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UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA – UFRR

CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA – CCT


QA214 – QUÍMICA GERAL EXPERIMENTAL
PROFº FRANCISCO PANERO

E7 – ESTEQUIOMETRIA DE UMA REAÇÃO DE PRECIPITAÇÃO

SARAH EMILLY DE SOUZA OLIVEIRA

Boa Vista – RR
2018.2
1 INTRODUÇÃO

Quando se estuda reações químicas, há no contexto o estudo dos


reagentes, que são as substâncias iniciais de uma determinada reação. E os
produtos, que serão as substâncias formadas a partir da interação entre os
reagentes (FILHO; JORGE; PELISSON, 2011).
O estudo aprofundado de uma reação química, no que se refere às
proporcionalidades, valores de massa e afins, é chamado estequiometria.
Nessa área que serão observados os cálculos das quantidades de reagentes
(Seja mol, massa, volume), necessárias para que a reação ocorro. E se ocorrê-
la, analisar se a quantidade dos reagentes pôde reagir bem, formando os
produtos. Podendo haver casos em que quantidades de reagentes estão
limitados, ou seja, qe estaria faltando para que a reação ocorresse. Ou também
o contrário, uma reação em que os reagentes estão em excesso, ou seja, há
quantidades superiores de reagentes necessárias para que a reação
ocorresse. (RUSSELL, 1994)
O estudo da estequiometria aborda exatamente isso, analisar as
quantidades dadas em uma reação química e verificar se a reação de fato
ocorrerá. E se ocorrer, quanto irá produzir.
Fundamental para o estudo dessa área, está o químico Antoine Lavoisier
(1771-1794) que defendeu a tese de que a soma das massas dos reagentes é
igual a soma das massas dos produtos. Sendo fundamental para contribuição
futura da idealização de conversão de valores e proporcionalidade usadas hoje
no estudo do cálculo estequiométrico.
2 OBJETIVO

Aplicação da Lei da Conservação da Massa com cálculo do rendimento,


limitante e reagente em excesso.

3 MATERIAIS E REAGENTES

Para este experimento foi utilizado béqueres de 50 e 200 mL, bastões de


vidro, uma espátula, um balão volumétrico de 50 mL, um papel de filtro, vidro
relógio, um funil simples, um suporte universal, uma garra para funil, uma
balança analítica, estufa e um dessecador.

Como reagentes, utilizamos CaCl₂ e Na₂CO₃.

- Béquer é utilizado para preparar e diluir soluções e realizar reações de


precipitação de substâncias (Figura 1).
Figura 1 – Béquer

Fonte: Prolab

- Bastão de vidro é utilizado para agitar soluções (Figura 2).


Figura 2 – Bastão de vidro

Fonte: Biosigma

- Espátula é utilizada na transferência de sólidos (Figura 3).


Figura 3 – Espátula

Fonte: Prolab

- Balão volumétrico é usado para preparar volumes de soluções (Figura 4).


Figura 4 – Balão volumétrico

Fonte: Coldaweb

- Papel de filtro é usado como um meio filtrante em uma filtração (Figura 5).
Figura 5 – Papel de filtro

Fonte: Prolab

- Vidro de relógio é usado para pesar quantidades pequenas de substâncias,


para cobrir recipientes e para evaporar soluções (Figura 6).
Figura 6 – Vidro de relógio

Fonte: Biosigma

- Funil é utilizado na transferência de substâncias entre recipientes e na


filtragem de substâncias com o auxílio de um filtro de papel (Figura 7).
Figura 7 – Funil

Fonte: Biosigma

- Suporte universal servem para sustentas diversos aparelhos e vidrarias


(Figura 8).
Figura 8 – Suporte Universal

Fonte: Coladaweb

- Balança analítica serve para medir a massa (Figura 9).


Figura 9 – Balança analítica

Fonte: Prolab

- Estufa é utilizada para secagem de material, com controle de temperatura


através de termostato (Figura 10).
Figura 10 – Estufa

Fonte: Quaflk

- Dessecador serve para secagem de substâncias sólidas (Figura 11).


