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Metrologia Aplicada à Automotiva

Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco


Presidente
Jorge Wicks Côrte Real

Departamento Regional do SENAI de Pernambuco


Diretor Regional
Sérgio Gaudêncio Portela de Melo

Diretora Técnica
Ana Cristina Cerqueira Dias

Diretor Administrativo e Financeiro


Heinz Dieter Loges

Ficha Catalográfica
389 SENAI.DE/PE. METROLOGIA APLICADA À AUTOMOTIVA,
S474m Recife, SENAI/DITEC/DET, 2013.
1. METROLOGIA – MANUTENÇÃO AUTOMOTIVA
2. MATEMÁTICA APLICADA - METROLOGIA
I.Título

SENAI – Departamento Regional de Pernambuco


Rua Frei Cassimiro, 88 – Santo Amaro
50100-260 – Recife – PE.
Tel. (81) 3202-9300
Fax: (81) 3222-3837
SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO .............................................................................................. 5
METROLOGIA: CONCEITOS FUNDAMENTAIS E TERMINOLOGIAS............. 6
MATEMÁTICA APLICADA ............................................................................... 11
INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO ..................................................................... 18
Régua graduada ........................................................................................... 18
Paquímetro - tipos, usos, graduações e exercícios ...................................... 32
Micrômetro .................................................................................................... 51
Relógio comparador ..................................................................................... 69
Goniômetro ................................................................................................... 79
Verificador de folgas ..................................................................................... 86
Torquímetro .................................................................................................. 90
TRANSFORMAÇÃO DE MEDIDAS ................................................................. 92
CONCLUINDO ............................................................................................... 100
REFERÊNCIAS .............................................................................................. 101
SENAI-PE

APRESENTAÇÃO

A tecnologia requer, a cada dia, garantias que proporcionem qualidade, por


isso há uma constante preocupação em desenvolver, cada vez mais, os
instrumentos de medição. A exigência da qualidade está presente na área
automotiva, razão por que o reparador automotivo deve dominar as técnicas de
medidas e medições, a fim de proporcionar maior confiabilidade em seu
diagnóstico, como identificação de folgas e desgastes.

Esta apostila reúne conhecimentos que certamente contribuirão para um


diagnóstico preciso e a consequente qualidade dos processos de reparação e
manutenção automotiva.

Durante e ao final do estudo dos assuntos aqui tratados, esperamos que você
alcance os seguintes objetivos:
• identificar conceitos e terminologias fundamentais da metrologia;
• realizar, com acerto, operações matemáticas básicas;
• identificar os principais instrumentos de medição, suas funções e
operacionalidade.

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SENAI-PE

METROLOGIA: CONCEITOS FUNDAMENTAIS E TERMINOLOGIAS

Metrologia

É a ciência que estuda as medições. Trata da quantificação de grandezas


físicas. Antes de quantificarmos a grandeza, temos que conhecer os métodos,
os erros, as unidades de medida, os padrões utilizados na dinâmica do sistema
de medição, partindo então para dimensionar determinada coisa ou objeto.

Medição

É a sequência de ações para se determinar a quantificação, isto é,


dimensionar o valor, podendo ser através de ensaios, testes, análises,
comparações, etc. O resultado de uma medição é em geral numérico, podendo
ser o valor observado, lido, medido, registrado, etc.

Medida

É a leitura do resultado numérico propriamente dito ou a informação obtida


através da medição. É através da medida que se qualifica um produto, ou
qualquer das fases de um processo. E, será com base na confiabilidade da
medida que serão tomadas ações sobre a conformidade de determinada
característica.

Instrumento

É o dispositivo usado para se fazer a medição. O instrumento é, em geral,


apenas um incremento, que com o auxílio de outros incrementos, fornece a
medida.

Equipamento

É o conjunto de instrumentos utilizados no processo de medição, onde se


requer determinada exatidão e estabilidade dentro de uma faixa de resolução.

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Resolução

É a menor divisão da escala do equipamento, ou seja, o valor que o


instrumento/equipamento pode nos oferecer em frações da unidade.

Estabilidade

É a capacidade do instrumento de medição em manter constante a sua


característica, dentro de determinada faixa de resolução, com a precisão e
exatidão requerida.

Laboratório de Metrologia

Nos casos de medição de peças específicas, torna-se necessária uma


climatização do local. Esse local deve satisfazer requisitos como:
• temperatura constante;
• grau higrométrico correto;
• ausência de vibrações e oscilações;
• espaço suficiente;
• boa Iluminação.

Unidades dimensionais lineares

Unidades dimensionais

As unidades de medidas dimensionais representam valores de referência que


permitem:
• expressar as dimensões de objetos (realização de leitura de desenhos
mecânicos);
• confeccionar e, em seguida, controlar as dimensões desses objetos
(utilização de aparelhos e instrumentos de medidas).

Exemplo: a altura da torre EIFFEL é de 300 metros e a espessura de uma


folha de papel para cigarros é de 30 micrômetros. Conclui-se que:
• a torre EIFFEL e a folha de papel são objetos;
• a altura e a espessura são grandezas;
• 300 metros e 30 micrômetros são unidades.

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Sistema métrico decimal

Histórico

O metro, unidade fundamental do sistema métrico, criado na França em 1795,


é praticamente igual à décima milionésima parte do quarto meridiano terrestre.

Esse valor, escolhido por apresentar caráter mundial, foi adotado, em 20 de


maio de 1875, como unidade oficial de medidas por dezoito nações.

ª
Em outubro de 1960, (11 Reunião do “Le Bureau International Des Poids Et
Measures”), o metro era definido como sendo 1.670.763,73 vezes o
comprimento de onda de uma luz emitida pela transição entre os níveis de
energia 2p10 e 5d5 do átomo de Kriptônio 86 (Kr86) no vácuo. Desta forma,
conseguia-se uma reprodução do metro com um erro de ± 0,010um (10nm-
nm=nanômetro).

Assim, a fascinante história do metro se perde no tempo, acreditando-se que


por volta do ano de 1790 teve início sua definição especificamente na França,
onde se procurava um padrão de comprimento que não dependesse nem do
corpo humano nem das materializações deterioráveis pelo tempo.

DICA:
A 26 de junho de 1862, a lei imperial nº 1.157 adotava, no Brasil, o
sistema métrico decimal.

A definição do metro padrão

A definição atual

Em 20 de outubro de 1983, na 17ª Reunião do “Le Bureau Internacional Des


Poids Et Measures”, sediado no bairro de Sevres, Paris-França, foi
determinada a nova definição do metro: “Um metro é a distância percorrida
pela luz, no vácuo, no intervalo de tempo de 1% 299.792.458 de segundo”.

Esta definição é universal e se aplica a todo tipo de medições, desde o lar até
a astronomia.

O metro em si não foi alterado, o que ocorreu foi mais uma impressionante
melhoria na precisão de sua definição.

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O erro atual de reprodução por este meio corresponde a ± 1,3 x 10-9, ou seja, ±
0,0013um. Em terminologia mais atual dizemos 1,3 nm o que significa um erro
de 1,3 milímetros para 1.000 quilômetros!

Protótipo e réplicas do metro / a cópia do Brasil

Cabe ainda acrescentar um fato interessante: em 1876 se deu início à


fabricação de um protótipo do metro e sua reprodução para as nações que
participaram do tratado. Foram feitas 32 barras com 90% de platina e 10% de
Irídio, e em 1889 determinou-se que a de nº 6 seria o protótipo internacional,
chamada também “Metro dos Arquivos”. A barra de nº 22 correspondeu ao
Japão e a de nº 26 ao Brasil. Esta última encontra-se no I.P.T., (Instituto de
Pesquisas Tecnológicas) localizado na Cidade Universitária, em São Paulo.

