.Novidade
1.Novidade
Câmara C 1.Novidade
Válvula de
sentido único Câmara B
Cilindro interno
1 Variantes regionais
interno
Orifícios
fatores no alvo:
controladores Cilindro externo
1.Novidade
1.Novidade
Câmara C 1.Novidade
Válvula de
sentido único Câmara B
C95 M 5 Y 85 K 65
Orifícios de Câmara A C48 M 18 Y 88 K 17
passagem de óleo
CÁSTER E TRAIL
Trail
Figura 16 - Cáster e trail
Fonte: Adaptado de Portal Auto (2012)
SUSPENSÃO TRASEIRA
CRF230 ([20--?])
Figura 17 - Suspensão traseira
DIREÇÃO
1 MANETE
FREIO
Você já deve ter reparado que as motocicletas estão cada vez mais potentes
e ágeis, mas a força é nada sem o controle. Por isso, é necessário um sistema que
permita controlar toda essa força. O principal sistema que nos possibilita este
controle é o sistema de freios, que tem por função frear a motocicleta, para que
se possa diminuir a velocidade ou parar no ponto desejado.
Conheça, a seguir, as principais características dos freios.
Como você pode ver, existem dois tipos de sistema de freio. As características
de cada um, você conhece a seguir.
FREIO A TAMBOR
PERCEPÇÃO
fatores no alvo:
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
C48 M 18 Y 88
Paulo Cordeiro (2012)
PERCEPÇÃO
Percepção
FREIO A DISCO
O sistema de freio a disco, como você deve saber, utiliza acionamento hidráu-
lico em seu funcionamento. No guidão é instalado o manete de acionamento e
nele existem um reservatório e um cilindro mestre. Do cilindro mestre até a pinça
de freio é instalada uma tubulação ou mangueira de freio. A pinça de freio, por
sua vez, é fixada em dos garfos da suspensão; e o disco de freio, na roda.
Dentro deste sistema existe o fluido de freio, que deve ser trocado conforme
recomendação do fabricante ou a cada dois anos.
Freio acionado
Pastilha de freio
Paulo Cordeiro (2012)
Dentro do sistema existe o fluido de freio, que deve ser trocado conforme re-
comendação do fabricante, ou a cada dois anos. Os fluidos de freio possuem uma
classificação quanto ao seu ponto de ebulição, ou seja, referente à temperatura
em que fervem. Assim, os fluidos de freio são classificados como DOT 03, DOT 04
e DOT05. Quanto maior o número de DOT, maior o ponto de ebulição.
O ponto de ebulição influencia na durabilidade do freio, pois quando freamos,
o atrito entre disco e pastilhas gera um calor enorme. Quando este calor se ex-
cede e aquece demais o fluido de freio, faz com que se percam propriedades de
resistência. Por este motivo, foram desenvolvidos tipos de freio mais resistentes
ao aquecimento do sistema de freio.
Há o alerta de que os fluidos de freio de classificação diferente jamais devem
ser misturados, pois devido ao seu projeto de fabricação, a mistura causa reações
químicas que destroem alguns aditivos adicionados ao fluido de freio para au-
mentar sua resistência. O mesmo ocorre se misturarmos fluidos de freio de mar-
cas diferentes, mesmo com a mesma classificação, isto por que cada fabricante
produz seu fluido de freio conforme sua própria fórmula, logo, cada um fabrica o
fluido de freio com uma composição diferente da outra.
3 SISTEMAS MECÂNICOS DE MOTOCICLETAS
49
Pistão
Pinça
Disco
Cubo de roda
O fluido de freio deve estar livre de bolhas de ar. Para esse procedimento, deve
ser realizada a sangria do sistema, que é bastante simples. Veja!
Você sabe qual é o procedimento para a troca das pastilhas de freio? E para
desmontar a pinça de freio? Acompanhe o passo a passo, a seguir, para saber
como realizar essas duas atividades.
Passo 1:
Verifique a espessura das pastilhas e dos discos de freio. No caso das motos
de 125cc, o limite de desgaste das pastilhas é de aproximadamente 0,8mm; e dos
discos, de 0,5mm. Sendo que esse valor pode variar conforme a recomendação
de cada fabricante.
Passo 2:
Para remover a pastilha de freio: primeiramente, remova os parafusos de se-
gurança da pinça de freio e, em seguida, os parafusos de fixação. Fazendo isso,
você poderá remover as pastilhas e as molas das pastilhas. Se você for trocar as
pastilhas de freio, é necessário substituir as molas das pastilhas também.
Passo 3:
Meça a espessura da pastilha (letra a da figura a seguir) para determinar se é
necessária a substituição.
3 SISTEMAS MECÂNICOS DE MOTOCICLETAS
53
PERCEPÇÃO
Percepção
2 1
Passo 4:
A montagem das pastilhas de freio é feita de forma simples. Basta realizar o
contrário da desmontagem, com uma pequena diferença.
Para que você possa encaixar as pastilhas na pinça e depois ao disco de freio,
é necessário que você recolha os pistões da pinça de freio. Para isso, conecte uma
mangueira na extremidade superior do parafuso de sangria da pinça de freio e
posicione a outra ponta da mangueira dentro de um reservatório adequado para
coletar o fluido de freio que sairá.
Passo 5:
Em seguida, afrouxe o parafuso de sangria. Para recolher os pistões da pinça,
empurre-os para dentro da pinça de freio com os próprios dedos. Você deve ter
cuidado para não se machucar, pois estará trabalhando com fluido de freio, que
pode fazer escorregar sua mão ou causar danos à sua pele e seus olhos.
Passo 6:
Depois de recolhidos os pistões da pinça, feche o parafuso de sangria da pinça
de freio. Esse procedimento de abrir e fechar o sangrador serve para você eliminar
a pressão do sistema e conseguir empurrar os pistões para dentro da pinça de
freio.
MANUTENÇÃO DE SISTEMAS MECÂNICOS DE MOTOCICLETAS
54
Passo 7:
Instale a pinça de freio no local adequado e coloque os parafusos de segurança
do corpo e o eixo guia da pinça de freio. Monte o eixo guia levemente lubrificado,
mas tome cuidado para que a graxa não entre em contato com as pastilhas e dis-
co de freio. Todos os parafusos devem ser apertados com o uso de torquímetro,
aplicando o aperto específico, conforme as orientações do fabricante.
Passo 8:
Após toda a montagem das pastilhas e da pinça de freio, verifique o nível do
fluido de freio, seguindo as orientações descritas anteriormente ou seguindo o
manual do fabricante. Verifique, ainda, se o freio está funcionando perfeitamente
antes de entregar a motocicleta ao cliente. Lembre-se de que a qualidade de ser-
viço deve sempre atender aos padrões de qualidade do fabricante.
Passo 9:
Para desmontar a pinça de freio, você deve proceder à remoção da mesma
maneira que você procedeu para trocar a pastilha de freio. Em seguida, abra o
sangrador da pinça e deixe o fluido de freio sair. Depois disso, remova os pistões
da pinça, utilizando, para isso, o ato de puxar os pistões e, se eles não saírem, você
pode colocar uma borracha ou um taco de madeira na ponta dos pistões e injetar
ar comprimido no orifício de sangria da pinça.
Nessa ação de remover os pistões, você deve tomar muito cuidado com a se-
gurança das suas mãos, pois os pistões sairão com muita força e podem lhe ma-
chucar. Por isso, é necessário colocar uma borracha ou um taco de madeira na
ponta dos êmbolos da pinça de freio.
Passo 10:
Por fim, você deve remover os retentores da pinça de freio, os quais devem ser
substituídos sempre que removidos ou quando a pinça de freio for desmontada.
No decorrer deste capítulo,você conhecerá o conceito e função dos retentores.
Depois de realizar este procedimento, fique atento para as seguintes dicas.
a) Após desmontar a pinça de freio, verifique o estado dos pistões. Analise se
existem arranhões, se está oxidado ou possui desgaste irregular ou excessi-
vo.
b) Verifique, ainda, se existem trincas ou danos no corpo do êmbolo. Se existir
qualquer uma das irregularidades mencionadas, o êmbolo da pinça de freio
deverá ser substituído. Junto da substituição do pistão da pinça devem ser
trocados os retentores e guarda-pós.
3 SISTEMAS MECÂNICOS DE MOTOCICLETAS
55
CASOS E RELATOS
3.3 MOTOR
É possível afirmar que este é o componente mais importante, pois, sem ele,
a motocicleta torna-se uma bicicleta sem pedais. O motor possibilita o desloca-
mento de um ponto a outro sem fazer muito esforço. É, sem dúvidas, o compo-
nente que mais interessa aos mecânicos, uma vez que ele permite realizar diver-
sas manutenções e melhorias quando se trabalha a potência.
O motor pode ser definido como uma máquina de combustão interna, que
transforma energia química em calor, o que, por sua vez, transforma-se em ener-
gia mecânica. Transforma, ainda, movimento linear em movimento rotativo,
criando, assim, condições para que ocorra transmissão de sua força para as rodas.
3.3.1 FUNÇÃO
TIPOS
Yamaha ([20--?])
Figura 36 - Motor em “V”
iStockphotos ([20--?])
MOTORES OHV
1 Variantes regionais
PERCEPÇÃO
fatores no alvo:
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
C48 M 18
Paulo Cordeiro (2012)
PERCEPÇÃO
Percepção
Figura 40 - Virabrequim
4 IMPUREZAS
b) Camisa ou Cilindro
É o local onde ocorre a combustão. Possui aletas3 laterais para auxiliar na re-
frigeração. Isto porque, nas motocicletas, mesmo que equipadas com sistema de
refrigeração líquida, o calor é muito grande e é preciso auxílio do deslocamento
do ar, gerado pelo movimento da motocicleta.
O cilindro do motor de uma motocicleta é um componente que exige muitos
cuidados por parte do mecânico. Ele é instalado na parte central do motor, entre
o cabeçote e o bloco do motor. Normalmente, o cilindro do motor é fabricado
por uma liga metálica, comumente de duralumínio, que possui como principal
característica o fato de ser muito leve, porém pouco resistente.
Então, você pode estar se perguntando: por que utilizar o duralumínio se ele
tem baixa resistência? É por que ele torna a produção mais barata e, ainda assim,
possibilita ter uma vida útil considerável, uma vez que o bloco do motor também
é fabricado com esse tipo de material. Mas, normalmente, essa liga é utilizada
em motores de baixa cilindrada. No caso de motores mais potentes, a liga a ser
utilizada é mais resistente.
3 SISTEMAS MECÂNICOS DE MOTOCICLETAS
65
O pistão desliza dentro do cilindro do motor, arrastando seus anéis pelas pa-
redes internas do cilindro. Por tal motivo, essa superfície lateral do cilindro não
pode ser do mesmo material que o restante do cilindro. Sendo assim, dentro da
camisa é instalada uma luva de metal feita de aço, com resistência a altas tempe-
raturas e também ao atrito, uma vez que o pistão terá seu movimento linear alter-
nado dentro do cilindro, ou seja, irá realizar um movimento de subida e descida
durante o funcionamento do motor.
Como você viu, o pistão executa movimentos de subida e descida diversas
vezes por minuto, sendo assim, a camisa precisa suportar todo o aquecimento
e atrito gerado por esses movimentos. A camisa que o cilindro recebe normal-
mente não pode ser substituída individualmente, mas é claro que isso depende
do modelo do motor, pois existem as camisas removíveis e as fixas. Quando é
necessário realizar um reparo em um cilindro fixo, a retífica de motores deverá
conferir, na medida em que a camisa se encontra, e retificá-la, deixando-a na me-
dida especificada pelo fabricante.
