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VERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

INSTITUTO DE QUÍMICA

FÍSICO-QUÍMICA EXPERIMENTAL – QUI0632

RELATÓRIO DE ATIVIDADE EXPERIMENTAL

Volumetria de Neutralização

LUCAS

KLEITON

SIMONY SONIA COSTA DE OLIVEIRA

Natal - RN

2022
Introdução
Propriedades coligativas são propriedades que dependem da razão entre o número de
moléculas de soluto e o número de moléculas do solvente, as principais propriedades
coligativas são: o abaixamento da pressão de vapor do solvente, o aumento do ponto de
ebulição do solvente, o abaixamento do ponto de congelamento do solvente e a pressão
osmótica. Todas têm em comum o fato do potencial químico do solvente no estado líquido
ser diminuído na presença de um soluto (solução no estado líquido), de tal forma que o
equilíbrio com a fase vapor (para solutos não-voláteis) ou com a fase sólida seja
estabelecido em temperaturas diferentes, a uma dada pressão, ou a pressões diferentes a
uma dada temperatura.
Crioscopia é uma propriedade coligativa que ocasiona a diminuição na temperatura de
congelamento do solvente. É provocada pela adição de um soluto não volátil em um
solvente. Está relacionada com o ponto de solidificação (PS) das substâncias. Esta
propriedade pode ser chamada também de criometria.
Quando se compara um solvente puro e uma solução de soluto não volátil, é possível
afirmar que o ponto de congelamento da solução sempre será menor que o ponto de
congelamento do solvente puro. Quanto maior o número de partículas dissolvidas em uma
solução, menor será o seu ponto de congelamento.

O abaixamento crioscópico, Tf , do solvente ocorre porque o seu potencial químico na solução é menor que o do líq

O lado direito da equação contém os seguintes termos: potencial químico do solvente no


estado líquido, temperatura (T), constante dos gases ideais “R” (R = 8,3145 J.K-1.mol-1) e a
atividade do solvente na solução (aA). Já do lado esquerdo tem-se o potencial químico do
solvente no estado sólido. Essa diferença de potencial químico (entre líquido e sólido)
identifica-se com a energia de Gibbs de fusão do solvente.

A massa molar do soluto (MB) pode ser determinada experimentalmente a partir de uma solução diluída, preparada
Onde a constante crioscópica (Kc) pode ser determinada como mostrado na Equação 3 a
seguir:

Dessa forma, o abaixamento crioscópico (Tf) é diretamente proporcional à constante crioscópica (Kc ou Kf). Neste

A ebulioscopia é uma propriedade coligativa que ocasiona a elevação da temperatura de um


líquido quando a ele se adiciona um soluto não volátil e não iônico. A temperatura em que se
inicia a ebulição do solvente em uma solução de soluto não volátil é sempre maior que o
ponto de ebulição do solvente puro (sob mesma pressão).
Isso acontece porque a água, por exemplo, só entrará em ebulição novamente se receber
energia suficiente para que sua pressão de vapor volte a se igualar à pressão externa
(atmosférica), o que irá acontecer numa temperatura superior a 100°C. Exemplo:
Água pura: P.E. = 100°C
Água com açúcar: P.E. maior que 100°C

Objetivo
Determinar a massa molecular de um soluto não volátil através do abaixamento da
temperatura de fusão e elevação do ponto de ebulição de uma mistura e comparar os dois
métodos.

Procedimento experimental
Parte A (Crioscopia)

Pipetou-se 20 mL de água destilada (solvente puro) e transferiu-se para o tubo de ensaio, estando
este dentro do banho de gelo com sal.
Para controle da variação de temperatura, colocou-se o termômetro no interior do tubo de ensaio,
juntamente com o solvente puro.
Fez-se leituras de temperatura a cada 30 segundos, até o momento de estabilização da temperatura.
Retirou-se o tubo de ensaio que continha o solvente puro do banho de gelo com sal e colocamos em
um copo de béquer contendo água à temperatura ambiente.
Adicionou-se 2g de sacarose e colocou-se no tubo no banho com gelo, efetuando leituras de
temperatura a cada 30 segundos, até o momento do congelamento.
Novamente retirou-se o tubo do banho de gelo com sal e colocando no béquer com água à
temperatura ambiente, adicionando mais 2g de sacarose e repetindo o procedimento anterior.

