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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ – UNIVALI

ESCOLA POLITÉCNICA

CURSO DE ENGENHARIA QUÍMICA

ANALUA VIEIRA TILLERY

ANY GABRIELY BARBOSA

IDENTIFICAÇÃO DE GRUPOS FUNCIONAIS

Docente: Albertina Xavier Da Rosa Corrêa


Disciplina: Química Orgânica II – Experimental

ITAJAÍ
2024
1. INTRODUÇÃO
Os grupos funcionais, constituídos por arranjos específicos de átomos, conferem
propriedades distintas às moléculas e servem como pontos de reatividade. A caracterização
precisa desses grupos em amostras desconhecidas requer a transformação dos compostos em
derivados adequados, mediante exames que consideram constantes físicas, solubilidade e
testes específicos.
Esses testes qualitativos permitem observar transformações químicas através de
mudanças físicas, fundamentais para identificar funcionalidades particulares. Embora
métodos espectroscópicos sejam capazes de diferenciar grupos como álcoois primários,
secundários e terciários, os métodos químicos ainda são amplamente utilizados devido à sua
acessibilidade e economia.
A escolha e aplicação dos testes adequados são essenciais para diferenciar funções
semelhantes, como aldeídos de cetonas, entre outras. Apesar da rapidez e economia dos
métodos espectrométricos modernos, os testes de caracterização de grupos funcionais
frequentemente complementam essas técnicas para resolver questões específicas.
O ponto de fusão de derivados e da substância desconhecida, juntamente com outras
características físicas como cor, odor e aspecto, são cruciais para a identificação completa da
amostra.

2. OBJETIVO
● Analisar e confirmar o grupo funcional de cada substância por meio de reações
químicas;
● Entender o mecanismo implicado nas reações químicas de acordo com a reatividade
das funções orgânicas;
● Compreender os processos de preparação dos reagentes requeridos.

3. MATERIAIS E MÉTODOS
3.1 Materiais
● Bico de Bunsen
● Pinça Metálica
● Fitas de pH
● Tubos de Ensaio
● Espátula
● Pipetas Pasteur
● Bécker
● Chapa de Aquecimento
● Agitador de Tubos de Ensaio
● Termômetro
● Pedras de Ebulição

3.2 Métodos
3.2.1 Halogenetos de Alquila
Teste de Beilstein:

O teste de Beilstein foi realizado para detectar a presença de halogênios (cloro, bromo
e iodo) em compostos orgânicos. O procedimento consistiu em aquecer um fio de cobre em
forma de laço na chama de um bico de Bunsen até ficar incandescente. Em seguida, o laço
mergulhou na substância a ser testada e foi recolocado na chama, observando-se a cor da
mesma. O teste não diferenciou entre cloro, bromo e iodo, mas foi útil para confirmar a
presença de um halogênio quando a identidade da substância era desconhecida. É importante
ressaltar que as instruções de segurança foram seguidas durante a realização do teste, pois
trabalhar com fogo exige cuidado.

Solução Alcoólica Nitrato de Prata:

O procedimento consistiu em colocar 2 mL de solução alcoólica de nitrato de prata e


10 gotas da substância Sp1, Sp2, Sp3 e Sp4 em um tubo de ensaio, aquecendo em
banho-maria o Sp3 que não apresentou precipitação em 5 minutos após a adição do reagente.
A formação de precipitado nos tubos indicou presença de halogênio, observando-se a
coloração do precipitado formado, pois o halogeneto de prata formado teve coloração
distinta: cloreto = branco, brometo = amarelo-pálido e iodeto = amarelo.

