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Tubulações Industriais

Bibliografia:

BÁSICA:
• TELLES, Pedro Carlos da Silva. Tubulações Industriais: Cálculo. 9. ed. atual. Rio
de Janeiro: LTC, 2009.
• TELLES, Pedro Carlos da Silva. Tubulações Industriais: Materiais, Projeto,
Montagem. 10. ed. LTC, 2010.

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Cronograma aulas:

28/04/15 Tubulações Industriais;


MAIO
05/05/15
12/05/15
19/05/15
26/05/15
JUNHO
02/06/15 Apresentação trabalho; Capítulos (2; 3; 4; 5/6; 7);
09/06/15 Apresentação trabalho; Capítulos (8; 11; 13; 15; 16);
16/06/15 PROVA II
23/06/15 PROVA DE RECUPERAÇÃO
30/06/15 TDE

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Tubulações Industriais

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Tubulações Industriais

 Tubulação: conjunto de tubos e seus diversos acessórios, formando uma linha


para a condução de fluidos;

 Interligam equipamentos ou sistemas de um processo (vasos de pressão,


tanques, bombas, caldeiras etc);

 As tubulações são necessárias pois os pontos de geração ou de armazenagem


dos fluídos, geralmente, estão distantes do seu ponto de utilização;

 As tubulações são usadas para todos os materiais capazes de escoar;

Todos os fluidos, líquidos ou gases, materiais pastosos e fluidos com sólidos em


suspensão, independente da variação de pressões e temperaturas usuais na
indústria;

 As tubulações são de grande importância na indústria, pois todas as indústrias


têm redes de tubulações de maior ou menor importância, e quase todas essas
redes são essenciais ao funcionamento da indústria. 5
Tubulações Industriais
Classificação Quanto ao Emprego e Quanto ao Fluido Conduzido

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Tubulações Industriais

 Tubulações de processo: constituem a finalidade básica da indústria, ou seja,


processamento, armazenamento ou distribuição de fluidos;

Tubulações de óleos em refinarias, terminais e instalações de armazenagem, distribuição


de produtos derivados do petróleo, tubulações de vapor em centrais termoelétricas, etc.;

 Tubulações de utilidade: são tubulações auxiliares, em indústrias onde a principal


atividade é o processamento, armazenamento, ou em outras aplicações;

Empregadas na indústria de aquecimento, refrigeração, vapor, tubulações de redes de


água doce, ar comprimido, entre outras;

 Tubulações de instrumentação: são usadas na transmissão de sinais de ar comprimido


para as válvulas de controle e instrumentos automáticos; não são utilizadas para
transporte de fluido;

 Tubulações de transmissão hidráulica: são tubulações de líquidos sob pressão para


comandos servo mecânicos hidráulicos;

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Tubulações Industriais

 Tubulações de drenagem: são destinadas a coletar e conduzir a um destino conveniente


os diversos efluentes fluidos de uma instalação industrial;

 Tubulações de transporte: são usadas para transporte de líquidos e de gases à longa


distância fora de instalações industriais;

 Tubulações de distribuição: são redes ramificadas fora das instalações industriais. Estas
distribuem água, vapor, etc, quando o fluxo se dá em direção às extremidades dos ramais
e de coleta.

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Tubulações Industriais

Classificação das Tubulações Industriais Quanto ao Fluido Conduzido:

 Tubulações para Água: doce e salgada;

 Tubulações para Vapor: Vapor superaquecido; saturado; Condensado; etc.

 Tubulações para Óleos: petróleo; óleos vegetais; etc.

 Tubulações para Ar;

 Tubulações para Gases;

 Tubulações para Esgotos e Drenagem;

 Tubulações para Fluidos Diversos.