Mesmo que a camisa seja do tipo removível, o retificador precisará realizar o
brunimento dela. Brunimento é o ato de passar uma ferramenta giratória com
extremidades abrasivas, realizando o movimento de subida e descida dentro do
cilindro. Com esse movimento, ficarão no cilindro marcas cruzadas.
Se a motocicleta rodar sem o filtro do ar, ou ainda, com o filtro danificado, as
impurezas4 que entrarão no motor certamente se deslocarão para dentro do ci-
lindro e irão danificar as paredes, devido ao contato dos anéis do pistão com elas.
Esse desgaste pode ser natural, uma vez que a quantidade de movimentos gasta
as paredes do cilindro e, com isso, o motor baixa a compressão dentro da camisa,
deixando-o fraco e, podendo, às vezes, passar a consumir óleo de motor.
Mateus Henrique Mendes ([20--?])
1 Variantes
PERCE
fatores no alvo:
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
PERCEPÇÃO
Percepção
c) Cabeçote
Tem a função de fechar a camisa, deixando o ar entrar e os gases saírem atra-
vés das válvulas. Ao realizar um reparo no cabeçote, observe se o serviço ficou
bem feito e, ao montar, aperte os parafusos sempre em X. Utilize o torquímetro
para dar o aperto exato nos parafusos do cabeçote.
Como você pode perceber, as válvulas do cabeçote têm a função de vedar a
entrada e saída do ar e dos gases provenientes da combustão de dentro do cilin-
dro. Cada cabeçote possui, no mínimo, duas válvulas: sendo uma a válvula de
admissão, que tem como função permitir a entrada de ar e combustível dentro
do motor; e a outra, a válvula de escape, que tem por objetivo permitir a saída
dos gases de escapamento no momento exato.
Essas válvulas possuem um movimento linear alternativo, ou seja, executam o
movimento de subida e descida para dentro do motor. Para isso, elas são instala-
das dentro de guias, as quais servem como condutores para as válvulas, que têm
sua haste em contato com os guias. Esses guias servem de proteção ao cabeçote,
uma vez que, se a válvula tivesse sua haste percorrendo diretamente sobre o ca-
beçote, o desgaste do duralumínio seria em curto prazo, devido ao atrito gerado
durante o funcionamento do motor.
3 SISTEMAS MECÂNICOS DE MOTOCICLETAS
67
Outra função dos guias das válvulas é a de vedação de óleo, ou seja, o guia au-
xilia a não permitir que o óleo que percorre em cima do cabeçote - para lubrificar
os eixos balanceiros - não entre no cilindro. Para auxiliar nessa função, acima do
guia de válvula é instalado um retentor de válvula, conforme você pode visuali-
zar, na figura a seguir.
A abertura das válvulas é feita de fora para dentro, ou seja, elas entram no cilin-
dro quando se abrem e, ao fecharem, projetam-se para fora, entrando em contato
com a sede das válvulas no cabeçote. A sede das válvulas é o local em que ocorre
a vedação. Para isso, a face de vedação entra em contato com a sede. É comum
ouvir dizer que foi realizado o assentamento das válvulas no cabeçote. Isso quer
dizer que foi feito um ajuste de vedação entre a sede da válvula e a face de conta-
to. Se surgirem folgas entre a haste da válvula e o guia, o condutor e o mecânico
perceberão um ruído de tipo semelhante a uma batida entre dois metais.
As válvulas necessitam ser reguladas periodicamente, pois sua extremidade
superior fica em contato com o balanceiro e, este, por sua vez, realiza movimen-
tos alternados em cima da haste da válvula, o que gera desgaste. Por esse motivo,
existe um parafuso no balanceiro que serve para regular essa folga.
A folga da válvula está diretamente ligada ao seu funcionamento, já que sua
abertura precisa ser no momento certo e por um tempo determinado. Logo, se a
folga for maior do que deveria, a válvula vai demorar a abrir e se fechará mais rápi-
do. Do contrário, se a folga for menor do que o especificado, ela abre antes do que
deveria e fecha-se mais tarde, ficando mais tempo aberta do que o necessário.
Isso faz com que o motor perca potência, uma vez que a compressão irá escapar
pela válvula, que ficará muito tempo aberta.
No caso da folga ficar acima do especificado, o motor não chega a perder po-
tência, mas escuta-se uma batida muito forte entre dois metais e, nesse caso, é
correto dizer que o motor está batendo válvula.
Paulo Cordeiro (2012)
d) Comando de válvulas
É um eixo de excêntricos que possui diversos ressaltos para o acionamento
das válvulas do motor. A posição de cada came varia de acordo com a posição e o
tempo de abertura das válvulas.
e) Cárter
É o reservatório de óleo que, além de armazená-lo, também o resfria. Em al-
gumas motos que possuem um motor com mais de um cilindro, é utilizado um
radiador de óleo para auxiliar no resfriamento do óleo do motor.
f) Bronzinas
São conhecidos também como casquilhos, fabricados em aço e constituídos
de diversas camadas de diferentes materiais, sendo que a camada superior é feita
de um material antifricção. O formato é de dois semicírculos que se completam
uniformemente, formando o revestimento de proteção entre virabrequim e man-
cais, conforme representado na figura.
MANUTENÇÃO DE SISTEMAS MECÂNICOS DE MOTOCICLETAS
70
1 Variantes regionais
fatores no alvo:
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
C
Canal de óleo C48 M 18 Y 88
Figura 48 - Bronzinas
Fonte: Adaptado de SENAI (2003)
1 Variantes regionais
PERCEPÇÃO
Furo
fatores no alvo:
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
Ressalto 1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
C95 M 5 Y 85 K 65
C48 M 18 Y 88 K 17
Paulo Cordeiro (2012)
PERCEPÇÃO
Percepção
Nas bronzinas existe, ainda, um canal por onde passa o óleo lubrificante, o
qual chega sob pressão através de orifícios fabricados no virabrequim.
1 Variantes regionais
Canal
PERCEPÇÃO
fatores no alvo:
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
Paulo Cordeiro (2012)
C95 M 5 Y 85 K 65
C48 M 18 Y 88 K 17
PERCEPÇÃO
Percepção
g) Pistão ou Êmbolo
O êmbolo transmite a força gerada pela combustão ao virabrequim, por meio
da biela. Para isso, o êmbolo deve ser leve, ou seja, possuir baixo peso específi-
co. Deve ter, ainda, alta resistência e rápida dissipação de calor. O êmbolo possui
uma área de deslizamento em sua saia, e essa área de deslizamento normalmente
recebe um revestimento metálico de chumbo ou estanho, para aumentar sua re-
sistência nessa área.
O pistão é fabricado em liga de alumínio e produzido em formato cilíndrico; sen-
do a parte superior fechada e a inferior, aberta. Seus principais componentes são:
a) cabeça;
b) zona dos anéis;
c) saia;
d) alojamento do Pino.
1 Variantes regionais
fatores no alvo:
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
Canaletas para anéis 1.Novidade
1.Novidade
de óleo
PERCEPÇÃO
Percepção
Os pinos que fixam o pistão à biela podem variar em três tipos, sendo: pino
flutuante, pino semiflutuante e pino fixo. Os pinos flutuantes são aqueles que
deslizam pela biela e pelo êmbolo. Esses pinos têm seu movimento limitado pe-
los anéis trava.
PERCEPÇÃO
Pino
fatores no alvo:
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
Anel trava
C95 M 5 Y 85 K 65
Paulo Cordeiro (2012)
Biela C48 M 18 Y 88 K 17
PERCEPÇÃO
Percepção
1 Variantes regionais
PERCEPÇÃO
fatores no alvo:
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
C48 M 18 Y
1 Variantes regionais
PERCEPÇÃO
fatores no alvo:
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
C48 M 18 Y
Paulo Cordeiro (2012)
PERCEPÇÃO
Percepção
Figura 57 - Biela
Fonte: Adaptado de Porto Eixo (2012)
h) Anéis do pistão
São anéis de aço instalados no pistão para fazer a vedação do pistão e a ca-
misa. Os anéis são classificados em três tipos: o Anel de Fogo é o primeiro anel,
assim é conhecido por ser o único a entrar em contato com a combustão, mas
também pode ser chamado de anel de compressão. O segundo anel é conhecido
como Anel Raspador, pois tem como função raspar o excesso de óleo da camisa.
O terceiro anel é o Anel de Óleo, que tem por função lubrificar a lateral do cilin-
dro e do pistão. Todos os três têm uma posição exata de montagem, que consiste
em montar sua marca para cima e suas pontas uma longe da outra, dispostas a
120º uma da outra.
Veja uma representação dos anéis, na figura seguinte.
MANUTENÇÃO DE SISTEMAS MECÂNICOS DE MOTOCICLETAS
76
Primeiro anel
(marca “R”)
R
120°
Segundo anel
120° 120° Primeiro anel
(marca “RN”)
RN
Segundo anel
A A: 20mm ou mais
i) Retentores
São anéis de borracha responsáveis por fazer a vedação de eixos. Esses veda-
dores são importantes para a vedação do sistema de lubrificação, uma vez que o
virabrequim, por exemplo, precisa ser lubrificado por completo e o óleo não pode
sair do motor. Por esse motivo, é necessária a utilização de anéis de vedação espe-
ciais. Os retentores possuem uma estrutura de metal recoberta por borracha, e é
essa borracha que faz a vedação, quando entra em contato com o metal.
O diâmetro externo do retentor entra em contato com a carcaça do motor, ou
qualquer que seja a peça a ser vedada, enquanto que os lábios de vedação per-
manecem em contato com o eixo, auxiliados por uma mola para fazer a perfeita
vedação no seu diâmetro interno. O retentor possui, ainda, um guarda-pó para
evitar que impurezas danifiquem seu lábio de vedação. Conforme é simulado, na
figura a seguir.
3 SISTEMAS MECÂNICOS DE MOTOCICLETAS
77
Diâmetro externo
Diâmetro interno
Altura
Guarda-pó Mola
Carcaça metálica
j) Juntas
As juntas são responsáveis por fazer a vedação entre as peças. A junta do ca-
beçote é uma das juntas mais importantes do motor, uma vez que, se ela vazar, o
motor perderá rendimento, o que pode danificar por completo o motor. Esta jun-
ta é instalada entre o cabeçote e o cilindro, sendo obrigatória a sua substituição,
sempre que for removida.
As peças metálicas, mesmo que bem usinadas e lisas, apresentam uma determi-
nada rugosidade. A rugosidade é o índice de medida das imperfeições microscó-
picas das superfícies dos metais. Se você colocar duas superfícies metálicas, muito
bem usinadas e lisas, e apertá-las bastante, ainda ocorrerá um vazamento, pois essas
superfícies, por si só, não são capazes de realizar a vedação de um sistema hidráulico.
Para que um sistema hidráulico qualquer não gere vazamentos, é preciso que
entre as superfícies metálicas exista um componente de material próprio para
realizar a vedação. A borracha é um material de vedação excelente, pois sua es-
trutura deforma-se com facilidade, sem perder suas propriedades, conforme lhe é
aplicada uma determinada força. Essa deformação permite que a borracha preen-
cha espaços porosos das superfícies metálicas, impedindo a passagem de fluidos
entre esses locais. Por esse motivo, a borracha é tão utilizada em materiais de ve-
dação na área automotiva e, até mesmo, industrial. Mas existe um fator negativo
na borracha: ela não suporta altas temperaturas.