3.2.2 Fenóis
Teste com Hidróxido de sódio:

O experimento consistiu na reação dos fenóis com hidróxido de sódio, resultando na


formação de fenolatos, os quais apresentaram coloração característica ou adquiriram
tonalidades marrons devido à oxidação. Para o procedimento, foi adicionado 1 mL de solução
aquosa de hidróxido de sódio a 10% em um tubo de ensaio. Em seguida, uma pequena porção
(uma pontinha de espátula) da substância sp5 foi transferida para o mesmo tubo de ensaio
utilizando uma pequena espátula. Após agitar vigorosamente o tubo, observou-se o
aparecimento e/ou intensificação de cor como resultado da reação entre o fenol e o hidróxido
de sódio.

Teste em Cloreto Férrico:

O experimento teve como objetivo investigar a presença de fenóis na substância sp6


através de uma reação química. Inicialmente, em um tubo de ensaio, foram adicionados 0,5
mL da substância sp6, seguidos pela diluição com 1 mL de água. Posteriormente, foram
adicionadas 7 gotas da solução de cloreto férrico a 1%, e então foi observado o
desenvolvimento de cor.

Para fenóis insolúveis em água, como no caso da substância sp5, um procedimento


alternativo foi adotado. Uma pequena quantidade da substância (uma pontinha de espátula) foi
colocada em um tubo de ensaio, seguida pela adição de 1 mL de clorofórmio. Em seguida, ao
mesmo tubo, foi adicionada 1 gota de piridina e 3 a 5 gotas de solução de cloreto férrico a 1%
em clorofórmio. O aparecimento de uma coloração violácea indicaria a presença da função
fenólica. Este método foi aplicado para identificar fenóis insolúveis em água.

3.2.3 Ácidos Carboxílicos


Teste de pH:

O experimento teve como objetivo a caracterização de ácidos carboxílicos por meio de


sua capacidade de ionização e reatividade com bases, especificamente em solução aquosa de
hidróxido de sódio a 5%. Os ácidos carboxílicos solúveis em água foram capazes de
ionizar-se, resultando em soluções com pH abaixo de 7.
No procedimento realizado, foram utilizadas as substâncias sp07 e sp08. Em dois
tubos de ensaio separados, foram adicionados 0,5 mL de cada substância. Posteriormente, em
cada tubo de ensaio, foi vertido 1 mL de água destilada. Utilizando uma fita de papel
indicador universal, procedeu-se à aferição do pH da solução contida em cada tubo de ensaio.

Teste de Bicarbonato de Sódio:


O teste do bicarbonato de sódio foi conduzido para identificar a presença de ácidos
carboxílicos nas substâncias em estudo. Ácidos carboxílicos são conhecidos por serem
solúveis em solução aquosa de bicarbonato de sódio a 5%, resultando na evolução de dióxido
de carbono.
No procedimento realizado, 0,5 mL da substância sp07 foram adicionados a um tubo
de ensaio. Em seguida, no mesmo tubo de ensaio, foi adicionado 1 mL de solução de
bicarbonato de sódio a 5%. Foi observado o que ocorreu no interior do tubo de ensaio. Se a
substância testada fosse um ácido carboxílico, bolhas de dióxido de carbono se formariam no
interior do tubo e seriam liberadas para fora dele. O mesmo procedimento foi repetido para a
substância sp08.

3.2.4 Ésteres
Teste de Cloreto de Hidroxilamônio:

O teste para ésteres de ácidos carboxílicos foi realizado com o objetivo de identificar a
presença desse grupo funcional em substâncias em estudo. Os ésteres reagiram com cloreto de
hidroxilamônio em meio básico, formando o sal do ácido hidroxâmico, que, em meio ácido,
reagiu com cloreto férrico, resultando em um complexo de coloração violácea.
No procedimento, foram adicionadas 6 ou 7 gotas da substância sp09 em um tubo de
ensaio, seguidas por 0,5 mL de solução etanólica de cloridrato de hidroxilamina 1M e 0,2 mL
de solução de hidróxido de sódio a 6M. A mistura foi aquecida até a ebulição, em
banho-maria, e posteriormente resfriada. Em seguida, foram adicionados 2 mL de ácido
clorídrico a 1M, seguidos, se necessário, por 2 mL de etanol 95% para clarificação. Duas
gotas de solução de cloreto férrico (1% a 5%) foram então adicionadas, observando-se
qualquer coloração produzida. Um teste positivo foi indicado por uma variação de coloração
entre o magenta e o violeta escuro. O mesmo procedimento foi repetido para a substância
sp10.

