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CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO RECIFE

CAMPUS SAN MARTIN

GRADUAÇÃO
ENGENHARIA MECÂNICA

DISCIPLINA : EQUIPAMENTOS ESTATICOS

Prof. Fillipe Virgolino – Engº. Mecânico RECIFE, 2019.1


APRESENTAÇÃO DO PROFESSOR

FILLIPE VIRGOLINO

• Doutorando em engenharia Mecânica


• Mestre em engenharia Mecânica
• Especialista Engenharia de Segurança do Trabalho
• Engenheiro Mecânico;

Contato:
fsmecanica@gmail.com
CONTEÚDO DO CURSO

Unidade 1. Tubulações e Acessórios


1.1.Dimensionamento de tubulações;
1.2.Dimensionamento de tubulações pelas normas ANSI/ ASME B.31;
1.3.Disposição das construções em uma Instalação Industrial;
1.4.Principais tipos de válvulas;
Unidade 2. Tanques e Reservatórios
2.1 Finalidades dos Tanques;
2.2 Classificação quanto função;
2.3 Classificação quanto ao tipo de teto;
2.4 Acessórios;
2.5 Dimensionamento
Unidade 3. Caldeiras e vasos de pressão;
3.1 Considerações gerais e funcionamento;
3.2 Classificação;
3.3 Elementos Principais.
BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA

TELLES, Pedro Carlos da Silva. Tubulações


industriais: materiais, projeto, montagem. 9.
ed. rev. e ampl. Rio de Janeiro: LTC, c1997

TELLES, Pedro Carlos da Silva. Vasos de


pressão. 2. ed. atual. Rio de Janeiro: LTC,
2005
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CONTEÚDO

 Conceitos fundamentais;

 Principais códigos e normas;

 Tipos de tubos e emprego de tubulações industriais;

 Materiais de construção;

 Acessórios de tubulações industriais;

 Traçado, detalhamento e desenho;

 Fabricação e montagem;

 Manutenção e Inspeção.
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BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA

Tubulações Industriais: Materiais, Projeto e Montagem; Silva Telles, P.C.; Livros


Técnicos Científicos – LTC;

Tubulações Industriais: Cálculo; Silva Telles, P.C.; Livros Técnicos Científicos – LTC;
Tabelas e Gráficos para Projeto de Tubulações; Silva Teles, P.C., Paula Barros, D.G.;
Interciência;

ASME B31.3, Process Piping; American Society for Mechanical Engineers.


http://www.pipesystem.com.br/Artigos_Tecnicos/Tubos_Aco/Normas_Tubos/normas_t
ubos.html
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Organização do Código (Capítulos) ASME B31.3 - Process Piping:

I. Scope and Definitions;


II. Design;
III. Materials;
IV. Standard for Piping Components;
V. Fabrication, Assembling and Erection;
VI. Inspection, Examination and Tests;
VII. Nonmetallic Piping and Piping Lined With Nonmetals;
VIII. Piping for Categories of Fluid Service (M) & (MA)
IX. High Pressure Piping (K)
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Identificação por Cores, das Tubulações nas Áreas


Materiais de Construção para

Tubulações
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Critérios para Seleção de Materiais.

1. Resistência mecânica;
2. Resistência química;
3. Resistência térmica;
4. Trabalhabilidade (conformabilidade);
5. Transporte;
6. Fabricação/disponibilidade;
7. Custo.
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Propriedades Mecânicas

(b)

(a) Corpo de prova padrão antes e (b) Máquina de tração típica.


após tração, mostrando o comprimento
de medição original e final.
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Propriedades Mecânicas