Devido a esse fato, determinadas juntas de vedação, que trabalham com tem-
peraturas elevadas, não podem ser de borracha. Essas juntas de vedação devem
se deformar para preencher os espaços entre as superfícies, através do seu coe-
ficiente de esmagamento. Mas esse esmagamento não pode romper suas fibras
internas, caso contrário, irá destruir as propriedades de vedação da junta. Por isso,
quando você realizar a montagem de um componente que possua uma junta de
vedação, você deve utilizar o torquímetro para aplicar o aperto correto nos para-
fusos, preservando, dessa maneira, a vida útil da junta de vedação.
Se os parafusos de um determinado componente que utilize junta de vedação
forem apertados demais, as fibras internas da junta se romperão e, com isso, suas
propriedades serão afetadas, impedindo que ela vede a passagem de fluidos. Por
outro lado, se os parafusos receberem um aperto baixo, considerado fraco, este
não será suficiente para esmagar a junta a ponto de sua estrutura deformar-se
conforme a superfície e vedar a passagem de fluidos.
Sempre que você realizar a manutenção em um componente, independen-
temente do tipo de sistema em que ele trabalhe, se o mesmo possuir uma junta,
você jamais deve reutilizá-la, mesmo que ela esteja em estado de nova ou que
você tenha acabado de colocá-la e precisou removê-la novamente, por algum
motivo qualquer. Neste caso, se a junta de vedação recebeu algum tipo de aper-
to, deve ser substituída.
3 SISTEMAS MECÂNICOS DE MOTOCICLETAS
79
k) Bomba de óleo
É responsável por enviar o óleo do motor sob pressão para o sistema de lubri-
ficação. A bomba de óleo pode ser construída por palhetas: o que consiste em
um eixo com ranhuras onde são instaladas palhetas e, ao girá-las, a força da cen-
trífuga faz com que as palhetas sejam projetadas contra a parede da bomba de
óleo. Com isso, o óleo é empurrado para um orifício de saída, criando pressão no
momento em que o diâmetro da bomba de óleo diminui.
A bomba de óleo pode ser, ainda, do tipo rotor, a qual é construída com um ou
dois rotores. Sendo que, ao girá-los, o rotor interno movimenta o rotor externo.
Os dentes dos rotores fazem com que o óleo crie pressão, conforme o espaço
entre eles diminui. Sempre que for necessário realizar um reparo no motor, em
que o defeito tenha sido causado por problema de má lubrificação, ou se o motor
precisar ser retificado, confira o estado da bomba de óleo.
Para isso, você deve medir a folga entre o rotor externo e a carcaça da bomba
e, depois, medir a folga ente o rotor interno e o rotor externo. Os valores encon-
trados devem ser comparados com os valores determinados pelos fabricantes,
descritos nos manuais de reparação das motocicletas.
MANUTENÇÃO DE SISTEMAS MECÂNICOS DE MOTOCICLETAS
80
5 ELETRODOS
Rotor externo
l) Vela de ignição
Responsável por produzir centelha para que a mistura entre em combustão. As
velas de ignição possuem uma classificação quanto à sua temperatura de trabalho.
Por este motivo, quando for necessário substituir a vela de uma motocicleta, isto
deve ser feito trocando-a por uma nova e de especificação igual à original. Para
determinar se uma vela de ignição está boa ou não, você deve testar se está saindo
faísca e, principalmente, verificar a folga entre os eletrodos5. Se a vela como um
todo estiver em bom estado, apenas ajuste a folga, utilizando um cálibre de folgas.
Disk Peças ([20--?])
As velas de ignição são constituídas por: uma porca terminal, onde o cabo de
vela é conectado; um isolador de cerâmica, com corrugações que evitam a des-
carga elétrica; eletrodos e vedações. A ponta da vela é conhecida como ponta ing-
nífera e possui este nome porque é nesta ponta onde ocorre a ignição da vela, ou
seja, o centelhamento, o qual permitirá o funcionamento do motor da motocicleta.
Nas velas de ignição estão gravadas uma série de números e letras, os quais
representam seu modelo e classificação. Desta forma, é possível identificar qual
a vela de ignição correta a ser usada. Acompanhe, na figura a seguir, a tabela de
classificação da NGK6.
Tabela 1 - Tabela de classificação das velas de Ignição
1 Variantes
1 Variantes regionais
Variantes regionais
82
1
B C P R 5 E 1 Variantes regionais
S 1 Variantes regionais
11
PERCEPÇÃO PERCE
PERCEPÇÃO PERCEPÇÃO PERCEPÇÃO
fatores no alvo:
fatores no alvo:
fatores no alvo:
???? ?????? 1.Novidade
1.Novidade fatores no alvo: fatores no alvo:
1.Novidade 1.Novidade
1.Novidade 1.Novidade 1.Novidade
1.Novidade 1.Novidade
1.Novidade 1.Novidade 1.Novidade
1.Novidade 1.Novidade
1.Novidade 1.Novidade 1.Novidade
1.Novidade 1.Novidade
1.Novidade 1.Novidade 1.Novidade
1.Novidade 1.Novidade
1.Novidade 1.Novidade 1.Novidade
1.Novidade 1.Novidade 1.Novidade
1,1 mm
PERCEPÇÃO
PERCEPÇÃO PERCEPÇÃO
Percepção PERCEPÇÃO
Percepção Percepção Percepção
DIÂMETRO MEDIDA DO PONTA
C95 M 5 Y 85 KMODELO
65 DE TÉRMICO
GRAUC95 M 5 Y 85 K 65
COMPRIMENTO TIPO DE CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS (mm) FOLGA ENTRE
C95 M 5 Y 85 K 65 C95 M 5 Y 85 K 65
HEXAGONOC48 M 18
SALIENTE
Y 88 K 17 DO VELAS DA ROSCA (mm) ASSENTO C48
DA ROSCA C48 M 18 Y 88 K 17 C48 M 18 Y 88 K 17 C48 M 18 Y 88ELETRODOS
K 17
(mm) (mm) ISOLADOR (mm)
(mm)
A = 18,0 A = 25,4 P = MIN. 1,0 R = vela N = 12,7 F = assento SEM LETRA = vela de ignição com corte em V no eletrodo 8 = 0,8
B = 14,0 A-F = 20,8 SEM LETRA = resistiva E = 19,0 (ass. cônico central 9 = 0,9
MANUTENÇÃO DE SISTEMAS MECÂNICOS DE MOTOCICLETAS
C = 10,0 B = 20,6 ou 20,8 MENOR QUE Z = vela com Plano) SEM LETRA C = eletrodo central inclinado 10 = 1,0
tipo quente
D = 12,0 BM = 19,0 1,0 resistência em 2 17,5 tipo B-F = assento G = isolador com formato “bolsa“ 11 = 1,1
E = 8,0 B-F = 16,0 K = Código di- fio espiralado 3 22,6 tipo A-F plano J = 2 eletrodos laterais (formato especial) 13 = 1,3
4
G = PF 1/2 BM-F = 16,0 mensional da SEM LETRA = L = 11,2 K = 2 eletrodos laterais (formato especial) 14 = 1,4
5
C = 16,0 ponta saliente vela padrão EH = tipo ½ rosca T = 3 eletrodos laterais (formato especial) 15 = 1,5
6 uso
D = 18,0 do isolador – p U = centelha 7 normal Compr. da rosca: Q = 4 eletrodos laterais (formato especial) 20 = 2,0
E = 13,0 por descarga 8 12,7 L = grau térmico médio SEM LETRA =
G = 23,8 V.I. = tipo BCP superficial (85) Compr. até o LM = comprimento do corpo saliente do isolador: 14,5 e 18,5 gap padrão
de acordo com M = tamanho 9 assento: 19,0 M = comprimento do corpo saliente do isolador: 14,5 e 18,5
(95)
as especifica- compacto SEM LETRA = N = vela de ignição comum com eletrodo lateral modificado
10 corrida Tipo
ções da norma L = vela curta Compr. P = eletrodo central de platina
(105)
ISO - BK S = vela blin- 11 A 12,0 R = 3 eletrodos interligados em formato DELTA
dada 12 tipo frio A-F 10,9 V = série V com eletrodo central de AuPd
SEM LETRA = 13 B e BM 9,5 VX = série V com eletrodo central em platina
vela padrão 14 B-F 11,2 X = com gaps em série para motores de popa. Para autos
BM-F 11,2 eletrodo central com pastilha de platina
C 8,5 Y = vela de ignição com corte V no eletrodo central
G 22,5 A, B, D, Z = método especial
S = vela comum
Fonte: Adaptado de Renault Clube (2012)
3 SISTEMAS MECÂNICOS DE MOTOCICLETAS
83
PERCEPÇÃO
fatores no alvo:
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
C95 M 5 Y 85 K 65
C48 M 18 Y 88 K 17
ou na válvula
Figura 66 - Projeção das velas de ignição
Fonte: Adaptado de Renault Clube (2012)
7 OBSTRUÍDO
Face do ressalto e Cabeça da Biela
É quando o acúmulo de mancal da árvore
impurezas e sujeira torna- de comando
se muito cheio, com isso,
dificulta a passagem de
fluidos ou do ar e, por isso, Parede do Cilindro
dizemos que está obstruído. Corrente de
Eixo do Balancim
Comando
Rolamento do
Colo da Biela
1 Variantes regionais
da embreagem
Rolamento da
árvore secundária
Rolamento da Filtro de óleo
árvore primária
Árvore secundária
e engrenagens C48 M 18
Bomba de óleo
PERCEPÇÃO
Árvore primária Percepção
Rolamento da e engrenagens
árvore primária Filtro de coletor
Discos e separadores
de engrenagens
Repare que, paralela ao filtro de óleo, existe uma válvula, que funciona como
válvula de alívio e segurança, pois se o filtro de óleo estiver obstruído7, o óleo não
circulará para o motor. Neste caso, a válvula se abre e libera o óleo para o motor,
mesmo sem ser filtrado, afinal, é preferível que vá óleo não-filtrado a não ir óleo
algum para o motor.
Para que a vela de ignição libere uma centelha no momento certo, contamos
com sistemas elétricos e bobinas de ignição.
O sistema de alimentação de ar conta com um filtro de ar dimensionado con-
forme o projeto do motor e sua aplicação, por isso é imprescindível que esteja
sempre limpo e bem encaixado. Caso contrário, as impurezas podem entrar no
motor e danificar o cilindro e pistão.
O filtro de ar pode ser seco, construído de papel, que necessita ser trocado
sempre que estiver obstruído; ou pode ser do tipo úmido, construído de um ma-
terial parecido com uma esponja, umedecido em óleo e que necessita ser limpo
de tempos em tempos.
Depois que o ar passa pelo filtro, ele se encontra com a gasolina no carbura-
dor, que é responsável por fazer a mistura do ar com o combustível. Quando a
motocicleta possui injeção eletrônica, a mistura ocorre no coletor de admissão.