Figura 1 – Protótipo do metro

Múltiplos e submúltiplos do metro


Terâmetro - Tm - 1012 - 1 000 000 000 000 m
Gigâmetro - Gm - 109 - 1 000 000 000 m
Megâmetro - Mn - 106 - 1 000 000 m
Quilômetro - Km - 103 - 1 000 m
Hectômetro - hm - 102 - 100 m
Decâmetro - dam - 101 - 10m
METRO (unidade) - m - 1m
decímetro - dm - 10-1 - 0,1 m
centímetro - cm - 10-2 - 0,01 m
milímetro - mm - 10-3 - 0,001 m
micrômetro - um - 10-6 - 0,000 001 m
nanômetro - nm - 10-9 - 0,000 000 001 m
picômetro - pm - 10-12 - 0,000 000 000 001 m
femtômetro - fm - 10-15 - 0,000 000 000 000 001 m
attômetro - am - 10-18 - 0,000 000 000 000 000 001 m
Tabela 1 – Múltiplos e submúltiplos do metro
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Unidades não oficiais

Sistemas inglês e americano

Os países anglo-saxões utilizam um sistema de medidas baseado na jarda


imperial (yard) e seus derivados não decimais, em particular a polegada
inglesa (inch), equivalentes a 25,399 956 mm à temperatura de OºC.

Os americanos adotam a polegada milesimal, cujo valor foi fixado em 25,400


050 8 mm à temperatura de 16 2/3ºC.

Em razão da influência anglo-saxônica na fabricação mecânica, emprega-se


frequentemente, para as medidas industriais, à temperatura de 20ºC, a
polegada de 25,4 mm.

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MATEMÁTICA APLICADA

Vamos, aqui, rever conteúdos básicos de matemática que você certamente já


estudou.

Agora, você vai entender como esses conteúdos podem ser aplicados ao
processo de medição.

Frações

A palavra “fração” refere-se a uma parte do todo. Em matemática, fração


refere-se à divisão de algum valor em qualquer número de partes iguais.
Existem duas formas comuns de expressar frações: comum e decimal.

Frações comuns

Uma fração comum é escrita em duas partes, uma sobre a outra. A parte de
baixo é chamada de denominador; a parte de cima é o numerador.

2 Numerador
6 Denominador

O denominador indica em quantas partes o inteiro foi dividido, enquanto o


numerador indica quantas partes do inteiro foram tomadas.

2 O inteiro foi dividido em 6 partes e


Ex: = dele foram tomadas 2 partes.
6

Fração imprópria

Quando o numerador é igual ou maior que o denominador.

4 7 18
Ex: , ,
4 5 16

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Fração própria

Quando o numerador é menor que o denominador.

1 4 6
Ex: , ,
2 5 13

Número inteiro

Qualquer fração cujo denominador é igual a 1.

4 16 2.000
Ex: 4= , 16 = , 2.000 =
1 1 1

Transformação de uma fração imprópria em número inteiro ou número misto

20
Observe a representação gráfica da fração imprópria
5

O denominador (nº de baixo) indica em quantas partes o inteiro está dividido.


Neste caso, o denominador é cinco, ou seja, cada inteiro está dividido em 5
partes.

O numerador (nº de cima) indica quantas partes do inteiro foram tomadas.


Neste caso, o numerador é 20, ou seja, foram tomadas 20 partes. Observe que
as 20 partes tomadas representam 4 inteiros, por isso podemos dizer que:

20
= 4
5
9 :
Observe a representação gráfica da fração imprópria
5

O denominador (nº de baixo) indica em quantas partes o inteiro está dividido.


Neste caso, cada inteiro está dividido em 5 partes. O numerador (nº de cima)
indica quantas partes do inteiro foram tomadas.

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Neste caso, foram tomadas 9 partes. Observe que, pelo número de partes
tomadas, podemos escrever que:

9 4
= 1
5 5

9 é o mesmo que um 4
ou seja,
5 inteiro 5

De maneira geral, podemos transformar as frações impróprias extraindo os


inteiros. Exemplos:

7 1 1
a) 2 inteiros + = 2
3 3 3

5 2 1 1
b) + = 2
2 inteiros 2 2

8
c) 2 inteiros = 2
4

Para transformar um número misto de volta a uma fração, multiplique o


denominador pela parte inteira e some o resultado ao numerador, mantendo o
mesmo denominador. Exemplos:

2 11
a) 1 = (9x1) + 2 =
9 9

1 6
b) 1 = (5x1) + 1 =
5 5

Operações básicas com frações

Adição e subtração

Para somar ou subtrair frações, é necessário que os denominadores de todas


as frações sejam iguais. O termo “frações semelhantes” tem sido usado para
descrever frações com denominador comum. Para somar ou subtrair frações
semelhantes, some ou subtraia os numeradores e coloque o resultado sobre o
denominador. Não mude (não some nem subtraia) o denominador.
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Exemplos:

3 1 4
a) + =
4 4 4

9 5 14
b) + =
16 16 16

Frações distintas

São frações com denominadores diferentes. Para somar ou subtrair frações


distintas é necessário mudar as frações distintas para frações semelhantes.
Isto significa que o denominador comum deve ser achado para todas as
frações nos cálculos. É melhor que este denominador comum seja o menor
denominador comum (MDC). O MDC é o menor denominador no qual todos os
denominadores podem ser divididos facilmente. Frequentemente, o menor
denominador comum pode ser achado facilmente da seguinte forma:

coloque todos os denominadores numa linha e procure dividi-los pelo menor


número primo possível. Vá escrevendo os resultados das divisões abaixo, até
que cada divisão obtenha como resultado o número 1. Em seguida, multiplique
os números primos que serviram como divisores. Exemplo:

1 2 5 4
Ache o MDC para , , e
2 3 6 9

2, 3, 6, 9 2 Menores números primos que podem dividir os denominadores.


1, 3, 3, 9 3
1, 1, 1, 3 3
1, 1, 1, 1 2 x 3 x 3 = 18 MDC

Multiplicação de frações comuns

Para multiplicar uma fração por outra, simplesmente multiplique os


numeradores e multiplique os denominadores conjuntamente. Isto pode ser
feito tanto com frações semelhantes como distintas. Exemplos:
1 3 3
x =
4 4 16

4 7 28
x =
11 8 88

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Se os números mistos são envolvidos em uma multiplicação, converta-os em


uma fração imprópria antes de multiplicar os números. Exemplos:

3 2 3 5 15
x 1 = x = = 1
5 3 5 3 15

2 3 7 11 77 17
1 x 2 = x = = 3
5 4 5 4 20 20

Divisão de frações comuns

Conserve a primeira fração, inverta a segunda e depois multiplique


normalmente. Exemplos:

3 4 3 5 15
÷ = x =
6 5 6 4 24

2 1 2 3 6 2
÷ = x = = 1
4 3 4 1 4 4

Para dividir números mistos, converta-os em frações impróprias. Exemplos:

2 1 5 4 20 2
1 ÷ = x = = 6
3 4 3 1 3 3

4 2 19 8 19 3 57 17
3 ÷ 2 = ÷ = x = =1
5 3 5 3 5 8 40 40

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SENAI-PE

Vamos exercitar?

