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1. Introdução 1
3. Tubulações Subterrâneas 10
4. Tubulações de Esgoto 12
6. Normatização 19
6.1. Normas ABNT 19
6.2. Normas Internacionais 22
6.3. Normas Mercosul 22
6.4. Código de Instalações Sanitárias Regional 22
7. Conclusão 38
8. Referências Bibliográficas 38
1. Introdução
Desde o segundo semestre de 2009, superado o período mais grave da crise financeira
internacional, o setor industrial brasileiro vem retomando os planos de ampliação de suas
capacidades de produção. Um indicador de que os projetos estão saindo das gavetas é o
aumento do número de consultas às construtoras, especialmente para empreendimentos nas
áreas de energia, cimento, siderurgia, mineração, automobilística e logística.
Impulsionada pela descoberta de petróleo nas camadas do pré-sal, o setor de petróleo e gás
também tem sido um importante contratante de projetos. Com tudo isso, para os projetistas
de instalações industriais, o cenário é promissor, sobretudo para aqueles que estão próximos á
pólos de desenvolvimento industriais, valorizando-se profissionalmente devido à nova
demanda.
Fabricação:
Laminação:
1- Um lingote cilíndrico de aço, com o diâmetro externo aproximado do tubo que se vai
fabricar, é aquecido a cerca de 1.200°C e levado ao denominado “laminador oblíquo”.
2- O laminador oblíquo tem rolos de cone duplo, cujos eixos fazem entre si um pequeno
ângulo. O lingote é colocado entre os dois rolos, que o prensam fortemente, e lhe
imprimem, ao mesmo tempo, um movimento helicoidal de rotação e translação. O lingote
é pressionado contra uma ponteira cônica que se encontra entre os rolos. A ponteira abre
um furo no centro do lingote, transformando-o em tubo, e alisa continuamente a
superfície interna recém-formada. A ponteira, que é fixa, está colocada na extremidade
de uma haste com um comprimento maior do que o tubo que resultará.
3- O tubo formado nessa primeira operação tem paredes muito grossas. A ponteira é então
retirada e o tubo, ainda bastante quente, é levado para um segundo laminador oblíquo,
com uma ponteira de diâmetro um pouco maior, que afina as paredes do tubo,
aumentando o comprimento e ajustando o diâmetro externo.
4- Depois das duas passagens pelos laminadores oblíquos o tubo está bastante empenado.
Passa então em uma ou duas máquinas desempenadoras de rolos.
5- O tubo sofre, finalmente, uma série de operação de calibragem dos diâmetros externo e
interno, e alisamento das superfícies externa e interna. Essas operações são feitas em
várias passagens em laminadores com mandris e em laminadores calibradores.
Fabricam-se por esse processo, tubos de ferro fundido, de alguns aços especiais não-forjáveis,
e da maioria dos materiais não-metálicos, como: barro vidrado, concreto, cimentoamianto,
borrachas etc. Para os tubos de ferro fundido e de boa qualidade, usa-se a fundição por
centrifugação, em que o material líquido é lançado em um molde com movimento rápido de
rotação, sendo então centrifugado contra as paredes do molde. O tubo resultante da fundição
centrifugada tem uma textura mais homogênea e compacta e também paredes de espessura
mais uniforme. Os tubos de concreto armado são também vibrados durante a fabricação para
o adensamento do concreto.
Fabricam-se pelos diversos processos com costura, tubos de aços-carbono, aços-liga, aços
inoxidáveis e ferro forjado, em toda faixa de diâmetros usuais na indústria.
Existem duas disposições da costura soldada: longitudinal (ao longo de uma geratriz do tubo) e
espiral, sendo a longitudinal a empregada na maioria dos casos.
Empregam-se também dois tipos de solda: de topo (butt-weld) e sobreposta (lap-weld).
A solda de topo é usada em todos os tubos soldados por qualquer dos processos com adição
de metal, e também nos tubos de pequeno diâmetro soldados por resistência elétrica. A solda
sobreposta é empregada nos tubos de grande diâmetro soldados por resistência elétrica.
