Você está na página 1de 3

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E NATURAIS


FACULDADE DE QUÍMICA

Roteiros de Práticas Experimentais

PERÍODO LETIVO (ANO/ SEM): 2023.4


DEPARTAMENTO: Faculdade de Química
DISCIPLINA CARGA HORÁRIA CRÉD
CÓDIGO NOME TEÓRICA PRÁTICA
QI01021 QUIMICA ANALITICA 60h
QUANTITATIVA
EXPERIMENTAL - T01
TURMA
IDENTIFICAÇÃO CURSOS QUE ATENDE PERÍODO HORÁRIO
PRÁTICA Química Industrial -- 2T123

DETERMINAÇÕES VOLUMÉTRICAS POR PRECIPITAÇÃO:


DETERMINAÇÃO DO TEOR DE CLORETO PELO MÉTODO DE MOHR

8.1 OBJETIVOS:
1 Preparar solução de AgNO3 aproximadamente 0,1M
2 Preparar solução padrão de NaCl 0,1M
3 Padronizar a solução de AgNO3 frente a solução padrão de NaCl
4 Determinar o teor de Cl- e de NaCl em uma amostra de sal de cozinha.

8.2 DISCUSSÃO:
O método de Mohr é um método argentimétrico usado apenas na determinação de
cloretos ou brometos. Uma solução neutra contendo uma dessas espécies iônicas é titulada
com AgNO3 em presença de K2CrO4 como indicador. O ponto final é assinalado pelo
aparecimento do Ag2CrO4 vermelho tijolo.
Cl- + Ag+  AgCl(s) Kps = 1,78. 10-10
2Ag+ + CrO42-  Ag2CrO4(s) Kps = 2,45. 10-12
Outros íons capazes de precipitar como sais de prata pouco solúveis nas condições
mencionadas, são: tiocianato, fosfato, arseniato, difosfato, sulfeto, carbonato e oxalato,
sendo, portanto, interferentes. Os íons cianeto e tiossulfato interferem formando complexo
com a prata. Interferem substâncias orgânicas e outras capazes de reduzir o íon prata em
solução neutra. A solução não deve conter íons alumínio ferro, bismuto, estanho, zinco, etc.,
que se hidrolisam tornando o meio nitidamente ácido e que precipitariam como sais básicos
contendo cloreto, também, não deve conter íons corados como cobre, níquel e cobalto.
Chumbo e bário formam cromatos pouco solúveis com o indicador, interferindo na titulação.
Uma séria limitação do método de Mohr é a faixa de pH, 6,5-10,5 relativamente estreita,
dentro da qual deve ficar compreendida a solução na titulaçao
A titulação de I- e SCN- não dá resultados satisfatórios porque os precipitados de AgI
e AgSCN adsorvem íons cromatos e dão indicações pouco claras do ponto final.

1
8.3 MATERIAL UTILIZADO:
Bureta de 25 mL (01); Proveta de 50 mL (01);
Pipeta volumétrica de 20 mL (01); Solução padrão de NaCl0,1M;
Pipeta graduada de 2 mL (01); Solução de AgNO30,1M;
Béquer de 50 mL (03); Solução de K2CrO4 a 5% m/v;
Erlenmeyer de 250 mL (03); CaCO3 sólido.
Vidro de relógio pequeno (02);
8.4 PROCEDIMENTO:
8.4.1 Preparo da solução padrão de NaCl:
Transfira cerca de 5g de NaCl de grau analítico a um pesa-filtro e seque o sal a 250-
350 °C por 1 – 2 horas; deixe esfriar em dessecador por 30 minutos. Pese exatamente 2,9250g
do reagente, dissolva em água, transfira quantitativamente para um balão de 500mL e dilua
até a marca.

8.4.2 Padronização da solução de AgNO3:


Transfira 10,0 mL da solução padrão 0,1M de NaCl para um erlenmeyer de 250 mL
e dilua até 50 mL com água destilada. Adicione 0,5 mL da solução de K2CrO4 a 5% m/v e
titule lentamente com a solução 0,1M de AgNO3 (agite fortemente após cada adição) até o
primeiro aparecimento da coloração vermelho-castanho permanente. Efetue uma prova em
branco da seguinte maneira: a um volume de água destilada igual ao volume final da solução
na titulação anterior adicione 0,5 mL do indicador e cerca de 0,5 g de CaCO3 livre de cloreto
e titule com a solução de AgNO3 até coloração idêntica à obtida na titulação do NaCl.
8.4.3 Análise da amostra de sal:
Pese cerca de 0,10 – 0,15 g de sal de cozinha refinado num vidro de relógio, transfira
quantitativamente a um erlenmeyer de 250 mL e dilua a 50 mL com água destilada. Adicione
0,5 mL da solução de K2CrO4, titule com solução de AgNO3 padronizada até o primeiro
aparecimento da coloração vermelho-castanho permanente. Efetue uma prova em branco da
forma descrita anteriormente. Faça a correção do volume e calcule o teor de cloreto na
amostra analisada.
Proceda da mesma maneira, usando agora sal para churrasco comum e temperado.
Não esqueça que todas as titulações devem ser feitas em triplicata e para os cálculos deve-se
utilizar a média das massas e dos volumes gastos.
8.5 CÁLCULOS:
1) Determinar o fator de correção para a solução de AgNO3.
2) Determinar o teor de Cl- e NaCl no sal analisado.

BIBLIOGRAFIA

1. SKOOG, D. A.; WEST, D. M.; HOLLER, F. J.; CROUCH, S. Fundamentos de química analítica. 9. ed.
Cengage Learning, 2014.

2
2. BACCAN, N; DE ANDRADE, J. C.; GODINHO, O. E. S; BARONE, J. S. Química analítica quantitativa
elementar, 3. ed. São Paulo: Ed. Edgard Blücher, 2001. 308 p.
3. BASSETT, J.; DENNEY, R. C.; JEFFERY, G. H.; MENDHAN, J. Vogel: análise inorgânica quantitativa.
4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara, 1981. 690 p.
4. HARRIS, D. C. Análise química quantitativa. 5. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2001. 862 p.
5. MENDHAM, J.; DENNEY, R. C.; BAERNES, J. D.; THOMAS, M. J. K. Vogel: análise química
quantitativa. 6. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2002. 462 p.
6. OHLWEILER, O. A. Química analítica quantitativa. 3. ed. Rio de Janeiro: LTC, 1982. vol. 1. 273 p.

Você também pode gostar