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Unidade 3

C2: Aperfeiçoar conhecimentos geométricos e métricos na


leitura e representação da realidade agindo sobre ela.
H8: Analisar relações trigonométricas no triângulo retângulo,
identificando suas aplicabilidades em situações do mundo
real.

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C2: Aperfeiçoar conhecimentos geométricos e métricos na leitura e
representação da realidade agindo sobre ela.

Objetos do conhecimento: 4. Relações métricas no triângulo; 5. Fundamentos


de trigonometria no triângulo.

H8: Analisar relações trigonométricas no triângulo retângulo, identificando


suas aplicabilidades em situações do mundo real.

nnDH 8.1: Demonstrar as relações métricas em um triângulo e aplicá-las na


solução de situações-problema.
nnDH 8.2: Detectar relações geométricas na resolução de problemas repre-

sentando situações do cotidiano.


nnDH 8.3: Testar as relações trigonométricas para triângulos quaisquer, ob-

servando sua aplicabilidade no cotidiano e no mundo do trabalho.


nnDH 8.4: Definir as relações trigonométricas e suas aplicabilidades na cons-

trução civil.

Caro educando,

Neste Caderno você vai ter oportunidade de aprimorar seus conhecimen-


tos geométricos e analisar as relações com triângulos.
Esses saberes são mais úteis do que parecem à primeira vista. Com eles,
é possível diversificar os modos de representação da realidade, permitindo-
-nos resolver problemas encontrados no cotidiano, em contextos como a
construção civil e a medição de área.
Vamos começar?

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DE OLHO NA HABILIDADE!
Neste Caderno, você vai aperfeiçoar seus conhecimentos de geometria e será con-
vidado a ler, interpretar e representar objetos e espaços, de tal forma a permitir possíveis
soluções para problemas cotidianos na medida em que será capaz de:
• analisar as relações entre as medidas de triângulos;
• identificar situações do dia a dia em que tais saberes podem ser úteis;
• aplicar esses conhecimentos na resolução de problemas no mundo do trabalho.

SITUAÇÃO-PROBLEMA
Você já sabe medir a área de figuras geométricas, mas como fazer quando
se trata de um terreno? Nesse caso, não é possível usar uma régua como ins-
trumento de medida, e o mais adequado, certamente, não é indicar as medidas
em centímetros.
Inúmeros proprietários rurais e produtores agrícolas, rotineiramente, precisam
realizar diferentes medições.
Imagine que Pedro e Joana são proprietários de um terreno com medidas 35,
braça: antiga
unidade de medida 30, 22 e 45 braças e pretendem utilizá-lo para o plantio de bananas. Para isso, é
de comprimento preciso descobrir antes a área do terreno, em metros, que será utilizada. O casal
linear, que
corresponde à também precisa dimensionar a quantidade adequada de adubo NPK [(N) nitrogênio,
distância entre (P) fósforo e (K) potássio] necessário para o plantio de bananas. Para calcular a
os dedos médios
das mãos com os proporção de NPK na adubação de um terreno destinado à plantação de bananas,
braços abertos; consideram-se os seguintes valores: 75 kg de nitrogênio, 120 kg de fósforo e 20 kg
equivale a 2,20 m
(dez palmos ou
de potássio por hectare.
duas varas). A braça Com base nas informações apresentadas, reflita sobre a seguinte situação-
quadrada equivale -problema:
à antiga medida
agrária de superfície
equivalente a
2,20 m × 2,20 m,
Qual a quantidade de adubo NPK que deveria ser utilizada nesse terreno?
isto é, 4,84 m2,
válida em todos os
estados brasileiros.
Equipe M10/DB Produções Editoriais

Representação do terreno de Pedro e Joana.

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Ao longo deste Caderno, você encontrará as informações necessárias para a
resolução desse problema. Ao final, voltaremos a tratar desse tema na seção “De
volta à situação-problema”.

VAMOS COMEÇAR
1. Você se recorda de como podemos obter a área de um triângulo? E a de um qua-
drilátero irregular?

2. Quais unidades de medida são mais utilizadas para a medição de proprieda-


des rurais?

3. A adubação é uma prática essencial para o cultivo de espécies vegetais.


Existem adubos orgânicos e inorgânicos. Pesquise as diferenças entre eles e
converse com os colegas de turma sobre quais as vantagens e desvantagens
de cada tipo.

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CONSTRUINDO A HABILIDADE

Tales e a semelhança de triângulos


Usar formas geométricas para “modelar” situações reais
Vaclav Sebek/Shutterstock

é uma ação presente desde muito tempo pela humanidade.


