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FUNDAMENTOS DA
MANUFATURA DE
EQUIPAMENTOS
ELETROELETRÔNICOS
CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA – CNI
Conselho Nacional
FUNDAMENTOS DA
MANUFATURA DE
EQUIPAMENTOS
ELETROELETRÔNICOS
© 2013. SENAI – Departamento Nacional
A reprodução total ou parcial desta publicação por quaisquer meios, seja eletrônico,
mecânico, fotocópia, de gravação ou outros, somente será permitida com prévia autorização,
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Esta publicação foi elaborada pela equipe do Núcleo de Educação a Distância do SENAI-São
Paulo, com a coordenação do SENAI Departamento Nacional, para ser utilizada por todos os
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Lista de figuras, quadros e tabelas
Figura 1 - Organização curricular................................................................................................................................15
Figura 2 - Máquina a vapor exposta na Escuela Técnica Superior de Ingenieros
Industriales de Madri...................................................................................................................................21
Figura 3 - Linha de montagem do Ford T.................................................................................................................21
Figura 4 - Primeiro computador digital eletrônico, o Electronic Numerical
Integrator and Computer (ENIAC), em 1946.......................................................................................22
Figura 5 - Montadores de equipamentos eletrônicos.........................................................................................23
Figura 6 - Linha de montagem automatizada com robôs..................................................................................23
Figura 7 - Bolo de fubá....................................................................................................................................................25
Figura 8 - Vista explodida das peças que compõem o motor...........................................................................25
Figura 9 - Motor montado.............................................................................................................................................26
Figura 10 - Senso de utilização.....................................................................................................................................27
Figura 11 - Senso de organização...............................................................................................................................27
Figura 12 - Senso de limpeza........................................................................................................................................28
Figura 13 - Senso de saúde e segurança..................................................................................................................28
Figura 14 - Senso de autodisciplina...........................................................................................................................29
Figura 15 - Risco de sobrecarga da rede elétrica e de incêndio.......................................................................31
Figura 16 - Modelos de alicates ergonômicos........................................................................................................34
Figura 17 - Exemplos de EPCs.......................................................................................................................................35
Figura 18 - Exemplos de EPIs........................................................................................................................................36
Figura 19 - Exemplo de mapa de riscos....................................................................................................................38
Figura 20 - Legenda dos tipos e graus de riscos existentes nos ambientes de trabalho........................38
Figura 21 - Exemplo de mapa de risco e rota de fuga.........................................................................................39
Figura 22 - Sinalização do ponto de encontro.......................................................................................................40
Figura 23 - Símbolos de advertência relacionados à eletricidade...................................................................40
Figura 24 - Símbolos de advertência para segurança contra incêndio.........................................................41
Figura 25 - Símbolos de advertência relacionados a perigos de área industrial.......................................41
Figura 26 - Fonte de contaminantes para o meio ambiente.............................................................................43
Figura 27 - Exemplo de lista de verificação.............................................................................................................45
Figura 28 - Estrutura microscópica da água............................................................................................................50
Figura 29 - Molécula da água.......................................................................................................................................51
Figura 30 - Estrutura atômica do oxigênio...............................................................................................................51
Figura 31 - Deslocamento de elétrons......................................................................................................................52
Figura 32 - Tensão elétrica.............................................................................................................................................53
Figura 33 - Tensão elétrica contínua (à esquerda) e alternada (à direita).....................................................55
Figura 34 - Fonte de tensão contínua........................................................................................................................56
Figura 35 - Tensão contínua na associação em série............................................................................................56
Figura 36 - Tensão contínua na associação em paralelo.....................................................................................57
Figura 37 - Tomada elétrica...........................................................................................................................................57
Figura 38 - Frequência da tensão alternada............................................................................................................58
Figura 39 - Corrente elétrica..........................................................................................................................................59
Figura 40 - Correntes elétricas contínua (à esquerda) e alternada (à direita).............................................60
Figura 41 - Fonte de corrente contínua com 4,5 A................................................................................................61
Figura 42 - Corrente contínua em associação em paralelo................................................................................62
Figura 43 - Corrente contínua em associação em série......................................................................................62
Figura 44 - Corrente alternada – semicírculos positivos.....................................................................................63
Figura 45 - Corrente alternada – semicírculos negativos...................................................................................63
Figura 46 - Resistor elétrico (resistência)..................................................................................................................65
Figura 47 - Triangulo com potência versus tensão versus corrente.................................................................67
Figura 48 - Triângulos para determinar equação da potência por efeito joule..........................................68
Figura 49 - Instrumentos de medidas........................................................................................................................70
Figura 50 - Multímetros com destaques para medir tensão elétrica..............................................................71
Figura 51 - Medição de tensão contínua..................................................................................................................72
Figura 52 - Medição de tensão alternada.................................................................................................................73
Figura 53 - Circuito elétrico...........................................................................................................................................74
Figura 54 - Multímetros com destaques para medir corrente elétrica..........................................................74
Figura 55 - Multímetros com destaques para medir a resistência elétrica...................................................76
Figura 56 - Calibração do multímetro analógico...................................................................................................77
Figura 57 - Medição de resistência.............................................................................................................................78
Figura 58 - Exemplos de componentes eletrônicos.............................................................................................84
Figura 59 - Diagrama de um circuito eletrônico....................................................................................................85
Figura 60 - Ilha e trilha em uma PCI............................................................................................................................86
Figura 61 - PCI com a máscara na cor branca pronta para receber os componentes..............................86
Figura 62 - Componentes eletrônicos PTH e SMD................................................................................................88
Figura 63 - Componentes PTH.....................................................................................................................................88
Figura 64 - Componentes SMD....................................................................................................................................89
Figura 65 - PCI com identificação dos componentes...........................................................................................90
Figura 66 - Encapsulamento TO-220 com diferentes códigos impressos,
indicando componentes diferentes.....................................................................................................91
Figura 67 - Tipos de encapsulamentos......................................................................................................................91
Figura 68 - Circuito Integrado (CI)...............................................................................................................................92
Figura 69 - Circuito integrado do tipo DIP...............................................................................................................93
Figura 70 - Soquetes para CI tipo DIP........................................................................................................................93
Figura 71 - Carretel de componentes SMD..............................................................................................................94
Figura 72 - Simbologias dos resistores fixos............................................................................................................96
Figura 73 - Resistor de filme de carbono..................................................................................................................97
Figura 74 - Código de cores para resistores.............................................................................................................98
Figura 75 - Resistores de fio...........................................................................................................................................99
Figura 76 - Resistor de fio revestido com cerâmica........................................................................................... 100
Figura 77 - Leitura de resistor de potência........................................................................................................... 101
Figura 78 - Rede resistiva............................................................................................................................................. 101
Figura 79 - Resistores SMD......................................................................................................................................... 102
Figura 80 - Simbologias dos resistores ajustáveis.............................................................................................. 103
Figura 81 - Resistor ajustável..................................................................................................................................... 104
Figura 82 - Potenciômetros........................................................................................................................................ 104
Figura 83 - Trimpots..................................................................................................................................................... 104
Figura 84 - Simbologias para capacitores polarizados..................................................................................... 106
Figura 85 - Identificação de polaridade do capacitor na PCI......................................................................... 107
Figura 86 - Simbologias para capacitores não polarizados............................................................................ 109
Figura 87 - Simbologias para capacitores ajustáveis......................................................................................... 110
Figura 88 - Capacitores cerâmicos SMD................................................................................................................. 111
Figura 89 - Capacitor ajustável SMD....................................................................................................................... 111
Figura 90 - Simbologias dos indutores................................................................................................................... 112
