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Jurandir Primo

Tubulações Standard Industriais – Materiais & Requisitos de Inspeção

Jurandir Primo

Copyright @ 2012

1ª edição – junho de 2012

Capa:

Jurandir Primo

Primo, Jurandir

Tubulações Standard Industriais – Materiais &


Requisitos de Inspeção

Indice para pesquisas: Tubulação e Acessórios.

ISBN:

Livro no sistema de auto publicação cuja edição, revisão, diagramação e capa


foram selecionados pelo próprio autor, para não encarecer a obra e facilitar a
compra, a todos os estudantes e interessados em assuntos técnicos e engenha-
ria de equipamentos.

Portanto, qualquer pessoa pode ter esse livro, sem necessidade de copiar, digi-
talizar ou utilizar outros processos de reprodução, porque foi executado para
custar menos que o valor de uma pizza.

No entanto, o autor permite que todas as partes do livro possam ser copiadas
ou reproduzidas para fundamentos educacionais, instrutivos e treinamento
técnico.

Para adquirir esta ou outras publicações do autor, enviar solicitação para:

engprimo@msn.com.
Tubulações Standard Industriais – Materiais & Requisitos de Inspeção

PREFÁCIO:

O objetivo deste livro é descrever os sistemas mais importantes uti-


lizados em tubulações industriais e nos processos em geral, para industrias,
saneamento, refinarias e instalações petroquímicas. O foco principal é a
compreensão didática das especificações tipos padrão dos materiais, e con-
dições práticas de aplicação, mencionados de um modo geral, uma vez
que este assunto é um campo muito vasto.

Ao escrever um livro para uma determinada população, necessita-se fazer


uma escolha quanto ao tratamento a ser dado a cada capítulo. O desenvol-
vimento tecnológico, atualmente é muito rápido, mas é preciso conhecer e
estabelecer os fundamentos principais.

Portanto, procuramos nos aproximar dos conceitos básicos, através de e-


xemplos de forma didática, não para especialistas que já dominam a maté-
ria, mas para estudantes das várias categorias, interessados no assunto.

Devido as facilidades atuais de comunicação existentes, os futuros técnicos


e engenheiros, deverão, com certeza, ser melhores que as gerações passa-
das, mas que deverão ser, mais que tudo, respeitadas pelo esforço de con-
tribuir para as novas realidades.

O autor compreende perfeitamentamente, que não é um escritor es-


pecialista e está aberto a críticas construtivas e sugestões para melhoria
desse livro.

Esse livro serve para todos que, assim como eu, vieram das pequenas para
as grandes cidades, para estudar, trabalhar, enfrentar todos os tipos de difi-
culdades e mesmo sem o preparo dos modernos programas de computador,
ainda hoje, procuram contribuir para as necessidades de instrução e educa-
ção para todos os níveis sociais, que devem ser os valores verdadeiros de
democracia, evolução e progresso em qualquer país.

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Jurandir Primo

Esse livro é parte de uma série de publicações para as diversas áreas de Engenharia:

Tecnologia de Soldagem;

Transportadores de Correia e Corrente;

Bombas Centrífugas;

Sêlos Mecânicos;

Compressores de Ar;

HVAC – Ar Condicionado;

Torres de Resfriamento;

Ventilação Industrial;

Vasos de Pressão – Normas ASME;

Trocadores de Calor;

Válvulas Industriais;

Tubulação Industrial;

Pavimentação Asfáltica;

Fibras Ópticas;

Automação;

Outros...
Tubulações Standard Industriais – Materiais & Requisitos de Inspeção

A:

Todos que foram meus professores na infância, em minhas


primeiras letras, no ensino primário, no secundário e posteri-
ormente no ensino superior.

Todos que , com absoluta sinceridade, lutam por justiça social


e pelo meio ambiente.

Todos os pioneiros das pequenas invenções, da tecnologia e


das diversas engenharias.

Todos que já foram e todos que vieram a esse planeta como


missionários:

da Educação.

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INDICE:

I. INTRODUÇÃO

II. PROCESSOS DE FABRICAÇÃO DE TUBOS

III. MATERIAIS E ESPECIFICAÇÕES PARA TUBOS

IV. TIPOS DE CONEXÃO PARA TUBOS

V. PURGADORES DE VAPOR, SEPARADORES E FILTROS

VI. CLASSIFICAÇÃO DAS TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS

VII. DETALHES DAS TUBULAÇÕES

VIII. MONTAGEM, OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO

IX. FLUXOGRAMAS E ISOMÉTRICOS

X. REQUISITOS PARA INSPEÇÃO DE TUBULAÇÃO

XI. STANDARDS PARA APLICAÇÃO EM TUBULAÇÃO


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I. Introdução:

Tubulação é um cilindro ôco usado para transmitir um fluido ou para transmitir uma
pressão do fluido em especificações de materiais aplicáveis. Tubo ou tubagem nas
especificações são tratados como tubulação quando se destinam à pressão serviços,
ASME B.31.1 - tubulação de energia e a Norma ASME – B.31.3 tubulação de
processo.

