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SÉRIE AUTOMOTIVA

SISTEMA DE
SINALIZAçãO E
DE
ILUMINAçãO
SÉRIE AUTOMOTIVA

SISTEMA DE
SINALIZAçãO E
DE ILUMINAçãO
CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA – CNI

Robson Braga de Andrade


Presidente

DIRETORIA DE EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA

Rafael Esmeraldo Lucchesi Ramacciotti


Diretor de Educação e Tecnologia

SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL – SENAI

Conselho Nacional

Robson Braga de Andrade


Presidente

SENAI – Departamento Nacional

Rafael Esmeraldo Lucchesi Ramacciotti


Diretor-Geral

Gustavo Leal Sales Filho


Diretor de Operações
SÉRIE AUTOMOTIVA

SISTEMA DE SINALIZAçãO E DE ILUMINAçãO


© 2012. SENAI – Departamento Nacional

© 2012. SENAI – Departamento Regional de Santa Catarina

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Unidade de Educação Profissional e Tecnológica – UNIEP

SENAI Departamento Regional de Santa Catarina


Núcleo de Educação – NED

FICHA CATALOGRÁFICA
__ ___ ___
S491s
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Departamento Nacional.
Sistema de sinalização e de iluminação / Serviço Nacional de Aprendizagem
Industrial. Departamento Nacional, Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial.
Departamento Regional de Santa Catarina.
Brasília : SENAI/DN, 2012.
142 p. : il. (Série Automotiva).

ISBN 978-85-7519-564-2

1. Automóveis – Sistema de sinalização. 2. Automóveis – Sistema de


iluminação. 3. Automóveis – Circuitos elétricos. 4. Segurança do trabalho. I.
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Departamento Regional de
Santa Catarina. II. Título. III. Série.

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Departamento Nacional 9001 Fax: (0xx61) 3317-9190 • http://www.senai.br
Lista de ilustrações
Figura 1 - Circuito das luzes de freio.................................................................14
Figura 2 - Simbologia....................................................................................16
Figura 3 - Visão inferior do relé auxiliar.............................................................20
Figura 4 - Parte do circuito das luzes de freio......................................................14
Figura 5 - Fusível lâmina de engate..................................................................16
Figura 6 - Interruptor dos faróis......................................................................17
Figura 7 - Parte do circuito das luzes de freio......................................................17
Figura 8 - Resistência do interruptor.................................................................18
Figura 9 - Comutador de ignição......................................................................18
Figura 10 - Simbologia do comutador de ignição...................................................19
Figura 11 - Tipos de lâmpadas automotivas.........................................................20
Figura 12 - Relé auxiliar................................................................................21
Figura 13 - Fluxograma de funcionamento do relé................................................21
Figura 14 - Relé auxiliar aberto.......................................................................21
Figura 15 - Relé auxiliar desenergizado.............................................................22
Figura 16 - Relé auxiliar energizado..................................................................22
Figura 17 - Central de fusíveis e relés do painel...................................................23
Figura 18 - Figura 18 – Disposição dos fusíveis e relés.................................................24
Figura 19 - Circuito das luzes de freio...............................................................28
Figura 20 - Movimentação do chicote................................................................35
Figura 21 - Inspeção do circuito.......................................................................36
Figura 22 - Erro de procedimento....................................................................37
Figura 23 - Teste de queda de tensão...............................................................38
Figura 24 - Teste de resistência......................................................................38
Figura 25 - Multímetro digital.........................................................................40
Figura 26 - Multímetro automotivo...................................................................41
Figura 27 - Densímetro.................................................................................42
Figura 28 - Equipamento de teste de carga da bateria........................................................43
Figura 29 - Chave fixa..................................................................................44
Figura 30 - Chave combinada..........................................................................44
Figura 31 - Chave estrela...............................................................................44
Figura 32 - Alicate universal...........................................................................45
Figura 33 - Alicate de pressão.........................................................................45
Figura 34 - Alicate de travas...........................................................................45
Figura 35 - Chave de fenda............................................................................46
Figura 36 - Chave Philips...............................................................................46
Figura 37 - Chave Allen.................................................................................47
Figura 38 - Extratores...................................................................................47
Figura 39 - Circuito das luzes de direção............................................................53
Figura 40 - Circuito das luzes de emergência.......................................................57
Figura 41 - Circuito das buzinas.......................................................................61
Figura 42 - Circuito das luzes de marcha a ré......................................................63
Figura 43 - Circuito das luzes de freio...............................................................66
Figura 44 - Visão geral do painel de instrumentos.................................................69
Figura 45 - Velocímetro................................................................................69
Figura 46 - Tacômetro..................................................................................70
Figura 47 - Indicador de combustível................................................................71
Figura 48 - Circuito do indicador de combustível..................................................72
Figura 49 - Indicador de temperatura................................................................73
Figura 50 - Circuito do indicador de temperatura.................................................74
Figura 51 - Circuito da lâmpada da bateria.........................................................76
Figura 52 - Circuito da luz de pressão de óleo......................................................77
Figura 53 - Circuito do indicador do freio de estacionamento........................................79
Figura 54 - Circuito das luzes de posição............................................................86
Figura 55 - Circuito da luz interna....................................................................90
Figura 56 - Circuito dos faróis.........................................................................92
Figura 57 - Regulagem de faróis......................................................................94
Figura 58 - Arquitetura discreta......................................................................97
Figura 59 - Arquitetura multiplexada................................................................97
Figura 60 - Circuito multiplexado.....................................................................98
Figura 61 - Sinal de acionamento do farol baixo...................................................99
Figura 62 - Ergonomia.................................................................................118
Figura 63 - Abordagem da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS)..........................129

Quadro 1 - Definição de circuito aberto e circuito em curto.................................................34


Quadro 2 - Diagnóstico do circuito das luzes de direção...............................................55
Quadro 3 - Diagnóstico do circuito das luzes de emergência..........................................59
Quadro 4 - Diagnóstico do circuito das buzinas.....................................................62
Quadro 5 - Diagnóstico do circuito das luzes de marcha a ré.........................................65
Quadro 6 - Diagnóstico do circuito das luzes de freio..................................................68
Quadro 7 - Diagnóstico das luzes de posição........................................................88
Quadro 8 - Grau de risco..............................................................................115
Quadro 9 - Medidas relativas ao ambiente.........................................................116
Quadro 10 - Medidas relativas ao pessoal..........................................................117
Quadro 11 - Identificação dos resíduos gerados no setor automotivo..............................131

Tabela 1 - Denominação dos terminais elétricos...............................................................18


Tabela 2 - Código de cores para cabos elétricos................................................................15
Tabela 3 - Capacidade e cor dos fusíveis.........................................................................16
Sumário
1 Introdução...............................................................................................11

2 Simbologia...............................................................................................13
2.1Símbolos.......................................................................................14
2.2Números dos terminais e dos circuitos.......................................................17

3 Componentes dos Circuitos...........................................................................23


3.1Cabos elétricos...............................................................................14
3.2Fusível.........................................................................................16
3.3Interruptores (simples, conjugados, ignição)......................................................17
3.4Lâmpadas.....................................................................................19
3.5Relés auxiliares..............................................................................20
3.6Central de fusíveis e relés.................................................................22

4 Leitura dos Diagramas Elétricos.....................................................................27


4.1Identificando os componentes.............................................................28
4.2Sobre o funcionamento dos circuitos elétricos.............................................30

5 Diagnóstico em Circuitos Elétricos..................................................................33


5.1Falhas dos circuitos elétricos e diagnóstico........................................................34
5.2..........................................................................Testando um circuito 36
5.3Instrumentos de medição, equipamentos de teste e ferramentas.............................39
5.3.1............................................................................Multímetro 39
5.3.2.............................................................Multímetro automotivo 41
5.3.3...........................................................................Densímetro 41
5.3.4..............................Equipamento de teste de carga e descarga da bateria 42
5.3.5..........................................................................Ferramentas 43
6 Sistemas de Sinalização...............................................................................51
6.1Direção (Setas)...............................................................................52
6.1.1.................................................................................Função 52
6.1.2.......................................................................Funcionamento 53
6.1.3..................Manutenção nos circuitos de sinalização e seus componentes 54
6.2Emergência (alerta).........................................................................56
6.2.1.................................................................................Função 56
6.2.2.......................................................................Funcionamento 56
6.2.3..................Manutenção nos circuitos de sinalização e seus componentes 57
6.3Buzina.........................................................................................60
6.3.1.................................................................................Função 60
6.3.2.......................................................................Funcionamento 60
6.3.3..................Manutenção nos circuitos de sinalização e seus componentes 61
6.4Luzes de marcha a ré.......................................................................63
6.4.1.................................................................................Função 63
6.4.2.......................................................................Funcionamento 63
6.4.3..................Manutenção nos circuitos de sinalização e seus componentes 64
6.5Luzes de freio................................................................................65
6.5.1.................................................................................Função 66
6.5.2.......................................................................Funcionamento 66
6.5.3..................Manutenção nos circuitos de sinalização e seus componentes 67
6.6Instrumentos.................................................................................68
6.6.1..........................................................................Velocímetro 69
6.6.2............................................................................Tacômetro 70
6.6.3...............................................................Nível de Combustível 71
6.6.4.........................................................................Temperatura 72
6.6.5................................................................Indicador da bateria 75
6.6.6........................................................Indicador de pressão de óleo 76
6.6.7...................Indicador do freio de estacionamento e nível do fluido de freio 78

7 Sistema de Iluminação................................................................................83
7.1Posição (lanternas)..........................................................................84
7.1.1.................................................................................Função 84
7.1.2.......................................................................Funcionamento 85
7.1.3..................Manutenção nos circuitos de iluminação e seus componentes 86
7.2Iluminação Interna (plafonnier)...........................................................89
7.2.1.................................................................................Função 89
7. 2.2 Funcionamento..................................................................89
7.2.3 Manutenção nos circuitos de iluminação e seus componentes................90
7.3Faróis..........................................................................................91
7.3.1.................................................................................Função 91
7.3.2.......................................................................Funcionamento 92
7.3.3..................Manutenção nos circuitos de iluminação e seus componentes 93
7.4Luz de neblina...............................................................................95
7.4.1.................................................................................Função 95
7.4.2.......................................................................Funcionamento 95
7.4.3..................Manutenção nos circuitos de iluminação e seus componentes 95
7.5Circuitos multiplexados....................................................................96
7.5.1.................................................................................Função 96
7.5.2.......................................................................Funcionamento 96
7.5.3..................Manutenção nos circuitos de iluminação e seus componentes 99

8 Saúde e Segurança no Trabalho....................................................................103


8.1Legislação...................................................................................104
8.1.1 EPI................................................................................104
8.1.2.....................................................................Utilização de EPI 105
8.1.3......................................................Quem recomenda o uso do EPI 106
8.1.4................................................................Como escolher o EPI 106
8.1.5............................................................Ficha de Entrega de EPI 106
8.1.6..................................................Ficha de Fiscalização do Uso de EPI 107
8.1.7..........................................................Obrigações do Empregador 107
8.1.8...........................................................Obrigações do Empregado 107
8.1.9....................................................EPI e Classificações de Membros 108
8.2EPC – Equipamento de Proteção Coletiva..................................................110
8.3NR 9 – PPRA – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais...........................111
8.3.1....................................................................Riscos ambientais 112
8.3.2........................................................Riscos ambientais – físicos 113
8.3.3........................................................Riscos ambientais – químicos 113
8.3.4.......................................................Riscos ambientais – biológicos 114
8.3.5.........................................................................Grau de risco 114
8.3.6...............................................................Identificação do risco 115
8.3.7............................Principais medidas de controle dos riscos ambientais 115
8.4Nr 17 – ergonomia...................................................................117

9 Meio Ambiente........................................................................................123
9.1A importância da questão ambiental.......................................................124

10 Resíduos..............................................................................................127
10.1Classificação dos resíduos...............................................................128
10.2..............................................................................Tipos de resíduos 128
10.3Resíduos do setor automotivo..........................................................129

Referências..............................................................................................135

Minicurrículo dos autores.............................................................................137

Índice.....................................................................................................139
Introdução

Você está iniciando a unidade curricular Sistema de Sinalização e de Iluminação Automoti-


va. Ao estudar este conteúdo, você conhecerá os diversos circuitos elétricos automotivos , bem
como a função e o funcionamento desses circuitos no veículo. Na última década, o
mercado automobilístico vem passando por grande evolução. Com tantas novidades sendo
lançadas no mercado, os profissionais dessa área precisam cada vez mais procurar por estudos
e programas de atualização. Para acompanhar esse avanço e desempenhar sua profissão
com êxito, é de suma importância que você busque aperfeiçoamento constante.
Ao estudar esta unidade você embarcará em uma viagem pelo universo dos circuitos elétri-
cos automotivos. Entre os tópicos abordados, você conhecerá os modelos multiplexados utili-
zados atualmente na maioria dos veículos. Esse sistema reduz a quantidade de cabos utilizada
e facilita o diagnóstico de problemas nos veículos.
Nossa expectativa é de que, ao final desta jornada, você terá condições de ingressar
em uma nova profissão ou de se especializar ainda mais para exercer o seu trabalho de
maneira diferenciada. Observe a seguir a Matriz Curricular com os módulos e as unidades
curriculares previstos e suas respectivas cargas horárias.
Bons estudos!
Simbologia

No trânsito, muitos são os símbolos que orientam os motoristas que trafegam pelas ruas.
Neste estudo, você vai observar que a representação do circuito elétrico automotivo também
é feita por símbolos.
Nas próximas páginas você conhecerá a simbologia utilizada para representar os
circuitos elétricos do automóvel em desenhos. Esse conhecimento contribui para a análise do
funciona- mento desses circuitos e, principalmente, auxilia na identificação de suas possíveis
falhas.
Nesta unidade você ainda irá identificar as denominações utilizadas para representar os
termi- nais de ligação dos componentes e dos circuitos. Veja alguns dos objetivos desta
aprendizagem:
a)conhecer a simbologia que representa os componentes dos circuitos elétricos
automoti- vos;
b) aprender as denominações utilizadas para identificar os terminais dos componentes e
dos circuitos.
Dessa forma, veremos que um profissional da área automotiva tem nos símbolos e nas
de- nominações ferramentas básicas para entender os sistemas de sinalização e iluminação
dos automóveis.
A seguir, apresentaremos dicas para facilitar a interpretação dessa simbologia e suas deno-
minações.
1 DIAGRAMA ELÉTRICO
2.1 SÍMBOLOS
Conjunto de símbolos
gráficos que representam Para que seja possível fornecer um diagnóstico do sistema elétrico
um circuito elétrico do
automóvel. automo- tivo, é necessário fazer uma análise de literaturas técnicas. A principal
delas é o diagrama elétrico1 do circuito, como o mostrado abaixo. Perceba que
cada com- ponente de um circuito é representado por um símbolo. Em
seguida, observe que ao lado de cada símbolo está a sua denominação e as
possíveis condições de operação.

15
F22 P91
10A Central de distribuição
elétrica (CJB)

0.75 GN/WH
C328
N318
Interruptor da luz de freio
2 1
1) Posição normal
C328 2) Pedal de freio precionado

S27 ABS

0.5 GN/YE 5 0.5 GN/YE 0.75 GN/RD 0.75 GN/BK


1 C309 C310
E70 E9 E10
luzes Conjunto (lado Conjunto
4 2 4 2 (lado direito)

Odirlei Batista (2012)


elevadas esquerdo) da luz traseira
2 C309 C310
(brake 2)Luz de freio da luz traseira
0.5 BK -light) 4)Luz da S14 2)Luz de freio
S14
G5 G2 lanterna G2 4)Luz da
lanterna

Figura 1 - Circuito das luzes de freio

CASOS E RELATOS

Facão ou foice
Um veículo apresentava mau funcionamento das luzes de freio. Segundo
o proprietário, apenas a luz de freio elevada ainda acendia quando o pedal
do freio era pressionado. Jorge, um técnico recém-contratado, imaginando
que as duas lâmpadas dos faróis traseiros deviam estar danificadas, retirou
as lanternas para verificar o problema.
Para surpresa de Jorge, as lâmpadas estavam funcionando
normalmente. Em dúvida quanto à causa do problema, ele buscou
orientação com seu colega Danilo, um técnico experiente que já estava na
empresa havia cinco anos. Danilo sugeriu então que Jorge consultasse a
seção dos diagramas elétricos, na literatura de serviço. Após análise do
desenho, perceberam
2 SIMBOLOGIA
15

que as duas lâmpadas estavam conectadas ao mesmo parafuso de


ligação, o negativo. Nesse momento, a dupla teve o primeiro indício do
que poderia estar provocando o defeito.
Jorge continuou observando os desenhos representados na literatura de
serviço e percebeu que existia uma denominação para a ligação ao nega-
tivo e que era possível, através dela, identificar a sua localização física no
veículo.
Com base nesse estudo, os técnicos concluíram que a ligação ao
negativo das luzes de freio ficava abaixo da fechadura do capô traseiro.
Jorge, eu-
fórico, foi até o veículo e comprovou a sua suspeita: o cabo estava rom-
pido. Após refazer a ligação, as luzes voltaram a funcionar corretamente.
Por fim, Jorge explicou ao proprietário que alguma ferramenta cortante,
talvez algo que tivesse sido transportado no porta-malas, havia rompido o
cabo e causado o problema.

Para realizar a leitura de um diagrama elétrico, é necessário conhecer os sím-


bolos utilizados nos esquemas dos circuitos. Seguem abaixo os principais
símbo- los para memorização e consultas posteriores.
Cruzamento de
fios sem conexão
Cabos interconectados
Junção
Componente com carcaça
conectada ao negativo
Negativo (terra)

Conector fêmea
Conector ligado
ao componente
Conector macho

Resistor
Conexão

Componente Diodo
completo
Capacitor
Parte de um
componente

Transistor
Lâmpada com
filamento

Lâmpada com Motor elétrico


duplo filamento de uma velocidade

Interuptor
Indicador térmico

Interuptor Relé
simples auxiliar

Bateria Bobina

Eletroválvula
Buzina ou
Falante
Motor elétrico
de duas velocidades

Interruptor
Fusível
conjugado
Odirlei Batista (2012)

Diodo emissor Essa linha informa a ligação


de luz mêcanica entre os dois contatos.
Ambos são acionados simultâneamente

Figura 2 - Simbologia
lita o entendimento do circuito. Para efetuar o diagnóstico, é preferível que você tenha o desenho do diagrama em mãos. Nesse caso, faça a imp
anual com os
do no dia a dia de trabalho e, por isso, você deve zelar para mantê-lo em
mpre protegido e limpo: lembre-se de que você pode precisar revê-lo no dia seguinte.

2.2 NÚMEROS DOS TERMINAIS E DOS CIRCUITOS


Para entender os diagramas elétricos, é importante que você conheça a
de- nominação dos terminais elétricos, dos componentes e das linhas dos
principais circuitos. Com essas informações, ficará mais fácil compreender o
funcionamento de um circuito elétrico.
Até o momento já observamos que os símbolos nos ajudam muito a entender
cada parte de um circuito elétrico e colaboram na identificação dos possíveis pro-
blemas elétricos dos veículos. Para facilitar ainda mais essa compreensão, a partir
de agora vamos ver que os números auxiliam na identificação das ligações de
um componente do circuito elétrico. Quando você observa um interruptor,
percebe
que seus terminais de ligação, onde são encaixados os cabos, são numerados.
Essa numeração serve para facilitar a identificação das ligações.

ParaSAIBA
saber mais,
MAISleia o artigo “Diagramas elétricos automoti- vos”, disponível em: w secoes/leitura/144>.

Como exemplo observamos na tabela, baseada na norma alemã (DIN), que o


número 15 indica a ligação ao positivo da bateria, quando a chave de ignição está
na posição II. Já o número 30 mostra que o positivo está presente independente-
mente da posição da chave de ignição. Veja:
Tabela 1 - Denominação dos terminais elétricos

I Entrada da chave temporizada do limpador

L Entrada da chave de seta esquerda

R Entrada da chave de seta direita

1 Bobina de ignição

1A Platinado

4 Bobina de ignição alta tensão

15 + 12 V (+ 24 V) com chave de ignição na posição II

30 + 12 V (+ 24 V) direto da bateria

30A Positivo via chave ou relé (12 V/24 V)

31 Terminal negativo da bateria

31B Negativo via chave ou relé

31C Entrada negativa do esguicho

49 Entrada + 12 V (+ 24 V) do relé de pisca

50 Positivo com interruptor de ignição na posição III (partida)

51 Alternador

53 Positivo do motor do limpador do para-brisa

53A Automático de parada do limpador

53C Entrada positiva do esguicho

53E Esguicho

53M Saída para motor do limpador

53S Retorno do motor do limpador

54 Luz de freio

54G Válvula de retardo do freio

55 Lâmpada de neblina

56 Positivo para faróis alto e baixo


15
2 SIMBOLOGIA

56A Farol alto

56B Farol baixo

57 Lâmpada de posição lateral

57A Lâmpada de estacionamento

57L Lâmpada de estacionamento esquerda

57R Lâmpada de estacionamento direita

58 Lâmpada de posição traseira / licença

58D Lâmpadas de iluminação do painel (dimmer)

58L Lâmpada de posição esquerda

58R Lâmpada de posição direita

71A Buzina

75 Acendedor de cigarros / rádio

81 Chave seletora NF entrada (normal fechada)

81A Chave seletora contato NF (normal fechada)

85 Bobina do relé

86 Bobina do relé

87 Saída NA (normalmente aberto) do relé

87A Saída NF (normalmente fechado) do relé

87B 2a Saída NA (normalmente aberto) do relé

49A Saída para lâmpada do relé de pisca

W Sinal de rotação do alternador


2 RELÉ
Observe agora os componentes abaixo e perceba que as ligações dos
Componente seus terminais também são identificadas por números. Na figura, temos a
eletromecânico capaz de visão inferior de um relé2 auxiliar. A imagem mostra que cada terminal do
controlar circuitos externos
de grandes correntes relé é representado por um número que indica o lugar em que o
a partir de pequenas terminal deve ser conectado.
correntes ou tensões.