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Tubulações Industriais
Principais materiais para tubos:

Ferro Fundido

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Tubulações Industriais
Principais materiais para tubos:

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Tubulações Industriais

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PROCESSOS DE FABRICAÇÃO DOS TUBOS

Laminação

Processo mais importante para a fabricação de tubos sem costura, utilizados para a
fabricação de tubos de aço-carbono, aços ligas, aços inoxidáveis, com diâmetros de 80 até
650 mm. Processo de Mannesmann:

1º) Um lingote cilíndrico de aço, com o diâmetro externo aproximado do tubo, é aquecido a
uma temperatura de 1200ºC posteriormente passa por um laminador obliquo;
2º) O laminador tem dois rolos, o lingote é colocado entre os dois rolos que o prensam,
permitindo um movimento helicoidal de rotação e translação. O lingote é pressionado
contra uma ponteira cônica que se encontra entre os rolos. A ponteira abre um furo no
centro do lingote, transformando-o num tubo;
3º) Nessa primeira operação o tubo fica com uma parede muito grossa, a ponteira é retirada
e o tubo ainda quente é levado para um segundo laminador com uma ponteira com
diâmetro um pouco maior. O tubo então tem as paredes reduzidas aumentando assim seu
comprimento.
4º ) Tubo passa por uma máquina desempenadora;
5º) O tubo sofre operações de calibragem dos diâmetros, interno e externo e alisamento de
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ambas as superfícies.
PROCESSOS DE FABRICAÇÃO DOS TUBOS

Laminação

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PROCESSOS DE FABRICAÇÃO DOS TUBOS

Extrusão: um tarugo cilíndrico maciço de material, estado pastoso, é colocado em


um recipiente de aço debaixo de uma prensa. Em uma única operação, realizam-se
as seguintes fases:

1º) O êmbolo da prensa, cujo diâmetro é o mesmo do tarugo, encosta-se no tarugo;

2º) O mandril acionado pela prensa fura completamente o centro do tarugo;

3º) O embolo empurra o tarugo, obrigando o material a passar pelo furo de uma
matriz calibrada e por fora do mandril, formando um tubo;

 Operação realiza-se a 1200ºC, as prensas são verticais, os esforços das prensas


podem chegar a 1500 toneladas.

 Os tubos são levados ainda quentes a um laminador de rolos para redução do


diâmetro. Posteriormente, vão para outros laminadores onde são
desempenados, sofrendo também ajustes de diâmetros e espessura das paredes.
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 Esse processo possibilita a fabricação de tubos com diâmetros abaixo de 80 mm.
PROCESSOS DE FABRICAÇÃO DOS TUBOS

Fabricação de Tubos por Extrusão 16


PROCESSOS DE FABRICAÇÃO DOS TUBOS

Fundição

 O material do tubo no estado líquido é despejado em moldes especiais onde


se solidifica adquirindo a forma final do tubo;

 Através deste processo, fabricam-se tubos de ferro fundido e alguns aços


especiais;

 Na fundição centrifuga utiliza-se uma força produzida pela rotação do molde


e do metal nele contido;

 O processo consiste fundamentalmente em vazar-se metal líquido em um


molde dotado de movimento rotativo;

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PROCESSOS DE FABRICAÇÃO DOS TUBOS

Tubos com Costura

 Fabricam-se tubos de aço-carbono, aço-liga, aços inoxidáveis e ferro forjado,


em toda faixa de diâmetros usuais na indústria;

 Existem duas disposições da costura soldada: longitudinal e helicoidal, sendo a


longitudinal a mais utilizada;

 A soldagem é feita automaticamente, sendo que existem vários processos de


soldagem, porém os mais utilizados são o arco submerso e a solda por
resistência elétrica sem adição de material;

OBS:
Em geral, tubos com costura são quase sempre de qualidade inferior aos sem
costura, mas o seu uso é bastante generalizado por serem geralmente mais
baratos.
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PROCESSOS DE FABRICAÇÃO DOS TUBOS

Tubos com Costura

Fabricação de tubos a partir de bobinas de chapa

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LIGAÇÕES ROSQUEADAS

 DOMICILIARES
 INDUSTRIAIS SECUNDÁRIAS
•  CUSTOS
• FÁCIL EXECUÇÃO E DESMONTAGEM
•  D  4”
• VAZAMENTOS
•  RESISTÊNCIA MECÂNICA

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 Compostos por dois flanges, um jogo de parafusos com porcas e uma junta de
vedação;
 Facilmente desmontáveis e são empregadas em tubos de 2” ou maiores.
Utilizadas na ligação de tubos com válvulas e equipamentos.

