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RECRISTALIZAÇÃO
PORTO VELHO - RO
Março / 2018
1 INTRODUÇÃO
No presente relatório trata-se sobre uma das técnicas mais utilizadas na
purificação de compostos orgânicos sólidos, a recristalização. Os compostos orgânicos
obtidos por reações químicas ou extraídos da natureza, raramente são puros, o que
necessita de uma técnica de purificação. A recristalização é uma técnica usada para
purificar substâncias sólidas que consiste, essencialmente, em dissolver o composto, e
as suas impurezas, num solvente apropriado, levando à posterior precipitação do
composto ou das impurezas, de forma a promover a sua separação. Normalmente
procede-se de forma a ser o composto desejado a precipitar, sob a forma de cristais, os
quais são depois filtrados e secos. Fundamentalmente a cristalização baseia-se em dois
factos: a diferença de solubilidades, num determinado solvente, da substância a
recuperar e as suas impurezas; a variação de solubilidade dos solutos com a
temperatura. [4]
O nome recristalização deriva do fato de que a substância será dissolvida no
solvente e após o esfriamento ela se recristalizará, e desta vez mais pura do que no
estado anterior, uma vez que as impurezas tendem a ficar retidas no solvente. Grande
parte das substâncias sólidas é solúvel em ao menos um líquido. E muitas delas também
se dissolvem em um numero grande de solventes disponíveis. Alguns com mais
facilidade e outros não. O coeficiente de solubilidade é a maneira que se encontrou para
mensurar a solubilidade dos compostos e poder comparar com outros compostos, e em
outras temperaturas. Dito isto, a recristalização consiste em dissolver a substância a ser
purificada em um solvente em ebulição. Mais para isso, deve se atentar para um fato
indispensável a esta técnica: o soluto precisa ser mais solúvel no solvente quente do que
frio. [3]
Normalmente, a mistura de um composto A e uma impureza B é dissolvida
num solvente, aquecendo até à ebulição. Usa-se uma quantidade mínima de solvente,
para se obter uma solução saturada a quente. Por arrefecimento, o composto precipita
por diminuição da solubilidade. Quanto mais lento for o arrefecimento, maiores serão os
cristais formados. Os cristais formados são depois recolhidos por filtração e o filtrado é
descartado. Se o produto de solubilidade das impurezas for excedido, algumas irão co-
precipitar. No entanto, dada à concentração das impurezas ser baixa, a sua concentração
nos cristais será ainda mais baixa do que a concentração na mistura inicial. Repetindo
várias vezes este processo consegue-se obter precipitados cristalinos com graus de
pureza mais elevados. A sua pureza é depois verificada, a seguir a cada Recristalização,
medindo-se o ponto de fusão, uma vez que a presença de impurezas leva a um
abaixamento do ponto de fusão. A espetroscopia de NMR ( ressonância magnética
nuclear) também pode ser utilizada para verificar o grau de impurezas. No entanto,
recristalizações repetidas levam a perdas de composto, dado que parte dele mantém-se
dissolvido no filtrado. [5]
As amostras utilizadas no experimento foram, o acido benzoico é
um composto aromático, de fórmula química C7H6O2, pertencente ao grupo dos ácidos
carboxílicos, descoberto em meados do século XVI. Trata-se do mais simples dos
ácidos carboxílicos (uma carboxila, COOH ligada a um anel benzênico), praticamente
insolúvel em água, mas solúvel em solventes orgânicos menos polares,
como éteres, álcoois e benzeno. O nome oficial do ácido benzoico é ácido-benzeno-
monocarboxílico. e o enxofre que é um elemento não-metálico que está localizado na
família 16, também conhecida como família dos calcogênios. Seu nome deriva do latim
“sulphur” e devido a isso seu símbolo é S. É insolúvel em água, parcialmente solúvel
em álcool etílico, porém se dissolve em dissulfeto de carbono e em tolueno aquecido
(cerca de 20g/100mL a 95 °C e menos de 2g/100mL a 20°C). É multivalente e apresenta
como estados de oxidação mais comuns os valores -2, +2, +4 e +6. [6]
Neste relatório, será descrito um procedimento experimental de
recristalização do ácido benzoico, misturado com enxofre em proporção (1;1), os
métodos e materiais necessários e uma análise dos dados com seus comentários.
2 OBJETIVO
REAGENTE MATERIAL
Ácido Benzóico P.A. Béquer de 100 mL e 250 mL Papel de filtro
Enxofre Funil de vidro sem haste Base de ferro
Mistura (1:1) ácido Benzoíco
Funil de vidro com haste Tripé de ferro
+ Enxofre
Água Destilada Bastão de vidro Balança analítica
Gelo Tela de amianto Vidro de relógio
Amostra desconhecida 1 Bico de Bunsen Anel de ferro
Amostra desconhecida 2 Proveta de 100 mL Balão volumétrico 10 mL
3.2 PROCEDIMENTO
3.2.2.1 Recristalização
Calibração do grupo 2:
9,062
𝑉= = 9,0938𝑚𝑙
0,9965
𝐸𝑅 = 9% 𝑑𝑒 𝑒𝑟𝑟𝑜
Conclui-se que o objetivo da prática foi alcançado, já que foi possível fazer
a purificação do ácido benzóico produto do experimento. Este experimento exigia um
certo rigor das condições de operações, talvez a mistura de ácido Benzóico + Enxofre
não estava misturada o suficiente ou pode ser que teve alguma impureza durante a
filtragem. Como foi utilizado um filtro quantitativo isso explicaria o valor alto de
recuperação do ácido (86%), tornando assim um resultado positivo e esperado em uma
operação real visando produtividade.
6 QUESTIONÁRIO
4 – Citar algumas características que um solvente deve apresentar para que seja
empregado na recristalização.
Resp: O solvente deve dissolver bem o soluto, ter um ponto de evaporação bem menor
que o ponto de fusão do soluto, ser de fácil manuseio, de preferencia não corrosivo e
inflamável.
5 – Por que é mais indicado que a solução seja esfriada espontaneamente, depois de
aquecida?
Resp: Para dar tempo de haver uma formação dos cristais de forma mais organizada.
Isso faz com que todos os cristais sejam formados por espécies iguais. Isso dá ao cristal
formado uma pureza maior.
7 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
[1]. BARBOSA, GLEISA PITARELI. Química analítica: Uma abordagem qualitativa
e quantitativa; 1oed. Editora Erica. São Paulo 2014.