Uma das mais antigas conhecidas, nesse sentido, diz respei-
to à medida da altura da pirâmide de Quéops, atribuída ao
grego Tales, no século VI a.C., embora com certas divergências
quanto ao processo adotado.
Segundo uma das correntes, Tales teria enterrado um
bastão no solo, a alguns metros da base da pirâmide. Desse
modo, teria medido os comprimentos das sombras do bastão
e da pirâmide e estabelecido uma proporção entre medidas
de lados de dois triângulos imaginários, mais ou menos como
Pirâmide de Quéops, em Gizé, no Egito. o representado a seguir.
Diagrama Soluções Editoriais/DB Produções Editoriais

x
Bastão

Sombra da Sombra do
pirâmide bastão

Os triângulos destacados na figura são ditos triângulos semelhantes, pois possuem


ângulos internos correspondentemente congruentes. Essa propriedade, a semelhança
de triângulos, é fundamental para a resolução de vários problemas matemáticos.
Supondo que no experimento de Tales os comprimentos do bastão e da sombra
fossem, respectivamente, 3 m e 1,5 m, e o comprimento da sombra da pirâmide
fosse de 70 m, já contando com a medida da metade de sua base, poderíamos es-
timar a altura da pirâmide da seguinte maneira:
Diagrama Soluções Editoriais/DB Produções Editoriais

C
h
p

B D E
Metade da base Sombra da Sombra
da pirâmide pirâmide do bastão
b +s
2

70 m ∙ 2 = 140 m,
pois se o comprimento do bastão é o dobro do comprimento de sua sombra, a mesma
relação deve ser respeitada pela altura da pirâmide em relação à sua sombra.
6
67
Associando medidas de ângulos a medidas de comprimentos, podemos gerar
triângulos, cuja representação facilita a determinação de distâncias inacessíveis.

BIOGRAFIA
TALES DE MILETO
[...]
Sabe-se que Tales era filho de pais ricos e nobres: Esamio e Cleobulina, e que nasceu
aproximadamente na metade do século VII a.C. Todavia, sua nacionalidade não é conhe-
cida. Heródoto afirma que era fenício, mas outros historiadores não estão seguros a esse
respeito. Os estudos de Zeller, historiador da filosofia, levam a crer que fosse originário
da Ásia Menor, não sendo confirmado que tenha vindo ao mundo em Mileto, pátria que
comumente se lhe atribui.
[...]
Tales aprendeu no Egito a calcular a altura das pirâmides e medir as distâncias dos
navios no mar. Estes conhecimentos lhe vieram dos sacerdotes egípcios, depositários da
Ciência. Mas, ao contrário de seus mestres – que transmitiam esses conhecimentos como
segredos profissionais conquistados duramente e desligados uns dos outros –, Tales
pretendeu encontrar neles ordem e razão, estabelecendo uma lógica. Quis, em suma,
procurar os caminhos de uma “geometria”, como um conjunto ordenado e coerente de
proposições que contivesse, em uma sucessão objetiva, as verdades geométricas conhe-
cidas fragmentariamente pelos egípcios.
É possível dizer, mesmo, que Tales forneceu uma nova feição aos conhecimentos
egípcios: transformou a geometria, de uma ciência de noções apenas esparsas, num sis-
tema lógico. Depois disso, seguindo seus passos, outros geômetras e matemáticos gregos
construíram um sistema matemático e geométrico que permaneceu como a expressão
máxima da Ciência da antiguidade, só superada na época do Renascimento.
[...]
Não se sabe quando terminou a vida de Tales. Assim como não é conhecida a data do
seu nascimento, ignora-se também o ano de sua morte. Sabe-se apenas que viveu por
muitos anos, talvez mais que a média de seus concidadãos. Não existem obras escritas
que lhe possam ser atribuídas com segurança.
PACHECO, Gustavo. Tales de Mileto. Disponível em: https://www.pucsp.br/pos/cesima/schenberg/alunos/
gustavopacheco/Tales%20de%20Mileto.htm. Acesso em: 1º set. 2021.

EXERCÍCIO RESOLVIDO
Diagrama Soluções Editoriais/DB Produções Editoriais

José, que é pintor e mede 1,80 m,


precisa calcular a altura de um edifício
para fazer um orçamento. Ele parou
na frente do edifício e postou-se bem
na extremidade da sombra, como re-
presentado na imagem ao lado. Deter-
mine a altura desse edifício.
Altura de 1,80 m → sombra de 4 m
Altura do edifício → sombra de H
40 m
Como a proporção entre as som-
bras é 10 vezes, então o edifício tem 40 m 4m

18 m de altura.

7
68
1. Mário, que tem 1,90 m de altura, caminhava pela Rua Pitágoras quando viu uma poça
de água distante 1,5 m à sua frente. Ao olhar para a poça, Mário visualizou o reflexo da
lâmpada colocada no alto do poste, distante 7,5 m dele. Calcule a altura do poste.

Diagrama Soluções Editoriais/DB Produções Editoriais


B

P
A Poça de água C

Relações métricas no triângulo retângulo


As medidas de um triângulo retângulo obedecem a relações que podem ser
aplicadas na resolução de diversas situações-problemas. Essas relações podem
ser obtidas a partir da semelhança de triângulos.
Antes, convém lembrar os nomes atribuídos aos lados de um triângulo retân-
gulo, que estão indicados a seguir:
Diagrama Soluções Editoriais/
DB Produções Editoriais

Hipotenusa
Cateto

Cateto

Considere um triângulo retângulo e sua altura em relação à hipotenusa. Obser-


ve as medidas determinadas a partir desse segmento:
B B
Diagrama Soluções Editoriais/
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β n β n
a a
H H
c c
m α m
h h
α β α
A b C A b C

8
69
Obtemos, assim, três triângulos: ABC, HAC e HAB, todos semelhantes, visto que
possuem ângulos internos correspondentemente congruentes, a, b e o ângulo reto.
Observando a correspondência entre os lados, podemos escrever as proporções
entre os triângulos, dois a cada vez.
a c b
(I) e (II) = =
c n h
a b c
(I) e (III) = =
b m h
c n h
(II) e (III) = =
b h m
Relacionando-as duas a duas:
n h
Em (II) e (III): = ⇒ h2 = m⋅n
h m
a c
Em (I) e (II): = ⇒ c2 = a⋅n
c n
a b
Em (I) e (III): = ⇒ b2 = a⋅m
b m
E, adicionando as duas últimas relações, c2 = a ∙ n e b2 = a ∙ m:
c2 + b2 = a ∙ n + a ∙ m ⇒ c2 + b2 = a∙(n + m) e n + m = a
Então: c2 + b2 = a2
Essa expressão é conhecida como teorema de Pitágoras.