30

87a

85 86

Odirlei Batista (2012)


87

Figura 3 - Visão inferior do relé auxiliar

RECAPITULANDO

Neste capítulo você conheceu os símbolos e códigos utilizados nos


es- quemas que representam os circuitos elétricos dos automóveis.
Primeira- mente, aprendeu que cada um dos componentes elétricos dos
automóveis é representado por um símbolo que lembra o componente.
Em seguida, conheceu os códigos numéricos que representam as
ligações entre os componentes. Por fim, viu que esses códigos também
estão presentes nos terminais dos componentes e como eles são utilizados
para representar as ligações do circuito. Esses conceitos ajudarão você a
chegar mais rapida- mente a um diagnóstico de problemas elétricos dos
veículos.
No próximo capítulo, vamos conhecer os diversos componentes dos
circui- tos elétricos automotivos.
Boa leitura!
21
2 SIMBOLOGIA

Anotações:
Componentes dos Circuitos

Neste capítulo, você conhecerá os diversos componentes dos circuitos elétricos dos
auto- móveis e suas principais características. Além disso, você entenderá como funcionam
esses componentes e onde são aplicados.
Este estudo vai mostrar ainda como os cabos elétricos são representados e de que maneira
eles são interligados. Para começar, vamos conhecer alguns dos objetivos de aprendizagem:
a)identificar a função dos componentes elétricos dos automóveis e suas principais caracte-
rísticas;
b) conhecer o funcionamento dos componentes elétricos dos automóveis.
Agora você é convidado a iniciar esta importante etapa do seu percurso de aprendizagem.
Embarque nesta trajetória e explore todas as fontes de conhecimento aqui apresentadas.
SISTEMA DE SINALIZAçÃO E DE ILUMINAçÃO
14

1 TORQUE
3.1 CABOS ELÉTRICOS
Esforço necessário para
girar um parafuso. O torque No desenho abaixo, você pode observar que os cabos elétricos são
é alcançado utilizando-
se um instrumento represen- tados por linhas que interligam os componentes. Cada linha (cabo)
denominado torquímetro.
possui uma identificação de sua área em milímetros quadrados (mm2), da cor
predominante e da listra. Além disso, ao observar o desenho, é possível identificar
o conector no qual o cabo está inserido. Em alguns casos, até a cavidade do
2COLUNA A conector é informa- da. Veja:

Denominação da
estrutura entre o para- Conexão de terminal Cabo de derivação da conexão
brisa e o assoalho do macho com terminal fêmea S27 para o sistema de freio
veículo que dá
sustentação às portas Junção S27 S27 ABS
dianteiras..
ABS

0.5 GN/YE
0.75 GN/RD

C309 Conector 309


E9
Conjunto (lado esquerdo)

Odirlei Batista (2012)


da luz traseira
Cabo com área de 0.5mm²
4 2
de cor predominante 2)Luz de freio
Verde e listra Amarela 4)Luz da
lanterna
Figura 4 - Parte do circuito das luzes de freio

CASOS E RELATOS

Problema congênito
Quando um veículo sai da linha de montagem da fábrica, ele passa por
um teste de funcionamento que é realizado pelo inspetor de qualidade.
Certo dia, em uma automecânica concessionária de uma montadora
tradicional do Brasil, um técnico foi indicado para realizar a revisão de
entrega de um veículo novo. Esse serviço é feito na concessionária como
forma de garantir que todos os parafusos estão com o torque 1 correto e
que os sistemas do carro estão funcionando perfeitamente.
Durante a revisão, o técnico percebeu que uma das luzes traseiras de
posição estava apagada. Imaginando ser defeito da lâmpada, ele removeu
o farol traseiro para realizar os testes e percebeu que a lâmpada
funcionava
normalmente quando ligada direto na bateria. Para agilizar o serviço, o téc-
nico consultou o diagrama elétrico do circuito e identificou a existência de
uma conexão intermediária localizada na coluna A2 do veículo. Em segui-
da, colheu as informações mais relevantes, como a cor do cabo e o número
do terminal da cavidade do conector onde ele estava inserido, e foi até o
veículo efetuar os testes que presumia serem necessários.
Ao localizar a conexão, o profissional percebeu que o cabo estava inserido
em uma cavidade diferente da que era indicada no manual. Notou também
que na cavidade havia apenas o cabo que vinha do interruptor e que ele
não continuava até a lâmpada da luz de posição inoperante. Sendo assim,
o técnico concluiu que o cabo que daria continuação ao circuito estava in-
serido na cavidade errada. Por fim, ele fez a modificação conforme
indi- cava o manual. Feito isso, o circuito voltou a funcionar de modo
correto
e o técnico aprendeu que a revisão de um veículo, independentemente
da quilometragem apresentada, é muito importante para a segurança das
pessoas e garantia do serviço prestado.

O código de cores para cabos elétricos é representado pelas montadoras de


veículos em língua inglesa. Além disso, os termos aparecem de forma abreviada.
Observe:

Tabela 2 - Código de cores para cabos elétricos

COR ABREVIAÇÃO

Preto BK
Marrom BN
Azul BU
Verde GN
Cinza GY
Verde-claro LG
Laranja OG
Vermelho RD
Prateado SR
Violeta VT
Branco WH
Amarelo YE
Natural NA
Verde-escuro DG
3.2 FUSÍVEL

Os fusíveis têm como função proteger o circuito elétrico em que estão inseri-
dos. Esses componentes são projetados para romper quando a corrente
elétrica ultrapassa sua capacidade. A capacidade dos fusíveis pode ser
encontrada grava- da na carcaça do componente ou pode ser identificada pela sua
cor. Veja a tabela:

Tabela 3 - Capacidade e cor dos fusíveis

CAPACIDADE
COR APLICAÇÃO
(AMPERES)

3 Violeta

4 Rosa

5 Bege

7,5 Marrom
Alfa Romeu, Audi, BMW, GM, Chrysler,
10 Vermelho Citroen, Fiat, Ford, Honda, Hyundai,

15 Azul Kia, Mazda, Mercedes Benz,


Mitsubishi,
20 Amarelo
Nissan, Peugeot, Porsche, Renault, Seat,
25 Natural Subaru, Suzuki, Toyota, Volkswagen e
Volvo.
30 Verde

35 Azul-claro

40 Laranja

Existem diversos tipos de fusíveis. Os mais usuais atualmente são os de lâmina


de engate.
Dreamstime (2012)

Figura 5 - Fusível lâmina de engate


dos fusíveis do automóvel garante a
da para esses circuitos e para o próprio veículo. Jamais substitua fusíveis danificados por outros de maior capacidade. Por segurança, consulte o m
peça ou o manual do veículo para identi- ficar a capacidade correta. É importante salientar que um fusível não é a causa, e sim a consequência, de u
FIQUE
o, não libere o veículo ALERTA
até identificar a causa desse problema, quando ocorrer.

3.3 INTERRUPTORES (SIMPLES, CONJUGADOS, IGNIçÃO)

Para permitir o acionamento ou o desligamento de um determinado circuito,


precisamos de um componente que libere ou interrompa a circulação de corren-
te elétrica.
Dreamstime (2012)

Figura 6 - Interruptor dos faróis

Para tal utilizamos os interruptores, que instalados em série com o fusível, per-
mitem essa ação.

15
F22 P91
Central de distribuição
10A
elétrica (CJB)

0.75 GN/WH

Interruptor instalado em série com C328


o fusível, quando é acionado pelo N318
movimento do pedal do freio, o Interruptor da luz de freio
interruptor fecha seus contatos 2 1 1) Posição normal
permitindo que a corrente elétrica
C328 2) Pedal de freio precionado
circule, e as lâmpadas acendam.
Odirlei Batista (2012)

S27 ABS

Figura 7 - Parte do circuito das luzes de freio


Na prática, os interruptores funcionam tornando a resistência elétrica de seus
contatos nula ou infinita, de acordo com sua posição. Muitos interruptores são
constituídos de vários contatos elétricos, como o interruptor dos faróis, o do lim-
pador de para-brisa, o das setas e o da ignição, que veremos a seguir.

Odirlei Batista (2012)


Resistência entre os contatos infinita. Resistência entre os
2 1 2 1 contatos nula.

Figura 8 - Resistência do interruptor

O comutador de ignição está montado juntamente ao cilindro de ignição,


onde a chave é inserida. Quando o motorista gira a chave no cilindro da
ignição, o interruptor gira solidário ao movimento e vários contatos são
acionados nas diversas posições desse componente.

Dreamstime (2012)

Figura 9 - Comutador de ignição

O interruptor de ignição é constituído de vários contatos internos que se inter-


ligam de acordo com a posição na qual se encontra. Normalmente, o interruptor
de ignição possui, além da posição “desligado”, mais duas posições, conforme
mostrado na imagem a seguir. Na mesma simbologia, perceba ainda a existência
de uma linha tracejada interligando os interruptores mecanicamente. Isso signifi-
ca que todos os interruptores são acionados simultaneamente. Porém, devemos
levar em consideração as demais condições de funcionamento do
componente, que para o interruptor de ignição mostrado são as posições
definidas como 0, 1, 2 e 3, selecionadas durante o movimento da chave de
ignição e descritas ao lado do componente.
30
N301
Interruptor
de ignição
0 - Desligado

Odirlei Batista (2012)


0 3 0 3 0
3 1 - Acessórios
1 2 1 2 1 2
2 - Marcha
ACC 15 50 3 - Partida

Figura 10 - Simbologia do comutador de ignição

Quando um componente é mostrado conforme a sim-


VOCÊ
bologia acima, este aparecerá em repouso, ou seja, com seus contatos abertos ou fechados, de acordo com suas características.
SABIA?

Quando inserimos a chave na ignição e giramos para a posição 1, estaremos


obtendo energia da linha 30 (positivo direto da bateria) para a função Acessórios
(ACC) e o CD player poderá ser ligado. Ao girarmos para a posição 2, obteremos
energia nos demais circuitos do automóvel, porém o motor continuará desligado.
Para acionar o motor do veículo, levamos a chave de ignição até a posição 3.
Ao fazer isso, ouviremos o motor elétrico, conhecido como motor de partida,
fun-
cionar. Logo em seguida, escutaremos o ruído provocado pelo motor do veículo
indicando que o mesmo já está funcionando. Em seguida, o motorista libera a
chave de ignição e a mesma retorna para a posição 2 devido à ação de uma mola
presente no interruptor. Por fim, o motor de partida é desligado.

3.4 LÂMPADAS

As lâmpadas utilizadas nos automóveis são do tipo incandescentes. Isso signi-


fica que esses componentes transformam a energia elétrica em energia térmica.
Existem diversos tipos de lâmpadas incandescentes que podem ser utilizadas.
Cada uma delas recebe uma denominação, conforme você pode notar na figura
a seguir.
2721 2722 2821 2825 2827 2721 MF8
W1,W2 W2W W3W W5W WY5W Preto
12V / 1,2W 12V / 2W 12V / 3W 12V / 5W 12V / 5W 12V / 1,2W

2721 MF 2722 MF 2752 MF 2721 MFX 2722 MFX 2423 MFX6


Preto Verde-limão Bege Azul claro Verde claro Azul escuro
12V / 1,2W 12V / 2W 12V / 1,5W 12V / 1,2W 12V / 2W 12V / 2,3W

2452 MFX6
2473 MFX6 3796 3893 5007 5008
Bege Laranja T4W R5W R10W
12V / 1,5W
14V / 1W 12V / 2W 12V / 4W 12V / 5W 12V / 10W

533 6411 6418 6461 921 7506


C5W W16W P21W
12V / 15W 12V / 10W 12V / 5W 12V / 10W 12V / 16W 12V / 21W

7507 âmbar 7528 7225 7240 1156 âmbar 2057 âmbar 12V
PY21W P21/5W P21/4W
12V / 21W 12V / 21/5W 12V / 21/4W 12V / 21/5W 12V / 27W / 27/7W

7505 7515 3156 3157


W21W W21/5W P27W P27/7W

Osram (2012)
12V / 21W 12V / 21/5W 12V / 27W 12V / 27/7W

Figura 11 - Tipos de lâmpadas automotivas

Além das lâmpadas incandescentes, existem outros tipos


mais comuns que são utilizados nos automóveis. Entre eles
SAIBAestão as lâmpadas de LED (diodo emissor de luz) e as de des-
MAIScarga de gás (xenônio). Para saber mais sobre esses e outros assuntos relacionados à iluminação automotiva, ac
sites dos fabricantes de lâmpadas.

3.5 RELÉS AUXILIARES

Os relés auxiliares são componentes que permitem o acionamento de


lâmpadas e motores elétricos de grande potência a partir de pequenos
interruptores ou módulos eletrônicos. Para conhecimento e identificação, veja a
seguir um modelo:
Flourishing (2012)
Figura 12 - Relé auxiliar

Com a utilização desse componente, a corrente elétrica necessária para acio-


nar o dispositivo (lâmpada ou motor) pode ser até 300 vezes menor. Essa peça
descarrega os interruptores, aumentando sua vida útil e tornando-os mais fáceis
de ser acionados. Observe a figura seguinte e entenda como isso ocorre.

30
N301
Interruptor
de ignição
0 - Desligado
Odirlei Batista (2012)
0 3 0 3 0
3 1 - Acessórios
1 2 1 2 1 2
2 - Marcha
ACC 15 50 3 - Partida
Figura 13 - Fluxograma de funcionamento do relé

Um relé auxiliar é formado por uma bobina e um contato elétrico. Veja:


Dreamstime (2012)

Figura 14 - Relé auxiliar aberto

Quando a bobina é alimentada pela bateria a partir do acionamento do inter-


ruptor, forma-se um campo eletromagnético provocado pela circulação da cor-
rente. O campo eletromagnético envolve a lâmina do contato elétrico, atraindo-a
e fechando o contato elétrico. Observe as duas imagens a seguir:
3 CHICOTE ELÉTRICO Contatos abertos Bobina desenergizada
Conjunto de cabos elétricos
envolvidos por fita ou
eletroduto que interligam
os diversos componentes
elétricos do veículo e
permitem a operação
destes.

Odirlei Batista (2012)


Figura 15 - Relé auxiliar desenergizado

Contatos fechados Bobina energizada

Odirlei Batista (2012)


Figura 16 - Relé auxiliar energizado

3.6 CENTRAL DE FUSÍVEIS E RELÉS

Os fusíveis e relés de um automóvel são centralizados em componentes


deno- minados centrais de fusíveis e relés. Esses componentes servem de
interconexão entre os diversos chicotes elétricos 3 do veículo. Nos veículos mais
modernos, es- sas centrais também incorporam módulos eletrônicos
responsáveis pelo aciona- mento de diversos componentes do veículo.

Para sacar,ALERTA
FIQUE ou remover, um fusível danificado, utilize o
sacador plástico fornecido com o veículo. Caso não esteja disponível, utilize um alicate de bico longo
Dreamstime (2012)
Figura 17 - Central de fusíveis e relés do painel

FFFFFFFFFFFFFFFFF 123456789 10 11 12 13 1415 16 17

F 18 F 19 FF FFFFFFFFFFFFF 22 23 24 25 26 27 28 29 30 3132 33 34
20 21

Central Elétrica Interna Vista Frontal:

F1 (7,5A) Faróis de Neblina


F3 (10A) Luz de Placa / Iluminação dos instrumentos
F5 (15A) Farol Alto Esquerdo / Luz Avisadora do
Painel F6 (15A) Farol Alto Direito
F7 (3A) Memória KAM (PCM) / Conector de Diagnóstico
F8 (10A) Lanternas Dianteiras e Traseira Esquerda
F11 (10A) Painel de Instrumentos / Interruptor de Funções
Multiplas F13 (20A) Controle Eletrônico do Motor
F14 (10A) Aquecimento da Sonda Lâmbda
F15 (10A) Farol Baixo Esquerdo
F16 (20A) Sistema de
Partida F17 (10A) Farol
Baixo Direito F18 (30A)
Vidros Elétricos
F20 (25A) Ar Condicionado / Ventilação
F22 (30A) Ventoinha do Motor
F24 (20A) Limpador / Lavador Vidros
F26 (10A) Luzes de Marcha Ré / Indicadores
Direcionais F27 (25A) Espelhos Elétricos
F28 (15A) Buzina
F29 (15A) Rádio / Relógio / Luz de Cortesia / Acendedor
F30 (20A) Travamento Central das Portas
F31 (15A) Faróis de Neblina
F32 (15A) Embreagem do Ar Condicionado
F33 (20A) Bomba de Combustível
F34 (15A) Interruptor de Luzes de Freio
R17

F35
R15
R13 R14

R2 R5 R11 R6

R8 R9 R4 R3
R1

Central Elétrica Interna Vista Superior:

F35 (20A) Módulo de Travamento Central / Alarme


R1 Relê de status da ignição
R2 Relê de potência do módulo
R3 Relê bomba de combustível
R4 Relê da embreagem do ar condicionado
R5 Relê do desembaçador traseiro
R6 Relê de itermitência do limpador de para-brisa
R8 Relê farol baixo
R9 Relê farol alto
R13 Relê inibidor de partida
Odirlei Batista (2012)

R14 Módulo de aviso de luzes acesas


R15 Relê do farol de neblina
dianteiro R17 Relê de corte A/C
(WOT) (*)Diodo
Figura 18 - Disposição dos fusíveis e relés

Como já foi dito anteriormente, é muito importante que fusíveis


danificados sejam substituídos por componentes idênticos, isto é, que
possuam a mesma capacidade de corrente. Para tal, o fabricante do veículo
fornece no manual do proprietário uma tabela que demonstra a capacidade e a
função de cada fusível.
RECAPITULANDO

Chegamos ao final de mais um capítulo. Você conheceu os diversos


com- ponentes utilizados nos circuitos elétricos automotivos e suas
principais características. Este estudo também apresentou o interruptor
e mostrou como ele se comporta dentro do circuito. Com base nas
informações dis-
postas aqui, você identificou os fusíveis, suas funções e a capacidade de
condução de corrente desse componente. Neste capítulo você conheceu
também o relé auxiliar, uma peça largamente empregada nos
automóveis por serem duráveis e relativamente pequenas. Ainda,
identificou a bitola e
a cor dos cabos elétricos. Por fim, conheceu a variedade de lâmpadas uti-
lizadas nos automóveis e as centrais elétricas, que além de concentrar os
fusíveis e relés, interligam os diversos chicotes elétricos do veículo.
Caso você ainda tenha dúvidas sobre esses assuntos, sugerimos que
retome o capítulo para reler o que julgar necessário. Não fique com
dúvidas, pois elas serão um empecilho para o entendimento dos
conteúdos que serão
abordados a seguir. No próximo capítulo, faremos uma interpretação dos
diagramas elétricos. Até lá!
Leitura dos Diagramas Elétricos

Agora você já tem subsídios para iniciar a leitura dos diagramas elétricos. Então, neste capí-
tulo, já começará a aplicar os conhecimentos adquiridos nos capítulos anteriores para realizar
a interpretação desses diagramas, pois é a partir da interpretação que você entenderá como os
circuitos funcionam e poderá chegar a um diagnóstico quando for preciso. Veja alguns objeti-
vos de aprendizagem deste capítulo:
a)fazer a leitura e a interpretação dos diagramas elétricos automotivos;
b) compreender o funcionamento dos circuitos estudados.
Avance para explorar os conceitos sobre esse tema tão importante no diagnóstico de
pro- blemas dos circuitos elétricos automotivos. Vamos lá?
SISTEMA DE SINALIZAçÃO E DE ILUMINAçÃO
28

4.1 IDENTIFICANDO OS COMPONENTES

Para efetuar a leitura dos diagramas elétricos automotivos, devemos primeira-


mente identificar os componentes que integram o circuito que será analisado
e quais as características de cada um deles. Observe, como exemplo, o circuito
das luzes de freio:

P91
15
F22 Central de distribuição
10A elétrica (CJB)
0.75 GN/WH C328
N318
Interruptor da luz de freio

21 Posição normal
C328 Pedal de freio precionado

S27 ABS

0.5 GN/YE 5 0.5 GN/YE 0.75 GN/RD 0.75 GN/BK


1 C309 C310
E70 E9 E10
luzes Conjunto (lado esquerdo) Conjunto
4 2 2)Luz de freio 4)Luz da lanterna 4 2 (lado direito)

Odirlei Batista (2012)


2elevadas da luz traseira
C309 C310 da luz traseira
0.5 BK(brake
S14 G2 S14 G2 2)Luz de freio
-light)
G5 4)Luz da
lanterna

Figura 19 - Circuito das luzes de freio

drão comum entre as montadoras para representar os circuitos elétricos dos veículos? Porém, os símbolos utilizados são similares, permitindo q
VOCÊ
SABIA?

No circuito das luzes de freio, podemos identificar os seguintes componentes:


P91 – Central de distribuição elétrica: A central é mostrada em parte, pois
está circunscrita em uma linha tracejada.
F22 – Fusível número 22 com capacidade de 10 A: O fusível deriva de
uma linha 15 e, portanto, estará alimentado com 12 V apenas quando o
interruptor de ignição estiver na posição 2.
N318 – Interruptor da luz de freio: o interruptor possui duas posições, des-
critas ao lado do componente. Na posição 1 (posição normal), o pedal do freio
está liberado e o contato está aberto. Na posição 2 (pedal do freio pressionado), o
contato está fechado. Observe que o interruptor é mostrado por completo,
pois está circunscrito em uma linha contínua.
E9 – Conjunto (lado esquerdo) da luz traseira: A lâmpada de freio
mostrada é do tipo com dois filamentos, sendo que o número 2 representa a
função de freio
e o número 4, função da lanterna. Como o circuito refere-se apenas às luzes de
freios, a ligação para a função 4 não é mostrada no desenho.

nder o funcionamento dos circuitos em que você está realizando manutenção, além de otimizar o tempo
FIQUEcausados
, reduz o risco de prejuízos ALERTA por testes incorretos. Muitas vezes um erro de procedimento é res- ponsável por danos materiais e/ou à saúde

E10 – Conjunto (lado direito) da luz traseira: A lâmpada de freio mostrada é


do tipo com dois filamentos, sendo que o número 2 representa a função de freio
e o número 4, função da lanterna. Como o circuito refere-se apenas às luzes de
freios, a ligação para a função 4 não é mostrada no desenho.
E70 – Luzes elevadas (farol de freio elevado – brakelight): Observe que o
componente é constituído por 5 lâmpadas de um filamento e está conectado
ao negativo em G5.
G2 e G5 – negativos.
Observe que todos os componentes estão interligados por linhas que repre-
sentam os cabos elétricos e nelas podemos encontrar informações referentes
à
bitola e à cor, que nos ajudarão na identificação do cabo no chicote elétrico do
veículo quando formos efetuar uma reparação.

CASOS E RELATOS

Fusível danificado é curto-circuito

Atualmente a maioria dos veículos possui quatro portas e, muitas vezes, to-
das as janelas têm acionamento elétrico dos vidros. Quando as janelas tra-
seiras possuem esse recurso, existem interruptores para comandá-las tanto
na porta traseira como na porta do motorista. Como são dois interruptores
e existe a possibilidade de serem acionados simultaneamente em sentido
contrário, um circuito especial é adicionado a esse recurso para evitar a
queima do fusível caso ocorra esses dois acionamentos ao mesmo
tempo.
Certo dia, Jorge foi selecionado para resolver o problema de um veículo
que já vinha de outra oficina. Nenhuma das janelas do automóvel fechava
ou abria. Como a falha era generalizada, Jorge verificou primeiramente o
fusível e notou que ele estava interrompido. Como Jorge tinha grande ex-
periência, interpretou a falha encontrada como sendo consequência de um
curto-circuito em algum lugar do chicote elétrico. Após essa interpretação,
ele fez vários testes e chegou a desmontar as forrações das portas em busca
de um cabo mascado pelo mecanismo de levantamento e abaixamento
de vidro, porém nada encontrou.
Após horas de verificações e testes, percebeu que o interruptor
instalado na porta traseira esquerda não havia sido aplicado
corretamente. Jorge percebeu esse detalhe quando, ao analisar o
diagrama, identificou que a ligação interna do interruptor mostrado não
coincidia com o interruptor instalado no veículo. Após chegar a essa
conclusão, o profissional substi- tuiu o interruptor por outro com
aplicação para quatro portas e resolveu o problema da queima do fusível.
A partir desse exemplo, você pode observar a importância do entendi-
mento das características dos componentes elétricos. Note que é por meio
desse entendimento que, muitas vezes, identificamos a causa de um prob-
lema no veículo.
A seguir você verá um caso em que é possível ver os conceitos
apresenta- dos até agora em uma situação prática.