São os seguintes os processos industriais mais importantes de execução da solda:
a) Solda elétrica por arco protegido (com adição de metal do eletrodo):
Solda por arco submerso (submerged arc welding).
Solda com proteção de gás inerte (inert gas welding).
b) Solda por resistência elétrica (electric resistance welding — ERW) (sem adição de
metal).
Nos processos de solda com adição de metal, a bobina ou a chapa é sempre dobrada a frio até
o diâmetro final; a conformação pode ser conseguida pela dobragem contínua da bobina, por
meio de rolos, em máquinas automáticas, ou pela calandragem ou prensagem de cada chapa.
Qualquer que seja o processo de soldagem, a solda é feita sempre a topo e com o mínimo de
dois passes, um dos quais, nos tubos de boa qualidade, é dado pelo lado interno do tubo. Em
qualquer caso, exige-se sempre que os bordos da bobina ou da chapa sejam previamente
aparados e chanfrados para a solda.
É muito grande a variedade dos materiais atualmente utilizados para a fabricação de tubos. Só
a ASTM especifica mais de 500 tipos diferentes.
Diâmetro
Custo
Fluido( tipo e características)
Nível de tensão a que estará submetida à tubulação
Esforços mecânicos: compressão, flexão, vibração.
Segurança
Facilidade de obtenção e montagem
Tempo de vida (compatível com o tempo de vida útil da instalação)
Perda de carga
Acabamento interno
Água doce:
1. Tubulações de baixa pressão e temperatura moderada (até 10 kg/cm 2 e até 60°C), não
enterradas:
Tubos, até 4" de diâmetro: Aço-carbono galvanizado (ASTM A-120; para ramais e redes
de distribuição de pequeno diâmetro podem ser usados tubos de PVC, também
rosqueados.
Válvulas, até 4" de diâmetro: Bronze, rosqueadas.
Tubos, diâmetros de 2", ou maior: Aço-carbono (ASTM A-120 ou A-134), com sobre
espessura para corrosão de 1,2mm, ligações de solda de topo.
Válvulas, diâmetros de 3", ou maior: Ferro fundido, com mecanismo interno de
bronze, extremidades com flanges de face plana.
Flanges: Aço-carbono forjado (ou fabricados de chapa), tipo sobreposto, face plana.
Juntas: Borracha natural ou papelão hidráulico, conforme EB- 216.
2. Tubulações de baixa pressão e temperatura moderada (até 10kg/cm 2 e até 60°C),
enterradas:
Tubos, até 2" de diâmetro: PVC, com ligações rosqueadas.
Tubos, diâmetros de 3" ou maior: Ferro fundido, com ligações de ponta e bolsa; para
diâmetros de 20", ou maiores, podem ser usados os tubos de concreto armado.
Válvulas (qualquer diâmetro) flanges e juntas: Como acima, para as tubulações não
enterradas.
Cuidados:
1. As águas ácidas ou alcalinas podem ser altamente corrosivas. Deve ser levado essa
característica para a escolha correta do material do tubo.
2. O condensado proveniente de vapor, pode conter certa quantidade de C02, que dá origem
ao ácido carbônico, muito corrosivo; recomenda-se também adotar maior sobreespessura
para o aço-carbono (2 a 3 mm).
Água salgada:
As tubulações para serviço contínuo com água salgada (para fins de refrigeração, por
exemplo), constituem sempre um dos graves problemas de manutenção, devido à intensa
corrosão a que estão sujeitas.
1. Tubos, diâmetros até 4": PVC ou aço galvanizado (para pressões maiores). Com o aço
galvanizado pode haver séria corrosão nas emendas dos tubos. Para tubulações curtas
ou de diâmetro pequeno, podem ser empregados o metal Monel ou o cupro-níquel,
que têm ótima resistência à água salgada; o uso desses materiais é entretanto restrito
devido ao custo elevado.
