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UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTE DA BAHIA

CENTRO DAS CIENCIAS EXATAS E DAS TECNOLOGIAS


QUIMICA EXPERIMENTAL

JIAN CARLOS NOGUEIRA DOS SANTOS

PRÁTICA N° 2 – PROPRIEDADE FISICA DAS SUBSTÂNCIAS:


A) DENSIDADE
B) PONTO DE FUSÃO, PONTO DE EBULIÇÃO E SOLUBILIDADE

Barreiras
2017
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1. INTRODUÇÃO

As propriedades das substancias são de grande importância como parâmetros de


identificação e classificação. Tais propriedades podem ser agrupadas em físicas e
químicas. As propriedades químicas, são as propriedades de uma substancia que é
descrita referindo-se a uma reação química. As propriedades físicas são aquelas em
que se pode descrever sem se referir a uma reação química, e podem ser agrupadas
em extensivas ou intensivas. “As propriedades físicas não envolvem qualquer
mudança na composição ou identidade da substância, isto é, são propriedades que
podem ser observadas e medidas sem modificação de sua composição.” (De Paoli at
al, 2004, p. 1). As propriedades físicas extensivas são diretamente proporcionais a
quantidade de matéria da substancia presente na amostra, por exemplo a massa (m)
e o volume (V). As propriedades intensivas não dependem da quantidade de matéria,
por exemplo pressão (p), temperatura (T) e densidade (d). Dentre as propriedades
físicas algumas das mais importantes são a densidade, o ponto de fusão, o ponto de
ebulição e a solubilidade.

A densidade é a massa de uma substancia que ocupa uma unidade de volume. É um


excelente parâmetro de identificação, pois é especifica para cada substancia,
facilitando a identificação e diferenciação de outras. A densidade é a razão entre a
massa de uma substancia e o volume que ela ocupa. Para sólidos e líquidos, a
densidade geralmente é expressa em gramas/centímetros cúbicos (g/cm3); para
gases, costuma ser expressa em gramas/litro (g/L). A solubilidade é a concentração
de um soluto em uma reação saturada, a quantidade máxima de um soluto que pode
ser dissolvida pela simples adição em um solvente à temperatura e pressão
constantes. Pode ser expressa em mols por litro (mol/L), gramas por litro (g/L) ou em
porcentagem de soluto/solvente. O termo solubilidade designa tanto fenômeno
qualitativo do processo, a dissolução, como quantitativamente a concentração das
soluções. A solubilidade de uma substância depende da natureza do soluto e do
solvente, assim como da pressão e temperatura às quais o sistema é submetido. Da
mistura do soluto com o solvente pode haver a formação de três tipos de soluções:
insaturada, saturada, ou supersaturada, a formação de cada uma delas irá depender
da quantidade do soluto que se dissolveu no solvente. A solubilidade é um parâmetro
importante para separação de misturas.

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As substâncias podem ser encontradas em três estados: sólido, liquido e gasoso. A
mudança de pressão e/ou temperatura pode ocasionar a mudança desses estados.
Nas mudanças de estado das substancias dois parâmetros são amplamente
estudados, o ponto de fusão e o ponto de ebulição. O ponto de ebulição de um liquido
é a temperatura na qual a pressão de vapor do liquido é igual à pressão externa ou
pressão atmosférica, ou seja corresponde a temperatura necessária para que um
liquido se torne um gás à pressão de 1 atm, este ponto irá variar a depender da
substancia. O ponto de fusão é a temperatura na qual uma substancia passa do
estado sólido para o estado liquido, e é a mesma quando ocorre o inverso, a
substancia passa do estado liquido para o estado sólido. Em geral uma substancia
pura funde em cerca de 1°C. Em uma substancia pura a mudança de estado ocorre
muito rápido, não sendo afetada por mudanças moderadas de pressão. As mudanças
de estado são bons indicadores da pureza das substancias.

2. OBJETIVO

Com base na fundamentação teórica atrelada a prática realizada no laboratório, o


objetivo é determinar a densidade de sólidos e líquidos, bem como o ponto de fusão
e ebulição de determinadas amostras, além de realizar testes de solubilidade.