4.2 SOBRE O FUNCIONAMENTO DOS CIRCUITOS ELÉTRICOS

Após o reconhecimento dos componentes e de suas características,


podemos realizar a leitura imaginando a dinâmica do seu funcionamento. No caso
exempli- ficado na figura 19, isso quer dizer que você pensará sobre o circuito
imaginando a pressão do pedal do freio para poder analisar como o circuito
funciona.
Observe primeiramente que o F22 deriva de uma linha 15 e, portanto, só esta-
rá energizado com o interruptor de ignição na posição 2. Quando o pedal de
freio é acionado, o interruptor N318 fecha seus contatos permitindo que a
corrente circule pelo circuito, promovendo o acendimento das luzes de freio.
Conhecendo o funcionamento, podemos considerar o sintoma que levou o
proprietário do veículo a procurar por manutenção e determinar quais testes
prioritários deverão ser realizados. Qualquer sintoma relacionado à inoperância
dessas luzes indicará que o fusível ou o interruptor pode estar defeituoso.
RECAPITULANDO

Neste capítulo você conheceu a metodologia utilizada para ler os


diagra- mas elétricos dos automóveis e entendeu que é preciso conhecer
primeira- mente todos os componentes que integram um determinado
circuito e suas características. Este estudo mostrou que informações
importantes
como o funcionamento dos componentes e a localização do fusível, bem
como sua ligação ao negativo, podem ser obtidas pela interpretação do
diagrama elétrico.
A partir de agora vamos iniciar o estudo dos diversos circuitos dos
sistemas de iluminação e sinalização automotivos. Nas próximas
páginas, você vai entender o funcionamento desses circuitos e como
realizar um diagnóstico
preciso quando tiver de realizar um conserto em algum desses sistemas.
Siga em frente!
Diagnóstico em Circuitos Elétricos

Testar os circuitos elétricos e seus componentes não deve ser encarado como uma
tarefa difícil. Mas é importante buscar informações a respeito do circuito que estiver
apresentando defeito, como o seu diagrama e os valores de referência. Com esses dados e
o auxílio dos ins- trumentos de medição, os testes tornam-se fáceis, já que o método utilizado
passa a ser orga- nizado e lógico.
Neste capítulo você vai conhecer:
a)os tipos de falhas que comumente ocorrem nos circuitos elétricos;
b) os testes efetuados para detectar os defeitos nos circuitos elétricos;
c)os instrumentos de medição, equipamentos de testes e ferramentas.
Ao final do estudo, você estará ainda mais perto de chegar a um diagnóstico mais
preciso sobre os problemas que podem ocorrer nos sistemas elétricos dos veículos. Vamos lá!
SISTEMA DE SINALIZAçÃO E DE ILUMINAçÃO
34

5.1 FALHAS DOS CIRCUITOS ELÉTRICOS E DIAGNÓSTICO


Um circuito elétrico pode apresentar problema quando houver:
a)vibração do veículo;
b) calor sensível;
c)congelamento;
d) invasão de água;
e)partida fria ou quente.
Algumas definições são necessárias para se efetuar um diagnóstico. Veja o
quadro a seguir.

Um circuito é definido como aberto quando em alguma seção existe uma

CIRCUITO interrupção. Ex: quando o interruptor é desligado, a corrente é interrompida


ABERTO porque o interruptor tornou-se uma resistência infinita, impedindo que a cor-
rente circule.

Um circuito está em curto quando alguma seção entra em contato espon-


taneamente com outros cabos ou seções. Quando isso acontece, sintomas
como queima de fusível ou disparo de algum consumidor (lâmpada ou
motor) podem ser percebidos.
Existem dois tipos de circuito em curto:
CIRCUITO EM
• curto ao negativo ou à massa: quando a seção entre o fusível e
CURTO
o consumidor entra em contato com o negativo. Nessa situação o fusível
se rompe pelo excesso de corrente provocado pela anulação da
resistência;
• curto ao positivo: quando a seção entre o interruptor e o
consumidor entra em contato com o positivo da bateria. Nessa situação o
fusível não é danificado porque a corrente continua circulando
normalmente pelo consumidor.
Quadro 1 - Definição de circuito aberto e circuito em curto

CASOS E RELATOS

Mau funcionamento do relé!


Um veículo Santana apresentou falha de funcionamento do motor. Du-
rante a partida, a rotação era normal, porém o motor de combustão interna
não entrava em funcionamento. O técnico que recebeu o veículo exami-
nou, entre outras coisas, o nível de combustível do tanque,
comprovando que havia combustível para a partida. Ao fazer alguns
testes, percebeu que
diversos componentes do sistema de injeção eletrônica também não fun-
cionavam.
Como já conhecia o sistema de injeção eletrônica daquele tipo de veículo,
o técnico desconfiou que o relé principal, peça que alimenta todos os com-
ponentes do sistema de injeção eletrônica, não estava ligando. Foi até
o interior do veículo onde o relé é instalado e, delicadamente, bateu
algumas
vezes na parte superior do componente. Após esta ação, ele acionou a par-
tida e o motor funcionou normalmente. Dessa maneira, o profissional con-
cluiu então que o relé principal estava defeituoso e deveria ser substituído.
Esses veículos apresentam um problema crônico com o relé principal;
de- pois de um certo período de funcionamento, o relé esquenta muito
e funde o estanho utilizado na ligação do componente à placa. Quando
o técnico
bateu sobre o relé, provocou uma vibração que restabeleceu o contato elé-
trico, acionando o relé.

Outro problema bastante comum nos automóveis é com conectores que po-
dem estar expostos à umidade. Nesse caso, é provável que se forme uma camada
fina de corrosão nos terminais do conector. Uma inspeção visual pode não revelar
isso sem que os conectores estejam desconectados. Se o problema ocorrer inter-
mitentemente, talvez a situação tenha sido causada pela corrosão. Uma boa dica
é desconectar, inspecionar e limpar os terminais relacionados aos conectores no
sistema. Após essa ação, aplique delicadamente uma leve vibração nos sensores
e relés do sistema que está sendo inspecionado. Esse teste pode indicar um pro-
blema do componente ou de sua montagem.

Teste de vibração
Bata delicadamente
Odirlei Batista (2012)

Agite delicadamente
Dobre delicadamente

Figura 20 - Movimentação do chicote

Problemas intermitentes dificultam o diagnóstico e podem não aparecer


quando o veículo é encaminhado para o serviço. Se possível, simule as
condições
1 VOLTÍMETRO
existentes no momento da falha para facilitar a identificação do defeito. Isso
Equipamento utilizado pode evitar um diagnóstico de falhas não encontradas.
para medição das tensões
nos componentes de um Obtenha uma descrição completa do incidente com o cliente. Isso é importan-
circuito elétrico ou da
própria bateria. te para simular as condições dos problemas. O problema pode ocorrer, ou tornar-
-se pior, quando se está dirigindo em uma pista acidentada ou quando o
motor está vibrando (marcha lenta com o ar-condicionado, ou A/C, ligado).
Nesses ca- sos, você vai simular uma condição relacionada à vibração.
2MULTÍMETRO

Equipamento de
diagnóstico
bia que grande quedos
parte serve para do sistema elétrico de um automóvel é ocasionada pelo aumento
defeitos
realizar diversas
tência do circuito, ou seja, por mau contato? Isso mesmo: um problema de partida, um farol com ilumi-
verificações dos
nsuficiente, uma máquina
componentes de levantamento de vidro
do sistema com pouca força normalmente são sintomas que possuem como causa um mau contato cr
VOCÊ
de injeção (sensores e
atuadores). SABIA?

5.2 TESTANDO UM CIRCUITO


Para realizar testes nos circuitos elétricos, você pode optar pelo teste de ten-
são, também conhecido como teste de alimentação, ou pelo teste de resistência
ou continuidade. A figura abaixo mostra os testes utilizando o voltímetro 1 e tam-
bém as seções do circuito que poderiam estar abertas.

Bateria Bloco de (verificação da tensão)


+
fusiveis (J/B) DMM
(b) Relé NC (c) Solenóide
(a) SW1
Odirlei Batista (2012)

Aberto 1 Aberto 3
Aberto 2 Interruptor 2

Figura 21 - Inspeção do circuito

Os testes “a”,”b”e “c” são efetuados com auxílio do voltímetro, conforme pro-
cedimento descrito a seguir:
a)conecte a ponta de prova preta a um negativo de referência;
b) conecte a ponta de prova vermelha à extremidade do circuito;
c)siga até a outra extremidade passando pelo fusível e interruptor, conforme
os testes mostrados.
Observe que, durante o teste de verificação de tensão, se o circuito estiver in-
terrompido no “aberto 1”, o instrumento com sua ponta de prova em “a” indicará
0 V. Porém, se a interrupção for no “aberto 2” e a ponta de prova estiver em “a”, o
instrumento indicará tensão da bateria com SW1 ligado.

tilizar o multímetroFIQUE
2, atente para evitar o toque entre as pontas de prova durante as medições. Essa ação poderá danificar componentes do veículo.
ALERTA

Tensão
da bateria

Curto Conector do chicote para a válvula solenóide


ECM

NG

Válvula solenóide
Odirlei Batista (2012)

OK

Multimetro do circuito

Figura 22 - Erro de procedimento

Outra situação importante a ser avaliada é a de que também é possível que


o consumidor (lâmpada ou motor) funcione com potência reduzida. No caso da
lâmpada, percebemos que a luz fica mais amarelada e praticamente não ilumina.
Quando for um motor, o sintoma percebido é de falta de força para subir um
vidro ou dar a partida no veículo. Nesses casos, é recomendável que um teste de
queda de tensão seja feito para identificar a causa do problema.
Observe na figura 23 a seguir que a tensão medida na lâmpada é de 7,9 V. Nes-
sa situação, é necessário verificar o seguimento da tensão nos diversos pontos de
conexão do circuito. Observe também que no ponto de teste “a” a tensão é de 12
V, conforme o esperado. Já no teste “b”, a tensão reduziu 0,1 V em relação ao
pri- meiro teste, e o multímetro indicou 11,9 V. Porém, no teste “c”, devido a um
pro- blema de aumento da resistência de uma seção do circuito, a tensão caiu
para 7,9
V, revelando o aumento da resistência no cabo que liga o interruptor à lâmpada.
3OHMÍMETRO

Instrumento que mede


a resistência elétrica DMM
Carga de OV
dos 12V 11.9V7.9V
componentes dos circuitos.
(c)
Interruptor Conexão com
Energia (b)
resistência alta
(d)
(a)

Odirlei Batista (2012)


Bateria

Massa
Massa

Figura 23 - Teste de queda de tensão

O teste acima é mostrado com a aplicação do ohmímetro3. Observe que


para ter êxito nesse teste, é necessário que o circuito esteja desernegizado.
Com o DMM (Digital Multi Meter) comutado para medidas de resistência,
aplique as pontas de prova nas extremidades onde se deseja medir a
resistência ou con- tinuidade. Nesse caso, o instrumento deverá indicar uma
resistência nula (0 Ω). Lembre-se de que os cabos do instrumento também
possuem resistência, então desconta-se as resistências desses cabos do valor
medido.

Acesse o manual do multímetro automotivo pelo site


SAIBAw
MAISCategoria=88&ID=62> e efetue a leitura da sessão de diag- nósticos básicos.

No exemplo da figura a seguir, a medição “d” verifica a resistência ou


continui- dade da seção do circuito entre o bloco de fusíveis e o interruptor
SW1. Como o circuito está interrompido em “aberto 1”, a resistência indicada
pelo instrumento será infinita.

Inspeção quanto a circuito aberto

Bateria
+ Bloco de
fusiveis (J/B)
Relé NC Solenóide
SW1

Aberto 1 Aberto 2 Aberto 3


Odirlei Batista (2012)

Interruptor 2
Ω DMM Ω DMM

(d) (verificação de (e)


continuidade)

Figura 24 - Teste de resistência


Os testes “d”, “e”e “f” são efetuados com auxílio do ohmímetro, conforme pro-
cedimentos descritos a seguir:
a)conecte a ponta de prova preta a uma extremidade do cabo a ser medido;
b) conecte a ponta de prova vermelha à outra extremidade do circuito;
c)verifique o valor indicado pelo instrumento; este deve ser nulo para os
ca- bos elétricos.

5.3 INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO, EQUIPAMENTOS DE TESTE E


FERRAMENTAS

Nas próximas páginas vamos conhecer os diversos instrumentos de medição,


equipamentos de teste e ferramentas automotivas.

5.3.1 MULTÍMETRO
O multímetro incorpora ao menos três medidores diferentes utilizados para
medi- ções em eletricidade e eletrônica. A seguir, você observa quais são esses
tipos:
Voltímetro: utilizado no automóvel para medição das tensões nos compo-
nentes ou da própria bateria. A escala utilizada deverá ser maior que a tensão
a
ser medida. Observe também as posições para tensões contínuas (V--) ou tensões
alternadas( V ͠ ).

Amperímetro: utilizado no automóvel para medições da corrente de fuga da


bateria, da bomba de combustível e do motor de partida. A escala utilizada de-
verá ser a maior disponível para identificação do valor da corrente e só então, se
possível, poderá ser reduzida para “mA”, especialmente no teste de fuga de cor-
rente da bateria. Quanto ao teste de corrente do motor de partida, será necessá-
rio um adaptador, tendo em vista a quantidade de corrente que será medida. Os
multímetros automotivos possuem um acessório que permite o teste de
corrente do motor de partida.

Quando terminar
FIQUE de utilizar o amperímetro, remova o
ALERTA
cabo vermelho do borne “10A” para evitar a queima do ins- trumento nas medições de tensão subsequentes.

Ohmímetro: este instrumento mede a resistência elétrica dos componentes


dos circuitos. No automóvel podemos medir desde um cabo elétrico até lâmpa-
das e interruptores. Os mecânicos automotivos o utilizam para verificar a resistên-
cia dos cabos (cabos de velas) e do próprio transformador de ignição (bobina de
ignição) do motor.

Dreamstime (2012)
Figura 25 - Multímetro digital

CASOS E RELATOS

Erro de medição
Durante um diagnóstico do circuito da bomba de combustível, o
técnico, com a intenção de medir qual era a tensão disponível para a
bomba elé- trica de combustível, aplicou o voltímetro no conector que
liga o chicote à bomba. Porém, devido ao espaço reduzido para efetuar
o teste com as pontas de prova do equipamento, removeu o conector para
facilitar a aval- iação. Após realizar o teste, o profissional percebeu que a
tensão era nor- mal e, portanto, a bomba elétrica deveria ser
substituída tendo em vista que estava alimentada pela tensão da bateria
(12 V), mas não funcionava. Após a substituição da bomba, para sua
surpresa, o problema continuou. Em dúvida sobre o ocorrido, consultou
o manual de serviço e compreen- deu que não é correto desligar o
circuito para medir a tensão disponível para um determinado
componente. Lembre-se: quando for medir tensão, efetue a medição
sem interferir no circuito.
5.3.2 MULTÍMETRO AUTOMOTIVO

Além dos instrumentos mencionados para o multímetro digital, o multímetro


automotivo incorpora outros instrumentos e funções que são requeridas nos tes-
tes de sistemas eletrônicos dos automóveis. Grandezas como frequência, rotação,
tempo, ângulo e outras poderão ser mensuradas com esse instrumento.

Minipa (2012)

Figura 26 - Multímetro automotivo

SAIBA MAIS Saiba mais sobre o multímetro automotivo e suas diversas


funções e aplicações em: w los.aspx?ID_Sub_Categoria=88>.

5.3.3 DENSÍMETRO

Nas baterias que possuem manutenção periódica, é possível utilizar o densí-


metro para verificação da densidade da bateria. Nas baterias modernas, quando o
prazo de garantia já tiver expirado, também é possível a aplicação do densímetro
para verificação da densidade e coloração da solução.
Dreamstime (2012)
Figura 27 - Densímetro

O flutuador possui uma graduação que indica a densidade da solução.


Também é possível identificar a densidade pela cor que é indicada pelo nível da
solução.
Azul – carregada
Amarelo – meia carga
Vermelho –
descarregada

ante para identi- ficar o estado de cada célula da bateria. Utilizando o equipamento, você pode descartar uma bateria antes mesmo de efetuar
de células degra- dadas, e a bateria deverá ser descartada conforme legis- lação pertinente.
VOCÊ
SABIA?

5.3.4 EQUIPAMENTO DE TESTE DE CARGA E DESCARGA DA BATERIA

Para efetuar um teste do estado geral da bateria utilizamos um analisador que,


enquanto mede a tensão entre os bornes da bateria, aplica uma intensidade
de corrente elétrica similar à corrente no momento da partida do motor. Caso a
bate- ria esteja descarregada, será necessário recarregar para, posteriormente.
efetuar o teste.
Plana TC (2012)

Figura 28 - Equipamento de teste de carga da bateria

Após a recarga
FIQUE da bateria, deixe-a descansar por alguns
ALERTA
minutos. A recarga gera gases que poderão ser inflamados por faíscas no momento do teste de carga.

5.3.5 FERRAMENTAS

Os nomes identificam as pessoas e tornam seu reconhecimento mais fácil.


As ferramentas utilizadas para fazer a manutenção do sistema de sinalização e de
ilu-
minação também são nomeadas. Conhecer essas denominações também ajuda a
agilizar o andamento do trabalho. Confira:
Tipos
Para efetuar a desmontagem, a reparação e a montagem dos componentes no

automóvel, são necessários vários tipos de ferramentas. Essas ferramentas permi-


tem soltar ou fixar componentes. A seguir você vai conhecer as principais
ferra- mentas utilizadas nas oficinas automotivas.
a)Chaves fixas – utilizadas para encostar porcas ou parafusos em locais onde
outras ferramentas não se encaixam:
Dreamstime (2012)
Figura 29 - Chave fixa

b) Chaves combinadas – utilizadas para apertar porcas e parafusos. Por


terem um lado de chave fixa e outro estrela, essas peças são muito
versáteis:

Figura 30 - Chave combinada Dreamstime (2012)

c)Chaves estrela:
Dreamstime (2012)

Figura 31 - Chave estrela


d) Alicates – muito utilizados para segurar eixos e hastes, por terem uma boca
com ranhuras que facilitam a fixação do alicate na peça:

Dreamstime (2012)
Figura 32 - Alicate universal

Dreamstime (2012)

Figura 33 - Alicate de pressão

e)Alicates especiais – são ferramentas utilizadas para abrir ou fechar travas


de rolamentos e eixos:
Dreamstime (2012)

Figura 34 - Alicate de travas


f)Chaves de fenda e Philips – utilizadas em parafusos de menores
dimen- sões, no automóvel são empregadas para fixação das molduras e
acabamen- tos internos.

Dreamstime (2012)
Figura 35 - Chave de fenda

Dreamstime (2012)

Figura 36 - Chave Philips

SAIBASaiba mais sobre as ferramentas utilizadas no automóvel


MAISacessando a página w

g) Chave hexagonal (tipo Allen) – se compararmos os parafusos sextavados


aos parafusos tipo Allen, perceberemos que, nesses últimos, o sextavado
é interno:
Dreamstime (2012)
Figura 37 - Chave Allen

h) Extratores – existem diversos tipos de extratores. No automóvel, essas


peças são utilizadas para remover mancais de rolamentos e também rola-
mentos de eixos. Alguns alternadores exigem a utilização de extratores para
substituição dos seus rolamentos:
King Tony (2012)

Figura 38 - Extratores

Características
São fabricadas em aço cromado com liga ao vanádio que lhe conferem
resis- tência mecânica e durabilidade.

Aplicação
Ferramentas de uso geral possuem aplicações em todos os sistemas do auto-
móvel. As chaves fixas, estrela, combinadas, os alicates e as chaves de fenda são as
mais utilizadas para desmontar e montar os componentes automotivos. Já ferra-
mentas como a chave Allen, os alicates especiais e os sacadores são mais restritas.
Limpeza e conservação
Após utilizar as ferramentas, faça uma limpeza para remover a oleosidade
e umidade que possam comprometer sua durabilidade. Ao menos uma vez no
mês, remova as ferramentas da caixa e efetue a limpeza da caixa e das
ferramentas. Além disso, faça uma lubrificação nas articulações das ferramentas
para garantir seu perfeito funcionamento.

Lembre-se: ferramentas danificadas, desgastadas ou enfer-


FIQUErujadas, além de reduzir a produtividade, podem provocar
ALERTA
acidentes. Portanto, descarte ferramentas nessas condi- ções assim que possível.

RECAPITULANDO

Neste capítulo você conheceu as técnicas utilizadas para realizar o


diag- nóstico dos circuitos elétricos do automóvel. Compreendeu o teste
de re- sistência e de continuidade, que são utilizados apenas em
componentes ou cabos desenergizados, e o teste de tensão ou de queda de
tensão, utilizado para identificar de forma indireta as elevações das
resistências provocadas por infiltração de água ou aquecimento excessivo
de conectores e cabos. Conheceu ainda o funcionamento e as principais
falhas desses circuitos, além de equipamentos e algumas ferramentas
utilizadas na manutenção automotiva. Entre outros assuntos, destacamos
a importância de manter os equipamentos e as ferramentas guardados
adequadamente para garantir sua durabilidade.

No próximo capítulo vamos aprender que com as ferramentas podemos


desmontar, reparar e montar os diversos componentes do sistema de
sinalização e iluminação. Vamos lá!
Anotações:
Sistemas de Sinalização

Neste capítulo vamos nos aprofundar no estudo dos circuitos elétricos do sistema de sinali-
zação. Entendendo a interpretação dos desenhos e sabendo manusear corretamente os instru-
mentos de medição, você poderá efetuar diagnósticos e reparar esses circuitos. Além disso, a
correta manutenção desses circuitos têm grande importância para a segurança dos ocupantes
dos veículos e dos pedestres que trafegam nas vias públicas.
Ao final deste estudo, você terá subsídios para:
a)compreender o funcionamento dos circuitos de sinalização;
b) aprender a fazer a manutenção dos circuitos de sinalização;
c)realizar diagnósticos dos circuitos de sinalização.
Agora você está convidado a começar uma importante etapa do seu percurso de
aprendiza- gem. Embarque neste conteúdo e explore as fontes de conhecimento aqui
apresentadas.
SISTEMA DE SINALIZAçÃO E DE ILUMINAçÃO
52

6.1 DIREçÃO (SETAS)

A direção do veículo é a principal responsável por levar os ocupantes aos


mais va- riados destinos. Porém, existem outros componentes que ajudam a
percorrer as ruas com segurança. As setas, também conhecidas como indicadores
direcionais, ou po- pularmente como pisca-pisca, auxiliam o motorista a se
locomover no trânsito. Agora, siga na direção que o fluxo indica e continue a
estudar sobre esse tema.

6.1.1 FUNÇÃO

As luzes de direção do veículo têm por objetivo informar aos veículos que tra-
fegam na via a intenção do condutor do veículo em realizar uma conversão à
direita ou esquerda.
O conjunto das luzes de direção é formado por quatro faróis – dois diantei-
ros, dois traseiros – e mais o repetidor lateral, posicionado na lateral do veículo e
normalmente integrado ao retrovisor. Cada lâmpada possui uma potência de
21 W e pode ser acionada apenas com o interruptor de ignição ligado. A
lâmpada utilizada para a função é de apenas um filamento e a lente ou o bulbo
de vidro é de cor âmbar nos veículos com a lente do farol incolor.

