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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA


INSTITUTO DE QUÍMICA
DISCIPLINA: FÍSICO-QUÍMICA EXPERIMENTAL
DOSCENTE: TIAGO PINHEIRO BRAGA

EXPERIMENTO 3
CRIOMETRIA E EBULIOSCOPIA

MARIA KAMILLA ANDRADE VIDAL


LUDIMILA GABRIELA FERREIRA DA SILVA

NATAL/RN
2022
INTRODUÇÃO

O abaixamento crioscópico, pressão osmótica , elevação do ponto de ebulição e abaixamento


da pressão de vapor são propriedades físicas características de soluções diluídas que podem
ser denominadas de propriedades coligativas. Seus comportamentos são correlacionados e
unidos pelo fato de dependerem do número de partículas de soluto presente em uma dada
quantidade de determinado solvente. Todas têm em comum o fato do potencial químico do
solvente no estado líquido ser diminuído na presença de um soluto, de tal forma que o
equilíbrio com a fase vapor ou com a fase sólida seja estabelecido em temperaturas diferentes,
a uma dada pressão, ou a pressões diferentes a uma dada temperatura.

A Crioscopia ou Criometria é o estudo do abaixamento da temperatura de fusão de um


solvente quando se adiciona a ele um soluto não volátil. De modo que o ponto de
congelamento desse líquido tem seu valor diminuído pela quantidade de soluto dissolvido em
seu solvente.

Segundo a Lei de Raoult, o abaixamento do ponto de congelação de um líquido pela dissolução


de uma substância qualquer é diretamente proporcional à concentração da solução. Existe
uma relação dada pela diminuição do ponto de congelamento e a molalidade em soluções
diluídas. Esta relação está sendo expressa na equação abaixo, e implica em uma dependência
diretamente proporcional à concentração das partículas dissolvidas.

tc = Kc . Mm

Onde M é a molalidade da solução, 𝐾c é a constante crioscópica do solvente e ∆𝑇𝑐 o


abaixamento da temperatura de congelamento.

A ebulioscopia ou ebuliometria é a propriedade coligativa que estuda a elevação da


temperatura de ebulição de um líquido ao se adicionar um soluto não volátil. Esse fenômeno
não depende da natureza do soluto, mas apenas do número de suas partículas presentes na
solução, a ebulioscopia é uma propriedade coligativa. Isso acontece porque as moléculas de
açúcar interagem com as moléculas de água, diminuindo a pressão de vapor desse líquido.
Visto que a pressão do líquido fica menor que a pressão externa (atmosférica), é preciso
aquecer ainda mais o sistema para que a pressão de vapor da solução iguale-se à pressão
atmosférica e aí sim entre em ebulição. Desse modo, a temperatura em que entrará em
ebulição será maior.

Analogamente à crioscopia, também existe uma relação entre a elevação da temperatura de


ebulição e a molalidade apresentada pela solução. Esta relação está sendo expressa na
equação abaixo, e implica em uma dependência diretamente proporcional à concentração das
partículas dissolvidas

te = Ke . Me

onde Me é a molalidade da solução, 𝐾e a constante ebulioscópica do solvente e te a elevação


da temperatura de ebulição.
Ambas, criometria e ebulioscopia são propriedades coligativas que dependem da diminuição
da tendência de escape das moléculas de solvente pela adição das partículas do soluto. A
tendência de escape é a tendência apresentada pelas moléculas para escapar da fase na qual
se encontram. Logo, o reflexo dessa dependência é a diminuição no abaixamento da
temperatura de congelamento e a elevação do ponto de ebulição de um líquido após a adição
de um soluto não volátil.

OBJETIVO

Observar as propriedades coligativas da água como solvente puro e quando na forma de


solução com a glicose, determinar a massa molecular dos compostos a partir da variação de
temperatura nos processos de criometria e ebulioscopia, como também, fazer uma
comparação entre os dois métodos.

