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SENAI/SC 2
Tubulações e Acessórios
FIESC
SENAI
TUBULAÇÕES E ACESSÓRIOS
Florianópolis – 2004
SENAI/SC 3
Tubulações e Acessórios
É autorizada reprodução total ou parcial deste material por qualquer meio ou sistema
desde que a fonte seja citada
Equipe Técnica:
Organizadores:
Adagir Saggin
Maurício Cappra Pauletti
Wenilton Rubens de Souza
Coordenação:
Adriano Fernandes Cardoso
Osvair Almeida Matos
Roberto Rodrigues de Menezes Junior
Produção Gráfica:
César Augusto Lopes Júnior
Capa:
César Augusto Lopes Júnior
S474t
CDU: 662.767:621.6.02
SENAI/SC 4
Tubulações e Acessórios
SUMÁRIO
1 Tubulações Industriais................................................................................................6
1.1 Introdução............................................................................................................6
1.2 Classificação das Tubulações Industriais Quanto ao Emprego ..........................7
1.3 Classificação das Tubulações Quanto ao Fluido Conduzido ..............................8
2 Componentes e Acessórios de Tubulação .................................................................9
2.1 Tubos...................................................................................................................9
2.2 Principais Materiais para Tubos ..........................................................................9
2.3 Materiais para Instalação de Gás Combustível .................................................10
2.3.1 Tubos de aço-carbono................................................................................10
2.3.2 Tubos de Ferro Fundido e de Ferro Forjado ..............................................14
2.3.3 Tubos de Metais Não-Ferrosos - Cobre .....................................................15
2.3.4 Tubos de Materiais Plásticos - Polietileno ..................................................16
2.3 Meios de Ligação de Tubos...............................................................................17
2.4.1 Ligações Rosqueadas ................................................................................18
2.4.2 Ligações Soldadas .....................................................................................27
2.4.3 Ligações Flangeadas..................................................................................29
2.4.4 Outros Acessórios de Tubulação................................................................37
2.4.5 Sistemas de Ligação para Tubulações de Aço ..........................................38
2.5 Aplicações de Tubulações para Gás .................................................................39
2.5.1 Transporte de Gás Natural .........................................................................39
2.5.2 Distribuição do Gás Natural ........................................................................39
2.5.3 Distribuição Interna e Consumo..................................................................40
2.5.4 Limpeza de Gasodutos para Transporte e Distribuição de Gás .................40
3 Controle de Corrosão ...............................................................................................44
3.1 Conceitos de Corrosão ......................................................................................44
3.1.1 Principais Extremidades Anódicas (menos nobre) .....................................44
3.1.2 Extremidade Catódica (mais nobre) ..........................................................44
3.2 Métodos de Combate a Corrosão......................................................................45
3.2.1 Pintura Industrial .........................................................................................45
3.2.3 Revestimento Anticorrosivo ........................................................................46
3.2.4 Proteção Catódica ......................................................................................46
3.2.5 Uso de Materiais Imunes à Corrosão .........................................................47
4 Válvulas e Acessórios de Tubulações ......................................................................48
4.1 Válvulas para Tubulações .................................................................................48
4.2 Construção das Válvulas ...................................................................................48
4.3 Extremidades das Válvulas ...............................................................................49
4.4 Materiais para Válvulas .....................................................................................49
4.5 Meios de Operação das Válvulas ......................................................................49
4.6 Classificação das Válvulas ................................................................................50
4.6.1 Válvulas de Bloqueio ..................................................................................50
4.6.2 Válvulas de Regulagem ..............................................................................52
4.6.3 Válvulas que Permitem o Fluxo em um só Sentido ....................................54
4.6.4 Válvulas que Controlam a Pressão a Montante..........................................55
4.6.5 Válvulas que Controlam a Pressão a Jusante ............................................55
4.7 Filtros .................................................................................................................59
5 Anexos......................................................................................................................62
SENAI/SC 5
Tubulações e Acessórios
1 TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS
1.1 Introdução
Figura 1: Tubulação
A importância das tubulações na indústria é enorme; todas as indústrias têm redes de
tubulações de maior ou menor importância, e quase todas essas redes são essenciais
ao funcionamento da indústria. A importância é ainda maior nas chamadas indústrias
de processo, nas quais as tubulações são os elementos físicos de ligação entre os
equipamentos (vasos de pressão, reatores, tanques, bombas, trocadores de calor etc.)
por onde circulam os fluidos de processo e de utilidades. Nessas indústrias o valor das
tubulações representa, em média, 20 a 25% do custo total da instalação industrial, a
montagem das tubulações atinge, em média, 45 a 50% do custo total da montagem de
todos os equipamentos, e o projeto das tubulações vale, em média, 20% do custo total
do projeto da indústria.
Na nomenclatura americana os tubos são chamados de "pipe" ou de "tube". Entre es-
ses dois termos não há uma distinção muito rígida. De um modo geral o termo "pipe" é
usado para os tubos cuja função é propriamente de conduzir fluidos, enquanto que o
termo "tube" emprega-se para os tubos destinados primordialmente a outras funções,
tais como trocar calor (tubos de feixes tubulares e serpentinas de caldeiras, fomos,
trocadores de calor etc), transmitir pressão, conduzir sinais (tubos de instrumentação),
funcionar como vigas ou como elementos estruturais etc.
A "Comisión Pan-Americana de Normas Tecnicas" (COPANT) recomenda que se
chame de "tubos para condução" os tubos destinados ao transporte de fluidos, e que
se chame simplesmente de "tubos" os que se destinam primordialmente a qualquer
outra finalidade. Embora essa nomenclatura recomendada não seja de uso corrente
aqui no Brasil, deve ser feito esforço para introduzí-Ia entre todos que lidam com tais
materiais.
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Tubulações e Acessórios
1.2 Classificação das Tubulações Industriais Quanto ao Emprego
Tubulações Industriais:
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Tubulações e Acessórios
1.3 Classificação das Tubulações Quanto ao Fluido Conduzido
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Tubulações e Acessórios
2 COMPONENTES E ACESSÓRIOS DE TUBULAÇÃO
2.1 Tubos
O componente principal de uma tubulação é sem duvida o tubo. O material mais em-
pregado na fabricação de tubos é o aço carbono que é o material que apresenta me-
nor relação custo/resistência, além de ter uma boa soldabilidade e conformabilidade.
Os tubos de aço carbono podem ser fabricados por dois métodos, conforme o seu
estado final:
Tubos sem solda longitudinal, ou sem costura. Estes tubos são fabricados pelos pro-
cessos de Laminação com mandril; Extrusão; ou Trefilação.
Tubos com solda longitudinal ou espiral, ou com costura. Estes tubos são fabricados
pelo processo de conformação mecânica seguido de soldagem.
Estes tubos são geralmente fabricados com comprimento de 6, 9 ou 12m, mas tubos
em pequenos diâmetros (< 5pol) já estão sendo fabricados por trefilação com compri-
mento de até 1600m, e acondicionados em bobinas, possibilitando redução no tempo
de instalação e maior confiabilidade ao duto.
Tubos metálicos:
− Ferrosos:
• Aços-carbono (carbon steel).
• Aços-liga (low alloy, high alloy steel).
• Aços inoxidáveis (stainless steel).
• Ferro fundido (cast iron).
• Ferro forjado (wrought iron).
• Ferros ligados (alloy cast iron).
• Ferro nodular (nodular cast iron).
− Não ferrosos:
• Cobre (cooper).
• Latões (brass).
• Cobre-níquel.
• Alumínio.
• Níquel e ligas.
• Metal Monel.
• Chumbo (lead).
• Titânio, zircônio.
Tubos não-metálicos:
− Materiais plásticos.
− Cimento-amianto (transite).
− Concreto armado.
− Barro vidrado (clay).
− Elastômeros (borrachas).
− Vidro.
− Cerâmica, porcelana etc.
• Cloreto de polivinil (PVC).
• Polietileno.
• Acrílicos.
• Acetato de celulose.
• Epóxi.
• Poliésteres.
• Fenólicos etc.
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Tubos de aço com revestimento interno de:
− Zinco.
− Aços inoxidáveis.
− Materiais plásticos.
− Elastômeros (borrachas),ebonite.
− Asfalto, esmaltes asfálticos.
− Concretos.
− Vidro, porcelana.
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Especificações da ASTM (American Society for Testing and Materials):
1. ASTM A-53 - Especificação para tubos de qualidade média, com ou sem costura, de
1/8 “a 26" de diâmetro nominal, para uso geral. Os tubos podem ser pretos (isto é,
sem nenhum acabamento superficial) ou galvanizados, A especificação inclui tubos
sem costura e com costura de solda de resistência elétrica; para qualquer dos proces-
sos de fabricação a especificação define dois graus de material, denominados graus A
e B, conforme a resistência mecânica e o teor de carbono no aço, como explicado a
seguir.
2. ASTM A-106 - Especificação para tubos de alta qualidade, sem costura, de 1/8" a
26" de diâmetro nominal, para temperaturas elevadas. O aço-carbono deve ser sem-
pre acalmado com silício. A especificação abrange três graus de material A, B e C,
sendo o grau C raramente empregado e não fabricado aqui no Brasil.