Diagrama Tensão X
Deformação
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TABLE 2.2 Mechanical Properties of Various Materials at Room Temperature
Elongation
in 50 mm
Metals (Wrought) E (GPa) Y (MPa) UTS (MPa) (%)
Aluminum and its alloys 69–79 35–550 90–600 45–4
Copper and its alloys 105–150 76–1100 140–1310 65–3
Lead and its alloys 14 14 20–55 50–9
Magnesium and its alloys 41–45 130–305 240–380 21–5
Molybdenum and its alloys 330–360 80–2070 90–2340 40–30
Nickel and its alloys 180–214 105–1200 345–1450 60–5
Steels 190–200 205–1725 415–1750 65–2
Titanium and its alloys 80–130 344–1380 415–1450 25–7
Tungsten and its alloys 350–400 550–690 620–760 0
Nonmetallic materials
Ceramics 70–1000 — 140–2600 0
Diamond 820–1050 — — —
Glass and porcelain 70-80 — 140 —
Rubbers 0.01–0.1 — — —
Thermoplastics 1.4–3.4 — 7–80 1000–5
Thermoplastics, reinforced 2–50 — 20–120 10–1
Thermosets 3.5–17 — 35–170 0
Boron fibers 380 — 3500 0
Carbon fibers 275–415 — 2000–3000 0
Glass fibers 73–85 — 3500–4600 0
Kevlar fibers 62–117 — 2800 0
Note: In the upper table the lowest values for E, Y, and UTS and the highest values for elongation are for pure metals.
Multiply gigapascals (GPa) by 145,000 to obtain pounds per square in. (psi), megapascals (MPa) by 145 to obtain psi.
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COMPOSICÃO PROCESSO DE PROPRIEDADES


QUÍMICA FABRICAÇÃO MECÂNICAS

ESPECIFICAÇÃO CONTROLE DE TENSÕES


TÉCNICA QUALIDADE ADMISSÍVEIS

EMPREGO
DO MATERIAL

ESPECIFICA
ÇÃO
DIMENSION
AL
CRITÉRIOS
Especificação de Materiais DE PROJETO
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Variação do Limite de Resistência à Temperatura

Pode-se estabelecer para cada material uma temperatura a partir da qual sua resistência
mecânica é tão baixa, que seu uso fica anti-econômico.
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Variação do Limite de Resistência à Temperatura

Variação do módulo de elasticidade Variação do alongamento com a


com a temperatura. temperatura para o aço-carbono.
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Deformação por Fluência (“CREEP”)

 OA - DEFORMAÇÃO INICIAL AO SE APLICAR A CARGA (NÃO NECESSITA TEMPO, T = O). PODE SER PERMANENTE
OU NÃO, DEPENDENDO DA CARGA.
 AB - 1ª FASE DE “CREEP”: A TAXA DE DEFORMAÇÃO É DECRESCENTE.
 BC - 2ª FASE DE “CREEP”: A TAXA DE DEFORMAÇÃO É CONSTANTE COM O TEMPO.
 CD - 3ª FASE DE “CREEP”: A TAXA DE DEFORMAÇÃO É CRESCENTE COM O TEMPO, ATINGINDO A RUPTURA.
 EE' - CONTRAÇÃO.
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Deformação por Fluência (“CREEP”)


Parâmetros envolvidos: tensão,
Curvas de fluência deformação, temperatura e tempo.

Curva tensão x tempo


de ruptura.

O tempo de ruptura é função da tensão


atuante e da temperatura.
Pode-se estabelecer uma tensão limite
de trabalho para que o material dure
certo tempo a determinada
temperatura.

Curvas tensão de ruptura x tempo


para a ruptura
(o valor inicial LR, é o limite de
resistência para cada temperatura)
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Deformação por Fluência (“CREEP”)

Curvas de fluência do aço-carbono a 450º C.


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Deformação por Fluência (“CREEP”)

Curvas de fluência a tensão constante.


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Deformação por Fluência (“CREEP”)

 Composição química e tamanho de grão;

 Consideração da fluência no projeto.


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Fragilidade a Baixa-temperatura

Materiais dúteis em temperatura ambiente, podem tornar-se frágeis quando


em baixa temperatura.

Comportamento dúctil e frágil dos metais.


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Fragilidade a Baixa-temperatura

O comportamento frágil pode ser verificado na curva energia de choque x


temperatura (temperatura transição).

Pode-se estabelecer limite mínimo de temperatura para cada material, a


partir do qual ele se fragiliza.