Figura 91 - Indutor PTH................................................................................................................................................ 113
Figura 92 - Indutor SMD.............................................................................................................................................. 113
Figura 93 - Simbologias de diodo retificador e diodo para pequenos sinais........................................... 114
Figura 94 - Simbologias do diodo zener................................................................................................................ 115
Figura 95 - Terminais dos diodos.............................................................................................................................. 115
Figura 96 - Diodos PTH................................................................................................................................................. 116
Figura 97 - Diodo retificador SMD........................................................................................................................... 116
Figura 98 - Simbologias de diodo emissor de luz.............................................................................................. 117
Figura 99 - Diodo LED PTH.......................................................................................................................................... 117
Figura 100 - Diodo LED – PTH.................................................................................................................................... 118
Figura 101 - Simbologias dos transistores bipolares......................................................................................... 119
Figura 102 - Terminais dos transistores bipolares.............................................................................................. 119
Figura 103 - Terminais dos transistores bipolares.............................................................................................. 119
Figura 104 - Encapsulamento SMD para transistores bipolares................................................................... 120
Figura 105 - Simbologias de pilhas e baterias..................................................................................................... 121
Figura 106 - Pilhas e baterias tipo moeda............................................................................................................. 123
Figura 107 - Pilhas de zinco-ar................................................................................................................................... 124
Figura 108 - Circuito elétrico básico........................................................................................................................ 125
Figura 109 - Modelos de chaves elétricas............................................................................................................. 126
Figura 110 - Chaves de posições fixas.................................................................................................................... 126
Figura 111 - Chaves DIP............................................................................................................................................... 127
Figura 112 - Chaves push-switch............................................................................................................................... 127
Figura 113 - Simbologias das chaves push-switch.............................................................................................. 128
Figura 114 - Circuito com interruptor manual..................................................................................................... 128
Figura 115 - Circuito com relé.................................................................................................................................... 128
Figura 116 - Simbologias dos réles.......................................................................................................................... 129
Figura 117 - Ilustração de um circuito chaveado por relé............................................................................... 129
Figura 118 - Exemplo de relé..................................................................................................................................... 130
Figura 119 - Cabo com conectores DB-9............................................................................................................... 131
Figura 120 - Conector USB.......................................................................................................................................... 131
Figura 121 - Conector HDMI....................................................................................................................................... 132
Figura 122 - Borne KRE de 3 vias............................................................................................................................... 132
Figura 123 - Exemplo de conector de alimentação........................................................................................... 133
Figura 124 - Montagem automatizada de PCIs................................................................................................... 138
Figura 125 - Dobra de terminais de componentes eletrônicos..................................................................... 139
Figura 126 - Como remover um circuito integrado corretamente............................................................... 140
Figura 127 - Descarga eletrostática ESD................................................................................................................ 141
Figura 128 - Equipamentos antiestática................................................................................................................ 142
Figura 129 - Aparelho medidor de ESD.................................................................................................................. 142
Figura 130 - Localização dos componentes na placa conforme a máscara de componentes........... 144
Figura 131 - Resistores instalados de forma padronizada............................................................................... 145
Figura 132 - Soldagem de componente eletrônico na PCI............................................................................. 145
Figura 133 - Fio de estanho com destaque para o fluxo, que fica dentro do fio..................................... 149
Figura 134 - Ferro de solda......................................................................................................................................... 150
Figura 135 - Estação de solda.................................................................................................................................... 151
Figura 136 - Suporte para soldador......................................................................................................................... 152
Figura 137 - Sugador de solda manual.................................................................................................................. 153
Figura 138 - Estação de dessoldagem.................................................................................................................... 154
Figura 139 - Malha para dessoldar........................................................................................................................... 155
Figura 140 - Estação de retrabalho SMD............................................................................................................... 155
Figura 141 - Fonte de alimentação linear.............................................................................................................. 162
Figura 142 - Fonte de alimentação chaveada de um computador.............................................................. 162
Figura 143 - Fonte de alimentação da CPU de um computador.................................................................. 163
Figura 144 - Placa principal ou placa-mãe............................................................................................................ 164
Figura 145 - Módulos e dispositivos internos da CPU...................................................................................... 165
Figura 146 - Jumper de configuração..................................................................................................................... 165
Figura 147 - Fixação de uma fonte no gabinete de uma CPU....................................................................... 167
Figura 148 - Escolha da chave de fenda................................................................................................................. 168
Figura 149 - Conexão da fonte com os módulos e dispositivos da CPU.................................................... 168
Figura 150 - Organização dos chicotes e cabos após a montagem............................................................. 169
Figura 151 - Exemplo de placa com espaçadores.............................................................................................. 170
Figura 152 - Fixação da placa principal no equipamento............................................................................... 170
Figura 153 - Fixação de módulos e dispositivos no gabinete........................................................................ 171
Figura 154 - Guias mecânicas de conectores de módulos e dispositivos eletrônicos.......................... 173
Figura 155 - Fixação por travas................................................................................................................................. 174
Figura 156 - Interconexão de módulos e dispositivos...................................................................................... 174
Figura 157 - Flat cable do tipo membrana............................................................................................................ 175
Figura 158 - Etiqueta de advertência para energia eletrostática.................................................................. 179
Figura 159 - Manuseio de módulos e dispositivos............................................................................................. 179
Figura 160 - Montagem de módulos e dispositivos eletrônicos................................................................... 181
Figura 161 - Conectores de módulos e dispositivos SMD............................................................................... 181
Figura 162 - Papelão ondulado................................................................................................................................. 190
Figura 163 - Calços de isopor..................................................................................................................................... 191
Figura 164 - Sachês e cápsulas de sílica gel.......................................................................................................... 191
Figura 165 - Embalagens plásticas antiestáticas................................................................................................ 192
Figura 166 - Robôs embaladores.............................................................................................................................. 192
Quadro 1 - Tipos de riscos...............................................................................................................................................30
Quadro 2 - Orientações ergonômicas.........................................................................................................................33
Quadro 3 - Resíduos na área da eletroeletrônica....................................................................................................43
Quadro 4 - Equipamentos elétricos e tipo de energia obtida............................................................................65
Quadro 5 - Tipos de PCIs..................................................................................................................................................87
Quadro 6 - Tipos de encapsulamentos SMD............................................................................................................94
Quadro 7 - Tipos mais comuns de capacitores polarizados............................................................................. 107
Quadro 8 - Tipos mais comuns de capacitores polarizados............................................................................. 110
Quadro 9 - Tamanho das pilhas e baterias de uso geral.................................................................................... 122
Quadro 10 - Exemplo de lista de componentes................................................................................................... 143
Quadro 11 - Etapas de montagem automatizada de placa de circuito impresso.................................... 146
Quadro 12 - Exemplos de módulos e dispositivos de uma CPU.................................................................... 161
Quadro 13 - Características comuns aos módulos e dispositivos.................................................................. 172
Quadro 14 - Características da montagem de produtos por tipo linha...................................................... 187
1 Introdução.........................................................................................................................................................................15
2 princípios da manufatura............................................................................................................................................19
2.1. Evolução histórica.......................................................................................................................................20
2.2. Procedimentos de rotinas no trabalho...............................................................................................24
2.3. Hábitos e atitudes profissionais.............................................................................................................26
2.4. Segurança e normalização......................................................................................................................29
2.4.1. Riscos da atividade...................................................................................................................30
2.4.2. Ergonomia...................................................................................................................................32