3. ASTM A-120 - Especificação para tubos de qualidade estrutural, pretos ou galvani-
zados, com ou sem costura, de 1/8" a 26" de diâmetro nominal. Essa especificação
não prescreve exigências de composição química completa do material, não estabele-
cendo, por exemplo, limites máximos de carbono, cujo teor poderá assim estar mais
alto do que o aceitável para boa soldabilidade. A norma ANSI/ ASME B 31.3 só permi-
te o emprego desses tubos para os i serviços enquadrados na denominada "Categoria
D". o que inclui fluidos não-inflamáveis, não-tóxicos e não perigosos, em pressões até
1 MPa (= 10 kg/cm²) e em temperaturas até 185°C,Esses tubos, mais baratos do que
os anteriores, podem ser empregados para água, ar comprimido, condensado, e ou-
tros serviços de baixa responsabilidade.
4. ASTM A-134 - Especificação para tubos com costura soldada por arco submerso,
em diâmetros nominais de 16", ou maiores, com solda longitudinal ou helicoidal. A
norma ANSI/ASME B 31.3 só permite o uso desses tubos para os serviços da "Cate-
goria D".
5. ASTMA-135-Especificação para tubos soldados por resistência elétrica, em diâme-
tros nominais de 2" a 30", abrangendo dois graus de material A e B. Pela norma já
citada. o emprego desses tubos também só é permitido para os serviços de "Categoria
D".
6. ASTM A-333 - Especificação para tubos com ou sem costura, especiais para servi-
ços em baixas temperaturas. A especificação abrange vários graus de material, sendo
os graus 1 e 6 de aço-carbono, acalmado com silício; os outros graus correspondem a
aços-liga níquel.
7. ASTMA-671 - Especificação para tubos fabricados com costura por solda elétrica
(arco submerso), em diâmetros de 16", ou maiores, para serviços em temperaturas
ambiente e baixas. A especificação abrange 15 classes de material, designadas de 10
a 52. conforme as exigências de tratamentos térmicos, radiografia da solda e teste de
pressão. Os tubos de aço-carbono são feitos a partir de chapas de aço acalmado
(ASTM A-516), ou não acalmado (ASTM A-285 Gr.C); a especificação inclui também
tubos de aços-liga níquel,
8. ASTM A-672 - Especificação para tubos fabricados com costura por solda elétrica
(arco submerso), em diâmetros de 16", ou maiores, para serviços de altas pressões,
em temperaturas moderadas. A especificação abrange 15 classes de material, desig-
nadas também de 10 a 52, como a A-671. Os tubos de aço-carbono são feitos de cha-
pas de aço acalmado (ASTM A-515 ou A-516), ou não acalmado (ASTM A-285 Gr.C);
a especificação inclui também tubos de aço-liga molibdêmio.
(*) Note-se que existem no comércio materiais ditos de "qualidade comercial", que não
obedecem a nenhuma especificação, e por isso são vendidos mais barato.
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Tubulações e Acessórios
Especificações do API (American Petroleum Institute)
De acordo com a norma ANSI/ASME B 31.3, os tubos desta especificação não devem
ser empregados para temperaturas acima de 200°C.
Estritamente falando, os tubos dos graus X56 a X80 não são de aço-carbono, e sim de
aços de baixa-liga, porque têm pequenas quantidades de Ti, V e Nb.
Notas Gerais:
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• Diâmetros para Tubos de Aço
∅N ≤12” ∅I ≠ ∅N ≠ ∅E
∅I ∅N > 12” ∅N = ∅E
∅N – Diâmetro Nominal
∅E – Diâmetro Externo
∅E ∅I – Diâmetro Interno
Esta norma abrange tubos com diâmetros nominais de 1/8" até 36". De
1/8 “até 12" o diâmetro nominal não corresponde a nenhuma dimensão física dos tu-
bos; de 14 “até 36", o diâmetro nominal coincide com o diâmetro externo dos tubos.
Os diâmetros nominais padronizados pela norma ANSI B 36.10 são os seguintes: 1/8",
¼", 3/8", ½", ¾", 1",1 ¼",1 ½", 2", 2 ½", 3", 3 ½", 4", 5", 6", 8", 10", 12", 14", 16", 18",
20", 22", 24", 26", 30" e 36".
Os diâmetros nominais 1 ¼", 2 ½", 3 ½" e 5", embora constem nos catálogos, são
pouco usados na prática.
Para cada diâmetro nominal fabricam-se tubos com várias espessuras de parede, de-
nominadas "series" (schedule), entretanto o diâmetro externo é sempre o mesmo. As
séries de espessura existentes são:
∅
EXT
Para diâmetros pequenos, até 2”, é usual na prática especificarem-se tubos de parede
grossa (série 80 ou 160) para que o tubo tenha resistência estrutural própria.
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Extremidades dos tubos de aço
LISA
Os tubos são fabricados com
três tipos de extremidades:
Os tubos de ferro fundido são usados para água, gás, água salgada e esgoto, em ser-
viços de baixa pressão, temperatura ambiente, e onde não ocorram grandes esforço;
mecânicos. Esses tubos têm boa resistência à corrosão, principalmente à corrosão
pelo solo, e grande duração. São fabricados por fundição centrifugada.
No Brasil há vários fabricantes de tubos de ferro fundido, que fabricam tubos de 2" até
24" de diâmetro externo.
A norma ANSI/ASME B 31 só permite o uso de tubos de ferro fundido (qualquer classe
de ferro) para hidrocarbonetos ou outros fluidos inflamáveis, dentro de unidades de
processo. para tubulações enterradas, em temperaturas até 150 C e pressões até
1MPa (≅ 10 kg/cm²); em outros locais, a pressão permitida pode ir até 2,7 MPa (≅27
kg/cm²). A mesma norma proíbe o uso desses tubos para fluidos tóxicos em quaisquer
condições (categoria "VI'), bem como para temperaturas inferiores a 0ºC, e para servi-
ços altamente cíclicos.
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2.3.3 Tubos de Metais Não-Ferrosos - Cobre
Cobre e suas ligas - Fabricam-se tubos de uma grande variedade desses materiais,
incluindo cobre comercialmente puro, e diversos tipos de latões e de cobre-níquel. Os
latões são basicamente lias cobre e zinco, e os cobres-níquel são ligas cobre e níquel.
O emprego de todos esses materiais tem diminuído muito devido ao custo elevado.
Esses tubos têm excelente resistência ao ataque da atmosfera, da água (inclusive
água salgada), dos álcalis, dos ácidos diluídos, de muitos compostos orgânicos e de
numerosos outros fluidos corrosivos. As ligas de cobre estão sujeitas a severo efeito
de corrosão sob-tensão quando em contato com amônia, aminas e outros compostos
nitrogenados. Todos esses materiais podem ser empregados em serviço contínuo
desde –180ºC até 200ºC.
Devido ao alto coeficiente de transmissão de calor os tubos de cobre e de latão são
empregados em serpentinas e como tubos de aquecimento e de refrigeração. Em di-
âmetros pequenos (até 2"), os tubos de cobre são também empregados para água, ar
comprimido, óleos. vapor de baixa pressão, serviços de refrigeração e para transmis-
são de sinais de instrumentação.
Os tubos de cobre e de suas ligas não devem ser empregados para produtos alimen-
tares ou farmacêuticos pelo fato de deixarem resíduos tóxicos pela corrosão.
As principais especificações de material da ASTM, para esses tubos são:
Os tubos de cobre, latão, cobre-níquel, alumínio e suas lias são fabricados em duas
séries de diâmetros e espessuras:
Os tubos de chumbo são fabricados em diâmetros de ¼"Φ a 12"Φ, medidos pelo diâ-
metro interno, em várias espessuras, e vendidos em rolos.
Os tubos de cobre são encontrados em barras rígidas de 6 m de comprimento, ou em
rolos. Os tubos de latão e de alumínio são encontrados apenas em barras rígidas ge-
ralmente com 6 m de comprimento.
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2.3.4 Tubos de Materiais Plásticos - Polietileno
Os materiais plásticos sintéticos são atualmente o grupo mais importante dos materiais
não-metálicos utilizados em tubulações industriais. O emprego desses materiais tem
crescido muito nos últimos anos, principalmente como substituto para os aços inoxidá-
veis e metais não-ferrosos. O aumento constante dos preços desses metais e o aper-
feiçoamento contínuo dos plásticos tendem a tornar ainda maior a expansão do em-
prego desses últimos.
Baixa resistência ao calor; essa é a maior desvantagem. Apesar dos grandes progres-
sos que têm sido conseguidos, a maioria desses materiais não pode trabalhar em
temperaturas superiores a 100ºC.
Baixa resistência mecânica; o limite de resistência de tração é da ordem de 20 a 100
MPa (≅ 2 a 10kg/mm2) para a maioria dos plásticos. Alguns plásticos termoestáveis
(veja a seguir), laminados em camadas sucessivas de resina plástica e de fibras de
vidro apresentam melhor resistência mecânica, embora sempre bem inferior ao a-
ço-carbono.
Pouca estabilidade dimensional, estando sujeito . deformações por fluência em quais-
quer temperaturas (cold-creep).
Insegurança nas informações técnicas relativas ao comportamento mecânico e a da-
dos físicos e químicos. A margem de erro que se pode esperar nessas informações
sobre os materiais plásticos é bem maior do que nas relativas aos metais.
