Você está na página 1de 70

TUBULAÇÕES

INDUSTRIAIS

Prof. Glauco José Rodrigues de Azevedo


CAPÍTULO II
Conexões de
Tubulação
2
CONECTORES EM TUBULAÇÃO

 ELEMENTOS DE LINHA

São equipamentos e acessórios que se apresentam com constância ao


longo de uma tubulação de processo. Os principais desses componentes
são: conectores, válvulas, juntas, purgadores, apoios, etc.

Apoio
Válvulas

Luva Junta de
Expansão
 FINALIDADE DOS CONECTORES

Os diversos meios utilizados para conectar tubos servem para:

 Conectar tubos entre si

 Ligar tubos às válvulas, acessórios e equipamentos.

4
CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO TIPO DE LIGAÇÃO

Escolha depende de: material, diâmetro, finalidade, segurança, custo, pressão e


temperatura, fluido, necessidade de desmontagem.
CLASSIFICAÇÃO QUANTO A FINALIDADE

Não existe uma distinção


muito rígida entre as
denominações curvas e
joelhos, chamados às vezes de
cotovelos. De um modo geral, as
conexões de raio grande são
chamadas de curvas, e as de
raio pequeno são chamadas de
joelhos.

6
CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO SISTEMA DE
LIGAÇÃO
As conexões de tubulação podem também ser classificadas de acordo com
o sistema de ligação empregado:

Conexões para
Conexões para solda Conexões para ligações
solda de topo.
de encaixe. de compressão

Conexões de ponta
e bolsa.
Conexões rosqueadas
7

Conexões flangeadas
As ligações desmontáveis são mais caras e menos
seguras (contra vazamentos) comparadas com as não
desmontáveis.
8
SISTEMAS DE LIGAÇÃO PARA TUBULAÇÕES
DE AÇO
Considerando que as tubulações de aço representam a imensa maioria de todas as
tubulações industriais, podemos fazer o seguinte quadro resumo dos principais
sistemas de ligação que podem ser recomendados para as tubulações de qualquer
tipo de aço, de acordo com a prática industrial usual:

Serviço não severo significa fluido não perigoso em pressões até 0,7 MPa ( 7 kg/cm2) e em temperaturas até lOO° C.
Serviço severo significa alta responsabilidade (fluidos inflamáveis, tóxicos etc.) ou pressões e/ou temperaturas superiores aos limites
citados acima..
CONEXÕES SOLDADAS

O uso das conexões soldadas cresce


continuamente na indústria em geral.

VANTAGENS:

 Não necessita de manutenção;


 Facilidade de aplicação de isolamento térmico e de pintura;
 Boa resistência mecânica;
 Estanqueidade perfeita e permanente;
 Boa aparência.

DESVANTAGENS:

 Dificuldade de desmontagem;
 Perigo de Utilização de soldagem durante funcionamento da unidade, no caso de
inflamáveis;
10
 Dificuldade de obtenção de equipamento de soldagem adequado e mão de obra
habilitada em certas operações
 Não é possível utilizar o processo de soldagem em materiais galvanizados.
CONEXÕES PARA SOLDA DE TOPO

As conexões para solda de topo são peças que apresentam um


chanfro apropriado nas extremidades, para aumentar a penetração
da solda – tipo e dimensões padronizadas segundo a norma ASME B 16.25)

A solda de topo é o sistema mais usado para as ligações entre tubos de 2", ou maiores,
em tubulações de qualquer tipo de aço. Excepcionalmente, a solda de topo poderá ser
empregada mesmo em diâmetros menores (1" ou acima), quando for exigida total
segurança contra vazamentos, como por exemplo em serviço com hidrogênio.
11
A espessura de parede das
conexões deve sempre ser igual à
do tubo a que estão ligadas, para
permitir soldas perfeitas e
também devem ser sempre do
mesmo material dos tubos. 12
 TIPOS DE CONECTORES PARA SOLDA DE TOPO

13
CONEXÕES PARA SOLDA DE ENCAIXE

Essas conexões têm as extremidades com o encaixe para a soldagem nos tubos, e por
esse motivo devem também ser sempre do mesmo material dos tubos.

Esse tipo de ligação é usado na maioria dos tubos industriais com diâmetros até 1 ½''
inclusive, em toda faixa usual de pressões e de temperaturas, para tubos de aço de
qualquer tipo. A solda de encaixe é empregada também, embora não exclusivamente,
em tubos de 4", de metais não-ferrosos e de plásticos.