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 Ligações de ponta e bolsa: sistema antigo, usado em tubos de água, esgoto,
gás, tubulações de concreto simples ou armado;

 Permitem um pequeno movimento angular entre um tubo e outro;

 Utilizada para líquidos até 1,5 MPa e para gases até 0,1 MPa de pressão. 24
SISTEMAS DE LIGAÇÃO PARA TUBULAÇÕES DE AÇO

LIGAÇÕES ROSQUEADAS
DIÂMETROS ATÉ 4”
COM LUVAS
SERVIÇOS NÃO-
SEVEROS
DIÂMETRO DE 6” OU
LIGAÇÕES SOLDA DE TOPO
MAIORES
CORRENTES AO
LONGO DA
LIGAÇÕES DE SOLDA DE
TUBULAÇÃO DIÂMETRO ATÉ 1½”
ENCAIXE COM LUVAS
SERVIÇOS SEVEROS
DIÂMETROS DE 2” OU
SOLDA DE TOPO
MAIORES

LIGAÇÕES ROSQUEADAS
DIÂMETROS DE 4”
COM UNIÕES
SERVIÇOS NÃO-
SEVEROS
LIGAÇÕES FLANGEADAS
LIGAÇÕES NOS DIÂMETRO DE 6” OU
(FLANGES ROSQUEADOS OU
EXTREMOS DA MAIORES
SOBREPOSTOS)
TUBULAÇÃO, OU
ONDE FOR EXIGIDA
FACILIDADE DE LIGAÇÕES DE SOLDA DE
DESMONTAR DIÂMETROS ATÉ 1½” ENCAIXE COM FLANGES DE
ENCAIXE
SERVIÇOS SEVEROS
DIÂMETROS DE 2” OU LIGAÇÕES FLANGEADAS
MAIORES (FLANGES DE PESCOÇO)
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CONEXÕES DE TUBULAÇÃO

 Conexões são classificadas de acordo com as finalidades: para realizar mudanças


de direção em tubulações usam-se curvas de raio longo, curvas de raio curto,
joelhos, curvas de redução;

 Para fazer derivações em tubulações utiliza-se: tês (90 e 45º), tês de redução,
peças em y, colares, cruzetas;

 Ao realizar mudanças de diâmetro usam-se: reduções concêntricas, excêntricas,


buchas;

 Para fazer fechamento da extremidade é usado, tampões e bujões;

 Para fazer a ligação de tubos entre si, usam-se: uniões, luvas, flanges, niples.

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CONEXÕES DE TUBULAÇÃO
Sistemas de Ligação

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CONEXÕES DE TUBULAÇÃO

 Possuem um chanfro apropriado na extremidade para soldagem direta dos tubos.


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CONEXÕES DE TUBULAÇÃO

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VÁLVULAS

 São usadas para estabelecer, controlar e interromper o fluxo em uma tubulação:

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VÁLVULAS

Entre as válvulas mais importantes podem ser citadas:

 Válvulas de Bloqueio (estabelecem ou interrompem o fluxo):


Válvulas de gaveta
Válvulas de esfera
Válvulas de comporta
 Válvulas de Regulagem (controlam o fluxo):
Válvulas globo
Válvulas de controle
Válvulas de diafragma
 Válvulas que Permitem o Fluxo em um só sentido:
Válvulas de retenção
Válvulas de pé
 Válvulas que Controlam a Pressão de Montante:
Válvulas de segurança e de alívio
Válvulas de excesso de vazão
 Válvulas que Controlam a Pressão de Jusante:
Válvulas redutoras e reguladoras de pressão.
VÁLVULAS

 VANTAGENS
 CUSTO
 VEDAÇÃO
 PERDA DE CARGA
 OPERAÇÃO MAIS FÁCIL
 DESVANTAGENS
 GOLPE DE ARIETE
 NÃO SÃO A PROVA DE FOGO
Válvulas de esfera
VÁLVULAS
Válvulas globo