2.4.3. Análise preliminar de risco....................................................................................................34
2.4.4. Equipamentos de proteção coletiva e equipamentos de proteção
individual....................................................................................................................................35
2.4.5. Mapa de riscos e rotas de fuga.............................................................................................37
2.4.6. Símbolos de advertência........................................................................................................40
2.5. Descarte de resíduos.................................................................................................................................42
2.6. Ferramentas de qualidade.......................................................................................................................44
2.6.1. Checklist (lista de verificação)...............................................................................................45
2.6.2. Estratificação...............................................................................................................................46
3 Fundamentos de eletricidade....................................................................................................................................49
3.1. Grandezas elétricas....................................................................................................................................50
3.1.1. Tensão elétrica...........................................................................................................................53
3.1.2. Corrente elétrica........................................................................................................................58
3.1.3. Resistência elétrica..................................................................................................................64
3.1.4. Potência elétrica.......................................................................................................................65
3.2. Primeira lei de ohm....................................................................................................................................68
3.3. Instrumentos para medições de grandezas elétricas....................................................................69
3.4. Medições de grandezas elétricas..........................................................................................................70
3.4.1. Medições de tensão elétrica (voltagem)..........................................................................71
3.4.2. Medições de corrente elétrica (amperagem)..................................................................74
3.4.3. Medições de resitências elétrica..........................................................................................76
4 Componentes eletroeletrônicos...............................................................................................................................83
4.1. Definição........................................................................................................................................................84
4.2. Placa de circuito impresso (PCI).............................................................................................................85
4.2.1 Tipos de PCIs................................................................................................................................87
4.3. Tipos de componentes eletrônicos......................................................................................................87
4.3.1. Características dos componentes PTH..............................................................................88
4.3.2. Características dos componentes SMD............................................................................89
4.3.3. Polaridades..................................................................................................................................89
4.4. Encapsulamento.........................................................................................................................................90
4.4.1. Encapsulamentos de componetes PTH............................................................................91
4.4.2. Encapsulamentos de componentes SMD........................................................................93
4.5. Resistor..........................................................................................................................................................96
4.5.1. Resistores fixos...........................................................................................................................96
4.5.2. Resistores ajustáveis............................................................................................................. 102
4.6. Capacitor..................................................................................................................................................... 105
4.6.1. Capacitores polarizados...................................................................................................... 106
4.6.2. Capacitores não polarizados.............................................................................................. 109
4.6.3. Capacitor ajustável................................................................................................................ 110
4.7. Indutor......................................................................................................................................................... 112
4.7.1. Indutor PTH.............................................................................................................................. 112
4.7.2. Indutor SMD............................................................................................................................. 113
4.8. Semicondutores....................................................................................................................................... 113
4.8.1. Diodos PTH............................................................................................................................... 114
4.8.2. Diodos SMD............................................................................................................................. 116
4.8.3. Diodo emissor de luz PTH................................................................................................... 117
4.8.4. Diodo emissor de luz SMD.................................................................................................. 118
4.8.5. Transistor bipolar PTH.......................................................................................................... 118
4.8.6. Transistor bipolar SMD......................................................................................................... 120
4.9. Pilhas e baterias........................................................................................................................................ 121
4.9.1. Tamanho das pilhas e baterias.......................................................................................... 122
4.9.2. Tipos de pilhas e baterias.................................................................................................... 124
4.10. Chaves e botões de comando (micro switch)............................................................................. 125
4.11. Relés........................................................................................................................................................... 128
4.12. Conectores............................................................................................................................................... 130
4.12.1. Conectores de dados......................................................................................................... 131
4.12.2. Bornes...................................................................................................................................... 132
4.12.3. Conectores de alimentação............................................................................................. 132
7 Produtos.......................................................................................................................................................................... 185
7.1. Definição de produto............................................................................................................................. 186
7.2. Tipos de produtos.................................................................................................................................... 186
7.3. Características da montagem.............................................................................................................. 186
7.4. Interconexão do produto com seus periféricos............................................................................ 187
7.5. Energização dos produtos.................................................................................................................... 188
7.6. Teste dos produtos.................................................................................................................................. 188
7.7. Desenergização........................................................................................................................................ 188
7.8. Manuseio.................................................................................................................................................... 189
7.9. Processo final da montagem .............................................................................................................. 189
7.10. Embalagem.............................................................................................................................................. 190
Referências......................................................................................................................................................................... 197
Índice................................................................................................................................................................................... 201
introdução
Figura 2 - Máquina a vapor exposta na Escuela Técnica Superior de Ingenieros Industriales de Madri
Fonte: Wikimedia Commons (2013)
Figura 4 - Primeiro computador digital eletrônico, o Electronic Numerical Integrator and Computer (ENIAC), em 1946
Fonte: Wikimedia Commons (2013)
Bolo de fubá
Ingredientes (matéria-prima) Modo de preparo (procedimento de rotina no trabalho)
Note que é necessário que todas as etapas da receita sejam executadas na se-
quência descrita no modo de preparo, pois qualquer alteração nos ingredientes
ou na ordem das atividades vai alterar o sabor e/ou a aparência do bolo.
O mesmo princípio deve ser aplicado pelos montadores de equipamentos ele-
trônicos: a sequência das atividades descritas nos procedimentos não pode ser
alterada, pois isso afetará a qualidade e/ou funcionamento do produto.
Vamos ver, agora, um exemplo na área industrial referente à montagem de
um motor elétrico. Essa montagem deverá ser realizada dentro dos padrões es-
pecificados no projeto para que o motor funcione corretamente e não apresente
nenhuma variação de qualidade. E para que isso aconteça, todas as peças apre-
sentadas na figura 8 devem ser unidas sistematicamente, na ordem como são
apresentadas, para a montagem do motor ilustrado na figura 9.
Aplicando o 5S você estará zelando por sua saúde, seu bem-estar e sua segu-
rança durante as atividades na empresa. Ao mesmo tempo, seus gestores ficarão
satisfeitos com a qualidade do seu trabalho, a sua organização e a sua produção.
Você deve conhecer, por exemplo, pessoas que têm o hábito de ligar vários
equipamentos em uma única tomada, como ilustra a figura a seguir. Isso pode
causar aquecimento e até iniciar um incêndio. Imagine ainda que, bem próxima
dessa ligação inadequada, haja uma cortina. Isso facilitaria a propagação de cha-
mas. Nesse caso, temos: o ato inseguro da pessoa que fez essas ligações e as con-
dições inseguras de conexão elétrica e proximidade da cortina.
Alicate de bico com mola para retorno Alicate de corte com cabo curvo para o correto
automático à posição de aberto alinhamento ergonômico do punho
Figura 16 - Modelos de alicates ergonômicos
Fonte: 123RF (2013)
3 Protetor auricular Como exemplo, imagine uma máquina que produz muito barulho durante
o seu funcionamento. Na impossibilidade de se instalar um EPC de tratamento
É um equipamento de
proteção individual que acústico geral, será obrigatório que a empresa disponibilize um EPI, o protetor
tem a finalidade de atenuar auricular3, para cada trabalhador daquele setor.
ruídos, protegendo os
ouvidos. Encontram-se
disponíveis aos usuários Veja na figura 18, a seguir, esse e outros exemplos de EPIs.
nos modelos "plugs auto-
moldáveis" e "conchas".
4 Planta baixa
É o desenho do prédio
como se ele estivesse sendo
visto de cima, apresentando
as divisões de salas,
laboratórios, banheiros e
outros setores da empresa.
2 11 - 6
1 7 9
11 8
Figura 20 - Legenda dos tipos e graus de riscos existentes nos ambientes de trabalho
Fonte: SENAI-SP (2013)
A rota de fuga deve ser padronizada e conhecida por todos para que não haja
tumultos e desorientações nos momentos de emergência. Além disso, as empre-
sas são obrigadas a fazer simulações de abandono de prédio para praticar e facili-
tar a evacuação no caso necessidade.
A seguir, temos outro exemplo de mapa de riscos, agora com as indicações
(setas) que representam a rota de fuga, ou seja, o caminho a ser percorrido para a
evacuação do prédio em caso de emergência.
lavand.
sala prof.
sala aula 6
corredor
sala de informática sala aula 5 sala aula 4 sala aula 3 sala aula 2 sala aula 1
PERIGO
ALTA TENSÃO
indicação de quadro de
força e painéis elétricos indicação de alta tensão
indicação de máquinas
indicação de perigo com partes móveis
CASOS E RELATOS
Não há trabalho tão importante que não possa ser realizado com se-
gurança
Certa vez, a empresa Tec-Cel, uma montadora de aparelhos celulares ne-
gociou com seus funcionários um plano de metas para a participação nos
seus lucros e resultados. Caso as metas de produção fossem atingidas,
cada funcionário receberia dois salários adicionais ao final do ano.
