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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS - UNIFAL

FACULDADE DE CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS


GRADUAÇÃO EM FARMÁCIA

ELIZA RIBEIRO CITTON ESCUDERO


GIULIA MIRANDA XAVIER DE BARROS
JULIA RODRIGUES DE OLIVEIRA
LUANA LOPES

RECONHECIMENTO DE VIDRARIA E CORRELATOS

2023
1. INTRODUÇÃO

Para um trabalho efetivo e seguro no laboratório é essencial a escolha


correta dos materiais para realizar o experimento de forma adequada, efetiva e
segura. Além disso, é importante entender e saber como realizar operações
gerais de pesagem, medida de volume e separação de misturas.

2. OBJETIVO

O objetivo desta aula, visou a segurança e as boas práticas em um


trabalho em grupo, além da compreensão dos materiais usados, ensinando aos
alunos o método científico, incluindo como projetar um experimento, coletar
dados de maneira precisa e tirar conclusões com base em evidências,
verificando e analisando os resultados obtidos, para um melhor aprendizado
prático e o desenvolvimento de habilidades no laboratório, como a síntese e
análise de compostos seguindo com precisão os procedimentos para assim a
preparação de soluções.

3. MATERIAIS E MÉTODOS
Experimento 1: Reconhecimento de material elementar para o trabalho em
laboratório, sua função e localização
Béqueres: utilizados para o preparo de soluções, aquecer líquidos e dissolver
substâncias sólidas para realizar reações.
Suporte Universal: uma barra de ferro sustentada por uma base de aço
utilizado para dar suporte aos materiais de laboratório.
Tubos de ensaio: utilizados para reações químicas de pequena escala com
poucos reagentes de cada vez.
Erlenmeyer: utilizado para manusear líquidos, misturar, aquecer, resfriar,
filtrar, armazenar etc.
Balão de fundo chato: utilizado nas destilações químicas, apropriado para
aquecimentos sob refluxo.
Balão de fundo redondo: utilizado para destilação, onde serve de recipiente
para o aquecimento, normalmente manta de aquecimento.
Balão volumétrico: utilizado para medir um volume específico de líquido
quando preenchido até a marca de referência gravada no pescoço.
Bureta: utilizada para medir pequenas quantidades de líquidos, essencial para
procedimentos como titulações.
Proveta: recipiente cilíndrico utilizado para medir o volume dos líquidos em
laboratórios.

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Pipeta graduada: utilizada para medir ou transferir pequenas quantidades de
líquido, em volumes de mililitros (mL).
Pipeta volumétrica: utilizada para medir um volume exato de único de líquido,
com alta precisão.
Pipeta Pasteur: utilizada para retirar pequenas quantidades de líquido de um
recipiente, geralmente um tubo de ensaio.
Funil analítico: utilizado para filtração e retenção de partículas sólidas em
misturas sólido-líquido.
Funil de separação ou decantação: utilizado para a separação de misturas,
separar líquidos imiscíveis de diferentes densidades
Funil de Buchner: utilizado para a filtração assistida a vácuo e a separação de
substâncias líquidas.
Kitassato: utilizado em laboratórios para realizar diversas atividades, como
filtração e destilação.
Pisseta: utilizada para lavagem de materiais ou recipientes, através de jatos de
água, álcool ou outros solventes.
Pinças: utilizadas para evitar o contato com as vidrarias e demais materiais.
Espátula: utilizada para transferir amostras ou produtos químicos de seus
recipientes originais para o papel de pesagem.
Cadinho de porcelana: utilizado para aquecer, derreter e queimar
substâncias.
Cápsula de porcelana: utilizada para evaporar líquidos das soluções e na
secagem de substâncias.
Vidro de relógio: utilizado para pesar pequenas quantidades de substâncias,
evaporar pequenas quantidades de soluções, cristalizar substâncias, além de
cobrir o béquer e outros recipientes.
Placa de Petri: utilizada para cultura de células, fornecendo espaço de
armazenamento e evitando que sejam contaminadas.
Almofariz com pistilo: utilizado para moer pequenas quantidades de
amostras.
Tela de amianto: utilizada como apoio a materiais de laboratório para garantir
os melhores resultados em experiências e análises.
Tripé de ferro: utilizado em aquecimentos para sustentar a tela de arame
galvanizado com disco refratário ou triângulo de porcelana.
Argola ou anel: utilizado para suporte de funil de vidro em montagens de
filtração e decantação.
Bastão de vidro/baqueta: utilizado para agitação de soluções e de líquidos,
na dissolução de sólidos, no auxílio para transferência de líquidos de um
recipiente para outro.