Como a fratura se inicia em pontos de concentração de tensões, certos


detalhes devem ser empregados no projeto e na construção para atender este
efeito.
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Corpos de Prova P/Testes de Impacto

Charpy

Izod
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Vaso Rompido por Fratura Frágil


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Descontinuidades Geométricas E Modos De Atenuá-las


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Descontinuidades Geométricas E Modos De Atenuá-las


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Descontinuidades Geométricas E Modos De Atenuá-las


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Significado das Normas ASTM para Identificação de Materiais

As normas ASTM (American Standarts of Testing and Materials) são as


normas técnicas mais adotadas em relação aos materiais de construção,
empregados na fabricação sistemas mecânicos e estruturas, como: tubos,
acessórios, perfis, vigas e chapas, assim como os componentes e
acessórios de válvulas e instrumentos.

Embora as normas DIN/EN, e as normas ABNT, também apresentem


especificações a esse respeito, vê-se nesta norma uma grande vantagem
com relação ao critério de controle e restrições aos elementos de ligas, e
ainda os processos de fabricação empregados.
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Significado das Normas ASTM para Identificação de Materiais

Devemos então entender qual o significado de cada elemento que aparece


na especificação de uma norma, analisando esses dois exemplos:

Ex.: ASTM A-161 GrA;


ASTM B-247

ASTM A-… ou B-…, são letras que aparecem nos exemplos, logo depois
das iniciais da entidade (ASTM), que indicam o tipo de materiais.
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Significado das Normas ASTM para Identificação de Materiais

São 5 (cinco) as letras possíveis, sendo cada uma para


um materiais diferentes, como especificado a seguir:

A – família de materiais metálicos e aços – aços ao carbono, aços ligas,


aços inoxidáveis, etc;
B – família dos materiais metálicos não-ferrosos – cobre e
suas ligas,
bronze e suas ligas, alumínio e suas ligas, etc;
C – família dos materiais cerâmicos e fibrocimentos;
D – família dos materiais plásticos e compostos (PVC, PVA, PP, PEAD,
etc);
E – família dos materiais elastômeros (PU, ABS, Buna “N”, etc).
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Tubos De Aço Carbono - Propriedades

Baixo custo, excelentes qualidades mecânicas, conformação e soldagem fácil.


Abrange 80% dos tubos na indústrias, sendo usado em muitos fluidos poucos
corrosivos, em temperatura desde –45ºC e qualquer pressão.
Resistência mecânica sofre forte redução em temperaturas > 400ºC
Fenômeno de fluência observado a partir de 370º C.
Acima de 530ºC sofre intensa oxidação superficial (scaling), quando exposto
ao ar, formando grossas crostas de óxido – em outros meios pode ocorrer em
temperaturas mais baixas.
Em exposições prolongadas a temperaturas de > 440ºC causa precipitação
do carbono (grafitização) tornando-o quebradiço.
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Tubos de Aço Carbono - Propriedades

Não recomendado trabalho permanente a temperatura > 450ºC , admitindo-


se picos de curta duração até 550ºC, sem grandes esforços mecânicos.

Corrosão uniforme quando exposto a atmosfera, sendo mais intensa quanto


maior a umidade e poluição.

C limitado até 0,35%, sendo 0,30% solda relativamente fácil e 0,25% podem
ser dobrados a frio.

Acalmados: 0,1% Si para eliminar gases, estrutura cristalina fina e uniforme,


recomendado para trabalhos com temperatura < 0ºC ou onde possa ocorrer >
400ºC (mesmo que por pouco tempo).

Efervescentes: que não contém Si.


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Tubos de Aço Carbono - Propriedades

Maior C: maior dureza, limites de resistência e escoamento, porém menor


ductilidade e soldabilidade.

Médio C: até 0,35%, limite de ruptura 37 a 54 Kg/mm², escoamento 22 a 28


Kg/mm².
Baixo C: até 0,25%, limite de ruptura 31 a 37 Kg/mm², escoamento 15 a 22
Kg/mm².