O volante do motor tem por função permitir o acoplamento da transmissão e
seu peso auxilia a fazer com que o motor continue girando, pois ele compensa os
tempos em que o motor não produz trabalho - o que ocorre somente no momen-
to da combustão. Isto quer dizer que o motor é produtivo somente no tempo de
combustão, sendo que, nos outros tempos, ele não produz força, apenas gasta, e
o volante auxilia a manter o motor girando, devido a seu peso projetado e à força
da inércia.
Na prática, as válvulas permanecem, por um período, abertas ao mesmo tem-
po. Isto ocorre quando termina o tempo de escape e começa o tempo de admis-
são. O cruzamento das válvulas, como é chamado, tem o objetivo de realizar a
limpeza do cilindro do motor, uma vez que, estando as duas válvulas abertas,
a mistura ar/combustível, que entra pela válvula de admissão, auxilia a empur-
rar os gases de escapamento para fora do cilindro do motor. Se este cruzamento
de válvulas não ocorrer corretamente, a motocicleta perde força, além de poluir
mais do que deveria. Por isso, a folga das válvulas é muito importante e deve ser
regulada, periodicamente, quando for realizada uma manutenção preventiva, ou
ainda, corretiva, no motor.
1 Variantes regionais
PERCEPÇÃO
fatores no alvo:
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
C48 M 18 Y
Paulo Cordeiro (2012)
PERCEPÇÃO
Percepção
E por falar em cilindro, você sabe o que é uma cilindrada do motor de uma
motocicleta? Normalmente, as pessoas associam a cilindrada à potência do mo-
tor, mas na verdade, é a capacidade volumétrica do cilindro do motor, ou seja, a
capacidade de ar que cabe dentro do cilindro com todos os componentes. Por
isso, é errado pensar que a cilindrada está relacionada à potência. É claro que
uma motocicleta com baixa cilindrada jamais terá a mesma potência de uma de
alta cilindrada, mas isso não é somente por culpa da cilindrada, existindo muitos
outros fatores.
Para calcular a cilindrada do motor, é preciso aplicar a seguinte fórmula, para
um motor de um cilindro:
D2 . 3,14 . C
VC= ou VC= R2 . 3,14 . C
4
D2 . π . C . N0
CT=
4
8 MANÔMETRO
Trata-se de um tipo de
relógio indicador. Cada
manômetro tem uma
função específica, nas
d
motocicletas geralmente = r
são utilizados para medir h
a pressão de combustível, 2
pressão de óleo e
compressão do cilindro.
Para saber quantas vezes o motor consegue comprimir o ar dentro de seu ci-
lindro é usada a taxa de compressão. Não é possível medir este valor, apenas
calculá-lo, mas para verificar se o cilindro está vazando pelos anéis, é possível me-
dir a pressão da compressão. Para isso, basta utilizar um manômetro8 específico
para motores de motocicletas.
PMS
V+v
PMI
Paulo Cordeiro (2012)
PMS
7,2
V= Volume Espaços
Curso
do Cilindro
PMI
Volume Morto
Fórmulas onde:
RC = razão de compressão
V+v vc + vcc
RC= ou RC= V = volume de cilíndro
v vcc
v = volume da câmara de combustão
10 ARREFECIMENTO Essa diferença de dureza faz com que a camisa se desgaste de forma desigual,
mas os anéis também sofrem um desgaste desigual em virtude do desgaste da
É o mesmo que redução
de calor, esfriamento ou camisa, com isso, ocorre um assentamento entre os dois componentes, evitando
resfriamento. perda de potência.
O momento em que o motor passa pelo amaciamento é quando ele sofre a
maior quantidade de atrito em sua vida útil, esse momento é, sobretudo, o que gera
mais desgaste ao motor, devido ao assentamento dos anéis e paredes do cilindro.
Esse atrito gera desgastes e cria rebarbas nos componentes relacionados.
Sendo assim, se o motor for levado a altas rotações durante o período de ama-
ciamento, sua vida útil será diminuída, devido ao desgaste prematuro do cilindro
do motor. Esse desgaste ocorrerá de forma prematura por causa do assentamento
forçado dos anéis e cilindros do motor.
Quando o condutor segue as recomendações dos fabricantes para a realização
do amaciamento, é normal que, quando a motocicleta atingir uma quilometragem
razoavelmente elevada seja percebido que a mesma passe a funcionar de forma
mais livre, dando a impressão de ter ganhado mais potência. Isso ocorre por que
o assentamento foi então finalizado por completo e, com isso, o motor está traba-
lhando de forma ajustada e livre.
O assentamento do motor não trata apenas do assentamento dos anéis do pis-
tão e da camisa, pois dentro dele existem diversos componentes que trabalham
uns em atrito com outros, como as bielas e o virabrequim, as válvulas do motor
com os guias, as engrenagens da bomba de óleo e tantos outros componentes do
motor. Portanto, durante a fase de amaciamento, o motor está passando por um
assentamento em todos os componentes móveis existentes dentro dele.
Certamente, você já ouviu falar que alguém amaciou o motor em altas rotações
e, com isso, a motocicleta anda mais do que outras com mesma quilometragem
rodada. De fato isso ocorre, pois se enquadra no caso do motor que já foi completa-
mente amaciado. Então essa é a maneira mais correta de amaciar um motor? Não.
Pense bem: amaciando o motor em baixas rotações ele ficará totalmente amacia-
do já quando estiver com uma quilometragem razoável, enquanto que no amacia-
mento em altas rotações o motor ficara completamente amaciado logo no inicio.
Perceba que existe uma perda na vida útil do motor quando o amaciamento é rea-
lizado em altas rotações ou de maneira forçada.
3 SISTEMAS MECÂNICOS DE MOTOCICLETAS
91
Você viu que para um motor funcionar é preciso que os sistemas mecânicos
funcionem de maneira ordenada e que o sistema de lubrificação esteja em per-
feito funcionamento, garantindo uma lubrificação eficiente dos componentes
móveis do motor. Mas, para que o motor mantenha sua vida útil e seu funciona-
mento adequado é importante que a temperatura do motor seja mantida dentro
de um nível ideal de trabalho, ou seja, o motor deve sempre trabalhar em uma
temperatura adequada.
Para controlar essa temperatura foi criado o sistema de arrefecimento, que é
responsável por manter o motor da motocicleta dentro de um regime de trabalho
com a temperatura adequada. Esse sistema trabalha com diversos componentes
e sua construção é projetada para utilizar o deslocamento de ar decorrente do
movimento da motocicleta.
Nas motos de baixa cilindrada, como as 125cc até as 300cc, o sistema de ar-
refecimento10 trabalha com refrigeração a ar e sem a utilização de líquidos para
refrigerar o motor. Nesses casos, o cilindro do motor possui aletas que auxiliam a
dissipar o calor do motor, por meio da passagem de ar por entre essas aletas. Sen-
do assim, quando uma motocicleta fica muito tempo parada, o motor trabalha
mais aquecido e, com isso, o óleo do motor também aquece acima do esperado,
o que diminui a vida útil do motor da motocicleta.
MANUTENÇÃO DE SISTEMAS MECÂNICOS DE MOTOCICLETAS
92
a) Radiador
É um componente que possui tubulações de alumínio expostas. Desta forma,
quando a água circula por dentro dessas tubulações, o ar passa por fora delas,
refrigerando, assim, a água existente lá dentro. O tamanho do radiador é dimen-
sionado conforme a quantidade de água necessária para refrigerar o motor.
b) Válvula Termostática
É responsável por manter o motor dentro da temperatura ideal, ou seja, ela
controla a temperatura do motor. A válvula termostática possui um valor de aber-
tura determinado pelo fabricante. Por exemplo, se a temperatura de trabalho do
motor é 82º, é nessa temperatura que a válvula começa a abrir. A válvula termos-
tática trabalha como uma válvula que abre e fecha, conforme a temperatura.
Quando a válvula está fechada, o líquido de arrefecimento dentro do motor
não passa pelo radiador, desse modo, ele se aquece conforme a temperatura do
cilindro do motor. Após atingir uma determinada temperatura, a válvula termos-
tática se abre e libera a passagem de água para o radiador e, assim, ocorre o res-
friamento do líquido de arrefecimento.
c) Bomba d’água
É a responsável por criar o fluxo de água dentro do sistema de arrefecimento,
fazendo, assim, com que a água circule por todo o motor, possibilitando a troca
de temperatura entre os componentes. A bomba d’água é constituída de um ro-
tor interna que gira constantemente, pois é acionada por um eixo do motor. Essa
hélice empurra a água e cria o fluxo necessário para o funcionamento correto do
sistema.
d) Tampa do radiador
Desempenha uma função muito importante no sistema, pois quando ocorre
um excesso de pressão dentro do mesmo, é necessário que exista um circuito de
alívio. Quem faz esse alívio é a tampa do radiador, uma vez que, se a pressão do
sistema de arrefecimento subir em demasia, a tampa libera essa pressão para o
reservatório, liberando o excesso de água para o mesmo. Algumas tampas expe-
lem o excesso de pressão e de água para a atmosfera, o que diminui o nível do
líquido de arrefecimento, por isso você deve conferir semanalmente o nível do
sistema de arrefecimento.
Se a tampa do radiador apresentar defeito e for trancada aberta, ou ainda, ce-
der a baixas pressões, o condutor da motocicleta perceberá que o nível do líquido
de arrefecimento estará baixando constantemente. Nesse caso, deve ser analisa-
da a causa, uma vez que pode ser também um problema no motor, como a junta
do cabeçote queimada.
MANUTENÇÃO DE SISTEMAS MECÂNICOS DE MOTOCICLETAS
94
Tampa do radiador
PERCEPÇÃO
Bomba de água
C48 M 18 Y
e) Líquido de arrefecimento
Esse líquido não pode ser somente água, uma vez que ela é um forte oxidante
de metais. Para evitar que o motor seja oxidado e, ainda, auxiliar na temperatura,
é acrescentado um aditivo para o sistema de arrefecimento. Esse aditivo é encon-
trado à venda em postos de combustíveis e lojas de motopeças. Lembre-se de
que o tipo do aditivo a ser colocado é determinado pelo fabricante e está descrito
no manual do proprietário, bem como a quantidade a ser colocada.
Passo 1:
Para regular as válvulas, primeiramente deixe o motor esfriar, ou seja, o ajuste
das válvulas sempre deve ser realizado com o motor frio. Além disso, o pistão do
motor deve estar posicionado no PMS – Ponto Morto Superior – e no tempo de
compressão.
Passo 2:
Remova a vela de ignição para facilitar que você gire o motor. Em seguida,
remova os parafusos da tampa lateral do cabeçote (1) e depois retire a tampa
lateral (2).
Passo 3:
Remova as tampas de válvulas de admissão (3) e de escape (4). Depois disso,
remova o bujão de verificação do ponto morto junto de seu anel O-ring (1). Em
seguida, retire o bujão central da lateral do motor (2).
Passo 4:
Depois de removidas as tampas e ajustado o ponto morto, você deve verificar
a folga das válvulas com o cálibre de folgas.
1 Variantes regionais
PERCEPÇÃO
fatores no alvo:
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
C95 M 5 Y 85 K 65
C48 M 18 Y 88 K 17
Paulo Cordeiro (2012)
PERCEPÇÃO
Percepção
Passo 5:
Para realizar a regulagem da folga das válvulas, você deve girar o virabrequim
no sentido anti-horário e alinhar a marca do rotor (a) com o ponto estacionário
(b) da tampa da carcaça, com o pistão no ponto morto superior. Assim, a marca da
engrenagem do comando de válvulas deve alinhar-se com a marca no cabeçote,
confirmando que o pistão está no tempo de compressão.