A norma ASME.B.31.3 recomenda que não se em pregue solda de encaixe em


serviços de alta corrosão ou erosão, e proíbe esse tipo de ligações, em 14
diâmetros acima de 1 ½", para serviços fortemente cíclicos. A solda de encaixe
também não deve ser empregada em tubulações para serviço com hidrogênio.
 TIPOS DE CONECTORES PARA SOLDA DE ENCAIXE

As dimensões de todos
esses tipos de
conexões estão 15
padronizadas na
norma ASME.B .16.11
CONEXÕES ROSQUEADAS OU ROSCADAS
Essas conexões têm as extremidades com rosca interna para o rosqueamento
direto nos tubos, ou rosca externa, para rosqueamento a outras peças.

Niples

Como não são soldadas aos tubos, poderão 16


ser, caso necessário ou econômico, de Redução Bucha
material diferente dos tubos.
 Características:
 São empregadas tubulações industriais em serviços de baixa responsabilidade
(água, ar, condensado de baixa pressão etc.). O diâmetro nominal máximo de uso
corrente é de 2”, embora haja fabricação de peças com 4” ou maiores ainda.

 São de baixo custo e fácil execução (em pequenas bitolas).

 Não suportam alta pressão e são sujeitos a vazamentos.

 Introduzem concentração de tensões e enfraquecem as paredes do tubo (é usado em


tubos de parede espessa - série 80, no mínimo).
17
 São as únicas ligações usadas para tubos galvanizados, tanto de aço como de ferro
forjado, porque a soldagem em material galvanizado sempre apresentará defeitos,
sendo proibida por algumas normas de projeto.
Para a ligação das varas de tubo entre si empregam se dois tipos de peças:
As luvas e as uniões

As roscas, tanto dos tubos como das luvas e uniões, são cônicas, de maneira 18
que, com o aperto, há interferência entre os fios das roscas, garantindo a
vedação. Para auxiliar a vedação usam-se fitas adesivas que são enrola das
sobre as roscas externas.
 TIPOS DE CONECTORES ROSQUEADOS

19
CONEXÕES FLANGEADAS
Uma ligação flangeada é composta de dois flanges, um jogo de parafusos ou estojos
com porcas e uma junta de vedação

20
As ligações flangeadas, que são facilmente desmontáveis, empregam-se principalmente
para tubos de 2" ou maiores, em dois casos específicos:

 Para ligar os tubos com as válvulas e os equipamentos (bombas, compressores,


tanques, vasos etc.), e também, às vezes, em determinados pontos, onde seja
necessária facilidade de desmontagem.

 Para a ligação corrente de um tubo no outro, em dois casos:


Tubulações de aço que possuam revestimento interno anticorrosivo.

21
 Algumas tubulações de aço, e também de ferro fundido, nos casos em que
seja necessária a desmontagem da tubulação para a limpeza interna,
devido a fluidos muito sujos ou que deixem sedimentos ou incrustações.
Os flanges podem ser integrais com o tubo, ou independentes, soldados ou
rosqueados ao tubo. Os flanges de válvulas, bombas, compressores, turbinas e
outras máquinas são quase sempre integrais com esses equipamentos.

22
Como regra geral, em qualquer caso, as ligações flangeadas devem ser usadas
no menor número possível, por que são sempre pontos de possíveis
vazamentos, e também porque são peças caras, pesadas e volumosas.
 Tipos de Conexões Flangeadas

23
 Tipos de Flanges para Tubos

Flange Integral com o Tubo são usados apenas em casos


raros de tubulações de Ferro Fundido e alguns plásticos,
sempre para diâmetros de 2”. É o tipo mais resistente.

24
Flange de Pescoço: é o tipo mais utilizado para quaisquer
pressão e temperatura para diâmetros de 2” ou maiores. De
todos os não- integrais é o mais resistente. A montagem é
mais cara: cada pedaço do tubo devem ser chanfrados e o
tubo deve ser cortado na medida com muito pouca tolerância
no comprimento.

25
Flange Sobreposto: É mais barato e mais fácil de instalar
que o anterior, porque a ponta do tubo encaixa no flange,
facilitando o alinhamento e evitando a necessidade do corte
do tubo na medida exata. Só é utilizado em serviços não
severos porque o aperto permissível é pequeno (a resistência
mecânica do flange é inferior a do tubo)

Solda interna
Solda externa

26

Serviço não severo significa fluido não perigoso em pressões até 0,7 MPa e em
temperaturas até lOO° C.
Flange com Rosca: São usados apenas para tubulações de
metais não soldáveis (FeFo, aço galvanizado, e etc.) e para
tubulações de materiais não metálicos (alguns plásticos). A
norma recomenda que seja feita vedação entre o tubo e o
flange quando o fluido é inflamável, tóxico ou perigoso,
embora não seja usual o emprego de flange rosqueado para
este fim.