MATERIAIS E REAGENTES

- Cronômetro

- Dois termômetros

- Béquer de 1000 mL para banho de gelo com sal

- Béquer de 250 mL

- Tubo de ensaio de diâmetro largo

- Glicose

- Água destilada

- Pipeta 20 mL

- Gelo

- Vidro de relógio

- Chapa aquecedora

- Bastão de vidro

- Sal grosso

- Agitador magnético
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

PARTE A: CRIOSCOPIA

- Em um primeiro momento foi preparado um banho de gelo com sal em um béquer de 1000
mL. Foram pipetados 20 mL de água destilada e adicionados ao tudo de ensaio de diâmetro
largo.

- O tubo de ensaio foi colocado no béquer que continha o banho de gelo. Com o auxilio de um
bastão de vidro foi feita uma agitação manual lenta e de 30 em 30 segundos foram coletadas
as temperaturas da água até o momento que ela apresentasse sinais de congelamento.

- Depois do teste com o solvente puro, a água destilada, foi à vez de fazer o mesmo teste com
as soluções de glicose. Na primeira solução de glicose, foi adicionada ao tubo de diâmetro
largo 2,007g e para a segunda solução foram adicionados mais 2,014g, totalizando 4,021g de
glicose. O procedimento realizado no teste com solvente puro foi realizado com as soluções de
glicose.

PARTE B: EBULIOSCOPIA

- Foram pipetados 20 mL de água destilada para um béquer de 250 mL. Esse béquer foi posto
sob uma chapa aquecedora com temperatura entre 100 – 110 °C e colocado um agitador
magnético a fim de manter uma leve agitação. Durante o aquecimento, a cada 30 a 30
segundos, a temperatura da solução foi medida até que começasse a ebulição.

- Depois do teste com o solvente puro, a água destilada, foi à vez de fazer o mesmo teste com
as soluções de glicose. Para a primeira solução de glicose foram pesados e adicionados aos 20
mL de água destilada 2g de glicose e para a segunda solução de glicose o béquer com a
segunda solução de glicose, utilizado na parte anterior (Crioscopia), foi reaproveitado,
contendo esse 4,021g de glicose.

- Todo o procedimento realizado para o solvente puro, água destilada, foi feito para as
soluções de glicose.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

PARTE A: CRIOSCOPIA

Os resultados esperados experimentalmente para o efeito crioscópico seria a diminuição do


ponto de congelamento de um líquido quando adicionamos um soluto não volátil a ele. A
diminuição do ponto de congelamento ao adicionarmos glicose é devido a interação, da água e
glicose, por meio de forças intermoleculares, o que dificulta que as moléculas da água passem
para o estado sólido. Quanto maior o número de partículas dissolvidas em uma solução,
menor será o seu ponto de congelamento.
Representamos na tabela a seguir os valores experimentais referente ao ponto de
congelamento do solvente puro e das soluções de glicose.

Solvente puro Solução 1 Solução 2

M(adicionada) = 2,007g M(adicionada)= 4,084g

Tempo (s) T (°C) Tempo (s) T (°C) Tempo (s) T (°C)

0 25°C 0 25°C 0 25°C

30 14°C 30 5°C 30 15°C

60 9°C 60 3°C 60 9°C

90 4°C 90 2°C 90 7°C

120 0°C 120 0°C 120 4°C

150 -1°C 150 -1°C 150 1°C

180 180 -2°C 180 0°C

210 210 210 -1°C

240 240 240 -2°C

270 270 270 -4°C

Tabela 1: Dados experimentais obtidos referentes ao experimento de crioscopia

As temperaturas destacadas, significam o exato momento em que as amostras começaram a


tornar-se sólidas.

Analisando os dados da tabela, concluímos que a solução 2, aonde tinha a maior massa de
glicose adicionada, apresentou uma menor temperatura de congelamento quando comparada
com a outra solução de glicose e o solvente puro.