Quebradiço – fratura frágil – a temperaturas muito baixas, melhorando a


resistência baixando-se o teor C e normalizando para uma granulação fina (aço
acalmado), com exigência do ensaio Charpy, para verificar ductiliade. A ANSI
B31 permite o uso até –50ºC (raramente é empregado)
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Tubos de Aço Carbono - Propriedades


Em contato com o solo, apresenta corrosão alveolar, sendo mais severa em
solos úmidos ou ácidos.
Ácidos minerais atacam violentamente, principalmente diluídos ou quentes.
Pode ser utilizado em serviço com álcalis até 70ºC, devendo serem tratados
termicamente (alívio de tensões) p/ trabalhos > 40ºC. Temperaturas mais
elevadas causam corrosão sob tensão.

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Tubos de Aço Carbono - Propriedades


ASTM- A-106: Sem costura, Ø 1/8” a 24”, alta qualidade, acalmado, uso em temperaturas
elevadas (quando ocorrer > 400ºC). Abrange 3 graus, o Grau C limitado à uso até 200ºC.
Para encurvamento à frio usar Grau A.

ASTM- A-53: Com ou sem costura, Ø 1/8” a 24”, média qualidade, não sempre
acalmado, embora ANSI B.31 permita, não usar em serviço permanente > 400ºC.
Abrange 2 graus, A e B. Mais baratos que o ASTM-A-106; com acabamento
(galvanizado) ou sem (preto).

ASTM- A-120: Com ou sem, baixa qualidade, Ø 18” a 16”, só permitido o uso para
fluidos não tóxicos, não inflamáveis até 10 Kg/cm2 e 180ºC.
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Tubos de Aço Carbono - Propriedades


ASTM- A-333 (Gr 6): Sem costura, especiais para baixa temperatura. Taxa de C até
0,3% e Mn 0,4 a 1,0%; normalizado para refinamento do grão e ensaio Charpy a –46ºC.
API-5L: Com ou sem costura, qualidade média, Ø 1/8” a 64”, composição química e
propriedades mecânicas, semelhantes ao ASTM-A-53.
API-5LX: Com ou sem costura, alta resistência, especiais para oleodutos. Abrange 6
classes, com limites de ruptura de 42 a 58Kg/cm2. Não devem ser usados para >200ºC.

ASTM-A-134: Ø > 16”, espessura de parede até ¾” , solda longitudinal ou espiral.

ASTM-A-135: Ø até 30”, Graus A e B.

 ASTM-A-671: uso p/ temperatura ambiente e mais baixas. Abrange 9 classes, Ø > 12”;
Exige TTAT, normalização Radiografia 100% e TP. Fabricados a partir de chapas ASTM-
A-515 ou A-516 (acalmado) e ASTM-A-285 Gr C (não-acalmado).
ASTM-A-672: para temperaturas moderadas, matéria prima e faixa de Ø os mesmos
para o A-671
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Diagrama de Equilíbrio da Liga Fe-C


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Diagrama de Transformação Isotérmica

Fonte: Ciência e Engenharia de Materiais: uma introdução, W.D.Callister Jr, Ed LTC.


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Influência do Teor de Carbono Nas Propiedades Mecânicas


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Influência de Outros Elementos de Liga no Aço Carbono

Adição de manganês (mn): aumento da resistência mecânica sem grande


prejuízo na soldabilidade.

Adição de silício (si) e alumínio (al): produz aços acalmados (“killed steels”)
que apresentam menor incidência de defeitos internos e maior uniformidade de
composição química.

Utilizados na fabricação de aços de alta qualidade apropriados


para
temperaturas elevadas (Si) e baixas (Al).

Presença de fósforo (p) e enxofre (s): impurezas prejudiciais à qualidade do


aço e por isso sua presença é limitada a valores muito baixos.

Adição de cobre (Cu): melhora a resistência à corrosão atmosférica.


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Efeito da Temperatura nos Aços Carbono

 QUEDA ACENTUADA NA RESISTÊNCIA: a partir de 400º C.


