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O sal do ácido carboxílico é mais solúvel em água, o que provoca a sua migração para a fase
aquosa. Para obtenção do ácido carboxílico, deve-se acidificar a fase aquosa com HCl, ocasionando
a seguinte reação:
Nesse caso, o ácido carboxílico deve ser extraído da fase aquosa através da adição de solvente
orgânico. Ou, se o ácido carboxílico for um sólido pouco solúvel em água e precipitar, pode ser
separado por filtação.
Na fase orgânica original restaram o fenol, a amina e a cetona (Figura 1). A essa fase pode-
se adicionar uma solução aquosa de NaOH, que irá reagir com o fenol (uma substância cujo caráter
ácido é menor que o do ácido carboxílico) resultando na formação de um fenóxido de sódio.
Analogamente ao que foi descrito para o sal do ácido carboxílico, o fenóxido de sódio pode ser
separado e, posteriormente, reconvertido ao fenol através da reação com HCl, segundo as reações
mostradas a seguir.
OH ONa
+ NaOH + H2O
ONa OH
+ HCl + NaCl
Assim, na fase orgânica ainda restaram a amina e a cetona (Figura 1). Com a adição de uma
solução aquosa de HCl à fase orgânica, ocorrerá a reação de conversão da amina ao cloridrato
correspondente, que por ser um sal é mais solúvel em água, e migrará para a fase aquosa.
Após a separação das fases, a cetona estará presente na fase orgânica e o cloridrato na fase
aquosa. A posterior reação da fase aquosa com NaHCO3 e a extração com éter etílico fornecerá a
amina, segundo a reação mostrada a seguir.
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Para a separação final dos componentes presentes nas respectivas fases etéreas pode-se
proceder a destilações ou, se conveniente, à evaporação do éter.
É comum existirem compostos diferentes com temperaturas de fusão iguais. Assim, deve-se
recorrer a outras propriedades físicas para se conhecer inequivocamente a identidade de um
composto sólido. Um procedimento muito utilizado para verificar a identidade de dois sólidos que
apresentam mesma temperatura de fusão consiste em misturar pequenas quantidades do sólido
desconhecido com o conhecido e determinar a temperatura de fusão da mistura. Se houver variação
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no valor da temperatura de fusão após a mistura, conclui-se que os sólidos são substâncias
diferentes.
A temperatura de fusão pode ser determinada empregando-se o tubo de Thiele. Ele consiste
em um tubo de vidro desenhado para conter um óleo de aquecimento e um termômetro ao qual se
liga um tubo capilar que contém a amostra (Figura 3). Ele é usualmente aquecido com um bico de
Bunsen, sendo que a velocidade de aumento da temperatura deve ser controlada.
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2. OBJETIVO
3. MATERIAL E REAGENTES
- béquer de 50 mL - espátulas
- erlenmeyer de 125 mL - banho de gelo
- funil de separação de 125 mL - ácido benzóico
- funil de vidro - ácido clorídrico (concentrado e 10 %, v/v)
- proveta de 10 mL - éter dietílico
- proveta de 25 mL - hidróxido de sódio (10 %, m/v)
- papel filtro - m-nitroanilina
- suporte para funil - naftaleno
- papel indicador universal - sulfato de magnésio (ou sulfato de sódio) anidro
- Funil de buchner - lamínulas de vidro
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4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
4.1.3. Repita o processo descrito no item 4.2 por mais 2 vezes, sempre coletando a fase
aquosa no mesmo erlenmeyer (FA-1). Faça mais uma extração, utilizando 5 mL de água destilada.
Novamente colete a fase aquosa no erlenmeyer FA-1. Reserve o erlenmeyer FA-1 para posterior
procedimento de extração.
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A mistura contém 0,50 g de cada componente.
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4.1.4. A solução etérea que ficou no funil de separação deve ser transferida para um
erlenmeyer de 50 mL. Em seguida, adicione sulfato de magnésio (ou sulfato de sódio) anidro em
quantidade suficiente para que a fase etérea fique seca (observa-se que o sulfato de magnésio ou
sulfato de sódio fica “solto” quando isso acontece). Filtre a fase orgânica seca por gravidade,
coletando a solução em um béquer de 50 mL previamente pesado e identificado como NAF. Deixe
esse béquer em capela de exaustão para a evaporação do solvente e, então, pese o béquer novamente
e determine a massa de sólido obtida.
identificado como ABZ. Leve esse material para uma estufa a 60 °C e mantenha-o nessa
temperatura por 10 min. Após esse período, pese o béquer contendo o material seco. Por fim,
determine a temperatura de fusão do sólido obtido.
4.2.1. Adicione uma ponta de espátula do naftaleno (NAF) a uma lamínula e cubra-a com outra
lamínula. Coloque esse sistema no aparelho para determinação da temperatura de fusão.
4.2.2. Programe a taxa de variação da temperatura para 10 ºC min-1 e inicie a análise. Observe
atentamente as mudanças ocorridas com o sólido durante o aquecimento e anote as temperaturas
inicial e final do intervalo de fusão.
4.2.4. Repita os procedimentos descritos nos 4.2.1 a 4.2.3 para a o naftaleno (NAF), mas repita o
item 4.2.3 com uma taxa de variação de temperatura de 1 a 2 ºC min-1.
4.2.5. Faça a determinação da temperatura de fusão do ácido benzoico (ABZ) conforme descrito
nos itens 4.2.1 a 4.2.4.
5. BIBLIOGRAFIA
Dias, A.G.; da Costa, M.A.; Guimarães, P.I.C. “Guia Prático de Química Orgânica. Volume I –
Técnicas e Procedimentos: Aprendendo a Fazer”. Editora Interciência, Rio de Janeiro, 2004.
Marques, J.A.; Borges, C.P.F. “Práticas de Química Orgânica”. Editora Átomo, Campinas, 2007.
Pavia, D.L.; Lampman, G.M.; Kriz, G.S.; Engel, R.G. “Química Orgânica Experimental – técnicas
de escala pequena”. Editora Bookman, 2ª ed, São Paulo, 2009.
Hart, H.; Craine, L.E.; Hart, D.J. “Organic Chemisty Laboratory Manual – A short Course”.
Houghton Mifflin Company, Tenth Edition, Boston, 1999.