Tubulação é um conjunto de componentes usados para transmitir, distribuir, misturar,


separar, descarregar, medir, controlar ou parar o fluxos de fluidos. Tubulação também
inclui os elementos de apoio, mas não as estruturas como a construção de suportes,
fundações ou outros equipamentos excluídos das definições do código ASME.

Componentes de tubulação são elementos mecânicos apropriados para montagem. Os


componentes incluem vedações, flanges, juntas, parafusos, válvulas e dispositivos, tais
como juntas de dilatação, juntas flexíveis, mangueiras de pressão, purgadores, filtros,
tie-ins, loops, uniões, acoplamentos, spools, in-line portions, instrumentos, tubings,
separadores, etc.

II. Processos de Fabricação de Tubos:

Uma vasta gama de materiais para a fabricação de tubos são empregadas hoje. Apenas
A.S.T.M (American Society for Testing and materiais) especifica mais de 500 tipos
diferentes de materiais.

Há dois grupos de processos industriais de fabricação de tubos:

Tubos sem costura (seamless pipe):

 Laminação (rolling):
 Extrusão (extrusion),
 Fundição (casting),

Tubos com costura (welded pipe):

 Fabricação por solda (welding).

Os processos de laminação e de fabricação por solda são os de maior importância, e por


eles são feitos mais de 2/3 de todos os tubos usados em instalações industriais.

1.1) Fabricação de tubos por laminação

Os processos de laminação são os mais importantes para a fabricação de tubos de aço


sem costura; empregam-se para a fabricação de tubos de aços-carbono, aços-liga e aços

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inoxidáveis, desde 8 cm até 65 cm de diâmetro. Há vários processos de fabricação por


laminação, o mais importante dos quais é o processo “Mannesmann”, que consiste re-
sumidamente nas seguintes operações:

1. Um lingote cilíndrico de aço, com o diâmetro externo aproximado do tubo que se vai
fabricar, é aquecido a cerca de 1.200°C e levado ao denominado “laminador oblíquo”.

2. O laminador oblíquo tem rolos de cone duplo, cujos eixos fazem entre si um pequeno
ângulo (Fig.1). O lingote é colocado entre os dois rolos, que o prensam fortemente, e
lhe imprimem, ao mesmo tempo, um movimento helicoidal de rotação e translação.

Em conseqüência do movimento de translação o lingote é pressionado contra uma pon-


teira cônica que se encontra entre os rolos. A ponteira abre um furo no centro do lingo-
te, transformando-o em tubo, e alisa continuamente a superfície interna recém-formada.
A ponteira, que é fixa, está colocada na extremidade de uma haste com um comprimen-
to maior do que o tubo que resultará.

Fig. 1 Fabricação de tubos por laminação - Laminador oblíquo “Mannesmann”.

3. O tubo formado nessa primeira operação tem paredes muito grossas. A ponteira é
então retirada e o tubo, ainda bastante quente, é levado para um segundo laminador
oblíquo, com uma ponteira de diâmetro um pouco maior, que afina as paredes do tubo,
aumentando o comprimento e ajustando o diâmetro externo.

4. Depois das duas passagens pelos laminadores oblíquos o tubo está bastante empena-
do. Passa então em uma ou duas máquinas desempenadoras de rolos.
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5. O tubo sofre, finalmente, uma série de operação de calibragem dos diâmetros externo
e interno, e alisamento das superfícies externa e interna. Essas operações são feitas em
várias passagens em laminadores com mandris e em laminadores calibradores (Fig. 2).

Fig. 2 Fabricação de tubos por laminação - Laminadores de acabamento.

Os métodos de fabricação de tubos de aço sem costura variam um pouco de fabricante


para fabricante, mas estas são as etapas básicas.

a) Tarugos fundidos ou laminados: Barras de aço de alta qualidade para produtos


tubulares sem costura (Fig. 1/8).

Figura 1/8: Barras fundidas ou laminadas

b ) Aquecimento: As barras são cortadas no comprimento necessário e levados para


pesagem antes de ser aquecidos num forno (Fig. 2/8).

