Você está na página 1de 8

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO CEARÁ

IFCE CAMPUS MORADA NOVA

BACHARELADO EM ENGENHARIA DE AQUICULTURA

DISCILINA: QUÍMICA ANALÍTICA

MARCUS VINÍCIUS ARAÚJO DE LIMA - 20191185010139

RELATÓRIO AULA PRÁTICA 04: DETERMINAÇÃO DE CLORETOS EM H2O DE


ABASTECIMENTO PÚBLICO

MORADA NOVA - CE

2022
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................ 3

2. OBJETIVOS ................................................................................................................................................. 4

3. PARTE EXPERIMENTAL ......................................................................................................................... 4

4. RESULTADOS/CÁLCULOS OBTIDOS ................................................................................................... 6

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................................................................... 7

BIBLIOGRAFIA ................................................................................................................................................... 8
3

1. INTRODUÇÃO

Os cloretos são encontrados praticamente em todas as águas naturais, em maior ou menor


escala, contendo íons resultantes da dissolução de minerais. São advindos da dissolução de
sais e sua presença pode ser de origem mineral ou derivada de contaminação das águas
(SOUZA, 2022).

Atualmente, as águas fornecidas pelas concessionárias passam por processos em que


utiliza-se produtos químicos como uma forma de tratamento para combater a contaminação de
esgotos, depósitos de lixo, vazamentos de combustíveis, entre outros efluentes que acabam
infectando a água com germes, bactérias, coliformes fecais e microrganismos (SOUZA et al,
2016).

O principal componente utilizado nessas estações de tratamento são os compostos a base


de cloro, tornando a água extremamente tóxica para todos os organismos vivos. Por esse
motivo, a Portaria nº 518/2004 do Ministério da Saúde impõe um controle desse teor, de
modo que o máximo permitido é de 250 mg/L (SOUZA et al, 2016).

O método de Mohr é o método mais clássico para análise de cloretos em água potável e
por se tratar de um método volumétrico é extensivamente utilizado nos laboratórios de análise
química (SOUZA, 2022). Este é um método de volumetria de precipitação e foi desenvolvido
pelo químico alemão Karl Friedrich Mohr para a determinação de haletos (Cl-, Br- e I-), tendo
como titulante a solução de nitrato de prata, e como indicador solução de cromato de potássio
(FERNANDES, 2014).

No método de Mohr os íons cloreto é titulado com uma solução padrão de nitrato de prata
usando-se cromato de potássio como indicador. Iniciada a titulação, os íons prata (Ag+)
reagem com os íons cloretos (Cl-) formando o precipitado cloreto de prata (AgCl) (reação 1),
de cor branca que promoverá uma leve turvação na solução contida no Erlenmeyer (SOUZA,
2022).

No ponto final, quando a precipitação dos íons cloreto (Cl-) for completa, o primeiro
excesso de íons prata (Ag+) reagirá com o ânion do indicador (CrO4-2) ocasionando a
precipitação do cromato de prata (Ag2CrO4) (reação 2) que é um precipitado de cor vermelho
telha (SOUZA, 2022).
4

2. OBJETIVOS

• Equacionar as reações químicas que ocorrem entre os reagentes desta titulação;


• Compreender porque o método de Mohr é denominado de titulação fracionada;
• Entender o que é um precipitado;
• Entender o que é o ensaio em branco e sua função na análise;
• Saber estimar a concentração de íons cloretos (Cl-) presente na amostra de água de
abastecimento público.

3. PARTE EXPERIMENTAL

Materiais:

• Bureta 25 ml;
• Béquer 100 ml;
• Erlenmeyer 500 ml;
• Erlenmeyer 100 ml;
• Pêra;
• Pipeta Volumétrica 25 ml;
• Pipeta de pasteur;
• Pisseta;
• Proveta 50 ml;
• Suporte Universal;
• Garras para bureta.

Reagentes:

• Solução de NaCl 0,01 mol/L;


• Solução de AgNO3 ≈ 0,01 mol/L;
• Solução indicadora de K2CrO4 a 5%;
• Água da rede de abastecimento público do SAAE;
• Água Destilada.