3.2.5 Álcoois
Teste de Lucas:

O teste de Lucas foi conduzido para avaliar a reatividade de álcoois na formação de


cloreto de alquila em presença de ácido clorídrico e cloreto de zinco. Esta reação ocorreu
através da formação de um carbocátion intermediário, sendo o carbocátion mais estável
formado mais rapidamente. A ordem de reatividade dos álcoois foi: primário < secundário <
terciário < alílico < benzílico.
No procedimento, em um tubo de ensaio, foi misturado 1 mL do Reagente de Lucas
com 3 gotas da substância sp15. O tempo necessário para a turvação da solução ou a formação
de duas camadas foi observado. O mesmo ensaio foi repetido para as substâncias sp16 e sp17.
Álcoois benzílicos e terciários reagiram imediatamente, enquanto álcoois secundários
mostraram reação em aproximadamente 5 minutos. Se não ocorreu reação em 5 minutos, o
tubo de ensaio foi aquecido cuidadosamente em banho-maria por 3 minutos. Álcoois
primários não apresentaram reação.

3.2.6 Aldeídos e Cetonas


Teste com 2,4-dinitrofenilidrazina:

O teste com 2,4-dinitrofenilidrazina foi realizado para identificar a presença de


aldeídos e cetonas, os quais reagiram com a 2,4-dinitrofenilidrazina em meio ácido, formando
2,4-dinitrofenilidrazonas, geralmente como um precipitado de coloração
amarelo-avermelhada. Esses produtos possuíram frequentemente um ponto de fusão definido,
permitindo a caracterização do aldeído ou cetona original.
No procedimento, 1 mL de etanol foi adicionado a um tubo de ensaio, seguido de 5
gotas da substância sp11 (ou cerca de 100 mg, se a substância fosse sólida). Em seguida, 10
gotas da solução de 2,4-dinitrofenilidrazina foram adicionadas ao tubo, e a mistura foi agitada
vigorosamente. Caso não ocorresse precipitação imediata, o tubo foi deixado em repouso por
15 minutos. Se ainda não ocorresse precipitação, a solução foi aquecida ligeiramente e
deixada em repouso por mais 15 minutos.
O mesmo procedimento foi repetido para a substância sp12. A presença de um
precipitado amarelo-avermelhado foi considerada como resultado positivo para a presença de
aldeídos ou cetonas.

Teste com Iodofórmio:

O ensaio do iodofórmio foi realizado para identificar compostos que contiveram os


− − −
grupos 𝐶𝐻3𝐶𝑂 , ou 𝐶𝐻2𝐼𝐶𝑂 , ou 𝐶𝐻𝐼2𝐶𝑂 ligados a um átomo de hidrogênio ou a um
átomo de carbono pouco reativo, ou grupos que contribuíram com um impedimento estérico
excessivo. Este teste permitiu distinguir entre cetonas (R-CO-R) e metilcetonas (R-𝐶𝑂𝐶𝐻3).

No procedimento, dois tubos de ensaio foram preparados, cada um contendo 1 mL de


água (ou dioxano, se a amostra não fosse solúvel em água). Em seguida, 5 gotas das
substâncias a serem analisadas, sp13 e sp14, respectivamente, foram adicionadas a cada tubo
e as soluções foram agitadas. Posteriormente, 1 mL de hidróxido de sódio a 10% foi
adicionado a cada solução, seguido por uma pequena quantidade de solução de iodo,
agitando-se continuamente até que houvesse um ligeiro excesso de iodo evidenciado pela
coloração típica.
Os tubos de ensaio foram então colocados em um banho-maria a 60°C. Quando o
ligeiro excesso de iodo fosse descorado, a adição de iodo continuaria, mantendo o
aquecimento e agitando-se até que houvesse novamente um excesso de iodo. A adição de iodo
foi continuada até que a coloração escura persistisse após 2 minutos de aquecimento. O
excesso de iodo foi removido adicionando-se algumas gotas de solução de hidróxido de sódio
a 10% em cada tubo.