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Figura 2/8: Aquecimento

c) Rolos de laminação: As barras redondas são puxadas pelos rolos, giram e avançam
em direção ao mandril perfurador, que cria um furo através do seu comprimento (Fig.
3/8).

Figura 3/8: Rolos de laminação

d) Mandrilagem: Os tubos são rolados usando vários rolos com um um mandril longo
(Fig. 4/8).

Figura 4/8: Mandrilagem

e ) Reaquecimento: os tubos são transferidos para uma instalação de reaquecimento,


onde podem ser cortados e levados para pesagem (ver Fig. 5/8).
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Figura 5/8: Forno de reaquecimento

f ) Redução e estiramento: Os tubos aquecidos e tratados são transportados por um


sistema de redução e estiramento, que utiliza até 24 rolos para reduzir o diâmetro no
tamanho final necessário (Fig. 6/8).

Figura 6/8: Redução e estiramento

g) Leito de esfriamento: os tubos mandrilados e estirados são colocados em um siste-


ma de leito de esfriamento (Fig. 7/8).

Figura 7/8: Tubos sobre um leito de esfriamento

h ) Serra: Após o arrefecimento, tubos em lote são levados em paralelo para corte em
comprimentos especificados, em serras com pontas endurecidas com carbeto (Fig. 8/8).

Figura 8/8: Lote de tubos para serrar

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1.2) Processo de extrusão:

Extrusão é um processo usado para criar objetos de um perfil transversal fixo. Um


material é empurrado ou puxado através de uma matriz, tipo dispositivo, que tem a
secção desejada. As principais vantagens deste processo é a capacidade de criar seções
transversais muito complexas, trabalhar materiais frágeis, e peças com um excelente
acabamento superficial.

Na fabricação por extrusão, um tarugo maciço do material, em estado pastoso, é colo-


cado em um recipiente de aço debaixo de uma poderosa prensa. Em uma única opera-
ção, que dura no total poucos segundos, dão-se as seguintes fases (Fig. 3):

Fig. 3 Fabricação de tubos por extrusão

a) O êmbolo da prensa, cujo diâmetro é o mesmo do tarugo, encosta-se no tarugo.


b) O mandril, acionado pela prensa, fura completamente o centro do tarugo.
c) Em seguida, o êmbolo empurra o tarugo obrigando o material a passar pelo furo de
uma matriz calibrada e por fora do mandril, formando o tubo.

Para tubos de aço a temperatura de aquecimento é da ordem de 1.200°C; as prensas são


sempre verticais e o esforço da prensa pode chegar a 1.500 t. Os tubos de aço saem
dessa primeira operação curtos e grossos; são levados então, ainda quentes, a um lami-
nador de rolos para redução do diâmetro.

Vão finalmente para outros laminadores que desempenam e ajustam as medidas do


diâmetro e da espessura das paredes. Fabricam-se por extrusão tubos de aço de peque-
nos diâmetros (abaixo de 8 cm) e também tubos de alumínio, cobre, latão, chumbo e
outros metais não ferrosos, bem como de materiais plásticos.

a) Extrusão a quente:

Extrusão quente é feito acima da temperatura ambiente, mas abaixo da temperatura de


recristalização do material, nas gamas de temperaturas entre 800 a 1800 ° F (424 a 975
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° C), para manter o endurecimento e tornar mais fácil para empurrar o material através
do dispositivo. Extrusões mais quentes são feitas em prensas hidráulicas que variam de
250 a 12.000 toneladas métricas.

As pressões variam de 30 a 700 Mpa (4.400 a 100.000 psi), portanto, a lubrificação


necessária, pode ser óleo ou grafite para extrusões com baixas temperaturas, ou em pó
para extrusões com temperatura superiores ao vidro. A maior desvantagem deste
processo é seu custo.