COMPREENDENDO CONCEITOS
Segundo o teorema de Pitágoras, em um triângulo retângulo a soma dos quadrados
dos catetos é igual ao quadrado da hipotenusa.

Resumindo, em um triângulo retângulo como o representado na imagem se-


guinte, valem as seguintes relações métricas:

b c
Diagrama Soluções Editoriais/
DB Produções Editoriais

n m
C B

b2 = a ⋅ n
a⋅h=b⋅c c2 = a ⋅ m h2 = m ⋅ n a2 = b2 ⋅ c2

9
70
EXERCÍCIO RESOLVIDO
Jaime é jardineiro e vai reformar uma praça em seu município. A praça tem forma-
to de um triângulo retângulo, cuja hipotenusa mede 10 cm e um dos catetos mede
8 cm. Ajude Jaime a calcular:
a) a medida do outro cateto;
b) a medida da altura relativa à hipotenusa, para dividir a praça em dois canteiros;
c) a área da praça.
Considere o triângulo a seguir.
A

Diagrama Soluções Editoriais/


DB Produções Editoriais
8 cm
h b

m n
B C
10 cm
a) A medida do outro cateto pode ser obtida pela aplicação do teorema de Pitágoras:
82 + b2 = 102
64 + b2 = 100 ⇒ b2 = 36 ⇒ b = 6
b) Vamos aplicar as relações métricas b2 = a ∙ n e c2 = a ∙ m para obter m e n.
b2 = a ∙ n
62 = 10 ∙ n ⇒ n = 3,6
c2 = a ∙ m
82 = 10 ∙ m ⇒ m = 6,4
Agora, aplicaremos a relação métrica h2 = m ∙ n para obter a medida da altura do
triângulo.
h2 = m ∙ n
h2 = 3,6 ∙ 6,4 ⇒ h = 4,8
c) Por fim, vamos calcular a área da praça. Isso pode ser feito de dois modos:
• Considerando um dos catetos como base e o outro como altura do triângulo,
uma vez que são perpendiculares.
base × altura 8 ⋅ 6
Área = = = 24 cm2
2 2
• Considerando a hipotenusa a base do triângulo, e, nesse caso, a altura relativa
à hipotenusa.
base × altura 10 ⋅ 4,8
Área = = = 24 cm2
2 2
Assim, a área da praça é 24 cm2.

2. O terreno da residência de seu Fernando tem o formato de um triângulo retângulo.


As frentes do terreno estão voltadas para duas ruas perpendiculares, medindo 12 m
e 16 m. Calcule a medida do terceiro lado do terreno.

10
71
3. No topo de um muro de 3,2 m de altura deverá ser encostada uma escada de 4,0 m.
Identifique a qual distância da base do muro a escada deverá ser colocada.

Diagrama Soluções Editoriais/


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4,0 m
3,20 m

4. Determine a medida de n e a área do triângulo a seguir.

Diagrama Soluções Editoriais/


DB Produções Editoriais
6

n 12

Razões métricas no triângulo retângulo


Observe os três triângulos retângulos a seguir.
A
Diagrama Soluções Editoriais/
DB Produções Editoriais

α
B E G C

Como a é um ângulo comum aos três triângulos, sendo todos retângulos, po-
demos concluir que os três triângulos são semelhantes.

Seno e cosseno de um ângulo agudo


Há duas razões métricas importantes no triângulo retângulo:
cateto oposto
sen α =
hipotenusa
cateto adjacente
cos α =
hipotenusa
As razões seno, cosseno e tangente de um ângulo agudo são denominadas razões
trigonométricas, e seus valores para cada ângulo podem ser verificados em uma
tabela chamada de tabela trigonométrica ou utilizando uma calculadora científica.
11
72
Veja a tabela com o valor das razões trigonométricas para os ângulos notáveis
30°, 45° e 60°:

X SEN X COS X TG X
1 3 3
30º
2 2 3
2 2
45º 1
2 2
3 1
60º 3
2 2

EXERCÍCIO RESOLVIDO
Para a instalação de placas solares é preciso posicio-

Diagrama Soluções Editoriais/


DB Produções Editoriais
nar o equipamento com a angulação correta, a fim de se
aproveitar o máximo da incidência dos raios solares. Em 14 cm
x
certa região brasileira, o ângulo indicado é de 30º. Deter-
mine a medida x do cateto oposto ao ângulo de 30° do 30°
triângulo ao lado, para saber a altura do suporte para o
correto posicionamento da placa.
Para determinar a medida do cateto oposto, já que se sabe a medida da hipotenusa,
aplicamos o seno de 30°:
x
sen30° =
14
1
Consultando a tabela, verificamos que sen 30° = . Então:
x 1 2
= ⇒x =7
14 2
Portanto, a medida do cateto oposto ao ângulo de 30° é 7 cm.