Com os resultados coletados, plotamos gráficos, para o análise do comportamento dessas


substâncias.
SOLVENTE PURO
30

25
Temperatura(°C)
20

15

10

0
0 20 40 60 80 100 120 140 160
Tempo(s)

Gráfico 1: Temperatura versus tempo para o solvente puro

Imagem 1 - Solvente puro no ponto de congelamento

O Gráfico 1 mostra a relação entre a temperatura (°C) e o tempo decorrido para o


congelamento da amostra de água pura. Através da análise do Gráfico 1 e da Tabela 1,
percebemos que a água pura começa a mudar de fase, de líquido para sólido, à uma
temperatura de 0°C a partir de 120 segundos.

SOLUÇÃO 1
30

25
Temperatura(°C)

20

15

10

0
0 50 100 150 200
Tempo(s)

Gráfico 2: Temperatura versus tempo para o solução 1


Imagem 2 – Solução 1 no ponto de congelamento

O Gráfico 2 relaciona a temperatura (°C) e o tempo de congelamento para a amostra com


massa de 2,007g de glicose adicionados. Através da análise do Gráfico 2 e da Tabela 1,
percebemos que a solução de glicose 2,007g começa a mudar de fase, de líquido para sólido, à
uma temperatura de -2°C.

SOLUÇÃO 2
30

25

20
Temperatura(°C)

15

10

0
0 50 100 150 200 250 300
-5

-10
Tempo (s)

Gráfico 3: Temperatura versus tempo para o solução 2

Imagem 3 – Solução 2 no ponto de congelamento

O Gráfico 3 mostra a relação entre a temperatura (°C) e o tempo decorrido para o


congelamento da amostra de água após adição e homogeneização de 4,084g de glicose.
Através da análise do Gráfico 3 e da Tabela 1, percebemos que a solução de glicose 4,084g
começa a mudar de fase, de líquido para sólido, à uma temperatura de -4°C.
O Gráfico a seguir mostra a relação entre a temperatura (°C) e o tempo decorrido para o
congelamento das soluções.

Crioscopia
30
25
20
Temperatura (°C)

15
10
5
Série2
0
0 2 4 6 8 10 12 Série3
-5
Série4
-10
Tempo (s)

Gráfico 4: Temperatura versus tempo para o solvente puro, solução 1 e 2


Série 2 – Solvente puro
Série 3 – Solução 1
Série 4 – Solução 2

A partir dos dados experimentais foi calculado a massa molar das soluções 1 e 2. A realização
do cálculo crioscópico leva em consideração a seguinte variação:

𝛥𝑇𝐶 = 𝑇₂ − 𝑇

𝑇₂ = 𝑃𝑜𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑛𝑔𝑒𝑙𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑜 𝑠𝑜𝑙𝑣𝑒𝑛𝑡𝑒

𝑇 = 𝑃𝑜𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑛𝑔𝑒𝑙𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑜 𝑠𝑜𝑙𝑣𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑛𝑎 𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜

Dessa forma, a equação 1 representa a relação da variação do ponto de congelamento com a


massa da solução e a constante crioscópica da água (KC):

𝛥𝑇𝐶 = 𝐾𝐶 × 𝑚 Equação 1

Onde, 𝐾 possui valor igual à 1,86K kg mol -1.