Nesse momento, você pode realizar o ajuste da folga das válvulas. Para isso,
você deve soltar a contraporca do balanceiro, girar o ajustador (2) para dentro ou
para fora, com o auxílio de uma chave especial (3) até que o cálibre de folgas fi-
que justo na folga, indicando que a folga está ajustada. Se você girar a chave para
dentro, a folga diminui e, se girar para fora, a folga aumenta.
Passo 6:
Para apertar a contraporca, segure o ajustador com a chave especial - para
evitar que ele se mova, uma vez que, se ele se mover, a regulagem será afetada.
Após o aperto da contraporca, você deve conferir a folga para verificar se ficou na
regulagem ideal. Se a regulagem ficar fora do padrão, repita o procedimento até
acertar a folga.
A montagem dos componentes é o contrário da desmontagem, lembrando
que os parafusos devem receber o aperto especificado pelo fabricante da moto-
cicleta.
1 Variantes regionais
PERCEPÇÃO
fatores no alvo:
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
C48 M 18 Y
Paulo Cordeiro (2012)
PERCEPÇÃO
Percepção
Passo 1:
Com o motor ainda instalado no chassi da motocicleta, é possível desmontar
o cabeçote, o cilindro do motor e o pistão. Mas, se você preferir, remova o motor
para uma desmontagem parcial ou completa.
Passo 2:
Para desmontar o motor, primeiro remova o banco da motocicleta, as tampas
laterais da carenagem, o tanque de combustível, o tubo de escapamento, o car-
burador, o cabo da embreagem, o cabo de vela e o suporte de fixação superior
do motor.
Comece removendo a vela de ignição e o coletor de admissão (1). Em seguida,
remova o bujão de verificação de ponto morto (1).
Passo 3:
Remova o bujão central da lateral do motor (2). Depois disso, remova também
as tampas de válvulas e a tampa lateral do cabeçote.
1 Variantes regionais
PERCEPÇÃO
fatores no alvo:
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
C95 M 5 Y 85 K 65
C48 M 18 Y 88 K 17
Paulo Cordeiro (2012)
PERCEPÇÃO
Percepção
Passo 4:
Agora, você deve alinhar a marca (a) do magneto com o ponto do estacionário
(b) da tampa da carcaça. Para fazer esse alinhamento, você deve girar o virabre-
quim no sentido anti-horário até que a marca fique alinhada com o ponto do
estacionário. Ao mesmo tempo, você deve alinhar a marca “I” do comando de
válvulas (c) com a marca do cabeçote. Isto garante que o pistão esteja no ponto
morto superior.
1 Variantes regionais
PERCEPÇÃO
fatores no alvo:
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
C48 M 18
Paulo Cordeiro (2012)
PERCEPÇÃO
Percepção
Passo 5:
Nesse passo, remova o parafuso do esticador da corrente de comando (1) e o
esticador da corrente (2). Em seguida, remova também os parafusos da engrena-
gem de comando (1) e a arruela especial da engrenagem de comando (2).
3 SISTEMAS MECÂNICOS DE MOTOCICLETAS
99
1 Variantes regionais
PERCEPÇÃO
fatores no alvo:
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
C95 M 5 Y 85 K 65
C48 M 18 Y 88 K 17
Passo 6:
Agora você deve remover os parafusos do cabeçote e o cabeçote. Entretanto,
para evitar que o cabeçote sofra um empenamento, você deve soltar ¼ de volta
de cada parafuso até todos ficarem soltos, para então, serem removidos. Para isso,
comece soltando os parafusos de menor número, conforme a ordem indicada na
figura a seguir.
1 Variantes regionais
6 4 PERCEPÇÃO
2 fatores no alvo:
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
3 5 1
Paulo Cordeiro (2012)
C95 M 5 Y 85 K 65
C48 M 18 Y 88 K 17
PERCEPÇÃO
Percepção
Passo 7:
Remova, então, o guia da corrente de comando do lado do escape (1) e de-
pois, solte o pino guia do cabeçote (2). Em seguida, você deve remover a junta
do cabeçote (3). Por fim, remova o fixador do cabo de embreagem e o cilindro do
motor (camisa).
Passo 8:
Agora, com o cilindro fora e o pistão amostra, remova os pinos guias da camisa
(1) e, em seguida, a junta do cilindro.
Paulo Cordeiro (2012)
Passo 9:
Para remover o pistão, você deve remover primeiro o anel trava do pistão (1). Em
seguida, você poderá remover o pino do pistão (2) e, por fim, o próprio pistão do mo-
tor (3). Antes de remover o anel trava do pistão, você deve cobrir a base do cilindro
com um pano, para evitar que alguma coisa caia dentro do motor. Antes de remover
o pistão, você deve retirar a rebarba do anel trava da borda do pino. Com isso, o pino
deverá sair mais fácil. Se isso não ocorrer, você deverá utilizar um sacador de pino.
Passo 10:
Depois de ter removido o pistão, você deve remover o volante do magneto.
Para facilitar a desmontagem do magneto, você deverá utilizar um fixador de ro-
tor (3). Antes de fixar o rotor, remova a tampa lateral do motor e retire o cabo
elétrico do sensor de neutro. Depois de fixar o rotor, remova a porca do magneto
(1) e a arruela plana (2).
Paulo Cordeiro (2012)
Passo 11:
Depois de soltar a porca de fixação do magneto, este não sairá facilmente
apenas com o uso das mãos, uma vez que ele é instalado sob interferência no
virabrequim. Para remover o volante do magneto, você deve utilizar um sacador
especial para o volante. Instale o sacador no volante, centralizando a ferramenta
adequadamente.
Passo 12:
Depois de removido o volante do magneto, remova a engrenagem de partida
(1) e sua arruela, removendo, primeiro, a placa de fixação (2).
Paulo Cordeiro (2012)
Passo 13:
Remova o guia da corrente de comando (1) e a própria corrente (2).
Passo 14:
Para desmontar a embreagem, remova a tampa lateral do motor e, em segui-
da, a junta da tampa (1) e os pinos guia (2).
Paulo Cordeiro (2012)
Passo 15:
Em seguida, desmonte a embreagem. Para isso, remova os parafusos da placa
de pressão (1). Em seguida, retire as molas de pressão (2). Depois disso, retire a
placa de pressão (3), os discos de fricção (4) e os separadores (5).
Passo 16:
Para remover o cubo de embreagem, desamasse as abas da arruela trava (2) e,
depois, solte a porca de fixação do cubo de embreagem (1). Para isso, utilize um
fixador para o cubo de embreagem (3).
Paulo Cordeiro (2012)
Passo 17:
Para desmontar o cubo de embreagem, remova a porca do cubo (1) e retire
a arruela trava (2). Em seguida, remova o cubo de embreagem (3) e a arruela de
pressão (4). Depois, retire a campana de embreagem (5). Por fim, retire o espaça-
dor (6) e a arruela (7).
Passo 18:
Dando continuidade, coloque uma chapa de alumínio entre a campana e a en-
grenagem primária e, depois, solte a porca (1). Tome cuidado para não danificar
os dentes da engrenagem e da campana.
Paulo Cordeiro (2012)
Passo 19:
Depois, remova a engrenagem primária (1), soltando sua porca e arruela. Em
seguida, retire a chaveta (2) e o filtro rotativo (3).
Passo 20:
Depois deste processo, você poderá desmontar a bomba do óleo. Para isso,
remova os parafusos de fixação da bomba de óleo com as arruelas (1) e, em segui-
da, retire o conjunto da bomba (2) do óleo e o pescador (3). Paulo Cordeiro (2012)
Passo 21:
Agora, você já pode remover o pedal de partida. Para executar esse serviço, re-
tire o anel trava do pedal (1). Remova a arruela especial (2) e, em seguida, retire a
engrenagem do sistema de partida (3). Por fim, remova a arruela e a trava interna.
Passo 22:
Em seguida, remova a mola de torça da partida (1) e também o conjunto do
eixo de partida (2). Depois, remova a arruela especial (3) e o anel trava.
Paulo Cordeiro (2012)
Passo 1:
Remova o eixo de câmbio (1) e a mola de torção (2). Retire o parafuso da haste
limitadora (3) e, por fim, remova a haste limitadora (4).
3 SISTEMAS MECÂNICOS DE MOTOCICLETAS
109
Passo 2:
Remova a carcaça, retirando os parafusos de fixação da carcaça. Os parafusos
de fixação da carcaça devem ser soltos de forma diagonal, soltando ¼ de volta
por vez, até que todos estejam soltos, para então, serem removidos.
Paulo Cordeiro (2012)
Passo 3:
Depois de retirar a carcaça do motor, é preciso desmontar o balanceiro, a
transmissão e o trambulador.
Para isso, desmonte a transmissão, removendo a barra curta de guia do garfo
de mudanças (1). Em seguida, remova a barra longa do garfo de mudanças (2).
Remova o trambulador (3) e os garfos de mudanças (4, 5, 6).
Passo 4:
Feito isso, remova o conjunto do eixo motor (1). Depois retire a haste de acio-
namento nº 2. Em seguida, retire o conjunto do eixo movido (2) e sua arruela. Por
fim, retire o conjunto de acionamento da alavanca de embreagem (3).
Paulo Cordeiro (2012)
Passo 5:
Para finalizar a desmontagem do motor, falta apenas remover o virabrequim.
Para realizar esta ação, utilize um sacador especial para o virabrequim (3). Instale
o sacador, apertando seus parafusos da carcaça do motor, e o seu eixo deverá ser
encaixado no centro do virabrequim (1), o qual sairá junto do eixo balanceiro (2).
Pronto! O cabeçote do motor foi removido, mas não desmontado. Para que
você compreenda como é sua construção e como ele deve ser desmontado, serão
explicados os procedimentos de desmontagem. Então, veja como proceder.
Passo 1:
Com o cabeçote em uma bancada, solte as contraporcas de ajuste das válvulas
e, em seguida, retire os ajustadores das válvulas. Remova, então, a placa trava (1).
MANUTENÇÃO DE SISTEMAS MECÂNICOS DE MOTOCICLETAS
112
Passo 2:
Retire, então, o eixo de comando dos balanceiros (1) e o espaçador do eixo
(2). Para extrair o eixo, você deve rosquear um parafuso de 8mm, que possua um
comprimento apropriado na rosca do eixo de comando e puxá-lo para fora.
Passo 3:
Por fim, remova o eixo dos balancins. Para isso, você deve instalar uma ferra-
menta especial e puxar o eixo dos balancins (e os balancins) para fora do cabe-
çote.
Passo 1:
Depois de realizada a inspeção, coloque o cabeçote na posição vertical e pre-
encha a galeria de escape de gasolina (1). Esse mesmo processo deverá ser reali-
zado na galeria de admissão.
Passo 2:
Depois de preenchidas as galerias com gasolina, verifique a vedação das vál-
vulas, observando se há algum vazamento em suas faces (2), o que não pode
ocorrer.
MANUTENÇÃO DE SISTEMAS MECÂNICOS DE MOTOCICLETAS
114
1 Variantes re
1
PERCEPÇ
fatores no alvo:
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
2 1.Novidade
1.Novidade
C48 M
Passo 3:
Para desmontar as válvulas do cabeçote, você vai precisar de uma ferramenta
especial para travá-las (2). Então instale o compressor de molas (2) entre o assen-
to das travas e o cabeçote e, assim, solte as travas (1).
