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IDENTIFICAÇÃO DE CÁTIONS

INTRODUÇÃO

Os cátions são íons com carga positiva, ou seja, são átomos que perderam elétrons da última
camada, permitindo a doação de seu elétron, formando uma substância iônica com um íon
que receba seu elétron passando a ter carga negativa (ânion. A análise de identificação de
cátions é chamada de marcha analítica, e tem como função identificar e/ou pesquisar a
presença desses cátions e ânions na constituição de amostras desconhecidas (BRADY, 2008). A
marcha analítica foi inicialmente descrita por Fresenius para facilitar e organizar a identificação
desses cátions que foram divididos em cinco grupos, numerados em ordem, e cada conjunto
de cátions apresentam uma reação de precipitação comum entre eles, na presença de um
reagente especifico. Após a descoberta da presença de cátions de determinados grupos na
amostra, são isolados esses constituintes através de reações por via úmida ou seca (teste de
chama) específicas, que determinam com certeza, qual é o cátion descoberto (BACCAN et al.,
1995). O grupo I é constituído pelos cátions Ag+ , Hg2 2+, Pb2+ que reage com ácido clorídrico
diluído e formam sais de cloreto. O grupo II reage com o ácido sulfídrico, formando sulfetos
insolúveis em meio ácido. O terceiro é dividido em dois grupos menores. Os cátions do grupo
IIIA só precipitam em meio básico que é atingido com os reagentes NH4OH ou NH4Cl, já o IIIB
possui um Kps menor que do grupo II por isso formam sais insolúveis em meio básico. Os
cátions do grupo IV formam sais insolúveis de carbonato em meio amoniacal, usa-se um
reagente derivado de uma base fraca, para sofrer hidrolise e deslocar seu equilíbrio,
permitindo que apenas os compostos de Kps menores que do magnésio precipitem. O último
grupo é o V e não possui um reagente especifico, pois é composto por cátions de metais
alcalinos com solubilidades diferentes. Por isso normalmente o grupo V é analisado
separadamente por via seca (DIAS et al., 2016).
OBJETIVO

• Identificar os íons Pb+2 , Ag+ e Hg2 +2 presentes em solução (via úmida).

MATERIAS E REAGENTE

Tubo de ensaio

Conta-gota

Centrífuga

Chapa de aquecimento

Chumbo, Mercúrio e Prata Reagente do grupo: ácido clorídrico.

PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Pb2+

 Foi adicionado 3 gotas da soluções o Pb(NO3)2 0,25 M no tubo de ensaio


 Foi adicionado 3 gotas da solução de KI 0,5 M;

E ser formou um precipitado branco.

Ag+

 Foi adicionado 3 gotas de AgNO3 0,1 M no tubo de ensaio


 Foi adicionado 3 de NaOH 1 M;

E ser formou um precipitado branco.

Hg2 2+

 Foi adicionado 3 gotas de Hg2(NO3)2 0,25 M no tubo de ensaio


 Foi adicionado 3 gotas de e K2CrO4 0,1 M;

E se formou um precipitado branco.

CONCLUSÃO

A partir dos resultados obtidos, foi possível verificar a relevância que o uso da prática de
ensino experimental, ligada à teoria, pode trazer resultados satisfatoriamente palpáveis na
formação acadêmica de futuros professores e alunos, pois traz uma dedução hegemônica para
o conhecimento. E com isso foi verificado a participação dos alunos durante os experimentos e
foi possível visualizar que a escolha do método aplicado, fez com que o tema fosse expressado
de forma clara e objetiva.

REFERENCIA

BACCAN, Nivaldo et al. Introdução à Semimicroanálise Qualitativa. 6. ed. Campinas: Unicamp,


1995. 327 p.

BRADY, J.E. & HUMISTON, G.E. Química Geral. 2. ed. Rio de Janeiro: LTC Editora, 1986.

