Você está na página 1de 16

INSTITUTO POLITÉCNICO DO SOYO

TRABALHO INVESTIGATIVO DE TUBULAÇÃO INDUSTRIAL


TEMA: FABRICAÇÃO DE TUBOS E ACESSÓRIOS INDUSTRIAIS

CLASSE: 11ª
TURMA:
CURSO: P. GÁS

Docente
_______________________
INSTITUTO POLITÉCNICO DO SOYO
TRALHO INVESTIGATIVO TUBULAÇÃO INDUSTRIAL

INTEGRANTES DO GRUPO
1.
Introdução

A fabricação dos tubos é realizada há diversos anos e, devido a evolução tecnológica –


atualmente – é possível fabricar este item das mais variadas maneiras. Isso sem mencionar
que o item também ganhou formatos distintos, podendo ser encontrados até em modelos
quadriculados, arrendondados, curvos, etc.
Nesse cenário, uma Caldeiraria industrial, por exemplo, é um dos espaços em que muitos
materiais industriais e peças de metal são fabricadas e soldadas por meio de equipamentos
de alta precisão.
Não diferente disso, operações semelhantes acontecem nas usinas.
No entanto, independente da área industrial, a fabricação dos tubos, sejam eles
galvanizados ou não, é um processo extremamente importante.
Na prática, um material como um Tubo aço carbono pode ter aplicações variadas que vão
desde o suporte nas tubulações industriais até mesmo a composição de equipamentos e
conexões importantes em máquinas industriais.
DESENVOLVIMENTO

FABRICAÇÃO

Há duas opções diferentes para a fabricação de tubos industriais, ou seja, há os tubos com
costura e sem costura. Contudo, vale lembrar que os métodos de fabricação escolhidos não
resultam em qualidades diferentes do produto.
– Tubos sem costura: quando o tubo é fabricado sem emendas longitudinais ou
transversais, podendo recorrer a quatro tipos de processos industriais em sua fabricação, ou
seja, a fundição, forjamento, extrusão e laminação.
Fundição: por esse processo são fabricados tubos de ferro fundido, de barro, borrachas,
concretos, etc. O tubo é fabricado por meio de um molde no qual o material é despejado em
estado líquido.
Forjamento: esse é um processo que não tem muita aplicação. Um lingote de aço aquecido
ao rubro é martelado contra um mandril central, até que a forma e a espessura desejada
sejam obtidas. Durante a martelagem, o lingote vai aumentando o comprimento.
Extrusão: são fabricados tubos de pequenos diâmetros, como os de alumínio, cobre,
chumbo e plástico. O material em estado pastoso é pressionado por êmbolo através de um
furo de uma matriz e por fora do mandril. Após essa operação, o tubo, ainda curto, passa
por laminadores que vão dando as formas e dimensões definitivas.

Laminação: É o processo de fabricação mais importante dos tubos sem costura, que
consiste em passar um lingote de aço aquecido a 1200°C num laminador. O lingote, ao
passar entre os rolos do laminador, é prensado fortemente, ao mesmo tempo que um
mandril abre um furo, transformando-o em tubo.

– Tubos com costura:já os tubos com costura são aqueles fabricados a partir do processo
de soldagem, com chapas enroladas. Embora esses tubos possuam menos resistência que os
seum costura, são os de uso mais frequente, devido ao baixo custo e à facilidade de
processo de soldagem. Os tubos podem ser fabricados ao enrolar uma chapa em espiral e,
posteriormente, soldar a emenda (em espiral);ou então ao enrolar (por calandragem) a
chapa no sentido longitudinal e soldando a emenda (longitudinal).
Extremidade dos tubos
Deviso ao posicionamento dos equipamentos, os tubos acabam enfrentando diversos
obstáculos como mudar de direção, de nível, se interligarem ou se conectarem a outros
equipamentos. Por isso, os fabricantes fornecem quatro tipos diferentes de extremidades.
– Extremidade lisa: permite uniões com bolsa, flanges sobrepostos ou de encaixe de bolsa.
– Extremidade biselada: usada em uniões com solda de topo.
– Extremidade rosqueada: é muito usada em tubos galvanizados de ferro forjado e de aço,
permitinod, no máximo, 4” de diâmetro nominal. As roscas utilizadas são normalmente
cônicas NPT ou roscas de gás BS. Não são extremidades recomendadas para temperaturas
elevadas.
– Extremidade com bolsas: é de uso restrito a condutos de água, esgoto e a alguns produtos
corrosivos.
A partir desses dados, para se definir um tubo, é preciso levar em conta as seguintes
informações: diâmetro nominal, número de série, tipo de extremidade, processo de
fabricação, especificação do material, tipo de acabamento ou revestimento e quantidade
(quantidade total em unidade de comprimento ou em peso).