3. MATERIAL E METODOS

3.1. MATERIAIS

Esta prática foi dividida em duas partes A e B, sendo a primeira relacionada a


densidade e a segunda relacionada às demais propriedades físicas: ponto de fusão,
ponto de ebulição e solubilidade. Desta forma a relação de materiais será disposta
nos quadros A e B respectivamente:

3.1.1. Quadro A – Propriedades físicas das substâncias: densidade

VIDRARIA REAGENTES EQUIPAMENTOS E OUTROS


Béquer de 50 mL Agua destilada EQUIPAMENTOS:

3
Béquer de 250 mL Etanol comercial Balança analitica
Proveta de 50 mL Óleo vegetal OUTROS:
Picnômetro Sólidos a, b e c Pisseta
Vidro de relógio
Termômetro

3.1.2. Quadro B – Propriedades físicas das substâncias: ponto de fusão,


ponto de ebulição e solubilidade

VIDRARIA REAGENTES EQUIPAMENTOS E OUTROS


Béquer de 25 mL Agua destilada EQUIPAMENTOS:
Béquer de 250 mL Etanol comercial Balança analitica
Tubos de ensaio Acetona Chapa de aquecimento
Vidro de relógio Dicromato de potassio Medidor de ponto de fusão
Termômetro Cloreto de sódio OUTROS:
Tubo Capilar Sulfato de cobre (II) Pisseta
Almofariz Sacarose Cronometro
Pistilo Naftaleno Suporte universal

3.2. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Os experimentos abaixo descritos foram realizados no laboratório 109 da UFOB


(Universidade Federal do Oeste da Bahia), nas quinta feira 26/01, 02/02 e 16/02/2017
entre as 13:50 e as 15:30 horas no horário local. A temperatura ambiente era artificial,
intercalando em momentos onde o ar condicionado foi desligado.

3.2.1. EXPERIMENTOS DA PRÁTICA 2ª

3.2.1.1. Determinação da densidade utilizando uma proveta.

Inicialmente foi medida a massa do sólido a (um clipe, usado para prender papel)
utilizando a balança analítica. Com uma pisseta foi colocado 15 mL de agua destilada
em uma proveta de 50 mL (o roteiro pedia 10 mL de agua destilada e uma proveta de
25 mL, porem constatamos que com esse volume o sólido não ficava completamente
imerso no liquido). O clipe foi colocado dentro da proveta, de modo que pudéssemos
calcular a densidade do sólido através da variação do nível do liquido com e sem a
introdução do sólido. Este procedimento foi repetido para os sólidos b e c, pedaço de

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cobre e pedaço de ferro respectivamente. Os resultados da variação e a densidade
estão dispostos na tabela 4.1.1.

Nota: No sólido c utilizamos 20 mL como volume inicial, por que o mesmo era muito
grande, e os 15 mL não o deixavam imerso totalmente.

3.2.1.2. Determinação da densidade utilizando um picnômetro.

Para realização deste experimento foi utilizado o método de “calibração do


picnômetro”. Para tal foi adicionado 150 mL de agua destilada em um béquer de 250
mL. O picnômetro (vazio e seco) foi pesado na balança analítica junto com a sua
tampa. Após retirado da balança o picnômetro foi completamente preenchido com a
água destilada tomando cuidado para não deixar bolhas de ar, desta forma o excesso
de agua escorreu pelo capilar e tivemos a garantia que havia apenas agua destilada
preenchendo todo o picnômetro. Utilizando uma folha de papel toalha comum o
picnômetro foi secado, e colocado novamente na balança analítica para aferirmos sua
massa, agora cheio. Este procedimento foi repetido três vezes para mitigarmos o erro
da medida. Este experimento foi realizado sob uma temperatura de 28 °C. Os dados
obtidos estão dispostos na tabela 4.1.2.

3.2.1.3. Determinação da densidade do etanol comercial.

O procedimento experimental para este experimento foi semelhante ao do


experimento 3.2.1.2 incluindo a quantidade de repetições, as diferenças foram que
utilizamos etanol comercial (álcool etílico hidratado, 92,8%) no lugar da agua destilada
para a sua realização, e não esvaziamos e enchemos novamente o picnômetro para
as repetições, mantendo a quantidade inicial de liquido preenchendo-o. Este
experimento foi realizado sob uma temperatura de 26 °C. Os dados obtidos estão
dispostos na tabela 4.1.3.

3.2.1.4. Determinação da densidade do óleo vegetal.

O procedimento experimental para este experimento foi exatamente o mesmo do


experimento 3.2.1.3, mudamos apenas o reagente utilizando o óleo vegetal (óleo de
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soja, marca Liza) no lugar do etanol comercial. Este experimento foi realizado sob uma
temperatura de 26 °C. Os dados obtidos estão dispostos na tabela 4.1.4.