Figura 11 – Dessecador

Fonte: Prolab
3.1 NORMAS DE SEGURANÇA PARA OS REAGENTES

3.1.1 CaCl₂

Para medidas de primeiros socorros: em casos de inalação, remover para


local ventilado; em casos de contato com a pele, lavar com água corrente e
retirar as roupas contaminadas; em casos de contato com os olhos, lavar com
água corrente por no mínimo 15 minutos; em casos de ingestão: beber
bastante água e induzir o vômito. Para o descarte, não enviar o produto para
rede de águas residuais. E para casos de derramamento: absorver em estado
seco. E recolher o resíduo.

3.1.2 Na₂CO₃

Irritante para os olhos. Para medidas de primeiros socorros: em casos de


inalação, remover para local ventilado; em casos de contato com a pele, lavar
com água corrente e retirar as roupas contaminadas; em casos de contato com
os olhos, lavar com bastante água por no mínimo 15 minutos e buscar um
oftalmologista posteriormente; em casos de ingestão, beber bastante água e o
vômito pode ser induzido.
Para o descarte, ter o cuidado de não enviar o produto para rede de águas
residuais. Para caos de derramento, absorver em estado seco.

4 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

4.1 Preparo das soluções


a) Foi preparado uma solução de 50 mL de solução de cloreto de cálcio a 0,4
mol L⁻¹. Foi calculada a massa necessária para o preparo da solução e usando
uma espátula e o béquer ela foi pesada. Foi colocada cerca de 10 mL de água
destilada e com o auxílio de um bastão de vidro o composto foi dissolvido. A
solução foi transferida para um balão volumétrico de 50 mL e foi completada
com água até o menisco.

b) Foi preparado uma solução de 50 mL de solução de carbonato de sódio a


0,4 mol L⁻¹. Foi calculada a massa necessária para o preparo da solução e
usando uma espátula e um béquer ela foi pesada. Foi colocada cerca de 10 mL
de água destilada e com o auxílio de um bastão de vidro o composto foi
dissolvido. A solução foi transferida para um balão volumétrico de 50 mL e foi
completada com água até o menisco.

4.2 Reação de precipitação

Foi adicionado ao béquer de 250 mL a solução de CaCl₂ a 0,4 mol L⁻¹ e


posteriormente foi adicionado a solução de Na₂CO₃ a 0,4 mol L⁻¹.
O papel filtro foi dobrado duas vezes e adaptado ao funil com gotas de água
destilada. A solução foi filtrada e precipitado foi colocado no vidro-relógio e
levado até a estufa. Após ser retirado, foi colocado no dessacador para
alcançar a temperatura ambiente. Posteriormente foi pesado.
5. Resultados e Discussões

5.1 Preparo de soluções

a) Para saber a massa necessária utilizada no preparo da solução de CaCl₂,


utiliza-se a fórmula de dissolução de soluções, tem-se então:

msoluto
M=
MMsoluto. Vsolução

Logo,

m=0,4 mol . L−1 x 110,98 g . mo l−1 x 0,05 L

m=2,22 g

Essa massa foi diluída em água e transferida para balão volumétrico.

b) Para saber a massa necessária utilizada no preparo da solução de Na₂CO₃,


utiliza-se a fórmula de dissolução de soluções, tem-se então:

m=0,4 mol . L−1 x 105 , 98 g . mol −1 x 0,05 L

m=2,12 g

Essa massa foi diluída em água e transferida para balão volumétrico.

5.2 Reação de precipitação

A reação formada entre o Cloreto de cálcio e o carbonato de sódio:

CaCl ₂ ₍ aq ₎+ Na₂ CO ₃ ₍ aq ₎ →CaCO ₃ ₍ aq ₎ +2 NaCl ₍ aq ₎

Tem-se que o CaCl₂ e o Na₂CO₃ estão a 0,4 mol.L⁻¹ e tem volume de 50mL.
Como não há reagente em excesso, calcula-se então a o número de mols
através da concentração, que é dada por:

n
C=
v

Logo,

n=0,4 mol . L ⁻¹ x 0,5 L

n=0,02 mol

Como a proporção é 1:1:1:2, temos que em relação ao CaCO₂ o número de


mol também é 0,02. Partindo daí, pode-se calcular a massa teórica, a partir da
fórmula de número de mols que é dada por:
m
n=
MM

Logo,

m=0,02 mol x 106 , 08 g /mol

m=2 , 0016 g

Em relação ao NaCl, temos relação 1:2. Logo tem-se que:

2 mols de NaCl
0,02 mol de CaC l 2 x =0,04 mol de NaCl
1 mol de CaC l2

Para calcular a massa de NaCl, tem-se que:

m=0,04 mol x 58,44 g /mol

m=2,37 g

Temos que o rendimento teórico é de 2,0016g, que seriam o 100% de


aproveitamento.
Antes de realizar a filtração, o vidro de relógio juntamente com o papel filtro,
foi pesado obtendo como massa 38,0636 g.
Durante a filtração, o filtrado que ficou no papel de filtro foi o sólido CaCO₃ e
o líquido que se separou foi NaCl.
Ao finalizar a filtração o filtrado foi colocado no vidro de relógio e levado a
estufa para que todo água fosse evaporada. Ao término desse processo, o
vidro de relógio foi deixado para esfriar do dessecador. Quando atingiu a
temperatura ambiente foi pesado, adquirindo o peso de 39,5533 g.
Partindo dos cálculos feitos anteriormente, obteve-se que no final da reação
ter-se-ia 2,0016g de CaCO₂ sólido. Porém, obteve-se ao final uma massa de
2,32g. Calculando o rendimento desta reação, tem-se:

rendimento real .100 %


x=
rendimento teórico

Logo,

2,32 g . 100 %
x=
2,00 g

x=116 %

Percebe-se que o resultado obtido é maior que 100%, estando, portanto


errado. A causa de tal erro pode ter sido no momento em que o vidro de relógio
foi pesado, a massa pode ter sido incorreta ou ainda, que todo o líquido do não
tivesse sido evaporado e tenha-se obtido a massa do CaCO₃ + água.
Com a massa do cloreto de sódio, pode-se calcular a concentração de cloreto
de sódio que foi descartada. A concentração é dada por:

m
C=
v

Logo,

2,37 g
C=
0,05 L

C=47,4 g / L

As reações de precipitação são caracterizadas por terem formação de


precipitado ou de um composto insolúvel. Nesta reação o carbonato de cálcio é
o precipitado. Isso acontece porque sua solubilidade em água a 25°C é de 0,001
g/L(Docs, UFPR).

Em relação à concentração de íons no final da reação, tinha-se que a partir dos


cálculos feitos anteriormente, o número de mols de NaCl no final da reação era
de 0,04 mols. Para saber a concentração de íons, leva-se em consideração o
número de Avogadro e a relação molar. Tem-se então:

NaCl → N a+¿+Cl ⁻¿

Relacionando número de mols e a concentração de íons:

1 mol Na⁺
0,04 mols NaCl . =0,04 mols Na⁺
1mol NaCl

Usando a fórmula da concentração:

n
C=
v

a+¿
C=0,04 mols N ¿
0,1 L

C=0,4 mols N a+¿. L⁻ ¹ ¿


6 CONCLUSÃO

Como mostrado nos experimentos, o cálculo das proporções teóricas nem


sempre podem ser obtidos com perfeição na realidade. Por exemplo, o
rendimento da reação do CaCO₂ foi de 116%, devido ao elevado valor da
massa obtido, sendo o valor teórico bem diferente do valor real. Isso o
classifica como um valor desapropriado.
Dessa forma, os resultados encontrados não foram tão satisfatórios pois
não condizem bem com a teoria.
7 REFERÊNCIAS

FILHO, Emílio Galhardo; JORGE, Guilherme Aulicino Bastos; PELISSON,


Marcelo Miguel Martins; Sistema de Ensino Poliedro - Química Livro 1. São
José dos Campos – SP, 2011.

FISPQS – Cloreto de sódio, 2009. Disponível em:


https://www.fca.unicamp.br/portal/images/Documentos/FISPQs/FISPQ-
%20Cloreto%20de%20Sodio.pdf

FISPQS – Carbonato de sódio, 2010. Disponível em:


http://www.qeelquimica.com.br/fispqs/FISPQ-%20Carbonato%20de
%20Sodio.pdf

Carbonato de cálcio – UFPR. Disponível em:


https://docs.ufpr.br/~gazda/cao.htm

PROLAB, Equipamentos, Produtos e Materiais para Laboratório Químico, 2010.


(Disponível em http://www.prolab.com.br/).

Colaweb, Materiais para laboratórios. (Disponível em


https://www.coladaweb.com/quimica/quimica-geral/materiais-de-laboratorio).

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