Fundamentos da manufatura de equipamentos eletroeletrônicos
42
Como você pode observar, o desafio ambiental é grande, pois depende de mu-
danças de comportamentos profundamente enraizados em nossa cultura e, em
alguns casos, envolvem até questões de ordem social e de saúde pública.
Mas lembre-se: saber mais sobre essas questões possibilita que cada um de
nós faça a sua parte para vivermos em um mundo melhor, mais saudável e sus-
tentável!
Muitas empresas têm como prática envolver os funcionários na busca pela so-
lução dos problemas. Algumas delas até dão bônus para as ideias que levam à
economia de recursos, quer sejam físicos ou de tempo.
E para alcançar esse objetivo de solucionar os problemas, as empresas utilizam
ferramentas que permitam o diagnóstico das situações e a busca pela causa-raiz
dos problemas6 encontrados.
São muitas as ferramentas com essa finalidade, e nós veremos o checklist (ter-
mo em inglês que podemos traduzir como lista de verificação) e a estratificação,
que estão relacionadas diretamente com as atividades que você exercerá como
montador de equipamentos eletrônicos. Acompanhe!
2 Princípios da manufatura
45
Recapitulando
Para iniciar os estudos, você necessita saber o que é eletricidade. Então, vamos
a esse conceito!
É importante saber que eletricidade é um fenômeno natural caracterizado
pelo desequilíbrio de cargas elétricas nos átomos dos materiais. Esse desequilí-
brio pode acontecer artificialmente por meio dos geradores de eletricidade, ou
também naturalmente por meio do vento e do atrito.
Quando presenciamos um raio, por exemplo, estamos vendo o deslocamento
de elétrons das nuvens para a terra (ou da terra para as nuvens, dependendo do
caso) na tentativa de equilibrar as cargas elétricas dos átomos. Isso ocorre porque
as nuvens desequilibram suas cargas elétricas naturalmente com o vento.
A eletricidade é estudada a partir da variação de diversos fatores físicos, conhe-
cidos como grandezas elétricas. Mas para melhor compreender as grandezas que
fundamentam a eletricidade (resistência, tensão, corrente e potência elétricas),
você precisa entender a estrutura atômica dos materiais e o principio da matéria.
E o que é matéria? Por definição, matéria é tudo aquilo que tem massa, que ocupa
lugar no espaço, não tem forma definida e pode ser encontrada na natureza nos
estados físicos sólido, líquido ou gasoso.
Tudo ao nosso redor é matéria, seja objeto, animal, vegetal, mineral ou mesmo
o ar que respiramos, pois tudo tem massa e ocupa lugar no espaço. Se, por exem-
plo, analisarmos a neve (água congelada) com um microscópio, conseguiremos
enxergar a sua estrutura formada por cristais imperceptíveis a olho nu. Veja a ilus-
tração na figura 28.
-
átomo de
oxigênio
+ +
átomos de
hidrogênio
Figura 29 - Molécula da água
Fonte: SENAI-SP (2013)
elétron
NN
NN N
NN
N
lâmpada acessa
interruptor ligado
2 Curva senoidal
É a representação gráfica
da corrente alternada.
Essa representação Alessandro Volta, físico italiano do século XIX, inventou
gráfica reproduz, em uma a pilha elétrica empilhando discos de cobre e zinco
determinada base de VOCÊ separados por tecido embebido em solução de ácido
tempo, os movimentos SABIA? sulfúrico. A unidade de medida de potencial elétrico
circulares (giratórios) de chama-se Volt (V) em homenagem a esse cientista.
um gerador de corrente
alternada, chamado
alternador.
1 V (um Volt)
significa o mesmo que
1.000 mV (um mil milivolt),
que significa o mesmo que
1.000.000 uV (um milhão de microvolt)
alternada
contínua tensão
tensão +A
+A
tempo
-A
Tensão contínua
3,7VCC
3,7VCC
7,4VCC
3,7V CC
Já na figura 36, você pode notar que a associação em paralelo não altera o
valor de tensão (voltagem). Seria como se colocássemos uma caixa d´água ao
lado da outra, não alterando sua altura final, no caso, mantendo o mesmo valor
de tensão elétrica. Neste exemplo, você pode observar a associação em paralelo
de 2 pilhas de 3,7 VCC sem a alteração do valor da voltagem final.
3,7VCC 3,7VCC
3,7V CC
Tensão alternada
Embora na tomada haja três pinos, o circuito elétrico é formado por apenas
dois deles. No caso da tomada de 127 VAC, usamos a fase e o neutro. O condutor
terra (também chamado de fio terra) serve para proteger o equipamento contra
descargas elétricas e também para a segurança das pessoas, pois reduz o risco de
choque elétrico.
Fundamentos da manufatura de equipamentos eletroeletrônicos
58
tensão (U)
T
f = 1/T
tempo (ms)
0 16,66 33,32
lâmpada acesa
interruptor ligado
I → Ampère
corrente corrente
contínua alternada
+A +A
tempo tempo
-A
Corrente contínua
3,7VCC
3, 7VCC 3, 7VCC
3, 7V CC
3, 7VCC
7, 4VCC
3, 7VCC
Corrente alternada
alternada
corrente +127V
+A
proteção
0V
-A
alternada
corrente +127V
+A
proteção
0V
-A
R → Ω (Ohms)
Do mesmo modo que o Volt e o Ampère, a unidade de medida Ohm tem seus
múltiplos e submúltiplos, que mudam a forma numérica de representar a gran-
deza para facilitar a leitura, no entanto, não alteram o valor efetivamente encon-
trado no circuito. Veja o exemplo a seguir.
É importante sabermos também que todo material resistivo gera calor quan-
do é percorrido por uma corrente elétrica. Esse aquecimento é aproveitado em
muitos equipamentos elétricos. Tomemos como exemplo o chuveiro elétrico, que
possui um resistor, popularmente conhecido como resistência, que é o compo-
nente responsável pelo aquecimento da água. Como isso acontece? A corrente
elétrica passa pela resistência, gerando o calor que esquenta a água para que pos-
samos tomar banho em uma temperatura agradável.
Mecânica
Motor
FuNDaMENtoS Da MaNuFatura DE EQuiPaMENtoS ELEtroELEtrÔNicoS
66
Térmica
Luminosa
Lâmpada
P → W (Watt)
V I
Veja que, por exemplo, o chuveiro elétrico, se ligado a uma tensão de 220 Vca
com corrente de 20 A, dissipa uma potência de 4400 W (P = V × I). E o ferro de pas-
sar elétrico, se ligado a uma tensão de 127 Vca com corrente de 10 A, dissipa uma
potência de 1270 W(P = V × I).
V P
R I V I
V=RxI P=VxI
R=V V=P
I I
I=V I=P
R V
V tensão (Volts)
I corrente (Ampères)
R resistência (Ohms)
P potência (Watts)
Tipos de instrumentos
corrente elétrica
fonte de elemento
tensão consumidor
alternada “lâmpada”
“tomada” corrente elétrica
Vale dizer que a medição de corrente alternada não costuma ser realizada com
multímetros, já que muitos modelos não possuem essa função (como é o caso dos
multímetros utilizados em nossos exemplos). Geralmente, esse tipo de medição
é realizado com outros instrumentos (como o alicate amperimétrico), mas você,
como montador de equipamentos eletrônicos, não precisará se preocupar com
esses instrumentos, pois não fazem parte da rotina de trabalho de um montador.
1º passo:
Conecte as pontas de prova no multímetro:
c) preta no conector comum do aparelho (COM); e
d) vermelha no conector que representa a grandeza (V/mA/Ω).