 REGULAGEM

  PERDAS DE CARGA

  VEDAÇÃO

 D  8” (diâmetros pequenos)
VÁLVULAS

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VÁLVULAS

 Válvulas de segurança: fluidos compressíveis (gases e vapores), aliviando o


excesso de pressão de forma rápida e instantânea;

 Válvulas de alívio: fluidos incompressíveis (fluidos no estado líquido). Abertura


proporcional ao aumento de pressão ao qual ela está instalada e após ser
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atingida a pressão de ajuste.
VÁLVULAS

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Meios de Operação das Válvulas

Manuais:
 Mais usadas;
 Baixo custo;
 Usam volantes,
engrenagens, parafuso sem-
fim para seu funcionamento.

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VÁLVULAS

 As válvulas motorizadas: são as


que necessitam de uma força
motriz externa (não manual), para
funciona;

 São pneumáticas, hidráulicas ou


elétricas;

 As elétricas são usadas quando se


necessita de rapidez, em situações
onde é grande a distância entre o
local emissor e receptor.
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VÁLVULAS

 Válvulas automáticas: são


autossuficientes, dispensam
a ação externa para seu
funcionamento;

 Usam o próprio fluído por


diferença de pressões
geradas no escoamento, ou
funcionam através de molas e
contrapesos. 40
VÁLVULAS

Fatores que influenciam na seleção das válvulas:

 Finalidade da válvula (bloqueio, retenção, regulagem, etc.);


 Natureza e estado físico do fluído;
 Condições de corrosão, erosão, depósitos de sedimentos, presença de sólidos;
 Pressão e temperatura;

Ou ainda necessidade de:

 Fechamento rápido;
 Operação frequente;
 Comando remoto;
 Comando automático;
 Custo;
 Espaço disponível. 41
Juntas de Expansão

 Peças deformáveis que absorvem total ou parcialmente as dilatações


provenientes das variações de temperatura, pressão;

 Impedem a propagação de vibrações ou esforços mecânicos;

Basicamente existem dois tipos de juntas de expansão:

 Juntas de telescópio: dois tubos concêntricos que deslizam um sobre o outro,


cada um ligado a um dos extremos da junta;

Absorvem somente movimentos axiais, e são empregadas principalmente em


tubulações de vapor de baixa pressão;

 Juntas de fole: consiste em um fole com uma série de gomos feitos de chapa
fina. Não há risco de vazamentos, sua manutenção é bem menor, comparando-
se com as juntas de telescópio;

Podem ser utilizadas em serviços severos e com fluídos perigosos, permitindo


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qualquer tipo ou combinação de movimentos.
Juntas de Expansão

Movimentos das juntas de expansão.

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PURGADORES DE VAPOR

 Purgadores de vapor: são dispositivos que separam e eliminam o


condensado formado nas tubulações de vapor e aparelhos de aquecimento,
sem deixar escapar o vapor;

Justificativas para o emprego:


1. Eliminação do condensado formado nas tubulações de vapor (evitar erosão,
corrosão etc.);
2. Reter o vapor em equipamentos aquecidos deixando sair apenas o
condensado.

EXEMPLO:
Em qualquer tubulação de vapor, o condensado sempre se forma no período de
entrada em operação, quando o sistema está frio, ou quando o sistema é tirado
de operação, pois o vapor se condensa aos poucos no interior da tubulação.
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PURGADORES DE VAPOR

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Filtros

Duas Classes:
1. Filtros Provisórios;
2. Filtros Permanentes.

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Filtros

Elementos Filtrantes:
1. Grades metálicas, chapas perfuradas, telas metálicas (filtragem grosseira de
líquidos);
2. Telas finas, feltros, porcelana, papel (filtragem fina de líquidos);
3. Palhas metálicas, feltro, camurça (filtragem de gases).

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POR QUE USAR FILTROS?

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Suportes de Tubulações

 Fixos
Destinados a sustentar os pesos  Semimóveis
 Móveis (Suportes de mola e suportes de
contrapeso)

 Dispositivo de fixação total (Ancoragem).