27
Flange de Encaixe: É semelhante ao sobreposto, porém
tem um encaixe completo para a ponta do tubo, dispensando
a solda interna. É o tipo mais utilizado para tubulações de
aço de pequeno diâmetro, até 1½”

28
Flange Solto: Ficam soltos na tubulação, capaz de deslizar
livremente sobre o tubo. Para o uso deste flange é necessário
soldar uma peça especial denominada pestana ou virola que
servirá de batende para o flange.
Vantagem: não tem contato com o fluido circulante, sendo por
isso empregados em tubos de materiais especiais (por exemplo
tubos com revestimento interno – flange sem contato com o
fluido).
Desvantagem: só aplicáveis em serviços de baixa temperatura
e pressão

29
Flange Cego: São flanges fechados em foram de disco,
usados para extremidades de linhas ou fechamento de
bocais flangeados.

30
Flange Tipo Anel: É semelhante ao sobreposto, porém é
ligado ao tubo por uma solda de penetração total, resultando
uma melhor resistência mecânica e não apresenta o vazio
interno existente entre o flange sobreposto. Por esta razão
podem ser empregados mesmo onde não se permite o uso do
flange sobreposto (serviços severos). Esses flanges não são
normalizados, esse fato limita o seu emprego em tubos de
pequenos diâmetros – 20” ou maior)

Serviço severo significa


fluido alta responsabilidade
(fluidos inflamáveis, tóxicos
etc.) em pressões acima de
0,7 Mpa, temperaturas
acima de lOO° C.

31
OBSERVAÇÕES.:
 Flanges soldados: mesmo material do tubo (evitar soldas dissimilares).

 Flanges rosqueados: Podem ser de material diferente do tubo.

 Os Flanges são sempre pontos críticos da tubulação, porque a sua resistência


mecânica é menor do que o tubo.

32
 Face de Assentamento dos Flanges

- 2 a 7 mm

- São bem
mais caros
- materiais frágeis que os
anteriores e
são utilizados
em serviços
especiais
com fluidos
corrosivo. A
junta quase
METÁLICO – melhora não tem
vedação! contato com
o fluido
para serviços severos, alta
pressão e temperatura

33

Se as válvulas ou equipamentos apresentarem flanges de face plana,


utilizar também flanges de face plana no tubo.
 Dimensionamento dos Flanges

 O diâmetro nominal do tubo associado à classe de pressão


nominal definem todas as dimensões dos Diversos tipos de
flanges

 Todos os Flanges são designados pelo diâmetro nominal do


tubo que se destinam (Flange 8” Usados em Tubos 8”).

 A norma dimensional de uso mais generalizado no Brasil é


a ANSI B.16.5 que abrange flanges de aço de todos os
tipos, nos diâmetros nominais de 1” até 24”. Essa norma
define 7 séries de flanges denominadas de “Classe de
Pressão” e designadas pelos números adimensionais 150#,
300#, 400#, 600#, 900#, 1500# e 2500#.
34
 Para cada classes de pressão tem-se uma curva de
interdependência entre a Pressão Admissível e a Temperatura
(para Flanges de aço carbono).

35
36
37
 Especificação de flanges

Para encomenda ou requisição de flanges são necessárias


as seguinte informações:

• Quantidade (número de peças);


• Tipo de flange;
• Diâmetro nominal (do tubo);
• Tipo de face
• Especificação do material do flange

OBS.:

• Para os flanges de pescoço e flanges de encaixe é


necessário especificar a espessura de parede do tubo a ser
soldado.
38
• Para os flanges rosqueados é necessário especificar o tipo
de rosca.
 Juntas para Flange

Em todas as ligações flangeadas existe sempre uma junta


que é o elemento de vedação. Podem ser de: Borracha
(uso em geral), plástico (usados em fluidos corrosivos),
papelão hidráulico (usados em altas temperaturas além de
resistir a ação dos fluidos corrosivos) ou metálica de anel.

39
Com flanges de face com ressalto usam-se juntas planas em
forma de coroa circular, cobrindo apenas o ressalto dos flanges,
por dentro dos parafusos.

As juntas para os flanges de face plana cobrem a face completa dos


flanges, inclusive a furação dos parafusos.

