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CM – ENGENHEIRO

DE CAMPO –
CONSTRUÇÃO E
MONTAGEM
MÓDULO I – Métodos
e Processos de
Fabricação,
Montagem e Inspeção
TUBULAÇÕES
INDUSTRIAIS

BYRON GONÇALVES DE SOUZA FILHO


CM – ENGENHEIRO DE CAMPO – CONSTRUÇÃO E
MONTAGEM
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A.
_________________________________________________________
SOUZA FILHO, Byron Gonçalves de.
Tubulações Industriais/ Universidade Federal Fluminense, Niterói,
2006
332 sl.
_________________________________________________________
Ementa do Curso

• Principais códigos e normas;


• Tipos de tubos e emprego de tubulações industriais;
• Acessórios de tubulações industriais;
• Traçado, detalhamento e desenho;
• Cálculos de projeto;
• Fabricação, Montagem e Testes;
• Noções de Flexibilidade.
Bibliografia Recomendada

• Tubulações Industriais: Materiais, Projeto e


Montagem; Silva Telles, P.C.; Livros Técnicos
Científicos – LTC;
• Tubulações Industriais: Cálculo; Silva Telles, P.C.;
Livros Técnicos Científicos – LTC;
• Tabelas e Gráficos para projeto de tubulações;
Silva Teles, P.C., Paula Barros, D.G.; Interciência;
• ASME B31.3, Process Piping; American Society for
Mechanical Engineers
Generalidades e Classificação

• Tubos são condutos fechados de seção circular, funciona


como conduto forçado;
• Tubulação é o conjunto de tubos e seus diversos
acessórios;
• Primeiros tubos metálicos feitos de chumbo antes da era
Cristã;
• A primeira produção de tubos de ferro fundido começou
na Europa Central no século XV;
• Produção em escala comercial em 1886 com a patente dos
irmãos Mannesmann.
Generalidades e Classificação

• Nas indústrias de processo as tubulações


representam 15 a 20 % do custo total da instalação;
• As válvulas representam 8% do custo total da
instalação;
• A montagem das tubulações representa 45 a 50%
do custo total da montagem;
• O projeto das tubulações representa 20% do custo
total do projeto.
Generalidades e Classificação

Classificação quanto ao emprego:

Tubulações de Processo

Tubulações dentro de Tubulações de Utilidades


Instalações Industriais Tubulações de Instrumentação
Tubulações de Transmissão hidráulica
Tubulações de Drenagem

Adução

Tubulações de Transporte Transporte

Tubulações fora de Drenagem


Instalações Industriais
Distribuição
Tubulações de Distribuição
Coleta
Código ASME B31 para tubulações pressurizadas
Consiste de várias seções publicadas individualmente:
• B31.1 – Power Piping: Tubulações tipicamente encontradas em plantas de
geração de energia elétrica;
• B31.2 – Fuel Gas Piping: Norma Extinta;
• B31.3 – Process Piping: Tubulações tipicamente encontradas em plantas de
processamento de petróleo, de produtos químicos, farmacêuticos, têxteis,
celulose, etc;
• B31.4 – Pipeline Transportation Systems for Liquid Hydrocarbons and
Other Liquids;
• B31.5 – Refrigeration Piping;
• B31.8 – Gas Transportation and Distribution Piping Systems;
• B31.9 – Building Services Piping;
• B31.11 – Slurry Transportation Piping Systems.
ASME B31.3 - Process Piping

Esta seção inclui:

a) Referencias para especificações de materiais


aceitáveis

b) Requisitos para projeto de componentes e


acessórios;

c) Requisitos e dados para avaliação de


limitações de tensões, reações e movimentos;

d) Guia para seleção de materiais;

e) Requisitos de fabricação e montagem;

f) Requisitos para inspeção e testes.


ASME B31.3 - Process Piping

Organização do Código (Capítulos):

I. Scope and definitions;


II. Design;
III. Materials;
IV. Standard for piping components;
V. Fabrication, assembling and erection;
VI. Inspection, examination and tests;
VII. Nonmetallic piping and piping lined with nonmetals;
VIII. Piping for categories M fluid service (M) & (MA)
IX. High pressure piping (K)
TUBULAÇÕES INDUSTRIAS

Seleção de Materiais
Critérios para seleção de Materiais

1. Resistência mecânica
2. Resistência química
3. Resistência térmica
4. Trabalhabilidade
Propriedades Mecânicas

(b)

(a) Corpo de prova padrão antes e (b) Máquina de tração típica.


após tração, mostrando o
comprimento de medição original e
final.
Propriedades Mecânicas
Propriedades Mecânicas de vários Materiais
TABLE 2.2 Mechanical Properties of Various Materials at Room Temperature
Elongation
in 50 mm
Metals (Wrought) E (GPa) Y (MPa) UTS (MPa) (%)
Aluminum and its alloys 69–79 35–550 90–600 45–4
Copper and its alloys 105–150 76–1100 140–1310 65–3
Lead and its alloys 14 14 20–55 50–9
Magnesium and its alloys 41–45 130–305 240–380 21–5
Molybdenum and its alloys 330–360 80–2070 90–2340 40–30
Nickel and its alloys 180–214 105–1200 345–1450 60–5
Steels 190–200 205–1725 415–1750 65–2
Titanium and its alloys 80–130 344–1380 415–1450 25–7
Tungsten and its alloys 350–400 550–690 620–760 0
Nonmetallic materials
Ceramics 70–1000 — 140–2600 0
Diamond 820–1050 — — —
Glass and porcelain 70-80 — 140 —
Rubbers 0.01–0.1 — — —
Thermoplastics 1.4–3.4 — 7–80 1000–5
Thermoplastics, reinforced 2–50 — 20–120 10–1
Thermosets 3.5–17 — 35–170 0
Boron fibers 380 — 3500 0
Carbon fibers 275–415 — 2000–3000 0
Glass fibers 73–85 — 3500–4600 0
Kevlar fibers 62–117 — 2800 0
Note: In the upper table the lowest values for E, Y, and UTS and the highest values for elongation are for pure metals.
Multiply gigapascals (GPa) by 145,000 to obtain pounds per square in. (psi), megapascals (MPa) by 145 to obtain psi.
Estrutura Cristalina Cúbica de Corpo-Centrado

Estrutura cristalina cúbica de corpo centrado (ccc): (a) modelo de esferas; (b) célula
unitária; e (c) monocristal com várias células unitárias.
Fonte: W. G. Moffatt, et al., The Structure and Properties of Materials, Vol. 1, John
Wiley & Sons, 1976.
Estrutura Cristalina Cúbica de Face-Centrada

Estrutura cristalina cúbica de face centrada (cfc): (a) modelo de esferas; (b) célula
unitária; e (c) monocristal com várias células unitárias.
Fonte: W. G. Moffatt, et al., The Structure and Properties of Materials, Vol. 1, John
Wiley & Sons, 1976.
Estrutura Cristalina Hexagonal Compacta

Estrutura cristalina hexagonal compacta (hc): (a) célula unitária; e (c)


monocristal com várias células unitárias.
Fonte: W. G. Moffatt, et al., The Structure and Properties of Materials, Vol. 1,
John Wiley & Sons, 1976.
Defeitos em uma Rede Mono-Cristalina

Ilustração esquemática de tipos de defeitos em uma rede mono-cristalina: Átomo


auto-instersticial, Lacuna, Átomos de impureza intersticial e substitucional.
Discordâncias em Aresta e em Espiral

Tipos de discordâncias em um mono-cristal

(a) Aresta (edge) (b) Espiral (Screw)


Movimento de uma Discordância em aresta

Movimento de discordância aresta em uma rede cristalina sob ação de tensão de


cisalhamento. As discordâncias ajudam a explicar porque a resistência real dos
metais é muito menor que a prevista pela teoria.
ESPECIFICAÇÕES DE MATERIAL

COMPOSICÃO PROCESSO DE PROPRIEDADES


QUÍMICA FABRICAÇÃO MECÂNICAS

ESPECIFICAÇÃO CONTROLE DE TENSÕES


TÉCNICA QUALIDADE ADMISSÍVEIS

EMPREGO
DO MATERIAL

ESPECIFICAÇÃO
DIMENSIONAL

CRITÉRIOS
DE PROJETO
INFLUÊNCIA DA TEMPERATURA NO COMPORTAMENTO
MECÂNICO DOS MATERIAIS

A. PROPRIEDADES MECÂNICAS MUDAM COM A


TEMPERATURA (LIMITE DE RESISTÊNCIA,
MÓDULO DE ELASTICIDADE).

B. DEFORMAÇÕES PERMANENTES POR


FLUÊNCIA (“CREEP”).

C. FRAGILIDADE À BAIXA TEMPERATURA.


VARIAÇÃO DO LIMITE DE RESISTÊNCIA COM A
TEMPERATURA

Variação do limite de resistência com a temperatura.


• PODE-SE ESTABELECER PARA CADA MATERIAL UMA TEMPERATURA A
PARTIR DA QUAL SUA RESISTÊNCIA MECÂNICA É TÃO BAIXA, QUE SEU
USO FICA ANTI-ECONÔMICO.
VARIAÇÃO DO MÓDULO DE ELASTICIDADE COM
A TEMPERATURA

Variação do módulo de Variação do alongamento com a


elasticidade com a temperatura. temperatura para o aço-carbono.
DEFORMAÇÃO POR FLUÊNCIA

 DEFORMAÇÃO PERMANENTE, LENTA E PROGRESSIVA, QUE OCORRE


COM O PASSAR DO TEMPO QUANDO O MATERIAL ESTÁ SUBMETIDO A
UMA TENSÃO DE TRAÇÃO EM TEMPERATURA ELEVADA.
 A TEMPERATURA A PARTIR DA QUAL A FLUÊNCIA OCORRE É
DIFERENTE PARA CADA MATERIAL. EM GERAL, APROXIMADAMENTE
IGUAL A 1/3 DA TEMPERATURA ABSOLUTA DE FUSÃO.
 EX.: AÇO CARBONO: (1773/3) = 320ºC
 EX.: CHUMBO : TEMP. AMBIENTE
 A DEFORMAÇÃO PERMANENTE CAUSADA PELA FLUÊNCIA OCORRE
COM TENSÃO MENOR QUE O LIMITE DE ESCOAMENTO.
DEFORMAÇÃO POR FLUÊNCIA (“CREEP”)

Curva de típica de fluência Tempo Deformação


 OA - DEFORMAÇÃO INICIAL AO SE APLICAR A CARGA (NÃO NECESSITA TEMPO, T = O). PODE SER
PERMANENTE OU NÃO, DEPENDENDO DA CARGA.
 AB - 1ª FASE DE “CREEP”: A TAXA DE DEFORMAÇÃO É DECRESCENTE.
 BC - 2ª FASE DE “CREEP”: A TAXA DE DEFORMAÇÃO É CONSTANTE COM O TEMPO.
 CD - 3ª FASE DE “CREEP”: A TAXA DE DEFORMAÇÃO É CRESCENTE COM O TEMPO, ATINGINDO A
RUPTURA.
 EE' - CONTRAÇÃO.
DEFORMAÇÃO POR FLUÊNCIA
 CURVAS DE FLUÊNCIA
 PARÂMETROS ENVOLVIDOS: TENSÃO, DEFORMAÇÃO, TEMPERATURA E
TEMPO.
 CURVA TENSÃO x TEMPO DE RUPTURA.