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Balão volumétrico Balão de fundo chato

Experimento 2: Uso da balança e preparo da solução 1


Materiais utilizados: Bicarbonato de sódio (NaHCO3); béquer de
100 mL; balança analítica; bastão de vidro; funil analítico; balão
volumétrico de 100 mL; água destilada; frasco apropriado para
armazenamento
Métodos utilizados: Pesagem do bicarbonato de sódio,
transferência para o balão volumétrico, ajuste do volume final,
homogeneização da solução, transferência para o frasco de
armazenamento.
Seguindo o passo a passo: Colocou-se o béquer de 100 mL na
balança analítica, tarando a balança para descontar o peso do béquer.
Em seguinte adicionou a quantidade necessária de bicarbonato de sódio
para preparar 100 mL de uma solução a 5% p/v. Precisará de 5gramas
de bicarbonato (pois 5% de 100 mL é igual a 5 g).
Após isso adicionará um mínimo de água destilada ao béquer
contendo o bicarbonato de sódio. Agitando a mistura com um bastão de
vidro até que todo o bicarbonato de sódio esteja dissolvido. Depois de
que ficou dissolvido, colocou-se um pouco de água destilada no balão
volumétrico, aproximadamente um quarto do volume do balão.
Utilizando um funil analítico para transferir cuidadosamente a
solução do béquer para o balão volumétrico, certificando-se de que toda
a solução seja transferida. Completando o volume no balão volumétrico
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com água destilada até o menisco atingir a marcação do volume de 100
mL com cuidado para não ultrapassar em grande quantidade o menisco.
Após o ajuste do volume, fez-se movimentos de inversão suaves para
garantir que a solução estava homogeneizada.
Por fim, transferiu-se a solução do balão volumétrico para um frasco
apropriado para armazenamento.
Experimento 3: Uso da pipeta e preparo da solução 2
Materiais utilizados: Balão volumétrico; pipeta; água destilada e ácido
clorídrico
Métodos utilizados: Inciou-se preparando 100 mL de solução aquosa de
ácido clorídrico a 0,1 mol/L. Após, adicionou-se água destilada cerca de um
terço do balão volumétrico, mediu-se com uma pipeta 0,83 mL do ácido, foi
transferido com cautela ao balão volumétrico contendo água e realizou
movimentos circulares a fim de homogeneizar. Foi adicionado água destilada
cuidadosamente até chegar no menisco e fez movimentos de inversão no balão
volumétrico para homogeneizar a solução novamente.
Por fim, os discentes com a solução aquosa de ácido clorídrico pronta,
transferiram e rotularam em um frasco apropriado.

Experimento 4: Filtração à pressão reduzida


Materiais utilizados: Béquer 100 mL; bastão de vidro; funil de Buchner;
kitasato; papel; tesoura; bomba de sucção; vidro de relógio; 50 mL de água
destilada e 200mg de carbonato de cálcio.
Métodos utilizados: Inicialmente, foi pesado 200 mg de carbonato de
cálcio em um béquer de 100 mL, após foi adicionado 50 mL de água destilada
no béquer e agitu-se utilizando um bastão de vidro.
Para realizar a filtração á vácuo foi cortado um molde de papel a fim que
formasse uma tampa no funil de Buchner, pesou-se 393 mg. Em seguida, foi
levado na bomba de sucção e despejou-se o líquido do béquer no papel
encaixado no funil de Buchner e foi realizado a filtração. Lavou-se o béquer e
bastão de vidro com água destilada, a fim de não ficar sólido retido nos
materiais. Após isso, transferiu-se o papel com o sólido para um vidro de
relógio.
Experimentos 5: Sistema de rotaevaporação