2. Válvulas, diâmetro até 2": Bronze, com mecanismo interno também de bronze,
extremidades rosqueadas.
Observação: Para águas com pequena quantidade de sal (como é o caso de alguns efluentes
de processo), podem ser adotados tubos de aço-carbono, com uma sobre-espessura para
corrosão mínima de 4 mm.
3. Tubulações Subterrâneas
Dentro de uma instalação industrial são raras as tubulações subterrâneas. Costumam ser
subterrâneas apenas as linhas de esgotos (pluvial, sanitário, industrial etc. ), que quase sempre
funcionam por gravidade, e algumas vezes as linhas de distribuição de água potável e de ar
comprimido; é usual também colocar enterradas todas as tubulações de incêndio, para evitar a
possibilidade de colisões e outros acidentes.
Fora dos limites de uma instalação industrial, em cidades, estradas, ruas e campos, todas as
tubulações são subterrâneas, tanto por questões de segurança, aparência e economia, como
para não interferirem com o movimento de pessoas e veículos.
Como a maior parte das tubulações subterrâneas é lançada diretamente no solo, sem suportes
nem fundações, não há motivo para a arrumação dos tubos em feixes paralelos de mesma
elevação, nem para a obediência ao paralelismo a duas direções. As tubulações em ruas e
estradas, dentro ou fora dos imites de uma instalação industrial, devem ser paralelas à linha de
centro da rua, os ramais podendo ter um percurso qualquer de preferência o caminho mais
curto entre os pontos extremos. As tubulações em terreno aberto seguem, em geral, o
caminho mais curto entre os pontos extremos, compatível com as condições locais. Em
tubulações subterrâneas não se fazem mudanças de direção para dar flexibilidade pelas
seguintes razões:
1. A maioria das tubulações é de temperatura ambiente, e como não está exposta ao sol,
as dilatações são desprezíveis, sendo facilmente absorvidas pela movimentação dos
tubos no solo.
3. Em caso de dilatações maiores, que não possam ser absorvidas desta forma, usam-se
juntas de expansão ou ligações que permitam pequenos movimentos axiais, tais como
as juntas "Dresser", "Victaulic" etc., ou certos tipos de ligações de ponta e bolsa.
Nos pontos de ligação de uma tubulação subterrânea lançada diretamente ao solo, com
qualquer equipamento ou construção sobre fundações, deve-se tomar especial cuidado com
os recalques de terreno que podem causar desnivelamento ou mesmo a ruptura da tubulação.
Tais são, por exemplo, os pontos de entrada de tubulações em edifícios, tanques, bombas,
caixas subterrâneas e outras construções sobre fundações. O mesmo acontece em tubulações
subterrâneas que tenham trechos sucessivos sobre fundações e sobre o solo, em terrenos de
recalque apreciável. Uma das soluções possíveis para esse problema consiste em adotar-se um
traçado sinuoso (como se fosse uma curva de expansão), para que a flexibilidade das
curvas possa absorver o desnivelamento causado pelos recalques diferenciais
Todas as tubulações subterrâneas que sejam de materiais sujeitos à corrosão pelo solo devem
receber um revestimento ou um tratamento externo protetor.
Essas canaletas, além do custo elevado, têm o grave defeito de serem focos de corrosão e de
possível acumulação de líquidos e gases perigosos. Por todas essas razões, o emprego de
canaletas deve ser reduzido ao mínimo, principalmente em instalações onde existam fluidos
inflamáveis, resumindo-se a algumas linhas de sucção de bombas, recolhimento de
condensado e outras com fluxo por gravidade. Todas as tubulações com isolamento térmico
que tenham de correr abaixo do nível do solo devem obrigatoriamente ser instaladas dentro
de canaletas. Não há necessidade de serem colocadas em canaletas quaisquer tubulações de
ferro fundido, barro vidrado, concreto, plásticos e outros materiais não-metálicos.