Alto coeficiente de dilatação, até 15 vezes o do aço carbono.
Alguns plásticos são combustíveis ou pelo menos capazes de alimentar vaporosamen-
te a combustão.
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• Tubos de polietileno
É o mais leve e o mais barato dos materiais termoplásticos. tendo excelente resistên-
cia aos ,ácidos minerais, aos álcalis e ao sais. E um material combustível com fraca
resistência mecânica 20 a 35 Mpa (≅ 2,0 a 3,5 kg/mm2), e cujos limites de temperatura
vão de -30 a 80ºC, dependendo da especificação. Distinguem-se três graus de materi-
al, denominados de baixa, média e alta densidade, sendo os últimos de melhor quali-
dade e maior resistência
Os diversos meios, usados para conectar tubos. servem não só para ligar as varas de
tubos entre si, como também para ligar os tubos às válvulas, às conexões e demais
acessórios de tubulação, e aos equipamentos (tanques, bombas, vasos etc.).
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2.4.1 Ligações Rosqueadas
As ligações rosqueadas são um dos mais antigos meios de ligação usados para tubos.
Em tubos de pequeno diâmetro essas ligações são de baixo custo e de fácil execução;
o diâmetro nominal máximo de uso corrente é de 2 “, embora haja fabricação de tubos
com extremidades rosqueadas e de peças de ligação até 4”, ou maiores ainda.
Para a ligação das varas de tubo entre si empregam-se dois tipos de peças, as luvas e
as uniões (Figura 5), todas com rosca interna para acoplar com a rosca externa da ext-
remidade dos tubos.
Tubo
Meia união
União roscada
Gaxeta
Luva Porca
rosqueada
Tubo
As roscas, tanto dos tubos como das luvas e uniões são cônicas, de maneira que com
o aperto, há interferência entre os fios das roscas (Garantindo a vedação). Para auxili-
ar a vedação usam-se fitas adesivas que são enroladas sobre as roscas externas.
As uniões são empregadas quando se deseja que a ligação seja facilmente desmontá-
vel, ou em arranjos fechados, onde sem a existência de uniões o rosqueamento seria
impossível. A vedação entre as duas meias uniões é conseguida por meio de uma
gaxeta que é comprimida com o aperto da porca, ou por meio de sedes metálicas inte-
grais, cuidadosamente usinadas, em ambas as meias uniões. Emprega-se esse último
sistema em uniões de boa qualidade para altas temperaturas.
O rosqueamento enfraquece sempre a parede dos tubos: por essa razão quando há
ligações rosqueadas usam-se sempre tubos de parede espessa (série 80, no mínimo).
As ligações rosqueadas são as únicas usadas para tubos galvanizados. tanto de aço
como de ferro forjado, porque a soldagem em material galvanizado sempre apresen-
tará defeitos, sendo proibida por algumas normas de projeto. Empregam-se também
ligações rosqueadas, embora não exclusivamente, em tubos de aço-carbono, a-
ços-liga, ferro fundido, e materiais plásticos, sempre limitadas até o diâmetro nominal
de 4“. Para tubos de aços inoxidáveis e de metais não-ferrosos, o rosqueamento é
muito raro, devido às paredes finas que geralmente têm os tubos desses materiais.
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Conexões rosqueadas
Essas conexões têm as extremidades com rosca interna (para o rosqueamento direto
nos tubos), ou rosca externa, para rosqueamento a outras peças (Figura 5) Como não
são soldadas aos tubos, poderão ser, caso necessário ou econômico, de material dife-
rente dos tubos.
São empregadas principalmente em tubulações prediais e em tubulações industriais
em serviços de baixa responsabilidade (água, ar, condensado ou gás de baixa pres-
são etc.). Utiliza-se também em tubulações em que, devido ao material ou ao serviço,
sejam permitidas ligações rosqueadas, tais como tubulações de ferro fundido, ferro ou
aço galvanizado e materiais plásticos. O emprego dessas conexões está sujeito às
mesmas exigências e limitações impostas às ligações rosqueadas para tubos.
As conexões rosqueadas são fabricadas em urna grande variedade de materiais, tipos
e diâmetros nominais. As principais linhas de fabricação dessas peças estão mostra-
das na Tabela a seguir e figura 5.
Roscas
Bitola ¼ 3/8 ½ ¾ 1 1¼ 1½ 2 2½ 3 4 5 6
Pene-
tração
K 9,70 10,10 13,20 14,50 16,80 19,10 19,10 23,40 26,70 29,80 35,80 40,10 40,10
M 10,21 10,36 13,56 13,86 17,34 17,95 18,38 19,22 28,89 30,48 33,02 35,72 38,42
• Definições Importantes;
• Flanco - cada uma das fases laterais de um filete (1);
• Raiz - é o fundo de um filete (2);
• Crista - é a parte superior do filete (3);
• Filete - a parte saliente da rosca (4);
• Passo - é a distância entre o centro da crista de um filete até o centro da
crista do próximo filete (5).
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Classe 10 (150 lb) Classe 300 lb
NBR NM-150 – ISSO 7-1:2000 (BSP) NBR 12912 (NPT)
NBR 6414
USO: Próprias para instalações industri-
USO: Para condução de água, gás, vapor, ais em linhas sujeitas a elevadas pres-
óleo, etc. em instalações domiciliares e hi- sões e altas temperaturas.
dráulicas.
ORIGEM NORMA ORIGEM NORMA
Internacional ISO 7-1 EUA ANSI/ASME B 1.20.1
Alemanha
Inglaterra
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Tubulações e Acessórios
A seguir são mostradas as tabelas de medidas para as roscas BSP e NPT.
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22
Diâmetros básicos no Comprimento de calibração Dis- Posição do Comprimento mínimo da
Diâ- Nº Passo- Altura plano de calibração tância entre o plano de calibração plano de rosca útil na Comprimen- Comprimen- Tolerância
me- de P do e a ponta da rosca calibre. Na extremidade do tubo (2) to de aperto to de aperto diametral
tro file- filete rosca a chave da rosca
no- tes Mm da interna paralela
minal por rosca Tolerância Tolerância p/compr. p/com p/com (+/-)
do 25,4 mm Diâmetro Diâmetro Diâmetro Bá- (+/-) Máx. Mín. (+/-) de cali- pr. de pr. de mm
tubo mm Maior de efetivo menor sico mm Mm bre. cali- cali-
calibração mm Mm mm mm pas- mm pas- básico bre. bre. mm pas- M passos
mm sos sos mm máx. mín. sos m
mm mm
1/8 28 0,907 0,581 9,728 9,147 8,566 4,0 0,9 1 4,9 3,1 1,1 1¼ 6,5 7,4 5,6 2,5 2¾ 1,4 1½ 0,071
1/4 19 1,337 0,856 13,157 12,301 11,445 6,0 1,3 1 7,3 4,7 1,7 1¼ 9,7 11,0 8,4 3,7 2¾ 2,0 1½ 0,104
3/8 19 1,337 0,856 16,662 15,806 14,950 6,4 1,3 1 7,7 5,1 1,7 1¼ 10,1 11,4 8,8 3,7 2¾ 2,0 1½ 0,104
1/2 14 1,814 1,162 20,955 19,793 18,631 8,2 1,8 1 10,0 6,4 2,3 1¼ 13,2 15,0 11,4 5,0 2¾ 2,7 1½ 0,142
3/4 14 1,814 1,162 26,441 25,279 24,117 9,5 1,8 1 11,3 7,7 2,3 1¼ 14,5 16,3 12,7 5,0 2¾ 2,7 1½ 0,142
1 11 2,309 1,479 33,249 31,770 30,291 10,4 2,3 1 12,7 8,1 2,9 1¼ 16,8 19,1 14,5 6,4 2¾ 3,5 1½ 0,180
1¼ 11 2,309 1,479 41,910 40,431 38,952 12,7 2,3 1 15,0 10,4 2,9 1¼ 19,1 21,4 16,8 6,4 2¾ 3,5 1½ 0,180
1½ 11 2,309 1,479 47,803 46,324 44,845 12,7 2,3 1 15,0 10,4 2,9 1¼ 19,1 21,4 16,8 6,4 2¾ 3,5 1½ 0,180
2 11 2,309 1,479 59,614 58,135 56,656 15,9 2,3 1 18,2 13,6 2,9 1¼ 23,4 25,7 21,1 7,5 2¾ 4,6 2 0,180
2½ 11 2,309 1,479 75,184 73,705 72,226 17,5 3,5 1½ 21,0 14,0 3,5 1½ 26,7 30,2 23,2 9,2 4 5,8 2½ 0,216
3 11 2,309 1,479 87,884 86,405 84,926 20,6 3,5 1½ 24,1 17,1 3,5 1½ 29,8 33,3 26,3 9,2 4 5,8 2½ 0,216
3½ 11 2,309 1,479 100,330 98,851 97,372 22,2 3,5 1½ 25,7 18,7 3,5 1½ 31,4 34,9 27,9 9,2 4 5,8 2½ 0,216
4 11 2,309 1,479 113,030 111,551 110,072 25,4 3,5 1½ 28,9 21,9 3,5 1½ 35,8 39,3 32,3 10,4 4½ 6,9 3 0,216
5 11 2,309 1,479 138,430 136,951 135,472 28,6 3,5 1½ 32,1 25,1 3,5 1½ 40,1 43,6 36,6 11,5 5 8,1 3½ 0,216
6 11 2,309 1,479 163,830 162,351 160,872 28,6 3,5 1½ 32,1 25,1 3,5 1½ 40,1 43,6 36,6 11,5 5 8,1 3½ 0,216
(1) Para o acoplamento de rosca cilíndrica deverão ser aplicadas as tolerâncias diametrais equivalentes às tolerâncias de comprimentos
dadas nas colunas 13 e 14 (1/16 dos comprimentos de tolerâncias da coluna 13)
(2) (2) As roscas internas terão margens para acoplamento de tubos roscados até os valores dados na coluna 16 e o mínimo comprimento
da rosca útil não deverá ser menor do que 80% dos valores de coluna).