Passo 4:
Depois, retire o assento das válvulas (1), a mola (2), a válvula (3) e o retentor (4).
Por fim, retire o assento da mola (5).
1 Variantes regionais
2 PERCEPÇÃO
fatores no alvo:
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
5
1.Novidade
1.Novidade
1 C95 M 5 Y 85 K 65
3 C48 M 18 Y 88 K 17
Paulo Cordeiro (2012)
4
PERCEPÇÃO
Percepção
Passo 5:
Após a desmontagem do cabeçote, você deve realizar uma inspeção e, se ne-
cessário, os devidos reparos no componente. Logo após a desmontagem, elimine
os depósitos de carvão existentes da câmara de combustão. Durante esse serviço
você não deve utilizar instrumentos com arestas muito afiadas, uma vez que esse
tipo de ferramenta pode riscar ou causar danos à face do cabeçote, danificar a
rosca da vela de ignição ou riscar a sede da válvula. O ideal é utilizar uma espátula
de ponta arredondada.
MANUTENÇÃO DE SISTEMAS MECÂNICOS DE MOTOCICLETAS
116
Passo 6:
Depois de o cabeçote estar limpo e totalmente livre de impurezas, verifique o
empenamento da face dele. Para fazer a medição do empenamento do cabeçote,
você precisará de uma régua, a qual você colocará sob a face do cabeçote e, com
um calibrador de folgas, você irá conferir o empenamento da face.
Passo 7:
Se o cabeçote estiver com um empenamento um pouco acima do permitido
pelo fabricante, você pode corrigir o defeito na própria oficina. Para isso, coloque
uma lixa 400 ou 600 sob uma superfície totalmente plana, depois passe a face do
cabeçote sob a lixa em movimentos alternados e circulares, fazendo o formato de
um “oito”. Gire o cabeçote para que não fique marcada uma determinada posição.
Passo 8:
Se durante o teste de vedação das válvulas você constatar que uma ou mais
válvulas está vazando, é necessário realizar o assentamento de sede de válvula.
Para isso, desmonte as válvulas e aplique uma pasta abrasiva grossa sob a face
das mesmas. Aplique, em seguida, um óleo com dissulfeto de molibdênio na has-
te da válvula.
Passo 9:
Depois disso, instale a válvula no cabeçote sem montar seus dispositivos de
fixação e pressão. Nesse momento, gire a válvula, forçando-a contra o cabeçote
até que se faça o assentamento perfeito da válvula com a sede.
Após essa retífica com a pasta grossa, aplique uma pasta abrasiva fina na face
da válvula, claro que, antes, você deve limpar a válvula e eliminar a pasta abrasiva
anterior. Realize o mesmo movimento de girar a válvula até que se obtenha um
perfeito assentamento.
MANUTENÇÃO DE SISTEMAS MECÂNICOS DE MOTOCICLETAS
118
1 Variantes regionais
PERCEPÇÃO
fatores no alvo:
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
C48 M 18
Passo 10:
Verifique se o comprimento da mola da válvula corresponde ao valor especi-
ficado pelo fabricante, caso contrário, ela deverá ser substituída. Confira também
suas condições gerais e deformações, como, por exemplo, se não está empenada,
bem como o estado da face da mola.
1 Variantes regionais
PERCEPÇÃO
fatores no alvo:
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
C48 M 18
Paulo Cordeiro (2012)
PERCEPÇÃO
Percepção
Passo 11:
Verifique, ainda, a folga entre a válvula e o guia da válvula. Para isso, você deve
medir o diâmetro do guia e medir o diâmetro da válvula. Com esses valores em
mãos, diminua o valor da válvula do valor do guia: o resultado é a folga existente.
Caso a folga esteja acima do permitido pelo fabricante, envie o cabeçote para a
retífica ou troque você mesmo o guia da válvula.
1 Variantes regionais
PERCEPÇÃO
fatores no alvo:
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
C95 M 5 Y 85 K 65
C48 M 18 Y 88 K 17
Paulo Cordeiro (2012)
PERCEPÇÃO
Percepção
Passo 12:
Além da folga da válvula, é preciso verificar o empenamento da mesma, uma
vez que, se estiver muito empenada, esta pode trancar no guia ou vazar óleo de
motor para dentro do cilindro. Se o empenamento estiver acima do permitido
pelo fabricante, a válvula deverá ser trocada por uma nova.
MANUTENÇÃO DE SISTEMAS MECÂNICOS DE MOTOCICLETAS
120
1 Variantes regionais
PERCEPÇÃO
fatores no alvo:
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
PERCEPÇÃO
Percepção
Passo 13:
Além das válvulas, você deve inspecionar o comando delas, medindo os ca-
mes para verificar se estão gastos. Compare a medida encontrada com o manual
de manutenção do fabricante e, se o valor encontrado for insatisfatório, é neces-
sário substituir o comando de válvulas.
1 Variantes regionais
PERCEPÇÃO
fatores no alvo:
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
Paulo Cordeiro (2012)
C48 M 18
A B PERCEPÇÃO
Percepção
Passo 14:
Após a inspeção do comando de válvulas, inspecione os balancins, verifican-
do, primeiramente, as superfícies de contato, analisando a existência de riscos,
desgaste e coloração de aquecimento de tipo azul.
Passo 15:
Depois da inspeção das superfícies do balancim, verifique o diâmetro interno
com o uso de um micrômetro. Se o desgaste for excessivo, o balancim deverá ser
substituído.
1 Variantes regionais
PERCEPÇÃO
fatores no alvo:
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
C95 M 5 Y 85 K 65
C48 M 18 Y 88 K 17
Paulo Cordeiro (2012)
PERCEPÇÃO
Percepção
Passo 16:
Após a inspeção de medidas do comando de válvulas, verifique as medidas
do pistão do motor. Primeiro, meça o diâmetro do êmbolo em pontos diferentes,
para verificar quanto a desgastes.
D1 1 Variantes regionais
D2
PERCEPÇÃO
fatores no alvo:
1.Novidade
1.Novidade
D3 1.Novidade
1.Novidade
D4 1.Novidade
1.Novidade
C48 M 18 Y
D5
1 Variantes regionais
PERCEPÇÃO
fatores no alvo:
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
Paulo Cordeiro (2012)
C48 M 18
PERCEPÇÃO
Percepção
"C" = D máximo
"T" = (D1 ou D2 máximo) - (D5 ou D6 máximo)
"R" = (D1 , D3 ou D5 máximo) - (D2 , D4 ou D6 mínimo)
Passo 17:
Inspecione a folga dos anéis no pistão, verificando a medida das canaletas dos
anéis. Se a medida do pistão estiver fora do padrão, o mesmo deverá ser substi-
tuído.
Passo 18:
Após a inspeção das canaletas, verifique a folga entre as pontas dos anéis. Para
isso, coloque os anéis dentro do cilindro do motor e, com o cálibre de folgas, ve-
rifique a folga encontrada.
MANUTENÇÃO DE SISTEMAS MECÂNICOS DE MOTOCICLETAS
124
1 Variantes regionais
PERCEPÇÃO
fatores no alvo:
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
C48 M 18 Y 8
Passo 19:
Após a verificação do pistão, analise as medidas do virabrequim. Primeiro, veri-
fique o alinhamento dele. Para isso, coloque o virabrequim sob duas bases e meça
com o relógio comparador.
1 Variantes regionais
PERCEPÇÃO
fatores no alvo:
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
C48 M 18 Y
Paulo Cordeiro (2012)
PERCEPÇÃO
Percepção
Passo 20:
Depois disso, analise a folga da biela com o virabrequim. Se a folga lateral da
biela estiver acima do permitido, o rolamento deverá ser substituído.
Passo 21:
No próximo passo, verifique a largura do virabrequim, uma vez que o esforço
sobre esse componente é muito grande. Se essa medida estiver fora dos padrões
de qualidade, o virabrequim deverá ser substituído.
1 Variantes regionais
PERCEPÇÃO
fatores no alvo:
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
C95 M 5 Y 85 K 65
C48 M 18 Y 88 K 17
Paulo Cordeiro (2012)
PERCEPÇÃO
Percepção
Passo 22:
Verifique, ainda, a engrenagem do virabrequim (1) e seu rolamento (2), anali-
sando a existência de trincas, desgastes, colorações de aquecimento, rachaduras
ou qualquer outro dano.
Passo 23:
Por fim, verifique o orifício de passagem de óleo do virabrequim. Para realizar
essa inspeção, injete ar comprimido no orifício e analise se o mesmo flui correta-
mente.
Paulo Cordeiro (2012)
3.4 TRANSMISSÃO
Nas páginas anteriores, você aprendeu que o motor é capaz de gerar uma for-
ça muito grande, conforme sua potência e, com isso, a motocicleta torna-se mais
veloz e/ou forte para situações extremas. Mas somente o motor não é capaz de
fazer toda essa ação, pois ele precisa de outro sistema para transmitir toda essa
força para a roda traseira. É aí que entra o sistema de transmissão, que permite
que o condutor aumente a velocidade da motocicleta gradativamente, ou ainda,
possa optar por trabalhar com o motor em uma rotação um pouco mais alta e
utilizar o máximo da força disponível.
Ficou curioso com essa informação? Então conheça um pouco melhor o siste-
ma de transmissão, a seguir.
Logo que surgiram os motores de combustão interna, e após terem sido cria-
das as motocicletas, surgiram duas questões difíceis de resolver na época: “Como
fazer com que o motor seja potente?”; “A força desse motor poderá ser controla-
da, permitindo diversas utilizações?”. Como solução, foi criado o sistema de trans-
missão, onde diversas engrenagens permitem que o condutor escolha a veloci-
dade que deseja seguir e, ainda, a rotação do motor, apenas trocando de marcha.
A motocicleta possui uma caixa de câmbio chamada de transmissão primá-
ria. Esta, por sua vez, é composta por engrenagens, eixos, luva deslizante, garfos
de acionamento e rolamentos. Para que você compreenda melhor seu funciona-
mento, analise a figura seguinte.
1 Variantes regionais
Garfo de câmbio
PERCEPÇÃO
fatores no alvo:
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
Do motor Para o diferencial 1.Novidade
C48 M 18
Paulo Cordeiro (2012)
PERCEPÇÃO
Percepção
Eixo secundário
Para que você compreenda melhor esse assunto, conheça, primeiramente, al-
guns conceitos.
3 SISTEMAS MECÂNICOS DE MOTOCICLETAS
129
1 Variantes regionais
PERCEPÇÃO
Coroa de 10,00cm Pinhão de 5,00cm
fatores no alvo:
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
Paulo Cordeiro (2012)
C95 M 5 Y 85 K 65
C48 M 18 Y 88 K 17
PERCEPÇÃO
Figura 131 - Relação de redução Percepção
Fonte: Adaptado de Azevedo (2002)
É claro que este cálculo não serve somente para a coroa e pinhão, sendo ape-
nas um exemplo, o caso exposto na fórmula. O que se afirma é que basta dividir
o número de dentes da engrenagem movida pelo número de dentes da engre-
nagem motora.
Cada marcha possui uma relação de redução, sendo as primeiras, com maior
redução; e as últimas, com menor. Logo, em marchas menores a motocicleta pos-
sui mais força; e com marchas mais altas, ela adquire maior velocidade. Geralmen-
te, a última marcha possui a relação de 1:1, ou seja, a rotação que entra na caixa
de marchas é a mesma que sai.