Curvas tensão de ruptura x tempo para a ruptura


(o valor inicial LR, é o limite de resistência para cada temperatura)
 O TEMPO DE RUPTURA É FUNÇÃO DA TENSÃO ATUANTE E DA TEMPERATURA.
 PODE-SE ESTABELECER UMA TENSÃO LIMITE DE TRABALHO PARA QUE O MATERIAL
DURE CERTO TEMPO A DETERMINADA TEMPERATURA.
DEFORMAÇÃO POR FLUÊNCIA

 CURVAS DEFORMAÇÃO x TEMPO

Curvas de fluência do aço-carbono a 450º C.


DEFORMAÇÃO POR FLUÊNCIA

 CURVAS DEFORMAÇÃO x TEMPO

Curvas de fluência a tensão constante.


DEFORMAÇÃO POR FLUÊNCIA
 CONSIDERAÇÃO DA FLUÊNCIA NO PROJETO

Consideração de Projeto.
 COMPOSIÇÃO QUÍMICA E TAMANHO DE GRÃO
DEFORMAÇÃO POR FLUÊNCIA

CONTROLE DO DANO DURANTE A VIDA ÚTIL

PRECISÃO
 PELA DEFORMAÇÃO REPETIBILIDADE
LIMITE (1 %; 5 %)

 TEMPO DE VIDA TENSÃO CONHECIDA


TEMPERATURA CONHECIDA

VAZIOS DE FLUÊNCIA
 METALOGRAFIA PADRÃO DE COMPARAÇÃO
FRAGILIDADE À BAIXA TEMPERATURA

 MATERIAIS DÚTEIS EM TEMPERATURA AMBIENTE, PODEM TORNAR-


SE FRÁGEIS QUANDO EM BAIXA TEMPERATURA.
 O COMPORTAMENTO FRÁGIL PODE SER VERIFICADO NA CURVA
ENERGIA DE CHOQUE x TEMPERATURA (TEMPERATURA
TRANSIÇÃO).

Comportamento dúctil e frágil dos metais.


FRAGILIDADE À BAIXA TEMPERATURA

 PODE-SE ESTABELECER LIMITE MÍNIMO DE TEMPERATURA


PARA CADA MATERIAL, A PARTIR DO QUAL ELE SE FRAGILIZA.

 COMO A FRATURA SE INICIA EM PONTOS DE


CONCENTRAÇÃO DE TENSÕES, CERTOS DETALHES DEVEM
SER EMPREGADOS NO PROJETO E NA CONSTRUÇÃO PARA
ATENDER ESTE EFEITO.
TESTE DE IMPACTO
CORPOS DE PROVA P/TESTES DE IMPACTO

Charpy

Izod
VASO ROMPIDO POR FRATURA FRÁGIL

Fonte: Materiais para equipamentos de processo, P.C. Silva Telles, Ed Interciência.


DETALHES DE PROJETO – Prevenção contra fratura
frágil
Descontinuidades geométricas e modos de atenua-las

Fonte: Materiais para equipamentos de processo, P.C. Silva Telles,


Ed Interciência.
DETALHES DE PROJETO – Prevenção contra fratura
frágil
Descontinuidades geométricas e modos de atenuá-las

Fonte: Materiais para equipamentos de processo, P.C. Silva Telles, Ed Interciência .


DETALHES DE PROJETO – Prevenção contra fratura
frágil
Descontinuidades geométricas e modos de atenuá-las

Fonte: Materiais para equipamentos de processo, P.C. Silva Telles, Ed Interciência.


CONSIDERAÇÃO FINAL DE PROJETO

Fonte: Materiais para


equipamentos de processo,
P.C. Silva Telles, Ed
Interciência.
AÇO CARBONO

A. COMPOSIÇÃO QUÍMICA
DIAGRAMA DE EQUILIBRIO DA LIGA Fe-C
DIAGRAMA DE TRANSFORMAÇÃO ISOTÉRMICA

Fonte: Ciência e
Engenharia de Materiais:
uma introdução,
W.D.Callister Jr, Ed LTC.
INFLUÊNCIA DO TEOR DE CARBONO NAS
PROPRIEDADES MECÂNICAS
INFLUÊNCIA DO TEOR DE CARBONO NA
SOLDABILIDADE
%Mn %Cr  %Mo  %V %Ni  %Cu
Equivalente de C  %C   
6 5 15

CFC CCC TCC


INFLUÊNCIA DE OUTROS ELEMENTOS DE LIGA NO
AÇO CARBONO
 ADIÇÃO DE MANGANÊS (Mn):
AUMENTO DA RESISTÊNCIA MECÂNICA SEM GRANDE PREJUÍZO NA SOLDABILIDADE.
 ADIÇÃO DE SILÍCIO (Si) e ALUMÍNIO (Al):
PRODUZ AÇOS ACALMADOS (“KILLED STEELS”) QUE APRESENTAM MENOR INCIDÊNCIA

DE DEFEITOS INTERNOS E MAIOR UNIFORMIDADE DE COMPOSIÇÃO QUÍMICA.

SÃO AÇOS DE

ALTA QUALIDADE APROPRIADOS PARA TEMPERATURAS ELEVADAS (Si) E BAIXAS

(Al).
 PRESENÇA DE FÓSFORO (P) e ENXOFRE (S):
IMPUREZAS PREJUDICIAIS À QUALIDADE DO AÇO E POR ISSO SUA PRESENÇA É

LIMITADA A VALORES MUITO BAIXOS.


 ADIÇÃO DE COBRE (Cu):
MELHORA A RESISTÊNCIA À CORROSÃO ATMOSFÉRICA.
EFEITO DA TEMPERATURA NOS AÇOS CARBONO

• DIMINUIÇÃO DA RESISTÊNCIA MECÂNICA

 QUEDA ACENTUADA NA RESISTÊNCIA: a partir de 400º C.


 OXIDAÇÃO SUPERFICIAL: a partir de 530º C.
 GRAFITIZAÇÃO (PRECIPITAÇÃO DO CARBONO LIVRE) QUE TORNA O AÇO FRÁGIL: a partir de
440º C.
 DEFORMAÇÕES PERMANENTES POR FLUÊNCIA: a partir de 370º C.
 FRAGILIDADE À BAIXA TEMPERATURA: a partir de – 45º C.
EFEITO DO MEIO NOS AÇOS CARBONO

 CORROSÃO EXTERNA
 CORROSÃO ATMOSFÉRICA (ATMOSFERA INDUSTRIAL POLUÍDA):
0,30 mm/ano. PROTEÇÃO A BASE DE TINTAS.

 LINHAS ENTERRADAS: REVESTIMENTO COM TINTAS, COM


RESINAS ou COM FITAS PLÁSTICAS e PROTEÇÃO CATÓDICA.

 CORROSÃO INTERNA

 TAXA MÉDIA ACEITÁVEL = 0,1 mm/ano.

 ÁGUA SALGADA: NÃO USAR AÇO CARBONO.

 UTILIZAR GRÁFICOS DE TAXA DE CORROSÃO.


ASPECTOS DE SOLDABILIDADE DO AÇO CARBONO

 ATENDER ÀS RECOMENDAÇÕES DA ASME B 31.3 / ASME B&PV.

 PREAQUECIMENTO A 80ºC E AQUECIMENTO ENTRE OS PASSES DE SOLDA EM


PEÇAS COM ESPESSURAS SUPERIOES A 25 mm.

 TRATAMENTO TÉRMICO DE ALÍVIO DE TENSÕES APÓS A SOLDAGEM, A 600º C,


DURANTE 1 HORA PARA CADA 25 mm DE ESPESSURA, QUANDO A ESPESSURA
É MAIOR DO QUE 19 mm.

 UTILIZAR ELETRODOS DE BAIXO H2 PARA:

 t > 25 mm
 % C > 0,22 %
 LE > 35 kg/mm2.
EXEMPLOS DE TUBOS DE AÇO CARBONO
EXEMPLOS DE TUBOS DE AÇO CARBONO

Fonte: Materiais para


equipamentos de
processo, P.C. Silva
Telles, Ed Interciência.
AÇOS LIGA E INOXIDÁVEIS

PRINCIPAIS ELEMENTOS DE LIGA ------ Cr, Ni, Mo.


BAIXA LIGA -------  EL. LIGA  5 %
MÉDIA LIGA ------- 5%   EL. LIGA  10 % ALTA
LIGA --------  EL. LIGA  10 %
AUSTENÍTICOS
INOXIDÁVEL  MÍNIMO 12 % Cr FERRÍTICOS
MARTENSÍTICOS

• USADOS QUANDO A TEMPERATURA OU CONDIÇÕES ESPECÍFICAS


(CORROSÃO, CONTAMINAÇÃO) IMPEDEM O USO DO AÇO CARBONO.

DISPONIBILIDADE
• DIFICULDADES PREÇO (4 Vezes o Aço Carbono)
SOLDABILIDADE
AÇOS LIGA E INOXIDÁVEIS

INFLUÊNCIA DOS ELEMENTOS DE LIGA

AUMENTA RESIST. À OXIDAÇÃO EM TEMP. ELEVADA

CROMO AUMENTA RESISTÊNCIA À CORROSÃO

ATÉ 2 ½ % AUMENTA RESISTÊNCIA À FLUÊNCIA

MOLIBDÊNIO: AUMENTA RESISTÊNCIA À FLUÊNCIA

NÍQUEL: DIMINUI A TEMPERATURA LIMITE DE UTILIZAÇÃO


OXIDAÇÃO AO AR: INFLUÊNCIA DO CROMO

Fonte: Materiais para


equipamentos de
processo, P.C. Silva
Telles, Ed Interciência.
RESISTÊNCIA À FLUÊNCIA:
INFLUÊNCIA DO CROMO E MOLIBDÊNIO (AÇOS LIGA)

Tensão para ruptura por fluência


em 1.000 horas.

Fonte: Materiais para


equipamentos de processo, P.C.
Silva Telles, Ed Interciência.
TENACIDADE: INFLUÊNCIA DO NÍQUEL

Resistência ao impacto do aço-


liga 3 ½ % Ni e do Níquel.

Fonte: Materiais para


equipamentos de processo, P.C.
Silva Telles, Ed Interciência.
AÇOS LIGA E INOXIDÁVEIS

Fonte: Materiais para equipamentos de


processo, P.C. Silva Telles, Ed
Interciência.
AÇOS LIGA E INOXIDÁVEIS

Fonte: Materiais para


equipamentos de
processo, P.C. Silva
Telles, Ed Interciência.
AÇOS LIGA E INOXIDÁVEIS

Fonte: Materiais para


equipamentos de processo,
P.C. Silva Telles, Ed
Interciência.
AÇOS LIGA E INOXIDÁVEIS

Fonte: Materiais para equipamentos de processo, P.C. Silva Telles, Ed Interciência.


TUBOS DE FERRO FUNDIDO

• BAIXA RESISTÊNCIA MECÂNICA


• BOA RESISTÊNCIA À CORROSÃO
• USO EM H2O, H2O SALGADA, ESGOTO (BAIXA
PRESSÃO)
• ESPECIFICAÇÃO: ASTM A 74; ASTM A 37
TUBOS DE MATERIAIS NÃO FERROSOS

• MELHOR RESISTÊNCIA À CORROSÃO QUE O AÇO


CARBONO
• MENOR RESISTÊNCIA MECÂNICA ( ? )
• MELHOR COND. TÉRMICA
• MAIOR CUSTO
TUBOS DE MATERIAIS NÃO FERROSOS
 COBRE: ALTAS CONDUTIBILIDADES TÉRMICA e ELÉTRICA
 COBRE PURO - ASTM B 88; ASTM B 75; ASTM B 111.
 LATÃO = COBRE + ZINCO - ASTM B 111.
 BRONZE = COBRE + SILICIO - ASTM B 315.
 CUPRO - NÍQUEL - ASTM B 466.