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Tubulações e Acessórios
Figura 9: ROSCA B.S.P. PARA TUBOS
(WHIT WORTH GÁS)
(CONFORME ABNT PB-14, ISO R-7 E DIN 29991
L2 Rosca amortecida
L1
SENAI/SC 23
Tubulações e Acessórios
Diâmetro Nominal do
Diâmetro Externo do
Diâmetro Aperto Manual Rosca Útil
Efetivo Externa Altura Número
(flancos) do de File-
na ponta Comprimento Comprimento Passo P Filete tes por
da rosca L1+ Diâm. L2** da Polega-
E0 mm E1* Rosca da
D mm
Tubo
tubo
Mm )
1/8 9,233 4,102 4,36 9,489 10,287 6,703 7,12 0,940 0,753 27
1/4 12,126 5,786 4,10 12,487 13,716 10,206 7,23 1,411 1,129 18
3/8 15,545 6,096 4,32 15,926 17,145 10,358 7,34 1,411 1,129 18
1/2 19,264 8,128 4,48 19,772 21,336 13,556 7,47 1,814 1,451 14
3/4 24,579 8,611 4,75 25,117 26,670 13,861 7,64 1,814 1,451 14
1 30,826 10,160 4,60 31,461 33,401 17,343 7,85 2,209 1,767 11,5
1¼ 39,551 10,668 4,83 40,218 42,164 17,953 8,13 2,209 1,767 11,5
1½ 45,621 10,668 4,83 46,287 48,260 18,377 8,32 2,209 1,767 11,5
2 57,633 11,074 5,01 58,325 60,325 19,215 8,70 2,209 1,767 11,5
SENAI/SC 24
Tubulações e Acessórios
Meios de ligação de tubos e conexões
Atenção:
SENAI/SC 25
Tubulações e Acessórios
Roscas de conexões classe 300 Ib - NPT
As roscas das conexões da classe 300 lb são produzidas dentro da norma americana
ANSI B 2.1 e possuem roscas macho e fêmea cônicas.
Por serem roscas cujo processo de obtenção apresenta dificuldades e conseqüente-
mente custos elevados, sua utilização deve se restringir aos casos de extrema neces-
sidade, já que existem outras roscas cujo desempenho é de igual garantia e têm me-
nor custo.
O acoplamento da rosca NPT se inicia com o encosto dos flancos dos filetes da rosca
macho com os da rosca fêmea ao apertar normalmente.
SENAI/SC 26
Tubulações e Acessórios
Aplicar fita na rosca:
Em tubulações industriais, a maior parte das ligações é soldada, com solda por fusão
(welding), cote adição de elétrodo, de dois tipos principais:
SENAI/SC 27
Tubulações e Acessórios
A solda de topo é o sistema mais usado para as ligações entre tubos de 2", ou maio-
res, em tubulações de qualquer tipo de aço. Os tubos para uso com solda de topo de-
vem ter as extremidades com chanfros para solda.
Tubo
Linha
União
soldada
Luva
Porca
Neste tipo de acoplamento as varas de tubo são ligadas uma às outras por meio de
luvas ou uniões semelhantes às peças usadas nas ligações rosqueadas.
SENAI/SC 28
Tubulações e Acessórios
Conexões para solda de encaixe
Essas conexões têm as extremidades com o encaixe para a soldagem nos tubos, e
por esse motivo devem também ser sempre do mesmo material dos tubos, ou de Ma-
terial de mesmo "Número P" (Veja ANSI/ASME B.31). As conexões para solda de en-
caixe são as peças empregadas, na prática industrial corrente, na maioria das tu-
bulações de pequeno diâmetro, até 1 1/2", inclusive. São fabricadas de aço-carbono
forjado (especificações ASTM A-105, A-181 e A-350), aços-liga e aços inoxidáveis (es-
pecificação ASTM A-182), metais não-ferrosos, e diversos plásticos. As peças de me-
tais não-ferrosos são às vezes para uso com brasagem, tendo por dentro do encaixe
um anel embutido de metal de solda: para fazer a solda, basta introduzir a ponta do
tubo no encaixe e aquecer pelo lado de fora para fundir a liga de solda.
São os seguintes os principais tipos de conexões fabricadas para solda de encaixe:
2 .4 .3 L ig a ç õ e s F la n g e a d a s
SENAI/SC 29
Tubulações e Acessórios
se também a maioria das tubulações de ferro fundido, cujas varas de tubo são usual-
mente ligadas com ponta e bolsa, como veremos adiante.
Como regra geral, em qualquer caso, as ligações flangeadas devem ser usadas no
menor número possível. porque são sempre pontos de possíveis vazamentos, e tam-
bém porque são peças caras, pesadas e volumosas.
Os flanges podem ser integrais com o tubo, ou independentes, soldados ou rosquea-
dos ao tubo. Os flanges de válvulas. bombas, compressores, turbinas e outras máqui-
nas são quase sempre integrais com esses equipamentos.
Embora a série padronizada de flanges da norma americana ANSI/ASNAE.B.16.5 a-
branja diâmetros nominais desde 1/2" φ até 24” φ, os flanges menores do que 1 1/2" são
pouco usados.
1. Flange de pescoço (welding-neck) (Figura b) - É o tipo de flange mais usado em
tubulações industriais para quaisquer pressões e temperaturas, para diâmetros de 2”,
ou maiores. De todos os flanges não integrais é o mais resistente, com melhor trans-
missão de esforços do flange para o tubo, que permite melhor aperto, e que dá origem
a menores tensões residuais em consequência da soldagem e das diferenças de tem-
peratura.
Este flange é ligado ao tubo por uma única solda de topo, ficando a face interna do
tubo perfeitamente lisa, sem descontinuidades que facilitem a concentração de esfor-
ços ou a corrosão.
A montagem com esses flanges é mais cara porque cada pedaço de tubo deve ter os
extremos chanfrados para solda, e tem de ser cortado na medida certa, com muito
pequena tolerância no comprimento.
SENAI/SC 30
Tubulações e Acessórios
2. Flange sobreposto (slip-on – SO) (Figura c) - É um flange mais barato e mais fácil
de se instalar do que o anterior, porque a ponta do tubo encaixa no flange, facilitando
o alinhamento e evitando a necessidade do corte do tubo na medida exata. O flange é
ligado ao tubo por duas soldas em ângulo, uma interna e outra externa.
Esse flange só pode ser usado para tubulações em serviços não severos, porque o
aperto permissível é bem menor, as tensões residuais são elevadas e as descontinui-
dades da seção dão origem à concentração de 4esforços e facilitam a erosão e corro-
são. De acordo com a norma ANSI/ ASME B 31.3, esses flanges não são permitidos
para as tubulações de “ categoria M” , nem para serviços altamente cíclicos; não de-
vem também ser empregados em tubulações para serviços com hidrogênio. São ainda
desaconselhados para quaisquer tubulações de classe de pressão 600#, ou acima,
em serviços sujeitos a grandes variações de temperatura, ou em serviços a corrosão
em fretas (crevice corrison). A norma ANSI/ASME B 31.1, para tubulações e centrais
de vapor, só permite o emprego desses flanges em linhas de vapor, até o diâmetro
nominal de 4”.
Os flanges sobrepostos são sempre pontos fracos na tubulação, porque a sua resis-
tência mecânica é inferior à do próprio tubo. Essa mesma observação aplica-se tam-
bém a todos os outros tipos de flanges citados a seguir, exceto os flanges tipo anel.
A norma ASNI/ASME B 31.3 recomenda que sejam feitas soldas de vedação entre o
flange e o tubo, quando em serviços com fluidos inflamáveis, tóxicos, ou perigosos de
modo geral, embora não seja usual o emprego de flanges – ou qualquer outra peças –
rosqueados em tais serviços.
5. Flange solto (Lap-joint) (Figura f) - Esses flanges, que são também chamados de
“van stone”, não fica como os demais, presos à tubulação, e sim soltos, capazes de
deslizar livremente sobre o tubo. Quando se empregam esses flanges, solda-se a topo
na extremidade do tubo uma peça especial denominada ” pestana”, ou “virola” (stub-
end), que servirá de batente pára o flange.
A vantagem desses flanges é o fato de ficarem completamente fora do contato com o
fluido circulante, sendo flor isso empregados em algumas tubulações que exijam tubos
de materiais caros especiais, tais como aços inoxidáveis, ligas de Ni, etc., bem como
para tubos com revestimentos internos. Para todos esses serviços, os flanges podem
ser de material barato, como ferro ou aço-carbono, ficando apenas os tubos e a virola
de material especial.