APLICAÇÕES INDUSTRIAIS
– Tubos de aço-carbono:representando 90% dos tubos industriais, a preferência por utilizar
esse tipo de material é dada pelo baixo custo, pela excelente qualidade mecânica e pela
facilidade em soldar e conformar. Geralmente, é utilizado para o transporte de água doce,
vapor, condensado, ar comprimido, óleo, gases e muitos outros fluidos pouco corrosivos.

Além desses dados, é necessário saber que há aços-carbono especiais para baixa
temperaturas, que levam menos carbono e mais manganês. E para temperatras abaixo de 0°
e acima de 400° recomenda-se a utilização do aço-carbono acalmado (1% de Si).
De um modo geral, o aço-carbono apresenta pouca resistência à corrosão, porém, esses
resíduos da corrosão não são tóxicos, mas podem alterar o gosto ou a cor do fluido
transportado.
Os tubos de aço-carbono são comercializados sem tratamento (tubo preto) ou protegidos
com revestimentode zinco depositado a quente (tubo galvanizado).
– Tubos de aços-liga e açosinoxidáveis:antes de mais nada, aços-ligasão todos aqueles aços
que contêm outros elementos, além daqueles que compõem o aço-carbono. Enquanto que
os aços inoxidáveis são os que contêm pelo menos 12% de Cr, o que permite que não haja
enferrujamento do material, mesmo em grande exposição à atmosfera normal. Também
podem ser dividos em austenítico (não magnéticos) e em ferrítico (magnéticos).
Acessórios de Tubulação

Classificação dos Acessórios de Tubulação

Podemos dar a seguinte classificação de acordo com as finalidades


e tipos dos principais acessórios de tubulação:
Finalidades Tipos
Curvas de raio longo
1. Fazer mudanças de Curvas de raio curto
direção em tubulações Curvas de
redução de 22 ½º 45º, 90º e 180º.
Joelhos (elbows)

Joelhos de redução

Tês normais (de 90º)


Tês de 45º
Tês de redução
2. Fazer derivações em Peças em “Y” tubulações
Cruzetas (crosses)
Cruzetas de redução
Selas (saddles)
Colares (sockolets, Weldolets etc.)
Anéis de reforço

3. Fazer mudanças de Reduções


concêntricas diâmetro em tubulações
Reduções excêntricas

Reduções bucha

Luvas (couplings)
4. Fazer ligações de tubos Uniões
Esses dois tipos de materiais sãobem mais caros que os aços-carbono, além de a montagem
no geral ser bem mais difícil e cara. Dado isso, feralmente o seu emprego se dá em casos de
altas temperaturas, de baixas temperaturas,de alta corrosão, quando há necessidade de não-
contaminação e de segurança.

