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RELATÓRIO DA PRÁTICA I
“RECRISTALIZAÇÃO DO ÁCIDO BENZOICO”
2. Introdução
Os compostos orgânicos possuem moléculas de carbono em sua composição, por isso são
classificados como orgânicos, além de possuírem ligações covalentes entre si e com outras
moléculas, podendo haver compostos orgânicos naturais, aqueles produzidos na natureza ou
compostos orgânicos sintéticos, que são produzidos em laboratórios, em que no geral não são
encontrados na sua forma de natureza pura, sendo necessário o desenvolvimento de técnicas
afim de alcançar o composto na sua forma mais pura.
O sólido orgânico utilizado é o ácido benzoico cuja fórmula molecular é C7H6O2 onde em
sua estrutura molecular apresenta um grupo carboxila ligado a um anel benzênico. É
classificado como um composto orgânico, considerado um ácido carboxílico aromático
simples, sendo de suma importância para área industrial.
A recristalização é uma das técnicas de purificação de compostos orgânicos mais utilizadas.
A purificação consiste na separação física de poluentes da amostra afim de obter o composto
em seu estado puro, visto que os compostos orgânicos podem conter subprodutos não
desejáveis. E a recristalização é uma técnica que tem com fundamento a dissolução do
composto orgânico em temperaturas elevadas em um solvente adequado, e após o aquecimento,
ocorre a etapa de recristalização do sólido que acontece em baixas temperaturas.
A adequação do solvente para o experimento é importante, visto que será a partir dele que
será possível realizar a dissolução do sólido orgânico, sendo necessário que o solvente seja
muito solúvel em temperatura elevada e pouco solúvel em temperatura ambiente, no geral o
ponto de ebulição do solvente é mais elevado quando comparado com outros solventes, e
consequentemente por não ser volátil e de fácil acesso.
Os cristais são formados a partir das forças intermoleculares, crescendo a partir das etapas
do processo, sendo eles: dissolução do sólido feito a partir da elevação de temperatura, e
cristalização do sólido orgânico através do resfriamento da solução de ácido benzoico e água.
Quanto mais lento o resfriamento, maior a rede cristalina formada e mais organizada ela será.
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Caso o resfriamento seja de maneira brusca, a formação da rede cristalina seria mal formada, e
ocorreria uma precipitação da solução de forma amorfa, sendo ruim para o processo de
cristalização e purificação, visto que ocorreria acumulo de impurezas no interior do sólido.
3. Objetivos
4. Metodologia
3.1 Reagentes/amostras
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• C3H6O – acetona.
Procedimento experimental
Para desenvolver a primeira parte da prática foi-se necessário utilizar dois solventes para
realizar o teste do solvente mais adequado a ser utilizando, sendo eles: água e acetona.
Primeiramente, realizou-se a tara do vidro de relógio na balança analítica afim de pesar o
ácido benzoico já triturado sobre o vidro de relógio, pesando 0,1080g do ácido onde
posteriormente foi transferido para um tubo de ensaio. Feito isso, mediu-se 1 mL de acetona
com o auxílio de uma proveta, transferindo-a para o mesmo tubo de ensaio, depois agitou-
se afim de misturar.
Após feito isso, levou-se os dois tubos de ensaios denominados para o banho maria no
interior da capela, onde foi feito o aquecimento das duas soluções preparadas. Porém,
observou-se que a solução de ácido benzoico com acetona já estava dissolvida, mas a
solução de ácido benzoico com água não estava dissolvendo, por isso mediu-se mais 0,5
mL de água com uma pipeta graduada transferindo-o para o interior do tubo, foi feito o
mesmo processo mais cinco vezes até que fosse totalmente dissolvido. Portanto, utilizou-se
o total 3,5 mL de água durante 15 minutos de banho maria.
O tubo de ensaio com a solução de água com ácido benzoico após 1 minuto fora do
banho maria houve o aparecimento de cristais, decidindo-o como solvente mais adequado,
e em 5 minutos houve a cristalização.