2º passo:
Os multímetros analógicos precisam ser calibrados manualmente antes de re-
alizar a medição de resistência. Isso é necessário para ajustar o ponteiro na marca-
ção Zero, encontrada à direita, no curso final do ponteiro. É importante dizer que
os multímetros digitais não necessitam dessa calibração.
Assim, para calibrar um multímetro analógico, posicione o seletor na escala de
resistência (X1), curto-circuite as pontas de prova e ajuste o botão de calibração
até que o ponteiro atinja a marcação Zero, como mostra a figura a seguir.
ajuste até
o ponteiro
chegar na
marcação
Zero
botão de
calibração
3º passo:
Escolha a menor escala possível:
a) Instrumento analógico: escala x1 – vezes 1.
b) Instrumento digital: escala 200Ω.
4º passo:
Antes de fazer a medição, verifique se o resistor está desenergizado para não
queimar o instrumento.
5º passo:
Encoste a ponta de prova nos terminais do resistor e verifique o valor da resis-
tência elétrica indicada no instrumento. Fique atento para não encostar os dedos
nos terminais do componente para que a leitura não sofra interferência da resis-
tência elétrica do corpo humano. Caso não consiga visualizar o valor, aumente
gradativamente a escala até que ele possa ser lido.
Para o caso dos multímetros analógicos, quanto mais próximo o ponteiro esti-
ver do centro da escala de leitura, melhor a precisão da medição. Assim, selecione
a escala mais adequada para que isso ocorra. Quanto aos multímetros digitais,
quanto menor a escala selecionada, mais precisa será a sua medição.
A partir dos conceitos e procedimentos vistos neste capítulo, você será capaz
de realizar medições das grandezas elétricas que irão validar (aprovar) ou não os
equipamentos eletrônicos após a montagem.
3 Fundamentos de eletricidade
79
CASOS E RELATOS
Recapitulando
Anotações:
Componentes eletroeletrônicos
L1 - 680UH D10
1N4148
C16 C17 R35 C18 R37
100n 10u 680R 4K7 47u 100k
VPP_FEEDBACK Q7
BC327
MCLR_GR
2 Leiaute (do
inglês layout) de
componentes
A cor da placa é definida por um verniz que normalmente é verde, mas temos
também em outras cores – vermelha, amarela, azul e outras – e sua função é impe-
dir a oxidação1 do cobre. Esse verniz reveste toda a superfície da placa, deixando
expostos apenas os pontos que receberão a solda para fixação dos componentes.
Depois de aplicado o verniz, um desenho é impresso na placa. Esse desenho,
conhecido por máscara de componentes, identifica o local de cada componen-
te, assim como a sua polaridade, caso exista, facilitando a montagem e a manu-
tenção da placa.
Figura 61 - PCI com a máscara na cor branca pronta para receber os componentes
Fonte: SENAI-SP (2013)
4 Componentes eletroeletrônicos
87
SMD
PTH
Figura 62 - Componentes eletrônicos PTH e SMD
Fonte: SENAI-SP (2013)
4.3.3. pOlARIDADES
3 DataSHeet
É o termo em inglês
muito utilizado para folha
de dados. Ela contém
50
v4
70
informações completas
μF
50
v4
sobre os componentes,
70
m
F
como a descrição do
funcionamento, a
identificação dos terminais,
os encapsulamentos
disponíveis, os limites
de temperatura, as
características elétricas e,
em alguns casos, até os
circuitos de exemplo que os
utilizam. Cada componente
possui um datasheet.
Ao montar uma placa, você deve prestar muita atenção para que os compo-
nentes polarizados – como diodos, capacitores, transistores, entre outros – sejam
afixados na posição correta.
4.4. ENcaPSuLaMENto
OU
Figura 66 - Encapsulamento TO-220 com diferentes códigos impressos, indicando componentes diferentes
Fonte: SENAI-SP (2013)
indicações do
fabricante pino 1
Figura 69 - Circuito integrado do tipo DIP
Fonte: SENAI-SP (2013)
circuito integrado
orifício para
encaixe dos
terminais do CI
soquete
terminais do
soquete, que serão
soldados na PCI
Uma característica comum à maioria dos componentes SMD é que eles são co-
mercializados em carretéis de plástico ou de papel com 500 a 10.000 peças cada
um. Esses carretéis são conectados diretamente nas máquinas automáticas que
montam as placas de circuito impresso.
4.5. RESISTOR
Os resistores fixos recebem esse nome porque o valor ôhmico de sua resis-
tência não pode ser alterado. Os fabricantes disponibilizam esses resistores em
diversos valores comerciais, que são padronizados. Os principais são: 10, 18, 22,
33, 47, 56, 68, 82 e seus múltiplos x10, x100, x1000, x10.000 etc.
Esses resistores não possuem polaridade, ou seja, não existe um lado correto
para o posicionamento na montagem. Conheça, na figura 73, as simbologias do
resistor fixo.
Símbolo Normas
Assim, é importante que você saiba ler os códigos de cores para escolher o re-
sistor que atenda às especificações descritas no esquema elétrico que você deve
seguir. Vamos ver como isso funciona? Acompanhe a explicação!
Os resistores podem possuir de três a seis faixas coloridas. A forma de leitura
para os resistores de três e quatro faixas é muito semelhante. Neste caso, as três
primeiras faixas representam o valor da resistência, sendo que as duas primeiras
indicam o primeiro e o segundo dígitos do valor, e a terceira faz a função de multi-
plicador. Vejamos a seguir uma tabela de código de cores e um exemplo de leitura
para dois resistores, um com três e outro com quatro faixas.
Fundamentos da manufatura de equipamentos eletroeletrônicos
98
4 Coeficiente de
temperatura Códigos de Cores
A extremidade com mais faixas deve apontar para a esquerda.
É o indicador de variação
da resistência que o resistor
apresenta em relação à
temperatura.
Resistor de 3 1K Ω
faixas 20% de tolerância
O primeiro resistor, de três faixas, é formado pelas cores marrom, preto e ver-
melho. Pela tabela das cores, temos:
a) marrom na primeira faixa = 1
b) preto na segunda faixa = 0
c) vermelho na terceira faixa (multiplicador) = × 100
Assim, temos: 10 × 100 = 1000Ω ou 1kΩ.
Veja que, nesse exemplo, a ausência da quarta faixa indica que a tolerância é
de 20%.
O segundo resistor, de quatro faixas, é formado pelas cores verde, azul, amare-
lo e prata. De acordo com a tabela das cores, para as três primeiras faixas, temos:
a) verde = 5
b) azul = 6
c) amarelo (multiplicador) = ×10000
4 Componentes eletroeletrônicos
99
5W
20K
ΩJ
potência máxima de 5W e
resistência de 20KΩ
Figura 76 - Resistor de fio revestido com cerâmica
Fonte: SENAI-SP (2013)
7W
2R2
J
9x - 1 - 103LF
oβ B08255
estee pont
ponto
to
indica o pino 1
1 9
Sua leitura é semelhante àquela que vimos com código de cores para resisto-
res de três faixas, porém, no lugar das cores aparecem os números. Os dois primei-
ros números representam os dois primeiros dígitos do valor, enquanto o terceiro
número representa o multiplicador.
Como exemplo, pense em um resistor SMD com o código 103. Nele, temos os
dígitos 1 e 0 e o fator multiplicador 3 (que é igual a 1000). Portanto: 10 x 1000=
10kΩ.
