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INSTITUTO POLITÉCNICO DO SOYO

TRABALHO INVESTIGATIVO
TEMA: PIG INDUSTRIAL

CURSO: PROCCESSAMENTO DE GÁS


CLASSE: 11ª
TURMA: ÚNICA
GRUPO Nª: 2

Docente

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INSTITUTO POLITÉCNICO DO SOYO
TRALHO INVESTIGATIVO TUBULAÇÃO INDUSTRIAL

INTEGRANTES DO GRUPO

1. Cecilia Doqui
2. Coutinho Gomes
3. Horácio Felisberto
4. Josefina António
5. Moisés Maiala
6. Yasmi Mário
7. Ivanildo Malé
8.

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ÍNDICE

1.1. INTRODUÇÃO.....................................................................................4
1.2. DESENVOLVIMENTO...........................................................................5
1.2.1. PIGs..................................................................................................5
1.1.1. PIGs de Limpeza...............................................................................6
1.1.2. PIG de Espuma.................................................................................6
1.1.3. PIG DE ESFERA.................................................................................7
1.1.4. PIG MANDREL..................................................................................8
1.1.5. PIGS INSTRUMENTADOS OU INTELIGENTES....................................9
1.1.6. PIG GEOMÉTRICO............................................................................9
1.1.7. PIG MAGNÉTICO DE CORROSÃO...................................................10
1.1.8. PIG ULTRASSÔNICO.......................................................................11
1.1.9. PIG PERFILOMÉTRICO....................................................................12
1.1.10. BANCADAS DE TESTES DE PIGS......................................................13
1.1.11. CONCLUSÃO..................................................................................15

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1.1. INTRODUÇÃO

Um dos grandes problemas enfrentados durante o transporte de


petróleo é a deposição de parafinas ao longo da parede interna da
tubulação, a depender da intensidade pode vir a causar total obstrução no
fluxo (DEMETINO, 2018). Uma das formas de solução do problema é o
uso de PIGs (Pipeline Inspection Gauge), estes são ferramentas que
trafegam pela tubulação, devido a diferença de pressão sobre ele,
realizando a raspagem da sujidade nas paredes internas da tubulação.
Segundo Curvelo (2016,) existem vários tipos de PIGs, mas basicamente
eles estão classificados como sendo de limpeza e instrumentado. A partir
de sua utilização podese prolongar a vida útil da tubulação, sem a
necessidade de uma parada total na produção.

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1.2. DESENVOLVIMENTO

1.2.1. PIGs

Os PIGs são dispositivos utilizados, em grande parte, no transporte


de petróleo com intuito de assegurar a desobstrução da tubulação através da
raspagem da sujidade aderida a parede interna do duto. Outra aplicação
onde os PIGs são utilizados é na área de inspeção da integridade da parede
interna dos dutos. Segundo Curvelo (2016), a maior vantagem em sua
utilização é a de permitir a detecção de avarias e limpeza da tubulação sem
haver a necessidade da remoção da tubulação e, por sua vez, a parada da
produção, o que gera menores custos operativos. Entretanto, caso o PIG
seja usado em tubulações de grande diâmetro e/ou grande distância,
geralmente, acarreta em um aumento de custo operacional (CORDELL e
VANZART, 2003). Para o deslocamento dentro dos dutos, inicialmente o
PIG é colocando em uma câmara lançadora acima do solo (PIG launcher)
que possui diâmetro interno maior que o diâmetro da tubulação e
movimentado pelo próprio fluido da linha de produção até chegar na
câmara recebedora (PIG receiver) (CURVELO, 2016). Existem algumas
teorias sobre o surgimento do nome PIG, segundo TIRATSOO (1992) seu
nome é originado devido ao ruído estridente facilmente associado ao
grunhido de um porco (PIG em inglês) e ao estado de extrema sujeira que
chegam a câmara recebedora. Outra teoria fala que esse nome é
simplesmente a partir da junção das inicias de Pipeline Intervention Gadget
(Dispositivo de Intervenção de Tubulação). Segundo Cordell e Vanzart
(2003), os primeiros PIGs basicamente exerciam a função de limpeza para
manter o fluxo através da tubulação. Atualmente, com o advento dos PIGs
instrumentados seu espaço aumentou durante cada etapa de vida da
tubulação. A escolha do PIG depende da necessidade da aplicação e podem
exercer funções como (TIRATSOO, 1992):

• Separação de produtos;
• Limpeza os depósitos e os restos;
• Medição o diâmetro interno;
• Localização de obstruções;
• Remoção de líquidos;

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• Remoção de gás;
• Medições da geometria da tubulação;
• Inspeção interna;
• Revestimento de diâmetro interno;
• Inibição de corrosão;
• Melhoraria da eficiência do fluxo.