Os tubos foram então preenchidos com água e deixados em repouso por 15 minutos. A
formação de um sólido amarelo com odor característico (iodofórmio) indicou um resultado
positivo.

Ensaio de Tollens:

O ensaio de Tollens foi usado para identificar a presença de aldeídos. A oxidação do


aldeído pelo reagente de Tollens resultou na formação de um precipitado de prata elementar,
que se manifestou como um espelho nas paredes do tubo de ensaio.
No procedimento, 0,5 mL de dioxano foi adicionado a um tubo de ensaio, seguido por
2 gotas da substância sp12, e a mistura foi agitada suavemente. Em outro tubo de ensaio, 2
mL do reagente de Tollens foram adicionados. O conteúdo do primeiro tubo foi então
transferido para o tubo contendo o reagente de Tollens, que foi imediatamente tampado e
agitado vigorosamente. Se um espelho de prata se depositou nas paredes do tubo de ensaio, o
teste foi considerado positivo.

Teste de Fehling ou Benedict:


Os reagentes de Fehling e de Benedict foram empregados para oxidar seletivamente
aldeídos, especialmente em carboidratos. Contendo íons cúpricos em solução básica
complexada com ácido tartárico (Fehling) ou ácido cítrico (Benedict), estes reagentes
oxidaram o aldeído, resultando na formação de um precipitado marrom-avermelhado de
Cu2O.
No procedimento, cerca de 4 mL do reagente de Benedict foram adicionados a um
tubo de ensaio, seguidos por 3 gotas da substância sp12. A solução foi aquecida até a fervura.
A formação de um precipitado avermelhado de óxido cuproso indicou um resultado positivo.

3.2.7 Nitrocompostos
Teste com Sulfato Ferroso Amoniacal:

O teste com sulfato ferroso amoniacal foi empregado para detectar a presença de
substâncias orgânicas com grupos oxidantes, capazes de oxidar hidróxido ferroso (azul) a
hidróxido férrico (marrom). Esta reação foi especialmente significativa para compostos
alifáticos ou aromáticos mononitrados, os quais foram reduzidos a aminas. Outros compostos
que frequentemente oxidaram o hidróxido ferroso incluíram compostos nitrosos,
hidroxilaminas, nitratos de alquila, alquilnitrilas e quinonas.
No procedimento, 1,5 mL de solução de sulfato ferroso amoniacal a 5% foram
adicionados a dois tubos de ensaio. Uma pequena quantidade da substância sp18 foi
adicionada apenas ao primeiro tubo, enquanto o segundo serviu como controle. Em ambos os
tubos, 1 gota de ácido sulfúrico 3M e 1 mL de solução metanólica de hidróxido de potássio
2M foram adicionados. Os tubos foram então tampados e agitados vigorosamente. Uma
mudança na coloração de azul para marrom indicou um resultado positivo no teste.

3.2.8 Aminas
Teste com pH em Soluções Aquosas:

O teste de pH em soluções aquosas é realizado para determinar a presença de aminas,


que são substâncias com caráter básico, produzindo íons hidróxido quando interagem com
água. O pH resultante da solução é tipicamente maior do que 7.
No procedimento, 1 mL de água foi adicionado a um tubo de ensaio, seguido por 6
gotas da substância sp19. Utilizando uma tira de papel indicador universal, o pH da solução
foi verificado. Para aminas insolúveis em água, é necessário dissolvê-las em uma mistura de
etanol-água antes do teste.