As canaletas devem ser construídas de maneira que seja possível e fácil a sua drenagem; por
essa razão, os suportes dentro da canaleta nunca devem se estender em toda a largura da
mesma. O fundo da canaleta deve ter um caimento para facilitar a drenagem.
4. Tubulações de Esgoto
As tubulações de esgotos são sempre subterrâneas e funcionam quase todas como canais, isto
é, por gravidade, com superfície livre. Por essa razão devem ter um caimento constante, que
quanto maior for, maiores serão a velocidade e a vazão. Na prática em geral não se pode dar
um caimento muito grande devido a limitações das diferenças de nível disponíveis.
Como as tubulações de esgotos sempre carregam uma certa quantidade de sólidos, devem ter,
em determinados pontos, caixas de decantação denominadas de "caixas-de-visita", onde o
material sólido fica depositado. As caixas-de-visita devem ter uma tampa removível para a
limpeza (Figura abaixo) e uma certa profundidade abaixo da entrada dos tubos, para a
acumulação dos sólidos. As dimensões das caixas serão tanto maiores quanto maiores forem o
diâmetro dos tubos, a quantidade de sólidos carregados e o intervalo previsto entre limpezas
sucessivas.
Todas as derivações em tubulações de esgotos devem ser feitas a 45°, no sentido do fluxo
(Figura acima). Para ramais pequenos usam-se "Tês" ou cruzetas de 45°; para ramais grandes
usam-se caixas-de-visita. Só se empregam curvas ou joelhos, em linhas de esgotos, para
diâmetros pequenos (geralmente até 4"); para os diâmetros maiores, e também muitas vezes
para os diâmetros pequenos, as mudanças de direção são feitas com caixas-de-visita. Nos
sistemas de esgotos pluviais e em alguns esgotos industriais em que os líquidos são coletados
no piso, usam-se caixas de coleta com tampa gradeada (Figura acima), que servem também
como caixas de decantação. Quando houver presença de gases inflamáveis, explosivos ou
tóxicos, as caixas de coleta no piso devem ter selo de água.
5. Facilidades para Montagem, Operação e Manutenção
Quando a tubulação é elevada (como geralmente acontece nas áreas de processo), os ramais
de ligação aos equipamentos descem verticalmente direto sobre os bocais, deixando livre toda
área em volta do equipamento. Quando as tubulações estão a pequena altura, os ramais de
ligação são tubos horizontais dispostos de tal forma a deixar pelo menos dois lados do
equipamento inteiramente livres, como mostra o exemplo abaixo:
Os tubos de ligação aos equipamentos devem ter também, sempre que possível uma peça
flangeada, junto ao bocal do equipamento, que possa ser removida para facilitar a remoção do
próprio equipamento. Essa peça flangeada pode ser uma válvula, uma redução, ou um
pequeno trecho de tubo com um par de flanges.
No caso de um grupo de tubos paralelos a pequena altura, é muito prático colocar todas as
válvulas próximas entre si, de forma que possam ser operadas de uma plataforma sobre os
tubos, que serve também como meio de travessia, como mostra a figura anterior. Essa
disposição é muito usual em casas de bombas e em tubulações ligadas a um tanque. Quando
for necessário manter a distancia mínima entre tubos paralelos, as válvulas em tubos vizinhos
devem estar alternadamente de um lado e do outro da plataforma.
As elevações mais baixas são estabelecidas em função da posição dos bocais dos
equipamentos colocados sobre bases com altura mínima. Nunca se deve ter nenhum elemento
da tubulação a menos de 0,15 m do solo, inclusive os drenos e purgadores nos pontos baixos.
Caso necessário, aumenta-se a altura das bases dos equipamentos para que essa última
condição seja satisfeita.
Fixadas as elevações mais baixas, calculam-se, a partir dessas, todas as outras elevações, em.
função das posições relativas dos equipamentos e das dimensões das curvas, "Tês", válvulas e
outros acessórios da tubulação, procurando-se que todas as elevações resultem a menores
possíveis.