O Motor envia o torque, por meio de um eixo, para a caixa de câmbio. Neste
eixo, é instalada uma engrenagem que transmite a força para o eixo secundário.
No eixo de saída são instaladas as engrenagens de marcha, que ficam em contato
com as engrenagens do eixo secundário, as quais são fixas a este eixo, enquanto
que as engrenagens de marcha giram livres no eixo de saída, devido a um rola-
mento interno. Para que as marchas da motocicleta funcionem, o garfo de câm-
bio empurra o anel (que é fixo ao eixo de saída através de dentes e ranhuras) para
o lado, e este engata na engrenagem da marcha selecionada, fazendo com que
ela gire o eixo de saída e permitindo que a motocicleta rode.
Desse modo, pode-se dizer que a caixa de câmbio é constituída de uma série
de engrenagens de diferentes tamanhos, que são acopladas aos pares, de modo
que é possível alterar essas relações de velocidades a serem enviadas para a roda
da motocicleta.
Quando um condutor deseja subir um morro, ou ladeira, por exemplo, ele ne-
cessita de toda a força disponível do motor, principalmente se estiver com alguém
na garupa. Nesse caso, a velocidade já não é interessante, pois a preocupação do
condutor é se a motocicleta terá força suficiente para subir a ladeira e permitir o
término do seu percurso. Para que o condutor consiga subir uma ladeira com a
motocicleta, é necessário selecionar uma marcha que priorize a força em vez da
velocidade.
Quem determina qual marcha terá maior força e qual terá maior velocidade é
o câmbio da motocicleta, uma vez que ele é projetado de acordo com suas apli-
cações. No caso do condutor necessitar de uma marcha com mais força, poderá
selecionar a 1ª marcha, que é a que dispõe de maior redução no câmbio e, assim,
aproveita mais o torque do motor.
3 SISTEMAS MECÂNICOS DE MOTOCICLETAS
131
1 Variantes regionais
C95 M 5 Y 85 K 65
Árvore primária que estiverem acopladas. As C48 M 18 Y 88 K 17
(eixo motor) demais estarão girando “em falso”
PERCEPÇÃO
Percepção
Open4 ([20--?])
Figura 134 - Transmissão por corrente
DIASL9386 ([20--?])
A transmissão por cardan, cujo componente consiste em um eixo que liga di-
retamente a saída do câmbio à roda traseira, possui uma engrenagem chamada
coroa.
MANUTENÇÃO DE SISTEMAS MECÂNICOS DE MOTOCICLETAS
134
parrotheadjeff ([20--?])
Figura 136 - Transmissão por cardan
Porca de ajuste
1 Variantes regionais
PERCEPÇÃO
fatores no alvo:
Marca de referência Contra porca 1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
Ajustador
C95 M 5 Y 85 K 65
C48 M 18 Y 88 K 17
Pino
DESGASTE DA CORRENTE
Conte 21 pinos na corrente e meça a distância
entre 20 passos. Se a distância for maior que 1 Variantes regionais
Limite de uso
Comprimento de 20 passos 259,4mm
fatores no alvo:
1.Novidade
1.Novidade
da corrente de transmissão 1.Novidade
1.Novidade
1.Novidade
1 2 3 19 20 21 1.Novidade
C48 M 18 Y
Conheça, agora, uma situação bastante comum que pode acontecer quando
uma motocicleta fica em desuso por bastante tempo.
CASOS E RELATOS
RECAPITULANDO
Anotações:
Aspectos Ambientais e de
Segurança no Local de Trabalho
Nos dias atuais, observa-se cada vez mais a necessidade de um profissional em mecânica
de motocicleta conhecer os aspectos ambientais e as normas de segurança no trabalho, assim
como diversos trabalhadores em geral.
No âmbito da mecânica de motos, ao final do estudo deste último capítulo, você terá subsí-
dios para:
a) adequar seu local de trabalho às normas de segurança e planos de prevenção de riscos
ambientais;
b) promover a utilização de equipamentos de proteção individual e coletiva, e técnicas de
ergonomia, visando à segurança e o bem-estar de todos os envolvidos nos processos de
manutenção de sistemas mecânicos de motocicletas;
c) interpretar e disseminar normas técnicas e legislações voltadas à correta segregação e
descarte dos resíduos provenientes dos processos de manutenção de motocicletas;
d) aplicar procedimentos relacionados aos aspectos ambientais e de segurança no local de
trabalho.
Por mais que o assunto abordado neste capítulo não esteja relacionado totalmente com
a mecânica - no sentido de permitir aprofundar conhecimentos sobre peças, equipamentos
mecânicos de moto, elétrica, dentre outros - ele é tão fundamental como qualquer outro tema
estudado até aqui.
Portanto, concentre-se e bons estudos!
MANUTENÇÃO DE SISTEMAS MECÂNICOS DE MOTOCICLETAS
142
3 ESMERIL
É um equipamento elétrico
que tem por função
desbastar, ou seja, remover
partes de metal através de
duas pedras, chamadas de
rebolo.
iStockphotos ([20--?])
Figura 141 - Protetor auricular
4.1.5 ERGONOMIA
Para evitar que uma pessoa, no ambiente de trabalho, venha a lesionar seu
corpo em função de determinadas posturas em que se coloca, foi desenvolvida
uma ciência conhecida como Ergonomia. A Ergonomia analisa a interação do cor-
po humano com outros elementos ou sistemas e, através de estudos, os profissio-
nais dessa área definiram métodos que contribuem para o conforto e a saúde do
trabalhador. Devido à má postura ou lesões por movimentos repetitivos, muitas
pessoas se veem obrigadas a afastarem-se de seus empregos, gerando prejuízos
financeiros para si mesmas e para as empresas. Além de não poderem mais exer-
cer suas profissões, podem carregar sequelas dessas lesões por toda a vida.
Em caso de esforço por levantar peso, o que é comum em uma oficina, as dicas
mais adequadas são as seguintes:
a) evite dobrar a coluna, usando-a para levantar o peso;
b) mantenha o tronco do corpo próximo à carga que está carregando;
c) evite manter o peso carregado abaixo da linha da cintura;
d) evite torcer o corpo para erguer a carga;
e) evite girar o tronco enquanto segura a carga, vire o corpo todo;
f) evite usar a perna ou o joelho para escorar a carga.
Você já deve saber que não se deve jogar o lixo por aí, ou seja, fora da lixeira, e
que existem alguns resíduos que podem ser reciclados. No caso das oficinas me-
cânicas, isto torna-se regra, e o lixo a ser descartado deve tomar o devido destino.
Caso contrário, a oficina pode até pagar multa para os órgãos ambientais de sua
região.
Portanto, na área mecânica a questão ambiental também é um tema que re-
quer atenção para alguns assuntos, os quais você conhecerá, a seguir.
4.2.1 LEGISLAÇÃO
Para que o descarte dos resíduos seja feito de forma ordenada, controlada e
segura, foram criadas leis e decretos que regulamentam estas atividades exerci-
das pelas empresas. Por tal motivo, todo funcionário deve ter cuidado e evitar
lançar o lixo em qualquer outro lugar que não seja o local adequado para o que
se pretende descartar.
4 ASPECTOS AMBIENTAIS E DE SEGURANÇA NO LOCAL DE TRABALHO
147
4.2.3 PROCEDIMENTOS
Para que todas estas leis e normas possam ser seguidas de forma adequada,
foram determinados procedimentos referentes ao descarte e armazenamento
dos resíduos, conforme você pode acompanhar no quadro seguinte. Observe que
cada tipo de resíduo tem um impacto no meio ambiente e que, por tal motivo,
tem seu destino determinado por meio dos procedimentos de descarte.
4 ASPECTOS AMBIENTAIS E DE SEGURANÇA NO LOCAL DE TRABALHO
149
PRINCIPAIS TIPOS
IMPACTO COMO TRATAR O
DE MATERIAIS DE OBJETO PRINCIPAL
AMBIENTAL PROBLEMA
DESCARTE
Risco de contamina-
ção de solos e águas,
Chumbo/plástico/áci- Enviar para reciclador
Baterias afetando a vida de
do sulfúrico diluído autorizado
micro-organismos,
peixes e pessoas.
Risco de contamina-
ção de solos e águas,
Descarte em postos de
Metais pesados Pilhas afetando a vida de
coleta apropriados.
micro-organismos,
peixes e pessoas.
Risco de contamina-
Enviar para reciclador
Óleo de motor/trans- ção de solos e águas,
autorizado e manter
Óleos/Combustíveis missão/filtro de óleo e afetando a vida de
o correto armazena-
combustível micro-organismos,
mento
peixes e pessoas.
Não é biodegradável
Separar o material para
Plásticos Capô e gera gases tóxicos
reciclagem
quando queimado
Bloco/Virabrequim/ Separar o material para
Alumínio/Aço Redução de recursos
bielas reciclagem
Eliminar o gás e separar
Solvente/gases de alta
Lata de spray Perigo de explosão o material para recicla-
pressão
gem
Separar o material para
Borrachas Correias/rotores Redução de recursos
reciclagem
Alguns materiais
Madeira, papel, po-
não-biodegradáveis e Separar o material para
liestireno expandido Embalagens
geração gases tóxicos reciclagem
(isopor)
quando queimados
Risco de contamina-
ção de solos e águas,
Óleo no tanque de Solicitar ações de pes-
Borra afetando a vida de
água soal especializado
micro-organismos,
peixes e pessoas.
Risco de contamina-
ção de solos e águas,
Lâmpadas fluorescen- Enviar para reciclador
Vidro/gases tóxicos afetando a vida de
tes autorizado
micro-organismos,
peixes e pessoas.
MANUTENÇÃO DE SISTEMAS MECÂNICOS DE MOTOCICLETAS
150
PRINCIPAIS TIPOS
IMPACTO COMO TRATAR O
DE MATERIAIS DE OBJETO PRINCIPAL
AMBIENTAL PROBLEMA
DESCARTE
Substâncias químicas/ Risco de explosão pela Solicitar ações de pes-
Extintores de incêndio
gases de alta pressão alta pressão soal especializado
Não é biodegradável Descarte apropriado,
Peças elétricas e ele-
Sistema de injeção e gera gases tóxicos de acordo com as leis
trônicas
quando queimado vigentes.
Odores ruins, gases Descarte apropriado,
Descartes generalizados tóxicos e contaminação de acordo com as leis
de solo e águas vigentes.
CASOS E RELATOS
Visita indesejada
Fazia pouco tempo que Lucia havia aberto sua oficina, cerca de três anos e,
a cada mês, desde a inauguração, a clientela crescia, permitindo aumentar
os lucros e as vendas. Mas Lucia tinha um grande descuido com relação
ao descarte dos resíduos, pois acreditava que o importante era manter sua
oficina organizada e nada mais. Por não se preocupar tanto com o meio am-
biente, permitia que seu funcionários descartassem os lixos todos na mes-
ma lixeira - de lixo comum. Até que, um dia, um representante do CONA-
MA (Conselho Nacional do Meio Ambiente) passou na oficina de Lucia para
uma vistoria. Foi quando identificou diversas irregularidades no descarte e
armazenamento dos resíduos. Por conta dessa irregularidade, o funcionário
da CONAMA aplicou uma multa na oficina e determinou um prazo para que
Lucia resolvesse a situação. Caso contrário, a entidade fecharia a empresa.