BANNACH, Gilbert. Apostila de Química Analítica Qualitativa. Bauru: Universidade Estadual


Paulista, 2012. 73 p. Disponível em: . Acesso em: 04 set. 2017.
BRASIL. Parecer CNE/CES Nº 15/2005. Solicitação de esclarecimento sobre as Resoluções
CNE/CP nºs1 e 2/2002, que institui Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de
Professores da Educação Básica, em nível superior. 2005. Disponível em:
http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/pces0015_05.pdf. Acesso em: 09/09/2017.

DIAS, Silvio Luis Pereira et al. Análise Qualitativa em Escala Semimicro. Porto Alegre: Bookman,
2016. 124 p. IAMAMOTO, Yassuko et al. Uma proposta para o ensino da Química Analítica
Qualitativa. Química Nova, Vol. 29, No. 6, 1381-1386, 2006.

IDENTIFICAÇÃO DE ÂNIONS

INTRODUÇÃO

Ao contrario dos cátions, na análise de ânions os íons não são subdivididos em grupos ou
subgrupos. Como conseqüência, os ensaios utilizados na separação e identificação de ânions
não são tão sistemáticos, ou seja, não existe um esquema satisfatório que permita a separação
dos ânions comuns em grupos principais, e a subsequente separação inequívoca, em cada
grupo, de seus componentes independentes.

OBEJETIVO

Identificar os ânions Cl−, Br−, I−, F−, CO3 2−, SO4 2−, MnO4− e CrO4 2− presentes em solução
por meio de testes específicos por via úmida.

MATERIAL E REAGENTE

Pisseta

Tubos de ensaio

Espátulas

Cadinho de chumbo

Tela de amianto Centrífuga

Conta-gotas

Papel indicador universal

Lâmina de vidro

Bico de Bunsen

Bastão de vidro

Pinça de madeira

NaCl 0,2 mol⋅L−1

NaBr (sólido)

HCl 6 mol⋅L−1

HNO3 6 mol⋅L−1

H2 SO4 (concentrado)
BaCl2 0,2 mol⋅L−1

AgNO3 0,2 mol⋅L−1

KI 0,2 mol⋅L−1

Na2 CO3 0,2 mol⋅L−1

NH4 OH 0,5 mol⋅L−1

H2 SO4 2 mol⋅L−1

H2 SO4 6 mol⋅L−1

NaBr 0,2 mol⋅L−1

NaNO2 0,2 mol⋅L−1

Ba(OH)2 (saturado)

HNO3 4 mol⋅L−1

KI (sólido)

H2 SO4 2 mol⋅L−1

CCl4 NaF (sólido)

H2 O2 3%

KMnO4 0,02 mol⋅L−1

PARTE EXPERIMENTAL

Íons Cloreto (Cl− )

 Foi adicionado no tudo de ensaio 5 gota da solução NaCl 0,2 mol⋅L−1e mais 2 gotas de
solução HNO3 6 mol⋅L−1
 Foi feito o teste de com papel indicador univerval
 Em seguida mais 5 gota de solução AgNO3 0,2 mol⋅L−1

E se formou um precipitado branco.

Íons Brometo (Br− )

Foi adicionado no tubo de ensaio 5 gotas de solução NaBr 0,2 mol⋅L−1 e mais 2 gotas de
solução HNO3 6 mol⋅L−1

 Foi feito o teste de com papel indicador univerval


 Em seguida mais 5 gota de solução AgNO3 0,2 mol⋅L−1

E se formou um precipitado amarelo claro

Íons Iodeto (I− )

 Foi adicionado no tudo de ensaio ponta de espátula de Kl (solido) emais 6 gotas de


H2SO4 (concentrado);

E foi possível ver o derretimento de vapores violeta


CONCLUSÃO

O enfoque principal desse experimento foi demonstrar os métodos deeidentificação de ânions


presentes numa amostra. Isso foi realizado através dareação da amostra com alguns tipos
específicos de soluções pré-determinadase preparadas. Foi seguido um esquema de
identificação proposto, que tornou aidentificação dos e ânions muito mais fácil e
compreensível já que os testesrealizados e apresentados no estudo demonstram a
objetividade na análise.