 ALUMÍNIO: BAIXO PESO, ALTO K, USO EM BAIXAS TEMP


 ASTM B 210; ASTM B 234; ASTM B 345.

 NÍQUEL: ALTA RESIST. CORROSÃO, RESIST. A ALTAS E BAIXAS


TEMPERATURAS, ALTO CUSTO
 Ni COMERCIAL
 MONEL (67 % Ni, 30 % Cu)
 INCONEL (72 % Ni, 15 % Cr; 8 % Fe)
 INCOLOY (42 % Ni, 22 % Cr; 20 % Fe, 3 % Mo; 2 % Cu)
 HASTELOY (60 % Ni, 28 % Mo, 5 % Fe, 2.5 % Co)
TUBULAÇÕES INDUSTRIAS

Noções de Combate a Corrosão


Corrosão
Formas de Corrosão

Fonte: Corrosão, V.
Gentil, Ed LTC.
Corrosão por composto de enxofre
Definição de Corrosão

 É a deterioração do metal pela ação do meio externo,


tentando voltar para seu estado mais abundante na natureza;
 Hematita Fe2O3,
 Magnetita Fe3O4,
 Hidróxido de Ferro II Fe(OH)2,
 Akaganeita -FeOOH
 Lepdocrocita -FeOOH,
 Goetita -FeOOH
 Em geral metais reagindo com não metais: Oxigênio e
Enxofre.
Mecanismos Básicos da Corrosão

 Por que Corrói?


 Interação: Metal x Meio x Condições Operacionais.
 O mecanismo eletroquímico:
 Em água ou soluções aquosas;
 Corrosão Atmosférica, no Solo, em Sais fundidos.
 O mecanismo químico
 Em alta temperatura, gases em ausência de umidade;
 Em solventes orgânicos isentos de água;
 Corrosão de materiais não metálicos.
Mecanismos Básicos da Corrosão

Corrosão Química
 Campo abrangido é muito restrito
 Destaca-se em altas temperaturas.
 A cinética dos processos de oxidação se traduz em leis de
crescimento da película:
 Lei linear: y = k.t + c;
 Lei Parabólica: y2 = K1.t + c1
 Lei logarítmica: y = log(k2.t);
Mecanismos Básicos da Corrosão

Corrosão Eletroquímica

• Área anódica onde passa a reação anódica;


• Área catódica onde passa a reação catódica;
• Uma ligação metálica que une ambas as áreas, por onde
fluem os elétrons;
• Um eletrólito em contato simultâneo com as áreas anódicas
e catódicas.
Pilha Eletroquímica de Corrosão

Fonte: Corrosão, V. Gentil, Ed LTC.


Pilha Eletroquímica de Corrosão

Fonte: Corrosão, V. Gentil, Ed LTC.


Série Eletro-Motriz

Fonte: Corrosão, V. Gentil, Ed


LTC.
Pilha Eletroquímica de Corrosão

Equação de Oxidação:
Mg  Mg2+ + 2e- E0= +2,37V
Equação de Redução:
2H+ + 2e-  H2 E0= 0,00V
Equação Total ou REDOX:
Mg + 2H+  Mg2+ + H2 E0 =
+2,37V
Força Eletromotriz (FEM):
Mg Cu
E=E0+0,0591 log [Mg].[H+]2
H2SO4 [Mg2+].[H2]
Diagrama de Pourbaix

Fonte: Corrosão, V. Gentil, Ed LTC.


O diagrama de Pourbaix é
normalmente simplificado,
representando as regiões de
corrosão, imunidade e
passividade. Esse diagrama
simplificado mostra de
forma sumária o
comportamento previsto
para um metal puro imerso
em água pura.
Combate à Corrosão

Métodos Baseados na Modificação do Processo:


 projeto da estrutura (Ar,Água,Terra);
 condições da superfície (Ar,Água,Terra);
 pela aplicação de proteção catódica (Água,Terra).
Métodos Baseados na Modificação do Meio Corrosivo:
 desaeração da água ou solução neutra (Água);
 purificação ou diminuição da umidade do ar (Ar);
 adição de inibidores de corrosão, etc. (Água) (Ar,Terra
em casos especiais).
Combate à Corrosão

Métodos Baseados na Modificação do Metal:


 aumento da pureza (Ar,Água,Terra);
 adição de elementos - liga (Ar,Água,Terra);
 tratamento térmico (Ar,Água,Terra).
Métodos Baseados em Barreiras contra o meio:
 revestimentos com produtos da reação - tratamento químico ou
eletroquímico da superfície metálica (Ar,Água);
 revestimentos orgânicos - tintas, resinas ou polímeros, etc
(Ar,Água,Terra);
 revestimentos inorgânicos - esmaltes, cimentos (Ar,Água,Terra);
 revestimentos metálicos (Ar,Água,Terra);
 protetores temporários (Ar).
TUBULAÇÕES INDUSTRIAS

Tubos-Processos de
Fabricação e Normalização
TUBULAÇÃO

TUBOS + ACESSÓRIOS

GERAÇÃO

TUBULAÇÃO
PRODUÇÃO E / OU UTILIZAÇÃO

ARMAZENAGEM
TUBULAÇÃO

LÍQUIDOS PASTOSOS VÁCUO → 6000 Kg/cm2

UTILIZAÇÃO
GASES COM
SUSPENSÃO
ZERO
ABSOLUTO
→ TEMP. FUSÃO

IMPORTÂNCIA: 15 A 20 % CUSTO TOTAL DA UNIDADE


NOMENCLATURA

 CONDUTO RÍGIDO → TUBOS

 CONDUTO FLEXÍVEL → TUBO FEXÍVEL, MANGEIRA, MANGOTE

PIPE (CONDUZIR FLUIDOS)


 AMERICANA
TUBING (TROCAR CALOR, CONDUZIR SINAIS, etc)

TUBOS DE CONDUÇÃO
 COPANT
TUBOS
AÇOS CARBONO
* FERROSOS AÇOS LIGA
AÇOS INOXIDÁVEIS

TUBOS
METÁLICOS COBRE E LIGAS

NÍQUEL E LIGAS
* NÃO FERROSOS
ALUMÍNIO E LIGAS

TITÂNIO E ZIRCÔNIO
 PLÁSTICOS
 VIDRO
 CERÂMICA
 BARRO VERMELHO
TUBOS NÃO
 PORCELANA
METÁLICOS
 CONCRETO ARMADO
 BORRACHAS
 CIMENTO AMIANTO
 CONCRETO

 BORRACHAS

METÁLICOS COM  PLÁSTICOS


REVESTIMENTO AÇO +
 MET. + NOBRE

 FIBRA VIDRO
PROCESSOS DE FABRICAÇÃO

 LAMINAÇÃO

TUBOS SEM COSTURA


 EXTRUSÃO

 FUNDIÇÃO

TUBOS COM COSTURA  SOLDAGEM


LAMINAÇÃO (1)
LAMINAÇÃO (2)
EXTRUSÃO
TUBO COM COSTURA (ERW)
TUBO COM COSTURA (SAW) - UOE
TUBO COM COSTURA (ERW)
TUBO COM COSTURA (Helicoidal)
NORMALIZAÇÃO DE TUBOS DE AÇO

• NORMAS DIMENSIONAIS
ASME B 36.10 – AÇOS CARBONO E AÇOS LIGA
ASME B 36.19 – AÇOS INOXIDÁVEIS
• “DIÂMETRO NOMINAL”  MERA DESIGNAÇÃO
ATÉ 12”  DIÂM. NOM. NÃO TEM SIGNIFICADO FÍSICO
14” EM DIANTE DIÂM. NOM. = DIÂM. EXTERNO

1.000 P
• SÉRIE (SCHEDULE)  S

• DENOMINAÇÕES ANTIGAS
. “STD” - STANDARD – NORMAL
. “XS” - EXTRA FORTE
. “XXS” - DUPLO EXTRA FORTE
• PARA CADA DIÂMETRO NOMINAL

TUBOS COM VÁRIAS ESPESSURAS


TUBOS COM O MESMO DIÂMETRO EXTERNO

SEÇÕES TRANSVERSAIS
EM UM TUBO DE 1” D.N.

• COMPRIMENTO VARIÁVEIS → 6 A 12 METROS

• TIPOS DE EXTREMIDADES
ESPESSURAS DE TUBOS

 Espessura STD e Sch 40 são as mesmas para


diâmetros até NPS 10 (DN 250);
 Espessura STD é 3/8” (9,52mm) para diâmetros NPS 12
(DN 300) e maiores;
 Espessura XS e Sch 80 são as mesmas para diâmetros
até NPS 8 (DN 200);
 Espessura XS é ½” (12,7mm) para diâmetros NPS 8
(DN 200) e maiores.
DADOS PARA ENCOMENDA DE TUBOS

 QUANTIDADE (PESO OU COMPRIMENTO)

 DIÂMETRO NOMINAL

 ESPESSURA/SÉRIE

 NORMA DIMENSIONAL

 MATERIAL

 PROCESSO DE FABRICAÇÃO

 EXTREMIDADE

 ACABAMENTO/REVESTIMENTO
TUBULAÇÕES INDUSTRIAS

Meios de Ligação de Tubos


MEIOS DE LIGAÇÃO DE TUBOS

CONECTAR TUBOS ENTRE SI


 LIGAR TUBOS ÀS VÁLVULAS, ACESSÓRIOS E EQUIPAMENTOS

LIGAÇÕES ROSQUEADAS
LIGAÇÕES SOLDADAS
LIGAÇÕES FLANGEADAS
PRINCIPAIS SISTEMAS
LIGAÇÕES PONTA E BOLSA
LIGAÇÕES DE COMPRESSÃO
LIGAÇÕES PATENTEADAS

 ESCOLHA DEPENDE DE: MATERIAL, DIÂMETRO, FINALIDADE,


SEGURANÇA, CUSTO, PRESSÃO E TEMPERATURA, FLUIDO,
NECESSIDADE DE DESMONTAGEM
LIGAÇÕES ROSQUEADAS

 DOMICILIARES
 INDUSTRIAIS SECUNDÁRIAS
  CUSTOS
• FÁCIL EXECUÇÃO E DESMONTAGEM
  D  4”
• VAZAMENTOS
  RESISTÊNCIA MECÂNICA

• ROSCA EM TUBOS: SCH 80


• ASME B1.20.1
LIGAÇÕES SOLDADAS

- SOLDA DE TOPO
SOLDA POR FUSÃO - SOLDA DE ENCAIXE OU SOQUETE

 RESISTÊNCIA
 ESTANQUEIDADE
VANTAGENS
 APARÊNCIA
 MANUTENÇÃO
FÁCIL DE PINTAR e ISOLAR

- DESMONTAGEM
DESVANTAGENS
- MÃO DE OBRA
SOLDA DE TOPO  2”

 CHANFROS PARA SOLDA DE TOPO DE TUBOS


ASME B 16.25
SOLDA DE ENCAIXE  1½”
LIGAÇÕES FLANGEADAS

 VÁLVULAS
 EQUIPAMENTOS
 DESMONTAGEM (QUANDO TUBULAÇÃO NÃO FLANGEADA)
 TUBOS ENTRE SI (QUANDO NÃO PODE SOLDAR)
• VAZAMENTO
 • PESADAS
DESVANTAGENS
• VOLUMOSAS
• CARAS
TIPO DE FLANGES (1)