1) Encontre o menor denominador comum (MDC):

1 1 5
a) , ,
2 4 8

1 3 7
b) , ,
32 4 16

1 5 1 4
c) , , ,
3 6 2 9

2) Some:
3 4
a) +
5 5

12 3
b) +
8 8

3 4 1
c) + +
6 8 3

3) Subtraia:
3 2
a) -
7 7

4 7
b) -
15 15

9 9
c) -
8 4

16
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4) Multiplique:
2 5
a) x
7 7

6 4
b) x
8 13

2 3
c) 1. x 1.
5 5

2 1
d) 8. x 5.
6 3

5) Divida:
5 3
a) ÷
9 9

9 3
b) ÷
12 6

2 1
c) 1 ÷ 3
3 3

7 3
d) 4 ÷ 2
8 6

Confira suas respostas às questões em sala de aula com o docente.

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SENAI-PE

INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO

Régua graduada

Graduações e exercícios

O mais elementar instrumento de medição utilizado nas oficinas é a régua


graduada (escala). É usada para tomar medidas lineares, quando não há
exigência de grande precisão. Para que seja completa e tenha caráter
universal, deverá ter graduações do sistema métrico e do sistema inglês
(figura1).

Sistema métrico
1m
Graduação em milímetros (mm). 1mm =
1000

Sistema inglês
1
Graduação em polegadas ( “ ). 1” = jarda
36

A escala ou régua graduada é construída de aço, tendo sua graduação inicial


situada na extremidade esquerda. É fabricada em diversos comprimentos 6”
(152,4 mm), 12” (304,8 mm).

2 mm Graduação 36 mm Face 114 mm 137 mm

1” 11” 1” Borda 7” 7”
— 1— —2 3— 5—
4 32 2 8 16

Figura 2 – Régua graduada

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A régua graduada apresenta-se em vários tipos, conforme mostram as figuras


abaixo.

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15

Figura 3 - Régua de encosto interno

Figura 4 - Régua de profundidade

Encosto externo (graduação na face oposta


0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20

Encosto interno Graduação

Figura 5 - Régua de dois encostos (usada pelo ferreiro)

O uso da régua graduada torna-se frequente nas oficinas, conforme mostram


as figuras abaixo.

Figura 6 - Medição de comprimento com face de referência.

Figura 7 - Medição de comprimento sem encosto de referência

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Figura 8 - Medição de comprimento com face interna de referência.

Figura 9 - Medição de profundidade


Figura 10 - Medição de altura

Características da boa régua graduada

• Ser, de preferência, de aço inoxidável.


• Ter graduação uniforme.
• Apresentar traços bem finos, profundos e salientados em preto.

Conservação

• Evitar quedas e contato com ferramentas de trabalho.


• Evitar flexioná-la ou torcê-la, para que não se empene ou quebre.
• Limpe-a após o uso, para remover o suor e a sujeira.
• Aplique-lhe ligeira camada de óleo fino, antes de guardá-la.

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Graduações da escala

Sistema inglês ordinário

Representações (“) polegada - 1” = uma polegada

da (IN) polegada - 1 IN = uma polegada

Polegada (INCH) palavra inglesa que significa POLEGADA

Figura 11 – Intervalo referente a 1’ (ampliada)

As graduações da escala são feitas dividindo-se a polegada em 2, 4, 8 e 16


partes iguais, existindo, em alguns casos, escalas com 32 divisões conforme
as figuras seguintes.

Figura 12 – A polegada dividida em duas partes

Figura 13 – A polegada dividida em quatro partes

1 1 2 (2) 1 1 1 1 3
+ = = ; + + =
4 4 4 (2) 2 4 4 4 4

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SENAI-PE

Observação:
Operando com frações ordinárias, sempre que o resultado é numerador par,
devemos simplificar a fração.

1 1 2 2 (2) 1
Exemplo: + = Simplificando, teremos: =
4 4 4 4 (2) 2

Figura 14 – A polegada dividida em oito partes

1 1
Dividindo 1” por 8, teremos: 1:8=1x =
8 8

1
A distância entre traços = Somando as frações, teremos:
8

1 1 2 (2) 1 1 1 1 3
+ = = ; + + =
8 8 8 (2) 4 8 8 8 8

1 1 1 1 4 (2) 2 (2) 1
+ + + = = =
8 8 8 8 8 (2) 4 (2) 2

Prosseguindo a soma, encontraremos o valor de cada traço conforme figura


15.

Figura 15 – A polegada dividida em dezesseis partes

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SENAI-PE

1
A distância entre traços = Somando as frações, teremos:
16

1 1 2 (2) 1 1 1 1 3
+ = = ; + + =
16 16 16 (2) 8 16 16 16 16

Prosseguindo a soma, encontraremos o valor de cada traço, conforme figura


16.

Figura 16 – A polegada dividida em trinta e duas partes

1 1
Dividindo 1” por 32, teremos: 1: 32 = 1 x =
32 32

1
A distância entre traços = Somando as frações, teremos:
32

1 1 2 (2) 1 1 1 1 3
+ = = ; + + =
32 32 32 (2) 16 32 32 32 32

Graduações da escala

Sistema métrico decimal

1 METRO = 10 DECÍMETROS
1m = 10 dm
1 DECÍMETRO = 10 CENTÍMETROS
1 dm = 10 cm
1 CENTÍMETRO = 10 MILÍMETROS
1 cm = 10 mm

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SENAI-PE

Figura 17 – Um centímetro ampliado

A graduação da escala consiste em dividir 1 cm em 10 partes iguais conforme


figura 18.

Figura 18 – Um centímetro dividido em dez partes

Na figura 19, no sentido da seta, podemos ler 13mm.

Figura 19 – Leitura de 13mm

Régua graduada (sistema inglês ordinário)

A figura 20 representa a dimensão de 1 (uma) polegada em ponto maior.

1”

Figura 20 – Representação de uma polegada

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SENAI-PE

“Dividida a figura 20 na ordem das figuras 21, 22, 23 e 24 para obter as


subdivisões da polegada até 1/16”.

1” 1”

½” ½”
1 1 1 1
/ 4” / 4” / 4” / 4”

Figura 21 – Divisão em duas partes Figura 22 – Divisão em quatro partes

1” 1”

1
/8” 1/8” 1/8” 1/8” 1/8” 1/8” 1/8” 1/8”
1 1 1 1 1 1 1 1
/16” /16” /16” /16” /16” 1/16” 1/16” 1/16” /16” /16” 1/16” 1/16” 1/16” 1/16” 1/16” /16”

Figura 23 – Divisão em oito partes Figura 24 – Divisão em dezesseis partes

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SENAI-PE

Régua graduada (sistema inglês ordinário)

Vamos exercitar?
Registre, em cada linha abaixo o valor encontrado no intervalo entre as setas.

Confira suas respostas às questões em sala de aula com o docente.

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SENAI-PE

Régua graduada (sistema inglês ordinário)

Vamos exercitar?

Registre, no espaço destinado a respostas, a medida encontrada para cada


uma das peças numeradas de 1 a 6.

1 2 3 4 5

Respostas
Peça nº 1 Peça nº 2 Peça nº 3 Peça nº 4 Peça nº 5 Peça nº 6
T T T T T T
P P P P P P

Obs.: As frações devem ser simplificadas sempre que possível.


Nota:
T - Teórico (medir na própria folha)
P - Prática (nas peças)

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SENAI-PE

Régua graduada (sistema inglês ordinário)

Vamos exercitar?

Registre suas respostas às questões de nº 1 até 14 nos espaços


correspondentes.

Respostas:
1 2 3 4 5 6 7

8 9 10 11 12 13 14

28
SENAI-PE

Régua graduada (sistema métrico decimal)

Vamos exercitar?

Registre a leitura em mm e cm abaixo de cada régua.

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SENAI-PE

Régua graduada (sistema métrico decimal)

Vamos exercitar?

Registre suas respostas de nº 15 a 20 no espaço correspondente.