3.2.2. EXPERIMENTOS DA PRÁTICA 2B

3.2.2.1. Testes de solubilidade.

O experimento do teste de solubilidade foi dividido em duas partes A e B.

Parte A:

Neste experimento foi utilizado um tubo de ensaio com aproximadamente 5 mL de


agua destilada, que foi utilizada como solvente. Foi pesado na balança analítica 0,5 g
de sacarose, utilizada como soluto. As 0,5 g de sacarose pesadas na balança foram
adicionadas no tubo de ensaio contendo a agua destilada. O tubo de ensaio contendo
a mistura foi agitado e observado se a dissolução do soluto foi total, caso positivo
fomos adicionando de 0,5 em 0,5 g até que a dissolução não fosse mais possível.
Neste experimento utilizamos a combinação de quatro solutos sendo eles: sacarose,
sulfato de cobre (II), cloreto de sódio e dicromato de potássio. E três solventes: agua
destilada, etanol 99,8% e acetona. Este exemplo da agua destilada como solvente e
a sacarose como soluto foi repetida utilizando todas as combinações possíveis de
solutos e solventes acima citados. Os dados obtidos estão dispostos na tabela 4.1.5.

Parte B:

Nesta parte do experimento, foi pesado 1,5 g de sulfato de cobre (II) na balança
analítica. Foi adicionado 5 mL de agua destilada medidos com uma pipeta graduada
em um béquer de 25 mL juntamente com os 1,5 g de sulfato de cobre (II) anteriormente
pesados. A mistura contida no béquer foi agitada, e observado seu comportamento.
Posteriormente utilizando uma chapa de aquecimento essa mistura foi aquecida até
atingir a temperatura de 80 °C. Os resultados obtidos estão dispostos no item 4 deste
relatório.

3.2.2.2. Determinação da temperatura de ebulição da água.

Para a realização deste experimento foi colocado 80 mL de agua destilada em um


béquer de 250 mL, foi feita uma adaptação em uma garra em um suporte para que o
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termômetro colocado no suporte não encostasse na parede do béquer. Foi utilizada
uma chapa de aquecimento para aquecer o béquer. Iniciamos no tempo T0 e fomos
medindo de dois em dois minutos até que a agua destilada entrasse em ebulição,
enquanto era observado as características do sistema (agua destilada + béquer).
Tivemos um problema de aquecimento com a chapa, e mesmo desligando o ar
condicionado e colocando papel alumínio ao redor do béquer se passaram vinte
minutos sem que a agua entrasse em ebulição, aos 27:37 minutos do experimento o
mesmo foi abortado, por que a agua parou de aquecer. Diante disso utilizamos uma
nova chapa de aquecimento mais potente, onde conseguimos atingir o objetivo, porem
devido o tempo dispensado no experimento abortado não houve como anotarmos
após a ebulição de dois em dois minutos até alcançarmos 10 minutos, ficando a prática
incompleta. Os dados obtidos nesta prática estão dispostos na tabela 4.1.6 e 4.1.7.

3.2.2.3. Determinação do ponto de fusão da sacarose.

Utilizando o almofariz e o pistilo, foram triturados 0,5 g de sacarose (o roteiro


inicialmente pedia naftaleno, porem foi utilizado sacarose). Uma fração foi transferida
para um vidro de relógio, onde parte do sólido foi colocado para dentro do capilar
pressionando a parte aberta do capilar verticalmente sobre a amostra viabilizando sua
entrada, o capilar então era invertido para que o sólido se depositasse no fundo do
mesmo. Este procedimento foi repetido até que o capilar contivesse cerca de 0,5 cm
de espaço preenchido pelo sólido (não foi utilizado qualquer instrumento de medida).
O capilar foi colocado no medidor de ponto de fusão até que o sólido fundisse. Os
dados obtidos neste experimento estão dispostos no item 4.

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Utilizando a formula D=m/∆V, sendo D a densidade, m a massa dos sólidos e ∆V a


variação do volume da proveta com e sem o sólido, foi possível calcular a densidade
dos sólidos a, b e c. Conforme tabela abaixo, apesar de todos os sólidos utilizados
serem metais, e portanto partilharem de características semelhantes a densidade do
sólido c (ferro) é bem maior. Chegando a quase o dobro, usando regra de três e
calculando a densidade do ferro com os mesmo 15 mL dos demais se chegou-se a

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9,8753 g/cm³ para a amostra c. Isso é uma evidencia clara pela qual temos a maior
parte do ferro do planeta presente no núcleo, devido à alta densidade deste elemento.