EQUIPAMENTOS
A) INTEGRAL FERRO FUNDIDO
+ RESISTENTE

USO GERAL
 RESISTÊNCIA
 APERTO
B) PESCOÇO  TENSÕES RESIDUAIS
MONTAGEM:
- Tubo Chanfrado
- Comprimento Certo

+ BARATO
C) SOBREPOSTO FAC. NA MONTAGEM
 APERTO
 TENSÕES RESIDUAIS
TIPO DE FLANGES (2)

TUBOS NÃO – SOLDÁVEIS


NÃO - METÁLICOS
D) ROSQUEADO  APERTO
 TENSÕES RESIDUAIS
ROSCA:  TENSÕES, VAZAMENTOS

 1½”
E) ENCAIXE + FACILIDADE NA MONTAGEM

SOLTOS,VIROLA
F) LAP-JOINT SEM CONTATO

BOCAIS DE EQUIPAMENTOS
G) CEGO EXTREMIDADE
FUTURA EXPANSÃO
FACEAMENTO DOS FLANGES
FABRICAÇÃO DE FLANGES
• FORJADOS
• LAMINADOS
• FUNDIDOS

NORMALIZAÇÃO DE FLANGES
• NORMA DIMENSIONAL  ASME B.16.5
• PRESSÃO DE FLANGES (RATINGS)
• PRESSÃO ADMISSÍVEL
JUNTAS (1)

ELEMENTO DE VEDAÇÃO
• COMPRESSÃO  APERTO
• CISALHAMENTO  P. INTERNA
ACOMODAÇÃO
DEFORMÁVEL
P, T
MATERIAL ELÁSTICO
RESISTENTE  FLUIDO, T

 ESPESSURA

F=PxA
P   A  (ESPESS. )
JUNTAS (2)

 DUREZA

ACABAMENTO DAS FACES 


DUREZA  
P. INTERNA PODE 

 APERTO

INICIAL - P/ ACOMODAR O MATERIAL DA JUNTA – SEM P.


RESIDUAL - P/ COMPENSAR A P. INTERNA
A QUENTE - P/ COMPENSAR A DILATAÇÃO DOS PARAFUSOS
MATERIAIS DAS JUNTAS

 BORRACHA NATURAL

 BORRACHAS SINTÉTICAS

 PAPELÕES HIDRÁULICOS

 MATERIAIS PLÁSTICOS

 JUNTAS METÁLICAS FOLHEADAS OU EM ESPIRAL

 JUNTAS METÁLICAS
JUNTAS
JUNTAS PLANAS (ASME B 16.21)

ENCHIMENTO NÃO METÁLICO

JUNTAS DE ANEL (ASME B 16.20)

OVAL
PARAFUSOS E ESTOJOS

(AC)

AC – 10.000 psi
AL – 60.000 psi

(AL)

APERTO

APERTO  TRAÇÃO NOS PARAFUSOS  COMPRESSÃO NA


JUNTA  FLEXÃO NO FLANGE ∴ ESCOAMENTO PARAFUSO
LIGAÇÃO DE COMPRESSÃO
LIGAÇÃO DE PONTA E BOLSA
LIGAÇÃO DE PONTA E BOLSA
LIGAÇÕES PANTENTEADAS
SISTEMAS DE LIGAÇÃO PARA TUBULAÇÕES DE AÇO

LIGAÇÕES ROSQUEADAS
DIÂMETROS ATÉ 4”
SERVIÇOS NÃO- COM LUVAS
SEVEROS DIÂMETRO DE 6” OU
SOLDA DE TOPO
LIGAÇÕES MAIORES
CORRENTES AO LIGAÇÕES DE SOLDA DE
LONGO DA DIÂMETRO ATÉ 1½”
ENCAIXE COM LUVAS
TUBULAÇÃO
SERVIÇOS
SEVEROS DIÂMETROS DE 2”
SOLDA DE TOPO
OU MAIORES

LIGAÇÕES ROSQUEADAS
DIÂMETROS DE 4”
SERVIÇOS NÃO- COM UNIÕES
SEVEROS LIGAÇÕES FLANGEADAS
LIGAÇÕES NOS DIÂMETRO DE 6” OU
EXTREMOS DA (FLANGES ROSQUEADOS
MAIORES
TUBULAÇÃO, OU OU SOBREPOSTOS)
ONDE FOR EXIGIDA LIGAÇÕES DE SOLDA DE
FACILIDADE DE DIÂMETROS ATÉ
ENCAIXE COM FLANGES
DESMONTAR SERVIÇOS 1½”
DE ENCAIXE
SEVEROS
DIÂMETROS DE 2” LIGAÇÕES FLANGEADAS
OU MAIORES (FLANGES DE PESCOÇO)
TUBULAÇÕES INDUSTRIAS

Manutenção em Ligações
Flangeadas
ABERTURA E FECHAMENTO DE FLANGES

CONDIÇÕES NECESSÁRIAS PARA UMA BOA VEDAÇÃO (1)


1.1 FLANGES EM BOM ESTADO
• Limpos
• Sem corrosão
• Paralelos e centrados
1.2 RANHURAS
• Paralelas
• Sem risco
• Sem detritos e juntas velhas
1.3 JUNTAS DE VEDAÇÃO
• Conforme especificada
• Qualidade adequada
• Nova
• Bem posicionada
ABERTURA E FECHAMENTO DE FLANGES

CONDIÇÕES NECESSÁRIAS PARA UMA BOA VEDAÇÃO (2)


1.4 PARAFUSOS
• Dimensões adequadas
• Em bom estado
• Limpos e lubrificados
• Conforme especificação
1.5 APERTO
• Torque recomendado
• Ferramenta recomendada
• Sequência de aperto
1.6 MONTAGEM
• Centrar corretamente a junta
• Respeitar o procedimento
• Respeitar torque máximo
ABERTURA E FECHAMENTO DE FLANGES

ATIVIDADES (a)
01 – Providenciar a liberação do flange a ser aberto.
02 – Providenciar as ferramentas adequadas.
03 – Providenciar a junta de vedação conforme especificação.
04 – Posicionar-se a favor do vento e fora do plano da junta.
05 – Desapertar primeiro os parafusos do lado oposto.
06 – Caso não haja vazamento remover o restante dos
parafusos.
07 – Abrir os flanges e remover a junta velha.
08 – Fazer limpeza das ranhuras, parafusos e flanges.
09 – Inspecionar: ranhuras, parafusos e planicidade do flange.
ABERTURA E FECHAMENTO DE FLANGES

ATIVIDADES (b)

10 – Caso haja anormalidade acionar o supervisor para


possíveis providências.
11 – Lubrificar os parafusos com graxa para alta temperatura.
12 – Manter a junta certa (centralizada).
13 – Aproximar as porcas manualmente.
14 – Fazer o aperto na sequência recomendada.
15 – Para flanges que permite o uso de torquímetro usar os
valores tabelados.
16 – Verificar se há vazamentos no teste de estanqueidade.
ABERTURA E FECHAMENTO DE FLANGES
• SEQUÊNCIAS DE APERTO (1)
ABERTURA E FECHAMENTO DE FLANGES

• SEQUÊNCIAS DE APERTO (2)


FALHA EM MANUTENÇÃO DE FLANGES
COMPARE AS FOTOS
Dimensionamento de juntas

O Código ASME capítulo VIII estabelece os critérios para o


projeto de juntas e os valores de “m” (fator de junta) e de “y”
(pressão mínima de esmagamento)
Dimensionamento de juntas
Força mínima de aperto para condições operacionais:
P 2
Wml  ( .G . )  (2.b. .G.m.P) [lb]
4
Força mínima de esmagamento da junta:

Wm 2   .G.b. y [lb]

G= Diâmetro do ponto de aplicação da


resultante das forças de reação da
junta [pol]

P= Pressão de projeto [psi]

b= b0, se b0  6,4mm [pol]

b= 0,5.(b0)0,5, se b0 > 6,4mm [pol]


TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS

Conexões de Tubulações
CONEXÕES DE TUBULAÇÃO (1)

CURVAS DE RAIO LONGO


1. PARA MUDANÇAS CURVAS DE RAIO CURTO
de 22 ½º, 45º,
DE DIREÇÃO CURVAS DE REDUÇÃO
90º e 180º
JOELHOS
JOELHOS DE REDUÇÃO

TÊS NORMAIS (de 90º)


TÊS DE 45º
TÊS DE REDUÇÃO
2. PARA DERIVAÇÕES PEÇAS EM “Y”
CRUZETAS
CRUZETAS DE REDUÇÃO
SELAS
COLARES
Segue
CONEXÕES DE TUBULAÇÃO (2)

3. PARA MUDANÇAS REDUÇÕES CONCÊNTRICAS


DE DIÂMETRO
REDUÇÕES EXCÊNTRICAS

LUVAS
4. PARA LIGAÇÃO UNIÕES
FLANGES
NIPLES
VIROLAS

TAMPÕES
5. PARA FECHAR EXTREMIDADES
BUJÕES
FLANGES CEGOS
CONEXÕES DE TUBULAÇÃO

• PARA SOLDA DE TOPO

• PARA SOLDA DE ENCAIXE

• ROSQUEADOS
SISTEMAS DE LIGAÇÃO
• FLANGEADOS

• DE PONTA E BOLSA

• DE COMPRESSÃO
CONEXÕES PARA SOLDA DE TOPO (ASME B 16.9)
CONEXÕES PARA SOLDA DE ENCAIXE (ASME B 16.11)
CONEXÕES ROSQUEADAS (ASME B 16.11, ASME B 2.1)
CONEXÕES PARA LIGAÇÃO DE COMPRESSÃO
EMPREGOS DAS CONEXÕES

① CURVA EM GOMOS EM TUBO DE GRANDE

DIÂMETRO

② BOCA DE LOBO

③ ACESSÓRIOS PARA SOLDA DE TOPO SOLDADOS

DIRETAMENTE UM AO OUTRO

④ DERIVAÇÃO COM COLAR

⑤ DERIVAÇÃO COM LUVA

⑥ ACESSÓRIOS PARA SOLDA DE ENCAIXE (OU COM

ROSCA) COM NIPLES INTERMEDIÁRIOS


BOCA DE LOBO (RAMAL DE 2” ou MAIOR)
DERIVAÇÕES SOLDADAS (1)
DERIVAÇÕES SOLDADAS (2)
DERIVAÇÕES SOLDADAS (3)
DERIVAÇÕES SOLDADAS
DERIVAÇÕES SOLDADAS – Weldolet
DERIVAÇÕES SOLDADAS
CAMPOS DE APLICAÇÃO
Cálculo de reforço em derivações

De acordo com a norma ASME B 31, os anéis de reforço em bocas-


de-lobo e outras aberturas são dimensionados de forma que a
soma das áreas da seção transversal do reforço seja pelo menos
igual à área da seção transversal do corte feito na parede do tubo (d
X t).
Cálculo de reforço em derivações

A espessura "t" para esse cálculo é apenas a "espessura de


pressão do tubo", isto é, a espessura mínima para a pressão,
excluindo-se portanto a margem para corrosão e qualquer
acréscimo que haja para ajustar a uma espessura comercial de
tubos ou à espessura mínima estrutural

• O raio D do reforço não poderá ser maior do que o diâmetro d da


abertura.
• A diferença a mais que haja entre a espessura real do tubo e a
espessura mínima para a pressão poderá ser considerada como
área de reforço, e por esse motivo em muitos casos os anéis de
reforço não são necessários.
Cálculo de reforço em derivações