CASOS E RELATOS

Pisca rápido
O proprietário de um veículo reclamava que seu carro tinha algum prob-
lema nas luzes de direção. Quando as luzes eram acionadas para a esquer-
da, o ruído causado pelo liga e desliga do relé apresentava uma frequência
maior quando comparado ao ruído causado pelo acionamento das luzes
de direção para a direita. O técnico que recebeu o veículo acionou as luzes
de direção para a esquerda e para a direita e identificou que a lâmpada
trasei- ra esquerda não estava funcionando. Após substituir a lâmpada, o
circuito voltou a operar normalmente e o técnico explicou para o
proprietário do veículo que essa frequência acima do normal era
exatamente para que ele, o proprietário, percebesse que algo estava
errado com as luzes direcionais. Além disso, o técnico explicou que o relé
das luzes de direção, conhecido como relé do pisca, possui um circuito
interno que prevê o aumento da frequência quando a potência dos
consumidores (lâmpadas) diminui por um mau contato ou interrupção do
filamento da lâmpada.
6.1.2 FUNCIONAMENTO

Para permitir o funcionamento do indicador direcional, o interruptor do indicador


direcional recebe, via interruptor de ignição, energia pelo F23 de 10A. Observe abaixo
que a energia recebida pelo interruptor é direcionada para o terminal 49 do módulo
temporizador, popularmente denominado relé do pisca, através da posição 0 (desli-
gado) do interruptor de emergência. Alimentado com 12 V entre seus terminais 31 e
49, o módulo temporizador
permanece em stand-by, pois não há nenhuma lâmpada
conectada a ele nestas condições. Quando a alavanca do indicador direcional é
le- vada para cima (posição 22) ou para baixo (posição 23), um conjunto de
lâmpadas é conectado ao terminal 49A do módulo temporizador e este aciona
as lâmpadas
de forma intermitente. Após a conversão na via, o volante empurra, através de um
mecanismo, a alavanca para a posição 0 (desligado), desconectando as lâmpadas do
terminal 49A do módulo temporizador, desligando-o.
30S
30 P91
F23 F2 Central de distribuição
10A 20A elétrica (CJB)

1.0GN/RD 1.5OG/YE
S291.0O
9
G N282
10 C312A Interruptor
0 24
24 0 24 0 24 múltipla função
0
0) Desligado
49 49A 22) Luz indicadora
22 23
0 direcional, lado

31 24 esquerdo
23) Luz indicadora
direcional, lado
direito
8 24) Luzes de
5 11 Emergência
1.0BK/GN

S14

1GY 1.0BU/RD

G2

S13
1 BU/OG
1BU 1BU/RD 1BU/OG
C303
1 C309 C310 C307
Farol
4 esquerdo C D E48 1 E7
E49 1GY/OG Luz Farol direito
Luz
4) Luz 0.5BU/YE indicadora 4) Luz
Indicadora Indicadora 4 Indicadora
2 direcional E direcional
direcional B traseira, lado direcional
C303 traseira, direito C307
lado C310 2
0.75BK C309 4 3 C318 1.0BK 0.75BK
1.0BK/OG esquerdo
S1 A30 S14 S10
S14
Grupo de
1.5BK 4.0 BK/YE instrumentos 4.0BK/YE 1.5BK
Odirlei Batista (2012)

7) Indicador de
G6 G2 direção à G2 G6
7 8 esquerda
8) Indicador de
direção à
direita
Figura 39 - Circuito das luzes de direção
Muitas vezes o proprietário do veículo reclama que a alavanca do indicador direcional não retorna par
VOCÊ
posição desligado. Nestas condições, é provável que o mecanismo que efetua o retorno esteja danifica
SABIA?

6.1.3 MANUTENÇÃO NOS CIRCUITOS DE SINALIZAÇÃO E SEUS


COMPONENTES

Para efetuar a manutenção do sistema de direção serão necessárias, além do


multímetro e da lâmpada de teste, algumas ferramentas de uso geral como: cha-
ves de fenda e Philips, chaves combinadas de 8 e 10 mm para remoção dos
faróis e chave Torx tipo canivete para remoção da moldura da coluna de direção.
Desmontagem, limpeza e inspeção
Quando necessário, remova os faróis do sistema de direção e efetue uma lim-
peza para remover a poeira que se acumula nos componentes. Em seguida,
faça uma inspeção para identificar problemas de contato elétrico e fixação nos
com- ponentes.
Reparação, substituição e montagem
Durante a inspeção, se for encontrado qualquer problema de contato elétrico,
efetue a reparação ou a substituição do componente danificado. A entrada de
água nos faróis normalmente é causada por trincas nas lentes ou vedações
dani- ficadas. Substitua o farol caso identifique lentes trincadas.
Ajustes e testes
Após a montagem do componente, realize o teste de funcionamento
acionan- do o circuito algumas vezes e, se necessário, crie a condição em que o
problema ocorreu, conduzindo o veículo em estradas sem pavimentação. Além
disso, deixe o circuito ligado por períodos prolongados para permitir o seu
aquecimento. O módulo temporizador, conhecido como relé do pisca, costuma
“colar” depois de aquecido. Caso isso ocorra, substitua-o.
Diagnóstico de falhas
Com o auxílio do multímetro automotivo, uma lâmpada para teste e um
cabo para jumper, proceda o diagnóstico conforme o sintoma. Veja abaixo um
quadro que traz algumas possíveis situações, procedimentos e resultados.
INSTRU- COMPO- RESULTADO
SINTOMA PROCEDIMENTO
MENTO NENTE ESPERADO

• Prenda a garra jacaré à A lâmpada deve


Lâmpada estrutura metálica do veículo. se acender nos
Fusível
para • Insira a ponta de prova dois terminais
teste nos termi- nais de teste do de teste do
fusíveis. fusível.

• Remova o módulo As lâmpadas do


temporizador
indicador dire-
• Instale o “jumper” entre os
Módulo cional deverão
terminais 49 e 49A.
Jumper temporiza- se acender e
• Coloque o interruptor de
dor permanecer
Nenhuma ignição na posição 2.
acesas, sem
lâmpada se • Coloque o interruptor na
intermitência.
acende posição 22 e posteriormente na
posição 23.

• Remova o módulo
temporizador. A resistência

• Insira a ponta de medida deverá

prova entre os terminais 49A e ser nula.

Ohm- 5 do interruptor.
Interruptor
ímetro • Leve o interruptor para a
posição 22.

• Remova o módulo
temporizador. A resistência

• Insira a ponta de prova medida deverá

entre os terminais 49A e 11 do ser nula.

interruptor.
• Leve o interruptor para a
posição 23.
A lâmpada
• Ligue a ignição.
acende e apaga
Indica- • Leve o interruptor para a
de acordo com
Visual dores posição 22 e posteriormente para
Modulo a frequência do
traseiros posição 23.
temporiza- módulo tempori-
• Observe a lâmpada do
dor zador.
indicador traseiro esquerdo.
com
A lâmpada
frequência • Ligue a ignição.
acende e apaga
anormal Indica- • Leve o interruptor para a
de acordo com
Visual dores posição 22 e posteriormente para
a frequência do
dianteiros posição 23.
módulo tempori-
• Observe a lâmpada do
zador.
indicador traseiro direito.
Quadro 2 - Diagnóstico do circuito das luzes de direção
6.2 EMERGÊNCIA (ALERTA)

Alerta! Alerta! Apertem os cintos porque vamos entrar agora em um tema que
será muito lembrado em situações de risco. Estamos falando das luzes de
emer- gência, também conhecidas como luzes de alerta. Todos estão preparados?

6.2.1 FUNÇÃO

As luzes de emergência do veículo têm por objetivo informar aos veículos


que trafegam na via os problemas relacionados ao funcionamento do veículo.
O con- junto de lâmpadas utilizadas é o mesmo do indicador direcional
estudado no ca- pítulo anterior.

6.2.2 FUNCIONAMENTO

Para permitir o funcionamento do indicador de emergência, independente-


mente do interruptor de ignição, o interruptor das luzes de emergência
recebe energia diretamente da bateria pelo F2 de 20A. Observe no diagrama a
seguir que a energia recebida pelo F2 no pino 10 do interruptor será utilizada pelo
indicador de emergência apenas quando o interruptor for colocado na posição
24. Neste momento, a energia alimenta o terminal 49 do módulo
temporizador enquanto contatos conjugados interligam as lâmpadas do
indicador direcional esquerdo e direito ao terminal 49A do componente.
Dessa forma, inicia o funcionamento intermitente do módulo temporizador.
30S 30 P91
F23 F2 Central de distribuição
10A 20A elétrica (CJB)

1.0GN/RD 1.5OG/YE
S291.0O
9
G N282
10 C312A Interruptor
0 24
24 0 24 0 24 múltipla função
0
0) Desligado
49 49A 22) Luz indicadora
22 23
0 direcional, lado
31 24 esquerdo
23) Luz indicadora
direcional, lado
direito
8 24) Luzes de
5 11 Emergência
1.0BK/GN

S14

1GY 1.0BU/RD

G2

S13
1 BU/OG 1BU 1BU/RD 1BU/OG

C303 C309 C310 C307


1 Farol D E48 1 E7
4 esquerdo C
E49 1GY/OG Luz Farol direito
Luz
4) Luz 0.5BU/YE indicadora 4) Luz
Indicadora Indicadora 4 Indicadora
2 direcional E direcional
direcional B traseira, lado direcional
C303 traseira, direito C307
lado C310 2
0.75BK C309 4 3 C318 1.0BK 0.75BK
1.0BK/OG esquerdo
S1 A30 S14 S10
S14
Grupo de
1.5BK 4.0 BK/YE instrumentos 4.0 1.5BK
BK/YE
Odirlei Batista (2012)

7) Indicador de
G6 G2 direção à G6
esquerda G2
7 8 8) Indicador de
direção à
direita

Figura 40 - Circuito das luzes de emergência

VOCÊA utilização do indicador de alerta só é permitida com o veículo parado na via.


SABIA?

6.2.3 MANUTENÇÃO NOS CIRCUITOS DE SINALIZAÇÃO E SEUS


COMPONENTES

Para efetuar a manutenção do sistema de emergência será necessário, além


do multímetro e da lâmpada de teste, algumas ferramentas de uso geral como
chaves de fenda e Philips, chaves combinadas de 8 e 10 mm para remoção dos
faróis e chave torx tipo canivete para remoção da moldura da coluna de direção.
Desmontagem, limpeza e inspeção
Remova os faróis do sistema de emergência e faça uma limpeza, se necessário,
para remoção da poeira que se acumula nos componentes. Em seguida efetue
uma inspeção para identificar problemas de contato elétrico e fixação nos com-
ponentes.
Reparação, substituição e montagem
Durante a inspeção, se for encontrado qualquer problema de contato elétrico,
efetue a reparação ou a substituição do componente danificado. A entrada de
água nos faróis normalmente é causada por trincas nas lentes ou vedações
dani- ficadas. Caso identifique lentes trincadas, substitua o farol.
Ajustes e testes
Após a montagem do componente, realize o teste de funcionamento
acionan- do o circuito algumas vezes e, se necessário, crie a condição em que o
problema ocorreu, conduzindo o veículo em estradas sem pavimentação. Além
disso, deixe o circuito ligado por períodos prolongados para permitir o seu
aquecimento. O módulo temporizador, conhecido como relé do pisca, costuma
“colar” depois de aquecido. Caso isso ocorra, substitua a peça.
Diagnóstico de falhas
Com o auxílio do multímetro automotivo, uma lâmpada para teste e um
cabo para jumper, você deve fazer os testes conforme o sintoma apresentado.
Veja a seguir um quadro com alguns sintomas, procedimentos e resultados que
podem ser encontrados.
INSTRU- COMPO- RESULTADO
SINTOMA PROCEDIMENTO
MENTO NENTE ESPERADO

• Prenda a garra jacaré à A lâmpada deve


Lâmpada
estrutura metálica do veículo. se acender nos
para Fusível
• Insira a ponta de dois terminais de
teste
prova nos terminais de teste do fusível.
teste do fusível.

• Remova o módulo As lâmpadas


temporiza- dor. do indicador
Módulo
• Instale o jumper entre de emergência
Jumper temporiza-
os termi- nais 49 e 49A. de-
dor
• Coloque o interruptor verão se acender e
na
permanecer
Nenhuma posição 24.
acesas,
lâmpada se
sem intermitência.
acende
• Remova o módulo
temporiza- dor.
A resistência
• Insira a ponta de
medida deverá
prova entre os terminais 49A e
ser nula.
5 do interruptor.
• Leve o interruptor para a
Ohm- posição 24.
Interruptor
ímetro
• Remova o módulo
temporiza- dor.
• Insira a ponta de A resistência
prova entre os terminais 49A e medida deverá
11 do interrup- tor. ser nula.
• Leve o
interruptor para a
posição 24.

Quadro 3 - Diagnóstico do circuito das luzes de emergência


6.3 BUZINA

Ao escutar o som de uma buzina, mal passa em nossa cabeça o pensamen-


to de quão importante esse componente é para a segurança dos passageiros
de um veículo. A partir de agora, vamos estudar esse assunto mais
detalhadamente. Você é nosso convidado a interagir com o conteúdo que
vamos mostrar a seguir. Acompanhe.

6.3.1 FUNÇÃO

As buzinas são importantes itens de segurança. Devem ser utilizadas para cha-
mar a atenção rapidamente de outros veículos e pedestres a fim de evitar
acidentes.

6.3.2 FUNCIONAMENTO

Quando o interruptor da buzina é acionado, a energia disponível no fusível


F8 é transferida para o terminal 86 do relé da buzina. Alimentado pelo
interruptor da buzina em seu terminal 86 e pelo massa G2 no terminal 85, o
relé magnetiza a bobina e atrai o contato fechando o circuito entre seus
terminais 30 e 87. Esta condição transfere a energia do F16 para as buzinas, que
alimentadas, emitem o sinal sonoro. Veja a seguir a demonstração desse passo a
passo através da obser- vação do diagrama elétrico do circuito.
15 30
F8 10A F16 P91
20A Central de
distribuição elétrica (CJB)

1 C312
Interruptor da buzina

1.5 OG
2 1 1- Desligado
2 C312 2 - Ligado
0.50 OG/BU

P91
30 C324 Central de distribuição elétrica (CJB)
86
K12
Relé da buzina

C324
85 87

0.50 BK

1.0 OG/YE 1.0 OG/YE


S15
1.5 BK
G2

1.0 OG/YE B C339 1.0 OG/YE


H1 B C340
Buzina 1 H4
Buz
ina 2

A C339 A C340
Odirlei Batista (2012)

1.0BK1.0 BK
1.5BK

G6

Figura 41 - Circuito das buzinas

6.3.3 MANUTENÇÃO NOS CIRCUITOS DE SINALIZAÇÃO E SEUS


COMPONENTES

Para efetuar a manutenção do sistema de buzina, serão necessárias, além do


multímetro e da lâmpada de teste, chaves combinadas 13 mm para remoção das
buzinas e chave torx tipo canivete para remoção da moldura da coluna de direção.
Desmontagem, limpeza e inspeção
Quando necessário, remova as buzinas e efetue uma limpeza para remoção da
poeira que se acumula nos componentes. Em seguida, faça uma inspeção para
identificar problemas de contato elétrico, fixação nos componentes e trincas em
suas carcaças.
Reparação, substituição e montagem
Durante a inspeção, se for encontrado qualquer problema de contato
elétri- co, efetue a reparação ou a substituição do componente danificado. A
entrada de água nas buzinas normalmente é causada por trincas nos
caracóis ou mau posicionamento dos mesmos. Substitua as buzinas caso
identifique trincas nos caracóis.
Ajustes e testes
Ajuste o posicionamento das buzinas colocando a abertura do caracol para
baixo quando o componente está instalado na vertical ou para longe de fontes
de respingo de água quando o mesmo é montado na posição horizontal.
Diagnóstico de falhas
Com o auxílio do multímetro automotivo, uma lâmpada para teste e um
cabo para jumper, proceda os testes conforme o sintoma. A seguir, você
acompanha um quadro com possíveis sintomas, procedimento adequado e
resultados espe- rados. Veja:

INSTRU- COMPO- RESULTADO


SINTOMA PROCEDIMENTO
MENTO NENTE ESPERADO

• Prenda a garra A lâmpada deve se


Lâmpada jacaré à es- trutura acender nos dois
Fusível
para metálica do veículo. terminais de teste
teste • Insira a ponta de prova do fusível.
nos
terminais de teste do fusível.
As buzinas
• Remova o relé da
não fun- Relé da buzina. As buzinas
Jumper
cionam buzina • Instale o jumper deverão emitir

entre os terminais 30 e sinal sonoro.

87.

• Remova o relé da
buzina.
A tensão medida
• Insira a ponta de
Voltímetro Interruptor deverá ser a mesma
prova entre os terminais 85
da bateria.
e o 86 do so- quete do relé.
• Acione o interruptor.
Quadro 4 - Diagnóstico do circuito das buzinas
6.4 LUZES DE MARCHA A RÉ

Chegou a hora de olhar para os retrovisores porque o assunto será sobre as


luzes de marcha a ré. Acompanhe nas próximas páginas um estudo detalhado
sobre esse importante sinalizador do veículo.

6.4.1 FUNÇÃO

Os faróis de marcha a ré acendem quando o motorista efetua o engate desse


comando. Cada farol possui uma lâmpada com potência de 21 W. O circuito é
composto por um interruptor solidário ao mecanismo de engate de marcha pre-
sente na caixa de velocidades.

6.4.2 FUNCIONAMENTO

Quando a marcha a ré é engatada, o interruptor, por ação de uma mola inter-


na, fecha os contatos elétricos permitindo a circulação da corrente pelas lâmpa-
das de marcha a ré.

15 P91
Central de distribuição elétrica (CJB)
F23
10

0.75 GN/WH

1C107 N276
Interruptor da transmissão 1 Transmissão em

2 marcha
1 à ré
2 2 Transmissão fora da marcha à ré

0.75 GN/WH
S14

0.75 GN/OG 0.75 GN/BK

C309 C310
E109E105
Luz de marcha à réLuz de
lado direitolado marcha à ré
esquerdo
Odirlei Batista (2012)

1.0 BK 1.0 BK

S14

4.0 BK/YE
G2

Figura 42 - Circuito das luzes de marcha a ré


6.4.3 MANUTENÇÃO NOS CIRCUITOS DE SINALIZAÇÃO E SEUS
COMPONENTES

Para efetuar a manutenção no sistema de luzes de marcha a ré serão


neces- sárias, além do multímetro e da lâmpada de teste, chaves combinadas
22 mm para remoção do interruptor das luzes que fica instalado na caixa de
transmissão. Algumas ferramentas de uso geral, como chaves de fenda e Philips
para remoção dos faróis de ré, também são necessárias.
Desmontagem, limpeza e inspeção
Remova o interruptor e efetue uma limpeza, se necessário, do óleo. Em
se- guida, efetue uma inspeção para identificar problemas de contato elétrico ou
de emperramento que poderiam impedir o movimento do pino do interruptor.
Reparação, substituição e montagem
Durante a inspeção, se for encontrado qualquer problema de contato elétrico
ou de emperramento, efetue a reparação ou a substituição do componente
da- nificado.
Ajustes e testes
Instale o interruptor e o respectivo cabo elétrico que liga o interruptor ao chi-
cote do veículo. Em seguida, ajuste o cabo para não interferir em mecanismos da
transmissão. Por fim, acione o interruptor de ignição na posição 2 e engate a mar-
cha a ré. Após essa ação, os faróis de ré deverão se acender. Ainda com a
chave na posição 2, desengate a marcha a ré, e os faróis deverão se apagar.
Quaisquer divergências quanto ao funcionamento deverão ser sanadas após o
diagnóstico de falhas.
Diagnóstico de falhas
Com o auxílio do multímetro automotivo, uma lâmpada para teste e um
cabo para jumper, proceda os testes conforme o sintoma. Observe a seguir o
quadro que demonstra essas explicações em situações possíveis do dia a dia de
profissão.
INSTRU- COMPO- RESULTADO
SINTOMA PROCEDIMENTO
MENTO NENTE ESPERADO

• Remova o
As lâmpadas
conector do
devem se acender
Jumper interruptor.
Interruptor inde-
• Coloque o
pendentemente da
interruptor de ignição
posição da
na posição 2.
alavanca da
• Instale o
transmissão.
jumper entre os
Nenhuma cabos do conector.
lâmpada • Remova
acende os faróis
traseiros. Resistência
Ohmímetro Lâmpadas
• Remova as elétrica próxima
lâmpadas de marcha de 0 Ω.
a ré.
• Meça a
resistência das
lâmpadas.
• Prenda a
garra jacaré a A lâmpada deve
Lâmpada estrutura metálica do se acender nos
Fusível
de teste veículo. dois terminais de
• Insira a ponta teste do fusível.
de prova
nos terminais de
teste do fusível.
As lâmpadas
• Remova o
Lâmpadas devem se apagar
conector do
permanente- Não Aplicável Interruptor inde-
interruptor.
mente pendentemente da
• Coloque o
acesas posição da
interruptor na posição
alavanca
2.
da transmissão.
Quadro 5 - Diagnóstico do circuito das luzes de marcha a ré

Saiba mais sobre a manutenção preventiva em lâmpadas em w


SAIBA MAIS
do?par=4467:3_3:8705:4467>.
6.5 LUZES DE FREIO

A partir de agora você vai conhecer a função e o funcionamento das luzes de


freio. Além disso, ainda vai conferir como se faz a manutenção, desmontagem,
reparação e limpeza desse sistema. Neste conteúdo ainda serão passados alguns
testes e ajustes, além de um diagnóstico de possíveis falhas desse importante
componente do veículo. Siga em frente e avance em seus conhecimentos.

6.5.1 FUNÇÃO

Os faróis de freio acendem quando o motorista aciona o pedal do freio de ser-


viço. Cada farol possui uma lâmpada com potência de 21 W. Hoje é obrigatória a
presença da luz de freio elevada, conhecida como brakelight. A presença de LEDs
na luz de freio elevada é muito comum e até, em alguns casos, os LEDs estão
presentes também nos faróis principais de freio. O circuito é composto por
um interruptor solidário ao pedal do freio de serviço.

6.5.2 FUNCIONAMENTO

Quando o pedal do freio é acionado, o interruptor, por ação de sua mola inter-
na, fecha os contatos elétricos permitindo a circulação da corrente pelas lâmpa-
das de freio.

P91
15
F22 Central de distribuição
10A elétrica (CJB)
0.75 GN/WH C328
N318
Interruptor da luz de freio

21 Posição normal
C328 Pedal de freio precionado

S27 ABS

0.5 GN/YE 5 0.5 GN/YE 0.75 GN/RD 0.75 GN/BK


1 C309 C310
E70 E9 E10
luzes Conjunto (lado esquerdo) Conjunto
4 2 4 2 (lado direito)
Odirlei Batista (2012)

2elevadas da luz traseira 2)Luz de freio 4)Luz da lanterna


0.5 BK(brake C309 C310 S14 da luz traseira
-light) S14 G2 G2 2)Luz de freio
G5 4)Luz da
lanterna

Figura 43 - Circuito das luzes de freio


6.5.3 MANUTENÇÃO NOS CIRCUITOS DE SINALIZAÇÃO E SEUS
COMPONENTES
Para efetuar a manutenção no sistema de luzes de freio serão necessárias,
além do multímetro e da lâmpada de teste, algumas ferramentas de uso geral
como chaves de fenda e Philips para remoção dos faróis de freio.
Desmontagem, limpeza e inspeção
Remova o interruptor e efetue uma limpeza para remoção da poeira. Em
se- guida, efetue uma inspeção para identificar problemas de contato elétrico
ou de
emperramento que podem impedir o movimento do pino do interruptor.
Reparação, substituição e montagem
Durante a inspeção, se for encontrado qualquer problema de contato elétrico
ou de emperramento, efetue a reparação ou a substituição do componente da-
nificado.