Tabela 4.1.1 - Determinação da densidade utilizando a proveta.


Sólido Massa (g) Volume Inicial (mL) Volume final (mL) Densidade (g/cm³)
a 2,8379 15 15,5 5,6758
b 2,2505 15 15,4 5,6262
c 51,8455 20 27 7,4069

Para a calibração do picnômetro buscou se encontrar o seu volume afim de auxiliar


nos dois experimentos seguintes onde se necessitava da densidade. Para tal
calibração se valeu da mesma formula D=m/V, a alterando para V=m/D, considerando
uma temperatura de 28 °C e valendo-se da tabela de densidade utilizada na prática
1, foi possível preencher a tabela abaixo e calcular o real volume do picnômetro.

Tabela 4.1.2 - Calibração do picnômetro.


Massa Picnômetro (g) Massa da agua (g)
Volume (mL)
Vazio Cheio Medidas Média
75,8393 51,0479
24,7914 75,8377 51,0463 51,0464 51,2380
75,8364 51,0450

O volume 51,2380 mL do picnômetro será utilizado para encontrar a densidade nos


experimentos com o etanol comercial e com o óleo vegetal. O fato de termos realizado
três medidas da massa do picnômetro cheio mitiga um pouco o erro grosseiro presente
em todas as medidas, porém não realizamos a mesma quantidade de medidas com o
picnômetro vazio, o que aumenta a propagação de erros. Também foi considerado
erro nesta calibração a inexatidão da temperatura ambiente, o que afeta diretamente
a densidade da água destilada utilizada para a calibração.

Utilizando a formula D=m/V foi possível calcular a densidade do etanol comercial. Se


valendo da calibração do picnômetro realizada no experimento 3.2.1.2. e da massa
do picnômetro cheio com etanol comercial. Como parâmetro de comparação vale
ressaltar o quanto o etanol comercial é menos denso que os metais utilizados no
experimento 3.2.1.1. É importante salientar que os mesmo erros que aconteceram na
determinação do volume do picnômetro aconteceram na realização destas medidas,
que ainda foram somadas com a inexatidão do volume do picnômetro.

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Tabela 4.1.3 - Densidade do etanol comercial.
Massa Picnômetro (g) Massa do Etanol (g) Volume Densidade
Vazio Cheio Medidas Média Picnômetro (mL) Etanol (g/cm³)
66,1245 41,2010
24,9235 66,1067 41,1832 41,1777 51,2380 0,8037
66,0725 41,1490

O mesmo procedimento foi utilizado para determinar a densidade do óleo vegetal. E


novamente os mesmo erros desvalorizaram as medidas realizadas. A densidade do
óleo vegetal está disposta na tabela abaixo.

Tabela 4.1.3 - Densidade do óleo vegetal.


Massa Picnômetro (g) Massa do Etanol (g) Volume Densidade
Vazio Cheio Medidas Média Picnômetro (mL) Óleo (g/cm³)
71,7494 46,8328
24,9166 71,7000 46,7834 46,8000 51,2380 0,9134
71,7003 46,7837

Os métodos de determinação da densidade através do picnômetro, e do


deslocamento de água (proveta) que é indireto, são métodos que garantem certa
exatidão quando realizados por profissionais qualificados, em ambiente controlado,
com disponibilidade de instrumentos de medidas precisos e exaustivas repetições
para se reduzir os erros grosseiros, aleatórios e sistemáticos. Este não é nosso caso,
cometemos erros durante a realização das medidas que colocaram em cheque todo
o trabalho realizado, porem valeu a experiência de realizar tais medições que foram
de grande valia acadêmica. Existe ainda o método de cálculo da densidade através
do densímetro, que é o método mais utilizado na indústria, é um método menos
rigoroso porem mais rápido. Para realização deste tipo de medida, basta mergulhar o
densímetro no liquido em estudo e fazer a leitura na graduação que fica livre do liquido.
Ainda existem outros métodos como o de Arquimedes para cálculo da densidade de
sólidos por exemplo.

