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“DEPOSITION”

CARAVAGGIO
A ACRÓPOLE - ATENAS (GRÉCIA)

(*) Construída no governo de Péricles, por volta do ano 450 AC.


PARTENON

(*) Partenon, templo principal de Atenas (principal templo da Acrópole).


PROCESSOS DE FABRICAÇÃO II

PROCESSOS DE CONFORMAÇÃO MECÂNICA


• EXTRUSÃO DE METAIS

Dr. Cecílio A. Cunha


- Outubro/2016 -

(*) Baseada no livro-texto “Tecnologia Mecânica” do Prof. Dr. Vicente


Chiaverini.
PROCESSOS DE FABRICAÇÃO II
EXTRUSÃO
“Processo de conformação mecânica em que um
bloco de metal é forçada a passar através do orifício
de uma matriz sob alta pressão, de modo a ter a sua
secção transversal reduzida.”
 Produtos fabricados:
- Em geral, barras cilíndricas ou tubos.
- Também pode-se conseguir fabricar produtos
com formas mais irregulares, utilizando-se
metais que são mais facilmente extrudados,
como é o caso do alumínio.
PROCESSOS DE FABRICAÇÃO II
 Condições Operacionais:
- Em geral o processo de extrusão é realizado a
quente (motivo: “grande esforço necessário
para deformar o metal”).
-Atualmente observa-se uma crescente
utilização de processos de extrusão a frio.

 Tipos de Extrusão
Existem dois tipos básicos de extrusão, os quais
são representados a seguir:
PROCESSOS DE FABRICAÇÃO II
PROCESSOS DE FABRICAÇÃO II
a) Extrusão Direta
Na extrusão direta o bloco metálico é colocado
numa câmara e forçado através do orifício da matriz
pelo êmbolo.

b) Extrusão Indireta
Na extrusão indireta o êmbolo é oco e a ele está
presa a matriz. A extremidade oposta da câmara é
fechada com uma placa.
Note-se que neste caso o atrito é menor que na
extrusão direta (“não há movimento relativo entre
as paredes da câmara e o bloco metálico”)
menor esforço para deformar o material.
PROCESSOS DE FABRICAÇÃO II

A redução do atrito na câmara pode ser obtida com o uso de


lubrificantes resistentes a temperaturas elevadas.

Representação esquemática da extrusão direta.


PROCESSOS DE FABRICAÇÃO II

Sequência de operação na extrusão indireta.


PROCESSOS DE FABRICAÇÃO II
• As aplicações da extrusão indireta são limitadas
pelas dificuldades apresentadas pela confecção e
utilização de um êmbolo oco.
• No caso da extrusão de tubos, um mandril é preso
à extremidade do êmbolo, de maneira que se
possa conformar o diâmetro interno do tubo. A
folga entre o mandril e o orifício da matriz
determina as dimensões da parede do tubo.
• A figura a seguir representa esquematicamente o
processo de extrusão de tubos.
PROCESSOS DE FABRICAÇÃO II
PROCESSOS DE FABRICAÇÃO II
 Equipamentos utilizados
De um modo geral, o processo de extrusão
utiliza prensas horizontais com capacidade de em
torno de 1.500 a 5.000 toneladas, embora em
diversos casos sejam utilizadas prensas maiores.

 Materiais extrudados
Entre os metais e ligas mais comumente
utilizados no processo de extrusão incluem-se: aços,
alumínio e suas ligas, cobre e suas ligas, etc.
Alumínio e latão permitem a obtenção de secções
estruturais relativamente complexas.
PROCESSOS DE FABRICAÇÃO II
EXTRUSÃO A FRIO
1. Extrusão dianteira: O metal se movimenta na
mesma direção do punção.
2. Extrusão traseira: O metal se movimenta em
direção oposta à do punção.
Técnicas combinadas:
a) Tipo Hooker - Produção de objetos longos e ocos.
b) Tipo Ironing - Através do uso de pressão radial,
procura-se dimensionar as peças dentro das
tolerâncias exigidas.
(*) A técnica ironing é basicamente idêntica à empregada no estiramento de tubos
com mandril móvel
PROCESSOS DE FABRICAÇÃO II
PROCESSOS DE FABRICAÇÃO II
PROCESSOS DE FABRICAÇÃO II
Extrusão a frio (Processo Hooker)

Extrusão direta, dois estágios.


PROCESSOS DE FABRICAÇÃO II
Extrusão por Impacto

• É semelhante à extrusão indireta. Neste processo o


punção desce rapidamente sobre o tarugo que é
extrudado para trás ou inversamente.

• A espessura da parede da peça extrudada é dada pela


folga entre o punção e a cavidade da matriz.

• A figura a seguir é uma representação esquemática da


sequência de etapas da operação de extrusão por
impacto para a produção de uma peça.
PROCESSOS DE FABRICAÇÃO II
Extrusão por Impacto

Representação esquemática da extrusão por impacto.


PROCESSOS DE FABRICAÇÃO II
Extrusão por Impacto
• A maioria dos metais não ferrosos podem ser
extudados por impacto, usando-se prensas verticais e
com taxas de produção de até duas peças por segundo.
Tubos de pastas dental e assemelhados, que são peças
descartáveis, podem-se obtidos com diâmetros de até
150 mm.

• O processo permite produzir, ainda, seções tubulares


de paredes muito finas (relações de
diâmetro/espessura da ordem de 0,005). Sendo assim,
a simetria da peça e concentricidade do punção são
fatores importantes.
PROCESSOS DE FABRICAÇÃO II
• Dentre os materiais considerados fáceis de extrudar a
frio encontram-se os aços com até aproximadamente
0,20%C. Exemplos de peças que podem ser obtidas:
capas de mancal, invólucro de velas de ignição, capas de
juntas esféricas, pinos de pistões, porcas de rodas, etc.