A resistência mecânica desses flanges é bem inferior a de quaisquer outros flanges
citados, só sendo por isso aceitáveis para serviços de baixa pressão e temperatura
moderada, isto é, classe de pressão 150# em temperaturas até 60ºC.
SENAI/SC 31
Tubulações e Acessórios
6. Flange cego (blind) (Figura g) - São flanges fechados em forma de disco, usados
para extremidades de linhas ou fechamento de bocais flangeados.
Solda de Soldas em
ângulo Rosca
topo
Conexões flangeadas
SENAI/SC 32
Tubulações e Acessórios
Curva 90º Curva 45º Curva 90º com pé Cruzeta
A face de assentamento dos flanges pode ser de vários tipos e com diferentes acaba-
mentos, dos quais os mais usuais são os descritos a seguir:
1. Face com ressalto (raised face -RF) - E o tipo de face mais comum para flanges de
aço, aplicável a quaisquer condições de pressão e temperatura.
2. Face plana (flat face - FF) - E o faceamento usual nos flanges de ferro fundido e de
outros materiais frágeis, como os plásticos. por exemplo. O aperto da junta é muito
inferior ao obtido em igualdade de condições com os flanges de face com ressalto.
Entretanto, se os flanges de ferro fundido e de outros material, frágeis tivessem faces
com ressalto, o aperto dos parafusos poderia causar fraturas nas bordas do Plange
em conseqüência da flexão. E importante observar que, para acoplar com os flanges
de face plana das válvulas e equipamento fabricados de ferro fundido, só se derem
usar flanges também de face plana. mesmo quando esses flanges forem de aço. Os
flanges de face plana podem ter o acabamento de face lisa ou ranhurada, tal como os
flanges de face com ressalto.
3. Face peara junta de anel (ring type joint - RTJ - Esse tipo de face é usado em flan-
ges de aço para serviços severos, de altas pressões e temperaturas. como, por exem-
plo, vapor, hidrocarbonetos ou hidrogênio (para flanes de classe 600#, ou mais altas),
e, de um modo geral, para todos os serviços em temperaturas acima de 550ºC, ou
com flanges de classe de pressão 900#. ou mais altas.
A face desses flanges tem um rasgo circular profundo de seção trapezoidal onde se
encaixa uma junta em forma de anel metálico. Consegue-se nesses flanges uma me-
lhor vedação com o mesmo grau de aperto dos parafusos, não só devido à ação de
cunha da junta de anel nos rasgos dos flanges como, também, porque a pressão in-
terna tende a dilatar a junta de anel apertando-a contra a parede do rasgo Os flanges
para junta de anel garantem também melhor vedação em serviços com grandes varia-
ções de temperatura.
SENAI/SC 33
Tubulações e Acessórios
A dureza da face dos flanges deve ser sempre superior à do anel metálico da junta,
recomendando-se os seguintes valores mínimos, de acordo com o material:
- aços de baixa liga e aços inoxidáveis tipo 304. 316, 347 e 321: 160 Brinell;
aços inoxidáveis tipos 304L e 316L: 140 Brinell.
4. Face de macho e fêmea (male & female). Face de lingüeta e ranhura (tongue & gro-
ove) - Esses faceamentos, bem mais raros do que os anteriores, são usados para ser-
viços especiais com fluidos corrosivos, porque neles a junta está confinada, não ha-
vendo quase contato da mesma com o fluido. Note-se que, com esses faceamentos,
os flanges que se acoplam entre si são diferentes um do outro.
Ressalto
Rasgo
Junta de anel
c) Face para junta de anel e) Face de flange com
virola
5. Face de flange com virola - Esse tipo de face aplica-se somente aos flanges soltos,
que trabalham em conjunto com uma virola. A face do flange deve ter a borda interna
arredondada e não precisa ter acabamento fino, porque o assentamento da junta de
vedação fica na face da virola, e não do flange. O acabamento da face da virola deve
ser como descrito para os flanges de face com ressalto, dependendo do tipo de junta
adotada.
SENAI/SC 34
Tubulações e Acessórios
• Juntas para flanges
Em todas as ligações flangeadas existe sempre uma junta que é o elemento de veda-
cão.
Quando em serviço, a junta está submetida a uma forte compressão provocada pelo
aperto dos parafusos, e também a um esforço de cisalhamento devido à pressão inter-
na do fluido circulante. Para que não haja vazamento através da junta, é necessário
que a pressão exercida pelos parafusos seja bem superiora pressão internado fluido,
que tende a afastar os flanges. Por esse motivo, quanto maior for a pressão do fluido
tanto mais dura e resistente terá de ser a junta, para resistir ao duplo esforço de com-
pressão dos parafusos e de cisalhamento pela pressão pela pressão.
A junta também deverá ser suficientemente deformável e elástica para se amoldar às
irregularidades das superfícies dos flanges, garantindo a vedacão.
Assim, as juntas duras, se por um lado resistem a pressões mais altas, por outro lado
exigem maior perfeição no acabamento das faces dos flanges e no alinhamento dos
tubos. e vice-versa. O material das juntas deverá ainda resistir à ação corrosiva do
fluido, bem como a toda faixa possível de variação de temperaturas.
As juntas para flanges podem ser não-metálicas, semi-metálicas, ou metálicas, sendo
o seguinte o tipo mais usual para gás combústivel:
Juntas Planas
Anel de
centralização
Junta Flange
para flanges com face de ressalto
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Tubulações e Acessórios
• Parafusos e estojos para flanges
a) parafuso de máquina
Comprimento
b) estojo
SENAI/SC 36
Tubulações e Acessórios
2.4.4 Outros Acessórios de Tubulação
Existem ainda em uso corrente alguns outros acessórios de tubulação, entre os quais
podemos citar os seguintes:
As peças "figura 8" e as raquetas são acessórios que se instalara em uma tubulação,
quando se deseja um bloqueio rigoroso e absoluto na tubulação. Esses acessórios
são empregados também. algumas vezes, em lugar das válvulas, por motivo de eco-
nomia ou em locais onde o bloqueio da tubulação só seja preciso fazer esporadica-
mente.
A figura 24 mostra exemplos de peças "figura 8" e de raquetas, que são acessórios
simples, feitos de chapa de aço recortada. Essas peças são colocadas entre dois flan-
ges quaisquer da tubulação; com o aperto dos parafusos dos flanges consegue-se a
vedação absoluta da linha. As peças "figura 8" ficam permanentemente na tubulação;
quando se deseja bloquear o fluxo põe-se o lado cheio entre os flanges, e quando se
quer permitir o fluxo põe-se o lado vazado entre os flanges. As raquetas são colocadas
na tubulação apenas quando se quer bloquear. As peças "figura 8" têm por isso a van-
tagem de manter sempre a mesma distância entre os flanges.
As peças "figura 8" e as raquetas são empregadas. na maioria das vezes, junto a uma
válvula de bloqueio, e colocadas diretamente em um dos flanges dessa válvula. Quan-
do se deseja o bloqueio absoluto da tubulação, a manobra é a seguinte: fecha-se a
válvula de bloqueio, drena-se o trecho de tubulação do lado em que for ficara peça,
desapertam-se os parafusos dos flanges colocando-se entre os flanges a raqueta ou o
lado fechado da "figura 8". e apertam-se novamente os parafusos. Evidentemente,
devem ser colocadas juntas de ambos os lados dgr raqueta ou da "figura 8", e os para-
fusos têm de ser mais compridos do que os parafusos usuais dos flanges. Para abrir o
bloqueio é feita a mesma manobra em sentido inverso.
Lado cheio
Lado vazio
Peça “figura 8”
Raqueta
Figura 25: Raqueta e peça “figura 8”
SENAI/SC 37
Tubulações e Acessórios
2.4.5 Sistemas de Ligação para Tubulações de Aço
Ligações rosqueadas
Serviços de baixa Diâmetros até 4”: com luvas
responsabilidade, ou
não-severos
Diâmetros de 6” ou
maiores: Solda de topo
Ligações correntes ao
longo da tubulação
Diâmetros até 1 ½: Ligações de solda de
encaixe com luvas
Serviços severos
Ligações rosqueadas
Diâmetros até 4”: com uniões
Serviços de baixa
responsabilidade, ou
Ligações nos extre- não-severos Ligações flangeadas
mos da tubulação, ou Diâmetros de 6” ou (flanges rosqueados
onde for exigida facili- maiores: ou sobrepostos)
dade de desmonta-
gem
Diâmetros até 1 ½: Ligações de solda de
encaixe com uniões
Serviços severos
Ligaões flangeadas
Diâmetros de 2” ou (flanges de pescoçp
maiores: ou de tipo anel)
Serviço de baixa responsabilidade significa fluido não perigoso em pressões até 0,7
MPa (≅7 kg/cm2) e em temperaturas até 100°C.
Serviço severo significa alta responsabilidade (fluidos inflamáveis, tóxicos etc.) ou
pressões e/ou temperaturas superiores aos limites citados acima.
As ligações de solda de encaixe não são permitidas para serviço com hidrogênio, e
não são recomendadas em serviços de alta corrosão ou erosão. Para esses serviços,
devem ser evitadas as tubulações de diâmetro nominal inferior a 1 ", empregando-se a
solda de topo a partir de 1".