Procedimentos Realizados:
• Padronização da solução de AgNO3 com solução de NaCl
5

o Com uma pipeta volumétrica medimos 25,00 mL da solução de NaCl


0,01mol/L para um erlenmeyer de 500 mL, adicionamos 50 mL de água
destilada e 1,0 mL de solução de K2CrO4 a 5 %.
o Titulamos com a solução de AgNO3, sob agitação constante até que a
coloração se desvie da que o indicador emprestou à solução.
o O volume gasto do titulante foi 26,5 ml
• Método de Mohr
o Pipetarmos 25 mL da amostra de água em pipeta volumétrica e transferimos
esse volume para um erlenmeyer de 100 mL;
o Retiramos 1 mL do indicador cromato de potássio (K2CrO4) - 5% com a pipeta
de pasteur e transferimos para o erlenmeyer;
o Lavamos e preenchemos a bureta com a solução titulante (AgNO3 -
padronizado) até que a solução fique acima da marcação do zero da bureta;
o Abrir a torneira para que a solução preencha a ponta afunilada da bureta e
aferimos na marcação zero;
o Iniciamos a titulação do erlenmeyer com a solução padrão AgNO3 -
padronizado, até o aparecimento do precipitado vermelho telha;
o O volume de titulante gasto foi 3,5 ml;
• Ensaio em Branco
o Pipetarmos 25 mL da amostra de água destilada em pipeta volumétrica e
transferimos esse volume para um erlenmeyer de 100 mL;
o Retiramos a ponta da espátula com o reagente carbonato de cálcio (CaCO3); e
adicionamos o carbonato de cálcio ao erlenmeyer
o Retiramos 1 mL do indicador cromato de potássio (K2CrO4) - 5% com a pipeta
de pasteur e transferimos para o erlenmeyer;
o Lavamos e preenchemos a bureta com a solução titulante (AgNO3 -
padronizado) até que a solução fique acima da marcação do zero da bureta;
o Abrir a torneira para que a solução preencha a ponta afunilada da bureta e
aferimos na marcação zero;
o Iniciamos a titulação do erlenmeyer com a solução padrão AgNO3 -
padronizado, até o aparecimento do precipitado vermelho telha;
o O volume de titulante gasto foi 0,6 ml;
6

4. RESULTADOS/CÁLCULOS OBTIDOS
• Padronização da solução de AgNO3:
Para a padronização tem-se a seguinte molaridade, considerando o ensaio em branco que
teve seu volume também utilizado na equação.
V = V1 – V2
V é o volume de AgNO3 que reage com o íon cloreto, somente; V1 é o volume de
AgNO3 que reage com o íon cloreto e íon cromato; V2 é o volume de AgNO3 que reage com
o íon cromato, somente.
VAgNO3 = 26,5 – 0,6

MAgNO3 * VAgNO3 = MNaCl * VNaCl


MAgNO3 * 25,9 = 0,01 * 25
0,01∗25
MAgNO3 =
25,9

MAgNO3 = 0,0096 mol/L


• Concentração de Cl-:
Na titulação foram gastos 3,5 mL da solução titulante de AgNO3 padronizada.
Utilizando a equação a seguir, calculou-se a concentração de cloreto na amostra de 25 mL
de água potável.

(V amostra AgNO3−V Branco AgNO3)∗M AgNO3∗35453


[Cl-] (mg/l) =
V amostra

V Amostra AgNO3 - volume da solução padrão de nitrato de prata gasto na titulação da


amostra, mL;
V Branco AgNO3 - volume da solução de nitrato de prata gasto na titulação da água destilada
(branco), mL;
AgNO3 M - Molaridade da solução de nitrato de prata usada;
V Amostra - volume da amostra, ml.

(3,5−0,6)∗0,0096∗35453
[Cl-] (mg/l) = = 39,48 mg/l = 0,03948 g/L = 0,0039 %
25
7

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os objetivos foram alcançados, pôde-se calcular o teor de íons cloreto em uma amostra de
água potável coletada na rede de abastecimento do SAAE de Morada Nova.
8

BIBLIOGRAFIA

FERNANDES, D. M. S. Relatório VOLUMETRIA DE PRECIPITAÇÃO: Determinação


de Cloreto em Água Potável; Determinação da Pureza do Sal de Cozinha. IFCE –
Campus Quixadá, 2014. Disponível em:
<https://www.academia.edu/8843497/VOLUMETRIA_DE_PRECIPITA%C3%87%C3%83O
_Determina%C3%A7%C3%A3o_de_Cloreto_em_%C3%81gua_Pot%C3%A1vel_Determina
%C3%A7%C3%A3o_da_Pureza_do_Sal_de_Cozinha>. Acesso em: 27/03/2022.

SOUZA, J. B. Roteiro Prática 04: DETERMINAÇÃO DE CLORETOS EM H2O DE


ABASTECIMENTO PÚBLICO. IFCE, Morada Nova. 2022.

SOUZA, I. R. A. S; CORCINO, F. H. C; SILVA, C. L. B; DANTAS, A. N. S.


DETERMINAÇÃO DO TEOR DE CLORETO EM ÁGUAS DE ABASTECIMENTO
DA REGIÃO AGRESTE POTIGUAR. 4ª Semana de Química – IFRN, 2016. Disponível
em: < http://doi.editoracubo.com.br/10.4322/2526-4664.027>; Acesso em 26/03/2022.

Você também pode gostar