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SENAI-PE

Régua graduada (sistema métrico decimal)

Vamos exercitar?

Registre suas respostas de nº 1 até 6 no espaço correspondente.

Nota: T – Teórico (na própria folha) / P – Prática (nas peças)

Respostas
Peça nº 1 Peça nº 2 Peça nº 3 Peça nº 4 Peça nº 5 Peça nº 6
T T T T T T
P P P P P P

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Paquímetro - tipos, usos, graduações e exercícios

Utilizado para a medição de peças quando a quantidade não justifica um


instrumental específico e a precisão requerida não desce a menos de 0,02mm,
1” ou 0,001” (Figura 25).
128

Figura 25 – Paquímetro universal

É um instrumento finamente acabado, com as superfícies planas e polidas. O


cursor é ajustado à régua, de modo que permita a sua livre movimentação com
um mínimo de folga. Geralmente é construído de aço inoxidável, e suas
graduações referem-se a 20ºC. A escala é graduada em milímetros e
polegadas, podendo a polegada ser fracionária ou milesimal. O cursor é
provido de uma escala, chamada nônio ou vernier, que se desloca em frente
às escalas da régua e indica o valor da dimensão tomada.

Princípio do nônio

A escala do cursor, chamada nônio (designação dada pelos portugueses em


homenagem a Pedro Nunes, a quem é atribuída sua invenção) ou vernier
(denominação dada pelos franceses em homenagem a Pierre Vernier, que eles
afirmam ser o inventor), consiste na divisão do valor N de uma escala
graduada fixa por N.1 (nº de divisões) de uma escala graduada móvel (figura
26).

32
SENAI-PE

N
Escala

N-1
Nônio

Figura 26 – Escalas do paquímetro

Tomando o comprimento total do nônio, que é igual a 9mm (figura 26), e


dividindo pelo nº de divisões (10 divisões), concluímos que cada intervalo da
divisão do nônio mede 0,9mm (figura 27).

Nônio

Figura 27 – Intervalo da divisão do nônio

Observando a diferença entre uma divisão da escala fixa e uma divisão do


nônio (figura 28), concluímos que cada divisão do nônio é menor 0,1mm do
que cada divisão da escala fixa. Essa diferença é também a aproximação
máxima fornecida pelo instrumento.

Figura 28 – Aproximação do nônio de 0,1mm

Cálculo de aproximação (sensibilidade)

Para se calcular a aproximação (também chamada sensibilidade) dos


paquímetros, divide-se o menor valor da escala principal (escala fixa), pelo
número de divisões da escala móvel (nônio).

33
SENAI-PE

A aproximação se obtém com a fórmula:

a = aproximação
e
a= e = menor valor da escala principal (fixa)
n
n = número de divisões do nônio (vernier)

e = 1 mm
n = 20 divisões
a = 1mm = 0,05 mm
20

Figura 29 – Nônio com vinte divisões

Dica
O cálculo de aproximação obtido pela divisão do menor valor da
escala principal pelo número de divisões do nônio é aplicado a todo e
qualquer instrumento de medição possuidor de nônio, tais como:
paquímetros, micrômetros, goniômetros, etc.

Há diferentes tipos de paquímetros, conforme os usos a que se destinam. As


figuras 30 a 34 mostram alguns exemplos:

Figura 30 - Paquímetro Universal (medição interna)

Figura 31 - Paquímetro Universal (medição externa)

34
SENAI-PE

Parafuso de chamada
Figura 33 - Paquímetro com dispositivo para deslocamento mecânico

Figura 32 - Paquímetro Universal (medição de profundidade)

O dispositivo de deslocamento mecânico (figura 34) no paquímetro facilita uma


medição mais correta porque determina aproximação gradual e suave do
encosto móvel.

Parafuso de chamada

Figura 34 - Paquímetro de bicos alongados (medição de partes internas).

35
SENAI-PE

Paquímetro milimétrico

Sistema métrico decimal

Valor de cada traço da escala: 1mm:

Figura 35 – Nônio com dez divisões

Comprimento total do nônio: 9mm


Número de divisões do nônio - 10

NÔNIO 9 mm / 10 = 0,9 mm

Valor de cada divisão do nônio = 0,9 mm

1 mm - 0,9 mm = 0,1 mm

Cada divisão do nônio é menor 0,1 mm do que cada divisão da escala.

Assim sendo, se fizermos coincidir o 1º traço do nônio com o traço da escala, o


paquímetro estará aberto 0,1 mm; coincidindo o 2º traço, 0,2 mm; o 3º traço
indicará uma abertura de 0,3 mm, e assim sucessivamente.

36
SENAI-PE

Paquímetro (sistema métrico decimal - aprox. 0,1mm)

Vamos exercitar?

Registre, ao lado, a medida obtida.

1 2

3 4

5 6

7 8

9 10

11 12

13 14

37
SENAI-PE

Paquímetro (sistema métrico decimal - aprox. 0,1mm)

Vamos exercitar?

Registre, no quadro abaixo, as medidas “x” e “y” obtidas.

38
SENAI-PE

Paquímetro milimétrico

Sistema Métrico Decimal

Valor de cada traço da escala: 1mm

Figura 36 – Nônio com vinte divisões

Comprimento total do nônio = 19mm


Número de divisões do nônio = 20

NÔNIO 19 mm / 20 = 0,95 mm

Valor de cada divisão do nônio = 0,95 mm

ESCALA 1 mm - 0,95 mm = 0,05 mm

Cada divisão do nônio é menor 0,05mm do que cada divisão da escala.

Assim sendo, se fizermos coincidir o 1º traço do nônio com o 1º traço da


escala, o paquímetro estará aberto 0,05mm; coincidindo o 2º traço, 0,10mm; o
3º abrirá 0,15mm, e assim sucessivamente.

39
SENAI-PE

Paquímetro (sistema métrico decimal - aprox. 0,05mm)

Vamos exercitar?

Registre ao lado a medida obtida.

40
SENAI-PE

Paquímetro (sistema métrico decimal - aprox. 0,05 mm)

Vamos exercitar?

Registre, no quadro abaixo, as medidas “x” e “y”.

41
SENAI-PE

Paquímetro milimétrico

Sistema Métrico Decimal

Valor de cada traço da escala: 1mm

Figura 37 – Nônio com cinquenta divisões

Comprimento total do nônio = 49mm


Número de divisões do nônio = 50

NÔNIO 49 mm / 50 = 0,98 mm

Valor de cada divisão do nônio = 0,98 mm

ESCALA
1 mm - 0,98 mm = 0,02mm
NÔNIO

Cada divisão do nônio é menor 0,02 mm do que cada divisão da escala.

Assim sendo, se fizermos coincidir o 1º traço do nônio com o traço da escala, o


paquímetro estará aberto 0,02 mm; coincidindo o 2º traço, 0,04mm; o 3º abrirá
0,06 mm, e assim sucessivamente.

42
SENAI-PE

Paquímetro (sistema métrico decimal - aprox. 0,02mm)

Vamos exercitar?

Registre, ao lado, a medida obtida.

43
SENAI-PE

Paquímetro (sistema métrico decimal - aprox. 0,02mm)

Vamos exercitar?

Registre, no quadro abaixo, as medidas “x” e “y” obtidas.

44
SENAI-PE

Paquímetro com frações decimais de polegada

Sistema Inglês Decimal

Valor de cada traço da escala 0,025”

Figura 38 – Nônio com vinte e cinco divisões

Comprimento total do nônio = 1,225”


Número de divisões do nônio = 25

NÔNIO 1,225 / 25 = 0,049”

Valor de cada divisão do nônio = 0,049”

0,050” - 0,049” = 0,001”

Cada divisão do nônio é menor 0,001” do que duas divisões da escala.