40
Para os flanges com face para junta de anel, as juntas são em forma
de coroa circular estreita, encaixando-se no fundo da ranhura; como
a junta fica confinada, resiste a esforços muito elevados tanto de
compressão como de cisalhamento

41
 Parafusos e Estojos para Flanges

Parafuso Cabeça Parafuso Estojo


Sextavada ou Prisioneiro

APERTO INICIAL – Tem a finalidade de adaptar as juntas às faces


do flange, amoldando-a às imperfeições.
Valores do Aperto Inicial:
• Juntas de Borracha de 2,5 a 4 MPa
• Juntas de Papelão Hidráulico de 8 a 12 MPa
• Juntas Metálicas de 20 a 40 Mpa

APERTO RESIDUAL – Tem o objetivo de combater o efeito da


pressão interna (Pi)na tubulação tendendo a separar os flanges.
Valor do Aperto Residual 1,5 a 2 vezes Pi 42

APERTO FINAL – Para compensar os efeitos de dilatações devido a


variações de temperatura.
CONEXÕES COM NIPLES
Niples são pedaços curtos de tubos preparado especialmente para permitir ligações em
tubulações onde se emprega ligações rosqueadas ou por solda de encaixe. São
utilizadas quando não é possível realizar ligações de forma direta entre duas conexões
ou entre uma válvula de uma conexão.

 Ligação entre duas conexões

 Ligação entre uma válvula com uma conexão

43
 Niples Paralelos:

 Niples de Redução:

44
CONEXÃO DE PONTA E BOLSA

Para uso com ponta e bolsa, as varas de tubos são assimétricas, tendo, cada
uma, a ponta lisa em um extremo e a bolsa no outro

A ponta lisa de um tubo encaixa-se dentro da bolsa do outro tubo, no


interior da qual coloca-se o elemento de vedação que servirá para dar
estanqueidade ao conjunto.

45
O elemento vedante deve ser elástico, ou ter perfeita aderência ao tubo;
deve também ser resistente ao fluido contido, não dissolvendo nem
contaminando o mesmo.
As conexões de ponta e bolsa de ferro fundido, são fabricadas de 2"a 24“.

46
As ligações de ponta e bolsa permitem quase sempre um pequeno
movimento angular entre um tubo e outro, e às vezes também um ligeiro
movimento axial; fazem exceção, evidentemente, as ligações vedadas com
argamassa de cimento ou materiais equivalentes.

Os anéis retentores de borracha para tubos de ferro permitem um


considerável movimento angular (4º a 8º, dependendo do diâmetro),
sendo por isso tal sistema de ligação usado em tubulações sujeitas a
desnivelamentos devidos a recalques de terreno.
47
CONEXÃO PARA LIGAÇÃO DE COMPRESSÃO
A vedação é obtida por interferência metálica entre o tubo e uma luva, podendo a
interferência ser conseguida por vários meios, mas sempre a frio. No exemplo abaixo,
a interferência se dá pela penetração na parede do tubo de duas arestas de uma luva
de aço de alta dureza, causada pelo aperto de uma porca de rosca fina.

48
As conexões para ligação de compressão são fabricadas em pequenos diâmetros (até
50-60 mm), de aço-carbono, aços inoxidáveis e metais não-ferrosos, sendo em
pregadas nas tubulações em que se emprega esse tipo de ligações.

49
CURVAS EM GOMOS

As curvas em gomos são


feitas de pedaços de tubo
cortados em ângulo e
soldados de topo um em
seguida do outro

As curvas de 90º costumam ter 3 ou, mais raramente, 4 gomos; as de 45º


costumam te 2 ou 3 gomos.

50
51
DERIVAÇÕES SOLDADAS ( BOCA-DE-LOBO)

Ponta do Tubo
Entalhado
Maior resistência mecânica

52
 Tipos de Boca-de-lobo:

53
DERIVAÇÕES COM LUVA, COLAR E SELA

 Derivação com Luva

Para ramais pequenos, até 2” de diâmetro, é usual o


emprego de uma luva (rosqueada ou para solda de
encaixe), soldada diretamente ao tubo-tronco,
desde que esse último tenha pelo menos 4” de
diâmetro.
A norma ANSI.ASME.B.31.3 admite esse sistema,
para ramais até 2”, sem limitações de pressão e
temperatura, e sem necessidade de reforços locais,
desde que as luvas tenham resistência suficiente e
desde que a relação entre os diâmetros
nominais do tubo-tronco e da derivação seja igual
ou superior a 4.
54
 Derivação com Colar

55
 Derivação com Sela

56
RESUMO DAS RECOMENDAÇÕES PARA
DERIVAÇÕES

57
OUTROS ACESSÓRIOS DE TUBULAÇÃO

A Figura mostra raqueta, que são


acessórios simples, feitos de chapa
de aço recortada. Essas peças são
colocadas entre dois flanges
quaisquer da tubulação; com o aperto
dos parafusos dos flanges consegue-
se a vedação absoluta da linha.