NORMAS TÉCNICAS PARA TUBOS DE AÇO INDUSTRIAIS

ABN
• NBR 6591
– tubos de aço carbono, com costura, para fins estruturais e industriais em geral, sem
exigências de propriedades mecânicas ou acabamento, porém com propriedades químicas
definidas.
– fornecidos em seção circular, quadrada ou retangular.
• NBR 8261
– similar à norma astm a-500;
– tubos de aço carbono, com ou sem costura, formados a frio, destinados a aplicação em
estruturas soldadas, parafusadas ou rebitadas.
– fornecidos em seção circular, quadrada ou retangular;
– fornecidos nos graus a, b e c, que se diferenciam por sua composição química, tratamento
térmico e propriedades mecânicas de acordo com os valores das tabelas abaixo:
• NBR 5580
– similar à norma din 2440;
– tubos de aço carbono de seção circular, para usos comuns na condução de fluidos não-
corrosivos;
– fornecidos nas classes l (leve), m (médio) e p (pesado); com solda longitudinal por alta
frequência, com ou sem revestimento de zinco. possui propriedades químicas e mecânicas
definidas.
– todos os tubos de aço carbono fornecidos nesta norma, devem ser submetidos ao ensaio
de pressão hidrostática, devendo ser submetido a uma pressão de 5mpa durante um tempo
mínimo de 5 segundos.
• NBR 5590
– similar à astm a-53.
– tubos de aço carbono de seção circular, com ou sem costura, pretos ou galvanizados por
imersão a quente, para condução de fluidos com requisitos de qualidade.
– fornecidos nos graus a e b, sendo o grau a apto a ser dobrado e flangeado; e grau b
podendo sofrer flangeamento e dobramento limitados. possui propriedades químicas e
mecânicas definidas.
– fornecidos com ou sem rosca, com extremidades lisas ou biseladas.
ASTM
• ASTM A53
– Similar à norma brasileira NBR 5590;
– Tubos de aço carbono de seção circular, com ou sem costura, pretos ou galvanizados por
imersão a quente, para condução de fluidos. Possui propriedades químicas e mecânicas
definidas.
– Fornecidos nos graus A e B, sendo o grau A apto a ser dobrado e flangeado; e grau B
podendo sofrer flangeamento e dobramento limitados.
– Fornecidos com ou sem rosca, com extremidades lisas ou biseladas.
• ASTM A106
– Tubos de aço carbono de seção circular, sem costura, pretos ou galvanizados por imersão
a quente, para condução de fluidos em altas temperaturas – até 470ºC. Possui propriedades
químicas e mecânicas definidas.
– Fornecidos nos graus A e B, sendo o grau A apto a ser dobrado e flangeado; e grau B
podendo sofrer flangeamento e dobramento limitados. Possui propriedades químicas e
mecânicas definidas.
• ASTM A120
– Norma cancelada em seu instituto de origem no ano de 1987; sendo substituída pela
norma ASTM A53;
– Tubos de aço carbono pretos ou galvanizados por imersão a quente, para condução de
fluidos ordinários.
• ASTM A178
– Tubos de aço carbono de seção circular, com costura, para utilização em caldeiras,
serpentinas de aquecimento, evaporadores, geradores de vapor, condensadores, pré-
aquecedores e condução de gases similares, fornecidos em vários graus de matéria-prima.
– Podem ser submetidos a deformações a frio, como flangeamento, dobramento, sem
necessidade de aquecimento das pontas;
– Todos os materiais nesta norma são submetidos ao ensaio hidrostático durante um tempo
mínimo de 5 segundos;
– São fornecidos com propriedades químicas e mecânicas definidas.
• ASTM A214
– São tubos de aço carbono de seção circular, com costura, indicados para uso em
trocadores de calor, condensadores, caldeiras e outros aparelhos similares de transferência
de calor;
– Estes tubos de aço são aptos para serem trabalhados a frio, em operações tais como
flangeamento, dobramento, achatamento, ovalização, confecção de serpentinas, aletamento,
dentre outros;
– Todos os tubos de aço fornecidos nesta norma, são tratados termicamente em temperatura
superior a 650ºC, o que garante uniformidade de dureza (máx. 72 RB) e superfícies interna
e externa limpas;
– Todos os materiais nesta norma são submetidos ao ensaio hidrostático durante um tempo
mínimo de 5 segundos.
• ASTM A500
– Similar à norma brasileira NBR 8261;