 Oxidação superficial: a partir de 530º c.
 Grafitização (precipitação do carbono livre) que torna o aço frágil: a partir de 440ºc.
 Deformações permanentes por fluência: a partir de 370º c.
 Fragilidade à baixa temperatura: a partir de – 45º c.
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Efeito do Meio Nos Aços Carbono

Corrosão externa

Corrosão atmosférica (atmosfera industrial poluída): 0,30 mm/ano = Proteção


se dá a base de tintas e compósitos.
Linhas enterradas = revestimento com tintas, com resinas ou com fitas
plásticas e proteção catódica.

Corrosão interna

Taxa média aceitável = 0,1 mm/ano.


Água salgada: não usar aço carbono.
Utilizar gráficos de taxa de corrosão.
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Aspectos de Soldabilidade dos Aços Carbono

Atender às recomendações da ASME B 31.3 / ASME B&PV/ASME BPE.

Preaquecimento a 80ºc e aquecimento entre os passes de solda em peças


com espessuras superiores a 25 mm.

Tratamento térmico de alívio de tensões após a soldagem, a 600º c, durante 1


hora para cada 25 mm de espessura, quando a espessura é maior do que 19
mm.

Utilizar eletrodos de baixo h2 para:


 T > 25 mm
 % C > 0,22 %
 Le > 35 kg/mm2.
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Fonte: Materiais para equipamentos de processo, P.C. Silva Telles, Ed


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Tubos de Aço Liga - Propriedades

Aços que possuem qualquer quantidade de elementos, além dos que entram na
composição dos aços-carbono.

Baixa liga até 5% de elementos liga, liga intermediária entre 5 e 10%, e alta liga com
mais de 10%.

Os inox são os que contém pelo menos 12% de Cr, que lhe confere a propriedade de
não oxidar mesmo em exposição prolongada a atmosfera normal.

São mais caros, montagem e soldagem mais difícil, exigindo tratamentos térmicos.

Justificativa para o emprego

Altas temperaturas: acima do limite do aço carbono


Baixas temperaturas: inferiores a –45ºC ao do aço carbono
Alta corrosão
Necessidade de não contaminação: produtos alimentares, farmacêuticos
Segurança:
22/04/2013 fluidos muito quentes, inflamáveis, tóxicos, explosivos etc.
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Tubos de Aço Liga - Propriedades

Duas classes : Aços-liga Molibidênio e Cromo-Molibidênio e aços-liga de Níquel.


Os aços-liga Mo e Cr-Mo contêm até 1% de Mo e até 9% de Cr, são ferríticos, e
utilizados para temperaturas elevadas.
O Cr melhora resistência a oxidação em altas temperatura e resistência a corrosão em
geral, principalmente em meios oxidantes.
Mo melhora resistência a fluência do aço e aumenta a resistência a corrosão alveolar

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Tubos de Aço Liga - Especificações

Até 2,5% de Cr ligeiro aumento na resistência à fluência, percentuais maiores


reduzem essa resistência (exceto no inox austenítico - Ni).
Até 2,5% de Cr alta temperatura, grandes eforços meânicos e baixa corrosão –
resistência a fluência.
Maior % de Cr alta temperatura, reduzidos eforços meânicos e alta corrosão –
resistência à oxidação ou a corrosão, hidrocarbonetos quentes e serviços com hidrogênio.

Sofrem fratura frágil repentina se utilizados em temperatura abaixo de 0ºC


Os aços-liga contendo Ni são especiais p/ baixas temperaturas; quanto maior o % de Ni
mais baixa é a temperatura de utilização.

Principais especificações ASTM


Tubos s/ costura: A-335 (aços-liga Mo e Cr-Mo) A-333 (aços-liga Ni)
Tubos c/ costura: A-671 (aços-liga 2 ½ Ni e 3 ½ Ni ) A-672 (aço-liga ½ Mo ) e A-691
(aços-liga Cr-Mo).

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Tubos de Aços Inoxidáveis - Propriedades


Austeníticos: não magnéticos, 16 a 26% Cr e 6 a 22% Ni

Extraordinária resistência a fluência e a oxidação, exceto os de baixo C (304L e 316L –


limite de 400ºC, menor resistência mecânica), mantém-se dúctil mesmo em temperaturas
extremamente baixas.