5. Sendo sen 65° = 0,91 e cos 65° = 0,42, determine as medidas x e y no triângulo a seguir.
Diagrama Soluções Editoriais/
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x 9

65°
y

6. O que ocupa mais espaço: uma rampa ou uma escada? Para subir 2 m em relação
ao solo, leia as indicações a seguir e calcule a distância no solo que será ocupada
pela rampa e pela escada.

12
73
nn Sobre a rampa: considere uma rampa com ângulo de 10º entre o solo e a superfí-
cie. (Dados: sen 10° = 0,17, cos 10° = 0,98, tg 10° = 0,17.)
nn
Equipe M10/DB Produções Editoriais Sobre a escada: considere degraus de 20 cm de altura por 30 cm de comprimento.

2m
10 o

PARA AMPLIAR
Você já ouviu falar no Guiness Book (Livro dos recordes)? Acesse o link https://www.
guinnessworldrecords.com.br/ (acesso em: 3 maio 2021) e descubra uma série de curio-
sidades sobre recordes mundiais. Por exemplo, você sabia que a rua mais íngreme do
mundo se encontra em Dunedin, na Nova Zelândia? Sua inclinação é de 35o.
liptak.de on VisualHunt.com

Tangente de um ângulo agudo


Vamos escrever uma razão para cada triângulo, com o cateto oposto ao ângulo
no numerador e com o cateto adjacente ao ângulo no denominador.
AB DE FGA
No triângulo ABC: = =
BC EC GC
Diagrama Soluções Editoriais/
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D
AB DE FG
No triângulo DEC:
= = F
BC EC GC
AB DE FG α
No triângulo
= FGC:
= B E G C
BC EC GC
Como os triângulos são semelhantes, as razões são iguais.
AB DE FG
= =
BC EC GC
13
74
A razão, resultado da divisão entre as medidas de dois catetos, é chamada de
tangente do ângulo a.

COMPREENDENDO CONCEITOS
Em um triângulo retângulo com um ângulo interno a, denomina-se tangente de a,
que indicamos tg a, à razão entre a medida do cateto oposto a a e a medida do cateto
adjacente a a.

Diagrama Soluções Editoriais/


DB Produções Editoriais
C

Cateto oposto Hipotenusa



α
A B
Cateto adjacente a α

cateto oposto
tg α =
cateto adjacente

Exemplo
Sabendo que tg 20° = 0,36, veja como aplicamos esse valor na determinação
da altura H do prédio representado a seguir.

Diagrama Soluções Editoriais/


DB Produções Editoriais
20°
40 m

O cateto oposto ao ângulo de 20° corresponde à altura H do prédio, e o cateto


adjacente mede 40 m. Aplicando a tangente de 20°, temos:
H H
tg 20° = ⇒ 0,36 = ⇒ H = 14,40m
40 40
Portanto, a altura do prédio é 14,40 m.
7. Observe na imagem o procedimento adotado para determinar a distância entre
duas árvores.
Diagrama Soluções Editoriais/
DB Produções Editoriais

74 m

60°

Observador

Sabendo que tg 60° = 1,73, indique a distância entre as duas árvores.

14
75
8. O ângulo do vértice I do triângulo AMI é desconhecido. Determine a medida desse e
do outro ângulo agudo do triângulo AMI.
I

Diagrama Soluções Editoriais/


DB Produções Editoriais

7,5 cm

3 cm
A

Resolução de problemas em triângulos quaisquer


Em triângulos retângulos há sempre dois ângulos agudos para os quais pode-
mos aplicar as razões trigonométricas seno, cosseno ou tangente, relacionando as
medidas de catetos e de hipotenusa.
Quando os triângulos não são retângulos, precisamos de outros métodos para
determinar as medidas dos lados. Nesses casos, podemos aplicar a lei dos senos
ou a lei dos cossenos.

Lei dos senos


Quando o triângulo não for retângulo, podemos traçar a altura relativa a um de
seus lados e dividi-lo em dois triângulos retângulos. Observe:
A A
Diagrama Soluções Editoriais/
DB Produções Editoriais

Traçando a
altura relativa
a BC

α β α β
B C B H C

Para cada triângulo retângulo, podemos escrever a razão seno referente aos
ângulos a e b.
AH AH
sen α = sen β =
AB AC
Isolando AH e comparando essas razões, temos:
AH = AB ∙ sen a e AH = AC ∙ sen b
AB AC
AB ∙ sen a = AC ∙ sen b ⇔ =
senβ senα
É possível demonstrar que essa relação se aplica a todos os lados e ângulos
de um triângulo e, a partir disso, escrever a lei dos senos:
15
76
COMPREENDENDO CONCEITOS
Segundo a Lei dos senos, em um triângulo de lados de medidas a, b e c, e ângulos
internos de medidas a, β e γ, opostos respectivamente aos lados de medidas a, b e c,
vale a relação
a b c
= =
sen α sen β sen γ

EXERCÍCIO RESOLVIDO
Para a instalação correta de lâmpadas em uma praça de alimentação, os eletricis-
tas precisam determinar exatamente as distâncias entre os pontos de luz. Há uma
lâmpada em A e outra em B. Eles precisam calcular a distância entre B e C, a fim de
colocar a nova lâmpada a exatos 5 m de A. Conhecendo os ângulos indicados, calcule
a distância BC.
C

Diagrama Soluções Editoriais/


DB Produções Editoriais
x
5

30°
45° B
A

2
x 5 sen45°
= ⇒ x = 5⋅ = 5⋅ 2 = 5 2
sen45° sen30° sen30° 1
2
Portanto, x = 5 2 .