Assim sendo, se fizermos coincidir o 1º traço do nônio com o da escala, o


paquímetro estará aberto 0,001”; coincidindo o 2º traço, 0,002”; o 3º abrirá
0,003”, e assim sucessivamente.

45
SENAI-PE

Paquímetro (sistema inglês decimal - aprox. 0,001”)

Vamos exercitar?

Registre, ao lado, a medida obtida.

46
SENAI-PE

Paquímetro (sistema inglês decimal - aprox. 0,001”)

Vamos exercitar?

Registre, no quadro abaixo, as medidas “x” e “y” obtidas.

47
SENAI-PE

Paquímetro com frações ordinárias de polegada

Sistema Inglês Ordinário


1
Valor de cada traço da escala: =
16

Figura 39 - Nônio com oito divisões

7”
Comprimento total do nônio =
16
Número de divisões do nônio = 8

7” 8 7” 1” 7”
NÔNIO / x =
16 16 8 128

7”
Valor de cada divisão do nônio =
128

1” 7” 8” 7” 1”
- = - =
16 128 128 128 128

Cada divisão do nônio é menor 1”/128 do que cada divisão da escala.

Assim sendo, se fizermos coincidir o 1º traço do nônio com o traço da escala, o


paquímetro estará aberto 1/128; coincidindo o 2º traço, 1”/64; o 3º abrirá
3”/128; e assim por diante.

48
SENAI-PE

Paquímetro (sistema inglês ordinário - aprox. 1/128”)

Vamos exercitar?

Registre ao lado a medida obtida.

49
SENAI-PE

Paquímetro (sistema inglês ordinário - aprox. 1/128”)

Vamos exercitar?

Registre, no quadro abaixo, as medidas “x” e “y” obtidas.

50
SENAI-PE

Micrômetros (tipos, usos, graduações e exercícios)

Micrômetro

A precisão de medição que se obtém com o paquímetro, às vezes, não é


suficiente. Para medições mais rigorosas, utiliza-se o micrômetro, que
assegura uma exatidão de 0,01mm.

O micrômetro é um instrumento de dimensão variável que permite medir, por


leitura direta, as dimensões reais com uma aproximação de até 0,001mm
(figura 40).

Figura 40 - Micrômetro

O princípio utilizado é o do sistema parafuso e porca. Assim, se numa porca


fixa, um parafuso der um giro de uma volta, haverá avanço de uma distância
igual ao seu passo.

51
SENAI-PE

Características do Micrômetro

Arco
É construído de aço especial e tratado termicamente, a fim de eliminar as
tensões, e munido de protetor antitérmico, para evitar a dilatação pelo calor
das mãos.

Parafuso Micrométrico
É construído de aço de alto teor de liga, temperado a uma dureza de 63 RC.
Rosca retificada, garantindo alta precisão no passo.

Contatores
Apresentam-se rigorosamente planos e paralelos, e em alguns instrumentos
são de metal duro, de alta resistência ao desgaste.

Fixador ou Trava
Permite a fixação de medidas.

Luva Externa
Onde é gravada a escala, de acordo com a capacidade de medição do
instrumento.

Tambor
Com seu movimento rotativo e através de sua escala, permite a
complementação das medidas.

Porca de Ajuste
Quando necessário, permite o ajuste do parafuso micrométrico.

Catraca
Assegura uma pressão de medição constante.

Tipos e Usos
Para diferentes usos no controle de peças, encontram-se vários tipos de
micrômetros, tanto para medições em milímetros como em polegadas,
variando também sua capacidade de medição.

52
SENAI-PE

As figuras abaixo nos mostram alguns dos tipos existentes.

Figura 41 - Micrômetro para medição externa

Figura 42 - Micrômetro para a medição de espessura de


tubos

Micrômetro com discos, para a medição de papel, cartolina, couro e borracha.

Também é empregado para a medição de passo de engrenagem.

Figura 43 - Micrômetro com discos

53
SENAI-PE

Micrômetro Oltilmeter: utilizado para a medição de diâmetros externos de


peças com números ímpares de divisões, tais como: machos, fresas, eixos
entalhados, etc.

Figura 44 - Micrômetro Oltilmeter

Micrômetro para a medição de roscas.

Figura 45 - Micrômetro para a medição de roscas.

Micrômetro para a medição de profundidade.

Figura 46 - Micrômetro para a medição de profundidade.

54
SENAI-PE

Micrômetro com relógio. Utilizado para a medição de peças em série,


fixado em grampo antitérmico.

Figura 47 - Micrômetro com relógio

Micrômetro para medição externa, com hastes intercambiáveis.

Figura 48 - Micrômetro para medição externa

Micrômetro Tubular. Utilizado para medição interna.

Figura 49 - Micrômetro Tubular

55
SENAI-PE

Os micrômetros tubulares podem ser aplicados em vários casos, utilizando-se


o conjunto de hastes intercambiáveis (figuras 50, 51 e 52).

Figura 50 - medição de grandes diâmetros Figura 51 - convertido em calibre de altura

Figura 52 - medição de diâmetros profundos

Figura 53 - “IMICRO” Utilizado para a medição de diâmetro interno.

O IMICRO é um instrumento de alta precisão: os seus três contatores


permitem um alojamento perfeito do instrumento no furo por medir,
encontrando-se facilmente a posição correta de medição.

Figura 54 - IMICRO para a medição de grandes diâmetros.

56
SENAI-PE

Mecanismo do IMICRO.

Figura 55 - Mecanismo do IMICRO

Recomendações

• Evitar choques, quedas, arranhões e sujeira.


• Não medir peças fora da temperatura ambiente.
• Não medir peças em movimento.
• Não forçar o micrômetro.

Conservação

• Depois do uso, limpar cuidadosamente o instrumento.


• Guardar o micrômetro em estojo próprio.
• O micrômetro deve ser guardado destravado e com os contatores
ligeiramente afastados.

Micrômetro milimétrico

Inicialmente observaremos as divisões da escala da luva. Nas figuras 56 e 57,


mostramos a escala da luva do micrômetro com os traços em posições
diferentes, porém sem alterar a distância entre si.

Figura 56 – Escala da luva

57
SENAI-PE

Figura 57 – Escala da luva

Sabendo-se que, nos micrômetros do sistema métrico, o comprimento da


escala da luva mede 25,00mm, se dividirmos o comprimento da escala pelo nº
de divisões existentes, encontraremos o valor da distância entre as divisões
(0,50mm), que é igual ao passo do parafuso micrométrico (figura 58).

Figura 58 – Passo do parafuso micrométrico

Estando o micrômetro fechado, dando uma volta completa no tambor rotativo,


teremos um deslocamento do parafuso micrométrico igual ao seu passo
(0,50mm), aparecendo o primeiro traço na escala da luva (Figura 59). A leitura
da medida será 0,50mm. Dando-se duas voltas completas, aparecerá o
segundo traço, e a leitura será 1,00mm (Figura 60). E assim sucessivamente.

Figura 59 – Leitura de 0,50mm Figura 60 – Leitura de 1mm

58
SENAI-PE

Leitura do Tambor

Sabendo que uma volta no tambor equivale a 0,50mm, tendo o tambor 50


divisões (Figura 61), concluímos que cada divisão equivale a 0,01mm.

Assim sendo, se fizermos coincidir o primeiro traço do tambor com a linha de


referência da luva, a leitura será 0,01mm (Figura 62), o segundo traço 0,02mm
(Figura 63), o quadragésimo nono traço 0,49mm (figura 64).