Ajustes e testes
Instale o interruptor e o respectivo cabo elétrico que liga o interruptor ao chi-
cote do veículo. Ajuste o cabo para não interferir em mecanismos das pedaleiras
(pedal de freio e embreagem) ou na coluna de direção. Acione o interruptor
de ignição na posição 2 e pressione o pedal de freio. Após esse processo, os faróis
de
freio deverão se acender. Ainda com a chave na posição 2, libere o pedal de freio.
Nesse momento, os faróis deverão se apagar. Quaisquer divergências quanto ao
funcionamento deverão ser sanadas após o diagnóstico de falhas.
Diagnóstico de falhas
Com o auxílio do multímetro automotivo, uma lâmpada para teste e um
cabo para jumper, proceda os testes conforme o sintoma. Acompanhe no
quadro se- guinte algumas possibilidades.
1 ODÔMETRO
INSTRU- COMPO- RESULTADO
SINTOMA PROCEDIMENTO
MENTO NENTE ESPERADO
Equipamento que mede
os quilômetros (distâncias)
percorridos pelo veículo. • Remova o
conector do As lâmpadas devem
interruptor. se acender
Jumper Interruptor
• Coloque o independ-
interruptor de ignição entemente do
na posição 2. aciona- mento do
• Instale o jumper freio.
entre os cabos do
Nenhuma conector.
lâmpada
acende • Remova os faróis
traseiros.
• Remova as Resistência
Ohmímetro Lâmpadas
lâmpadas de freio. elétrica próxima

• Meça a de 0 Ω.

resistência das
lâmpadas.

• Prenda a garra
A lâmpada deve se
jacaré à es- trutura
Lâmpada de acender nos dois
Fusível metálica do veículo.
teste terminais de teste
• Insira a ponta
do fusível.
de prova nos terminais
de teste do fusível.
Lâmpada As lâmpadas devem
• Remova o
s perma- se apagar
conector do
nente- Não aplicável Interruptor independente- mente
interruptor.
mente da posição da
• Coloque o
acesas alavanca da transmis-
interruptor na posição 2.
são.
Quadro 6 - Diagnóstico do circuito das luzes de freio

6.6 INSTRUMENTOS

O painel de instrumentos concentra os principais indicadores necessários para


monitorar o funcionamento do motor e o deslocamento do veículo. Durante a
manutenção, o painel de instrumentos é um grande aliado do reparador,
tendo em vista que informações como temperatura, combustível e até distância
percor- rida podem ajudar no diagnóstico do problema.
Além dos instrumentos de ponteiro e os digitais, estão presentes também
lâmpadas dos principais sistemas do veículo como: sistema de carga, de
injeção eletrônica, do imobilizador de partida, de temperatura e muitas outras.
4WD 23 100120
60 120

1 X1000r/min
4 40 140
160
! 20 O/D ATP
5 0 180 OFF
0 ABS
200

6 220
8888AM
PM
888888
88888 8
AT
-88 4 lo
100km/h
CRUISE SET
OIL TEMP :F

Odirlei Batista (2012)


Figura 44 - Visão geral do painel de instrumentos

6.6.1 VELOCÍMETRO

Já passamos do capítulo 5, estamos no capítulo 6 e ainda temos muito apren-


dizado pela frente. Agora, vamos estudar o velocímetro, componente que infor-
ma a velocidade do veículo. Acelerem os motores porque está dada a largada do
conhecimento.
Função

O velocímetro indica a velocidade instantânea do veículo. Além da velocidade


instantânea, o instrumento indica também a distância percorrida através de um
contador denominado odômetro 1. Dois odômetros são integrados ao velocíme-
tro: o odômetro total, que indica a distância total percorrida pelo veículo, e o
odô- metro parcial, que indica a distância entre dois pontos quaisquer.
Odirlei Batista (2012)

Figura 45 - Velocímetro
Funcionamento
O velocímetro possui um mecanismo composto por engrenagens que é acio-
nado por um cabo conectado ao eixo de saída da caixa de transmissão. A
maioria dos veículos possui o velocímetro denominado eletrônico, ou seja,
não há cabos para transmitir o movimento de rotação da caixa de velocidades
para o painel. Os velocímetros eletrônicos possuem um motor elétrico integrado,
que é aciona- do por um módulo eletrônico incorporado ao próprio painel.
Veículos equipados com velocímetro eletrônico possuem, no lugar do cabo do
velocímetro, um sen- sor de velocidade que gera um sinal elétrico para o
painel quando há movimento de rotação na caixa de velocidades.

6.6.2 TACÔMETRO

Quanto você acha que já desenvolveu até aqui? Então prepare-se para multi-
plicar esse conhecimento por 100x ou até 1.000x porque agora vamos
conhecer a função e o funcionamento do tacômetro, também conhecido como
conta-giros.
Função
O tacômetro tem como função mostrar a rotação que o motor está
desenvol- vendo. A rotação mostrada no instrumento deve ser multiplicada por
100x ou até 1.000x, dependendo do veículo, e está em RPM (rotações por
minuto).
Odirlei Batista (2012)

Figura 46 - Tacômetro

Funcionamento
Ligado à bobina de ignição, nos veículos sem injeção eletrônica, recebe
um impulso elétrico para cada faísca disparada nas velas de ignição. Nos
veículos equipados com injeção eletrônica, o sinal para o tacômetro é
enviado ao painel pela central eletrônica do motor.
6.6.3 NÍVEL DE COMBUSTÍVEL

Está na hora de parar para recarregar as energias. Ou seria melhor dizer encher
o tanque de combustível? Nas próximas páginas você irá conhecer a função, o fun-
cionamento e possíveis falhas que podem ocorrer nesse componente do veículo.

Função
Através de um medidor de nível instalado no tanque de combustível, o
indi- cador de combustível informa ao motorista o volume de combustível
disponível para viagem. Essa informação é conhecida como autonomia, e
normalmente um
veículo possui uma autonomia em torno de 450 quilômetros em trânsito urbano.

Odirlei Batista (2012)

Figura 47 - Indicador de combustível


Funcionamento
Quando o nível de combustível é alterado, a boia do tanque, como é
conhe- cida popularmente, tem sua posição alterada, fazendo sua resistência
modificar.
A variação da resistência altera a corrente elétrica no circuito e modifica conse-
quentemente o torque para movimentar o ponteiro.
2TERMISTOR: 15 P91
F24 Central de
7,5A distribuição
Semicondutor sensível à
elétrica (CJB)
temperatura.

0,50 YE/BU

3 C318

Grupo de
instrumentos

Indicador de
combustível

C318
30 14

0.50
BN/RD

0.50 WH/RD

2 3

A31
Unidade do
tanque de
combustível
Odirlei Batista (2012)

Sensor do
indicador de
combustível

Figura 48 - Circuito do indicador de combustível

Diagnóstico de falhas
Em caso de inoperância do indicador, desconecte os cabos ligados ao
sensor de nível e interligue-os. Ligue o interruptor de ignição na posição 2, e o
indicador deverá se movimentar até indicar cheio. Substitua o sensor de nível se o
resultado do teste for positivo. Caso negativo, verifique os cabos de ligação e o
indicador.

6.6.4 TEMPERATURA

Um estado de 40 graus de febre é um sério indicativo de que existe alguma


coisa errada com a saúde. No veículo, alguns problemas também se
manifestam com o aumento da temperatura. Veja a seguir como identificar essa
elevação, de
que maneira esse componente funciona e ainda as falhas que esse sistema pode
apresentar. Acompanhe.

Função
O circuito é constituído por um indicador analógico ou, em alguns casos, ape-
nas por uma lâmpada ligada a sensores instalados no cabeçote do motor.
Através
do sensor, o indicador analógico ou a lâmpada mostra a temperatura instantânea
do motor.

H Odirlei Batista (2012)

Figura 49 - Indicador de temperatura

Funcionamento
O sensor é um termistor 2 tipo NTC, que diminui sua resistência quando a tem-
peratura aumenta. Ao acionar o motor em temperatura ambiente, a
resistência elétrica do sensor é alta e uma pequena corrente, insuficiente para
movimentar o ponteiro do indicador, circula por ele. Na medida em que o
motor esquenta, a
resistência do sensor diminui, permitindo que uma maior intensidade de corrente
circule pelo indicador, produzindo dessa maneira a elevação do ponteiro.
3RESISTOR P91
15
Central de distribuição elétrica (CJB)
F24 7,5A
Componente que
proporciona uma oposição
à passagem de corrente
elétrica.
0,50 YE/BU

3C318
Grupo de
4ROTOR instrumentos

Eixo do alternador. Indicador de


combustível

5ALTERNADOR
15C318
Equipamento que
transforma energia
mecânica em energia
elétrica.
0.50 WH

A32

Odirlei Batista (2012)


Sensor de Temperatura

Figura 50 - Circuito do indicador de temperatura

Diagnóstico de falhas
Em caso de inoperância do indicador, desconecte o cabo ligado ao sensor
de temperatura, e ligue-o ao negativo. Ligue o interruptor de ignição na posição
2, e o indicador deverá se movimentar até indicar “quente”. Em seguida,
substitua o sensor de temperatura se o resultado do teste for positivo. Caso
negativo, verifi- que os cabos de ligação e o indicador.

Alguns veículos possuem apenas uma lâmpada indica- dora no painel que se acende quando há uma elevação anormal da tempera
VOCÊ
lâmpada e por um interruptor térmico que liga quando a temperatura atinge 118 °C.
SABIA?
6.6.5 INDICADOR DA BATERIA

O número que aparece no rodapé desta página mostra que você já atingiu boa

parte do conteúdo que vamos ver neste curso. Por outro lado, ao observar o índi-
ce, você percebe que ainda tem muito a ver para concluir o estudo e alcançar seu
objetivo. Esses indicadores funcionam como um parâmetro que mede a diferença
entre a situação desejada e a situação atual. No veículo, o indicador de bateria
funciona da mesma maneira. Para entender mais sobre esse tema, acompanhe o
conteúdo a seguir.
Função
O indicador de bateria permite o monitoramento do sistema de carga da bate-
ria quando o motor estiver em funcionamento.

Funcionamento
Ao ligar a ignição na posição 2, a lâmpada deverá acender. Quando o
motor é acionado, já nos primeiros segundos de funcionamento a lâmpada
deverá se apagar e assim permanecer enquanto o motor estiver funcionando.
O indicador
da bateria é constituído por uma lâmpada e um resistor3, conectado ao alterna-
dor do veículo. Quando o interruptor de ignição é levado para a posição 2, uma
corrente flui da bateria através do rotor4 do alternador5, passando pelo
regula- dor de tensão em direção ao painel de instrumentos através do
terminal D+ do
alternador. Quando o motor é ligado, o alternador inicia a recarga da bateria e
interrompe a corrente que fluía para a lâmpada da bateria, fazendo-a apagar. Ob-
serve que existe um resistor em paralelo com a lâmpada da bateria. Esse resistor
garante o funcionamento do sistema de carga da bateria em caso de interrupção
do filamento da lâmpada.
6PRESSOSTATO 15P91
Central
F24 de distribuição elétrica (CJB)
Componente que recebe 7,5A
um sinal de pressão e o
compara com sua escala
interna, regulando a
pressão. Essa peça integra
o sistema de proteção de 0,50 YE/BU
equipamento.
3C318
Grupo de
instrumentos
3
Indicador de
bateria

23C318

0.75 WH/BU

Q5
Odirlei Batista (2012)

Alternador

Figura 51 - Circuito da lâmpada da bateria

Diagnóstico de falhas
Em caso de inoperância do indicador, desconecte o cabo D+ ligado ao
alterna- dor, e ligue-o ao negativo. Ligue o interruptor de ignição na posição 2, e
a lâmpa- da deverá se acender. Remova o alternador para manutenção se o
resultado do teste for positivo.

6.6.6 INDICADOR DE PRESSÃO DE ÓLEO

A partir de agora você irá conhecer a função e o funcionamento do


indicador de pressão de óleo. Através do entendimento do conhecimento
passado a seguir, você poderá realizar também o diagnóstico de falhas nesse
componente.
Função
Permitir o monitoramento da pressão do óleo lubrificante do motor
durante seu funcionamento.
Funcionamento
Ao ligar a ignição na posição 2, a lâmpada deverá acender. Quando o
motor é acionado, já nos primeiros segundos de funcionamento a lâmpada
deverá se
apagar e assim permanecer enquanto o motor estiver funcionando. O circuito é
constituído por uma lâmpada instalada no painel e por um pressostato6 instalado
na galeria do óleo lubrificante do motor. Quando a pressão do fluido lubrificante
é inferior a 1 bar, uma mola calibrada dentro do interruptor fecha os contatos
elétricos acendendo a lâmpada no painel.

15P91
Central
F24 de distribuição elétrica (CJB)
7,5A

0,50 YE/BU

3C318
A30
Grupo de
instrumentos

Baixa pressão
do óleo

12C318

0.75 WH/BU

1 C102

0.75 BK/GN

C110

N17
Interruptor de pressão do óleo
01 Pressão baixa
Pressão normal
Odirlei Batista (2012)

G5

Figura 52 - Circuito da luz de pressão de óleo


Diagnóstico de falhas
Em caso de inoperância do indicador, desconecte o cabo ligado ao
interruptor de pressão e ligue-o ao negativo. Após esse processo, ligue o
interruptor de igni- ção na posição 2. Nesse momento, o indicador deverá se
acender. Caso o resulta- do do teste seja positivo, substitua o interruptor de
pressão.

Jamais mantenha o motor do veículo funcionando com a


UEluz do óleo acesa no painel. Esta condição indica uma pos- ALERTAsível queda na pressão de lubrificação que comprometerá em alguns m

6.6.7 INDICADOR DO FREIO DE ESTACIONAMENTO E NÍVEL DO FLUIDO


DE FREIO

Pé no freio porque agora o assunto é o indicador do freio de


estacionamento e nível do fluido de freio. Os conhecimentos dos temas
relacionados a este con- teúdo devem sempre ser atualizados. Procure
atualizar-se sempre que possível.
Função
Constituído por uma lâmpada no painel e dois interruptores, o indicador infor-
ma ao motorista tanto o acionamento do freio de estacionamento como o
nível mínimo do fluido do freio de serviço no reservatório localizado sobre o
cilindro mestre.
Funcionamento
Ao acionar o freio de estacionamento, um interruptor fecha um contato elétri-
co que permite a circulação da corrente através da lâmpada localizada no painel.
Ao liberar o freio de estacionamento, a alavanca força o interruptor a abrir seus
contatos, interrompendo esta corrente. Da mesma forma, quando o nível do flui-
do encontra-se no mínimo, uma boia localizada na tampa do reservatório do flui-
do de freio desce, permitindo o fechamento de seu contato elétrico e a circulação
da corrente através da mesma lâmpada, fazendo-a acender.

Quando a lâmpada indicadora emite piscadas aleatórias durante as frenagens, atente para vazamentos e estado das pastilhas de freio que
VOCÊ
SABIA?
P91
15
Central
F24 de distribuição elétrica (CJB)
7,5A

0,50 YE/BU

3C318

Grupo de
instrumentos
indicador do
freio de
! P estacionamento
13 e nível do
flído do
freio de serviço

29 16C318
0.75 BK/BU

2 C109
0.75 BK/RD 10 N1
Interruptor do nível
do fluido de freio
Normal
Baixo

1C109
C325
0.75 BK/BU
N63
Interruptor do freio de
Odirlei Batista (2012)

estacionamento G2
Freio liberado
Freio aplicado
01

G5

Figura 53 - Circuito do indicador do freio de estacionamento

Diagnóstico de falhas
Em caso de inoperância do indicador, desconecte os cabos ligados ao inter-
ruptor do nível do fluido do freio e interligue-os. Em seguida, ligue o interruptor
de ignição na posição 2. Nesse momento, o indicador deverá se acender. Caso o
resultado do teste for positivo, substitua o interruptor de nível. Se o mau funcio-
namento for relacionado ao freio de estacionamento, faça o teste
mencionado e substitua o interruptor do freio de estacionamento se o
resultado do teste for positivo.
RECAPITULANDO

Neste capítulo, estudamos os circuitos elétricos do sistema de sinalização.


A partir do conteúdo, compreendemos o seu funcionamento e
interpreta- mos do diagrama elétrico desses circuitos. Ainda nesta etapa,
aprendemos também a fazer o diagnóstico e a reparação desses circuitos de
uma forma organizada. Agora, no próximo capítulo, vamos ver os
circuitos de ilumi- nação. Então, acenda os faróis e seja cuidadoso no
trajeto. Nos vemos lá!
Anotações:
Sistema de Iluminação

Neste capítulo, vamos estudar os circuitos elétricos do sistema de iluminação. Após compre-
ender a interpretação desses desenhos e aprender a manusear corretamente os
instrumentos de medição, você poderá efetuar diagnóstico e reparar esses circuitos. Lembre-se
de que a cor- reta manutenção desses circuitos tem grande importância para a segurança
dos ocupantes dos veículos e dos pedestres que trafegam pela via. Os objetivos de
aprendizagem listados a seguir vão guiar o estudo deste conteúdo. Veja:
a)compreender o funcionamento dos circuitos de iluminação;
b) realizar a manutenção dos circuitos de iluminação;
c)efetuar um diagnóstico dos circuitos de iluminação.
Agora você é convidado a começar esta importante etapa do seu processo de aprendiza-
gem. Embarque nesta trajetória e explore todas as fontes de conhecimento aqui apresentadas.
SISTEMA DE SINALIZAçÃO E DE ILUMINAçÃO
84

1 FILAMENTO
7.1 POSIçÃO (LANTERNAS)
Filamento: fio muito fino.
Agora, vamos ver a posição das lanternas. Função, funcionamento e manuten-
ção são alguns dos tópicos que vamos estudar referente a este assunto.

2BULBO

Componente que serve 7.1.1 FUNÇÃO


para impedir a oxidação
do filamento durante sua
operação. As luzes de posição do veículo, também conhecidas como lanternas ou
faro- letes, têm a função de facilitar a identificação do veículo em situações de
pouca luminosidade do ambiente. Mesmo durante o dia, em regiões serranas, a
presen- ça de neblina dificulta a visualização dos veículos que trafegam à frente.
Quando acionadas, essas luzes identificam a posição do veículo que trafega ou
que está estacionado à frente na via. O conjunto das luzes de posição é formado
por quatro faróis, dois dianteiros e dois traseiros, mais a luz da placa de licença.
Cada lâmpada possui uma potência de 5 W e pode ser acionada mesmo com o
interruptor de ignição desligado. Observe no diagrama que, nos faróis traseiros, a
lâmpada é de filamento1 duplo. Porém, apenas um filamento é utilizado para as
luzes de posição; o outro filamento é acionado somente quando o pedal do
freio é pressionado.

CASOS E RELATOS

É curto!
O proprietário de um veículo percebeu que as luzes de posição
dianteiras do seu veículo eram acionadas quando o freio de serviço era
pressionado. O técnico que recebeu o veículo ficou intrigado com o
problema porque nunca havia visto algo assim. Então, iniciou a reparação,
confirmando a re- clamação do cliente. Primeiramente, ligou a ignição,
pressionou o pedal do freio e olhou pelo espelho que estava posicionado
na frente do veículo. Ao fazer isso, notou que as luzes de posição dos
faróis dianteiros acenderam junto com as luzes de freio. Nesse momento,
imaginou que a instalação de algum acessório poderia ser a causa do
problema e, por isso, pensou que talvez um curto-circuito entre dois
cabos poderia estar transferindo ener- gia do circuito dos freios para o
circuito das luzes de posição.

Em parte, o técnico estava correto em sua análise. Quando ele pressionou


o freio, percebeu que a iluminação do painel de instrumentos também
li- gou. A partir daí, foi à caça da hipótese que considerava a ocorrência
do curto entre os circuitos. Depois de remover alguns componentes e
sacudir
alguns chicotes elétricos, ele retirou o conjunto das lâmpadas dos faróis
traseiros e, para sua surpresa, resolveu o problema.
Em seguida, o técnico analisou então a placa que suporta as lâmpadas
do farol traseiro com o objetivo de encontrar um suposto curto, mas
não en-
controu nada errado. Percebeu então, medindo a resistência dos filamen-
tos das lâmpadas, que uma delas estava com o filamento da luz de posição
em curto com o filamento da luz de freio. Então, o técnico substituiu as
duas lâmpadas das luzes de freio, uma pelo problema de curto entre os
filamentos e a outra pelo escurecimento do bulbo2, e efetuou a verificação
final concluindo que o defeito havia desaparecido.
O duro mesmo foi convencer o cliente a pagar o valor de duas horas e meia
de serviço para substituir as duas lâmpadas do circuito das luzes de freio!

7.1.2 FUNCIONAMENTO

Quando o interruptor das luzes de posição é levado para a posição 13, a ener-
gia disponível no fusível 2 é levada para os faróis dianteiros e traseiros, inclusive
para a luz da placa de licença. Neste caso, todas as lâmpadas deverão acender
mesmo com a ignição desligada, pois o interruptor é alimentado diretamente
pela bateria (linha 30). Mesmo quando o interruptor é levado para a posição
14, as luzes de lanternas permanecerão acesas, pois o contato permanecerá
fechado.
P91
30 Central de
F2 distribuição
elétrica (CJB)
20A

1.0 OG/BK

C312a
6

N282
Interruptor de múltipla função
0) Desligado
14 13 0 13)Luz de posição
14)faróis

S8 9
7 C312a

1.0OG/YE
S25

1 OG/BU 1.0 OG/GN 1.0 OG/WH 1.0 OG/BK 1.0 OG/BK

C302 C306 C309 C310 C327


E1
E7 E9 E10 E88
Farol
2 esquerdo Farol Farol Farol traseiro Luz da placa
2- Luz de 2 direito 2 4 traseiro 2 4 direito de licença
2 - Luz esquerdo 2freio
- luz de
posição C327
C303 posição C309 2- luz de freio 4 - luz deposição
1,5BK 1,5 BK 4 - Luz de
1.0BK 0.5 BK
posição

Odirlei Batista (2012)


S4 S10 1 BK/OG
S14
4.0BK/YE

G6 G6 G2 G5
Figura 54 - Circuito das luzes de posição

7.1.3 MANUTENÇÃO NOS CIRCUITOS DE ILUMINAÇÃO E SEUS


COMPONENTES

Para efetuar a manutenção dos faróis das luzes de posição, serão necessárias,
além do multímetro e da lampada de teste, algumas ferramentas de uso geral
como chaves de fenda e Philips, chaves combinadas 8 e 10 mm para remoção
dos faróis e chave torx tipo canivete para remoção da moldura da coluna de
direção.
Desmontagem, limpeza e inspeção
Remova os faróis das luzes de posição e efetue uma limpeza, para remoção da
poeira que se acumula nos componentes. Em seguida efetue uma inspeção
para identificar problemas de contato elétrico e fixação nos componentes.
Reparação, substituição e montagem
Durante a inspeção, se for encontrado qualquer problema de contato elétrico,
efetue a reparação ou a substituição do componente danificado. Entrada de água
nos faróis normalmente é causada por trincas nas lentes ou vedações danificadas.
Substitua o farol caso identifique lentes trincadas.
Ajustes e testes
Após a montagem do componente, realize o teste de funcionamento
acionan- do o circuito algumas vezes e, se necessário, crie a condição em que
o problema
ocorreu, conduzindo o veículo em estradas sem pavimentação ou movimentando
o chicote e os conectores conforme mostrado no capítulo 5. Além disso, deixe o
circuito ligado por períodos prolongados para permitir o aquecimento do mesmo.

Quando for iniciar as atividades de verificação e manu-


tenção no veículo, utilize sempre os óculos de segurança.
FIQUELembre-se também de remover adornos como alianças e
anéis, pulseiras e correntes que podem provocar aciden- tes. Mantenha o ambiente iluminado e os cabelos presos durante todo o processo.