O 304 e 316 e outros não estabilizados estão sujeitos a precipitação de carbonetos de


Cr (sensitização) entre 450 e 850ºC, diminuindo a resistência a corrosão e sujeito a
corrosão intergranular em meios ácidos. Pode ser controlado pela adição de Ti , Ta e Nb
(aços estabilizados 321, 347 e 348) ou diminuindo o C (série L).

Presença de íons de Cl em geral pode causar severa corrosão alveolar e sob-tensão

Utilizado em serviços para temperaturas elevadas, temperaturas muito baixas


(criogênicos), meios corrosivos oxidantes, produtos alimentícios e farmaceutícos,
hidrogênio em pressões e temperaturas elevadas
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Tubos de Aços Inoxidáveis - Propriedades


 Ferríticos e Martensíticos: menor resistência fluência e a corrosão, menor temperatura
de início de oxidação, temperaturas limites de uso mais baixas.

Mais baratos, menos sujeitos a corrosão alveolar e sob-tensão, difíceis de soldar e não
adequado p/ baixas temperatura.

Principal especificação ASTM: A-312, tubos com e sem costura.

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Tubos de Aços Inoxidáveis - Propriedades


Principais elementos de liga ------ Cr, Ni, Mo.
 Baixa liga -------  el. Liga  5 %
 Média liga ------- 5%   el. Liga  10 %
 Alta liga --------  el. Liga  10 % Austeníticos
Ferríticos
Inoxidável  adição de no mínimo 12 % Cr Martensíticos
Duplex;
EPP

Usados quando a temperatura ou condições específicas (corrosão,


contaminação) impedem o uso do aço carbono.
Disponibilidade
 Dificuldades Preço (4 vezes o aço carbono)
Soldabilidade
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Tubos de Aço Inoxidáveis – Fatores de influência dos elementos

• Aumenta resist. À oxidação em temperatura elevada


Cromo • Aumenta resistência à corrosão

• Até 2 ½ % aumenta resistência à fluência

Molibdênio: aumenta resistência à fluência e ao escoamento;

• Confere maior resistência mecânica a baixa e alta


Níquel: temperatura;

• Aumenta a resistência a corrosão.


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Oxidação ao Ar – Influência do Cr.

Fonte: Materiais para equipamentos de processo, P.C. Silva Telles, Ed


Interciência.
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Resistência à Fluência: Influência do Mo.

Tensão para ruptura por fluência


em 1.000 horas.

Fonte: Materiais para equipamentos de processo,


22/04/2013 P.C. Silva Telles, Ed Interciência.
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Tenacidade: Influência do Ni.

Resistência ao impacto do aço-


liga 3 ½ % Ni e do Níquel.

Fonte: Materiais para equipamentos de processo, P.C. Silva Telles, Ed


Interciência.
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Fonte: Materiais para equipamentos de processo, P.C. Silva Telles, Ed


Interciência.
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Fonte: Materiais para equipamentos de processo, P.C. Silva Telles, Ed


Interciência.
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Fonte: Materiais para equipamentos de processo, P.C. Silva Telles, Ed


Interciência.
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Fonte: Materiais para equipamentos de processo, P.C. Silva Telles, Ed


Interciência.
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Tubos de Ferros Fundido - Propriedades

Ligas de FeC > 6% C;


Ferro fundido nodular adição de Si, Cr ou Ni Aumenta a resistência
mecânica;
Ferro fundido branco não utilizado;
Excesso de grafita, torna frágil, e com péssima soldabilidade;
Baixa resistência mecânica (tração, compressão e choques);
Boa resistência à corrosão;
Boa resistência ao desgaste e abasão;
Uso em h2o, h2o salgada, esgoto (baixa pressão);
Especificação: ASTM A-74; ASTM A-37; EB-43 e P-EB-
137 DA ABNT.
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Tubos de Materiais Não-ferrosos - Propriedades

 Melhor resistência à corrosão que o aço carbono;

 Menor resistência mecânica ;

 Melhor condutibilidade térmica;

 Menor peso especifico;

 Melhor comportamento em baixas temperaturas;

 Maior custo.
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Tubos de Materiais Não-ferrosos - Propriedades

 Cobre e suas Ligas: excelente resistência ao ataque atmosférico, álcalis,


ácidos diluídos. Sujeitas a CST em contato com a amônia, aminas e
compostos nitrados. Faixa de trabalho –180º a 200ºC. Principais
• especificações: B-88 (cobre), B-111 (latão) e B-466 (cupro-níquel).