Símbolo Normas
material
resistivo cursor em 100
50% da volta
50 50
terminal terminal
terminal terminal terminal
do cursor terminal
do cursor
Figura 82 - Potenciômetros
Fonte: SENAI-SP (2013)
Figura 83 - Trimpots
Fonte: SENAI-SP (2013)
4.6. CAPACITOR
Símbolo Normas
ABNT NBR 12521
IEC60617
IEE Std 315
Símbolo alternativo
Símbolo alternativo
Símbolo Normas
ABNT NBR 12521
IEC60617
IEE Std 315
Símbolo alternativo
Dizer que um capacitor é não polarizado significa que os terminais não pos-
suem um lado específico para montagem na PCI. Os capacitores não polarizados
possuem capacitância inferior à dos capacitores polarizados, mas as tensões de
trabalho são bem maiores, podendo superar 250V. Vamos conhecer agora, no
quadro a seguir, os tipos mais utilizados.
FuNDaMENtoS Da MaNuFatura DE EQuiPaMENtoS ELEtroELEtrÔNicoS
110
Símbolo Normas
ABNT NBR 12521
IEC60617
IEE Std 315
Embora a maioria dos ajustes nos circuitos eletrônicos seja feita por meio
de resistores ajustáveis, alguns ajustes precisam ser feitos por meio de capa-
citores ajustáveis, como os filtros de frequência. Observe alguns modelos de
capacitores ajustáveis.
4.7. INDUTOR
Símbolo Normas
ABNT NBR 12521
IEC60617
IEE Std 315
Observe que no indutor da figura 92, a seguir, aparece a letra R no valor im-
presso. A letra R faz o papel da vírgula e, para esses casos, o valor está impresso
diretamente em µH (micro-henry). Em alguns casos, você poderá encontrar um
ponto no lugar do R. No exemplo a seguir, o valor do indutor é de 2,7µH.
4.8. SEMICONDUTORES
Símbolo Normas
IEC60617
IEEE Std 315
Símbolo alternativo
Símbolo Normas
IEC60617
IEEE Std 315
Símbolo alternativo
Independentemente do tipo de diodo, todos são formados por dois cristais se-
micondutores diferentes: o do tipo P e o do tipo N. O material do tipo P está ligado
ao terminal conhecido como anodo (positivo), já o material tipo N está ligado ao
terminal conhecido como catodo (negativo). Portanto, todos os diodos possuem
dois terminais: o anodo e o catodo.
A figura a seguir demonstra a disposição dos terminais do diodo conforme o
material semicondutor. Como montador de equipamentos eletrônicos, você de-
verá identificar esses terminais para realizar a montagem dos diodos na PCI.
P N
Anodo (A) Catodo (K)
No corpo do diodo, além do código, existe uma faixa indicando o terminal ca-
todo (negativo). Você deverá identificar o catodo antes de montar o diodo na PCI,
pois o diodo tem posição correta para ser instalado. Normalmente, a PCI tem o
símbolo do diodo na máscara dos componentes para facilitar a identificação do
terminal catodo no momento da montagem. Veja a seguir os encapsulamentos
mais comuns.
catodo
O termo em inglês light emitting diode é mais conhecido pela sua sigla, LED,
e significa diodo emissor de luz. É muito comum vermos o LED, por exemplo, no
aparelho de televisão – trata-se daquele pequeno ponto de luz que se mantém
acesso quando a deixamos em standby. A simbologia dos LEDs também pode
variar de acordo com a norma utilizada pelo projetista. Observe na figura a seguir
as duas simbologias mais utilizadas atualmente.
Símbolo Normas
IEC60617
chanfro
a faixa verde
indica o catodo
IEC60617
emissor coletor
emissor
P N P coletor
base
transistor PNP
base
emissor coletor
emissor
N P N coletor
base
transistor NPN
base
Símbolo Normas
IEC60617 de 1996
IEE Std 315 de 1975
Foto
Código do tamanho
Dimensões (mm)
ilustrativa diâmetro × altura
AAA
10,5 × 44,5
Pilha palito
AA
14,5 × 50,5
Pilha pequena
C
26,2 × 50
Pilha média
4 Componentes eletroeletrônicos
123
D
34,2 × 61,5
Pilha grande
Esse tipo de pilha vem de fábrica com uma vedação colorida, que impede a en-
trada de ar na célula, devendo ser removida apenas no momento da utilização. Sem
a vedação, a bateria irá se descarregar independentemente de ter sido usada ou
não. A cor da vedação determina o tamanho e a capacidade energética da bateria.
Ao contrário de outros tipos de pilhas que possuem metais pesados (como o
cádmio e o chumbo), as pilhas de zinco-ar não agridem o meio ambiente.
consumidor
esquema
chave – +
bateria
interruptor
desligado
consumidor
esquema
chave – +
bateria
interruptor
ligado
vermelha vermelha
A B B
A
chave C
reversível chave bipolar
verde verde
As chaves podem, ainda, ter posições fixas de ligado e desligado (como o in-
terruptor de uma lâmpada) ou ter o retorno automático (como o botão de uma
campainha), esta conhecida como push-switch.
Nas placas eletrônicas são utilizadas chaves conhecidas como DIP switch, ou
chaves DIP, que têm esse nome porque são montadas com encapsulamento DIP
– mesmo padrão de pinagem dos circuitos integrados que vimos anteriormente.
4 Componentes eletroeletrônicos
127
Essas chaves possuem uma posição de descanso, quando não estão aciona-
das, que é chamada de posição normal de funcionamento.
Com base nessa posição normal, as chaves podem ser normalmente abertas
(NA), quando impedem a passagem da corrente elétrica no seu estado natural
(sem intervenção externa), ou normalmente fechadas (NF), quando permitem
a passagem da corrente elétrica no seu estado natural (sem intervenção externa).
Por exemplo, o botão de campainha é normalmente aberto (NA) e só fecha o
circuito, ligando a campainha, no momento em que alguém aperta a tecla para aci-
oná-la. Uma mola retorna o contato para a posição original após o acionamento.
As push-switch são muito usadas nas placas eletrônicas, sendo comuns na função
de teclado dos equipamentos. Veja um modelo de push-switch na figura 113.
Símbolos
NA NF Reversível NA retornável NF retornável Normas
IEC60617 de 1996
4.11. RELÉS
neutro
fase retorno
desligado
interruptor
manual
neutro
fase retorno
interruptor
relé automático desligado
A simbologia dos relés também pode variar de acordo com a norma utilizada
pelo projetista. A seguir, veja a simbologia mais utilizada atualmente.
Símbolo Normas
IEC60617
Símbolo alternativo
10A
127 Vac
3 armadura
4
3 e 4 terminais de contatos
100mA
1 bobina
circuito eletrônico 12 Vcc
2
de controle
1 e 2 terminais de bobina
F1 esquema
de um relé
Observe, na figura anterior, que o relé é composto por duas partes: o contato
de potência, por onde passa a corrente do equipamento; e a bobina de contro-
le, que faz o acionamento do contato.
Seu funcionamento é bastante simples: quando a bobina é energizada, produz
um campo magnético (igual a um imã), que atrai o contato de potência e liga o
circuito. Quando a bobina é desenergizada, a mola puxa o contato de potência e
desliga o circuito.
Fundamentos da manufatura de equipamentos eletroeletrônicos
130
1 R C2
MB 5VAC res.
- 12 DC res.
0.5A 30V
1A
4.12. CONECTORES
A família de conectores data byte (DB), isto é, conectores de dados, é uma das
mais antigas e é ainda muito utilizada nos dias de hoje. O DB-9, por exemplo,
possui nove pinos numerados sequencialmente e é utilizado principalmente em
cabos para comunicação serial. No modelo que você vê a seguir, o formato trape-
zoidal do conector evita que o encaixe seja feito de forma errada.
4.12.2. Bornes
Os bornes são terminais que permitem a ligação de fios a uma placa de circuito
impresso e podem ser utilizados também para junções ou emendas de fios. Qua-
se sempre os fios são fixados por meio de parafusos, mas existem modelos que
permitem a conexão por meio de encaixe, com pressão de molas.