1.1.1. PIGs de Limpeza

Os PIGs de limpeza ou utility PIGs são ferramentas utilizadas para a


limpeza de particulados sólidos, resíduos e parafina que podem se originar
a partir do processo de montagem dos dutos ou como resultado da
deposição de substratos do produto que percorre a tubulação (CURVELO,
2016). Geralmente os PIGs de limpeza não possuem sistemas de aquisição
de dados. Há vários tipos de PIGs de limpeza que são selecionados a partir
de uma inspeção por especialistas levando em consideração informações
sobre o tipo de produto que é transportado, as dimensões do duto e a
possível dureza do produto incrustado (VIANA, 2016). Não há nenhum
método quantitativo quanto ao grau de limpeza da tubulação, mas é sabido
que a limpeza gera alguns benefícios, dentre eles estão (MCALLISTER,
2002):
• Melhora na eficiência do fluxo do fluido transportado devido a
parede interna está limpa;
• Reduz a contaminação do produto transportado;
• Reduz o dano abrasivo a equipamentos em tubulações, tais como
válvulas e instrumentos; 10
• Facilita a secagem das tubulações.

1.1.2. PIG de Espuma

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O PIG de espuma é o disposto mais versátil e leve dentre os PIGs.
Por possuir custo barato de produção, em comparação a outros PIGs, é
bastante flexível e comumente utilizado em tubulações onde a geometria é
desconhecida ou de difícil acesso (CURVELO, 2016). Seu material é
composto predominantemente por espuma de poliuretano, pois não se
comprime quando em contato com a pressão da tubulação. Tanto sua
densidade quanto seu tamanho podem variar, fornecendo assim, uma ótima
vedação e baixa possibilidade de ficar preso em alguma parte do trajeto
(CORDELL e VANZART, 2003). Os principais usos para o PIG espuma
são em operações de secagem da tubulação para testes hidrostáticos,
limpeza e remoção de produtos.

1.1.3. PIG DE ESFERA

Segundo Cordell e Vanzart (2003), o PIG de esfera é um instrumento


muito utilizado em tubulações onde tem uma geometria não convencional,
por exemplo, muitas curvas e há alta taxa de formação de condensados,
visto que seu uso pode ser feito repetidas vezes em um curto intervalo de
tempo ou em composição com outros PIGs espuma de diferentes diâmetros.
Seu material é geralmente composto de elastômeros de poliuretano,
podendo variar em decorrência do material da tubulação e do fluido. São
esferas ocas, como pode ser visto na Figura 2, preenchidas com água ou
glicol, podendo ser preenchido até alcançar certa porcentagem do diâmetro
externo sobre o diâmetro interno, para compensar o desgaste dentro da
tubulação (CORDELL e VANZART, 2003).

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1.1.4. PIG MANDREL

Segundo Cordell e Vanzart (2003), o PIG mandrel tem seu corpo


constituido por um tubo como parte central, ou mandril (mandrel),
elementos de limpeza para a raspagem da tubulação e a sua parte externa
possui forma de taça ou discos, geralmente separados por espaçadores, para
que possa melhor se ajustar ao diâmentro interno do tubo, fazendo assim
uma boa vedação. 12 Esse PIG possui o tipo de limpeza considerada a mais
agressiva e traz consigo a grande vantagem de poder reconFigurar ou
substituir suas partes externas de acordo com a necessidade de cada
tubulação e assim, o mesmo PIG pode ser utilizado em tubulações com
caracteristicas distintas, variando em número de seladores, espaçadores, e
tipos de material de limpeza.