9. Determine a medida de um dos ângulos internos do triângulo representado a seguir.


Considere sen 40° = 0,6428.
B

3
4
Diagrama Soluções Editoriais/
DB Produções Editoriais

y
A
40°

16
77
Lei dos cossenos
De forma análoga ao que fizemos para a lei dos senos, podemos traçar a altura
em um triângulo não retângulo a fim de obter dois triângulos retângulos, conforme
representado a seguir.
B

β a

C
h γ
Diagrama Soluções Editoriais/
DB Produções Editoriais

c
b−x

H
α b
x
A

Aplicando o teorema de Pitágoras a cada um dos triângulos, temos:


• No triângulo ABH, c2 = h2 + x2
• No triângulo BCH, a2 = h2 + (b – x)2
Isolando h2 em cada uma delas, temos:
h2 = c2 – x2 e h2 = a2 – b2 + 2bx – x2
Comparando as duas: c2 – x2 = a2 – b2 + 2bx – x2

Então: a2 = b2 + c2 – 2bx
x
Analisando o triângulo ABH, temos que cos α = .
c
Então, x = c ∙ cos a
Portanto, podemos escrever:
a2 = b2 + c2 – 2 ∙ b ∙ c ∙ cos a
Essa é a expressão da Lei dos cossenos.

COMPREENDENDO CONCEITOS
Segundo a Lei dos cossenos, em um triângulo de lados de medidas a, b e c, e ân-
gulo a, oposto ao lado de medida a, vale a relação:
a2 = b2 + c2 – 2 ∙ b ∙ c ∙ cos a

Analogamente para os outros dois lados, temos:


b2 = a2 + c2 – 2 ∙ a ∙ c ∙ cos β
c2 = a2 + b2 – 2 ∙ a ∙ b ∙ cos γ
Sabendo que sen 90° = 1 e que cos 90° = 0, concluímos que as leis do seno e
do cosseno podem ser aplicadas também para triângulos retângulos.
17
78
EXERCÍCIO RESOLVIDO
O triângulo a seguir tem ângulo interno de 60°, e um lado de medida desconhecida,
oposto ao ângulo de 60°. Vamos determinar essa medida aplicando a lei dos cossenos.

Diagrama Soluções Editoriais/


DB Produções Editoriais
x
5

60°

x2 = 52 + 82 – 2 ∙ 5 ∙ 8 ∙ cos 60°
1
x2 = 52 + 82 – 2 ∙ 5 ∙ 8 ∙
2
x2 = 25 + 64 – 40 ⇒ x2 = 49 ⇒ x = 7 cm

10. Dois lados de um terreno de formato triangular medem 15 m e 10 m, formando um


ângulo de 60°. Calcule o comprimento da cerca necessária para contornar o terreno,
em metros.

Diagrama Soluções Editoriais/


DB Produções Editoriais
10 cm
x

60°

15 cm

1
11. Sabendo que cos β = , calcule, para o triângulo ABC representado a seguir, as
4
medidas dos segmentos:
a) HB.

b) AC.

A
Diagrama Soluções Editoriais/
DB Produções Editoriais

10

β
C B
H
8

18
79
A circunferência trigonométrica, o seno e o cosseno
Considere uma circunferência de raio unitário com o centro na origem do sis-
tema cartesiano, que chamaremos de circunferência trigonométrica. Considere
também o ponto (1, 0), que chamaremos de origem da circunferência trigonomé-
trica, identificado a seguir pelo ponto A.
Partindo de A, percorremos a circunferência no sentido anti-horário até um ponto
P sobre a circunferência. A esse ponto P, associamos o número real positivo que ex-
pressa a medida em radianos, ou em graus, do arco com extremidade em A e em P.
y
Diagrama Soluções Editoriais/
DB Produções Editoriais

+1
P

−1 A(1, 0)
O x

−1

Lembrando que um arco de uma volta completa mede 360° ou 2p radianos,


vamos marcar a extremidade final de alguns arcos.
π
a) 60° ou rad
3 y π
Diagrama Soluções Editoriais/
DB Produções Editoriais

60°
O x

π
b) -30° ou − rad
6 y
Diagrama Soluções Editoriais/
DB Produções Editoriais

O −30° x
π

6

Agora, vamos assinalar na circunferência trigonométrica um ponto P de coordenadas


(a, b). Note o ângulo central a e o triângulo retângulo de hipotenusa 1 e catetos a e b.
y
Diagrama Soluções Editoriais/
DB Produções Editoriais

+1

b P (a, b)
1
α O
−1 O a +1 x

−1

19
80
As medidas dos catetos oposto e adjacente ao ângulo a correspondem às
coordenadas a e b do ponto P que, por sua vez, são, respectivamente,
 os valores do
cosseno e do seno do ângulo central α, que “enxerga” o arco OP , pois:
cateto adjacente a
cos α = = =a
hipotenusa 1
cateto oposto b
sen α = = =b
hipotenusa 1
Assim, a cada ponto que assinalarmos sobre a circunferência trigonomé-
trica poderá ser associado a um ângulo central e a um arco com extremidade
final nesse ponto, e, consequentemente, ao seno e ao cosseno desse ângulo,
ou arco.
y Eixo dos
sen z senos
+1