Parte B (Ebulioscopia)

Pipetou-se 20 mL de água destilada (solvente puro) e transferiu-se para o tubo de ensaio,


estando este dentro do banho de gelo com sal.
Para controle da variação de temperatura, colocou-se o termômetro no interior do tubo de
ensaio, juntamente com o solvente puro.
Fez-se leituras de temperatura a cada 30 segundos, até o momento do início da ebulição do
líquido (quando a água estiver fervendo). A água deve estar a 100 °C para o início da
ebulição.
Adicionou-se 2 g de glicose no béquer contendo o solvente e o colocou-se sobre uma
chapa aquecedora inicialmente a 100-120 °C, efetuando leituras de temperatura a cada 30
segundos sob agitação lenta.
Novamente retirou-se o béquer com a solução e colocou-se à temperatura ambiente, em
seguida, adicionou-se mais 2 g de glicose e foi repetido o procedimento anterior.

Resultados e discussões
Questões

Questão 01 - De acordo com a parte experimental descrita acima, quais variações de


temperatura você espera obter adicionando 2g de glicose à água e depois mais 2 g de
glicose?
Utilizando a massa molar da glicose igual a: 180,16 g.mol-1
i) Para 2g temos:
ii) Para 4g temos:

Assim, podemos então calcular a variação da temperatura para cada massa:

iii) Para 2g temos:

iv) Para 4g temos:

Questão 02 - Na determinação da massa molar de um soluto, seria mais adequado


utilizarmos a técnica de crioscopia ou ebulioscopia?
É mais adequado utilizar a técnica de crioscopia (que é o estudo da variação da temperatura
de congelamento do solvente quando um soluto não volátil é adicionado, com isso, a adição
de soluto aumenta a entropia - grau de desordem da estrutura – e quanto maior a entropia
menor a Tc no diagrama de fases). Além do mais é mais fácil de observar a variação na
temperatura do ponto de congelamento (experimentalmente), visto que c ΔT ∝ Kc e Kc >
KEb (KEb é a constante ebulioscópica do solvente).

Questão 03 - De acordo com os seus resultados experimentais, qual a massa molar da


glicose (MM)?

i) Para 2g temos:

ii) Para 4g temos:

Tabelas e Gráficos
Os resultados obtidos à partir das medidas experimentais efetuadas estão mostrados na
tabela a seguir:
Com base nesses dados foram construídos gráficos de Temperatura x Tempo e assim pode-
se comparar as três situações (solvente puro, solução1: mistura com 2 g de sacarose e
solução 2: mistura com 4 g de glicose):
De acordo com o gráfico acima, percebe-se que a adição da glicose em concentrações crescentes provocou a dimin
Conclusão
Os resultados obtidos nesse experimento foram coerentes com o esperado e permitiram
determinar a massa molar da glicose (um soluto não volátil) e verificar que o efeito
crioscópico é proporcional à concentração do soluto na solução. Na determinação da massa
molar de um soluto seria mais adequado utilizar a técnica de crioscopia ao invés da
ebulioscopia, porque é mais fácil de observar a variação na temperatura do ponto de
congelamento (experimentalmente), visto que ΔT ∝ Kc e Kc > KEb (KEb é a constante
ebulioscópica do solvente).

Referências bibliográficas
https://www.soq.com.br/conteudos/em/propriedadescoligativas/p6.php Acesso em
10/09/2019.
https://www.soq.com.br/conteudos/em/propriedadescoligativas/p4.php Acesso em
10/09/2019.
CASTELLAN, G; Fundamentos de físico-química. 2ª ed., Vol.2, Editora LTC S.A., Rio de
Janeiro, RJ,1976;
ATKINS, Peter; PAULA, Julio de. Físico-química. 8ª edição, Vol.1, Editora LTC S.A., Rio de
Janeiro, RJ, 2008.

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