 Alumínio e suas Ligas: leves (1/3 do peso dos aços) boa resistência a
atmosfera, água e compostos orgânicos inclusive ácidos orgânicos. Baixa
resistência mecânica, sendo melhorada com a adição de Fe, Si, Mg. Excelentes
para serviços criogênicos (-270ºC). Principal especificação: B- 241.

 Níquel e suas Ligas: Ni comercial, metal Monel (67% Ni, 30% Cu), Inconel
(80%Ni e 13% Cr). Excelente resistência a corrosão, boa qualidade mecânica,
resistência a temperatura elevada e baixa. Monel: água salgada, H2SO4
diluído, HCl diluído. Temp de 550ºC. Níquel: 1050ºC e 1100ºC Incoloy.

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Tubos de Cobre e Suas Ligas - Propriedades

 Cobre puro = ASTM B-88; ASTM B-75; ASTM B-111.


 Latão = Cobre + Zinco = ASTM B-111.
 Bronze = Cobre + Silicio = ASTM B-315.
 Cupro-Níquel = ASTM B-466.

 Devido ao alto coeficiente de transmissão de calor são usualmente


empregados em serpentinas, como tubos de aquecimento ou
refrigeração;
 Não devem ser empregados para produtos alimentares ou
farmacêuticos pelo fato de deixarem resíduos tóxicos pela corrosão
 Alta condutibilidade elétrica ;
 Custo elevado.
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Tubos de Alumínio e Suas Ligas - Propriedades

 Alumínio = ASTM B88 (tempera L ou K).

 A resistência mecânica é muito baixa;

 Baixo peso especifico;

 Ótimo desempenho em baixas temperaturas;

 A adição de Si, Mg ou Fe melhora a resistência mecânica;


 Devido ao alto coeficiente de transmissão de calor são empregados
em serpentinas, como tubos de aquecimento ou refrigeração.
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Tubos de Níquel e Suas Ligas - Propriedades

 MONEL (67 % Ni, 30 % Cu) = ASTM B164


 INCONEL (72 % Ni, 15 % Cr; 8 % Fe) = ASTM B168
 INCOLOY (42 % Ni, 22 % Cr; 20 % Fe, 3 % Mo; 2 % Cu) = ASTM B564
 HASTELlOY (60 % Ni, 28 % Mo, 5 % Fe, 2.5 % Co) = ASTM B622

 Alta resistência à corrosão;

 Boa resistência a altas e baixas temperaturas;

 Alto custo.
Tubulações Industriais

Tubos de Materiais Não-metálicos - Propriedades

A utilização de tubos de plástico tem crescido nos últimos anos, principalmente


como substitutos para os aços inoxidáveis .

Cerâmica;
Fibro-cimento;
EPDM;
PTFE;
PEAD/PEBD;
PVC;
PCVC;
PVA;
PP.
Tubulações Industriais

Tubos de Materiais Não-metálicos - Propriedades

Desvantagens: Vantagens:

 Baixa resistência ao calor  Baixo peso específico;


 Baixa resistência mecânica  Alta resistência à corrosão
 Pouca estabilidade dimensional  Coeficiente de atrito muito baixo
 Insegurança nas informações  Facilidade de fabricação e
técnicas manuseio
 Alto coeficiente de dilatação  Baixa condutividade térmica e
 Alguns plásticos podem ser elétrica
combustíveis
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

 OBSERVAÇÕES:

Proibido a utilização de telefones celulares, tablets,


notebooks e calculadoras gráficas durante avaliações.
OBRIGADO!
1. c 2. a 3. d 4. b 5. b

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