 Dispositivos que permitem movimento em
Destinados a limitar os apenas uma direção (Guias)
movimentos dos tubos  Dispositivos que impedem o movimento em um
sentido (Batentes)
 Dispositivos que impedem os movimentos
laterais (Contraventos)

Dispositivos que absorvem as vibrações (Amortecedores)

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Suportes de Tubulações
Cargas que atuam sobre o suporte:
1. Pesos:
1. Peso próprio dos tubos e acessórios;
2. Peso do fluido contido;
3. Peso do isolamento térmico (se houver);
4. Sobrecargas (peso de outros tubos, pessoas, plataformas, estruturas, etc.);
2. Forças de atrito;
3. Cargas consequentes de dilatação térmica dos tubos;
4. Cargas devidas a ações dinâmicas (golpes de aríete, aceleração do fluido
circulante, vento, etc.).

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Suportes de Tubulações

Suportes Fixos Suportes de Mola


Dimensionamento do Diâmetro da tubulação

Da vazão necessária;
Das diferenças de cota existentes;
Na maior parte dos Das pressões disponíveis;
casos é um Das velocidades e perdas de carga admissíveis;
problema
Da natureza do fluido;
hidráulico, logo,
Do material da tubulação;
depende:

Função do diâmetro do bocal do equipamento (tubos curtos);


Exceções: Função estrutural (vão entre os suportes) vazões pequenas.;
 O cálculo é feito por aproximações sucessivas;
 Como função da velocidade e/ou perda de carga admissível.
Dimensionamento do Diâmetro da tubulação
 Como dito anteriormente, o dimensionamento do diâmetro é sempre feito por
aproximações sucessivas, tanto em função da velocidade como das perdas de
carga;

 Em ambos os casos, arbitra-se primeiro um valor para o diâmetro e verifica-se


se a velocidade esta dentro dos limites das denominadas “velocidades
econômicas” (valores tabelados) para o fluído em questão;

 Ou se a perda de carga total tem um valor compatível com a energia


disponível;

OBS:

 E prática corrente em instalações industriais adotar-se o diâmetro nominal de


1” como valor mínimo do diâmetro para tubulações de processo e utilidade;
 Não importando os valores que se tenha para vazões e perdas de carga.
Dimensionamento do Diâmetro da tubulação

Pontos Importantes:

1. QUANTO MAIOR A PERDA DE CARGA MAIOR A ENERGIA PERDIDA;


2. PARA DIMINUIR A PERDA DE CARGA É PRECISO AUMENTAR O DIÂMETRO
(aumenta o custo da tubulação);
3. RESULTA EM UM PROBLEMA ECONÔMICO.

Métodos para obtenção do diâmetro econômico:

 Pela velocidade econômica;


Pela perda de carga.

OBS:
É necessário evitar velocidades acima das recomendadas, pois causam: vibração,
erosão, aumento da perda de carga e barulho excessivo.
Tubulações Industriais
VELOCIDADES ECONÔMICAS

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Tubulações Industriais

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Tubulações Industriais

Observações gerais:

 Quanto maior for o diâmetro, maior será o custo inicial da tubulação;

 Em compensação, menores serão as perdas de carga e a velocidade do fluido


para uma determinada vazão;

 Portanto deve-se ter um custo inicial razoável e por consequência, razoáveis


valores de perda de carga e velocidade;

 Perdas de carga com valor elevado representam energia perdida e


velocidades elevadas, podendo causar, erosão, abrasão, vibrações, ruídos etc.

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Tubulações Industriais

Observações gerais:

 Por outro lado, velocidades muito baixas causam corrosão e depósitos de


materiais sólidos na tubulação;

 Cálculo em função da velocidade é mais simples;

 Usado em tubulações de pequeno comprimento, principalmente quando


tiver muitos acidentes (válvulas, meios de ligação, conexões etc.), causadores
de perdas secundárias;

 Tubulações curtas: a perda de carga não é um fator preponderante;

 Neste caso, considerar perda de carga (tubulações curtas), resulta em um


diâmetro muito pequeno, consequentemente uma velocidade muito elevada.