Diagrama Soluções Editoriais/


DB Produções Editoriais
b P (a, b)
1
Z O
−1 O a +1 x Eixo dos
cossenos

cos z
−1

Perceba que, dependendo da posição do ponto P, poderemos ter valores positi-


vos, negativos ou nulos para senos e para cossenos.
Observe a circunferência trigonométrica e alguns ângulos assinalados a seguir.
Vamos identificar na circunferência valores aproximados de senos e de cossenos.
y

Diagrama Soluções Editoriais/


DB Produções Editoriais
90°
1,0
0,9 60°
0,86
0,8
132° 0,74 45°
140° 0,7
0,64
0,6
0,5 30°
0,4
0,3
0,2
0,1
180° −0,77 −0,67 0,86 0
−1,0−0,9−0,8−0,7−0,6−0,5−0,4−0,3−0,2−0,1 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1,0 360° x
−0,1
−0,2
−0,3
−0,4
210° −0,5 −30°
−0,6
−0,7
−0,8
240° −0,9
−72°
−1,0 270°

20
81
Exemplos:
ÂNGULO 60° 90° 132° 210° -72° -30°
SENO 0,86 1,0 0,74 -0,5 -0,95 0,86
COSSENO 0,5 0 -0,67 -0,86 0,3 -0,5

EXERCÍCIO RESOLVIDO
Identifique na circunferência trigonométrica o ponto correspondente ao ângulo de
140° e o valor do seno e do cosseno desse ângulo.
Conforme circunferência anterior, temos:
sen 140° = 0,64
cos 140° = 0,77

12. Os ângulos com extremidade final nos pontos de divisão dos quadrantes têm
sempre um dos valores, de seno ou de cosseno, igual a 0. Observe a circunferên-
cia e indique:
a) os ângulos a entre 0° e 360° para os quais sen a = 0.

b) os ângulos a entre 0° e 360° para os quais cos a = 0.

13. Observando a circunferência trigonométrica, identifique:


a) os quadrantes em que o seno do ângulo é positivo.

b) os quadrantes em que o cosseno do ângulo é negativo.

14. No visor de uma calculadora científica podemos ver que sen 87° = 0,9986. Indique
outro(s) ângulo(s) entre 0° e 360° que tem (têm):
a) seno igual a 0,9986.

b) seno igual a -0,9986.

21
82
15. A circunferência trigonométrica seguinte apresenta os arcos notáveis, 30°, 45° e
60°, e, também, seus suplementares. Os valores de senos e de cossenos desses
arcos estão assinalados sobre os eixos. Observando essa circunferência, verifique
quais são os valores do seno de z, sabendo que z é um ângulo de medida entre 0° e
360°, e preencha a tabela abaixo com esses valores.
90°

x
2

Diagrama Soluções Editoriais/


DB Produções Editoriais
2π 3 π
120° = = 60°
3 2 3
3π 2 π
135° = = 45°
4 2 4
5π 1 π
150° = = 30°
6 2 6

π O = 2π = 360°
− 3− 2 −1 1 2 3
2 2 2 2 2 2

7π − 1 11π
210° = = 330°
6 2 6
5π 7π
225° = − 2 = 315°
4 2 4
4π 5π
240° =
3 − 3 3
= 300°
2

2

270°

ÂNGULO SEN COS


0 = 2π =360° 0 1
π 1 3
= 30°
6 2 2
π
= 45°
4
π
= 60°
3
π
= 90°
2

= 120°
3

= 135°
4

22
83
ÂNGULO SEN COS

= 150°
6

π = 180°


= 210°
6

= 225°
4

= 240°
3

= 270° -1 0
2

= 300°
3

= 315°
4
11π
= 330°
6

A circunferência trigonométrica e
a tangente do ângulo
Traçamos uma reta t tangente à circunferência trigonométrica por sua origem,
isto é, pelo ponto (1, 0). Assinalamos um ponto P na circunferência, um ponto M
na reta tangente e, também, o ângulo central a e o correspondente arco OP de
comprimento m.
y t
Diagrama Soluções Editoriais/
DB Produções Editoriais

+1
P M

m
A
−1 O x

−1

Vamos obter a tangente do ângulo a no triângulo AMO.


cateto oposto OM
tg α = =
cateto adjacente AO
23
84
Mas a medida de AO é igual à do raio da circunferência trigonométrica, ou seja,
uma unidade. Portanto, tg a = OM.
Podemos obter os valores das tangentes dos arcos a partir da leitura direta em
uma escala sobre a reta t, de mesma orientação do eixo y, tangente à circunferên-
cia trigonométrica no ponto O.
Na circunferência trigonométrica a seguir, estão representadas as tangentes
dos arcos notáveis.
y t
3

Diagrama Soluções Editoriais/DB Produções Editoriais


2π +1 2 π
3 π 1
3π 3
4 π
4 3
5π 6 3
6

π O
−1 O x
11π
6
7π − 3
6 3
5π 7π
4 4π 5π 4 −1
3 −1 3π 3
2

− 3

Perceba que não existe a tangente de 90°, tampouco a tangente de 270°, e


também que tg 0° = tg 180° = 0.
Exemplo
Considerando a circunferência trigonométrica, vamos identificar a medida, em
radianos, de alguns arcos entre 0 e 2p rad.
y t
3
Diagrama Soluções Editoriais/DB Produções Editoriais