– Tubos de aço carbono, com ou sem costura, formados a frio, destinado a aplicação em
estruturas soldadas, parafusadas ou rebitadas;
– Fornecidos em seção circular, quadrada ou retangular;
– Fornecidos nos graus A, B e C, que se diferenciam por sua composição química,
tratamento térmico e propriedades mecânicas.
DIN
• DIN 2440
– Similar à norma brasileira NBR 5580;
– Tubos de aço carbono de seção circular, com costura, para usos comuns na condução de
fluidos não-corrosivos;
– Fornecidos nas classes L (Leve), M (Médio) e P (Pesado); com ou sem solda longitudinal
por alta frequência, com ou sem revestimento de zinco. Possui propriedades químicas e
mecânicas definidas;
– Todos os tubos de aço carbono fornecidos nesta norma devem ser submetidos ao ensaio
de pressão hidrostática, devendo ser submetido a uma pressão de 5MPa durante um tempo
mínimo de 5 segundos.
• DIN 2391
– Tubos de aço de precisão, trefilados, fornecidos na seção circular, sem costura, com
tolerâncias dimensionais restritas, com propriedades mecânicas definidas.
– As aplicações destes tubos de aço são determinadas pelas características de elevada
precisão dimensional nos diâmetros externo e interno e sua superfície lisa devido ao
processo de trefilação ao qual são submetidos.
– Fornecidos nos graus A (sem exigências especiais ou certificados de inspeção), B (com
exigências e testes específicos) e C (outros tipos de aço, propriedades mecânicas ou estados
de fornecimento não enquadrados nos graus anteriores);
– Estes tubos podem também ser fornecidos nos estados:
a) Trefilado duro (BK) – não há tratamentos térmicos após a última deformação a frio;
b) Trefilado macio (BKW) – após o último tratamento térmico, estes tubos de aço sofrem
leve redução a frio;
c) Recozido (GBK) – após a última deformação a frio, os tubos são recozidos em forno de
atmosfera controlada;
d) Normalizado (NBK) – Os tubos são tratados termicamente acima da zona crítica em
forno de atmosfera controlada.
• DIN 2393
– Tubos de aço de precisão, trefilados, com costura, fornecidos na seção circular, com
tolerâncias dimensionais restritas, com propriedades mecânicas definidas;
– São utilizados para fins mecânicos ou em equipamentos hidráulicos, que exigem grande
exatidão dimensional. São tubos de aço onde se garante boa qualidade de superfície,
adequada para receber outros tratamentos posteriores (como revestimentos em Ni ou Cr);
– Estes tubos podem também ser fornecidos nos estados:
a) Trefilado duro (BK) – não há tratamentos térmicos após a última deformação a frio;
b) Trefilado macio (BKW) – após o último tratamento térmico, estes tubos de aço sofrem
leve redução a frio;
c) Recozido (GBK) – após a última deformação a frio, os tubos são recozidos em forno de
atmosfera controlada;
d) Normalizado (NBK) – Os tubos são tratados termicamente acima da zona crítica em
forno de atmosfera controlada.
• DIN 2394
– Tubos de aço de exatidão dimensional, laminados direto de máquina formadora, com
costura, fornecidos na seção circular, com tolerâncias dimensionais restritas, com
propriedades mecânicas definidas;
– São tubos de aço largamente utilizados na indústria de auto-peças, indústria moveleira,
indústria de bicicletas, dentre outras.
• DIN 2458
– Tubos de aço fornecidos na seção circular, laminados direto de máquina formadora, com
costura, com rebarba interna obrigatoriamente removida;
– São tubos de aço utilizados em evaporadores, aquecedores, condutores de gases e de
superaquecedores, fornecidos em aço SAE 1008/1012, sem especificação de análise.
– São tubos tratados termicamente, permitindo deformações a frio, tais como
mandrilhamento, dobramento, flangeamento ou conificação.
API
• API 5L
– Tubos de aço fornecidos com ou sem costura, utilizados na na condução de petróleo, bem
como seus produtos relacionados em refinarias, indústria petroquímicas, como água, gás
natural e outros gases;
– Fornecidos com extremidades biseladas, principalmente nos graus A e B. Outros graus de
aço, podem ser estudados para estes tubos.

Você também pode gostar