Essa peça fica permanentemente na


tubulação; quando se deseja bloquear o fluxo
põe-se o lado cheio entre os flanges, e quando
se quer permitir o fluxo põe-se o lado vazado
entre os flanges. As raquetas são colocadas na 58
tubulação apenas quando se quer bloquear.
59
JUNTAS DE EXPANSÃO
As juntas de expansão são peças deformáveis que se intercalam nas tubulações com a
finalidade de absorver total ou parcialmente as dilatações provenientes das variações
de temperatura e também, em alguns casos, com a finalidade de impedir a propagação
de vibrações ou de esforços mecânicos.

60
As juntas de expansão são peças pouco empregadas: na grande maioria dos casos é
muito preferível fazer-se o controle das dilatações térmicas simplesmente por um
traçado conveniente dado à tubulação, com diversas mudanças de direção, de maneira
que a tubulação tenha flexibilidade própria suficiente.

61
COMPARATIVO DO USO DAS JUNTAS DE EXPANSÃO

 Juntas de expansão são em geral mais caras do


que o comprimento adicional de tubo,
principalmente para pequenos diâmetros.

 O traçado não retilíneo devido ao maior


comprimento conduz a maiores valores das
perdas de carga e das perdas de calor, acréscimo
esse que pode chegar a 20%.
tubulação retilínea, contendo
uma junta de expansão
 Pelo fato de constituírem pontos fracos na
tubulação, com resistência bem inferior da
própria tubulação, além de sujeitas a vazamentos
ou mesmo a ruptura súbita, necessitam de um
constante cuidado de inspeção e manutenção.

 Em tubulações de responsabilidade,
traçado não-retilíneo capaz de principalmente com fluidos perigosos,
absorver uma dilatação recomenda se evitar o uso de juntas de 62
expansão, empregando-as somente quanto
não houver outra solução viável.
MOVIMENTOS DAS JUNTAS DE EXPANSÃO

 Movimento Axial
é o tipo de movimento mais comum, proveniente, em geral, da dilatação/contração
de trechos de tubulações ligados à junta de expansão.

63
 Movimentos Angular e Lateral

Os movimentos angulares e laterais são


características de juntas de expansão situadas
em tubulações curtas entre dois vasos ou
equipamentos. Esses movimentos em geral se
dão, em consequência da dilatação própria
desses vasos ou equipamentos.

Movimento angular 64

Movimento lateral
JUNTA DE EXPANSÃO DE TELESCÓPIO

As juntas de expansão de telescópio consistem basicamente em dois pedaços de tubo


concêntricos, que deslizam um sobre o outro, cada um ligado a um dos extremos da
junta.

Essas juntas, como é evidente, só podem absorver movimentos axiais das


tubulações; por essa razão devem ser adotadas medidas convenientes para impedir 65
esforços laterais ou momentos de rotação sobre as juntas, porque tais esforços as
danificariam em pouco tempo.
 Todas as juntas de telescópio devem ter um dispositivo limitador de curso, que
impeça o desengate por abertura excessiva. Esses dispositivos podem ser batentes
internos ou externos, ou também tirantes limitadores reguláveis.

 As juntas de telescópio são fabricadas diâmetros nominais até 24" para pressões
até 4 MPa (= 40 kg/cm2) e com curso até de 300 mm.

 As juntas de telescópio só devem ser usadas para serviços não severos (fluido
não perigoso, pressão máx.: 0,7MPa, temperatura máx.: 100°C) e onde os
movimentos não sejam frequentes porque a movimentação frequente
66
fatalmente causará vazamentos
JUNTAS DE EXPANSÃO DE FOLE

As juntas de fole consistem essencialmente em um fole com uma série de


gomos feitos de uma chapa fina flexível.

Como não possuem gaxetas não há o risco de vazamentos, e a manutenção é


bem menor comparativamente com as juntas de telescópio. Por essa razão,
podem ser usadas em serviços severos, mesmo com fluidos perigosos
(inflamáveis, tóxicos etc.).
67
O grande risco de acidentes nessas juntas é a ruptura súbita do fole, que pode
causar vazamentos consideráveis ou até um desastre de proporções. Por essa
razão, em juntas importantes, a construção do fole deve ser extremamente
cuidadosa.

As juntas de fole, dependendo do modelo, podem permitir qualquer tipo ou


combinação de movimentos.

Junta com dobradiça –


Junta cardâmica – movimento
movimento angular no plano
Junta Simples angular em qualquer plano

68
JUNTA DE EXPANSÃO DE TECIDO

69
INSTALAÇÃO DE UMA JUNTA DE EXPANSÃO

70

Você também pode gostar