π
2π +1 2 π
3 π 1
3π 3
4 π
4 3
5π 6 3
6

π O
−1 O x
11π
6
7π − 3
6 3
5π 7π
4 4π 5π 4 −1
3 −1 3π 3
2

− 3

24
85
π 5π
a) tg m = 1 ⇒ m = em =
4 4
π 4π
b) tg m = 3 ⇒ m = em =
3 3
3π 7π
c) tg m = −1 ⇒ m = em =
4 4
2π 5π
d) tg m = − 3 ⇒ m = em =
3 3
e) tg m = 3 ⇒ m = π em = 7π
3 6 6
f) tg m = − 3 5π 11π
⇒m= em =
3 6 6
16. Observe o ângulo de 25° e o valor aproximado de sua tangente na circunferência
a seguir.
y t
+1
Diagrama Soluções Editoriais/
DB Produções Editoriais

tg 25° = 0,47

π 25°
−1 O x

−1

Identifique:
a) o outro ângulo, entre 0° e 360°, que tem tangente igual a 0,47.

b) os ângulos, entre 0° e 360°, cuja tangente é igual a –0,47.

A relação entre tangente, seno e cosseno


Podemos associar um valor de seno e outro de cosseno a um arco qualquer, de
medida entre 0° e 360°. Também podemos associar um valor de tangente a um arco,
desde que ele não seja de medida 90° ou 270°.
Estudaremos agora como relacionar seno, cosseno e tangente de um mesmo
arco. Observe a circunferência trigonométrica e considere o triângulo ABP.
y t
+1
P M
Diagrama Soluções Editoriais/
DB Produções Editoriais

α
−1 B O x
A

−1

25
86
Nesse triângulo ABP, o cateto AB, adjacente de medida de ângulo a, correspon-
de a cos a, e o cateto PB, oposto a a, corresponde a sen a. A hipotenusa desse
triângulo é o raio da circunferência, de uma unidade.
P

Diagrama Soluções Editoriais/


DB Produções Editoriais
1
sen α

A B
cos α

Ao aplicarmos o teorema de Pitágoras a esse triângulo, obtemos uma relação


entre seno e cosseno do ângulo, qualquer que seja o ângulo a.

COMPREENDENDO CONCEITOS
Chamamos de relação fundamental a relação:
sen2 a + cos2 a = 1

Neste triângulo APB, a tangente do ângulo a pode ser assim obtida:


cateto oposto sen α
tg α = =
cateto adjacente cos α
Temos, assim uma relação entre os três valores associados ao mesmo ângulo
a, desde que a seja diferente de 90° e de 270°:
sen α
tg α =
cos α
Conhecendo o valor do seno, do cosseno ou da tangente, é possível determinar
os valores das outras relações, pelas suas aplicações.

EXERCÍCIO RESOLVIDO
3
Um ângulo m, entre 0° e 90°, tem seno igual a . Calcular cos m e tg m.
5
sen2 m + cos2 m = 1
2
⎛ 3 ⎞ + cos2 m = 1 ⇒
⎝ 5⎠
9 9 16 4
⇒ + cos2 m = 1 ⇒ cos2 m = 1 − ⇒ cos2 m = ⇒ cosm = ±
25 25 25 5
Perceba que há dois valores de cos m para o mesmo valor de sen m, sendo um
deles para um ângulo do primeiro quadrante e outro para um ângulo do segundo qua-
drante, por isso o sinal “±”. Como, no caso, o ângulo m é maior do que 0° e menor do
que 90°, consideraremos o valor para o 1o quadrante.

26
87
y 1

Diagrama Soluções Editoriais/


DB Produções Editoriais
m
3
5
−1 1
4 O 4 x

5 5

−1

4
cosm =
5
Agora, vamos determinar tg m fazendo:
3
senm 3
tg m = ⇒ tg m = 5 =
cosm 4 4
5
3
Portanto, tg m =
4

17. No triângulo retângulo PQR representado a seguir temos que tg α = 3.


P
Diagrama Soluções Editoriais/
DB Produções Editoriais

3 3m

α
R Q

Calcule:
a) a medida de QR ;

b) a medida de PQ ;

c) sen α e cos α.

18. Sendo x a medida de um arco com extremidade final no 2o quadrante da circunfe-


1
rência trigonométrica e sen x = , calcule:
4
a) cos x.

27
88
b) tg x.

19. Considerando a circunferência trigonométrica a seguir, calcule sen b e cos b.

Diagrama Soluções Editoriais/


DB Produções Editoriais
1

−1 b
O

−1

− 2
2

CONEXÃO – CIÊNCIAS DA NATUREZA


Você já reparou que as tesouras que sustentam os telhados sempre têm o formato
de triângulo?

archiZG/Shutterstock

Por que isso acontece? Vejamos no texto a seguir.