Na prática B do experimento, foram experimentadas outras características físicas das


substancias. No experimento do teste de solubilidade 3.2.2.1 foi possível constatar o
quanto a agua é um solvente melhor que o etanol e a acetona. Tirando o dicromato
de potássio, em todas as outras amostras houve pelo menos uma solubilização total
com 0,5 g de soluto, evidenciando a fama que a água tem de ser o “solvente universal”.
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Na acetona considerada a pior dos solventes, houveram soluções supersaturadas
indicando a péssima capacidade de solubilização da mesma. Foram constatados
alguns solutos de mais difícil solubilização que outros, considerando o mesmo
solvente, a agua, a sacarose precisou de uma quantidade 5 vezes maior que o
dicromato de potássio para supersaturar a solução. Veja os indicativos na tabela
abaixo:

Tabela 4.1.5 - Solubilidade de algumas substancias.


Soluto (quantidade de soluto necessária para a supersaturação)
Solvente (5 mL)
Sacarose Sulfato de cobre (II) Cloreto de sódio Dicromato de potássio
Água destilada 2,5 g 1g 1,5 g 0,5 g
Etanol 99,8% 0,5 g 0,5 g 0,5 g 0,5 g
Acetona 0,5 g 0,5 g 0,5 g 0,5 g

Na parte B do teste de solubilidade 3.2.2.1 foi possível constatar que após agitada a
solução de 5 mL de agua destilada com 1,5 g de sulfato de cobre, houve uma
saturação, pois a agua destilada adquiriu coloração azulada, porém não houve
solubilização total. Após a solução ser colocada em uma chapa de aquecimento, por
alguns instantes a uma temperatura de 60 °C, houve a dissolução total, e quando a
temperatura atingiu 80 °C houve a ebulição, e a solução adquiriu coloração mais
escura. A solubilização total em 60 °C, pode ser explicada pelo temperatura, uma vez
que esta é responsável por alterar as propriedades físicas dos elementos. A
solubilização e mudança de coloração se deve ao fato do sulfato de cobre ser
pentahidratado, quando aquecido seus cristais se desintegram e se tornam anidro que
é acinzentado, enquanto que a agua que estava presente no pentahidratado evapora.
Logo a desintegração dos cristais aos 60 °C foi responsável pela dissolução total,
enquanto a transformação em anidro aos 80 °C graças a evaporação da água lhe
rendeu o tom acinzentado. Neste experimento, podemos apontar como erros as
medidas do soluto e solvente, além da imprecisão da temperatura da chama. Também
podem ser citadas as impurezas presentes nas substancias envolvidas como
prováveis causas de valores desajustados.

Na prática 3.2.2.2 foi possível constatar o quanto existem impurezas presentes na


água, estas quando aquecidas evaporam antes da agua e são responsáveis pelo
vapor que é visível antes da ebulição da água.

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Tabela 4.1.6 - Determinação da temperatura de ebulição da água - EXPERIMENTO ABORTADO
Temperatura
Δt (min) Conjunto Béquer + Agua destilada
(°C)
T0 28 Sem alteração.
T2 41 Sem alteração.
T4 50 Início da formação de bolhas na parede do béquer.
T6 61 Bolhas aumentando consideravelmente.
Bolhas nas paredes do béquer e início de evaporação das impurezas
T8 69
presentes na agua, formando uma "fumaça".
T10 75 Sem alteração com relação a T8.
T12 79 Sem alteração com relação a T10.
T14 81 Sem alteração com relação a T12.
Aumento considerável na quantidade de bolhas presentes na parede do
T16 83
béquer.
T18 83 Sem alteração com relação a T16.
T20 85 Sem alteração com relação a T18.
T22 86 Sem alteração com relação a T20.
Início da condensação da agua que estava presa em forma de gás nas
T24 87
paredes superiores do béquer.
T26 87 Aumento na quantidade de vapor emitido pela água.

T27:37 87 Experimento abortado pela falta de aumento na temperatura da agua.

Gráfico 1. Temperatura x tempo do experimento abortado.

Gráfico da temperatura X tempo


100
90
80
70
60
50
40 Total
30
20
10
0
28 41 50 61 69 75 79 81 83 83 85 86 87 87 87
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 00:27:37

Quando utilizamos a nova chapa de aquecimento, mais potente, o experimento


decorreu mais depressa. Porem as constatações são as mesmas do experimento
abortado, a diferença é que com a nova chapa pudemos alcançar a temperatura de
ebulição da água. A ebulição da água é constatada quando a formação células de

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convecção formadas por bolhas que emergem do fundo para a parte superior do
béquer.

Tabela 4.1.7 - Determinação da temperatura de ebulição da água.


Temperatura
Δt (min) Conjunto Béquer + Agua destilada
(°C)
T0 30 Sem alteração.
T2 42 Sem alteração em relação a T0.