• No caso de vários ramais em um mesmo tubo-tronco, a distância


entre os ramais deve ser definida de forma que as zonas de
reforço não se superponham.
• O excesso de material no tubo-tronco, entre dois ramais próximos,
só pode ser contado como área de reforço para um ramal.
• A distância mínima (entre eixos) recomendada entre dois ramais é
de 1,5 vez o diâmetro médio dos ramais.
• O cálculo de reforços, acima descrito, destina-se apenas a
controlar o efeito da pressão interna, não prevendo assim
qualquer reforço para outras cargas (dilatações, pesos etc.) a que
os ramais possam estar submetidos.
Cálculo de reforço em derivações
CURVAS EM GOMOS
RAQUETES E FIGURAS OITO (1)
FIGURA “8”
TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS

Válvulas
VÁLVULAS

ESTABELECER
CONTROLAR  FLUXO
INTERROMPER
CARAS

MENOR NÚMERO  VAZAMENTOS

PERDAS DE CARGA

DIÂMETRO NOMINAL  TUBO


CLASSIFICAÇÃO DAS VÁLVULAS

I. VÁLVULAS DE BLOQUEIO
• Gaveta, Sanduíche, Comporta
• Macho
• Esfera
II. VÁLVULAS DE REGULAGEM
• Globo
• Agulha
• Borboleta
• Diafragma
III. VÁLVULAS QUE PERMITEM O FLUXO EM UM SÓ SENTIDO
• Retenção
• Retenção e Fechamento
• Pé

Segue
CLASSIFICAÇÃO DAS VÁLVULAS

IV. VÁLVULAS QUE CONTROLAM A PRESSÃO DE MONTANTE


• Segurança e Alívio
• Excesso de Vazão
• Contrapressão
V. VÁLVULAS QUE CONTROLAM A PRESSÃO DE JUSANTE
• Redutoras e Reguladoras de Pressão
• Quebra-Vácuo
VI. VÁLVULAS QUE CONTROLAM O PROCESSO
• Válvulas de Controle
COMPONENTES

CORPO
 CARCAÇA
ROSQUEADO
CASTELO PORCA SOLTA DE UNIÃO
APARAFUSADO

 MECANISMO INTERNO E GAXETAS Haste,


peças de fechamento e sede  “trim”
TIPOS DE EXTREMIDADES

 FLANGEADA

 SOLDA DE ENCAIXE

 ROSQUEADA

 SOLDA DE TOPO
MEIOS DE OPERAÇÃO (1)

VOLANTE
• MANUAL ALAVANCA
ENGRENAGENS  12”
MEIOS DE OPERAÇÃO (2)

HIDRÁULICA
• MOTORIZADA PNEUMÁTICA
ELÉTRICA
MEIOS DE OPERAÇÃO (3)

FLUIDO

• AUTOMÁTICA

MOLAS OU CONTRAPESO
SISTEMAS DE MOVIMENTAÇÃO DA HASTE

1. HASTE ASCENDENTE COM ROSCA EXTERNA - “OS&Y – Outside


Screw & Yoke ”
• HASTE 
• VOLANTE 
• INDICAÇÃO VISUAL
2. HASTE ASCEDENTE COM ROSCA INTERNA - “RS –Rising Stem”
• HASTE e VOLANTE  e 
• INDICAÇÃO VISUAL
3. HASTE NÃO ASCEDENTE -”NRS”
• HASTE e VOLANTE 
• GAVETA 
• NÃO HÁ INDICAÇÃO VISUAL
VÁLVULAS DE GAVETA (1)
• USO GENERALIZADO  BLOQUEIO EM LINHAS de
ÁGUA, ÓLEO, VAPOR e AR
VÁLVULAS DE GAVETA
VÁLVULAS DE GAVETA
VÁLVULAS DE COMPORTA
VÁLVULA SANDUICHE
VÁLVULAS DE MACHO (1)

BLOQUEIO DE GASES

• USADAS PARA LÍQ. EM GERAL 



LÍQ. C / SÓLIDOS SUSP. P
VÁLVULAS DE MACHO (2)

TIPOS:
 COM LUBRIF. – USADAS PARA GASES

USADAS PARA T 
 SEM LUBRIF. –
PROVA DE FOGO
VÁLVULAS DE ESFERA (1)
 MACHO  ESFERA GIRA SOBRE SEU DIÂMETRO

 VEDAÇÃO ABS ESTANQUE  ANÉIS RET DE MAT RESILIENTE


VÁLVULAS DE ESFERA (2)

SUBS. VAL. GAVETA


 USO GERAL

 VANTAGENS
 CUSTO
 VEDAÇÃO
 PERDA DE CARGA
 OPERAÇÃO MAIS FÁCIL
 DESVANTAGENS
 GOLPE DE ARIETE
 NÃO SÃO A PROVA DE FOGO
VÁLVULAS DE ESFERA Trunion
VÁLVULAS DE GLOBO

 REGULAGEM

  PERDAS DE CARGA

  VEDAÇÃO

 D  8”
VÁLVULAS ANGULARES
Válvula de Controle
Válvula de Controle
VÁLVULAS EM Y
VÁLVULAS DE AGULHA
VÁLVULAS DE BORBOLETA

• ⇙ REGULAGEM
• ⇗D
• ⇙P
VÁLVULAS DE BORBOLETA

Wafer

Lug
VÁLVULAS DE DIAFRAGMA

 ⇗ REGULAGEM

 SEM GAXETA

 FLUÍDOS CORROSIVOS
TÓXICOS E INFLAMAVÉIS
VÁLVULAS DIAFRAGMA DE PASSAGEM PLENA
VÁLVULAS DE RETENÇÃO (1)

 OPERAÇÃO AUTOMÁTICA
 VÁLVULA DE RETENÇÃO DE PISTÃO
VÁLVULAS DE RETENÇÃO (2)

 VÁLVULA DE RETENÇÃO DE PORTINHOLA


VÁLVULAS DE RETENÇÃO (3)

 VÁLVULA DE RETENÇÃO DE ESFERA


VÁLVULAS DE RETENÇÃO (4)

 VÁLVULA DE RETENÇÃO DE PÉ
VÁLVULAS DE SEGURANÇA E DE ALÍVIO

• AUTOMÁTICA
“SET POINT”
VÁLVULAS DE SEGURANÇA E DE ALÍVIO

 SEGURANÇA  FLUIDOS ELÁSTICOS

abertura total rápida

 ALÍVIO  INCOMPRESSÍVEIS

abertura gradual
VÁLVULAS DE SEGURANÇA E DE ALÍVIO
VÁLVULAS DE SEGURANÇA E DE ALÍVIO
Válvula de alívio (líquido) ou de
segurança (gás) tipo carga com mola

Válvula de alívio tipo “flex-flow”


TUBULAÇÕES INDUSTRIAS

Juntas de Expansão,
Purgadores de Vapor e Filtros
JUNTAS DE EXPANSÃO

Tipos de Juntas de Expansão:


1. Juntas Telescópicas (slide joints);
2. Juntas de Foles (bellows joints);
3. Junta de Tecido
JUNTAS DE EXPANSÃO

Justificativas para o emprego:


1. Espaço Insuficiente;
2. Tubulações de baixa responsabilidade com menor custo;
3. Tubulações de grande diâmetro com menor custo;
4. Exigência de trecho retilíneo para reduzir perda de carga;
5. Amortecer vibrações.
JUNTAS DE EXPANSÃO
PURGADORES DE VAPOR

Justificativas para o emprego:


1. Eliminação do condensado formado nas
tubulações de vapor;
2. Reter o vapor em equipamentos aquecidos
deixando sair apenas o condensado.
TIPOS DE PURGADORES DE VAPOR

Purgadores de bóia.
Purgadores mecânicos
Purgadores de panela invertida.
Agem por diferença de densidades Purgadores de panela aberta.

Purgadores termostáticos Purgadores de expansão metálica.


Purgadores de expansão líquida.
Purgadores de expansão Balanceada (de fole).
Agem por diferença de
temperaturas

Purgadores Termodinâmicos.
Purgadores Especiais Purgadores de Impulso.
TIPOS DE PURGADORES DE VAPOR
TIPOS DE PURGADORES DE VAPOR
TIPOS DE PURGADORES DE VAPOR
TIPOS DE PURGADORES DE VAPOR
CARACTERÍSTICAS DE PURGADORES DE VAPOR
EMPREGO DE PURGADORES DE VAPOR
FILTROS

Duas Classes:
1. Filtros Provisórios;
2. Filtros Permanentes.
FILTROS PERMANENTES

Justificativas para o emprego:


1. Tubulações para fluidos sujos;
2. Necessidade de purificação rigorosa;
3. Entrada de equipamentos importantes.
FILTROS

Elementos Filtrantes:
1. Grades metálicas, chapas perfuradas, telas
metálicas (filtragem grosseira de líquidos);
2. Telas finas, feltros, “nylon”, porcelana,
papel (filtragem fina de líquidos);
3. Palhas metálicas, feltro, camurça (filtragem
de gases).
FILTROS PROVISÓRIOS
FILTROS PERMANENTES
FILTROS PERMANENTES
POR QUE USAR FILTROS?
TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS

Suportes de Tubulações
Classificação dos Suportes

Fixos
Semimóveis
Destinados a sustentar os pesos
Móveis (Suportes de mola e suportes
de contrapeso)

Dispositivo de fixação total (Ancoragem).


Dispositivos que permitem movimento em
Destinados a limitar os apenas uma direção (Guias)
movimentos dos tubos Dispositivos que impedem o movimento em
um sentido (Batentes)
Dispositivos que impedem os movimentos
laterais (Contraventos)

Dispositivos que absorvem as vibrações (Amortecedores)


Suportes de Tubulações
Cargas que atuam sobre o suporte:
1. Pesos:
1. Peso próprio dos tubos e acessórios;
2. Peso do fluido contido;
3. Peso do isolamento térmico (se houver);
4. Sobrecargas (peso de outros tubos, pessoas,
plataformas, estruturas, etc)
2. Forças de atrito;
3. Cargas conseqüentes de dilatação térmica dos tubos;
4. Cargas devidas a ações dinâmicas (golpes de aríete,
aceleração do fluido circulante, vento, etc).
Emprego de Suportes
Emprego de Suportes
Suportes Fixos
Suportes Fixos
Contato de Tubos com Suportes
Suportes de Mola
Suportes de Mola
Suportes de Mola
Superestimando os suportes!
TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS

Arranjo e Detalhamento de Tubulações


Industriais
Arranjo e Detalhamento de Tubulações

Pontos Básicos:
1. Condições de serviço;
2. Flexibilidade;
3. Transferência de esforços e vibrações;
4. Acessibilidade;
5. Construção e Manutenção;
6. Segurança;
7. Economia;
8. Aparência.
Arranjo e Detalhamento de Tubulações

Regras Gerais para tubulações não enterradas:


1. Grupos paralelos de mesma elevação;
2. Tubulações nas direções ortogonais;
3. Elevações diferentes para direções diferentes
N-S / L-O;
4. Flexibilidade;
5. Espaçamento entre tubos paralelos;
Arranjo e Detalhamento de Tubulações
Arranjo e Detalhamento de Tubulações
Arranjo e Detalhamento de Tubulações
Arranjo e Detalhamento de Tubulações
TUBULAÇÕES INDUSTRIAS

Desenhos de Tubulação
Tipos de Desenhos de Tubulação

Principais tipos de desenhos que compõem um


projeto de tubulação:
1. Fluxogramas (flow-sheets);
2. Plantas de Tubulação (piping plans);
3. Desenhos Isométricos;
4. Desenhos de detalhes e de fabricação,
desenhos de suportes, folhas de dados.
Convenção de Fluxograma (1)
Convenção de Fluxograma (2)
Convenção de Isométrico
TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS

Dimensionamento de Tubos;
Cálculo de Vãos entre Suportes;
Necessidade de reforço em
aberturas e dimensionamento de
juntas de Vedação
Projeto de Tubulações Industriais

Etapas:
- Dimensionamento do diâmetro de cada
tubulação;
- Cálculo da espessura de parede dos tubos;
- Cálculo dos vãos máximos entre suportes;
- Cálculo de flexibilidade;
- Cálculo dos pesos, forças de atrito, esforços de
ancoragem, reações em juntas de expansão e
demais cargas nos suportes.
Cargas Atuantes sobre a Tubulação

1. Pressão Interna;
2. Pressão Externa;
3. Peso Próprio (fluido contido, material do tubo,
conexões, válvulas, isolamento térmico, etc);
4. Sobrecargas (outros tubos, plataformas, gelo,
neve, terra, pessoas sobre a tubulação, etc);
5. Dilatação térmica da própria tubulação;
6. Movimento dos pontos de fixação (dilatação de
equipamentos ou outras tubulações, etc)
7. Atrito nos suportes;

Segue
Cargas Atuantes sobre a Tubulação
8. Ações dinâmicas do fluido (golpes de aríete,
acelerações, impactos, etc);
9. Ações dinâmicas externas (vento, terremoto, etc);
10. Vibrações;
11. Reações de juntas de expansão;
12. Tensões decorrentes da montagem (desalinhamentos e
desnivelamento dos suportes, tensões residuais de
soldagem, aperto excessivo de flanges, erro em
suporte de mola, etc);
13. Desnivelamento de suportes ou pontos de fixação
devido a recalque do solo;
Cargas Atuantes sobre a Tubulação

Para maioria das


tubulações considerar
apenas:

 Pressão (Interna ou
Externa);

 Pesos e sobrecargas;

 Efeito combinado das


dilatações da própria
tubulação e dos
movimentos dos pontos
extremos;
Conceitos de Tensões

Tensão
Combinada Elemento Infinitesimal
Conceitos de Tensões

Estado
Uniaxial de
Tensões
Conceitos de Tensões

Estado
Plano de
Tensões
Conceitos de Tensões

Estado Triaxial de Tensões


Tensões Atuantes na Parede dos Tubos

 Tensão Longitudinal (pressão, cargas axiais,


restrições ou derivações solidárias aos tubos);
 Tensão Circunferencial (pressão e restrições ou
derivações solidárias aos tubos);
 Tensão Radial (causada exclusivamente pela
pressão).
R C
L

PI
Cálculo do diâmetro de tubos
É um problema hidráulico que pode ser resolvido em função
das velocidades ou das perdas de carga.
Precisa-se saber:
 Vazão de líquido requerida: Q
 Cota do ponto extremo de montante: H1
 Cota do ponto extremo de jusante: H2
 Pressões nos extremos: P1 e P2
 Natureza e propriedades do líquido: peso específico (γ),
viscosidade (µ) e pressão de vapor na temperatura de
operação (Pv)
 Comprimento equivalente total da tubulação: L
Cálculo do diâmetro de tubos

 Calcula-se simplificadamente um diâmetro assumindo o


maior valor possível para a velocidade recomendada.

Q 4Q
V d
A Vπ
Cálculo do diâmetro de tubos
Cálculo mais precisos para Gás Natural pela equação de Weymouth:

T0 (P12  P22 ).d 5,33


Q  18,062
P0 γ.T.L´
Onde:
Q é a Vazão [pe3/h], medido @ P0 e T0;  é a densidade do gás em relação ao ar
na temperatura de escoamento;
T0 é a temperatura de referência [°R];
T é a temperatura de escoamento [°R];
P0 é a pressão de referência [psia];
L’ é o comprimento equivalente da
P1 é a pressão inicial do trecho [psia];
tubulação considerando as perda de
P2 é a pressão final do trecho [psia]; carga [milhas terrestres].

d é o diâmetro interno do tubo [pol];


Cálculo da espessura de tubos

Normas de Projeto

 Finalidade: Padronizar e simplificar cálculos.


 Definem:
 Materiais;
 Tensões admissíveis;
 Critérios e fórmulas de cálculo;
 Detalhes construtivos;
 Procedimentos de ensaios e testes;
 Critérios de aceitação de defeitos.
Cálculo da espessura de tubos
 Consiste do cálculo da espessura necessária para suportar
os esforços durante um período de vida pré estabelecido:
Normalmente 25 anos.

 Emprego de fatores de segurança:


 Na propriedade mecânica do material (Tensão Admissível);
 Na qualidade do processo de fabricação dos tubos (Eficiência
de Junta);
 B31.3 define o fator Y relativo ao material e temperatura de uso;
 Para t>D/6 e P/SE>0,385 considerar fadiga e tensões térmicas.

Tensão Admissível
Cálculo da espessura de tubos

Tensão Admissível
 É o valor limite de tensão atuante no componente.
 Correlacionada com o limite de resistência do material
 Para metais em baixas temperaturas é um percentual da tensão de
escoamento ou da de resistência.
 Quando a temperatura está na faixa de fluência é uma tensão que
causa uma certa deformação em um tempo.
 Para materiais plásticos é parecido com fluência.
 O percentual é um fator de segurança, para cobrir:
 Incertezas de fabricação do material; simplificações de cálculo; tipos
de carregamento; variações de condições operacionais; grau de
segurança (classes de locação).
Cálculo da espessura de tubos
Tensão Admissível B31.3

 σR /3 a frio
UTS σR /3 a quente
R 2/3σ Y a frio
y ADM  2/3σ Y a quente
R/3 a frio
Tdf
R/3 a quente 0,67 Tdmf
0,8 Trf

Cálculo da espessura de tubos

Cálculo Mecânico
 Regido pela ASME B31.3
 A tubulação é considerada como um elemento mecânico
submetido a diversos esforços e transmitindo outros aos seus
suportes e pontos de fixação.
 Os esforços a que os tubos estão sujeitos se dividem em dois
grandes grupos:
Os que provocam Tensões primárias
Pressão Interna e externa, peso próprio, sobrecargas
Os que provocam Tensões secundárias
Dilatação restrita
Tensões Atuantes em Tubos

Tensões primárias: São as tensões necessárias para satisfazer as leis de


equilíbrio da estrutura, desenvolvidas pela ação de carregamentos impostos.
Sua principal característica é de que não é auto-limitante, ou seja, enquanto o
carregamento estiver sendo aplicado à tensão continua atuando não sendo
aliviada por deformações da estrutura. Como exemplo temos as tensões de
membrana circunferências e longitudinais em componentes cilíndricos
submetidos ao carregamento de pressão interna.

Tensões secundárias: São as tensões desenvolvidas por restrições a


deformações e compatibilidade de deslocamentos em pontos de
descontinuidades. A característica básica desse tipo de tensão é sua
capacidade de auto-limitação pela deformação. Como exemplo temos tensões
devido à dilatação térmica restrita ou tensões residuais de soldagem.
Critérios de Resistência dos Materiais

 Tensão Combinada máxima, Equivalente ou Efetiva (e)


 Critério de Von Mises:

2
σe  . (σ1  σ 2 ) 2  (σ1  σ 3 ) 2  (σ 2  σ 3 ) 2
2

 Critério de Tresca, ou Critério do Cisalhamento Máximo -


Materiais Dúcteis - ANSI-ASME série B31:

σ e  σ1  σ 3
 Critério de Rankine :
σ e  σ1
Critérios de Resistência dos Materiais

• Podemos desenvolver a fórmula genérica de tensão


equivalente em um tubo, para atender o critério de
Tresca, com auxílio do círculo de Mor.


Amax σ e  σ1  σ 3  2.OA
A

Amin 2 2  max   min 2


3 O Amax   OA    ( max  )
1
2
Amin
 e  4 2  (σ máx  σ min ) 2
Critérios de Resistência dos Materiais

 e  4 2  (σ máx  σ min ) 2
• Para tensões primárias as tensões cisalhantes são muito
pequenas,
• A tensão mínima é a radial que também é desprezível temos
que:

 e = C Ou e = L a que for maior

• O tubo vai falhar quando a tensão circunferencial ou a


longitudinal atingir um valor limite de resistência do material: Em
geral o limite de escoamento reduzido de um fator de segurança
ADM.
Cálculo de Tensão Circunferencial - C

• Considerando meia seção resistindo a pressão interna


Pi.r.d.L. sen

Y Pi.r.d.L

Pi d r

t t

C .t.L C .t.L
• Igualando a força atuante na direção Y com a força
resistente devido a C temos:
Cálculo de Tensão Circunferencial - C
• Força Atuante:
θπ π
FA   Pi .r.L.senθθ FA  Pi.r.L( (cosθ ))
0
θ 0
FA  2.Pi.r.L
• Força Resistente:

FR = 2. C.t.L

• Igualando FR com FA temos:


Fórmula de Barlow
C = Pi.r/t
Tensão de Membrana
Cálculo de Tensão Longitudinal - L

• A pressão interna atua em uma seção transversal tentando


abrí-lo:
Atuando numa coroa
t L circular (2.r.t.L)

2.r Pi Pi..r2

L

Força Atuante FA = Pi. . r 2


L = Pi.r/2t

Força Resistente FR = L . 2.. r.t


Cálculo da espessura de tubos

C = Pi.r/t
Igualar
ADM + FS
Pi D o
t
2(SADM E  Pi Y)

tm  t  c
c – soma de fatores mecânicos admissíveis (rasgos, ressaltos,
rôscas, sobrespessura de corrosão, ...) [mm];
Cálculo da espessura de tubos
Cálculo da espessura de tubos

tm tc
tn  tn 
TF 0,875
Cálculo da espessura de tubos

Seleção da Espessura Nominal

Norma de Especificação Dimensional


Cálculo do vão entre suportes

Tubo é uma viga horizontal, sujeita aos vários


pesos e sobrecargas

•A tensão máxima de flexão, no ponto de maior


momento fletor, deverá ser inferior a uma
determinada tensão admissível.
•A flecha máxima, no meio do vão, deverá também
ser inferior a um determinado valor admissível.
Cálculo do vão entre suportes

Q
q

L L L
Considerando a tubulação como uma viga contínua, simplesmente apoiada em vários
pontos sucessivos igualmente espaçados, o valor máximo da tensão de flexão será
aproximadamente:
L
Sv  q L  2(Q  W) [MPa]
10Z
Z: momento resistente da seção transversal do tubo [cm 3]
L: Vão entre suportes [m]
W: Sobrecarga adicional considerada [N] (200kg=2000N)
Q: Cargas individuais [N]
q: Carga distribuída [N/m]
Cálculo do vão entre suportes

Quando só existirem cargas distribuídas, que é o caso


mais freqüente, a fórmula simplifica-se para:
LR
qL 2
10ZS v Sv 
Sv  L 10
10 Z q

Z: momento resistente da seção transversal do tubo [cm3]


L: Vão entre suportes [m]
W: Sobrecarga adicional considerada [N]
Q: Cargas individuais [N]
q: Carga distribuída [N/m]
Cálculo do vão entre suportes

O valor da flecha máxima, no meio do vão, pode ser


calculado por:

2400L3  Q  W qL 
    [mm]
EI  3 4

I: momento de inércia da seção transversal do tubo [cm4]


E: Módulo de elasticidade do material na temperatura
considerada [MPa]
L: Vão entre suportes [m]
W: Sobrecarga adicional considerada [N]
Q: Cargas individuais [N]
q: Carga distribuída [N/m]
Cálculo do vão entre suportes

Quando só existirem cargas distribuídas, teremos:

600qL4
 [mm]
EI

I: momento de inércia da seção transversal do tubo [cm4]


E: Módulo de elasticidade do material na temperatura
considerada [MPa]
L: Vão entre suportes [m]
q: Carga distribuída [N/m]
Cálculo do vão entre suportes

São os seguintes os valores máximos geralmente


admitidos para as flechas:
•Tubulações em áreas de processo:
•Tubos de 3" ou menores: 5 mm.
•Tubos de 4" ou maiores: 10 mm.
•Tubulações fora de áreas de processo: 25 mm.