Cavaletes:
Conexões:
CERÂMICA
COBRE
Conexões para unir tubos de cobre por soldagem ou brasagem capilar NBR 11720
FERRO FUNDIDO
Conexões de ferro fundido maleável, com rosca NBR NM ISO 7-1, para tubulações.
Conexão de ferro fundido para tubos de pressão de fibrocimento – NBR 8413
Conexões de ferro fundido dúctil NBR 7675
Conexão de ferro fundido cinzento com junta elástica para tubos de PVC rígido
DEFOFO para adutoras e redes de água – NBR 7670
Conexão de ferro fundido para tubos de fibrocimento para água – NBR 11807
POLIPROPILENO
Conexão de polipropileno (PP) para junta mecânica para tubos de polietileno PE-5 para
ligações prediais de água NBR 9798
PVC
Conexão de PVC rígido para junta mecânica para tubos de polietileno PE-5 p/ ligações
prediais água NBR 9052
Conexão de PVC rígido de junta soldável para redes de distribuição de água NBR 9821
Conexões injetadas de PVC rígido com junta elástica para redes adutoras de água NBR
10351
Medidores/reguladores:
Outras Normas:
b) legenda;
c) especificações;
III- Telhado:
Áreas como galpões, postos de gasolina e similares (grandes áreas cobertas) poderão solicitar
a análise de seu Projeto de Instalações Hidro-sanitárias.
Todas as pranchas de desenho de projetos deverão ter o “selo”padrão da SAE no canto inferior
direito, com os seguintes dados:
I- abastecimento de água:
a) planta baixa do loteamento com curvas de nível de metro em metro na escala mais
adequada, contendo:
f) corte transversal das ruas, em escala adequada, indicando a posição da rede de água;
h) legenda e especificações;
f) legenda e especificações;
I- recomendações gerais:
1) bairro residencial com lote padrão até 300 m2: 150 hab/ha;
2) bairro residencial com lote padrão entre 300 e 450 m2 : 120 hab/ha;
3) bairro residencial com lote padrão acima de 450 m2: 100 hab/ha;
4) área comercial: 75 hab/ha;
5) área industrial: 50 hab/há;
Todas as pranchas de desenho de projetos deverão ter o “selo”padrão da SAE no canto inferior
direito, com os seguintes dados:
RESERVA DE ÁGUA
A reserva de água para edificações será no mínimo correspondente ao consumo de um (1) dia,
e no cálculo da reserva serão utilizadas as estimativas que se seguem:
Para medição do consumo, toda edificação abastecida pela rede pública terá
obrigatoriamente, ramal hidráulico dotado de um cavalete com registro e hidrômetro, quer se
trate de economia individual ou coletiva, privada ou pública, comercial ou industrial.
Somente a SAE através de seus funcionários poderá instalar, reparar, remover ou deslocar o
hidrômetro, ficando o proprietário do imóvel sujeito ao pagamento de multa se o disposto
nesta norma for desrespeitado, independentemente de outras sanções legais.
O cavalete será instalado em uma caixa de abrigo padronizada e a instalação obedecerá ao que
se segue:
I- caixa de abrigo deverá ser instalada no passeio e não poderá ser localizada a
uma distância maior que 1,50m do alinhamento e sem qualquer impedimento a seu acesso;
II- localizações especiais serão aceitas mediante aprovação prévia e justificada da
Diretoria do Departamento de Planejamento e Projetos desta Superintendência.
RAMAL PREDIAL
Apenas permitida após a autorização dada por escrito, com firma reconhecida e comprovada a
titularidade do imóvel em que esta foi permitida (com uma certidão recente do Cartório de
Registro de Imóveis), devendo constar em averbação no registro do imóvel, lavrada em
Cartório.