Os metais que são extrudadas geralmente são:

Alumínio: é o material mais comumente extrudado a frio ou a quente. A quente é


aquecido entre 575° - 1100° F (300 ° a 600° C). Exemplos de produtos de perfis para
faixas, quadros, trilhos, montantes e dissipadores de calor.
Bronze: para hastes livre de corrosão, peças de automóvel, encaixes de tubulação, pe-
ças de engenharia.
Cobre : tubos (1100 a 1825° F (600 a 1000° C), fio, hastes, barras, tubos e eletrodos,
etc. Muitas vezes mais de 100 ksi (690 MPa) é necessário para extrair o cobre.
Chumbo: latão (máximo 575° F (300° C), tubos, fios, tubos e cabos. Chumbo fundido
também pode ser usado no lugar de tarugos em prensas de extrusão vertical.
Magnésio: (575 1100° F (300 a 600° C) aeronaves e peças da indústria nuclear. O
magnésio é aproximadamente tão extrudavel como o alumínio.
Zinco: (400/650° F (200/350° C)) hastes, barras, tubos, componentes, corrimãos, etc.
Aço: barras (1825 a 2375° F (1000 a 1300° C) e chapas. Aço de carbono liso é
geralmente extrudavel, assim como aço liga e aço inoxidável.
Titânio: componentes de aeronaves (1100 a 1825° F (600 a 1000° C), incluindo faixas
de assento, anéis de motor e outras peças estruturais.

Obs.: Magnésio e ligas de alumínio têm geralmente um 0,75 µm (30 μ.in) RMS ou
melhor acabamento superficial. Titânio e aço podem alcançar um 3 micrómetros (120
μ.in) RMS

b) Extrusão a frio:

Extrusão a frio é feito em temperatura ambiente ou próxima a temperatura ambiente. As


vantagens da extrusão a frio sobre extrusão quente são; a falta de oxidação, maior
resistência devido ao trabalho frio, tolerâncias menores, boa superfície de acabamento e
velocidade de extrusão rápida.

Os materiais que são extudados geralmente a frio incluem: chumbo, estanho, cobre,
alumínio, zircônio, titânio, molibdênio, berílio, vanádio, nióbio e aço. Exemplos de
produtos produzidos por este processo são: extintores de incêndio, cilindros
absorvedores de choque, engrenagens, etc.

c) Extrusão de tubos de aço:

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Os processos de fabricação também são divididos em laminados a quente e a frio para


tubos de aço sem costura. Tubos de aço sem costura laminados a frio são menores
diâmetros, tubos de aço sem costura laminados a quente são, muitas vezes, de grande
diâmetro.

A tolerância dimensional dos tubos de aço sem costura laminados a frio de precisão são
maiores do que os tubos de aço sem costura laminados a quente, então, os preços
também são maiores do que os tubos de aço sem costura laminados a quente.

e) Estiramento:

Estiramento envolve simplesmente puxar o tubo oco através de uma série de pentes de
aço endurecidos para reduzir o seu diâmetro. Antes de cada etapa do processo, o tubo é
empurrado para a extremidade de uma matriz, onde é fixado por garras automáticas
ligadas a um dispositivo com diâmetro de 7 pés, chamado de “bull block”.

1.3) Fundição:

Nesses processos o material do tubo, em estado líquido, é despejado em moldes especi-


ais, onde solidifica-se adquirindo a forma final. Fabricam-se por esse processo, tubos de
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ferro fundido, alguns aços especiais não-forjáveis, e a maioria dos materiais não-
metálicos, tais como: barro vidrado, concreto, cimento-amianto, borrachas etc.

Para os tubos de ferro fundido e de boa qualidade, usa-se a fundição por centrifugação,
em que o material líquido é lançado em um molde com movimento rápido de rotação,
sendo então centrifugado contra as paredesdo molde. O tubo resultante da fundição
centrifugada tem uma textura mais homogênea e compacta e também paredes de espes-
sura mais uniforme. Os tubos de concreto armado são também vibrados durante a fabri-
cação para o adensamento do concreto.

Fundição centrífuga é um processo de fundição de aço comum, onde o metal fundido é


canalizado em um molde rotativo (comumente 700 a 1300 rpm). A rotação cria uma
força centrífuga que empurra o metal para a parede do molde, como mostrado abaixo.

A taxa de proporção da peça a ser convertida é o que determina qual das técnicas pode
ser usado. Quando o diâmetro da parte desejada é maior em comparação com o
comprimento total (em forma de anel), carcaça vertical é mais comumente usada. Da
mesma forma, quando o comprimento é maior em comparação com o diâmetro (em
forma de tubo), um tipo de fundição horizontal é usado.

ASTM A660 - Especificação padrão para tubulação aço carbono centrifugado. Esta
especificação abrange tubos de aço carbono, feitos pelo processo de fundição centrífuga
destinados ao uso em alta temperatura, alta pressão de serviço, apropriada para fusão,
dobra e outras operações de deformação.

Os tubos centrífugados são recozidos a 960° C (1760 ° F) em um forno contínuo, para


que a cementita possa ser dividida em ferrita e grafita. Para todos os tubos são dados

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