REFERENCIA

RIBEIRO, J. Química Analítica I, 1a Edição, Vitória, ES: Núcleo de Educação Aberta e a Distância,
2010.

BACCAN, N.; GODINHO, O. E .S.; ALEIXO, L. M.; STEIN, E. Introdução à semimicroanálise


qualitativa, 7a Edição, Campinas, SP: Editora da UNICAMP, 1997.

POSTMA, J. M.; ROBERTS Jr., J. L.; HOLLENBERG, J. L. Química no Laboratório, 5a Edição,


Barueri, SP: Editora Manole, 2009.

VOGEL, A. I. Química Analítica Qualitativa, 5a Edição, São Paulo, SP: Editora Mestre Jou, 1981.
SKOOG, D. A.; HOLLER, F. J.; WEST, D. M. Fund

DETERMINAÇÃO DE TEOR DE ACIDO ACÉTICO EM VINAGRE

INTRODUÇÃO

A Associação nacional das Indústrias de vinagre (ANAV) define que vinagre, ou vinagre de
vinho é o produto obtido através da fermentação acética do vinho e deve conter uma acidez
volátil mínima de 40 gramas por litro expresso em ácido acético (4%). A sua graduação
alcoólica não pode ultrapassar a 1°GL e deve ser obrigatoriamente pasteurizado. ANAV
estabelece também um valor mínimo de 7 g/L de extrato seco para vinagres de vinho tinto e
rosados e 6 g/L para vinagres de vinho branco e para o teor de cinzas um valor mínimo de 1
g/L. MAPA 2012, ainda cita as seguintes características organolépticas para os vinagres, como
possuir aspecto límpido e sem depósito, coloração de acordo com a matéria-prima que lhe deu
origem, cheiro característico, sabor ácido e próprio (SPINOSA, 2002).

OBEJETIVO

Familiarizar com a técnica de titulação e sua funcionalidade; Escolher adequadamente as


vidrarias volumétricas a serem utilizadas na titulação; Determinar quantitativamente a
concentração de ácido acético e ácido clorídrico em amostras; Identificar o titulante e
indicador adequados; Expressar corretamente a concentração de ácido acético no vinagre.

MATERIAL

Bureta de 25ml

Funil

Erlenmeyer

Pipeta volumétrica

Beques
PARTE EXPERIMENTAL

Foi colocado na bureta com auxílio de um funil a solução de NaOH 0,1 mol/L

Em um erlenmeyer foi colocada uma amostra de 1,0 ml de vinagre e 10 ml de água destilada e


3 gota de fenolftaleína e foi bastante agitado

Foi titulado com a solução que já estava na bureta ate ficar com coloração rózea

Como a determinação e duplicata a titulação foi feita duas vezes

CÁLCULO

Ma.1=0,001.6,8

Ma= 0,68 M

0,68=n÷0,001

n=0,001.0,68

n=6,8x10-4

m=6,8x10-4. 60,05

m=0,040834g

(0,040834÷1).100 = 4,08%
CONCLUSÃO

Desse modo a verificação das características físico-químicas do vinagre comercializado,


apresentou-se em sua maioria um teor satisfatório ao valor mínimo de ácido acético, ainda
que somente uma das amostras tenham apresentado um valor de 4,8% no qual é fora dos
padrões da legislação, como resultado obtido pode-se dizer que todos os demais estão no
padrão minimo indicado, entretanto, nenhuma das amostras foram fiel a sua rotulagem em
relação ao teor de ácido acético, desse modo com a exclusão de uma das amostras, as demais
estão indicadas para o consumo, conforme a legislação brasileira Art. 45.