SENAI/SC 38
Tubulações e Acessórios
2.5 Aplicações de Tubulações para Gás
SENAI/SC 39
Tubulações e Acessórios
tos à base de enxofre que são adicionados ao gás em concentrações suficientes para
lhe dar um cheiro marcante, mas sem lhe atribuir características corrosivas, num pro-
cesso conhecido como odorização.
Em geral a odorização é uma tarefa de operação de redes de distribuição, pois é mais
ramificada e é mais sujeita a ação de terceiros. A odorização do GN em transporte ou
distribuição é feita através de bombas dosadoras. A dosagem deve estar entre 5 e
16g/Mm3 de gás.
Dentro das instalações do consumidor o GN ainda tem que percorrer um percurso até
alcançar os equipamentos que efetivamente irão consumir o GN. A esta malha de tu-
bulações se dá o nome de rede de distribuição interna de GN.
Todos os dutos que operam com petróleo, derivados e gás natural devem ser limpos
periodicamente com pigs.
Denominação genérica dos dispositivos que se fazem passar pelo interior dos dutos,
impulsionados por fluidos pressurizados, sendo conforme a finalidade:
Deve-se alertar que o nível de limpeza aceitável do duto não será conseguido com
apenas uma única passagem de um único tipo de pig de limpeza. O número de pigs a
serem utilizados nas operações de limpeza dependerá da freqüência com que esta
operação for realizada. Quanto mais freqüente for a operação de limpeza com pigs,
menos pigs serão utilizados em cada operação. O uso do fluxograma para determina-
ção de operações com pigs é de caráter geral. Algumas etapas previstas no fluxogra-
ma podem ser omitidas ou modificadas com base em experiência prévia de operação
ou resultados de etapas anteriores.
SENAI/SC 40
Tubulações e Acessórios
Especificação dos pigs
Deve ser exigido do fornecedor dos pigs que o material seja identificado com a data de
fabricação, nome do fabricante e prazo de garantia.
Os pigs devem ser limpos imediatamente após serem retirados do recebedor. Esta
recomendação é muito importante principalmente para linhas que operam com produ-
tos contendo H 2 S.
Para remoção de parafina e materiais orgânicos é recomendado o banho em água
aquecida em temperatura não superior a 70ºC , não ultrapassando uma hora de ba-
nho. Depois de remover a maior quantidade, utilizar jato de ar para retirar o restante.
A utilização de vapor é permitida para limpeza das partes metálicas como corpo, me-
las e escovas de aço, sendo a máxima temperatura permitida 80ºC, não ultrapassando
30 minutos.
A utilização de diesel ou querosene é aceita como alternativa para limpeza com sol-
vente. Os componentes de poliuretano podem ser imersos em solvente e pincelados
para facilitar a remoção.
Após a limpeza do pig é recomendado uma inspeção das partes metálicas para verifi-
car a necessidade de reparos de pintura nas partes afetadas. Escovas e molas podem
ser protegidas com uma pequena camada de lubrificante que podem ser aplicadas
com "spray" ou pincel tomando cuidado com as partes de poliuretano.
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Tubulações e Acessórios
Planejamento e acompanhamento da passagem de pigs em dutos
Características da Linha
levantar o histórico de passagens de pigs e/ou esferas na linha; verificar se é feita re-
gularmente a passagem de pigs no duto ou se tal operação não é realizada freqüen-
temente; se as passagens não são feitas de forma sistemática, esclarecer a razão;
nos casos das linhas com passagens regulares, estabelecer a periodicidade recomen-
dada;
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Tubulações e Acessórios
Procedimento de lançamento
Procedimento de recebimento
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Tubulações e Acessórios
3 CONTROLE DE CORROSÃO
• Uniforme (generalizada);
• Por placas;
• Alveolar,
• Puntiforme (por pite);
• Intergranular (intercristalina);
• Intragranular (intercristalína);
• Por esfoliação;
• Grafitica;
• Dezincificação;
• Empolamento pelo Hidrogênio;
• Em torno do cordão de solda.
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Tubulações e Acessórios
3.2 Métodos de Combate a Corrosão
Cor Fluido
Verde Água
Branco Vapor
Azul Ar comprimido
Alumínio Combustíveis gasosos ou líquidos de baixa viscosida-
de
Preto Combustíveis e inflamáveis de alta viscosidade.
Vermelho Sistemas de combate a incêndio
Amarelo Gases em geral
Laranja Acidas
Lilás Álcalis
Cinza-Claro Vácuo
Castanho Outros fluidos não especificados
• Sistemas a óleo;
• Sistema alquídicos;
• Sistema fenólicos;
• Sistemas de borracha clorada;
• Sistema acrílico;
• Sistema vinílico;
• Sistemas epoxídicos;
• Sistemas poliuretanos;
• Sistemas silicones;
• Sistemas ricos em zinco.
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3.2.3 Revestimento Anticorrosivo
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Tubulações e Acessórios
a) Proteção catódica por corrente impressa
Neste sistema, a corrente elétrica é promovida por uma força eletromotriz de uma fon-
te geradora de corrente contínua (retificado, bateria ou gerador), utilizando um conjun-
to dispesor de corrente no eletrólito, constituído de ânodos inertes, chamados de leito
de ânodos. Os principais materiais utilizados como ânodos são: grafite, e ligas especi-
ais (Fe - Cr - Si, Pb – Ag - Sb, etc).
A grande vantagem do sistema consiste no fato de que a fonte geradora poderá ter a
potência que se deseja, bem como a f.e.m. necessária, em função das condições de
resistividade do eletrólito.
A proteção por corrente impressa se aplica a estruturas situadas em eletrólitos de bai-
xa, média, alta e altíssima resistividade. É também mais indicada para grandes redes
de tubulações, por ser um sistema mais compacto e mais econômico, quando se ne-
cessita de correntes altas para proteção.
Entretanto, necessitam de inspeção e manutenção nos retificadores, pois as demais
partes são projetadas para um período de longa duração. Estes sistemas são apropri-
ados para tubulações sujeitas as correntes de interferência e permitem, através dos
retificadores, ampla regulagem.
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Tubulações e Acessórios
4 VÁLVULAS E ACESSÓRIOS DE TUBULAÇÕES
• Carcaça;
• Mecanismo interno.
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4.3 Extremidades das Válvulas
As válvulas devem ser desmontáveis da tubulação, sendo que o acoplamento das vál-
vulas às tubulações é feito através de suas extremidades. Os tipos de extremidades
encontrados nas válvulas são:
Operação manual por meio de volante, alavanca, engrenagens, parafusos sem-fim etc.
Operação motorizada pneumática, hidráulica, elétrica.
Operação automática pelo próprio fluido ou por meio de molas ou contrapesos.
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4.6 Classificação das Válvulas
Válvulas de bloqueio:
• Válvulas de gaveta;
• Válvulas de macho;
• Válvulas de esfera;
• Válvulas de comporta.
Válvulas de regulagem:
• Válvulas de globo;
• Válvulas de agulha;
• Válvulas de controle;
• Válvulas de borboleta;
• Válvulas de diafragma.
• Válvulas de retenção;
• Válvulas de retenção e fechamento;
• Válvulas de pé.
SENAI/SC 50
Tubulações e Acessórios
a) Válvulas de gaveta
b) Válvulas de macho
SENAI/SC 51
Tubulações e Acessórios
d) Válvula solenóide
Volante
a) Válvulas de globo Haste c/rosca
(ascendente)
Nas válvulas de globo o fechamento é feito por Sobreposta
meio de um tampão que se ajusta contra uma
única sede, cujo orifício está geralmente em
posição paralela ao sentido geral de escoamento Castelo
do fluido. O tampão, também chamado de Tampão
obturador, pode ter a superfície de assentamento
Sede
cônica, plana, esférica etc.
As válvulas de globo são utilizadas para quaisquer Sentido de
pressões e temperaturas, em diâmetrode até 8”. fluxo
b) Válvula de agulha
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Tubulações e Acessórios
c) Válvula borboleta
Volante Haste
d) Válvula de diafragma
e) Válvula de controle
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Tubulações e Acessórios
Para qualquer tipo de válvula a percentagem de fluxo permitido é função da percenta-
gem de abertura da válvula, isto é, existe sempre uma relação de interdependência
entre o fluxo permitido e a posição de abertura. Quando a abertura
é zero o fluxo também é zero; quando a abertura é 100% o fluxo também é 100%. Nas
posições intermediárias a percentagem do
fluxo pode ser maior ou menor da percenta-
gem da abertura, dependendo do tipo de vál-
vula e dos perfis da sede e da peça de fe-
chamento. Para as válvulas de controle essa
interdependência é muito importante, por se
tratar de válvulas destinadas à regulagem de
precisão do fluxo em qualquer posição.
Nesta válvula o atuador opera em um só sen-
tido (para abrir ou para fechar), sendo a ação
inversa feita por uma mola de tensão regulá-
vel. Procura-se sempre colocar a ação da
mola no sentido de segurança, isto é, a mola
abrirá ou fechará a válvula conforme a aber-
tura ou fechamento for a situação mais segu- Figura 39: Válvula de retenção de
ra no caso de falha do sistema do atuador. portinhola
SENAI/SC 54
Tubulações e Acessórios
4.6.4 Válvulas que Controlam a Pressão a Montante
Válvulas de quebra-vácuo
O propósito destes acessórios é manter uma pressão de gás constante a jusante (de-
pois) deles. Reduzindo a pressão que existe a montante (antes) deles até a pressão
requerida pelo sistema. Dentro do seu intervalo de operação, os reguladores mantêm
a pressão a jusante, apesar das mudanças no fluxo e condições de pressão do gás.