Resolvendo a equação 1 com os dados experimentais da solução 1:

(273 − 271) = 𝐾𝐶 × 𝑚

(273 − 271)
𝑚(1) =
1,86 mol−1 𝐾 𝐾𝑔

𝑚(1) = 1,08 Kg −1 𝑚𝑜𝑙

Calculando 𝑛𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜 :
𝑛𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜
𝑚=
𝑚𝑠𝑜𝑙𝑣𝑒𝑛𝑡𝑒

𝑛𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜 = 1,08 Kg −1 𝑚𝑜𝑙 . 20 × 10−3 𝐾𝑔

𝑛𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜 = 0,0216 𝑚𝑜𝑙

Calculando a 𝑀𝑀𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜 :
𝑚𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜
𝑀𝑀𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜 =
𝑛𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜

2,007𝑔
𝑀𝑀𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜 =
0,0216 𝑚𝑜𝑙

𝑀𝑀𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜 = 92,92 𝑔/𝑚𝑜𝑙

Resolvendo a equação 1 com os dados experimentais da solução 2:

(273 − 269) = 𝐾𝐶 × 𝑚

(273 − 269)
𝑚(2) =
1,86 mol−1 𝐾 𝐾𝑔

𝑚(2) = 2,15 Kg −1 𝑚𝑜𝑙

Calculando 𝑛𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜 :
𝑛𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜
𝑚=
𝑚𝑠𝑜𝑙𝑣𝑒𝑛𝑡𝑒

𝑛𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜 = 2,15 Kg −1 𝑚𝑜𝑙 . 20 × 10−3 𝐾𝑔

𝑛𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜 = 0,043 𝑚𝑜𝑙

Calculando a 𝑀𝑀𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜 :
𝑚𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜
𝑀𝑀𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜 =
𝑛𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜

4,084𝑔
𝑀𝑀𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜 =
0,043 𝑚𝑜𝑙

𝑀𝑀𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜 = 94,97 𝑔/𝑚𝑜𝑙

Sabendo que a massa molar da glicose é aproximadamente 180,2 𝑔𝑚𝑜𝑙-1 é possível calcular o
erro relativo percentual entre os resultados obtidos experimentalmente e o valor real.
|92,92 − 180,2|
𝐸𝑟 = × 100% = 0,48%
180,2

|94,97 − 180,2|
𝐸𝑟 = × 100% = 0,47%
180,2

Esse método, não determina a massa molar com uma certa precisão, porém o erro é menor do
que 10%, caracterizando o processo como uma valiosa ferramenta que pode ser utilizada por
químicos (BRADY; HUMISTON, 1986).

PARTE B: EBULIOSCOPIA

O efeito ebulioscópico é o aumento do ponto de ebulição de um líquido quando adicionamos


um soluto não volátil a ele. Podemos analisar esse efeito pelos dados experimentais obtidos
representados na tabela abaixo:

Solvente puro Solução 1 Solução 2

M(adicionada) = 2,00g M(adicionada)= 4,00g

Tempo (s) T (°C) Tempo (s) T (°C) Tempo (s) T (°C)

0 25°C 0 25°C 0 25°C

30 30°C 30 35°C 30 33°C

60 39°C 60 40°C 60 49°C

90 41°C 90 60°C 90 65°C

120 60°C 120 72°C 120 70°C

150 75°C 150 80°C 150 83°C

180 81°C 180 84°C 180 84°C

210 82°C 210 89°C 210 89°C

240 84°C 240 240 95°C

270 87°C 270 270

Tabela 2: Dados experimentais obtidos referentes ao experimento de ebulioscopia

As temperaturas destacadas na tabela 2, significam o exato momento em que as amostras


começaram a tornar-se sólidas.
Imagem 1 – massa adicionada à solução 1

Analisando os dados da tabela, concluímos que a solução 2, aonde tinha a maior massa de
glicose adicionada, apresentou maior ponto de ebulição quando comparada com a outra
solução de glicose e o solvente puro.

Com os resultados coletados, plotamos gráficos, para o análise do comportamento dessas


substâncias.