T4 54 Início da evaporação das impurezas, os gases e início das condensações.

T6 73 Formação de bolhas na água.


T8 85 Aumento na formação de bolhas, na ebulição e na condensação.
T10 93 Bolhas tomaram praticamente todo o béquer.
T12 98 A água começou a ferver.
Ponto de ebulição alcançado, mantida desta forma a temperatura
T14 98
constante a partir desta ΔT.

Gráfico 2. Temperatura X tempo do experimento onde a ebulição foi alcançada.

Gráfico da temperatura X tempo


120

100

80

60
Total
40

20

0
30 42 54 73 85 93 98 98
0 2 4 6 8 10 12 14

Embora na literatura seja sempre citada a temperatura de ebulição da água a 100 °C,
é importante salientar que este valor é alcançado no nível médio do mar, como o
experimento foi realizado em uma cidade acima deste nível é aceitável esta variação.
A pressão é determinante para as alterações de estados dos elementos, e quanto
mais elevada é a cidade maior é a pressão sob a qual a mesma está sujeita.

No experimento 3.2.2.3 foi possível averiguar a mudança de estado da substância


através da fusão. Não houve qualquer alteração visível nos intervalos de tempo

12
medido, que foram observados através das temperaturas 25 °C, 67 °C, 80 °C, 120 °C,
150 °C. Nos instante em que o sólido atingiu 180 °C ocorreu a fusão. Na literatura esta
mudança de estado é tida como repentina, ocorrendo em intervalos de 1 °C. Este
experimento comprovou a literatura, pois mostrou que a alteração ocorre sim em
intervalos muito sutis de temperatura e em um tempo muito curto.

5. CONCLUSÕES

Através desta série de experimentos foi possível constatar a importância das


características físicas das substâncias, tanto para sua caracterização, distinção,
agrupamento, classificação, entre outros. Houveram muitas limitações durante a
realização destas práticas, foram cometidos alguns erros, sendo eles grosseiros
através de medidas que realizamos erradas, sistemáticos através da descalibração
de alguns aparelhos utilizados, e aleatórios aos quais não conseguimos reduzir pois
não realizamos medidas em quantidades suficiente para os mitigar. Apesar dos
contratempos os experimentos alcançaram seus objetivos didáticos e práticos, por
que comprovaram a literatura desde a densidade maior dos metais em relação aos
líquidos não-metais, a solubilidade de algumas substancias corroborando com a
hipótese de que a água é o solvente universal, a mudança do sulfato de cobre (II) em
anidro, e a pressão e temperatura como agentes essenciais para a mudança de
estado físico das substancias sendo comprovados tanto no teste de ebulição da água,
quando na fusão da sacarose. As práticas também foram de grande valia para o
aprendizado acadêmico.

6. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
1. RUSSEL, J.B.; Química Geral, vol 1; 2ª ed, Pearson-Mokron Books, 2006.
2. http://www.bdc.ib.unicamp.br/bdc_uploads/materiais/versaoOnline/versaoOnli
ne1502_pt/material1502_codigoBinario_pt/solubilidade.html - Acessado em
01/03/2017
3. http://objetoseducacionais2.mec.gov.br/bitstream/handle/mec/11544/articleI.p
df - Acessado em 01/03/2017
4. http://www.escolavirtual.pt/assets/conteudos/downloads/10fqa/1fqa5206pdf01.
pdf?width=965&height=600 – Acessado em 01/03/2017

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LISTA DE ANEXO

1. Imagens do Experimento 3.2.2.1 – Solubilidade.


1.1. Agua destilada como solvente e dicromato de potássio, sacarose, sulfeto de
cobre (II) e cloreto de sódio respectivamente como soluto.

1.2. Etanol como solvente e sacarose, sulfato de cobre (II), dicromato de


potássio, e cloreto de sódio respctivamente como solutos.

1.3. Acetona como solvente e cloreto de sódio, sacarose, dicromato de potássio


e sulfato de cobre (II) como solutos.

14
1.4. Experimento parte B. Sulfato de cobre (II) aquecido.

2. Imagens do experimento 3.2.2.2. Ponto de ebulição da água.


2.1. Experimento 3.2.2.2 abortado.

15
2.2. Experimento 3.2.2.2 que atingiu o ponto de ebulição.

3. Imagem do experimento 3.2.2.3. Ponto de fusão da sacarose.

16
4. Densidade utilizando o picnômetro.

5. Densidade utilizando a proveta.

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