Elemento de carga: O elemento de carga usualmente toma a forma de uma mola regu-
ladora. Quanto maior a pressão da mola, maior será a pressão a jusante e vice-versa.
SENAI/SC 55
Tubulações e Acessórios
Elemento de medição: O elemento de medição
é usualmente um diafragma de neoprene. O
diafragma mede as mudanças nas condições a
jusante do regulador e responde mudando a
posição da válvula (o elemento restritivo) que
neutraliza as mudanças. Deste modo a pres-
são a jusante do regulador volta a seu nível
original.
SENAI/SC 56
Tubulações e Acessórios
A pressão a jusante do regulador é controlada pelo ajuste da pressão da mola. Se
uma maior pressão a jusante é requerida, então uma maior pressão na mola é neces-
sária e isto é conseguido apertando o parafuso de ajuste da mola. A ação oposta será
realizada se for requerida uma pressão menor a jusante do regulador. Quando a pres-
são a jusante é controlada, deve-se colocar um manômetro do lado jusante, que indi-
cará o nível de pressão alcançado.
Se por algum motivo o diafragma fura, o vazamento de gás pode ser direcionado para
o exterior do prédio através de uma tubulação conectada ao orifício de respiro. Muitos
reguladores têm o orifício de respiro roscado, o que permite a instalação de diferentes
acessórios, que são usados para melhorar as caraterísticas de operação do regulador.
A seguir são apresentados alguns desses acessórios.
SENAI/SC 57
Tubulações e Acessórios
Manutenção básica nos reguladores: Alguns sintomas, causas possíveis, testes de
campo e soluções para problemas dos equipamentos reguladores são listados a se-
guir.
SENAI/SC 58
Tubulações e Acessórios
Quadro 4: O regulador responde, mas a ação é lenta
Quadro 5: Regulador operando satisfatoriamente, mas não mantendo muito tempo a pressão
de saída
4.7 Filtros
• Provisórios;
• Permanentes.
SENAI/SC 59
Tubulações e Acessórios
Os filtros permanentes consistem, geralmente, em uma caixa de aço, ferro fundido ou
bronze, com bocais para as tubulações de entrada e saída, no interior da qual existem
os elementos de filtragem e chicanas para conduzirem o fluido.
Os elementos filtrantes usados para cada aplicação variam de acordo com o fluido
circulante, o grau de filtragem desejado, o tamanho do filtro etc.
Grades metálicas
Filtragem grossa de líquidos Chapas perfuradas
Telas metálicas
Tela finas
Feltro
Filtragem fina de líquidos Nylon
Porcelana
Papel
Palhas metálicas
Filtragem de gases Feltro
Camurça
A medida que os filtros vão sendo utilizados, a perda de carga aumenta gradativamen-
te devido ao acúmulo de resíduos e poeira. Por esse motivo, é recomendável a limpe-
za periódica de todos os filtros e a remoção dos provisórios, assim que não sejam
mais necessários.
Os valores de perda de carga para diversas vazões e condições de limpeza do ele-
mento filtrante são fixados pelos fabricantes dos filtros. Para identificar o momento em
que deve ser realizada a limpeza do filtro, deve-se instalar manômetros antes e depois
do filtro para medir a perda de carga.
SENAI/SC 60
Tubulações e Acessórios
Figura 51: Limpeza de filtro
SENAI/SC 61
Tubulações e Acessórios
5 ANEXOS
Diâmetro Espessura Diâmetro Área de Área de Superfície Peso. Aprox Seção transversal
Nominal Designa- de parede Interno Secção Secção de externa . (kg/m)
(pot.) – ção de (mm) (mm) livre metal Tubo Conteúdo Momento Momento Raio de
Diâmetro Espessura (v. Nota 4) (cm2) Vazio de água de inércia resistente giração
Externo (mm) (v. Nota 3) (v. Nota 6) (v. Nota 7) (cm2) (cm2) (cm)
(v. Nota 5)
¼ 10S 1,65 10,4 0,85 0,62 0.043 0,49 0,085 0,116 0,169 0,430
- Std, 40, 2,23 9,2 0,67 0,81 0,62 0,067 0,138 0,202 0,413
13,7 40S 3,02 7,7 0,46 1,01 0,79 0,046 0,157 0,229 0,393
XS, 80,
80S
3/8 10S 1,65 13,8 1,50 0,81 0,054 0,63 0,150 0,236 0,285 0,551
- Std, 40, 2,31 12,5 1,23 1,08 0,84 0,123 0,304 0,354 0,531
17,1 40S 3,20 10,7 0,91 1,40 1,10 0,090 0,359 0,419 0,506
XS, 80,
80S
Std, 40, 2,77 15,8 1,96 1,61 0,071 0,42 0,20 0,71 0,67 0,66
½ 40S 3,73 13,8 1,51 2,06 1,62 0,15 0,84 0,78 0,64
- XS, 80, 4,75 11,8 1,10 2,47 1,94 0,11 0,92 0,86 0,61
21 80S 7,47 6,4 0,32 3,52 2,55 0,03 1,01 0,95 0,56
160
XXS
Std, 40, 2,87 20,9 3,44 2,15 0,083 1,68 0,34 1,54 1,16 0,85
¾ 40S 3,91 18,8 2,79 2,80 2,19 0,28 1,86 1,40 0,82
- XS, 80, 5,54 15,6 1,91 3,68 2,88 0,19 2,19 1,65 0,77
27 80S 7,82 11,0 0,95 4,63 3,63 010 2,41 1,81 0,72
160
XXS
1 Std, 40, 2,87 26,6 5,57 3,19 0,105 2,50 0,56 2,64 2,18 1,07
- 40S 4,55 24,3 4,64 4,12 3,23 0,46 4,40 2,63 1,03
33 XS, 80, 6,35 20,7 3,37 5,39 4,23 0,34 5,21 3,12 0,98
80S 9,09 15,2 1,82 6,94 5,44 0,18 5,85 3,50 0,92
160
XXS
SENAI/SC 62
Tubulações e Acessórios
1¼ Std, 40, 3,56 35,0 9,65 4,32 0,132 3,38 0,96 8,11 3,85 1,37
- 40S 4,85 32,5 8,28 5,68 4,46 0,83 10,06 4,77 1,33
42 XS, 80, 6,35 29,4 6,82 7,14 5,60 0,68 11,82 5,61 1,29
80S 9,70 22,7 4,07 9,90 7,76 0,41 14,19 6,74 1,20
160
XXS
1½ Std, 40, 3,68 40,8 13,1 5,15 0,151 4,04 1,31 12,90 5,34 1,58
- 40S 5,08 38,1 11,4 6,89 5,40 1,14 16,27 6,75 1,54
48 XS, 80, 7,14 33,9 9,07 9,22 7,23 0,91 20,10 8,33 1,48
80S 10,16 27,9 6,13 12,2 9,53 0,61 23,64 9,80 1,39
160
XXS
2 Std, 40, 3,91 52,5 21,7 6,93 0,196 5,44 2,17 27,72 9,20 2,00
- 40S 5,54 49,2 19,0 9,53 7,47 1,90 36,13 11,98 1,95
60 XS, 80, 8,71 42,9 14,4 14,1 11,08 1,44 48,41 16,05 1,85
80S 11,07 38,2 11,4 17,1 13,44 1,14 54,61 18,10 1,79
160
XXS
2½ Std, 40, 5,16 62,7 30,9 11,0 0,235 8,62 3,09 63,68 17,44 2,41
- 40S 7,01 59,0 27,3 14,5 11,40 2,73 80,12 21,95 2,35
73 XS, 80, 9,52 54,0 22,9 19,0 14,89 2,29 97,94 26,83 2,27
80S 14,0 44,9 15,9 26,0 20,39 1,59 119,5 32,75 2,14
160
XXS
10S 3,05 82,8 53,9 8,22 0,282 6,44 5,39 75,84 17,06 3,04
3 Std, 40, 5,48 77,9 47,7 14,4 11,28 4,77 125,70 28,26 2,96
- 40S 7,62 73,6 42,6 19,5 15,25 4,26 162,33 36,48 2,89
89 Xs, 80, 11,1 66,7 34,9 27,2 21,31 3,49 209,36 47,14 2,78
80S 15,2 58,4 26,8 35,3 27,65 2,68 249,32 56,22 2,66
160
XXS
10S 3,05 108,2 91,9 10,6 0,361 9,35 9,19 164,83 28,88 3,93