Teste do Ácido Nitroso:

O teste do ácido nitroso foi realizado para identificar a presença de aminas primárias
alifáticas ou aromáticas. Neste teste, as aminas reagiram com ácido nitroso para formar íons
diazônio. Os sais de diazônio alifáticos foram instáveis e se decompuseram, enquanto os
aromáticos foram estáveis e reagiram com fenóis ou naftóis para formar corantes.
No procedimento, 6 gotas da substância sp20 foram adicionadas a um tubo de ensaio
contendo 2 mL de ácido clorídrico 2M, e a mistura foi resfriada a 0-5°C em banho de gelo.
Em seguida, 5 gotas de solução de nitrito de sódio a 20% foram adicionadas e os resultados
foram observados:
a) Liberação imediata de gás incolor (nitrogênio) indicou a presença de uma amina
primária alifática.
b) Liberação imediata de nitrogênio, seguida de cor vermelha ou laranja após a adição
de solução de 2-naftol em hidróxido de sódio 2M, indicou a presença de uma amina
aromática.
c) Separação de um líquido amarelo insolúvel sem liberação de gás pode ter indicado
uma amina secundária alifática ou aromática.
d) Ausência de reação indicou a presença de uma amina terciária alifática, sendo que o
sal foi insolúvel em solução ácida. O aparecimento de coloração amarelada em meio ácido
pode ter indicado a presença de N,N-dialquilanilina.

Teste com p-N,N-Dimetilaminobenzaldeído:

O teste com p-N,N-dimetilaminobenzaldeído foi específico para a detecção de aminas


primárias aromáticas, baseando-se na reação dessas aminas com o reagente para formar
iminas, também conhecidas como bases de Schiff, que exibiram uma coloração laranja
avermelhada intensa.
No procedimento, 6 gotas da substância sp20 a ser analisada foram adicionadas a um
cadinho de porcelana, juntamente com 5 gotas de solução saturada de
p-N,N-dimetilaminobenzaldeído em ácido acético glacial. A presença de uma coloração
laranja avermelhada intensa indicou a presença de aminas primárias aromáticas.
3.2.9 Aminoácidos
Teste de Ninidrina:

O teste com ninidrina foi utilizado para identificar a presença de aminoácidos que
contêm o grupo α-amino livre. Todos os aminoácidos que possuem esse grupo reagiram com a
ninidrina, resultando em uma substância de coloração azul-violácea. No entanto, a prolina e a
hidroxiprolina, que têm o grupo α-amino substituído, produziram derivados com uma
coloração amarela característica.
No procedimento, uma pequena quantidade da amostra sp21 foi colocada em um tubo
de ensaio junto com algumas gotas de solução aquosa de ninidrina. A mistura foi aquecida até
a ebulição por 30 segundos, e então foi observado o aparecimento de cor. A presença de
aminoácido foi confirmada pela coloração azul-violácea. Outras cores, como amarelo, laranja
ou vermelho, indicaram um resultado negativo.

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

A partir do item 3.2.1, o teste de Beilstein mostrou que não houve inflamabilidade do
fio de cobre. A não inflamação do fio de cobre é prevista para compostos halogenados, o que
indicou a presença de halogênios nos compostos Sp1, Sp2 e Sp3. O teste de Beilstein, uma
análise quantitativa que detecta a presença de cloro, bromo ou iodo, permitiu a identificação
específica dos halogênios presentes nos compostos. Essa identificação foi realizada a partir da
solução alcoólica de nitrato de prata, na qual a cor do precipitado do halogeneto de prata
identificou o halogênio. A partir disso, encontrou-se coloração esbranquiçada no interior dos
tubos, indicando a presença de cloro. A substância sp3 foi colocada sob aquecimento.
Figura 1 - Halogenetos de Alquila: Solução Alcoólica Nitrato de Prata

Fonte: De autoria própria

A partir do item 3.2.2, o teste de hidróxido de sódio com a substância Sp5 mostrou
uma coloração azul intensa. Essa cor azul intensa no teste de hidróxido de sódio para fenóis
indicou a formação de um complexo de fenolato entre o íon fenóxido e o íon sódio.