REFERÊNCIAS

Kotz, J.C.; Treichel, P.Jr.; Química e Reações Químicas, 3ª Edição, LTC Editora, Rio de Janeiro -
RJ, V.2, 1998.

Kotz, J.C.; Treichel, P.M.; Química Geral e Reações Químicas, Tradução da 6ª edição norte-
americana, Cengage Learning, V.1, 2009,

http://www.ufjf.br/nupis/files/2011/04/aula-4-Volumetria-de-Neutraliza%C3%A7%C3%A3o-
alunos-2011.12.pdf (acessado em 20/05/2014)

DETERMINAÇÃO DA DUREZA DA ÁGUA

INTRODUÇAO

Historicamente, a dureza da água foi definida em termos da capacidade de cátions presentes


na água trocarem com os íons sódio e potássio dos sabões e formarem com os respectivos
ânions sais pouco solúveis. Muitos cátions multicarregados compartilham essa propriedade
indesejável. Em águas naturais a concentração dos íons cálcio e magnésio, geralmente,
excedem em muito a concentração de qualquer outro íon. Consequentemente, a dureza da
água é agora expressa em termos da concentração de carbonato de cálcio equivalente à
concentração total de todos os cátions multivalentes presentes na amostra. A determinação
da dureza da água é um teste analítico de grande utilidade que fornece uma medida da
qualidade da água para uso doméstico e industrial. O teste é importante para a indústria
porque a água dura, após aquecimento, precipita carbonato de cálcio que provoca
entupimento nas tubulações. A dureza da água pode ser temporária ou permanente. A dureza
temporária é devida aos bicarbonatos de cálcio e magnésio que, quando a água é fervida, se
decompõem com a precipitação dos respectivos carbonatos. A dureza residual, devida aos
cloretos e sulfatos, que não é eliminada por ebulição, constitui a dureza permanente. A dureza
total da água é a soma das durezas temporária e permanente e é expressa em mg/L ou μg/L de
carbonato de cálcio.

MATERIAL

Bureta de 25 ml

Erlenmeyer 100ml

Proveta 50 ml

Beques
PARTE EXPERIMENTAL

Pipetar 50,00ml da amostra da água passando para o erlenmeyer

Na capela foi adicionado 4,00 ml de solução tampão e misturando com 50,00 ml de água

15 gota de solução negro de eriocromo e foi titulado com a solução padrão de EDTA ate o
aparecimento de uma coloração azul celeste.

CÁLCULO

DUREZA(mg CaCO3/L)= (O,0126.1,26.100,09÷50).1000

DUREZA(mg CaCO3/L)= 31,78 mg/l branda

CONCLUÇÃO

A metodologia desenvolvida para determinar a dureza de água gerou resultados equivalentes


aos obtidos por uma metodologia já consagrada para este tipo de análise. Os materiais usados
durante a análise são de fácil acesso, e isso facilita a sua execução, mesmo em laboratórios de
química pouco equipados. Usou-se o fenômeno da formação de sais pouco solúveis entre os
metais presentes na água com as moléculas de sabão como variável que precisa ser calibrada
com soluções padrões de dureza de água, para posterior análise de amostras de dureza de
água desconhecida. Esse modo de análise já introduz aos estudantes o processo que relaciona
algum sinal analítico medido com a concentração do analito. Esse modelo é amplamente
usado nas análises químicas de várias técnicas analíticas, com exceção da volumetria,
gravimetria e coulometria, que possibilitam, através das constantes físicas conhecidas, o
cálculo direto da concentração do analito a partir do resultado experimental obtido.

REFERÊNCIA

Relatório de monitoramento das águas superficais na bacia do Rio São Francisco em 2005, sub-
bacia do Rio Paraopeba, Projeto águas de Minas. Belo Horizonte: IGAM Monitoramento das
Águas, 2005.

FEEMA – Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente, Métodos de análise físico-


química da água, Cadernos Feema, Série Didática, Volume III, Rio de Janeiro, 1981.

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