• Como seria de se esperar, à medida que aumenta o teor


de carbono do aço torna-se mais difícil a operação de
extrusão a frio.

• Os aços com teor de carbono mais elevado exigem um


tratamento de esferoidização, a fim de conferir aos
mesmos uma estrutura mais adequada (maior
alongamento e ductilidade) à operação de extrusão.
PROCESSOS DE FABRICAÇÃO II
• Em geral, com estes aços de maior teor de carbono
produz-se, por extrusão a frio, apoios de suspensão
dianteira, porcas, eixos de motores e geradores, etc.

• No caso dos aços-liga, que normalmente são


empregados quando se deseja efetuar um tratamento
térmico ou termoquímico (em geral, cementação ou
nitretação), a extrusão é ainda mais difícil e, nesses
casos, praticamente sempre se impõe a esferoidização.

• Com os aços-liga normalmente são produzidos buchas,


eixos, parafusos, invólucro de esferas, roscas sem-fim
de mecanismos de direção, pinos, porcas, roletes, etc.
PROCESSOS DE FABRICAÇÃO II

Deformação progressiva de uma barra de aço AISI 8640 ( ~ 0,40%C; 0,80%Mn; 0,55%Ni;
0,50%Cr e 0,20%Mo) para a produção de uma esfera de articulação de direção.
PROCESSOS DE FABRICAÇÃO II
• O processo de extrusão a frio vem se desenvolvendo
continuamente e aumentando sua participação no
mercado. Em geral são extrudadas a frio, além de peças
de aços (inclusive inoxidável), ligas de alumínio, cobre
chumbo e magnésio (extrusão a frio por impacto).

• Algumas das com considerações que devem ser feitas ao


planejar-se a utilização do processo, são:
 O projeto das peças e das matrizes deve ser
feito de modo que a deformação do metal
ocorra apenas por esforços de compressão,
uma vez que tensões de tração ou combinadas
podem levar à fratura.
PROCESSOS DE FABRICAÇÃO II
 A deformação do metal deve se
processar da maneira mais uniforme
possível. Assim, por exemplo, a base de
uma extrusão dianteira não deve ser
mais fina que a espessura da parede.

• Na extrusão a frio, geralmente, são utilizadas


prensas verticais mecânicas. Contudo, para peças
maiores, costuma-se empregar prensas
hidráulicas.
PROCESSOS DE FABRICAÇÃO II
FORÇA DE EXTRUSÃO
• A relação entre a área da secção transversal inicial (A0) e a
área da secção transversal final (AF) é denominada
relação de extrusão e é dada por
R = A0 / AF
• Por outro lado, a pressão de extrusão é aproximadamente
uma função linear do logaritmo natural de R.
• Assim, a Força de Extrusão é dada por:
P = σC A0 ln A0 / AF
onde: é a tensão uniaxial de deformação nas condições de
temperatura e velocidade de deformação utilizadas durante
o processo de extrusão.
PROCESSOS DE FABRICAÇÃO II
MÁQUINA DE EXTRUSÃO

• Normalmente a extrusão a quente é efetuada em


prensas hidráulicas horizontais, as quais são
especialmente construídas para a esta finalidade.

• Os tamanhos comuns de prensas de extrusão têm


capacidade nominal entre 250 a 5.500 toneladas,
mas alguns projetos em anos recentes atingiram
até 25.000 toneladas.
PROCESSOS DE FABRICAÇÃO II
• De um modo geral, prensas hidráulicas
horizontais com capacidade de força de 1.500 a
2.500 toneladas são usadas para produzir a maior
parte dos extrudados de alumínio utilizados no
mundo.

• Prensas com capacidades de até 15.000 t são


utilizadas para empurrar perfis de grande
dimensão ou complexidade geométrica, bem
como perfis produzidos com ligas de alta
resistência mecânica.
PROCESSOS DE FABRICAÇÃO II
• O componente que concentra todo o esforço da
máquina de extrusão é o êmbolo de extrusão,
que é solidário ao êmbolo do cilindro hidráulico e
que por este motivo o mesmo deve ser fabricado
em aço-liga resiste ao calor.

• Esse êmbolo é trocado por outros de dimensões


diferentes (particularmente, de diâmetros
diferentes), em função das dimensões dos
tarugos e peças extrudadas.
PROCESSOS DE FABRICAÇÃO II
• A câmara recebe o tarugo aquecido que deve ser
extrudado sob ação do êmbolo de extrusão. A
referida câmara pode ser constituída de duas
partes coaxiais, sendo que a parte interna, que
entra em contato com o tarugo, denomina-se
camisa interna da câmara.

• A camisa sofre a ação dos esforços de


compressão e de atrito em temperaturas
elevadas, sendo - em decorrência - submetida a
uma ação de desgaste constante.
PROCESSOS DE FABRICAÇÃO II
• Os materiais que constituem a câmara e a
camisa são aços-liga resistentes ao calor, pois
tais componentes são mantidos constantemente
a uma temperatura elevada por um sistema de
aquecimento elétrico, necessário para proceder
a operação de extrusão a quente do tarugo .

• O tarugo, que é previamente aquecido em


fornos, tem sua temperatura mantida na câmara
por este sistema de aquecimento elétrico (por
resistência ou indução).
PROCESSOS DE FABRICAÇÃO II
PROCESSOS DE FABRICAÇÃO II
PROCESSOS DE FABRICAÇÃO II
PROCESSOS DE FABRICAÇÃO II
PROCESSOS DE FABRICAÇÃO II
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PROCESSOS DE FABRICAÇÃO II

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