Diagnóstico de falhas
Com o auxílio do multímetro automotivo, uma lâmpada para teste e um
cabo para jumper, você deve proceder os testes conforme o sintoma. Veja a
seguir um
quadro com possíveis sintomas, procedimentos e resultados. Acompanhe.
3 RECEPTÁCULO
INSTRU- COMPO- RESULTADO
Soquete para encaixe das SINTOMA PROCEDIMENTO
MENTO NENTE ESPERADO
lâmpadas.

• Prenda a garra A lâmpada deve se


jacaré à es-
trutura metálica do veículo. acender nos dois
Fusível
• Insira a ponta de terminais de teste do
prova nos
terminais de teste do fusível. fusível.

Nenhuma
Lâmpada
lâmpada se • Prenda a garra
para
acende jacaré à es- trutura
teste
metálica do veículo.
• Insira a ponta de A lâmpada deve se
prova no
Interruptor terminal 6 do interruptor. acender nos dois termi-
• Acione o interruptor. nais do interruptor.
• Insira a ponta de
prova no
terminal 7 do interruptor.

• Prenda a garra
jacaré ao terminal
Recep-
lateral do recep-
Lâmpada táculo3 da A lâmpada para teste
táculo.
para teste lâmpada deverá acender.
Apenas • Acione o interruptor.
defeituosa
uma das • Insira a ponta
lâmpadas de prova no terminal
não se inferior do
receptáculo.

acende
• Selecione a menor
escala
do ohmímetro.
Quadro 7 - Diagnóstico das luzes de posição Resistência abaixo
• Insira as pontas

Quaisquer resultados
FIQUEdiferentes
ALERTA do esperado exigem a substituição do componente testado ou reparação dos cabo
7.2 ILUMINAçÃO INTERNA (Pl„fonnier)

A partir de agora vamos estudar a iluminação interna do veículo. Entenda um


pouco sobre o funcionamento, manutenção e possíveis falhas que podem ocor-
rer nessas luzes.

7.2.1 FUNÇÃO

Constituída por uma luminária instalada no teto e interruptores instalados nas


portas do veículo, a iluminação interna permite, principalmente, que o motorista
insira a chave no interruptor de ignição em situações com pouca luminosidade
ambiente. Luzes de leitura podem estar disponíveis em alguns veículos. Um inter-
ruptor instalado junto à luminária permite que a lâmpada seja acionada
mesmo com as portas fechadas.

7.2.2 FUNCIONAMENTO

A luminária é alimentada diretamente pela bateria através do fusível 2 de 20 A.


Para que a lâmpada seja ligada, é necessário que o interruptor junto à luminária
seja levado para a posição 1, para manter a lâmpada ligada mesmo com as por-
tas do veículo fechadas. Na posição 2, a lâmpada somente acenderá se uma
das portas for aberta.
Sistemas temporizadores são utilizados para manter a iluminação interna ace-
sa por alguns segundos, mesmo após o fechamento da última porta para possi-
bilitar a inserção da chave no interruptor de ignição e o afivelamento do cinto de
segurança.
30
P91
F2
Central de
20A distribuição
elétrica (CJB)

1.0 OG/BU C329

Luz interna dianteira


0) Apagada
1) Acessa
2) Acessa com qualquer
porta aberta

1 0 2

C329
3 1

0.5 BK 0.35 BK/BU

G2

S16

0.5 BK/RD C406

N187
Interruptor da luz
C405 de abertura da porta
N188 do passageiro
1) Porta aberta
Interruptor da luz 1 2
abertura da porta 2) Porta fechada
Odirlei Batista (2012)

do motorista
1) Porta aberta
1 2 2) Porta fechada

Figura 55 - Circuito da luz interna

7.2.3 MANUTENÇÃO NOS CIRCUITOS DE ILUMINAÇÃO E SEUS


COMPONENTES

Para efetuar a manutenção da luz interna, serão necessárias, além do


multí- metro e da lâmpada de teste, algumas ferramentas de uso geral como
chaves de fenda e Philips.
Desmontagem, limpeza e inspeção
Remova a luminária localizada no teto do veículo e efetue uma limpeza
para que seja possível fazer a remoção da poeira que se acumula no componente.
Em seguida efetue uma inspeção para identificar problemas de contato elétrico e
fi- xação nos componentes.
Reparação, substituição e montagem
Durante a inspeção, se for encontrado qualquer problema de contato elétrico,
efetue a reparação ou a substituição do componente danificado.
Ajustes e testes
Após a montagem do componente, realize o teste de funcionamento acionan-
do o circuito algumas vezes e, se necessário, crie a condição em que o problema
ocorreu, conduzindo o veículo em estradas sem pavimentação ou
movimentan- do o chicote e os conectores conforme mostrado no capítulo 5.
Além disso, abra
e feche cada uma das portas para verificar se os interruptores estão funcionando
adequadamente.
Diagnóstico de falhas
Em caso de inoperância da iluminação interna, verifique o fusível quanto à in-
terrupção. Substitua se necessário. Caso o fusível e a lâmpada estejam bons, des-
conecte o cabo ligado ao interruptor de uma das portas, e interligue-o ao negati-
vo. Ligue o interruptor da luminária na posição 2, e a lâmpada deverá se acender.
Substitua o interruptor da porta se o resultado do teste for positivo. Repita o
teste para os demais interruptores das outras portas.

7.3 FARÓIS
Ao trafegar pelas estradas durante a noite, certamente você irá precisar
dos faróis. Indispensáveis nesses momentos, esse componente é o nosso
próximo as- sunto deste conteúdo. Siga em frente porque a estrada já está bem
iluminada!

7.3.1 FUNÇÃO

Importante item de segurança do veículo, os faróis são constituídos por dois


blocos ópticos, cada um contendo uma lâmpada de dois filamentos tipo bi-iodo
para as funções denominadas como farol baixo e farol alto. Cada fase do farol é
acionada por um relé auxiliar localizado na central de fusíveis e relés.
7.3.2 FUNCIONAMENTO

Quando o interruptor dos faróis é levado para a posição 14, a alimentação deri-
vada do fusível 7 de 20 A é direcionada para um dos relés dos faróis. O relé
alimen- tado dependerá da posição do interruptor de comutação, que poderá
alternar entre a posição 14 (farol baixo) e a 15 (farol alto). Observe que para os
faróis altos, existe apenas um fusível (F12) de 20 A, e para os faróis baixos
existem dois fusíveis instalados após o relé.

15 P91
F7
Central de distribuição
20A elétrica
(CJB)
1.0 OG/BK
6 C312A N282
Interruptor de multiplas funções
0) Desligado
A B C
0 17 13) Farolete
15 14 17
14) Farol baixo
14 13 15 14 15) Farol alto
17) Lampejador

A) Interruptor das luzes


1 3 C312 B) Comutador de baixa/alta
P93 30 A C) Interruptor do lampejador
Central elétrica F5 0.50 GN/BU
da bateria 0.50 GN/YE
60A P91
(BJB)
F27 Central de
29 LE 13 10A distribuição elétrica
87 86 86 87
C321 (CJB)
K36 K36
Relé do farol Relé do
baixo farol
30 85 C320 alto
31 LE 85 30
19
30S 4.0 GN/BK 0.5 BK/BU C321
F26 F27
10A 0.5 BK/YE
10A
0.75 GN/ 1.0 GN/WH
WH S15 8 C318
0.75 GN/OG 1.0 GN/OG
1.5 BK A30
Grupo de
G2 instrumentos
18 ICL - 9 - Farol alto
1.0 GN/OG
C318 0.75 BK/OG
1.0 GN/BK S50 0.50 BK/YE
G2
S6
C1-1 C1-1 1.0GN/OG
C1-2 E1 C1-2 E7
Farol esquerdo Farol direito
1) Farol baixo/alto 1) Farol baixo/alto
3 2 2) Luz indicadora de 3 2 2) Luz indicadora de posição
posição
1 3) Luz indicadora direcional 1 3) Luz indicadora direcional
Odirlei Batista (2012)

C301 0.75BK C305 0.75BK


S1 S10
1.5BK 1.5BK
G6 G6

Figura 56 - Circuito dos faróis


7.3.3 MANUTENÇÃO NOS CIRCUITOS DE ILUMINAÇÃO E SEUS
COMPONENTES
Para efetuar a manutenção dos faróis serão necessárias, além do multímetro
e da lâmpada de teste, algumas ferramentas de uso geral como chaves de fenda
e Philips. Além disso, você precisa ter em mãos chaves combinadas 8 e 10 mm
para remoção dos faróis e chave Torx tipo canivete para remoção da moldura da
coluna de direção.
Desmontagem, limpeza e inspeção
Remova os faróis e efetue uma limpeza para remoção da poeira que se acumu-
la nos componentes. Em seguida, efetue uma inspeção para identificar proble-
mas de contato elétrico e fixação nos componentes.
Reparação, substituição e montagem
Durante a inspeção, se for encontrado qualquer problema de contato elétrico,
efetue a reparação ou a substituição do componente danificado. Entrada de água
nos faróis normalmente é causada por trincas nas lentes ou vedações danificadas.
Substitua o farol caso identifique lentes trincadas.
Ajustes e testes
Após a montagem do componente, realize o teste de funcionamento acionan-
do o circuito algumas vezes e, se necessário, crie a condição em que o problema
ocorreu, conduzindo o veículo em estradas sem pavimentação ou movimentan-
do o chicote e os conectores conforme mostrado no capítulo 5. Além disso, deixe
o circuito ligado por períodos prolongados para permitir o seu aquecimento.
Ajuste dos faróis
a)Estacione o veículo em uma superfície plana, com a frente paralela a um
painel, a uma distância mínima de 5 metros.
b) Verifique se os pneus estão calibrados corretamente;
c)Verifique se não há cargas no porta-bagagens que poderão interferir na
al- tura dos faróis.
d) Observe a posição do regulador dos faróis no painel (quando disponível).
e)Trace uma linha horizontal (H1) no painel que fique na mesma altura do
centro do farol ao solo.
f)Meça a distância entre os centros dos dois faróis e marque-a no painel (V1 e
V2). Em seguida, trace duas linhas inclinadas de 15 graus, em relação à linha
horizontal, a partir do centro óptico de cada farol.
g) Para encontrar a referência de regulagem é necessário rebaixar o conjunto
de linhas em 1 cm para cada 1 metro de distância entre o carro e o painel
(H2).
h) Deve-se regular um facho de cada vez (o outro permanece encoberto). Com
um farol baixo ligado, gira-se o parafuso de ajuste até que o facho coincida
com a referência traçada no painel.

Painel
V1 Distância V2
Entre os centros dos faróis
H1
H2 15°

15° 5cm

Odirlei Batista (2012)


A

Solo5m

Figura 57 - Regulagem de faróis

Você sabia que manusear as lâmpadas de faróis, aquelas tipo bi-iodo, pode reduzir a vida útil das mesmas? Isso mesmo: a oleosida
lâmpada, criando uma camada refratária que impede a dissipação de calor e, consequentemente, aumentando a temperatura do fi
sear a lâmpada, evite o contato com VOCÊ
o bulbo. Se houver, limpe com um pano seco.
SABIA?

Diagnóstico de falhas
Em caso de inoperância de uma das fases do farol, remova o respectivo
relé e efetue a ligação entre os terminais 30 e 87 com o auxílio de um cabo
(jumper). Se os faróis acenderam normalmente, verifique o interruptor dos
faróis. Porém, se nenhum dos faróis acender, verifique as lâmpadas quanto à
interrupção dos filamentos.

Você pode ler mais sobre a resolução do Conselho Nacional de Trânsito no que se refere aos faróis automo
<http://www.napro.cwwa.c- fault.asp>;
w php?recid=33&edid=4>;
<Http://www.denatran.gov.br%2Fdownload%2FResolucoes
SAIBA MAIS
%2FRESOLUCAO_CONTRAN_227.pdf&ei=JpJnT7WIIIaLgwf8_ d38Ag&usg=AFQjCNGqR3QDsmee95i3Lc-C-FHD5v
7.4 LUZ DE NEBLINA

Se for necessário descer uma serra com serração, você irá precisar da luz de ne-
blina do veículo. Esse elemento garante a segurança dos ocupantes em situações
como essa. Acompanhe o conteúdo a seguir e veja mais sobre esse importante
componente.

7.4.1 FUNÇÃO

Acessório bastante utilizado em regiões serranas, os faróis de neblina têm


como função iluminar a estrada na região imediatamente à frente do veículo. Seu
posicionamento próximo ao solo permite que a luz não crie reflexos diante do veí-
culo em neblina densa, como acontece quando acionamos os faróis baixos e altos.

7.4.2 FUNCIONAMENTO

Para acionar o farol de neblina, é necessário que o interruptor das luzes de


posição esteja na posição 13 e o interruptor de ignição na posição 2. Se estas con-
dições forem satisfeitas, o interruptor e o relé do farol de neblina estarão alimen-
tados pelos fusíveis 2 e 6, respectivamente. Desta forma, ao acionar o interruptor
do farol de neblina, o relé terá sua bobina alimentada pelo fusível 2 e fechará seus
contatos, transferindo a tensão do fusível 6 de 15 A para as lâmpadas.

7.4.3 MANUTENÇÃO NOS CIRCUITOS DE ILUMINAÇÃO E SEUS


COMPONENTES

Para efetuar a manutenção dos faróis de neblina serão necessárias, além do


multímetro e da lâmpada de teste, algumas ferramentas de uso geral como cha-
ves de fenda e Philips. Além disso, é importante ter em mãos chaves combinadas
8 e 10 mm para efetuar a remoção dos faróis.
Desmontagem, limpeza e inspeção
Retire os faróis e efetue uma limpeza para remover a poeira que se
acumula nos componentes. Em seguida, faça uma inspeção para identificar
problemas de contato elétrico, rachaduras nas lentes e suportes de fixação.
Reparação, substituição e montagem
Durante a inspeção, se for encontrado qualquer problema de contato elétrico,
efetue a reparação ou a substituição do farol, ou apenas da lente, quando possí-
4 SCANNER
AUTOMOTIVO vel. Entrada de água nos faróis normalmente é causada por rachaduras nas lentes
ou vedações danificadas. Caso identifique rachaduras, substitua o farol ou a lente.
Equipamento que
permite realizar leituras Ajustes e testes
de dados e códigos de
falha nos módulos Após a montagem do componente, realize o teste de funcionamento
eletrônicos dos veículos.
acionan- do o circuito algumas vezes e, se necessário, crie a condição em que o
problema ocorreu movimentando o chicote e os conectores conforme
mostrado no capítu- lo 5. Além disso, deixe o circuito ligado por períodos
5REDE CAN prolongados com o objetivo de permitir seu aquecimento. A resolução 227 do
Contran especifica como deve ser feita a regulagem desses faróis.
Constituída de um par
de cabos entrelaçados,
a rede CAN interliga Diagnóstico de falhas
os
módulos eletrônicos dos Em caso de falhas no farol de neblina, remova o respectivo relé e efetue a
diversos sistemas do li- gação entre os terminais 30 e 87 com o auxílio de um cabo (jumper). Se os
veículo e permite a troca de
informações entre eles. faróis acenderam normalmente, verifique o interruptor dos faróis. Porém, se
nenhum dos faróis acenderem, verifique as lâmpadas quanto à interrupção
dos filamen- tos. Por fim, faça uma verificação preliminar nos fusíveis do
circuito.
6OBD-II

Sistema padronizado de
diagnóstico de bordo
de segunda geração 7.5 CIRCUITOS MULTIPLEXADOS
que permite a instalação
do scanner automotivo..
No conteúdo a seguir, vamos ver os circuitos multiplexados. Esse sistema é
um tipo de arquitetura em que os componentes de um circuito se comunicam
via barramento de dados. Siga em frente e conheça a função, o
funcionamento e as vantagens desse componente.

7.5.1 FUNÇÃO

O advento dessa arquitetura reduziu significativamente a quantidade de


ca- bos elétricos a bordo do veículo, bem como reduziu a bitola desses cabos.
Além disso, o diagnóstico passou a ser efetuado pelo equipamento
denominado scan- ner automotivo4, o qual solicita à unidade eletrônica do
sistema a execução de uma rotina de autodiagnóstico.

7.5.2 FUNCIONAMENTO

Os sistemas multiplexados se diferenciam dos sistemas discretos ou


conven- cionais pela presença de módulos eletrônicos de controle e pela
forma como se interligam. Enquanto nos sistemas convencionais os interruptores
acionam dire- tamente o consumidor (lâmpadas ou motor), nos sistema
multiplexados o inter- ruptor combinado, que possui várias funções, está
ligado a um módulo eletrônico
que monitora seu status. Quando uma das posições do interruptor é modificada, o
módulo eletrônico envia um comunicado via rede CAN5 (Controller Area Network)
para uma central de potência que aciona o consumidor (lâmpadas ou motor).
Observe as figuras:

Interruptor Consumidor

ou

Odirlei Batista (2012)


Interruptor Relé Auxiliar Consumidor

Figura 58 - Arquitetura discreta

Interr Combinado Mó Carroceria


CAN Consumidor

OU

Odirlei Batista (2012)


Interr Combinado M Mo
CAN Consumidor
Carroceria Potência

Figura 59 - Arquitetura multiplexada

O circuito mostrado na figura 61 possui a arquitetura multiplexada. Observe,


além dos módulos eletrônicos BCM (Módulo de Controle da Carroceria) e IPDM
(Módulo Inteligente de Distribuição de Energia), a presença de traços mais fortes
que representam as ligações da rede CAN. Além disso, está presente no circuito o
conector de diagnóstico (OBD-II), que permite a conexão do scanner automotivo
para a realização do diagnóstico.
E11 E12 E13 E15

20 14 6162

M34

444943 50

E21 E38

M35 M76 E105


E105 32A 31A
M77 2A

M77
M4
E44
E201

E25 E202
E201 E44

E21
E38 E21
E38

Odirlei Batista (2012)


M65 M67

M35
M76

M27

Figura 60 - Circuito multiplexado

Para exemplificar o funcionamento do sistema, vamos analisar o circuito


dos faróis baixos. Quando o interruptor combinado for levado para a posição
2, o BCM detecta o sinal para acionamento do farol baixo pela leitura do
interruptor com- binado. Então, o BCM envia um sinal de acionamento do farol
baixo ao Módulo IPDM, através da rede de comunicação CAN. Ao receber o sinal
para acionamento do farol baixo, o IPDM ativa seu relé do farol baixo e as
lâmpadas se acendem. Observe na figura a seguir o sinal enviado pela rede
CAN entre o BCM e o IPDM.
5mSec/div
(V) 15
10
5
Interruptor de iluminação na posição "FAROL BAIXO"

Odirlei Batista (2012)


CH1: 5V/div

Figura 61 - Sinal de acionamento do farol baixo

7.5.3 MANUTENÇÃO NOS CIRCUITOS DE ILUMINAÇÃO E SEUS


COMPONENTES

Para efetuar a manutenção dos circuitos de sinalização e iluminação com ar-


quitetura multiplexada serão necessárias, além do multímetro, algumas ferra-
mentas de uso geral como chaves de fenda e Philips, e chaves combinadas de 8
e 10 mm para remoção dos faróis e da unidade eletrônica do sistema. Outra fer-
ramenta principal que você terá de ter em mãos é um scanner automotivo, para
efetuar a rotina de autodiagnóstico presente na unidade eletrônica do sistema.
Desmontagem, limpeza e inspeção
Remova a unidade eletrônica e efetue uma limpeza, para retirar a poeira que
se acumula no componente. Em seguida, faça uma inspeção nos conectores
para identificar problemas de contato elétrico.
Reparação, substituição e montagem
Durante a inspeção, se for encontrado qualquer problema de contato elétrico,
faça a reparação ou a substituição da unidade eletrônica. Entrada de água nesse
componente pode ser causada por perfurações efetuadas durante a instalação
dos acessórios. Verifique a origem da entrada de água antes de liberar o veículo.

Você pode obter mais informações sobre a rede CAN e equi- pamentos de diagnóstico em:
SAIBAw
MAISw
o
Ajustes e testes
Após a montagem do componente, realize o teste de funcionamento
acionan- do o circuito algumas vezes e, se necessário, crie a condição em que o
problema ocorreu movimentando o chicote e os conectores conforme
mostrado no capítu- lo 5. Além disso, deixe o circuito ligado por períodos
prolongados para permitir o seu aquecimento.
Diagnóstico de falhas
Em casos de falha dos circuitos de sinalização e iluminação controlados
pela unidade eletrônica do sistema, instale o scanner para leitura dos
códigos de falha que ajudarão na identificação da causa do problema.

RECAPITULANDO

Neste capítulo, você conheceu os principais circuitos do automóvel, enten-


deu o funcionamento e os problemas mais comuns e fez ainda um
primeiro contato com circuitos compostos por arquitetura multiplexada.
Ao ver o funcionamento dessa arquitetura, você percebeu que ficou mais
fácil che- gar a um diagnóstico do problema do veículo com o auxílio do
scanner au- tomotivo. Também conheceu um pouco sobre a rede que
permite a imple- mentação desta arquitetura, a rede CAN. Entre todos os
tópios mostrados, você pôde compreender que, mesmo em veículos
sofisticados, testes bem simples podem ser executados sem
comprometer a integridade dos diver- sos componentes. Por fim, este
estudo mostrou a técnica utilizada para re- gulagem dos faróis dos
automóveis e as condições de funcionamento dos faróis principais, e de
neblina. A partir de agora, você deve praticar muito para desenvolver as
habilidades e as técnicas de diagnóstico apresentadas neste curso.

Nos próximos itens, trataremos das questões de saúde e segurança relacio-


nadas ao seu universo profissional.
7 SISTEMA DE ILUMINAçÃO
101

Anotações:
Saúde e Segurança no Trabalho

A partir de agora, você vai iniciar uma parte muito importante deste estudo, em que
va- mos falar sobre saúde e segurança no trabalho. Todos os trabalhadores querem e
buscam um ambiente que ofereça segurança e equipamentos adequados para cada
situação. Um local de trabalho que apresente ergonomia adequada como posição da
cadeira, do computador e dos maquinários é o mais desejado.
As empresas estão investindo cada vez mais no talento humano, oferecendo
qualificações para a melhoria contínua dos profissionais e também mostrando uma grande
preocupação com o bem-estar dos trabalhadores. Vamos iniciar esta parte de estudo com o
propósito de desenvolver o melhor ambiente de trabalho.
Neste capítulo vamos estudar sobre EPI (Equipamento de Proteção Individual), EPC (Equipa-
mento de Proteção Coletiva), Ergonomia, PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais)
e NR – Norma Regulamentadora pertinente a cada tema proposto. Veja abaixo algumas
manei- ras de se manter atualizado sobre estes temas:
a)tenha sempre atitude receptiva com tudo o que diz respeito à prevenção de acidentes;
b) participar de estudos como este pode ser útil à sua atuação;
c)busque e proponha soluções, como se isso dependesse só de você.
SISTEMA DE SINALIZAçÃO E DE ILUMINAçÃO
104

8.1 LEGISLAÇÃO

Existem leis que falam sobre a saúde e a segurança no trabalho. É muito


im- portante que você conheça essas informações para entender melhor o que
pode ser adequado em seu ambiente de trabalho. Acompanhe a seguir um
pouco mais sobre a legislação que permeia essa questão.