Muitos projetistas adotam valor único de 12mm


Cálculo de reforço em derivações
Dimensionamento de juntas
Força mínima de aperto para condições operacionais:
P 2
Wml  ( .G . )  (2.b. .G.m.P ) [lb]
4
Força mínima de esmagamento da junta:
Wm 2   .G.b. y [lb]

G= Diâmetro do ponto de aplicação da


resultante das forças de reação da
junta [pol]

P= Pressão de projeto [psi]

b= b0, se b0  6,4mm [pol]

b= 0,5.(b0)0,5, se b0 > 6,4mm [pol]


TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS

Montagem e Testes
Etapas da Montagem de Tubulações

1. Recebimento Materiais;
2. Soldagem (Fabrica e Campo);
3. Confecção de peças (P.Ex. Curvamento)
4. Ensaios não destrutivos;
5. Tratamentos térmicos;
6. Montagem ;
7. Regulagem de suportes de mola;
8. Testes de pressão em tubulações e válvulas;
9. Montagem de acessórios após teste.
Etapas da Montagem de Tubulações

1. Pré-fabricação; Pré-montagem
2. Solda de tubos e acessórios (spool)
Recomendações para pré-montagem

1. Limitar em 12m o comprimento, 3m a altura e em 2500kg;


2. Facilitar acesso para as soldas de campo (folga de 300mm);
3. Evitar solda sobre-cabeça no campo;
4. As peças pré-montadas devem incluir:
1. Flanges
2. Conexões soldadas (curvas, tês, reduções, tampões, etc)
3. Derivações soldadas, curvas em gomos, reforços, etc;
5. As peças pré-montadas não devem incluir:
1. Purgadores, válvulas, filtros, separadores, juntas de
expansão e todas conexões não soldadas.
6. Marcar as peças pré-montadas com mesma numeração do
isométrico.
Recomendações para pré-montagem

1. Preparação do material;
2. Encurvamento de tubos;
3. Chanfros para solda;
4. Posição dos flanges;
5. Tolerâncias de pré-montagem;
6. Tubos com solda longitudinal;
7. Derivações soldadas;
8. Correção de peças defeituosas;
9. Pré-montagem com gabaritos;
10. Proteção e estocagem das peças pré-montadas.
Curvamento de Tubos
 Tubos podem ser curvados a quente ou a frio (abaixo da temperatura de
transformação).
 Ovalização máxima (diferença entre máximo e mínimo diâmetros numa
seção):
 8% do diâmetro externo (Pressão interna);
 3% do diâmetro externo (Pressão externa);
 Tratamento térmico:
 Curva a frio PN’s 3, 4, 5,6 e 10A, qualquer espessura;
 Curva a quente:
a)PN’s 1 a 6, quando o alongamento da fibra mais solicitada
ultrapassar 50% do mínimo especificado;
b)Qualquer material com requisito de teste de impacto quando o
alongamento da fibra mais solicitada exceder 5% do mínimo
especificado;
c)Quando especificado pelo projeto de engenharia
Curvamento a quente de Tubos

 Etapas do encurvamento a quente:


1. Enchimento com areia fina;
2. Aquecimento no ponto de encurvamento com
maçaricos ou em forno (800 a 1000°C);
3. Aquecimento do tubo todo em temperatura mais
baixa
4. Encurvamento em bancada:
 Processos modernos com aquecimento por indução
dispensam enchimento com areia, sem prejuízo ao
material por oxidação ou alterações metalúrgicas.
Tolerâncias Dimensionais
Soldagem

Todas as soldas devem ser feitas com o procedimento de


soldagem adequado ao material que está sendo soldado.

Todos procedimentos de soldagem, soldadores e operadores


devem ser qualificados conforme Seção IX do Código ASME
para caldeiras e vasos de pressão (B&PV Code). Se não executar
soldagem no procedimento qualificado o Operador/Soldador
precisa de requalificação em 6 meses.

Em princípio, devem ser evitadas soldas dissimilares na


tubulação
Soldagem

Para reduzir o numero de procedimentos de soldagem (EPS) os


materiais são agrupados em P Number, S Number e group
Number, e ,ainda, os metais de adição são agrupados em A
Number, conforme ASME BPV Code Section IX.
Variáveis Essenciais (P-N, Espessura, TTAT, etc)
Varáveis Não Essenciais (Projeto do Chanfro, posição de
soldagem, tecnica de soldagem, etc)

As soldas contendo defeitos podem ser reparadas pela remoção


do defeito e emprego de procedimento qualificado pelo código
de projeto ou Norma de Fabricação.
Ensaios Não Destrutivos

Todas as soldas de tubulação devem ser submetidas a ensaios não-


destrutivos para a pesquisa de possíveis defeitos. São os seguintes os
métodos de inspeção empregados na prática:

 Inspeção visual (sem ou com auxílio de aparelhos óticos ou de


iluminação especial).
 Inspeção com líquidos penetrantes (dye-check).
 Inspeção com partículas magnéticas (magnetic partic1es).
 Inspeção radiográfica: parcial (por amostragem) ou total.
 Inspeção por ultra-som.

A ASME B31.3 exige que os inspetores sejam treinados e tenham


experiência. Os procedimentos devem atender ao BPV Seção V.
Ensaios Não Destrutivos
A PETROBRÁS faz, em resumo, as seguintes exigências de inspeção para
tubulações de processo, de acordo com o material e a classe da tubulação:
 Aço-carbono, classe 150#, margem para corrosão até 3 mm: Radiografia em 5% da
extensão total das soldas.
 Aço-carbono (classe 300#, margem até 3 mm), aço-liga 1/2 Mo (classes 150#e 300#),
aços inoxidáveis austeníticos (classe 150#, temperaturas até 185°C): Exame com
partículas magnéticas ou líquido penetrante em todas as soldas, radiografia em 10%
da extensão total das soldas.
 Aço-carbono (classe 600# ou margem acima de 3 mm), aço-liga 1/2 Mo (classe 600#),
aços-liga até 9% Cr (classes 150# e 300#), aços inoxidáveis austeníticos (classes
300# a 600#, temperaturas até 185°C): Idem, como acima, e radiografia em 20% da
extensão total das soldas.
 Aço-carbono (classes 900# a 2.500#), aços-liga Cr-Mo para classes de pressão mais
altas, aços-liga Ni, aços inoxidáveis austeníticos para classes de pressão ou
temperaturas mais altas: Idem, como acima, e com radiografia total das soldas.
Tratamentos Térmicos

Preaquecimento - e/ou pós- aquecimento;


Empregado para minimizar os efeitos danosos da alta
temperatura e do gradiente térmico inerentes à soldagem

Alívio de tensões (stress-relieving) - plastificação;


Empregado para evitar e aliviar os efeitos danosos da alta
temperatura e do gradiente térmico inerentes à soldagem

O meio de aquecimento pode ser com emprego de


maçaricos, em orno, com mantas de resistência elétrica
ou com bobinas de indução térmica.
Tratamentos Térmicos

O Aquecimento pode ser integral a toda a peça; parcial


(com sobreposição de 300mm) ou localizado.

O tratamento térmico de alívio de tensões deve ser


efetuado somente depois de completadas todas as soldas,
porque qualquer solda feita depois, inclusive as pequenas
soldas para patins, ancoragens, batentes etc., bem como
soldas provisórias de fixação ou para andaimes,
escoramentos etc., inutiliza o alívio de tensões, obrigando
a execução de um novo tratamento térmico.
Teste de pressão

A tubulação deve ser testada quanto a presença de


vazamentos antes da operação inicial e após a execução
dos ensaio e tratamentos térmicos cabíveis.

Condições de dispensa do teste:

Por opção do operador, para fluidos categoria D, desde que


realizado teste com próprio fluido.
Quando o operador julgar que o teste hidrostático ou
pneumático sejam perigosos. Neste caso inspecionar 100%
das soldas.
Teste Hidrostático

Cálculo da pressão de teste:


 Se temperatura de teste for igual a temperatura de projeto
a pressão deverá ser no mínimo 1 ½ da pressão de projeto
 Se temperatura de teste for menor que a temperatura de
projeto a pressão deverá atender a seguinte fórmula:
em que:

1,5PdSc Pt = pressão mínima do teste

Pt  hidrostático.
Pd = pressão de projeto da tubulação.

Sh Sc = tensão admissível do material na


temperatura de teste.
Sh = tensão admissível do material na
temperatura de projeto.
Teste Hidrostático

Diferenças entre teste de fábrica e teste de campo.


Duração do teste.
Aprovação do teste.
Registro do teste.
Preparativos para o TH
 Todo o sistema de tubulações deve ser subdividido em seções, por meio de
raquetes, flanges cegos, tampões, bujões etc., de forma que cada seção possa
suportar a mesma pressão de teste.
 As placas de orifício e todas as outras restrições ao fluxo devem ser
removidas.
 Todas as válvulas devem ser completamente abertas, e as válvulas de controle,
retenção, e outras que se fechem por ação de mola ou da gravidade, ou que
não possam por si permanecerem posição aberta, devem ser travadas abertas.
 As válvulas de bloqueio dos ramais para os instrumentos devem ser fechadas.
 Os instrumentos e outros equipamentos que não possam ser submetidos à
pressão de teste devem ser retirados ou substituídos por carretéis de tubo.
 ...
Preparativos para o TH
 As válvulas de segurança e de alívio devem ser removidas e substituídas por
flanges cegos ou tampões.
 As juntas de expansão de fole devem ser verificadas e escoradas
convenientemente, se necessário, para não se deformarem com o peso da
água.
 Todos os filtros provisórios devem ser colocados em seus lugares, para a
proteção de máquinas, equipamentos e instrumentos.
 Todos os suportes de molas devem ser mecanicamente travados, na sua
calibragem de projeto, sendo que as travas só devem ser retiradas após a
conclusão do teste hidrostático e o esvaziamento completo do sistema.
 Todas as soldas, roscas e quaisquer outras ligações da tubulação devem ser
deixadas expostas, sem isolamento térmico e sem pintura.
 Todas as emendas em tubos enterrados devem ficar expostas.
Teste de pressão
Teste de pressão
TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS

Noções de Flexibilidade
Conceitos básicos

A tubulação deve ter flexibilidade suficiente para


prevenir expansão ou contração térmica ou movimento
dos suportes e terminais para evitar:

 Falha dos suportes por sobrecarga ou fadiga;


 Vazamento em juntas;
 Tensões excessivas ou distorção na tubulação, em
válvulas ou em equipamentos conectados.
Conceitos básicos
Cada ponto da Tubulação poderá ter 6 tipos de
movimentos, quais sejam:

X
Z
Y Deslocamentos lineares

Z

Y X
X Y Deslocamentos angulares
Z
Conceitos básicos

Temperatura de projeto X Temperatura de


cálculo
Para o cálculo da flexibilidade deve ser considerado o
maior dos seguintes temperaturas, independentemente
do valor da pressão:
 Temperatura máxima de operação da tubulação, em
regime normal ou em qualquer outra condição
anormal ou eventual que possa acontecer;
 Temperatura do vapor (steam out);

 65ºC, para tubulações expostas ao sol


Conceitos básicos

Situações onde o cálculo de flexibilidade é dispensável:


1. Sistema igual a um existente, já calculado ou trabalhando
com sucesso há longo tempo e nas mesmas condições.

2. Sistema igual a um existente com mesmo diâmetro e menor


temperatura ou igual temperatura e menor diâmetro, ou
sistema que comparado com algum existente é sem dúvida
mais flexível.