SISTEMAS ARTICULADOS PLANOS


Um sistema articulado plano (SAP) rígido é definido como sendo um sistema de barras
rígidas coplanares ligadas entre si por extremidades rotuladas e com o exterior de modo
a formar um sistema estável. Na prática, este tipo de estrutura é usualmente chamada de
treliça.
[...]
Através de princípios geométricos (lei dos senos) é possível verificar que o triângulo
é a única forma poliédrica que não pode alterar a sua forma sem igualmente alterar o
comprimento dos seus lados. Portanto, um SAP rígido formado por um triângulo não
sofrerá qualquer deslocamento por ação do seu peso ou por ação de outras forças exterio-
res ao contrário do que acontece com outras formas geométricas.
ROMÃO, Xavier. Sistemas Articulados Planos. Clubes de Matemática da OBMEP. Disponível em: http://clubes.
obmep.org.br/blog/wp-content/uploads/2019/05/Sistemas-articulados-planos.pdf. Acesso em: 2 set. 2021.

28
89
FAÇA VOCÊ MESMO
Agora, vamos calcular a área de um terreno em forma de quadrilátero irregular,
utilizando o aplicativo Geogebra.

PARA AMPLIAR
Consulte o site do aplicativo Geogebra acessando o link: https://www.geogebra.org/
classic?lang=pt.

1. Abra a tela do Geogebra e clique em “polígonos” e em “polígono” ou “polígono rígido”.


https://www.geogebra.org/calculator

2. Leve o cursor do mouse até a área quadriculada e clique em cada vértice do polígo-
no que quer desenhar.
https://www.geogebra.org/calculator

Observe que aparecem no lado esquerdo da tela os pontos marcados e suas res-
pectivas coordenadas.

29
90
3. Clique em “Área” e, a seguir, no polígono cuja área quer medir. A medida aparece
indicada na figura e na coluna da esquerda.

https://www.geogebra.org/calculator
Observe que na coluna da esquerda também estão indicadas as medidas dos
lados do quadrilátero que desenhamos e medimos.

https://www.geogebra.org/calculator

Se quisermos, podemos separar esse quadrilátero em dois triângulos e calcu-


lar a área de cada um deles, utilizando algumas das relações trigonométricas que
acabamos de estudar.
Por exemplo, podemos desenhar um triângulo qualquer, utilizando a função
“polígono”. Em seguida, traçamos a altura relativa a um dos vértices desse triân-
gulo, utilizando a função “Reta Perpendicular”.
https://www.geogebra.org/calculator

30
91
Após selecionar a função, clique no vértice e no lado oposto a ele. Aparece o
traçado da reta perpendicular.
https://www.geogebra.org/calculator

Agora, precisamos indicar a interseção entre a reta perpendicular e o lado do


triângulo. Para isso, devemos clicar em “Interseção de dois objetos”...
https://www.geogebra.org/calculator

... e clicar na figura exatamente no ponto que queremos marcar como interseção.
https://www.geogebra.org/calculator

31
92
Depois disso, buscamos as informações de medida dos lados dos triângulos e
calculamos suas áreas.

https://www.geogebra.org/calculator
Ao final, podemos comparar com a área informada pelo Geogebra.

DE VOLTA À SITUAÇÃO-PROBLEMA
Agora que você estudou mais sobre trigonometria, podemos resolver a situa-
ção-problema apresentada no início deste Caderno:
Qual a quantidade de adubo NPK que deveria ser utilizada nesse terreno?
Nossa questão era como calcular em metros quadrados a área de um terreno
com as seguintes medidas dos lados expressas em braças: 35, 30, 22 e 45.
1. Com base no que você estudou neste Caderno, descreva seu plano para resolver a
questão apresentada na seção “Situação-problema”.

32
93
2. Agora, execute seu plano: determine qual é a área em metros quadrados do terreno
indicado no problema.

3. Calcule a quantidade de NPK necessária na preparação desse terreno para o plan-


tio de bananas.

4. Avalie sua resolução do problema e justifique os passos que o auxiliaram a chegar


no resultado.

33
94
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ASSOCIAÇÃO de Agricultura Orgânica (AAO) AAO, São Paulo. Disponível em: http://aao.org.br/aao/agricultura-
organica.php. Acesso em: 16 mar. 2021.
IEZZI, Gelson et al. Fundamentos da matemática elementar: trigonometria. São Paulo: Atual, 1977-78.
INSTITUTO de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Demanda crescente estimula a produção de orgânicos
no Brasil e no mundo. Ipea. Brasília, 18 fev. 2020. Disponível em: https://www.ipea.gov.br/portal/index.
php?option=com_content&view=article&id=35326&catid=10&Itemid=9%20-%20:~:text=O%20Brasil%20
situava-se%20em,colmeias%20(quase%20900%20mil). Acesso em: 13 abr. 2021.
POLYA, George. A arte de resolver problemas. Tradução de Heitor Lisboa de Araújo. Rio de Janeiro: Interciência,
1995.
SPECHT, Kelli Caroline; BONETE, Izabel Passos. O cálculo de área desenvolvido por agricultores rurais: uma
proposta de abordagem com alunos de uma escola do campo. Anais do XV Encontro Paranaense de Edu-
cação Matemática, Londrina, 10 a 12 de outubro de 2019. Disponível em: http://www.sbemparana.com.
br/eventos/index.php/EPREM/XV_EPREM/paper/viewFile/1001/712. Acesso em: 11 mar. 2021.

34
95
Página livre para anotações

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base_EF2_CAPA_EJA_EM_BASE_MAT_PROF.indd 8 2/18/22 1:41 PM

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