RESERVATÓRIOS
Os reservatórios deverão:
O reservatório inferior:
O reservatório superior:
II- II- deverá ficar em altura tal que assegure as pressões dinâmicas e
estáticasmínimas de serviço para todos os aparelhos instalados, de acordo
com as normas da ABNT.
Para elevação de água ao reservatório superior deverá ser instalado o conjunto de recalque
com a vazão horária mínima de 15% do consumo predial de um dia. Recomenda-se a utilização
de dois conjuntos de recalque, sendo um conjunto de reserva. O conjunto de recalque deverá
ser instalado em local conveniente, próximo ao reservatório inferior. Quando houver altura de
sucção, a respectiva tubulação deverá ser dotada de válvula de pé e a título de proteção
deverá ser colocado um filtro ou crivo antes da válvula de pé. Em se tratando de reservatório
dividido em compartimentos, a tubulação de sucção deverá ser feita de forma que possibilite o
trabalho da bomba, a partir de cada compartimento isoladamente.
É proibida a ligação de bomba de sucção no alimentador predial. A tubulação de recalque
deverá ser dotada de válvula de retenção e de registro de gaveta. A tubulação de recalque
bem como a linha alimentadora do reservatório superior, quando não houver recalque, não
poderão ter qualquer interligação ou bypass, temporário ou permanente, com a tubulação de
distribuição. É vedado o emprego de uma mesma tubulação para recalque de água e
para alimentação do reservatório superior. Sempre que em uma edificação se tornar
necessário o emprego de recalque, constará no projeto as características dos conjuntos moto-
bombas.
DESPEJOS INDUSTRIAIS
Os despejos industriais poderão ser lançados no coletor público, desde que não ataquem e não
causem qualquer dano ao sistema coletor de esgoto. Juntamente com o Projeto de Instalações
Hidro-sanitárias o proprietário entregará um relatório especificando a natureza e o volume dos
líquidos e resíduos que serão lançados na rede pública. Os despejos industriais a serem
lançados na rede pública deverão atender aos parâmetros e limites determinados pelo
COPAM, e principalmente ao que segue:
Não será permitido o lançamento nas redes coletoras de esgoto despejos industriais fora dos
parâmetros e limites do COPAM e as que contenham:
Conforme a natureza e o volume dos despejos industriais deverão ser adotados dispositivos
apropriados, antes do lançamento na rede coletora, por conta do proprietário, tais como:
I- resíduos cuja temperatura for superior a 40o C, deverão passar por uma “caixa de
resfriamento” antes de serem lançados no coletor;
II- os despejos ácidos ou neutralizados passarão em “caixas diluidoras ou neutralizadoras”,
antes de serem lançados no coletor;
III- os despejos que contiverem sólidos pesados ou em suspensão, deverão passar em “caixa
detentora” especial, antes de serem lançados no coletor;
IV- os despejos provenientes de postos de gasolina ou garagens onde haja lubrificação e
lavagem de veículos, deverão passar em “caixa de lama e/ou caixa separadora de óleo”, antes
de serem lançados no coletor.
A qualquer tempo, quando a SAE julgar conveniente, poderá exigir o tratamento prévio do
efluente, antes de ser lançado na rede pública.
§ 1º- Estas águas, antes de serem lançadas na rede pluvial, deverão passar em “caixas
detentoras de lama e/ou caixas separadoras de água/óleo”.
§ 2º- No caso de inexistência de rede pluvial pública a solução de esgotamento será submetida
à apreciação da Diretoria do Departamento de
Planejamento e Projetos da SAE.