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Cálculo do diâmetro
Tubulações Industriais

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Cálculo do diâmetro
Tubulações Industriais Quanto a perda de carga

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Tubulações Industriais
Perdas de Carga

 Para tubulações longas, ou outras tubulações que, pela sua complexidade,


importância ou outro fator particular, seja razoável supor que as perdas de
carga sejam preponderantes;

 Desta forma, o dimensionamento do diâmetro deve ser baseado no cálculo


destas perdas de carga;

 Perdas de carga:

Energia perdida, traduz-se por uma gradual diminuição da pressão do fluído,


que vai caindo de ponto para ponto quando se percorre a tubulação no sentido
do escoamento.

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Cálculo do diâmetro em Função das Perdas de Carga

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Cálculo do diâmetro em Função das Perdas de Carga

Onde:

Pa = pressão no nível livre de montante (será a pressão atmosférica ou a pressão do


reservatório de sucção);

NPSH = valor mínimo que deverá ter a energia do líquido entrando na bomba, para evitar a
ocorrência de cavitação (fornecido pelo fabricante);

Pv = pressão de vapor no líquido na temperatura máxima de operação;

γ = peso específico do líquido;


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H1 e H2 = cotas da tubulação;
Cálculo do diâmetro em Função das Perdas de Carga

NPSH = valor mínimo que deverá ter a energia do líquido entrando na


bomba,
para evitar a ocorrência de cavitação (fornecido pelo fabricante);

Net Positive Suction Head:

Carga líquida positiva de sucção ou apenas carga positiva de sucção. É a energia


(carga) medida em pressão absoluta disponível na entrada de sucção de uma
bomba hidráulica. O parâmetro NPSH mostra a diferença entre a pressão atual de
um líquido em uma tubulação e a pressão de vapor do líquido a uma dada
temperatura;

NPSH é um importante parâmetro a ser levado em conta quando desenhando-se


um circuito: quando a pressão do líquido cai abaixo da pressão de vapor,
a vaporização do líquido ocorre, e o efeito final será a cavitação: bolhas de vapor
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Cálculo do diâmetro em Função das Perdas de Carga
podem reduzir ou parar o fluxo de líquido.

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Tubulações Industriais

Para produzir a maior perda de carga!!

Para líquidos

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Tubulações Industriais

Observações gerais:

 Entre os diâmetros comerciais existentes, o diâmetro ideal será aquele que


resultar em um valor de J (perda de carga) imediatamente inferior ao valor das
expressões (I) e (II);

 Diâmetro arbitrado insuficiente: necessário repetir os cálculos considerando


um diâmetro maior;

 Diâmetro arbitrado superdimensionado: repetir os cálculos, experimentando


um diâmetro menor (apenas quando a diferença entre os valores de J e das
expressões (I) e (II) for grande;

 Pode-se resolver o problema apenas com o aumento do valor negativo da


diferença H1 – H2. Solução mais econômica e prática.

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Tubulações Industriais

Número de Reynols

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Perdas de carga em acidentes

 As formulações anteriores considerou que a tubulação é inteiramente reta, de


mesmo diâmetro em toda a extensão, sem nenhuma conexão, válvula,
derivação ou outro qualquer acidente;

 Quaisquer desses acidentes causam novas perdas de carga de natureza


diferente das causadas pelo simples atrito nos tubos retos;

 Estas perdas (chamadas de secundárias), são causadas pela mudança de


direção, acelerações, turbilhonamento etc.

OBS:

 AS PERDAS DE CARGAS EM ACESSÓRIOS E EM DERIVAÇÕES (Perdas


secundárias) SÃO OBTIDAS EXPERIMENTALMENTE;

 PARA CADA TIPO E TAMANHO DE ACIDENTE TEM-SE UM COMPRIMENTO


EQUIVALENTE DE TUBO RETO DE MESMO DIÂMETRO.
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Perdas
de carga
em
Acidente
s

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Perdas de carga (m) em Acidentes: Tubo de Aço

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