Figura 62 – Leitura de 0.01mm


Figura 63 – Leitura de 0,02mm Figura 64 – Leitura de 0,49mm

59
SENAI-PE

Sabendo a leitura da escala da luva e do tambor, podemos ler qualquer


medida registrada no micrômetro (Figura 65).

Leitura da escala da luva = 8,50mm

Leitura do tambor = 0,32mm

Figura 65 – Leitura de 8,82mm

Para efetuarmos a leitura da medida, somamos a leitura da escala da luva com


a do tambor: 8,50 + 0,32 = 8,82mm.

Na figura 66, mostramos outro exemplo, com a utilização de um micrômetro


em que a escala da luva apresenta a posição dos traços de forma diferente.

Leitura da escala da luva = 11,00 mm


Leitura do tambor = 0,23 mm
Leitura da medida = 11,23 mm

Figura 66 – Leitura de 11,23mm

60
SENAI-PE

Micrômetro (sistema métrico decimal - aprox. 0,01mm)

Vamos exercitar?

Registre, ao lado, a medida obtida.

61
SENAI-PE

Micrômetro (sistema métrico decimal - aprox. 0,01mm)

Vamos exercitar?

Registre, ao lado, a medida obtida.

62
SENAI-PE

Micrômetro (sistema métrico decimal - aprox. 0,01mm)

Vamos exercitar?

Registre, no quadro abaixo, as medidas “x” e “y” obtidas.

63
SENAI-PE

Micrômetro em polegadas

Para efetuarmos leitura do sistema inglês decimal, com o micrômetro é


necessário conhecermos inicialmente as divisões da escala da luva (figura 67).

Figura 67 – Divisões da escala da luva

Conforme mostra a figura 67, a escala da luva é formada por uma reta
longitudinal (linha de referência), na qual o comprimento de 1” é dividido em
40 partes iguais. Daí concluímos que a distância entre as divisões da escala da
luva é igual a 0,025”, que corresponde ao passo do parafuso micrométrico
(figura 68).

Figura 68 – Passo do parafuso micrométrico

Observação:
De acordo com os diversos fabricantes de instrumentos de medição, a posição
dos traços da divisão da escala da luva dos micrômetros se apresenta de
formas diferentes, não alternando, porém, a distância entre si (figuras 67 e 68).

64
SENAI-PE

Estando o micrômetro fechado, se dermos uma volta completa no tambor


rotativo, teremos um deslocamento do parafuso micrométrico igual ao seu
passo (0,025”), aparecendo o primeiro traço na escala da luva (figura 69). A
leitura da medida será 0,025. Dando-se duas voltas completas, aparecerá o
segundo traço: a leitura da medida será 0,050” (figura 70). E assim
sucessivamente.

Figura 69 – Leitura de 0,025” Figura 70 – Leitura de 0,050”

Leitura do Tambor

Sabendo-se que uma volta no tambor equivale a 0,025”, tendo o tambor 25


divisões (figura 71), conclui-se que cada divisão do tambor equivale a 0,001”.

Uma volta no tambor = 0,025”


Nº de divisões do tambor = 25
0,025”
Cada divisão do tambor = = 0,001”
25

Figura 71 – Leitura do tambor

65
SENAI-PE

Assim sendo, se fizermos coincidir o primeiro traço do tambor com a linha de


referência da luva, a leitura será 0,001” (figura 72), o segundo traço 0,002”
(figura 73), o vigésimo quarto traço 0,024” (figura 74).

Figura 73 – Leitura de 0,002” Figura 74 – Leitura de 0,024”


Figura 72 – Leitura de 0,001”

Sabendo-se a leitura da escala da luva e a do tambor, podemos ler qualquer


medida registrada no micrômetro (figura 75).

Figura 75 – Leitura de 0,237”

Leitura da escala da luva = 0,225”


Leitura do tambor = 0,012”

Para efetuarmos a leitura da medida, soma-se a leitura da escala da luva com


a do tambor: 0,225” + 0,012” = 0,237 (figura75).

66
SENAI-PE

Micrômetro (sistema inglês decimal - aprox. 0,001”)

Vamos exercitar?

Registre, ao lado, a medida obtida.

67
SENAI-PE

Micrômetro (sistema inglês decimal - aprox. 0,001”)

Vamos exercitar?

Registre, ao lado, a medida obtida.

68
SENAI-PE

Relógio comparador

Relógio Comparador (Milímetro)

É um instrumento de precisão, utilizado em medições lineares (Figura76).


Serve para comparar (medir) folgas, desgastes e empenos em componentes
ou conjuntos mecânicos.

Relógios Comparadores

Figura 76 – Relógio comparador

Os conhecimentos, a seguir, são necessários para que o operador do


instrumento o utilize adequadamente, obtendo desta forma melhor rendimento
em sua aplicação:

Amplitude
É a medida máxima positiva que pode ser tomada com o instrumento. As
medidas por comparar devem ser de, no máximo, a metade do valor da
amplitude do relógio comparador, para que se possa avaliar suas variações
positivas e negativas.

69
SENAI-PE

Sensibilidade
É a menor medida que pode ser indicada pelo instrumento. Corresponde ao
menor deslocamento do ponteiro grande e que pode ser indicado na escala
graduada do instrumento.

Sistema de Medida
A construção dos instrumentos obedece a um dimensionamento em seus
mecanismos e graduações relacionado com os sistemas de medição usados
industrialmente. As indicações de amplitude, sensibilidade e sistema de
medição são gravadas no mostrador do instrumento para permitir sua
identificação (figura 77).

Figura 77 - Identificação do relógio comparador

Carga Inicial ou de Medição

É a carga imposta na haste de medição, no início das medições efetuadas com


o relógio comparador.

Tem por finalidade permitir que o deslocamento do ponteiro grande se faça nos
dois sentidos: horário (variações positivas) e anti-horário (variações negativas)
(Figura 78)

70
SENAI-PE

Figura 78 - Representação das variações positivas e


negativas devidas à carga de medição.

O valor de carga de medição é indicado pela coincidência do ponteiro pequeno


com um traço de sua escala (figura 79).

Figura 79 - Representação da carga de medição.

No exemplo ilustrado, o valor da carga é 5mm.

71
SENAI-PE

Coincidindo o ponteiro maior com o 3º traço, teremos 0,03mm (Figura 80).

Figura 80 – Leitura de 0,03mm

Quando a coincidência do ponteiro maior ocorre com o 55º, teremos 0,55mm


(Figura 81) e assim sucessivamente.

Figura 81 – Leitura de 0,55mm

72
SENAI-PE

Quando o ponteiro maior atingir o 100º traço, teremos uma variação de


1,00mm (cem centésimos), que é igual a 1mm e corresponde a uma volta
completa em sua escala. Nessa posição o ponteiro menor terá percorrido um
intervalo (distância entre dois traços) da sua escala (figura 82).

Figura 82 – Leitura de 1mm

A leitura do instrumento se faz contando-se o número de intervalos


ultrapassados pelo ponteiro menor em sua escala, mais o número de divisões
registradas pelo ponteiro maior (figura 83).

Leitura
A carga de medição era de 5,00mm,
houve um deslocamento de dois
intervalos (2,00mm) do ponteiro
menor em sua escala, mais a
coincidência do ponteiro maior
registrando o 57º traço de sua
escala (0,57mm). A medida,
portanto, é de 2,57mm.
2,00mm
+ 0,57mm
2,57mm
Figura 83 – Leitura de 2,57mm

73
SENAI-PE

Em medição de folga através de relógios comparadores, serão bastante


utilizadas a expressão FOLGA AXIAL e FOLGA RADIAL.