8.1.1 EPI

Para prevenir os acidentes e as doenças decorrentes do trabalho,


encontra- mos uma série de medidas e equipamentos de proteção coletiva e
individual na NR 06 – Equipamentos de Proteção Individual (EPI). Veja abaixo
um pouco mais sobre esta sigla:
EPI é todo equipamento de proteção individual destinado a preservar a saúde
e a integridade física do trabalhador. O recurso pode ser de fabricação
nacional ou estrangeira.
Proteção individual: protege apenas a pessoa que utiliza o equipamento.

CASOS E RELATOS

Antônio está na oficina mecânica e observa um colaborador mexendo em


uma máquina em movimento. Então, ele se aproxima e alerta:
– Paulo, eu já lhe disse para não mexer nesta máquina quando ela
estiver sem as guardas de proteção ou em movimento.
Paulo retruca em voz alterada:
– Se o senhor quer me mandar embora, por que não diz logo em vez de
ficar me censurando a todo o momento?
Nesse momento, se pretende evitar um acidente em sua oficina,
Antônio sabe que está com um sério problema a ser resolvido.
Esse é o caso em que alguém especializado deve entrar para qualificar
os trabalhadores da oficina. Um profissional dessa área certamente ajudará
o empregador a conscientizar a equipe sobre a importância do uso
correto do EPI e EPC para proporcionar segurança, saúde e bem-estar no
ambiente de trabalho.
Ergonomia como prevenção
Veremos a seguir alguns relatos reais de trabalhadores que não receberam
orientação adequada sobre como trabalhar a questão da ergonomia,
como cuidar da postura e dos trabalhos repetitivos.
Funcionário da Caixa
“Comecei a sentir as primeiras dores no ombro e nem ligava porque era
tanto trabalho e a gente era cobrado para ter resultados no fim do mês. Só
me dei conta quando tive que ir ao médico e começar com a fisioterapia.
Isso acabou influenciando no meu estado emocional e tive problemas de
depressão.”
Funcionária do Banco do Brasil
“Eu tenho alguns colegas do banco e até terceirizados que sofrem com es-
sas lesões por esforço repetitivo. Eu estou de licença para o tratamento
des-
de o ano passado. A estrutura que a empresa oferece parece que estimula
esse tipo de coisa e não há preocupação de prevenção.”

8.1.2 UTILIZAÇÃO DE EPI

A empresa é obrigada fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI


adequa- do ao risco e em perfeito estado de conservação e funcionamento
nas seguintes circunstâncias:
a)quando não for possível eliminar o risco por outras medidas ou
equipamen- tos de proteção coletiva;

b) quando for necessário complementar a proteção coletiva;


c) em casos de trabalhos eventuais, emergenciais ou de exposição de
curto período.
Para entender como funcionam os EPCs, podemos pensar no trânsito de
uma cidade. Primeiramente, observe os vários sinais e sinalizações como: placas,
semá- foros, imagens, som, luzes, equipamentos utilizados para alertar os
motoristas e
pedestres. Quando todos se conscientizam desses sinais, acabam adotando essa
vivência como um hábito. Pessoas educadas respeitam a sinalização de trânsito, o
pedestre, o ciclista, o motoqueiro e todos que fazem parte desse convívio.
8.1.3 QUEM RECOMENDA O USO DO EPI

O uso do EPI é recomendado pela NR- 04 do SESMT (Serviço Especializado


em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho), que tem como
objetivo principal de promover a saúde e proteger a integridade do
trabalhador no local de trabalho. Na falta deste, a NR - 05 da CIPA (Comissão
Interna de Prevenção de Acidentes), que tem como objetivo a prevenção de
acidentes e doenças decor- rentes do trabalho, defende o uso do EPI de modo
a tornar compatível perma- nentemente o trabalho com a preservação da vida
e a promoção da saúde do trabalhador. Em locais onde não houver CIPA, o
empregador é orientado por um profissional especializado.

8.1.4 COMO ESCOLHER O EPI

A escolha do equipamento de proteção individual deve ser feita por


pessoal especializado e conhecedor, não só do equipamento como também
das condi- ções em que o trabalho é executado. Por isso, é necessário:
a) conhecer o tipo de risco;
b) identificar a parte do corpo atingida;
c) conferir as características e qualidades técnicas do EPI;
d) saber se possui Certificado de Aprovação (CA) do MTE;
e)ver o grau de proteção.

8.1.5 FICHA DE ENTREGA DE EPI

Lembre-se de adotar e manter atualizada a ficha de entrega do EPI. Nela deve


constar, no mínimo, os seguintes itens abaixo:
a)nome do funcionário;
b) função;
c)data da entrega;
d) CA (certificado de aprovação);
e)tipo de equipamento;
f)assinatura do funcionário.
Esta ficha é extremamente importante e deve ser guardada por no mínimo
20 anos, caso tenha causado algum dano à saúde que, por ventura, se manifeste
com o passar dos anos. É um documento legal tanto para a empresa como
para o trabalhador.

8.1.6 FICHA DE FISCALIZAÇÃO DO USO DE EPI

Nesta seção você vai ver a importância de efetuar a inspeção formal do uso de
EPI. Para realizar este tipo de tarefa existe, inclusive, uma ficha de fiscalização do
uso de EPI.

ger a saúde do trabalhador e devem ser testados e aprovados pela au- toridade competente para comprovar sua eficácia? Pois saiba que o Mini
o da emissão do Certificado de Aprovação (CA). O fornecimento e a
erado crime e tanto o comerciante como o empregador ficam sujeitos às penalidades previstas em lei.
VOCÊ
SABIA?

8.1.7 OBRIGAÇÕES DO EMPREGADOR

O empregador tem como obrigação em relação aos EPIs:


a)adquirir o equipamento adequado ao risco de cada atividade;
b) exigir seu uso;
c)fornecer somente equipamento aprovado pelo MTE (Ministério do
Trabalho e Emprego);
d) orientar/treinar sobre uso adequado, armazenamento e conservação do
equipamento;
e)substituir imediatamente quando danificado ou extraviado;
f)responsabilizar-se pela higienização/manutenção periódica;
g) comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada.

8.1.8 OBRIGAÇÕES DO EMPREGADO

O empregado tem como obrigação respeitar algumas normas sobre o uso do


Equipamento de Proteção Individual:

a)utilizar apenas para a finalidade a que se destina;


b) responsabilizar-se por seu armazenamento e conservação;
c) comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio
para uso;
d) cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado.

8.1.9 EPI E CLASSIFICAÇÕES DE MEMBROS

Vamos entender agora como se classificam os EPIs e elencar alguns tipos


de equipamentos que podem ser utilizados em um ambiente de trabalho para
ofe- recer proteção ao trabalhador. Acompanhe:
a)Classificação da Cabeça
Partes importantes como o crânio podem ser protegidas fazendo o uso de
um capacete ou chapéu. O capacete com aba frontal e viseira pode ser utilizado
para proteção da cabeça e face, em locais de trabalho em que haja risco de
explosões com projeção de partículas ou queimaduras provocadas por abertura de
arco vol- taico.
Além disso, existem ainda EPIs adequados para o rosto. Veja abaixo
algumas dessas proteções:
Escudo, Viseira e Óculos
São equipamentos adequados para proteger seu rosto, oferecendo
segurança para os olhos e face como um todo.
Além disso, os óculos de segurança, de lente incolor ou escura, podem ser usa-
dos para proteger os olhos contra impactos mecânicos, partículas volantes e raios
ultravioleta.

Você sabia que o uso inadequado ou a falta de uso dos EPI pode causar riscos como cegueira, queimaduras e probl
Estes são alguns dos sérios danos a que funileiros e pin- tores estão expostos quando não usam equipamentos de
VOCÊ
SABIA?

Vias aéreas
Respirador, purificador de ar descartável ou com filtro e ainda máscara autô-
noma são alguns dos equipamentos que podem ser utilizados para proteger as
vias respiratórias em atividades e locais que apresentem riscos de contaminação
por vias aéreas.
Audição
Para proteger a audição, é indicado fazer uso de protetores auditivos tipo con-
cha/plug, utilizados para proteção dos ouvidos nas atividades e nos locais que
apresentem ruídos excessivos.
b) Classificação Membros Superiores
A partir de agora você irá ver os EPIs que colaboram na proteção dos membros
superiores. Além disso, vamos mostrar a conservação e a manutenção desses
itens. Acompanhe a leitura e fique atento para o uso correto desses itens.
Luva – Conservação e manutenção
a)Devem ser inspecionadas antes e depois do uso;
b) A luva descartável não deve ser limpa ou reutilizada;
c)As luvas não descartáveis devem ser lavadas, secas e guardadas longe do
local onde são manipulados produtos químicos;
d) Deve- se lavar as mãos sempre que retirar as luvas;
e)As luvas devem ser removidas antes de abandonar o local de trabalho e
antes de pegar em telefones, fechos de portas, canetas e caderno de labo-
ratório.

Estamos assumindo um compromisso importante com a segurança. Somos responsáveis pela nossa saúde e inte-
gridade física, bem como devemos ter atenção com todos os nossos colegas de estudo e trabalho. É importante
saber que acimaFIQUE ALERTAa empresa é obrigada a constituir a CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Aci- dentes) – NR 5.
de 50 funcionários

Outro componente muito importante dos EPIs é o creme protetor para a pele,
utilizado para proteger mãos e braços contra agentes químicos.
c) Classificação Membros Inferiores

A seguir vamos conferir os EPIs que colaboram na proteção dos membros infe-
riores. Veja abaixo o uso correto destes itens:
Pés
Sapatos, botas (estilo botina de couro ou de borracha), perneiras, entre
outros, servem como calçado de proteção dos pés contra torção, escoriações,
derrapa- gens e umidade.
f) Classificação de EPI para o Corpo Inteiro
Fique atento e observe com cuidado quais os equipamentos que deverão
ser utilizados no tronco. Blusão e calça em tecido impermeáveis podem ser
utilizados para proteção do corpo contra chuva, umidade e produto químico.
Já o colete refletivo pode ser utilizado para sinalização do empregado,
facilitando a visuali- zação de sua presença em trabalhos nas vias públicas.
Cinturão de segurança tipo paraquedista pode ser utilizado para proteção do
empregado contra quedas em serviços em que exista diferença de nível.
Podemos observar que tem roupas de proteção do corpo inteiro adequadas
para vários tipos de serviço, como: jalecos, macacões, calças, camisas com man-
gas especiais, tecidos especiais, sapatos, luvas, capacetes, entre outros. Por isso,
fique atento para usar a roupa que oferece a devida proteção para o tipo de fun-
ção que você irá executar.
Importância da Elaboração de Relatório de Distribuição de Materiais
ou EPI
Este é um documento que deve ser preparado cada vez que o setor de
se- gurança do trabalho empresta um equipamento para terceiros ou para
colabo- radores, com o objetivo de garantir que os mesmos devolverão o
equipamento em perfeitas condições de uso ao setor. Esse procedimento pode
acontecer tam- bém com os próprios integrantes do setor de segurança do
trabalho, no caso de estarem utilizando algum instrumento de medição que
faça parte do acervo da organização.
Em relação à distribuição de EPI devemos ter sempre atualizadas as informa-
ções deste formulário, pois pode ser utilizado como prova legal em processos
trabalhistas. Da mesma forma também devemos proceder com a entrega dos
equipamentos a todos os novos colaboradores no dia em que os mesmos
inicia- rem suas atividades na organização, não deixando para dias posteriores,
pois po- demos correr riscos de o colaborador informar que não recebeu o
equipamento.

8.2 EPC – EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO COLETIVA

O equipamento de proteção coletiva é toda medida ou dispositivo como:


si- nal, imagem, som, instrumento ou equipamento destinado à proteção de
uma ou mais pessoas tanto em um ambiente de trabalho como em qualquer
lugar que for necessário utilizar os EPCs.
O EPCs beneficiam a todos os empregados indistintamente. Quando adota-
dos, esses equipamentos neutralizam o risco na própria fonte. As proteções
em furadeiras, serras, prensas; os sistemas de isolamento de operações ruidosas;
os exaustores de gases e vapores; as barreiras de proteção; aterramentos
elétricos;
os dispositivos de proteção em escadas, corredores, guindastes e esteiras trans-
portadoras são alguns exemplos de proteção coletiva.

8.3 NR 9 – PPRA – PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS

Esta Norma Regulamentadora (NR) estabelece a obrigatoriedade da elabora-


ção e implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que
admitam trabalhadores como empregados, do Programa de Prevenção de Riscos
Ambientais (PPRA), visando à preservação da saúde e da integridade dos traba-
lhadores por meio da antecipação, reconhecimento, avaliação e consequente
controle da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham a existir
no ambiente de trabalho, tendo em consideração a proteção do meio ambiente
e dos recursos naturais. O objetivo desta norma é a preservação da saúde e da
integridade dos trabalhadores. Vamos ver agora por que meios ela exerce
essa função:
a)antecipação;
b) reconhecimento;
c)avaliação;
d) controle da ocorrência de riscos (metas).

Constituição do Brasil, cap. VI, do meio ambiente, preserva direito ao meio ambiente ecologi- camente equilibrado impondo-se ao Poder Públic
ever de defendê-loFIQUE ALERTA
e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.

O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais deve incluir algumas etapas.


Você é nosso convidado para conferir essas fases. Acompanhe:
a)antecipação e reconhecimentos dos riscos;
b) estabelecimento de prioridades e metas de avaliação e controle;
c)avaliação dos riscos e da exposição dos trabalhadores;
d) implantação de medidas de controle e avaliação de sua eficácia;
e)monitoramento da exposição aos riscos;
f)registro e divulgação dos dados.

O empregador deverá garantir que, na ocorrência de riscos ambientais nos


locais de trabalho que coloquem em situação de grave e iminente risco um ou
mais empregados, os trabalhadores possam interromper de imediato as suas ati-
vidades, comunicando o fato ao superior hierárquico direto para as devidas pro-
vidências.
O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) indica os riscos a qual
o funcionário está sujeito em seu ambiente de trabalho.
A NR9 estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implementação, por par-
te de todos os empregadores, do Programa de Prevenção de Riscos
Ambientais.
O PPRA tem periodicidade de 12 meses e como objetivo a orientação de
ações e procedimentos voltados à eliminação ou diminuição dos riscos
pertinentes ao processo de trabalho, implantando cultura prevencionista na
empresa, eliminan- do ou reduzindo os acidentes de trabalho. Após a visita
técnica (engenheiro e/ou técnico) será realizado o mapeamento de setores e
cargos relacionando os riscos com as medidas preventivas existentes.

8.3.1 RISCOS AMBIENTAIS

Os ambientes de trabalho podem conter, dependendo da atividade que


neles é desenvolvida, um ou mais fatores ou agentes que, dentro de certas
condições, irão causar danos à saúde do pessoal. Chamam-se, esses fatores,
riscos ambien- tais. Os riscos ambientais exigem a observação de certos cuidados
e a tomada de medidas corretivas nos ambientes, se pretende evitar o
aparecimento das chama- das doenças do trabalho.
Neste contexto veremos agora que os riscos ambientais estão divididos em
três grupos:
a)Riscos físicos
São representados por fatores do ambiente de trabalho que podem causar
danos à saúde, sendo os principais: o calor, o ruído ou barulho, as radiações,
o trabalho com pressões anormais, a vibração e a má iluminação.
b) Riscos químicos
São representados por um grande número de substâncias que podem
conta- minar o ambiente de trabalho.
c)Riscos biológicos
São representados por uma variedade de microrganismos com os quais o
em- pregado pode entrar em contato, segundo o seu tipo de atividade, e que
podem causar doenças.
8.3.2 RISCOS AMBIENTAIS – FÍSICOS

Existem muitos malefícios à saúde que podem ser adquiridos em um


ambien- te de trabalho. Por isso, é preciso ficar atento nos possíveis males que
venham a provocar problemas futuros. Abaixo, vamos ver alguns desses
prováveis incomo- do que podem aparecer.
a)Ruído
Efeitos à saúde: males do sono, cansaço, estresse, surdez, baixa concentração,
alteração do ritmo cardíaco.
O ruído se amplifica no interior de um espaço confinado, conforme as caracte-
rísticas e a acústica deste espaço.
O ruído excessivo pode afetar a comunicação dos envolvidos em atividades no
ambiente trabalho.

b) Calor
Os ambientes quentes representam um dos pontos mais importantes da
pato- logia ocupacional devido à fadiga física.
Efeitos à saúde: pode gerar perda de produtividade, motivação,
velocidade, precisão, continuidade e aumento da incidência de acidentes
causados pelo des- conforto térmico do ambiente.
c)Vibrações localizadas
Caracterizadas em operações com ferramentas manuais elétricas ou pneumá-
ticas. Poderão produzir, em longo prazo, problemas neurovasculares nas
mãos, osteoporose (perda de substância óssea) e problemas nas articulações
de mãos e braços.

8.3.3 RISCOS AMBIENTAIS – QUÍMICOS

A todo momento estamos expostos a riscos ambientais químicos como poeira


e gases, fumo, entre outros. No ambiente de trabalho, estes riscos também po-
dem ocorrer. Veja abaixo alguns componentes que podem se enquadrar nessa
categoria:
a)poeiras;
b) fumos;
c)névoas;
d) neblinas;

e)gases;
f)vapores, entre outros.
8.3.4 RISCOS AMBIENTAIS – BIOLÓGICOS

Outro risco bastante comum em nosso dia a dia é o contágio por


microrganis- mos indesejáveis como: bactérias (antraz), fungos (parasitas),
protozoários, ba- cilos (bacilo de Kock). Além desses, fatores ergonômicos e
acidentes também se enquadram nos risco ambientais biológicos. Veja a seguir
um pouco mais sobre esse assunto:
a)Ergonômicos
As lesões por fatores ergonômicos podem surgir por exercício em local de tra-
balho inadequado, levantamento e transporte de pesos sem meios auxiliares cor-
retos ou ainda pela postura inadequada.
b) Mecânicos ou de acidentes
Falta de iluminação ou piso escorregadio são alguns motivos que podem le-
var um trabalhador a sofrer algum problema de saúde. Além disso, existem ainda
outros fatores como: probabilidade de incêndio ou explosão; armazenamento;
arranjo físico; ferramentas inadequadas; máquina defeituosa; mordida de cobra,
aranha ou escorpião.
c)Mapa de risco
O mapa de risco é a representação gráfica dos riscos existentes no local de
trabalho. Esse mapeamento pode ser feito sobre a planta baixa da empresa
ou layout do setor. A seguir, você pode acompanhar um passo a passo de
como fazer um mapa de riscos.
1° Passo: conhecer os setores da empresa;
2° Passo: fazer entrevistas com os trabalhadores;
3° Passo: fazer um fluxograma (desenho dos setores da empresa e sua identi-
ficação);
4° Passo: listar as matérias primas, equipamentos, tipo de alimentação de má-
quinas, etc.;
5° Passo: listar todos os riscos existentes por setor priorize os que geram aci-
dentes e doenças.

8.3.5 GRAU DE RISCO

O grau de risco é representado por meio de círculos – probabilidades. A


seguir você pode observar um quadro em que é possível notar esses graus e a
represen- tação deles em probabilidades.
GRAU PEQUENO - Probabilidade pequena de acidente com danos leves

GRAU MÉDIO - Probabilidade alta de acidente com danos leves


Probabilidade pequena de acidente com danos graves

GRAU GRANDE - Probabilidade alta de acidente com danos graves

Quadro 8 - Grau de risco

8.3.6 IDENTIFICAÇÃO DO RISCO

Para identificar o risco, o círculo é pintado na cor do risco conforme


classificação anterior. Num mesmo círculo pode-se representar
simultaneamente mais de um risco de mesmo grau. Neste caso, a divisão
se fará em partes iguais.

idades e abando- FIQUE nar o local de trabalho sempre que suspeitar da existência ALERTA de risco grave e iminente para sua segurança e

8.3.7 PRINCIPAIS MEDIDAS DE CONTROLE DOS RISCOS AMBIENTAIS

As principais medidas de controle dos riscos ambientais podem referir-se ao


ambiente ou ao pessoal. Acompanhe agora a disposição de dois quadros que es-
clarecem um pouco mais sobre cada um.
O produto tóxico pode ser substituído por outro produto menos
SUBSTITUIÇÃO DO
tóxico ou inofensivo. Esta é a medida ideal, desde que o substituto
PRODUTO TÓXICO
tenha quali- dades próximas às do original.

MUDAnÇA DO Certas modificações em processos ou equipamentos podem reduzir


PROCESSO muito os riscos ou, até, eliminá-los.

EnCLAUSURAMEnTO Consiste em isolar determinada operação do resto da área,


OU COnFInAMEnTO diminuindo assim o número de pessoas expostas ao risco.

Pode ser exaustora, retirando o ar contaminado no local de


VEnTILAÇÃO formação do contaminante, que é aquela que joga ar limpo dentro
do ambiente, diluindo o ar contaminado.

Onde há poeiras, o risco de exposição pode ser eliminado ou


UMIDIFICAÇÃO
diminuído pela aplicação de água ou neblina.

Segregação quer dizer separação. Nesta medida de controle, separa-


se a operação ou equipamento do restante, seja no tempo seja no
SEGREGAÇÃO espaço. Separar no tempo quer dizer fazer a operação fora do
horário normal do resto do pessoal; separar no espaço significa
colocar a operação a distância, longe dos demais.

Muitas vezes, a má manutenção é a causa principal dos problemas

BOA MAnUTEnÇÃO E ambientais. Os programas e cronogramas de manutenção devem


COnSERVAÇÃO ser seguidos à risca, dentro dos prazos propostos pelos fabricantes
dos equipamentos.

Boas condições de ordem e limpeza e asseio geral ocupam um


lugar- chave nos sistemas de proteção ambiental. A limpeza imediata
ORDEM E LIMPEZA
de qualquer derramamento de produtos tóxicos é importante
medida de controle.

Quadro 9 - Medidas relativas ao ambiente


O equipamento de proteção individual deve ser sempre consid-
erado como uma segunda linha de defesa, após serem

Equipamento de tentadas medidas relativas ao ambiente de trabalho. O uso


Proteção Individual correto do EPI por parte do empregado, o conhecimento das
suas limitações e vantagens, são aspectos que todo
empregado deve conhecer por meio de treinamento
específico.

Uma boa seleção na admissão pode evitar a contratação de pes-


soas que têm maior sensibilidade e que poderiam adquirir
doenças relacionadas com certas atividades. Os exames médicos
Controle Médico periódicos dos empregados possibilitam, além de um controle
de saúde geral do pessoal, a descoberta e a detenção de fatores
que podem levar a uma doença profissional, num estágio ainda
inicial e com pouca probabilidade de danos.

Quadro 10 - Medidas relativas ao pessoal

FIQUEGaranta sua vida e a de seus companheiros conhecendo e


ALERTAexigindo trabalhos seguros em espaços confinados.

8.4 NR 17 – ERGONOMIA

A Norma Regulamentadora que vamos falar agora visa estabelecer parâme-


tros que permitam a adaptação das condições de trabalho às características psi-
cofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de confor-
to, segurança e desempenho eficiente.
Sabemos da importância do bem-estar no ambiente de trabalho, uma vez
que passamos a maior ou grande parte do nosso dia trabalhando. Desta
maneira, ser cuidadoso e seguir dicas de ergonomia nunca é demais, uma vez
que devemos ter muito cuidado com nossa saúde e segurança.
Importante salientar que ergonomia não trata apenas a questão da postura e
coluna, mas também do cuidado com os olhos, ouvidos, pernas e braços. Abaixo
você pode observar uma imagem que orienta a ergonomia adequada.
O monitor deve estar em
cima de um suporte de
Os braços devem descansar na modo que pessoa enxergue
mesa na altura dos braços da a partir de 1/3 da tela
cadeira. É recomendável o
descanso de punho do teclado
(evita impacto). O punho deve 30º
ficar reto em cima da mesa
para evitar esforço excessivo da
musculatura.