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Materiais utilizados: Balança analítica, béquer de 25 mL, bastão de vidro,
balão de fundo redondo de 125 mL, rotaevaporador, β-naftol e acetona P.A.
Métodos utilizados: Começa-se pesando exatamente cerca de 100 mg
de β-naftol. Na balança analítica, foi colocado o béquer e tarado o peso da
balança para a adição do β-naftol. Após isso, foi adicionado 20 mL de acetona
P.A. ao béquer e, com o auxílio do bastão de vidro, solubilizou-se a mistura.
Em seguida, usou-se o balão de 125 mL para armazenar a solução
durante o processo de rotaevaporação para separar a acetona P.A. do β-naftol
por meio da diferença de ponto de ebulição das duas substâncias. Antes desse
processo, foi registrado a tara do balão vazio e, após o experimento, foi
registrado a tara do balão novamente para o cálculo da porcentagem de
material recuperado.

4. RESULTADOS
No experimento 2, a solução teve o resultado esperado, onde a solução
deveria ser feita a partir de 100ml aquoso de bicarbonato de sódio a 5% p/v,
chegando ao produto final com sucesso para que fosse transferido para o
recipiente apropriado, para uso posterior, para ser usada em experimentos ou
processos que exijam essa concentração específica. A precisão na pesagem e
no manuseio dos materiais foi crucial para obter a concentração desejada.
Os resultados obtidos do experimento 3, foi a obtenção correta da
solução aquosa de ácido clorídrico. O uso da pipeta para calcular 0,83 mL do
ácido clorídrico foi essencial para a realização do experimento.
No experimento 4, através da filtração a pressão reduzida foi realizado a
obtenção do carbonato de cálcio. Com cautela a pesagem do carbonato de
cálcio e o manuseio correto dos equipamentos teve grande importância a fim
de ficar aproximada a massa inicial do carbonato de cálcio.
Para a pesagem do beta-naftol, utilizou-se um béquer de 50 mL, pois
não teria interferência no resultado final. A massa calculada foi igual a 105 mg.
Após a solubilização, foi registrado a tara do balão de 125 mL, de massa igual
a 116,197 g. O balão utilizado foi o de fundo chato ao invés do de fundo
redondo, porém não teve nenhuma interferência no resultado final. Passou-se a
solução do béquer para o balão e colocou-se o instrumento no rotaevaporador
para a separação das substâncias.

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Encaixou-se o balão no equipamento, sua saída de ar foi fechada, o vácuo
estabelecido e o rotaevaporador foi ligado. A uma temperatura de 65°C,
observa-se que a acetona apresenta um ponto de ebulição menor que o β-
naftol, visto que ela evapora primeiro, sobrando alguns resquícios sólidos do
soluto no balão. Em seguida, pesou-se novamente o balão e obteve-se uma
massa de 116,398 g. Por fim, foi calculado a porcentagem de material
recuperado, utilizando uma regra de três entre a massa de β-naftol e a
diferença do volume do balão vazio e após o fim do experimento:
0,105 g — 100%
0,201 g — x
x = 191,429%
Portanto, a porcentagem de material recuperado é de 191,429%.

5. DISCUSSÃO

6. CONCLUSÃO
Por meio dos experimentos realizados pelo grupo, foi possível obter mais
o aprendizado sobre as vidrarias utilizadas no laboratório e para o que serve
cada uma delas, como preparar soluções ácidas e básicas por meio do uso de
balança analítica, béquer, pipeta e balão volumétrico para ter precisão da
massa e volume das substâncias e como funcionam os sistemas de filtração e
destilação para separar soluções homogêneas.
Esses processos são essenciais para maior compreensão das futuras
aulas de Química Orgânica Medicinal Experimental e também para a formação
dos discentes presentes no grupo durante a graduação no curso de Farmácia,
que possui muitas matérias com envolvimento em laboratórios de química.

6. REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT) NBR-


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