As figuras abaixo mostram o que cada expressão significa.

FOLGA AXIAL
Também conhecida como
folga longitudinal.

Figura 84 – Verificação da folga axial

Folga radial

Figura 85 – Verificação da folga radial

74
SENAI-PE

Súbito - Dispositivos para Medidas Internas

1. Relógio comparador;
2. Haste tubular;
3. Cabeça de medição;
4. Hastes apalpadoras.

Figura 86 - Súbito

Utilização

Ovalização é a diferença entre os


diâmetros ortogonais: C-D.

Figura 87 – Aplicação do Súbito

Condições de Uso

• O relógio comparador tem que ser utilizado em comparações que tenham no


máximo a metade de sua amplitude.
• A aferição do relógio é feita no início da comparação, girando-se o aro do
mostrador até que o zero da escala periférica coincida com o ponteiro maior.
• O posicionamento correto do instrumento implica maior confiança na
medida.
• A superfície por medir tem que estar limpa, pois, caso contrário, trará
resultado duvidoso.
• Antes de se iniciar a comparação, deve-se dar uma carga inicial ou de
medição na ponta de contato, para garantir o deslocamento do ponteiro nos
dois sentidos: horário e anti-horário.

75
SENAI-PE

Conservação

• Evite que o relógio comparador sofra choques.


• Ao montá-lo no suporte, verifique o aperto de todos os parafusos do suporte.
• Por ser de construção delicada, evite utilizar o instrumento além de sua
amplitude e movimentos bruscos em sua utilização.
• Guarde-o sempre em estojo próprio e limpo.

Relógio comparador (sistema métrico decimal - aprox. 0,01mm)

À esquerda mostramos os relógios comparadores com pressão inicial. À


direita, a nova posição ocupada pelos ponteiros. Quais serão as leituras?

Ressalto

Resposta ..............................mm.
Rebaixo

Resposta............................mm.

76
SENAI-PE

Relógio comparador (sistema métrico decimal - aprox. 0,01mm)

Vamos exercitar?

Registre, ao lado, as medidas obtidas

Observações:
• O início da seta no mostrador pequeno mostra a carga inicial ou de
medição.
• Deve ser registrado se a variação é negativa ou positiva.

77
SENAI-PE

Relógio comparador (sistema métrico decimal - aprox. 0,01mm)

Vamos exercitar?

Registre, ao lado, as medidas obtidas.

Observações:
• O início da seta no mostrador pequeno mostra a carga inicial ou de
medição.
• Deve ser registrado se a variação é negativa ou positiva.

78
SENAI-PE

Goniômetro

O goniômetro é um instrumento que serve para medir ou verificar ângulos.

Na figura 88, temos um goniômetro de precisão. O disco graduado e o


esquadro formam uma só peça, apresentando quatro graduações de 0º a 90º.
O articulador gira com o disco do vernier, e em sua extremidade, há um
ressalto adaptável à régua.

Figura 88 - Goniômetro de vernier

Para usos comuns, em casos de medidas angulares que não exijam extremo
rigor, o instrumento indicado é o goniômetro simples (transferidor de grau),
figuras 89 e 90.

Figura 89 – Goniômetro simples (transferidor de grau) Figura 90 – Goniômetro simples (transferidor


de grau)

79
SENAI-PE

As figuras de 91 a 95 dão exemplos de diferentes medições de ângulos de


peças ou ferramentas, mostrando várias posições da lâmina.

Figura 91 – Verificação de ângulo Figura 92 – Verificação de ângulo

Figura 93 – Verificação de ângulo

Figura 94 – Verificação de ângulo Figura 95 – Verificação de ângulo

80
SENAI-PE

Divisão angular

Em todo tipo de goniômetro, o ângulo reto (90º) apresenta 90 divisões. Então


concluímos que cada divisão equivale a 1º. Na figura 96, observamos a divisão
do disco graduado do goniômetro.

Figura 96 – Disco graduado do goniômetro

Leitura do goniômetro

Leem-se os graus inteiros na graduação do disco com o traço zero do nônio


(Figura 97). O sentido da leitura tanto pode ser da esquerda para a direita,
como da direita para a esquerda (Figura 98).

Figura 97 – Leitura do Goniômetro Figura 98 – Leitura do Goniômetro

81
SENAI-PE

Utilização do nônio

Nos goniômetros de precisão, o vernier (nônio) apresenta 12 divisões à direita,


e à esquerda do zero do nônio (figura 99). Se o sentido da leitura foi à direita,
usa-se o nônio da direita; se for à esquerda, usa-se o nônio da esquerda.

Figura 99 – Graduações do Goniômetro

Cálculo de aproximação

a = aproximação
e = menor valor do disco graduado = 1º
n = número de divisões do nônio = 12 divisões

e
a =
n

1° 60’
a = = = 5
12 12

Cada divisão do nônio é menor 5’ do que duas divisões do disco graduado.

Se fizermos coincidir o primeiro traço do nônio, a leitura será 0º 5’ (Figura 100);


o segundo traço, a leitura será 0º 10’ (Figura 101); o nono traço, a leitura será
0º 45’ (Figura 102).

Figura 100 - Leitura de 5’ Figura 101 – Leitura de 10’

82
SENAI-PE

Figura 102 – Leitura de 45’

83
SENAI-PE

Goniômetro (sistema sexagesimal - aprox. 1º)

Vamos exercitar?

Registre, ao lado, a medida obtida.

84
SENAI-PE

Goniômetro (sistema sexagesimal - aprox. 5’)

Vamos exercitar?

Registre, abaixo, a medida obtida.

85
SENAI-PE

Verificador de folgas

É um instrumento de medição muito usado na oficina de reparação de


automóveis. Destina-se a medir as folgas existentes nos diversos mecanismos
e peças.

O verificador de folgas de lâminas consiste em um agrupamento de lâminas de


várias espessuras, dispostas em forma de canivete.

Figura 103 - Verificador de Folgas

O verificador de folga cilíndrica é constituído de hastes com formato cilíndrico,


em várias medidas, dispostas geralmente em forma de canivete.

Figura 104 - Verificador de Folga Cilíndrica

86
SENAI-PE

Os calibradores de raio são utilizados para verificação de raios internos e


externos.

Calibradores de Raio

Lâminas Calibradoras

Figura 105 - Calibrador de Raio

Figura 106 – Verificação de raio

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Exemplos de utilização

As lâminas calibradoras são utilizadas também na verificação de folga das


válvulas.

Figura 107 – Verificação de folga das válvulas

As medidas das lâminas e hastes podem estar graduadas no sistema métrico,


em milímetros, ou no sistema inglês, em polegadas.

Emprego

Os casos mais comuns de uso de verificadores de lâminas estão


representados nas ilustrações seguintes:

Figura 108 - Regulagem de folga das válvulas

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Figura 109 - Verificação de folga axial de engrenagens

Figura 110 - Verificação de folga entre êmbolo e cilindro de freio

O verificador de haste cilíndrica presta-se mais para a medição de passagens


calibradas e superfícies que não permitem verificação correta com o uso de
lâminas.

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No automóvel, seu uso é indicado no ajuste dos eletrodos das velas de ignição.

Figura 111 - Verificação de folga dos eletrodos da vela de ignição

Condições de Uso

• O verificador deve ser selecionado de acordo com a necessidade de


trabalho.
• A lâmina ou a haste cilíndrica não deve entrar com pressão excessiva na
folga por medir.
• A medição não deve ser feita em mecanismos em funcionamento para não
provocar deformações nas lâminas.

Conservação

• Após sua utilização, o verificador deve ser limpo e protegido contra a


oxidação.
• O verificador deve ser guardado em lugar limpo e isento de umidade.