Existem diversos tipos e modelos de bornes, mas como montador de equi-
pamentos eletrônicos quase sempre você irá se deparar com um modelo que é
soldado na placa de circuito impresso. Esses modelos, conhecidos como KRE, são
comercializados em diversas configurações, conforme a quantidade de vias e a
corrente elétrica que suportam.
Além dos conectores apresentados neste capítulo, você certamente irá se de-
parar com muitos outros modelos. No entanto, a finalidade é sempre a mesma: fa-
zer a conexão elétrica entre circuitos. O importante é manter-se atento ao projeto.
CASOS E RELATOS
O perigo da curiosidade!
Fábio, um jovem que conseguiu seu primeiro emprego, embora não con-
hecesse muito de eletrônica, começou a trabalhar como montador de
equipamentos eletrônicos em uma empresa que fabricava placas para
computadores. Ele ficou maravilhado com a quantidade de componentes
que a empresa tinha em estoque, principalmente com as prateleiras de
LEDs, que eram dos mais variados tipos e cores.
Curioso para ver o LED cor-de-rosa aceso, certo dia ele voltou antes do al-
moço e ligou um deles diretamente na tomada. A explosão foi tão grande
que Fábio chegou a perder a visão por alguns segundos. Como estava
sozinho, já que ainda era horário de almoço, ninguém presenciou o fato,
apenas as câmeras de segurança.
Ao ver posteriormente as imagens, o seu supervisor o chamou, explicou
que os componentes eletrônicos trabalham com baixíssimas tensões e
que não podem ser ligados diretamente na tomada. Relatou outros aci-
dentes ocorridos dentro da empresa e sugeriu que ele fizesse um curso
de qualificação profissional de montador de equipamentos eletrônicos
para conhecer mais sobre o funcionamento dos componentes.
Em casa, refletindo sobre o que aconteceu, Fábio chegou à seguinte con-
clusão: na empresa, devemos sempre consultar profissionais mais experi-
entes para esclarecimentos sobre dúvidas ou curiosidades.
Fundamentos da manufatura de equipamentos eletroeletrônicos
134
Recapitulando
Anotações:
processo de montagem de
placas eletrônicas
Para remover um CI, você deve utilizar um extrator de chips, a fim de manter a
integridade do componente, do soquete e da placa de circuito impresso. A figura
a seguir ilustra a forma correta de remoção.
Fundamentos da manufatura de equipamentos eletroeletrônicos
140
O extrator de chips é uma espécie de pinça que você deve encaixar nas extre-
midades do CI. Uma vez encaixado, ele deve ser movimentado de um lado para
o outro lentamente e com cuidado até que o CI se solte. Não puxe o extrator de
uma só vez, pois você poderá danificar o soquete e a placa de circuito impresso.
O simples contato do nosso corpo carregado, um toque com o dedo, por exem-
plo, em um componente eletrônico, ocasionará uma descarga de energia eletros-
tática que poderá danificá-lo. Essa descarga é conhecida como ESD, sigla que vem
do termo em inglês electrostatic discharge, que significa descarga eletrostática.
Lista de componentes
R2
R11
2 Resistor 1/4 Watt - 5% 220Ω
R15
R17
Etapas Descrição
Uma máquina que funciona como uma impressora do tipo
1ª – Aplicação da pasta de solda jato de tinta aplica a pasta de solda na placa precisamente
nos pontos de fixação dos componentes.
CASOS E RELATOS
Ao ligar o equipamento pela primeira vez, ele não funcionou. Após algum
tempo verificando se faltava algum componente, concluiu que havia um
defeito e o encaminhou para o responsável pela manutenção. Partiu, en-
tão, para a montagem da segunda PCI, conforme previsto na ordem de
serviço. Ao finalizar o trabalho, ficou surpreso, pois percebeu que essa
outra placa também não estava funcionando. Imediatamente, fez um
relatório para o responsável pelo projeto reportando o problema.
Após algum tempo, questionado pelo responsável da manutenção, o
montador explicou que conferiu se cada componente estava instalado
em seu lugar e que ainda teve o cuidado de assegurar que todos os circui-
tos integrados estavam encaixados com a polaridade correta. Com tudo
isso, disse que não havia mais nada a fazer.
Nesse momento, o responsável pela manutenção mostrou o equipamen-
to funcionando perfeitamente e entregou ao montador um pequeno
resistor. Explicou-lhe o que ocorreu: ao selecionar o resistor para a mon-
tagem, o jovem leu o código de cores incorretamente e escolheu um
resistor com um valor muito diferente daquele que havia no esquema
elétrico.
Mesmo tomando todas as precauções com os componentes eletrôni-
cos que ele julgava serem os mais complexos ou importantes, como os
circuitos integrados, não imaginou que um único resistor seria capaz de
deixar a placa inoperante. Foi então que ele percebeu que cada compo-
nente eletrônico tem sua função e sua importância no projeto! Desde um
pequeno resistor ou diodo até o mais complexo circuito integrado, todos
devem ser instalados exatamente conforme especificado no projeto.
fluxo
Figura 133 - Fio de estanho com destaque para o fluxo, que fica dentro do fio
Fonte: SENAI-SP (2013)
Fundamentos da manufatura de equipamentos eletroeletrônicos
150
5.5.2. SOLDADOR
É o tipo de soldador mais utilizado. Além de seu baixo custo, permite soldas de
boa qualidade. Ele possui uma resistência elétrica responsável por aquecer a sua
ponta, que é a parte utilizada para realizar a soldagem. Um soldador comum de
20W atinge uma temperatura média de 260º C.
Estação de solda
O suporte para o soldador serve para repousá-lo entre uma soldagem e outra,
evitando acidentes, como queimaduras, possíveis incêndios e problemas no com-
ponente ou equipamento.
Como os soldadores comuns e as estações de solda levam um tempo até que
atinjam a temperatura de trabalho, não seria viável desligá-los entre a soldagem
de um componente e outro. Por isso, eles permanecem ligados até o final do
trabalho, mantendo-se quentes, daí a necessidade de um suporte para repouso
da ferramenta.
Vale dizer, ainda, que alguns modelos contêm uma esponja vegetal, que serve
para limpar a ponta do soldador, como o da figura seguinte.
Fundamentos da manufatura de equipamentos eletroeletrônicos
152
O sugador de solda, como o nome sugere, serve para removê-la de uma su-
perfície. Embora seja mais utilizado para remoção de componentes, você poderá
necessitar dele na soldagem também, seja para refazer uma solda que não tenha
ficado muito boa ou para remover algum excesso.
Essa ferramenta remove a solda por sucção, mas somente enquanto estiver em
seu estado líquido. Isso significa dizer que ela trabalha em conjunto com o soldador:
o soldador aquece a solda, deixando-a na forma liquida, e o sugador faz a remoção.
No mercado existem basicamente dois tipos de sugadores, que você poderá
escolher de acordo com as suas necessidades: os manuais e as estações de dessol-
dagem. Vejamos cada um deles.
Sugador manual
Estação de dessoldagem
A malha para dessoldar é uma malha de cobre fabricada de modo que a solda
fundida se infiltre muito facilmente entre suas tranças. Essa propriedade faz com
que ela ajude na remoção da solda. Quando toca em alguma superfície contendo
solda fundida, esta é imediatamente atraída para a malha.
À medida que vai sendo utilizada, ela vai ficando saturada, cheia de solda
em suas tranças e, por isso, vai perdendo a funcionalidade. Quando a saturação
ocorrer, basta cortar o pedaço saturado e continuar utilizando-a. Em geral, é
vendida em pedaço ou em rolo.
A figura a seguir mostra a malha para dessoldar em detalhes. Observe as tran-
ças de cobre que a compõem.
5 Processo de montagem de placas eletrônicas
155
Recapitulando
Anotações:
Módulos e dispositivos
Neste capítulo, você conhecerá as principais características dos módulos e dos dispositivos
utilizados na produção de equipamentos eletrônicos e compreenderá a forma como eles são
interligados para que funcionem de forma integrada com o equipamento. Aprenderá, ainda, a
diferença entre as conexões na tecnologia PTH e as conexões na tecnologia SMD.