Lucia, então, resolveu todas as pendências e conscientizou seus funcio-
nários da importância do descarte correto. Ela entendeu que isto deve ser
feito não somente por que alguém está fiscalizando, mas por que deve-
mos cuidar do ambiente de trabalho e do meio ambiente como um todo.
Lucia ainda foi mais longe: realizou campanhas e passou a recolher da
comunidade óleo de cozinha utilizado nas residências.
4 ASPECTOS AMBIENTAIS E DE SEGURANÇA NO LOCAL DE TRABALHO
151
RECAPITULANDO
Para você ter condições de realizar um reparo utilizando todas as informações necessárias,
é importante que conheça alguns documentos utilizados nas motocicletas. Entre esses docu-
mentos, alguns são usados pelos proprietários e, outros, somente pela oficina.
Com base no conteúdo que você irá estudar a seguir, ao final deste último capítulo, você
estará apto a:
a) distinguir os tipos de manuais técnicos que envolvem uma motocicleta;
b) utilizar de maneira apropriada as informações contidas no manual do proprietário das
motocicletas;
c) atender às predefinições existentes no plano de manutenção de motocicletas, sempre
focado na correta execução dos procedimentos de manutenção;
d) interpretar e aplicar os procedimentos descritos nos manuais de reparação, visando sem-
pre à qualidade e segurança do serviço prestado;
e) analisar e compreender as normas técnicas e procedimentos específicos, a fim de não
proceder incorretamente durante a manutenção dos sistemas mecânicos de motocicletas.
Lembre-se de que, sempre que necessário, você pode consultar este material didático. Mas
o principal é que você consiga ir além do que aprendeu aqui, procurando manter seu interesse
na área de atuação que escolheu como profissão.
MANUTENÇÃO DE SISTEMAS MECÂNICOS DE MOTOCICLETAS
154
Ainda há alguns itens que são trocados por tempo, como é o caso do fluido de
freio, que deve ser substituído a cada dois anos, pois, independentemente de ser
usado ou não, o fluido de freio envelhece e perde propriedades importantes para
seu funcionamento correto. É por estas razões, que você deve obedecer ao plano
de manutenção existente nos manuais das motocicletas, pois fazendo isso, você
garante a vida útil de todos os componentes.
5 DOCUMENTAÇÃO TÉCNICA
155
Você reparou como fica mais fácil, quando o fabricante nos descreve os pro-
cedimentos? Por isso, mesmo que você não trabalhe em uma concessionária, é
importante que tente buscar estas informações para realizar os serviços de forma
correta.
Para que você entenda melhor, imagine que para regular as válvulas do motor
você deve colocar o motor no ponto, remover as tampas das válvulas e regular
sua folga. Em algumas motos de alta cilindrada, o fabricante determina que o
ponto deva ser verificado através de outro componente, e as válvulas devam ser
reguladas em etapas. Nesse caso, este procedimento torna-se específico àquela
motocicleta.
Por isso, antes de iniciar um reparo em uma motocicleta, a qual você não co-
nhece perfeitamente, verifique os sistemas, veja quais informações são de seu
conhecimento e, depois, realize uma análise criteriosa do procedimento a ser to-
mado. Fazendo desta forma, você evitará erros durante a reparação, o que pode-
ria colocar todo o serviço em risco. Muitas vezes, um reparador despreparado age
sem calcular os riscos e o serviço até é concluído, mas a vida útil torna-se muito
baixa, o que faz com que a motocicleta volte a dar defeito, diminuindo a credibi-
lidade da oficina mecânica.
No Casos e relatos a seguir, acompanhe um caso que envolve a importância
em conhecer os manuais das motocicletas que serão revisadas.
CASOS E RELATOS
Este técnico ainda disse a ela que eles devem evitar perguntar informa-
ções a outro reparador, pois é possível que a pessoa venha a confundir-se
e acabe transmitindo a informação errada, mesmo querendo ajudar. Por
isso, ao surgir uma dúvida, o mais confiável é recorrer aos manuais das
motocicletas.
RECAPITULANDO
Anotações:
REFERÊNCIAS
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abnt.org.br/m3.asp?cod_pagina=951>. Acesso em: 19 jan. 2012.
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Visconde de Mauá. São Paulo: Senai/SP, 2002.
BONJORNO, José Roberto et al. Temas de física 2: termologia, óptica geométrica, ondulatória. São
Paulo: FTD, 1998.
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químicos do instituto de química da UNICAMP. Disponível em: <http://www.iqm.unicamp.br/
csea/docs/normas/normasResiduos.pdf>. Acesso em: 21 jan. 2012.
FONSECA, J. C. L. da. Manual para gerenciamento de resíduos perigosos. São Paulo, 2009.
Disponível em: <http://www.unesp.br/pgr/manuais/residuos.pdf>. Acesso em: 26 jan. 2012.
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MOTO HONDA DA AMAZÔNIA LTDA. Manual de Reparação Honda CG 125cc KS/ES/ESD. Manaus:
Setor de Publicações Técnicas, [200-?]. 297 p.
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SENAI/SP. Motor de Combustão Ciclo Otto. Senai SP Conde José Visconde de Azevedo, São Paulo,
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2001. 41 p.
VIDAL, Mário Cesar. Introdução à ergonomia. Curso de especialização em ergonomia
contemporânea do Rio de Janeiro. Universidade do Brasil: COPPE – UFRJ. Disponível em: <http://
www.ergonomia.ufpr.br/Introducao%20a%20Ergonomia%20Vidal%20CESERG.pdf>. Acesso em: 26
jan. 2012.
MINICURRÍCULO DO AUTOR
Roberto Fernando Dusik finalizou seus estudos de mecânica a Diesel, fez especialização em mo-
tores Diesel e estudou mecânica industrial no SENAI Canoas-RS, em 2007. Posteriormente, es-
tudou diversos assuntos dentro da área da mecânica automotiva, tornando-se especialista em
diagnóstico de anomalias em motores a Diesel. Em 2009, concluiu o curso técnico em Automo-
bilística. Atualmente, ministra aulas de mecânica e eletricidade automotiva no SENAI São José/
Palhoça, atuando na educação de jovens e adultos, desde o ensino de qualificação profissional
até o ensino técnico. Também está cursando a graduação em logística na Universidade do sul de
Santa Catarina (UNISUL).
ÍNDICE
A
Anéis 6, 7, 65, 72, 73, 75, 76, 88, 89, 90, 123, 124, 137
Aquecimento 21, 33, 48, 65, 80, 121, 126
Arrefecimento 6, 11, 90, 91, 92, 93, 94
B
Balancim 121
Biela 6, 8, 26, 30, 63, 64, 72, 73, 74, 75, 125
Bloco 32, 57, 58, 63, 64, 149
C
Cabeçote 5, 6, 7, 26, 27, 57, 58, 62, 64, 66, 67, 68, 69, 78, 93, 95, 96, 97, 98, 99, 100, 111, 112, 113,
114, 115, 116, 117, 119, 156
Cáliper 48
Cilindrada 6, 61, 64, 87, 88, 91, 127, 157
Compressão 5, 6, 27, 29, 38, 40, 65, 68, 75, 88, 89, 95, 96, 155
Corrente 6, 7, 8, 57, 62, 83, 98, 99, 100, 103, 132, 133, 134, 135, 136, 137, 154
D
Desgaste 20, 21, 45, 52, 54, 55, 65, 66, 68, 89, 90, 121
Detrito 148
E
Embreagem 7, 63, 97, 100, 103, 104, 105, 110
EPC 11, 144
EPI 11, 143
Ergonomia 8, 11, 15, 141, 145, 146, 162
Esmeril 144
F
Filtro 6, 65, 83, 85, 86, 106, 147, 149, 154
Folga 5, 6, 7, 8, 46, 68, 72, 75, 79, 80, 82, 86, 95, 96, 97, 119, 123, 124, 125, 134, 157
Freio 5, 15, 20, 36, 39, 44, 45, 46, 47, 48, 49, 51, 52, 53, 54, 55, 56, 137, 154
G
Guia 54, 67, 68, 100, 103, 110, 119, 161
H
Haste 66, 68, 108, 110, 117
I
Ignição 6, 8, 20, 24, 25, 28, 32, 80, 81, 82, 83, 85, 95, 97, 115, 137, 154, 161
Inspeção 7, 51, 113, 115, 120, 121, 122, 123, 126, 158
J
Junta 7, 78, 93, 100, 103
L
Lubrificação 6, 8, 76, 79, 83, 84, 91, 126, 137
M
Magneto 7, 98, 101, 102
Medição 7, 8, 11, 19, 22, 24, 25, 33, 116, 121, 122, 136
Mola 7, 38, 40, 42, 76, 107, 108, 115, 118
N
NGK 80, 81, 161
O
Óleo 6, 7, 20, 30, 32, 37, 40, 65, 67, 69, 70, 71, 74, 75, 76, 79, 80, 83, 84, 85, 88, 90, 91, 106, 117,
119, 126, 135, 137, 142, 147, 148, 149, 150, 154
Orifício 8, 40, 54, 70, 74, 79, 126
O-ring 95
Otto 11, 19, 25, 26, 29, 30, 57, 94, 161
P
Pino 6, 64, 72, 73, 74, 100, 101
Pistão 6, 7, 20, 21, 26, 27, 28, 30, 31, 32, 40, 54, 55, 61, 63, 64, 65, 72, 73, 74, 75, 76, 85, 89, 90, 95,
96, 97, 98, 100, 101, 122, 123, 124, 137
PMI 27, 28
PMS 27, 28, 32, 95
R
Resíduos 8, 90, 91, 141, 142, 146, 147, 148, 150, 161
Retentor 6, 67, 76, 77, 115
Rolamento 8, 32, 33, 63, 64, 125, 126, 130
S
Sacador 101, 102, 111
Sede 68, 115, 117
T
Temperatura 11, 15, 19, 20, 21, 22, 24, 25, 33, 48, 80, 91, 92, 93, 94
Transmissão 8, 11, 15, 35, 56, 86, 110, 127, 128, 129, 132, 133, 134, 135, 136, 137, 138, 149, 154
Trava 73, 101, 104, 105, 107, 108, 111
V
Válvulas 6, 7, 26, 27, 28, 29, 37, 40, 57, 61, 62, 66, 67, 68, 69, 83, 85, 86, 90, 92, 93, 94, 95, 96, 97, 98,
111, 113, 114, 115, 117, 118, 119, 120, 121, 122, 129, 137, 157
Vela 6, 24, 28, 32, 80, 81, 82, 83, 85, 95, 97, 115, 154
Virabrequim 5, 6, 7, 8, 26, 29, 57, 61, 62, 63, 64, 69, 70, 71, 72, 74, 75, 76, 83, 89, 90, 96, 98, 102,
111, 124, 125, 126, 129, 149
Z
Zona de anéis 72
SENAI - DN
UNIDADE DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA – UNIEP
Diana Neri
Coordenação Geral do Desenvolvimento dos Livros
Selma Kovalski
Coordenação do Desenvolvimento dos Livros no Departamento Regional
Beth Schirmer
Coordenação do Núcleo de Desenvolvimento
Gisele Umbelino
Coordenação de Desenvolvimento de Recursos Didáticos
Priscila Pavlacke
Revisão Técnica
i-Comunicação
Projeto Gráfico