As caixas separadoras e detentoras deverão ser construídas de acordo com as normas relativas
ao assunto, de forma a funcionarem de maneira eficaz
INSTALAÇÕES DE ESGOTO
Nas instalações prediais de esgoto é adotado o sistema separador absoluto, não sendo,
portanto, tolerada qualquer interconexão entre condutores de esgotos e de água pluviais. As
instalações prediais de esgoto deverão ser projetadas e executadas tendo em vista as possíveis
e futuras operações de inspeção e desobstrução, tanto das tubulações internas, caixas de
inspeção, de gordura, sifonadas, assim como dos coletores e sub-coletores prediais, rápido
escoamento dos despejos e deverão ainda, vedar a passagem dos gases e animais para o
interior das edificações impedindo a contaminação da água potável e não apresentarem
vazamentos. Toda edificação que tiver à disposição coletor de esgoto em logradouro público
ou nos fundos da edificação, está obrigada a ter suas instalações prediais de esgoto sanitário
ligadas aos referidos coletores públicos, a bem da saúde pública.
Antes de proceder à ligação da instalação predial de esgoto ao coletor público, deverá ser
eliminado o sumidouro existente e examinadas as tubulações para verificar a possibilidade do
aproveitamento parcial ou total.
A rede pública de esgoto não poderá receber direta ou indiretamente águas pluviais ou outros
despejos que possam vir a prejudicar seu funcionamento.
Sempre que ficar constatado, nas edificações em construção, e nas já existentes, que as águas
pluviais são conduzidas para as tubulações de esgoto sanitário e vice-versa, o infrator será
autuado e intimado a regularizar a situação anormal, a sua própria custa, em prazo a ser
fixado, construindo tubulações próprias e independentes para veicular estas águas ao seu
respectivo coletor, ficando o infrator sujeito a multa e suspensão do fornecimento de água até
a regularização da situação.
É vedado escoamento de água de piscinas, direta ou indiretamente, para a rede de esgoto
sanitário. É obrigatória a construção de fossa séptica, dentro do respectivo lote, anterior ao
coletor predial, para tratamento do esgoto primário e proteção da rede coletora pública.
§ 1º- Não sendo possível a construção da fossa séptica dentro do lote, o proprietário deverá
requerer primeiramente junto à Prefeitura Municipal, o alvará para construção da fossa
séptica fora dos limites de sua propriedade.
§ 2º- Para edificações até 150 m2, a fossa séptica seguirá o padrão em vigor de 04/01/93,
sendo que este padrão é o mínimo a ser adotado. Nas edificações acima de 150 m2, a fossa
séptica deverá ser dimensionada de acordo com as normas técnicas da ABNT, constando seu
detalhamento no Projeto de Instalações Hidro-sanitárias.
§ 3º- A fossa séptica deverá ser construída com material de qualidade comprovada, revestida
com material impermeável, em local de fácil acesso, e poderá ser localizada em espaços
cobertos ou descobertos, de tal forma que, suas paredes laterais fiquem afastadas no mínimo
60 cm das faces do terreno circundante, e ainda prever dispositivo para limpeza.
Para cada lote, o esgoto sanitário será lançado através de um único coletor predial, derivado
do coletor público.
Todo prédio cuja instalação sanitária estiver situada abaixo do nível docoletor público e que
não for possível esgotá-lo por gravidade para o coletor público de perfil mais baixo, através de
terrenos vizinhos, deverá ter seus despejos elevados mecanicamente por meio de bombas
centrífugas ou injetoras, para serem descarregados no coletor público do logradouro.
§ 1º- Os despejos dos pavimentos situados acima do nível da via pública serão encaminhados
por gravidade ao coletor público do logradouro.
§ 2º- Para o escoamento através de terrenos vizinhos, o proprietário do terreno vizinho deve
conceder uma autorização por escrito com firma reconhecida para esse fim, e comprovar a
titularidade com uma certidão do registro de imóveis recente, devendo a autorização constar
em averbação no registro do imóvel, lavrada em Cartório.
§ 3º- Será permitida a ligação em diagonal no coletor público do logradouro, nas seguintes
condições:
O efluente das instalações sanitárias situado em nível inferior ao logradouro, referido no artigo
81, deverá convergir por gravidade para uma caixa coletora de onde será recalcados por
bombas centrífugas ou ejetoras e lançado em uma caixa de descompressão em ponto
adequado acima do nível do coletor público do logradouro, e dela será lançado o esgoto por
gravidade no coletor.