Ao final do capítulo, você terá subsídios para:
a) identificar os módulos e dispositivos utilizados na montagem de equipamentos eletroe-
letrônicos;
b) reconhecer a posição de montagem dos módulos e dos dispositivos nos equipamentos
eletrônicos;
c) entender as características de manuseio dos módulos e dos dispositivos eletroeletrônicos;
d) identificar os métodos de fixação dos módulos e dos dispositivos nos equipamentos
eletrônicos;
e) distinguir os sistemas e os elementos de interconexão dos módulos e dos dispositivos
nos equipamentos eletrônicos.
A partir desses conhecimentos, você será capaz de saber quais as posições corretas de mon-
tagem dos módulos e dos dispositivos e terá condições de interconectá-los e fixá-los, obser-
vando as guias de direcionamento e as travas mecânicas dos conectores.
Como existe uma infinidade de equipamentos eletrônicos e não é possível prever com
qual deles você irá trabalhar, adotamos como referência a torre de um computador, por este
ser um equipamento rico em detalhes, portanto, abranger a maioria dos conceitos aplicados
a outros equipamentos. Estudando os conceitos e as aplicações que apresentaremos tendo
como base esse equipamento, você poderá utilizá-los nos mais variados aparelhos. Acompa-
nhe com atenção!
Fundamentos da manufatura de equipamentos eletroeletrônicos
160
Módulos Dispositivos
Fonte de alimentação; Gabinete da CPU;
Placa de rede.
Fonte: SENAI-SP (2013)
posições de ligação direcionadas por guias mecânicas que evitam qualquer liga-
ção incorreta. Observe.
Algumas placas principais possuem jumpers (ligação móvel entre dois pontos)
de configuração espalhados pela sua superfície. Esses jumpers são as configura-
ções de funcionamento que variam de modelo para modelo, devendo ser posicio-
nados corretamente pelo montador de equipamentos eletrônicos.
Para conectá-los, você deverá consultar seu procedimento de trabalho ou
o manual do fabricante, observando atentamente a posição de cada um deles.
Veja, no destaque da figura a seguir, o exemplo de jumper.
espaçadores
Interconexão elétrica
(normalmente feita por
Permite a integração do módulo ou
conectores ou slots que
do dispositivo com o equipamento.
possuem uma posição
Na instalação correta de encaixe)
travas
Muitas vezes, os módulos e dispositivos são interligados por flat cables (cabos
planos), que é um conjunto de condutores flexíveis unidos apenas pela isolação.
Tais condutores facilitam a montagem dos chicotes, organizando e agilizando o
acoplamento dos módulos e dos dispositivos.
6 MóDuLoS E DiSPoSitivoS
175
trava
trava
Assim, é aconselhável que você faça uma rápida inspeção visual dos compo-
nentes nos módulos e nos dispositivos eletroeletrônicos antes de iniciar os testes.
Observe na PCI as informações indicadas na máscara de componentes, pois elas
facilitam a verificação de erro na montagem.
Além disso, atente para o uso de equipamentos de proteção, pois nesse mo-
mento e durante os testes ainda há risco de acidente, como poderia acontecer no
caso da explosão de capacitores montados com as polaridades invertidas.
Assim que saem da produção, os módulos e dispositivos são testados por má-
quinas automáticas conhecidas como giga de testes, que também são chamadas
de estação de testes, banco de provas e unidade de testes.
A giga de testes está preparada para receber o módulo ou o dispositivo com
os seus conectores normais de funcionamento, ou seja, os mesmos conectores
usados no equipamento em que eles serão instalados definitivamente. Assim, o
primeiro cuidado que você deverá tomar é certificar-se de que todos os conecto-
res elétricos estejam corretamente fixados a ela.
A grande vantagem da giga de teste é a agilidade com que realiza os testes nos
módulos e nos dispositivos. É muito comum elas indicarem em um display os va-
lores (tensão, corrente, temperatura, frequência) medidos, cabendo ao montador
determinar se eles estão aprovados ou não.
Nesse caso, você deverá fazer a comparação dos valores medidos (valores re-
ais) com os valores desejáveis (valores ideais), que são fornecidos por uma folha
de verificação (o checklist, que vimos anteriormente).
Se o valor indicado pela giga de testes estiver dentro da tolerância admitida, os
módulos ou os dispositivos são aprovados. E se qualquer valor estiver fora desses
parâmetros, eles são reprovados.
6 Módulos e dispositivos
177
Os cuidados mecânicos com relação aos módulos e aos dispositivos estão rela-
cionados com a movimentação, o armazenamento e a montagem (fixação) deles.
Veja quais são.
cooler
placa de
vídeo memórias
CASOS E RELATOS
Ideia premiada
Marcos, montador de equipamentos eletrônicos há mais de 5 anos em
uma empresa multinacional, participou de uma campanha que premiava
com valores em dinheiro as ideias que melhorassem a produção, a qua-
lidade de vida no trabalho ou as relações interpessoais dos funcionários.
Como ele já tinha bastante experiência com o seu trabalho, apresentou
uma ideia de alteração no procedimento de montagem dos equipamen-
tos que aumentaria a produção. A ideia proposta alterava a ordem em
que os módulos e os dispositivos eletrônicos eram inseridos no equipa-
mento, diminuindo o tempo de montagem em três minutos, o que re-
sultaria, ao final do dia, em dez equipamentos a mais por montador. A
empresa premiou Marcos por sua ideia.
Com o prêmio, o montador refletiu e chegou à seguinte conclusão: não
há nada tão bom que não possa ser melhorado a partir de um olhar críti-
co e construtivo.
6 Módulos e dispositivos
183
Recapitulando
7.7. DESENERGIZAÇÃO
7.8. MANUSEIO
7.10. EMBALAGEM
b) Calços de isopor: são muito comuns dentro das caixas de papelão, servin-
do para apoiar os equipamentos, de forma que eles não se movimentem
durante o transporte. Além de possuir todas as vantagens do papelão on-
dulado, é mais rígido e pode ser adaptado com facilidade ao corpo do equi-
pamento para um encaixe perfeito.
CASOS E RELATOS
Recapitulando
Anotações:
REFERÊNCIAS
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HowStuffWorks, 2012. Disponível em: <http://eletronicos.hsw.uol.com.br/led-organico-oled.htm>.
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______. Circuito Impresso – Processo Manual – Teoria. São Paulo, 2003. (Série Eletrônica)
______. Sistemas de Instalação Eletrônica. Brasília, 2013. (Série Eletroeletrônica)
______. Eletricidade. Brasília, 2012. (Série Eletroeletrônica)
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br/tecnicas_soldagem.htm>. Acesso em 1 mar. 2012.
WISWANADHAM, Puligandla; SINGH, Pratap. Failure Modes and Mechanisms in Electronic. Nova
Iorque: Chapman & Hall, 1998.
MINICURRÍCULO Do AUTOR
A
Acidente de trabalho 30
Apoio de pé 32
B
Brigada de incêndio 38
C
Causa-raiz de um problema 44
Coeficiente de temperatura 98
Curva senoidal 54
D
Datasheet 90
L
Leiaute (do inglês layout) de componentes 86
O
Oxidação 84
P
Planta baixa 36
Polaridade 54
Protetor auricular 36
R
Recall 46
SENAI – Departamento Nacional
Unidade de Educação Profissional e Tecnológica – UNIEP
Diana Neri
Coordenação Geral do Desenvolvimento dos Livros
Pearson Education
Ilustrações
Pearson Education
Tratamento de imagens
Delinea Tecnologia Educacional
Produção de Material Didático
Karina Silveira
Diagramação
i-Comunicação
Projeto Gráfico