No teste de cloreto férrico, observou-se uma coloração roxa escura intensa, (mistura de
azul e vermelho) no composto Sp6. Na figura 2, observou-se a formação de micelas. Estas
podem se formar em soluções de 𝐹𝑒𝐶𝑙3, mas não interferem diretamente na formação do

complexo de fenolato de ferro (III). As moléculas de 𝐹𝑒𝐶𝑙3 podem se agregar em micelas com
3+
um núcleo hidrofóbico formado pelos íons 𝐹𝑒 e uma superfície hidrofílica formada pelos

íons 𝐶𝑙 . A substância apresentou, portanto, um resultado positivo para fenol. O teste de
cloreto férrico para fenóis insolúveis em água na substância Sp5 não foi realizado por conta
do uso de piridina em seu procedimento.
Figura 2 - Fenóis: Teste com Hidróxido de sódio/Teste em Cloreto Férrico

Fonte: De autoria própria

A partir do item 3.2.3, obteve-se pH 5,0 para o composto Sp 7 e pH 2,0 para o Sp8, o
que indicou que ambos os compostos são ácidos. O teste do bicarbonato de sódio também
confirmou a acidez das substâncias, com a formação de bolhas de dióxido de carbono no
interior do tubo. Na figura a seguir, a perda de coloração das fitas e a leve coloração da
solução se deu pelo tempo que elas foram deixadas mergulhadas nos tubos até a captura da
imagem, porém experimentalmente o pH foi medido logo após a inserção da fita.
Figura 3 - Ácidos Carboxílicos: Teste de pH
Fonte: De autoria própria

A partir do item 3.2.4, o teste com cloreto de hidroxilamônio foi realizado. Após
serem levados a banho maria e ter sido adicionado ácido clorídrico, o tubo com composto Sp9
separou fases e ainda se apresentou turvo. Após a adição de etanol, foi possível observar a cor
violácea, confirmando a presença de éster. Já o tubo que continha a solução Sp10 foi
reprovado no teste preliminar, pois apresentou coloração amarela pálida.
Figura 4 - Ésteres: Teste de Cloreto de Hidroxilamônio
Fonte: De autoria própria

A partir do item 3.2.5, o teste de Lucas foi realizado nas substâncias Sp15, Sp16 e
Sp17. A reação nos tubos de Sp16 e Sp17 ocorreu imediatamente, indicando a presença de
álcool benzílico, alílico ou terciário. Já a reação do composto Sp17 demorou para acontecer,
classificando-o como álcool primário ou secundário. O teste de Lucas baseia-se na formação
de cloreto de alquila, com diferentes velocidades de reação para cada tipo de álcool.
A partir do item 3.2.6, foram realizados quatro testes. O primeiro teste, com
2,4-dinitrofenilhidrazina para os compostos Sp11 e Sp12, apresentou cor amarela com
precipitação em ambos os compostos, indicando resultado positivo para aldeídos e cetonas.
Figura 5 - Aldeídos e Cetonas: Teste com 2,4-dinitrofenilidrazina

Fonte: De autoria própria


O segundo teste, com iodofórmio, para os compostos Sp13 e Sp14, resultou em um
precipitado amarelo com odor característico ao final do procedimento, indicando a presença
− − −
dos grupos 𝐶𝐻3𝐶𝑂 , ou 𝐶𝐻2𝐼𝐶𝑂 , ou 𝐶𝐻𝐼2𝐶𝑂 , ligados a um átomo de hidrogênio ou a um

átomo de carbono sem hidrogênios muito ativos, ou grupos que contribuem com um grau
excessivo de impedimento estéreo, ou cetona, ou metilcetona, para o composto Sp14.
Figura 6 - Aldeídos e Cetonas: Teste com Iodofórmio
Fonte: De autoria própria
O terceiro teste, o ensaio de Tollens, formou um espelho de prata ao redor do tubo de
ensaio para o composto Sp12, confirmando a oxidação do aldeído pelo reagente de Tollens.
Figura 7 - Aldeídos e Cetonas: Ensaio de Tollens:

Fonte: De autoria própria


O quarto e último teste, de Fehling/Benedict para o composto Sp12, também foi
positivo para aldeído, com a formação de um precipitado de óxido cuproso de cor
marrom-avermelhada.
Figura 8 - Aldeídos e Cetonas: Teste de Fehling ou Benedict
Fonte: De autoria própria
A partir do item 3.2.7, observou-se que o teste com Sulfato Ferroso Amoniacal obteve
uma mudança de coloração de azul para marrom. As substâncias orgânicas que possuíam
grupos oxidantes foram capazes de oxidar hidróxido ferroso (azul) a hidróxido férrico
(marrom). A substância apresentou, portanto, um resultado positivo.

Figura 9 - Nitrocompostos: Teste com Sulfato Ferroso Amoniacal

Fonte: De autoria própria

A partir da metodologia do item 3.2.8, o teste com pH em soluções aquosas


observou-se que a amostra obteve pH igual a 13. As aminas, por serem substâncias com
caráter básico, interagem com a água para produzir íons hidróxido. A solução deu positivo,
resultando em um pH maior do que 7.
Figura 10 - Aminas: Teste com pH em Soluções Aquosas

Fonte: De autoria própria

Com o uso da metodologia do item 3.2.8, o teste do ácido nitroso precipitou um


corante laranja, determinando que a amostra desconhecida era uma amina aromática primária.
Figura 11 - Aminas: Teste do Ácido Nitroso:

Fonte: De autoria própria


Seguindo com o item 3.2.8, o teste com p-N,N-Dimetilaminobenzaldeído observou-se
uma intensa coloração laranja avermelhada, resultando na confirmação da presença de aminas
primárias aromáticas.
Figura 12 - Aminas: Teste com p-N,N-Dimetilaminobenzaldeído
Fonte: De autoria própria

Por fim, o teste 3.2.9 apresentou uma cor azul-violácea, confirmando a presença de
aminoácidos. Qualquer outra cor (amarelo, laranja, vermelho) teria constituído um resultado
negativo.
Figura 13 - Aminoácidos: Teste de Ninidrina

Fonte: De autoria própria

5. CONCLUSÃO
Neste experimento, foram empregadas técnicas fundamentais para a identificação de grupos
funcionais em amostras desconhecidas. A realização de testes preliminares se revelou de extrema
importância, permitindo uma triagem eficiente e focada na busca por composições específicas.
A análise detalhada dos testes realizados, abrangendo desde o teste de Beilstein até os ensaios
de Lucas, Tollens e pH em soluções aquosas, proporcionou uma caracterização ampla dos compostos
estudados. A detecção de halogênios nos compostos Sp1, Sp2 e Sp3 pelo teste de Beilstein foi um
marco inicial, seguido pela identificação de fenóis, ácidos, ésteres, álcoois e aminas em diferentes
amostras.
A diversidade de metodologias empregadas permitiu uma compreensão mais profunda da
composição química das substâncias investigadas. A confirmação da presença de aminoácidos no final
do experimento destacou a complexidade das amostras, proporcionando uma visão detalhada de sua
constituição.
Assim, este estudo demonstra não apenas a importância dos testes preliminares na análise de
amostras desconhecidas, mas também a eficácia das técnicas empregadas para a identificação e
caracterização de grupos funcionais

6. REFERÊNCIAS

CORREA, Albertina Xavier da Rosa. Química Orgânica Experimental - Práticas de


Laboratório. Experiência 01: Solubilidade de Compostos Orgânicos. p. 9-14.

PAVIA, D.L.; LAMPMAN, G.M.; KRIZ, G.S.; ENGEL, R.G.Química Orgânica


Experimental Técnicas de Pequena Escala. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2009

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