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1.1.5. PIGS INSTRUMENTADOS OU
INTELIGENTES

Os PIGs instrumentados, também conhecidos como smart PIGs ou


intelligent PIGs, diferentemente dos PIGs de limpeza, são dispositivos que
além de verificar a integridade interna da tubulação, registram dados que
tem como objetivo fornecer informações das condições de linha, tal qual
sua extensão e localização de algum defeito. Segundo Sarti, Araújo e Pinto
(2011), geralmente as informações analisadas nesses PIGs são a respeito da
geometria da tubulação. Mas a quantidade de informações fornecidas são
váriadas. Algumas delas são:
Curvatura da tubulação;
• Perfil da tubulação;
• Temperatura e pressão;
• Perda de metal perda e detecção de corrosão;
• Inspeção fotográfica;
• Detecção de trincas;
• Mensuração da deposição de resíduos;
• Detecção de vazamentos;
• Amostragem do produto;
• Mapeamento.
Os principais PIGs de instrumentados são, o PIG geométrico,
magnéticos, perfilométrico e ultrassônico.

1.1.6. PIG GEOMÉTRICO

Como o próprio no nome remete, o PIG geométrico, visualizado na


Figura 4, é capaz de identificar problemas relacionados a geometria da
tubulação. Possui em sua estrutura uma grande quantidade de sensores, em
diferentes ângulos (SARTI, ARAÚJO e PINTO, 2011). Curvelo (2016),
mostra que geralmente este tipo de PIG é utilizado em três momentos: o
primeiro é durante a construção da tubulação para saber a qualidade da
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montagem; o segundo é quando ocorre a necessidade de saber se houve
redução do diâmetro da tubulação, por conta de alguma anomalia
geométrica; e o terceiro é antecipando a passagem do PIG magnético de
corrosão pelo mesmo possuir pouca tolerância em relação ao diâmetro da
tubulação.

1.1.7. PIG MAGNÉTICO DE CORROSÃO

Os PIG de inspeção de corrosão utilizam a tecnologia MFL –


Magnetic Flux Leakage (Fuga de Fluxo Magnético) que consiste em um
sistema composto por imãs na estrutura do PIG onde é inserido um grande
fluxo magnético uniforme na parede da tubulação. A partir daí, sempre que
houver uma descontinuidade desse fluxo, é inferido que naquele local
houve perda de metal, mas sem ser possível afirmar se foi interna ou
externa. Para isso, usa-se sensores discriminadores do tipo Hall
(CURVELO, 2016). A partir dos dados adquiridos e do tratamento
necessário do PIG MFL, ilustrado na Figura 5, é possível criar um padrão
de assinaturas e estabelecer tendências que ajudam nas manutenções
preditivas (TIRATSOO, 1992).

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1.1.8. PIG ULTRASSÔNICO

Segundo Curvelo (2016), o PIG ultrassônico utiliza a técnica EMAT –


Electromagnetic Acoustic Transducer (Transdutor Acústico
Eletromagnético) que é um método em que há a propagação de uma onda
acústica no meio líquido, gerando um eco ao colidir na parede do interna e
na parede externa do duto, após esse procedimento o sistema calcula a
distância percorrida e por fim, faz a medição da espessura da tubulação.
Um exemplo de PIG ultrassônico pode ser visto na Figura 6. Imãs Sensores
15 Além disso, para que se possa alcançar maior grau de eficiência esse
PIG temse algumas premissas, sendo elas, o uso somente em fluídos
líquidos, não podem ser usados em linhas de gás sem acoplagem líquida; a
distância entre o transdutor e a parede interna do duto deve ser mantida
constante; e o líquido no interior do duto deve ser homogêneo e possuir
velocidade acústica constante e uniforme (CORDELL e VANZART,
2003).

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1.1.9. PIG PERFILOMÉTRICO

O PIG perfilométrico, observado na Figura 7, também conhecido como


PIG palito ou PIG espinho, utiliza a tecnologia da fuga de fluxo magnético
(MFL) associado com o sensor do tipo Hall, assim como o PIG magnético
de corrosão. Ele surge como uma opção de baixo custo e para superar as
limitações dos PIGs ultrassônicos e de inspeção magnética que são a baixa
tolerância em relação ao diâmetro da tubulação e a necessidade de
acoplamento de fluido (MEDEIROS, 2013). Esse PIG possui diversas
hastes com medida exata de angulação distribuídas em formato de coroas
de sensores e consegue inspecionar dutos de diversos diâmetros pois as
hastes ficam presas ao corpo do PIG por molas que permitem que elas
estejam sempre em contato com a parede do duto, mesmo que ocorra
variação do diâmetro (CURVELO, 2016).