A cadeira deve estar


com o apoio da
coluna logo acima
da coluna lombar e
da par. O descanso
da cadeira deve estar
em média de 100º.

Odirlei Batista (2012)


O pé deve estar no chão. Nos casos em que os pés
ficam no ar com a altura da cadeira e do monitor
adequados a pessoa deve usar apoio de pés (o apoio
são para as pessoas que não conseguem a angulação
ideal).

Figura 62 - Ergonomia

Você é nosso convidado a conferir agora algumas dicas interessantes para


me- lhorar o ambiente de trabalho. Veja abaixo:
a)trabalhe sempre em um ambiente com boa iluminação, evite reflexos
das paredes e piso;
b) ajuste a altura do teclado e mouse da mesa de trabalho a fim de evitar
dores no punho, uma vez que o mesmo deve estar sempre reto;
c)sempre que possível dê um descanso para as suas mãos, braços e pernas.
É indicado dar uma volta, andar por alguns segundos e fazer
alongamentos simples. Seu corpo, articulações e saúde agradecem esses
cuidados;
d) fique atento a sua forma de trabalhar e com exercícios repetitivos. Ter uma
vida saudável exige mudança de hábitos. Se você estava acostumado a fi-
car sentado ou trabalhar numa mesma posição por várias horas sem
mudar, mude este contexto e mude sua qualidade de vida.
A organização do trabalho, para efeito desta NR, deve levar em consideração
algumas diretrizes. Veja abaixo o mínimo de tópicos que devem ser
respeitados para manter o bem-estar no ambiente de trabalho:
a)as normas de produção;
b) o modo operatório;
c)a exigência de tempo;
d) a determinação do conteúdo de tempo;
e)o ritmo de trabalho;
f)o conteúdo das tarefas.
Em caso de atividades que exijam sobrecarga muscular estática ou
dinâmica do pescoço, ombros, dorso e membros superiores e inferiores deve
ser observado os seguintes tópicos na análise ergonômica do trabalho:
a)todo e qualquer sistema de avaliação de desempenho para efeito de remu-
neração e vantagens de qualquer espécie deve levar em consideração as re-
percussões sobre a saúde dos trabalhadores;
b) devem ser incluídas pausas para descanso;
c)quando do retorno do trabalho, após qualquer tipo de afastamento igual ou
superior a 15 dias, a exigência de produção deverá permitir um retorno gra-
dativo aos níveis de produção vigentes na época anterior ao afastamento.
Já para os trabalhadores que necessitam da utilização de assentos nos postos
de trabalho, saiba que esses equipamentos devem atender aos seguintes requisi-
tos mínimos de conforto:
a)altura ajustável à estatura do trabalhador e à natureza da função exercida;
b) características de pouca ou nenhuma conformação na base do assento;
c)borda frontal arredondada;
d) encosto com forma levemente adaptada ao corpo para proteção da
região lombar.

re EPI, EPC, NR, ergonomia e PPRA, aces- SAIBAse o site das Normas Regulamentadoras. Ministério do Traba- MAISlho e Emprego: t
1.htm>.

Além disso, em casos de atividades em que os trabalhos devam ser realizados


sentados, a partir da análise ergonômica do trabalho, poderá ser exigido suporte
para os pés, que se adapte ao comprimento da perna do trabalhador.
Para as atividades em que os trabalhos necessitam ser realizados em pé, de-
vem ser colocados assentos para descanso em locais em que possam ser utiliza-
dos por todos os trabalhadores durante as pausas.
RECAPITULANDO

Neste capítulo você compreendeu a importância de utilizar consciente-


mente o EPI (Equipamento de Proteção Individual) e o EPC
(Equipamento de Proteção Coletiva) adequado, ao estudar como eles
podem contribuir na proteção individual e coletiva. A ergonomia no
ambiente de trabalho também foi outro tema debatido neste espaço.
Postura correta, maneira adequada de sentar, caminhar e erguer peso
foram algumas ações que, através deste conteúdo, você recebeu
orientação de como é importante cuidar. Seja em uma grande indústria,
empresa, escritório ou oficina auto- motiva, o trabalhador deve sempre se
conscientizar da importância do uso correto do EPI. Lembre-se sempre de
que você pode salvar sua vida usando o equipamento adequado para
cada situação em que se encontrar. Além disso, ainda poderá ajudar os
outros utilizando o EPC, podendo cuidar tam- bém do meio ambiente em
que vive.
8 SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO 121

Anotações:
Meio Ambiente

O meio ambiente tem sido um dos assuntos mais comentados no cenário mundial,
ocupan- do lugar de destaque em todas as conferências internacionais. Este tema tem unido
diferentes povos em ações que visam garantir a qualidade de vida das gerações atuais e
futuras sem com- prometer o equilíbrio do planeta. No Brasil, a questão ambiental vem sendo
fortalecida pela Lei 12.305/10, a qual institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Vamos
conhecer agora alguns dos objetivos de aprendizagem desta seção. Veja:
a)apresentar brevemente a questão ambiental;
b) importância do bom gerenciamento dos resíduos.
Avance para aprofundar seus conhecimentos sobre esse tema tão importante no
manuseio de equipamentos de informática. Vamos lá?
124 SISTEMA DE SINALIZAçÃO E DE ILUMINAçÃO

9.1 A IMPORTÂNCIA DA QUESTÃO AMBIENTAL

A humanidade tem experimentado diversas transformações nas áreas sociais,


econômicas e ambientais. Estas transformações sempre moldaram o direito e as
demandas socioeconômicas do indivíduo e da sociedade conforme sua
evolução cultural e científica.
Do mesmo modo, os processos industriais também sofreram modificações,
com o desenvolvimento de novas tecnologias aliadas a uma nova ordem que
im- pôs padrões de qualidade, respeito ao meio ambiente e a saúde e
segurança ocu- pacional. Com isto, os métodos produtivos começaram a
evoluir para um modelo mais limpo com a adoção de novas técnicas visando à
sustentabilidade.
O atual modelo de desenvolvimento econômico global baseado no
extrativis- mo de matérias-primas e consumo de combustíveis fósseis acabou
gerando al- guns problemas ambientais com alcance em todo o globo. Dentre
eles é possível destacar os seguintes tópicos:
a) aquecimento global do planeta – efeito estufa;
b) escassez, mau uso e poluição das águas;
c) destinação inadequada dos resíduos industriais e domésticos;
d) redução dos recursos naturais disponíveis;
e) degradação de solos agricultáveis;
f) poluição atmosférica;
g) redução da camada de ozônio;
h) alterações climáticas;
i) derretimento das calotas polares.
Todos estes problemas de forma conjunta ou isoladamente acabam por inter-
ferir no equilíbrio de diversos ecossistemas e, por fim, altera o regime de chuvas
e temperaturas, o que consequentemente influencia diretamente na vida de todos
os seres vivos. Pode-se afirmar, então, que problemas globais acabam
determi- nando ou influenciando regiões e locais por mais distantes que se
encontrem o ponto gerador do impacto ambiental.

SAIBAPara você saber mais sobre a Rio+20, acesse o site <http://


MAIShotsite.mma.gov.br/rio20/>.

Eventos como esses demonstram que os problemas ambientais desconhecem


fronteiras econômicas, culturais, legais e tecnológicas. A destinação incorreta dos
9 MEIO AMBIENTE 125

resíduos gerados, principalmente dos resíduos perigosos, pode agravar ainda


mais os problemas mencionados anteriormente.

o na discussão de soluções para os problemas ambientais. Na época, foi estabelecida em


a 21, colocando o Brasil em posição de destaque no cenário mundial, tanto pela sua biodi- versidade, quanto pela produção de leis que regulam o
VOCÊ
SABIA?

Em 2002, o continente africano foi sede da Rio+10. A conferência, realizada em


Joanesburgo, deu impulso ao protocolo de Kyoto assinado no Japão em 1997,
demonstrando claramente a intenção de alguns países desenvolvidos, principal-
mente os europeus, em reduzir os níveis de poluição sem prejudicar o desenvol-
vimento, principalmente dos países periféricos. Embora países como os Estados
Unidos e a Rússia tenham feito pressões para esvaziar o acordo; a União Europeia,
o Brasil e outros países procuram formas para viabilizar este tratado.

RECAPITULANDO

Neste capítulo vimos os problemas ambientais atuais como aquecimento


global, poluição das águas e alterações climáticas e o que está sendo feito
para resolver essas questões. Além disso, estudou a importância do bom
gerenciamento dos resíduos sólidos. Por fim, ainda percebeu que esses
assuntos vem sendo discutidos atualmente em vários encontros internac-
ionais. Nessas reuniões os líderes das nações debatem os problemas e as
possíveis soluções ambientais. Um marco importante para o Brasil em 2012
foi a realização da Rio+20.
Resíduos

10

Os resíduos sólidos diferenciam-se do termo lixo porque, enquanto esse último se


compõe de objetos que não possuem significação econômica, o resíduo sólido possui valor
econômico agregado por possibilitar o reaproveitamento no próprio processo produtivo.
Porém, quando separados, os resíduos passam a ser reaproveitáveis ou recicláveis. O que
não tem mais como ser aproveitado na cadeia do reuso ou reciclagem denomina-se rejeito. A
partir de agora você é nosso convidado a conhecer o objetivo de aprendizagem deste
capítulo:
a) proporcionar ao estudante o conhecimento de como os resíduos são classificados.
Ao final deste estudo, você poderá ter uma visão geral do que são resíduos sólidos,
como são classificados, poderá identificar os resíduos gerados no setor automotivo, entre outros
co- nhecimentos. Vamos lá?
SISTEMA DE SINALIZAçÃO E DE ILUMINAçÃO
128

1 PATOGENICIDA
DE 10.1 CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS
É a capacidade do agente Conforme a NBR 10004/04, em função da sua periculosidade, os resíduos
invasor em causar doença
com suas manifestações in- dustriais são divididos em classes. Veja abaixo como é feita essa classificação:
clínicas entre os
hospedeiros suscetíveis. a)Classe I (perigosos) – são resíduos que podem apresentar riscos à
saúde pública e ao meio ambiente por causa das suas características de
inflamabili- dade, corrosividade, reatividade, toxicidade e patogenicidade1;

2INTRÍSECAS b) Classe II-A (não inerte) – são os resíduos que podem apresentar
caracterís- ticas de combustibilidade, biodegradabilidade ou solubilidade.
Refere-se ao que está
no interior de algo e Com possi- bilidade de acarretar riscos à saúde ou ao meio ambiente;
que é essencial para sua
existência. c)Classe II-B (inerte) – são aqueles que, por suas características
intrínsecas2, não oferecem riscos à saúde e ao meio ambiente.

FIQUEOs resíduos classe I (perigosos) devem ser enviados para o


ALERTAAterro Sanitário Industrial.

10.2 TIPOS DE RESÍDUOS

É importante perceber que esses resíduos dos quais falamos até o


momento também são classificados por tipos. Entenda de que maneira isso
ocorre fazendo a leitura abaixo:
a)Resíduos domésticos – também chamados de resíduos domiciliares ou re-
sidenciais, esses resíduos são produzidos pelas pessoas em suas residências.
Constituído principalmente de restos de alimentos; embalagens
plásticas, metálicas, ou de vidro; papéis em geral, plásticos, entre outros;
b) Resíduos comerciais – gerados pelo setor terciário (comércio em geral).
São compostos especialmente por papéis, papelões e plásticos e também
por alguns tipos de resíduos domiciliares;
c)Resíduos industriais – originados nas atividades do setor secundário
(in- dústrias), pode conter restos de alimentos, madeiras, tecidos, couros,
metais, produtos químicos, embalagens de produtos químicos, lodos de
estação de tratamento de efluentes, entre outros;
d) Resíduos das áreas de saúde – também chamados de resíduos hospitala-
res, esses resíduos são provenientes de hospitais, farmácias, postos de saú-
de, consultórios odontológicos e casas veterinárias. Composto por seringas,
vidros de remédios, algodão, gaze, órgãos humanos etc. Este tipo de resíduo
é muito perigoso e deve ter um tratamento diferenciado, desde a coleta até
a sua deposição final;
e)Resíduos de limpeza pública – compostos por folhas em geral, galhos de
árvores, papéis, plásticos, entulhos de construção, terras, animais
mortos, madeiras e móveis danificados.

LeiaSAIBA
a Lei 12.305/10
MAIS acessando o site: http://www.planalto.
gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12305.htm, e fique por dentro das regras dos resíduos sólidos!

Para auxiliar no entendimento da Política Nacional de Resíduos Sólidos, a Lei


12.305/10 institui a prioridade de gerenciamento desses resíduos. Observe o de-
senho abaixo e faça uma reflexão sobre a sequência apresentada.

PREVENIR / EVITAR

MINIMIZAR
REUTILIZAR RECICLAR

RECUPERAR ENERGIA
TRATAR DISPOR
Odirlei Batista (2012)

Figura 63 - Abordagem da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS)

10.3 RESÍDUOS DO SETOR AUTOMOTIVO

As atividades desenvolvidas nos processos automotivos podem ocasionar a


degradação ambiental e problemas à segurança e saúde dos trabalhadores, em
função dos resíduos gerados.
São várias as legislações para cada tipo de resíduo gerado, mas uma é
comum para todos, a Lei Federal 12.305/2010, a qual determina que as
empresas gera- doras de resíduos não equiparados com resíduos domésticos
devem elaborar o Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos – PGRS.
O quadro abaixo apresenta os resíduos gerados no setor automotivo, com
sua respectiva classificação de resíduo: perigoso ou não, legislação aplicável e
desti- nação correta. Acompanhe:

TIPO DE RESÍDUO
LEGISLAÇÃO APLICÁVEL OBSERVAÇÃO
RESÍDUO PERIGOSO?

Lei Federal 12.305/2010


Lei Estadual
Amortecedor Não Reciclagem
14.675/2009
Decreto Estadual 14.250/1981
Resolução CONAMA 313/2002

Lei Estadual 12.375/2002


Pneus Não Reciclagem
Resolução CONAMA
258/1999

Lei Federal 12.305/2010


Bateria Sim Lei Estadual Reciclagem
14.675/2009 Lei
Estadual 11.347/2000

Lei Federal 12.305/2010


Lei Estadual
Parabrisa Não Reciclagem
14.675/2009
Decreto Estadual 14.250/1981
Resolução CONAMA
313/2002

Lei Federal 12.305/2010


Motor Não Lei Estadual Reciclagem
14.675/2009 Lei
Estadual 11.347/2000
Lei Federal 12.305/2010
Painéis e Lei Estadual
Não Reciclagem
acessórios 14.675/2009
Decreto Estadual 14.250/1981
Resolução CONAMA 313/2002
Lei Federal 12.305/2010
Carroceria e Lei Estadual
Não Reciclagem
acessórios 14.675/2009
Decreto Estadual 14.250/1981
Resolução CONAMA 313/2002
Lei Federal 12.305/2010
Lei Estadual
Suspensão Não Reciclagem
14.675/2009
Decreto Estadual 14.250/1981
Resolução CONAMA 313/2002
Lei Federal 12.305/2010
Sucata
Lei Estadual
metálica Não Reciclagem
14.675/2009
ferrosa
Decreto Estadual 14.250/1981
Resolução CONAMA
313/2002

Lei Federal 12.305/2010


Sucata
Lei Estadual
metálica Não Reciclagem
14.675/2009
alumínio
Decreto Estadual 14.250/1981
Resolução CONAMA
313/2002

Lei Federal 12.305/2010


Lei Estadual
Papel/Papelão Não Reciclagem
14.675/2009
Decreto Estadual 14.250/1981
Resolução CONAMA
313/2002

Lei Federal 12.305/2010


Lei Estadual
Plástico Não Reciclagem
14.675/2009
Decreto Estadual 14.250/1981
Resolução CONAMA
313/2002

Lei Federal 12.305/2010


Lei Estadual
Espuma Não Reciclagem
14.675/2009
Decreto Estadual 14.250/1981
Resolução CONAMA
313/2002

Lei Federal 12.305/2010


Lei Estadual
Vidro Não Reciclagem
14.675/2009
Decreto Estadual 14.250/1981
Resolução CONAMA
313/2002

Solventes Sim Resolução CONAMA 307/2002 Reutilização

Portaria ANP 125/1999


Óleos e graxas Sim Re-refino
Resolução CONAMA
362/2005.
Borra de tinta Sim Resolução CONAMA 307/2002 Reciclagem

Quadro 11 - Identificação dos resíduos gerados no setor automotivo


Para regulamentar a Lei 12.305/10, foi elaborado
FIQUE o Decreto Nº 7.404, de 23 de dezembro de 2010, cuj
ALERTA

A logística reversa é o instrumento de desenvolvimento econômico e social


caracterizado pelo conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabi-
lizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial para reapro-
veitamento em seu ciclo, outros ciclos produtivos ou ainda outra destinação final
ambientalmente adequada. Abaixo você pode ver o segmento de trabalho das
empresas que são obrigadas a recolher suas embalagens. Veja:
a)agrotóxicos, seus resíduos e embalagens;
b) produtos cuja embalagem, após o uso, constitua resíduo perigoso;
c)pilhas e baterias;
d) pneus;
e)óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens;
f)lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista;
g) produtos eletroeletrônicos e seus componentes.

RECAPITULANDO

A Política Nacional de Resíduos Sólidos prioriza que os resíduos gerados


devem primeiramente ser prevenidos ou evitados. Caso não seja
possível, os mesmos devem ser minimizados, reutilizados ou reciclados.
Por fim, quando não seja possível, deve ser trado e disposto corretamente.
10 RESÍDUOS
133

Anotações:
REFERÊNCIAS

BRASIL. Portaria nº 3214 de 08.06.78. Brasília: Ministério do Trabalho, 1978.


BRASIL, Cesvi. Os riscos para quem não usa EPI. Disponível em: <http://arquivo.oficinabrasil.com. br/noticias/?
COD=9&AreaBanner=1>. Acesso em: 12 maio 2012.
CIRCUITOS digitais. 6. ed. São Paulo (SP): Érica, 2002. 321 p. (Estude e use. Eletrônica digital) ISBN
8571943206.
COMPANHIA DE TECNOLOGIA DE SANEAMENTO AMBIENTAL (CETESB). Manual (p. 4.261)
Orientação para a Elaboração de Estudos de Análise de Riscos. São Paulo: maio, 2003.
FORD DO BRASIL. Redes de comunicação e multiplexagem: fundamentos e operação. São
Bernardo do Campo: Ford. Departamento de Treinamento e Publicação, 1999. 84 p.
. Sistemas elétricos: fundamentos. São Paulo: Ford. Departamento de Treinamento
e Publicação, 1998. 102 p.
. Automóveis Ford: manual de serviço. São Paulo: Ford. Departamento de Treinamento
e Publicação, 2002. 1 CD-ROM (Manual de Serviço).
NISSAN DO BRASIL. Automóveis Nissan: manual de serviço. São Paulo, SP: Nissan. Departamento
de Treinamento e Publicação, 2006. 1 CD-ROM ; (Manual de serviço)
NORMA BRASILEIRA ABNT NBR 10004. Resíduos sólidos – Classificação. Disponível em: <http://
www.aslaa.com.br/legislacoes/NBR%20n%2010004-2004.pdf>. Acesso em: 2 maio 2012.
SENAI. Departamento Regional do Paraná. Eletricidade automotiva: sistema de sinalização e
iluminação: treinamento. Curitiba: SENAI, 1997. 24 p.
. Apostila Saúde Segurança e Higiene do Trabalho. Centro de Formação Profissional
– CFP/GD PEDRO LEOPOLDO, 2004.
RIO+20 – Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável. Disponível
em: <http://hotsite.mma.gov.br/rio20/>. Acesso em: 30 abr. 2012.
MINICURRÍCULO DOS AUTORES

Charles Evandro Molinari, formação em Tecnologia em Processos Industriais, pela Universidade


da Região de Joinville – Univille. Possui experiência profissional nos últimos 5 anos em
docência para cursos técnicos, de qualificação e aperfeiçoamento. Consultorias em processos
e serviços. Desenvolvimento da arquitetura eletroeletrônica do veículo Stark da montadora
catarinense TAC. Atua no SENAI há 15 anos, desenvolvendo atividades de docência e
consultorias em processos e serviços. Lecionou nesse período para cursos de qualificação e
técnicos, bem como em curso de aperfeiçoamento para profissionais dos concessionários das
redes de serviços Ford e Nissan. Participou de vários treinamentos técnicos nas montadoras
de veículos Ford e Nissan e de forne- cedores de equipamentos para diagnóstico.

Carmen Luft Bammesberger, bacharel em Turismo pela FCJ – Faculdade Cenecista de Joinville,
pa- rapsicóloga - Pós-Graduada em Ciências Mentais, Hipnose e Regressão pelo Instituto de
Parapsi- cologia de Joinville e UNIASSELVI. Especialização em Metodologia do Ensino Superior
pelo SENAI (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial). Trabalha no SENAI há 13 anos.
Atualmente atua nas Unidades Curriculares de Psicologia da Moda; Comunicação Oral e Escrita;
Gestão de Pessoas; Gestão da Qualidade; Relações Humanas; Relacionamento Interpessoal;
Relações Humanas no Trabalho e Metodologia para Elaboração de Projetos em Cursos técnicos e
Superior. Ética, Cida- dania e Meio Ambiente; Saúde e Segurança do Trabalho; OPT-
Organização e Preparação para o Trabalho nos Cursos de Aprendizagem e Pronatec. TWI
(TRAINING WITHIN INDUSTRY) Fases 1º, 2º e 3º, cursos de Qualificação nas Indústrias. Palestrante
na área de humanas: Motivacional; Geren- ciamento de Conflitos; Relacionamento Interpessoal;
Liderança; Excelência no Atendimento ao Cliente; A Magia da Comunicação Assertiva; entre
outros. Escritora de livros e terapeuta.
ÍNDICE

B
Bateria 21, 37, 40, 42, 56, 75, 85, 89, 130
BCM 97, 98
Buzina 19, 60

C
Cabos 14, 23, 22, 25, 29, 34, 38, 39, 40, 48, 65, 68, 70, 72, 74, 79, 84, 88, 96
Central de fusíveis 22, 91
Comutador de ignição 18

F
Fusível 16, 17, 22, 28, 29, 30, 34, 36, 60, 85, 89, 91, 92, 95

M
Multiplexados 96

P
Plafonnier 89

R
Relés 20, 22, 35, 92

S
Simbologia 13, 19

V
Velocímetro 69, 70
SENAI – DEPARTAMENTO NACIONAL
UNIDADE DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA – UNIEP

Rolando Vargas Vallejos


Gerente Executivo

Felipe Esteves Morgado


Gerente Executivo Adjunto

Diana Neri
Coordenação Geral do Desenvolvimento dos Livros

SENAI – DEPARTAMENTO REGIONAL DE SANTA CATARINA

Selma Kovalski
Coordenação do Desenvolvimento dos Livros no Departamento Regional

Beth Schirmer
Coordenação do Núcleo de Desenvolvimento

Maristela de Lourdes Alves


Coordenação do Projeto

Charles Evandro Molinari


Carmen Luft Bammesberger
Elaboração

Alcides Aparecido Gonçalves


Revisão Técnica

Luciana Effting
CRB14/937
Ficha Catalográfica

FABRICO

Design Educacional
Revisão Ortográfica, Gramatical e Normativa
Ilustrações
Tratamento de Imagens
Diagramação
i-Comunicação
Projeto Gráfico

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