Torquímetro

É utilizado para medir o esforço de aperto, ou seja, o torque. A unidade de


torque é m.kgf. Podemos definir, como sendo o produto de uma força de 1 kgf
(um quilograma força) atuando perpendicularmente num braço de alavanca de
comprimento igual a um metro. É um cabo especial para chave soquete com
dispositivo de medições de tensões.

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Para uma montagem técnica e adequada das peças e conjuntos, procure


obedecer a tabela de especificações de torques recomendados pelo fabricante.
Existem torquímetros de: estalo, ponteiro e relógio.

Figura 112 – Torquímetro de estalo Figura 113 – Torquímetro de ponteiro Figura 114 – Torquímetro de relógio

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SENAI-PE

TRANSFORMAÇÃO DE MEDIDAS

a
1 Transformação

Transformar polegada em milímetro.

1º Caso ⇒ Transformar polegadas inteiras em milímetros.

Para se transformar polegada inteira em milímetros, multiplica-se 25,4 mm pela


quantidade de polegadas por transformar.

Ex.: Transformar 3” em milímetros

25,4
25,4 x 3 = 76,2 mm → x3
76,2

2º Caso ⇒ Transformar fração da polegada em milímetro.

Quando o número for fracionário, multiplica-se 25,4 mm pelo numerador da


fração e divide-se o resultado pelo denominador.

Ex.: Transformar 5/8” em milímetros.

25,4 x 5 25,4
= 15,875mm
8 x5
127,0 8
47 15,875
70
60
40
0

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3º Caso ⇒ Transformar polegada inteira e fracionária em milímetro.

Quando o número for misto, inicialmente se transforma o número misto em


uma fração imprópria e, a seguir, opera-se como no 2º Caso.

3”
Ex.:Transformar 1 em milímetros.
4

3 1x4+3 7
1 = =
4 4 4

7 25,4 x 7
= = 44,45mm
4 4

2ª Transformação

Transformar milímetro em polegada.

Multiplica-se a quantidade de milímetros pela constante 5,04, dando-se como


denominador à parte inteira do resultado da multiplicação a menor fração da
polegada, simplificando-se a fração, quando necessário.

Ex.: Transformar 9,525 mm em polegadas.

9,525 x 5,04 48
=
128 128

48 24 12 6 3
Simplificando a fração teremos: = = = =
128 64 32 16 8

9,525
x 5,04
38100
477250
4810600

Após a aprendizagem de mais um sistema de unidade de medidas,


aumentaremos a nossa relação de transformação de medidas.

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3a Transformação

Transformar sistema inglês ordinário em decimal.

Para se transformar sistema inglês ordinário em decimal, divide-se o


numerador da fração pelo denominador.

Ex.: Transformar 7/8” em decimal.

7” = 0,875” 70 8
8 60 0,875

40
0

4ª Transformação

Transformar sistema inglês decimal em ordinário.

Para se transformar sistema inglês decimal em ordinário, multiplica-se valor em


decimal por uma das divisões da polegada, dando-se para denominador a
mesma divisão tomada, simplificando-se a fração, quando necessário.

Ex.: Transformar 0,3125” em sistema inglês ordinário.

0,3125” x 128 = 40
128 128

40 20 10 5”
Simplificando a fração teremos: = = =
128 64 32 16

0,3125
x 128
25000
6250
3125
40,0000

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SENAI-PE

Com os dois tipos de transformação de medidas apresentados nesta folha,


completamos o total dos seis mais frequentemente utilizados pelo Inspetor de
Medição.

a
5 Transformação

Transformar polegada decimal em milímetro.

Para se transformar polegada decimal em milímetro, multiplica-se o valor em


decimal da polegada por 25,4.

Ex.: Transformar 0,875” em milímetro.

0,875” x 25,4 = 22,225mm 0,875


x 25,4
3500
4375
1750
22,2250

a
6 Transformação

Transformar milímetro em polegada decimal.

Para se transformar milímetro em polegada decimal, podemos utilizar dois


processos:

1º Processo ⇒ Divide-se o valor em milímetro por 25,4.

Ex.: Transformar 3,175mm em polegada decimal.

3,175 : 25,4 = 0,125” 3,1750 25,400


063500 0,125
127000
00000

2º Processo ⇒ Multiplica-se o valor em milímetro pela constante 0,03937”.

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Observação:
A constante 0,03937” corresponde à quantidade de milésimos de polegada
contida em 1 milímetro.

1mm = 0,03937”

Ex.: Transformar 3,175mm em polegada decimal.

3,175 x 0,03937” = 0,125” 3,175


x 0,03937
22225
9525
28575
9525
0,12499975 ≅ 0,125”

Observação:
A diferença do resultado entre o 1º e 2º processos, conforme mostram os
exemplos acima, passa a ser desprezível, considerando-se ambos os
processos corretos.

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EXERCÍCIO DE TRANSFORMAÇÃO DE MEDIDAS

1. Transforme em milímetros:
Cálculo
5/32” =

5/16” =

1/128” =

1 5/8” =

2. Transforme em polegada ordinária:


Cálculo
1,5875mm =

19,05mm =

25,00mm =

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3. Transforme em polegada decimal:


Cálculo
5/64” =

3/16” =

1/2“=

1 7/8” =

4. Transforme em polegada ordinária:


Cálculo
0,125” =

0,4375” =

1,375” =

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5. Transforme em polegada decimal:


Cálculo
6,35mm =

11,1125mm =

60,325mm =

79,375mm =

6. Transforme em milímetros:
Cálculo
0,0625” =

0,001” =

1,500” =

2,625” =

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CONCLUINDO

Com o estudo realizado, torna–se mais fácil compreender e utilizar os


instrumentos de medição contidos na metrologia aplicada.

Fica claro que as atividades de diagnóstico, reparo e manutenção de


componentes exigem o máximo controle para um funcionamento ótimo.

Consulte manuais de serviço, como suporte técnico, tenha-os sempre a seu


alcance.

Comparar os valores obtidos nas medições permite identificar a necessidade


de substituição ou retífica, o que é fundamental para que o trabalho seja
realizado de acordo com os parâmetros técnicos indicados.

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REFERÊNCIAS

• BRANDY, James E. Química Geral. 2. ed. LTC, Rio de Janeiro: 1986.

• CAMPBELL, June M.; CAMPBELL, Joe B. Matemática de Laboratório... 3.


ed. Roca, São Paulo: 1986.

• GIOVANNI, José Ruy; DANTE, Luiz Roberto. Matemática; teoria,


exercícios e aplicações. FTD. São Paulo: 1990. v. 01.

• SENAI – DR /PE. Cálculo Industrial, Recife: 1998.

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CRÉDITOS

Elaboração
João Bosco Pires Alves

Elaboração e revisão de Matemática


• Débora Maria dos Santos – ETS Paulista

Digitação / Diagramação - Matemática


• Maria Carolina Mendonça de Amorim Moreira – DET
• Paulo Fernando Medeiros Epaminondas – DET

Digitação / Diagramação - Metrologia


• Anna Daniella C. Teixeira

Atualização - 2012
• Anderson César Correia de Brito Lira – ETS Caruaru
• Paulo Roberto A. Santos – ETS Petrolina
• Moisés Souza de Santana – ETS Santo Amaro

Revisão Técnica
• Stênio Ribeiro

Revisão Gramatical
• Jaciline Buarque Lustosa
• Teresa Lucrécia Melo Santos

Diagramação – Versão 2012


• Lindalva Maria da Silva – DET

Editoração
• Divisão de Educação Profissional e Tecnológica – DET

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