4 Std, 40, 6,02 102,3 82,1 20,4 16,06 8,21 300,93 52,61 3,84
- 40S 8,56 97,2 74,2 28,4 22,29 7,42 399,99 69,99 3,75
1¼ Xs, 80, 13,5 87,3 59,9 42,7 33,49 5,99 552,34 96,70 3,60
80S 17,1 80,1 50,3 52,3 40,98 5,03 636,42 111,29 3,49
SENAI/SC 63
Tubulações e Acessórios
160
XXS
10S 3,40 161,4 204,5 17,6 0,535 13,82 20,45 599,37 71,30 5,83
6 Std, 40, 7,11 154,0 186,4 36,0 28,23 18,64 1.171,3 139,32 5,70
- 40S 10,97 146,3 168,2 54,2 42,51 16,82 1.685,7 200,45 5,58
168 Xs, 80, 14,3 139,7 153,4 69,0 54,15 15,34 2.064,5 245,52 5,47
80S 18,2 131,8 136,4 96,0 67,41 13,64 2.455,8 291,91 5,34
120 21,9 124,4 121,5 100,9 79,10 12,15 2,759,6 328,29 5,23
160
XXS
10S 3,76 211,5 351,6 25,4 0,692 19,93 35,16 1.473,4 134,56 7,62
Std, 40, 8,18 202,7 322,6 54,2 42,48 32,26 3.017,7 275,52 7,46
8 40S 10,3 198,4 309,1 67,6 53,03 30,91 3.696,1 337,31 7,39
- 60 12,7 193,7 294,8 82,3 64,56 29,48 4.399,5 401,88 7,31
219 Xs, 80, 18,2 182,6 261,9 115,1 90,22 26,19 5.852,2 534,31 7,13
80S 22,2 174,6 239,4 137,4 107,8 23,94 6.742,9 616,26 7,00
120 23,0 173,1 235,5 141,7 111,1 23,55 6.905,3 631,02 6,98
XXS
160
SENAI/SC 64
Tubulações e Acessórios
Diâmetro no- Designação Espessura de Peso Aprox. (kg/m) Seção transversal
minal de espessu- Parede (mm) Diâmetro Área de Área de Superfície Tubo Conteú- Momento Momento Raio de
(pol.) – Diâme- ra (v. Nota (v. Nota 4) interno (mm) secção livre secção de externa vazio (v. do de de Inér- resisten- giração
tro externo 3) (cm²) metal (cm²) (m²/m) Nota 6) água (v. cia (cm³) te (cm³) (cm)
(mm) (v.Nota Nota 7)
5)
5S 3,40 266,2 556,8 29,2 0,858 22,54 55,68 2.651,4 194,22 9,53
10S 4,19 264,7 550,3 35,4 27,83 55,03 3.200,8 234,38 9,50
10 Std, 40, 40S 9,27 254,5 509,1 76,8 60,23 50,91 6.692,9 490,06 9,32
- Xs, 60, 80s 12,7 247,6 481,9 103,9 81,45 48,19 8.824,1 645,77 9,22
273 80 15,1 242,9 463,2 122,1 95,72 46,32 10.193 747,38 9,14
120 21,4 230,2 416,1 169,3 132,7 41,61 13.486 988,32 8,94
160 28,6 215,9 365,8 219,4 172,1 36,58 16.607 1.217,8 8,71
5s 4,19 315,5 782,0 42,1 1,018 29,11 78,20 5.377,7 332,23 11,30
10s 4,57 314,7 778,1 45,9 36,00 77,81 5.848,0 361,07 11,28
12 20 6,35 311,1 760,7 63,5 49,70 76,07 7.987,5 493,34 11.23
- Std, 30 9,52 304,8 729,6 94,1 73,74 72,96 11.675 717388 11,13
324 40, 40S 10,3 303,2 722,0 101,5 79,65 72,20 12.487 771,97 11,10
XS, 80S 12,7 298,4 699,4 124,1 97,34 69,94 15.067 929,31 11,00
60 14,3 295,3 685,2 138,8 108,8 68,52 16.691 1.029,3 10,95
80 17,4 288,9 655,5 168,0 131,7 65,55 19.771 1.221,1 10,85
120 25,4 273,0 585,8 238,1 186,7 58,58 26.722 1.650,5 10,59
10 6,35 342,9 923,3 69,7 1,118 54,62 92,33 10.630 598,24 12,34
Std, 30 9,52 336,5 889,7 103,5 81,20 88,97 15.525 873,59 12,24
14 40 11,1 333,4 872,9 120,1 94,29 87,29 17.856 1.003,1 12,19
- XS 12,7 330,2 856,2 136,8 107,3 85,62 20.145 1,132,5 12,14
356 60 15,1 325,5 832,3 161,2 126,3 83,23 23.392 1.316,1 12,04
80 19,0 317,5 791,7 201,3 157,9 79,17 28.595 1.609,5 11,91
100 23,8 308,0 745,2 248,4 194,5 74,52 34.339 1.930,7 11,76
10 6,35 393,7 1.217,5 79,8 1,277 62,57 121,7 15.983 786,72 14,15
Std, 30 9,52 387,3 1.178,1 118,8 93,12 117,8 23.392 1.152,2 14,05
16 XS, 40 12,7 381,0 1.140,1 157,1 123,2 114,0 30.498 1.499,7 13,92
- 60 16,6 373,1 1.093,0 203,9 159,9 109,3 38.834 1.911,1 13,79
406 80 21,4 363,8 1.038,1 258,7 203,0 103,8 48.158 2.370,0 13,64
100 26,2 354,0 984,6 312,9 245,3 98,46 56.815 2.796,1 13,46
SENAI/SC 65
Tubulações e Acessórios
10 6,35 444,5 1.551,7 89,9 1,436 70,52 155,2 22.851 999,79 15,95
Std, 20 9,52 438,1 1.507,8 133,9 105,0 150,8 33.589 1.468,5 15,82
18 XS 12,7 431,8 1.464,6 177,4 139,0 146,5 43.829 1.917,6 15,72
- 40 14,3 428,6 1.443,3 198,7 155,9 144,3 48.782 2.133,9 15,67
457 60 19,0 419,1 1.379,4 261,9 205,6 137,9 63.059 2.758,4 15,49
80 23,8 409,6 1.317,5 323,9 254,1 131,7 76.337 3.340,3 15,34
100 29,4 398,5 1.247,2 394,8 309,4 124,7 90.738 3.969,7 15,16
10 6,35 495,3 1.926,6 100,1 1,597 78,46 192,7 31.509 1.240,7 17,73
Std, 20 9,52 488,9 1.877,5 149,2 116,9 187,7 46.368 1.825,8 17,63
20 XS, 30 12,7 482,6 1.829,1 197,4 154,9 182,9 60.645 2.388,0 17,53
- 40 14,3 477,9 1.793,6 233,5 182,9 179,4 70.926 2.792,9 17,42
508 60 19,0 466,7 1.711,1 315,5 247,6 171,1 93.943 3.699,2 17,25
80 23,8 455,6 1.630,4 396,1 310,8 163,0 115.379 4.543,3 17,07
100 29,4 442,9 1.540,7 485,8 381,1 154,1 138.188 5.441,5 16,84
10 6,35 596,9 2.800,2 120,3 1,914 94,35 280,0 54.776 1.796.3 21,34
Std, 20 9,52 590,5 2.742,1 179,5 140,8 274,2 80.873 2.482,8 21,21
24 XS 12,7 584,2 2.677,6 238,1 186,7 267,8 106.139 2.653,5 21,11
- 40 17,4 574,7 2.593,7 324,5 254,7 259,4 142.351 4.674,4 20,96
610 60 24,6 560,4 2.464,6 451,6 354,3 246,5 193.547 6.359,3 20,70
80 30,9 547,7 2.355,0 562,6 440,9 235,5 236.002 7.752,5 20,50
100 38,9 531,8 2.219,5 697,5 546,7 221,9 285.118 9,358,7 20,22
30 10 7,92 746,1 4,374,4 187,7 2,393 147,2 437,4 133.609 3.507,5 26,67
- 20 12,7 736,6 4,264,8 298,7 234,4 426,5 209.779 5.507,0 26,49
762 30 15,9 730,2 4,187,3 371,6 291,8 418,7 258.895 6.801,8 26,39
SENAI/SC 66
Tubulações e Acessórios
Especificação de Material Para Tubulação
Material Aço Classe 150 Tolerância Especificação
Carbono Lbs FR Corrosão
(Mm) 1,5
Serviço Limites de Serviço
SENAI/SC 67
Tubulações e Acessórios
Especificação de Material para Tubulação
Material Classe Tolerância Especificação
Aço Carbono 150 Lbs Fr Corrosão
(mm) 1,5
Serviço Limites de Serviço
Distribuição Interna de Gás Ver tabela abaixo
Material Diâmetro Classe ou Esp Extr Descrição Código
De Até
2” 12” 150 EFL face plana, corpo aço carbono, ob- VR-01
turador alumínio, sede PTFE, clas.
150 sim. Haga
1/2" 1 ½” SCH-80 PL AC API 5L Gr.B, OH ou EF, CC ou
SC, ANSI B 36.10
SC,
ANSI B 36.10
1/2" 1 ½” 3000 SS AFO ASTM A 234 Gr. WPB (ASTM
A 105)
ANSI-B 16.11
2” 10” SCH40 PC
AC ASTM A 234 G.r WPB. ANSI B
16.9
12” 24’ 0,375” PC
Conexões
2” 2000 SS
Idem
SENAI/SC 68
Tubulações e Acessórios Florianópolis 2002
Especificação De Material Para Tubulação
SENAI/SC 69
Tubulações e Acessórios Florianópolis 2002