§ 1º- A fossa séptica poderá estar localizada antes da caixa coletora, ou poderá servir também
como caixa de descompressão, porém se for necessário a construção da mesma no passeio,
deve-se atender o § 1o do artigo 74.
§ 2º- Para que a fossa séptica funcione também como caixa de descompressão, é necessário
observar as especificações do fabricante da bomba, procurando a informação se é necessária a
separação dos resíduos sólidos do líquido para que a bomba funcione com eficácia.
Se não for necessária esta separação, a fossa séptica poderá servir também como caixa de
descompressão, portanto localizada como ponto final do recalque.
§ 3º- É proibida a ligação da tubulação de recalque diretamente na rede pública.
A caixa coletora terá também a função de poço de sucção, devendo ter a capacidade calculada
de modo a se ter um mínimo de partidas e paradas de bomba. A caixa coletora deverá ser
convenientemente impermeabilizada, ter o fundo inclinado a fim de facilitar o esvaziamento
completo e ser dotada de tampa, com fechamento hermético de forma a proporcionar a
limpeza e/ou manutenção quando se fizer necessário.
§ 1º- A profundidade mínima da caixa coletora será de 1,00m, a contar do nível da tubulação
afluente mais baixa.
§ 2º- A caixa coletora deverá ser convenientemente ventilada por tubo ventilador primário
cujo diâmetro não poderá ser inferior ao da tubulação de recalque.
§ 1º- Poderão ainda ser empregadas peças de inspeção que permitam a limpeza e
desobstrução dos trechos adjacentes.
§ 2º- Nas mudanças de direção vertical para horizontal, será permitido o emprego de curvas de
raio longo.
§ 3º- Quando for absolutamente impossível o emprego da caixa de inspeção, a ligação poderá
ser feita por junção simples de ângulo não superior a 45º.
LOTEAMENTOS NOVOS
Os projetos de saneamento básico dos loteamentos novos, deverão ser apresentados a SAE,
para se verificar a possibilidade de aprovação, conforme disposto no artigo 30. Os projetos
serão executados pelo loteador, às custas do mesmo, sob fiscalização da SAE, e no final deverá
ser entregue o “As Built”. O abastecimento de água potável de loteamentos novos é de
responsabilidade do loteador, que deverá previamente fazer uma consulta à SAE, e se for
necessário, dimensionar e perfurar o(s) poço(s) artesiano(s), e conseguir a outorga junto ao
IGAM (Instituto Mineiro de Águas).
A SAE poderá ou não aprovar o projeto de saneamento básico, a seu juízo, de acordo com
análise do departamento técnico desta Superintendência. As obras de saneamento devem
seguir com exatidão o projeto aprovado pela SAE, e no término estarem funcionamento
perfeitamente.
Qualquer modificação no projeto aprovado pela SAE, que se fizer necessário durante a
execução, deve ter o conhecimento e o parecer favorável do departamento técnico desta
Superintendência.
Todo o sistema de água e esgoto deverá ficar compatível com o sistema atual da SAE, sob às
custas do loteador, inclusive todos os equipamentos de telemetria seguindo o padrão utilizado
pela SAE. A doação da infra-estrutura de água e esgoto feita pelo loteador para a
SAE, quando atendido ao disposto no artigo 97, poderá ser aceita ou não, a critério da SAE.
Parágrafo Único- Para a doação, o loteador requisitará uma vistoria final, e um termo de
recebimento, para que o mesmo possa efetuar a doação através de um termo próprio para
este fim.
8. Referências Bibliográficas
SILVA TELLES, Pedro Carlos. Tubulações Industriais Volumes 1 e 2. Livros Técnicos e Científicos
Editora S/A.
SILVA TELLES, Pedro Carlos e BARROS, Darcy G. de Paula. Tabelas e Gráficos para Projeto de
Tubulações. Editora Interciência Ltda.