3. Tubulações trabalhando em temperatura ambiente, não-


expostas ao sol e não sujeitas a lavagem com vapor.

Segue
Conceitos básicos

Situações onde o cálculo de flexibilidade é dispensável:


4. Tubulações enterradas.
5. Tubulações planas ou espaciais de materiais metálicos de boa
ductilidade, com apenas dois pontos de fixação nos extremos, em
que o seguinte critério de verificação seja satisfeito:
em que:
DY D: Diâmetro externo do tubo (mm).
2
 208,3 Y: Resultante das dilatações totais (mm).
(L - U) L: Comprimento desenvolvido da tubulação (m).
U: Distância entre os pontos extremos (m).

Essa dispensa não se aplica às tubulações de "Categoria M" (tubulações para


fluidos altamente tóxicos), bem como para tubulações em serviço cíclico, com mais
de 7000 ciclos completos de aquecimento e resfriamento durante a sua vida útil.
Comportamento em flexibilidade

Relação Tensão x Deformação:


 Comportamento elástico: As tensões são proporcionais às
deformações totais (Sistema balanceado);
 Comportamento super-deformado: As tensões não são
proporcionais às deformações pela ocorrência de uma
quantidade excessiva de deformação em algum ponto específico
(Sistema desbalanceado). O desbalanço pode ser provocado por;
1. Linhas de pequeno diâmetro altamente tensionadas ligadas
a linhas de grande diâmetro ou relativamente rígidas;
2. Redução local de espessura ou material com limite de
escoamento reduzido

3. Concentração da expansão ou contração de uma grande


porção da linha em um pequeno trecho
4. Variação de material dos tubos ou temperatura na linha,
DILATAÇÃO TÉRMICA

Pela própria expressão da lei de Hooke, teremos então:

P/A σ
E
δ/L ε
em que:
P = empuxo sobre os pontos de fixação.
A = área de material da seção transversal do tubo.
 = dilatação livre do tubo.
L = comprimento do tubo.
E = módulo de elasticidade do material.
DILATAÇÃO TÉRMICA

 Exemplo de Tensão Secundária


Tubo AC A 53 GrA
10pol, sch40
50m Montado a 0°C
Operando a 100°C
 Supor uma das extremidades livre

L
 Para voltar a posição inicial é necessário aplicar uma
força compressiva
DILATAÇÃO TÉRMICA

σ  E.ε
ε  L/L  L. .T/L = 0,001083
5
E  2 x 10 MPa
 = 216,6MPa
P = . A

A  7680mm 2 P = 1.663.488N
P ≈ 166 ton
Dilatação Térmica

51.136

30.000


0,00188
DILATAÇÃO TÉRMICA

Nem sempre o arranjo é linear, por vezes é tridimensional.

Quanto maior for a liberdade de movimentação menores


serão as tensões secundárias e maior será a flexibilidade.
MEIOS DE CONTROLAR A DILATAÇÃO TÉRMICA

1. Trajeto da tubulação afastando-se da linha reta,


por meio de ângulos no plano ou no espaço,

2. Uso de elementos deformáveis intercalados na


tubulação,

3. Pré-tensionamento (cold spring), introduzindo


tensões iniciais opostas às tensões geradas pela
dilatação térmica.
FLEXIBILIDADE DAS TUBULAÇÕES - EIXO NEUTRO

A flexibilidade de uma tubulação será tanto maior


quanto mais o seu traçado se afastar da linha reta que
une os pontos extremos.

A contribuição de cada trecho para a flexibilidade


total será proporcional à distância média desse
trecho ao eixo neutro da configuração.

O eixo neutro é uma linha reta paralela à direção das


resultantes das reações exercidas pela tubulação
sobre os pontos extremos de fixação.
FLEXIBILIDADE DAS TUBULAÇÕES - EIXO NEUTRO
INFLUÊNCIA DO TRAÇADO NA FLEXIBILIDADE DAS
TUBULAÇÕES

Uma tubulação qualquer será tanto mais flexível


quanto:

• Maior for o seu comprimento desenvolvido em


relação à distância entre os pontos extremos.
• Mais simétrico for o seu traçado.
• Menores forem as desproporções entre os diversos
lados.
• Maior liberdade houver de movimentos.
CÁLCULOS DE FLEXIBILIDADE

A tensão combinada resultante das diversas tensões


secundárias (Se) deve ser inferior ao valor Sa dado
pela expressão:

Sa = f(1,25 Sc + 0,25 Sh)

em que:
f= fator de redução para serviços cíclicos,
Sc= tensão admissível básica do material na
temperatura mínima
Sh= tensão admissível básica do material na
temperatura máxima
CÁLCULOS DE FLEXIBILIDADE

Critério de falha em Flexibilidade


A tensão equivalente máxima pelo efeito das tensões
secundárias é dado pelo critério de Tresca:
2 2
Se  S b  4 S t
2 2
em que: Mi  Mo
Sb 
Sb: tensão resultante de flexão Z
Mi e M0; momentos fletores atuante Mt
St: tensão resultante de torção
St 
2Z
Mt: momento de torção resultante
Z: momento resistente da seção transversal do tubo
CÁLCULOS DE FLEXIBILIDADE

Nas mudanças de direção (curvas, joelhos, tubos curvados etc.) e


derivações:

(i i M i ) 2  (i o M o ) 2
Sb 
Z
em que:
ii: fator de intensificação de tensões no próprio plano da curva
Mi: momento fletor

i0: fator de intensificação de tensões no plano normal a curva


M0; momento fletor
CÁLCULOS DE FLEXIBILIDADE
Nas derivações, temos, para a linha tronco e para o ramal:

(i i M i ) 2  (i o M o ) 2
Sb 
Ze
em que:
ii: fator de intensificação de tensões no próprio plano da curva
Mi: momento fletor

i0: fator de intensificação de tensões no plano normal a curva


M0; momento fletor

Ze: momento resistente efetivo do ramal:


2
Z πr t
e m s
rm: raio médio da seção transversal do ramal
ts: espessura efetiva do ramal: o menor entre t h e iitb
th: espessura do tubo tronco (excluído qualquer reforço)
tb: espessura do ramal
CÁLCULOS DE FLEXIBILIDADE
CÁLCULOS DE FLEXIBILIDADE
MÉTODOS DE CÁLCULOS DE FLEXIBILIDADE

1. Método analítico geral.


2. Métodos gráficos aplicáveis a determinadas
configurações de tubulações.
3. Métodos simplificados aplicáveis a diversas
configurações (Ex. Método da Viga em Balaço
Guiada).
O método analítico geral é um método matemático rigoroso,
aplicável a quaisquer configurações.
Para o cálculo manual, é um processo muito trabalhoso, devido
ao grande número de equações e de incógnitas.
Esse método adapta-se bem à programação para computador;
MÉTODOS DE CÁLCULOS DE FLEXIBILIDADE

Método analítico geral

Entre os principais programas de computador


existentes no mercado para cálculo de flexibilidade
podem ser mencionados:
AUTOPIPE, www.autopipe.com
CAESAR II, www.coade.com
TRIFLEX, www.pipingsolutions.com
CAEPIPE , www.sstusa.com
MÉTODOS DE CÁLCULOS DE FLEXIBILIDADE
Estes programas permitem simular praticamente todos os tipos de
carregamento e podem executar uma ampla variedade de tarefas, tais
como:
1. Verificação do atendimento aos limites admissíveis de tensões estabelecidos
pelas normas de projeto de tubulação.
2. Determinação dos esforços sobre suportes, ancoragens, guias e batentes.
3. Verificação de esforços em bocais de equipamentos, segundo as normas
aplicáveis.
4. Seleção de suportes de mola.
5. Geração de arquivos gráficos para elaboração de isométricos em
computador.
6. Criação de modelos para cálculo de flexibilidade a partir de arquivos de
programas de desenho.
7. Simulação de acessórios de tubulação (válvulas e flanges), com definição
automática de seus pesos e dimensões básicas.
MÉTODOS DE CÁLCULOS DE FLEXIBILIDADE

A análise mais exata de uma tubulação (método analítico geral) é


exigida nos seguintes casos:
1. Tubulações de "Categoria M“ da norma ASME B 31.3 (fluidos altamente
tóxicos), e outras tubulações de grande risco ou em locais perigosos,
principalmente em temperaturas muito elevadas (acima de 450°C).
2. Tubulações em serviços fortemente cíclicos (mais de 7000 ciclos de
aquecimento e resfriamento durante a vida útil).
3. Tubulações ligadas a equipamentos que só admitem pequenos esforços
sobre os bocais.
4. Casos em que haja o máximo interesse em economia, devido ao uso de
materiais de custo elevado nas tubulações.
5. Tubulações excessivamente rígidas devido ao diâmetro, à espessura da
parede ou à configuração.
6. Tubulações dos circuitos principais de centrais nucleares.
MÉTODOS DE CÁLCULOS DE FLEXIBILIDADE

Método
Gráfico
Simplificado:
MÉTODOS DE CÁLCULOS DE FLEXIBILIDADE

Método da Viga em Balanço Guiada:


Não aplicável para sistemas que exijam cálculos mais precisos.

Devem ser atendidas as seguintes condições:


1. Todos os lados sejam retos e paralelos a uma das três
direções ortogonais.
2. Todos os lados façam ângulos retos entre si.
3. Todos os lados sejam constituídos por tubos de mesmo
material e de mesmo momento de inércia, ou seja, do mesmo
diâmetro e mesma espessura de parede.
4. O sistema tenha apenas dois pontos de fixação, situados em
seus extremos, e nenhuma restrição intermediária.
Formas de melhorar a flexibilidade

Se em conseqüência dos cálculos de flexibilidade verifica-se


que uma tubulação "não passa", ou seja, que as tensões ou
as reações estão acima dos valores admissíveis, três soluções
podem ser tentadas na seguinte ordem, de preferência:

1. Suprimir os dispositivos de restrição de movimentos que


puderem ser dispensados, e/ou modificar o tipo ou a
localização desses dispositivos.
2. Refazer o cálculo por outro processo mais preciso, isto é,
menos conservativo, que conduza a valores mais reais, e
talvez menores, para as tensões e as reações.
3. Alterar a configuração por outra mais flexível.
Formas de melhorar a flexibilidade

Melhorar a flexibilidade de uma tubulação, sem se fazer


alteração no seu traçado, por simples modificações nos
dispositivos de restrição de movimento

1. Suprimir dispositivos de restrição não imprescindíveis –


Substituir uma ancoragem por uma guia ou um batente
2. Modificar a posição de uma ancoragem, uma guia ou um
batente
3. Substituir um suporte fixo por um móvel
Exercício

Dos sistemas mostrados abaixo, qual os dois que são iguais


no que concerne ao cálculo das tensões secundárias?
Considerar o plano horizontal XY, e as guias de superfície.

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