Na parte B da prática foi utilizado a água como solvente para a realização da prática.
Primeiramente, pesou-se 1,0064g de ácido benzoico já triturado, transferindo-o para um
béquer. Após feito isso, calculou-se quanto do solvente escolhido era necessário para
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preparar a solução, portanto mediu-se 35 mL de água com auxilio de uma proveta,
transferindo-a para o béquer.
Posteriormente, colocou-se o béquer no agitador magnético tampando-o com um vidro
de relógio, onde lá foi aquecido e agitado durante 20 minutos até que dissolvesse totalmente
o soluto. Feito isso, o béquer foi deixado em repouso na capela por 9 minutos. Em seguida,
colocou-se o béquer em banho gelado para que completasse o processo de recristalização,
deixando no banho gelado por 17 minutos.
Segundamente, filtrou-se os cristais obtidos por meio da solução no funil de Buchner.
Após feito isso, secou-se os cristais no papel de filtro sobre um vidro de relógio, onde foi
pesado antes o papel de filtro afim de calcular o rendimento final.
5. Resultados e discussões
Na etapa da escolha do solvente foi-se necessário adicionar mais água do que o indicado no
roteiro, visto que era para adicionar 1 mL e foi adicionado no final 3,5 mL de água para que
fosse possível dissolver todo o soluto (sólido).
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partir de uma regra de três simples, onde se em 0,1g de ácido benzoico utilizou-se 3,5 mL de
solvente para dissolução, para 1g foi necessário 35 mL de solvente.
0,1 𝑔 − 3,5 𝑚𝐿
1𝑔 − 𝑥
𝑥 = 35 𝑚𝐿
A etapa de resfriamento é essencial, já que foi a partir desta etapa que surgem os cristais e
onde o sólido é purificado. Foi possível observar o surgimento de cristais a partir de 17 minutos
em que a solução ficou em banho gelado. Com base na obtenção dos cristais foi-se possível
calcular o rendimento de cristais do ácido benzoico, feito a partir do cálculo de rendimento.
6. Conclusões
O experimento foi bem sucedido, visto que não houve nenhum erro de cálculo que pudesse
comprometer o andamento do experimento.
Nesta prática de laboratório foi fundamental a escolha do solvente correto para que não
prejudicasse o desenvolvimento da prática e também a identificação dos pictogramas do ácido
benzoico, visto que é um ácido corrosivo e que apresenta perigo biológico, portanto foi-se
necessário pesquisar os pictogramas antes da realização do experimento.
O rendimento foi de 83%, portanto pode-se dizer que não houver muita perda do ácido
durante o processo.
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7. Referências
• CARDEIRA, Carolina. Relatório 4: recristalização do ácido benzóico. StuDocu, 2019.
Disponível em: <https://www.studocu.com/pt/document/universidade-do-
algarve/teoria-da-ligacao-quimica/relatorio-4-recristalizacao-do-acido-
benzoico/3940409>. Acesso em: 22/09/22.
• DE OLIVEIRA, Alana. Relatório de química orgânica analisando a recristalização do
ácido benzoico impuro. StuDocu, 2018/2019. Disponível em: <
https://www.studocu.com/pt-br/document/universidade-feevale/quimica-
organica/recristalizacao-nota-10/5489048>. Acesso em: 21/09/22.
• LISBOA, Rodrigo. Recristalização do ácido benzoico UFAL. Passei direto, 2018.
Disponível em: < https://www.passeidireto.com/arquivo/50409257/relatorio-7-
recristalizacao-do-acido-benzoico>. Acesso em: 23/09/22.
• Paulo. Recristalização. Edisciplinas.usp, 2011. Disponível em:
<https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/468129/mod_resource/content/2/recristaliza
cao2011.pdf>. Acesso em: 22/09/22.
• Química orgânica experimental: recristalização. Cesad.ufs.br, 2010. Disponível em:
<https://cesad.ufs.br/ORBI/public/uploadCatalago/18483216022012Quimica_Organic
a_Experimental_Aula_3.pdf>. Acesso em: 21/09/22.