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1.1.10. BANCADAS DE TESTES DE PIGS

Os PIGs são amplamente utilizados, mas o planejamento para seu uso é


determinado utilizando a experiência prévia de campo de profissionais ou
empresas, mas com pouco embasamento físico/teórico. (SOUZA, 2005)
Uma das deposições mais recorrentes em tubulações industriais de petróleo
é a parafina, onde diversos fatores influenciam seu processo de deposição e
cristalização, fazendo com que haja variação na dureza da parafina
incrustada, dificultando ainda mais quando é analisado tubulações em
águas profundas. Tem se investido em estudos da dinâmica de remoção de
parafina, mais especificamente sobre a força necessária para a remoção de
deposição, uma vez que a depender de sua dureza o PIG pode ficar preso na
tubulação. Atualmente existem poucos reportes na literatura sobre bancadas
de testes de força utilizando PIGs. Wang et al. (2005), apresentam um
aparato experimental composto de um suporte de aço posicionado
horizontalmente. Uma célula de carga é utilizada para medir força e foi
conectada ao PIG por meio a um cabo de aço, que por sua vez é utilizado
para puxar o PIG. É utilizado um sistema de aquisição de dados para obter
os valores de força.

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1.1.11. CONCLUSÃO

A indústria petrolífera sofre constantemente com a obstrução em


tubulações de transporte de petróleo devido a sujidades depositadas.
Conservar a integridade é de extrema importância para que seja mantido o
fluxo do fluido transportado. Para resolver esse problema, os chamados
PIGs dos mais diversos tipos são utilizados. Esse trabalho tem como
objetivo o desenvolvimento de um sistema de aquisição de dados sem fio,
para um PIG de limpeza instrumentado. Para isso foi realizado um estudo
sobre os PIGs, bancadas de testes existentes, o extensômetro Strain Gauge
e o sistema de aquisição de dados, que incluem o módulo XBee e a
plataforma Arduino

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Arduino. (2018). Arduino AG. Acesso em 02 de 07 de 2018, disponível em Arduino:


http://arduino.cc/en/Main/ArduinoXbeeShield

anzi, M. (2011). Primeiros Passos com o Arduino (1 ed., Vol. Único). (R. Prates, Ed.)
São Paulo: Novatec.
Conterno, N. (2016). Caratterizzazione, scelta ed utilizzo di strain gauge per la
misurazione di tensioni superficiali. Università degli Studi di Padova, Padova
Controls, G. V. (2018). Grupo Vika Controls. Acesso em 20 de 06 de 2018, disponível
em Grupo Vika Controls: https://www.vikacontrols.com.br/produtos/modulosxbee-
serie-zigbee/
Cordell, J., & Vanzart, H. (2003). The Pipeline PIGging Handbook (3ª ed.). Houston:
Clarion Technical Publishers And Scientific Surveys Ltd.
Curvelo, E. V. (Abril de 2016). ESTUDO PARA PROJETO DE MÓDULO
DISCRIMINADOR DE UM PIG MFL . p. 56.
Demetino, G. G. (2018). Novo aparato para produção de deposição de parafina em
dutos de petróleo para testes de PIG. Tese (Doutorado), UniversidadeFederal da Bahia,
Escola PolitécnicaeInstituto de Matemáticae Estatística, Salvador.
DIGI. (2018). DIGI. Acesso em 01 de 07 de 2018, disponível em DIGI:
https://www.digi.com/products/xbee-rf-solutions/2-4-ghz-modules/xbeedigimesh-2-
INC., T. P. (2018). http://www.thePIGpeninc.com/. Acesso em 09 de 05 de 2018,
disponível em THE PIG PEN INC.: http://www.thePIGpeninc.com/pipelinecleaning-
PIGs-foam-PIGs-poly-PIGs-PIGging-services.html

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