SOLVENTE PURO
EBULIOSCOPIA
100
90
80
Temperatura(°C)

70
60
50
40
30
20
10
0
0 50 100 150 200 250 300
Tempo (s)

Gráfico 5: Temperatura versus tempo para o solvente puro

O Gráfico 5 mostra a relação entre a temperatura (°C) e o tempo decorrido para o ponto de
ebulição da amostra de água pura. Através da análise do Gráfico 5 e da Tabela 2, percebemos
que a água pura começa a mudar de fase, de líquido para gasoso, à uma temperatura de 81°C
a partir de 180 segundos.
SOLUÇÃO 1
EBULIOSCOPIA
90
80
70
Temperatura(°C)

60
50
40
30
20
10
0
0 50 100 150 200 250
Tempo (s)

Gráfico 6: Temperatura versus tempo para solução 1

O Gráfico 6 mostra a relação entre a temperatura (°C) e o tempo decorrido para o ponto de
ebulição da amostra de água pura. Através da análise do Gráfico 6 e da Tabela 2, percebemos
que a água pura começa a mudar de fase, de líquido para gasoso, à uma temperatura de 89°C
a partir de 210 segundos.

SOLUÇÃO 2
EBULIOSCOPIA
100
90
80
Temperatura(°C)

70
60
50
40
30
20
10
0
0 50 100 150 200 250 300
Tempo (s)

Gráfico 7: Temperatura versus tempo para solução 2

O Gráfico 7 mostra a relação entre a temperatura (°C) e o tempo decorrido para o ponto de
ebulição da amostra de água pura. Através da análise do Gráfico 7 e da Tabela 2, percebemos
que a água pura começa a mudar de fase, de líquido para gasoso, à uma temperatura de 95°C
a partir de 240 segundos.

Através da relação dada pela elevação do ponto de ebulição e a molalidade em soluções


diluídas expressa pela Equação 2 abaixo, foi calculado a molalidade e massa molar das
soluções 1 e 2:
𝛥𝑇𝑒 = 𝐾𝑒 × 𝑚 Equação 2

Onde, 𝐾𝑒𝑏 possui valor igual à 0,51 K kg 𝑚𝑜𝑙−1, e representa a constante ebulioscópica da água.

Resolvendo a Equação 2 com os dados experimentais, para a solução 1:

𝛥𝑇𝑒 = 𝐾𝑒 × 𝑚

(362 − 354) = 𝐾𝐶 × 𝑚

(362 − 354)
𝑚(1) =
0,51 mol−1 𝐾 𝐾𝑔

𝑚(1) = 15,69 Kg −1 𝑚𝑜𝑙

Calculando 𝑀𝑀𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜 :
𝑚𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜
𝑀𝑀𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜 =
𝑚 . 𝑚𝑠𝑜𝑙𝑣𝑒𝑛𝑡𝑒

2,00𝑔
𝑀𝑀𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜 =
15,69 Kg −1 𝑚𝑜𝑙 . 20 × 10−3 𝐾𝑔

𝑀𝑀𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜 = 6,37 𝑔/𝑚𝑜𝑙

Resolvendo a Equação 2 com os dados experimentais, para a solução 2:

𝛥𝑇𝑒 = 𝐾𝑒 × 𝑚

(368 − 354) = 𝐾𝐶 × 𝑚

(368 − 354)
𝑚(2) =
0,51 mol−1 𝐾 𝐾𝑔

𝑚(2) = 27,45 Kg −1 𝑚𝑜𝑙

Calculando 𝑀𝑀𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜 :
𝑚𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜
𝑀𝑀𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜 =
𝑚 . 𝑚𝑠𝑜𝑙𝑣𝑒𝑛𝑡𝑒

4,00𝑔
𝑀𝑀𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜 =
27,45 Kg −1 𝑚𝑜𝑙 . 20 × 10−3 𝐾𝑔

𝑀𝑀𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜 = 7,30 𝑔/𝑚𝑜𝑙


Relembrando que massa molar da glicose é aproximadamente 180,2 𝑔𝑚𝑜𝑙 −1 é possível
calcular o erro relativo percentual entre os resultados obtidos experimentalmente e o valor
real.

|6,37 − 180,2|
𝐸𝑟 = × 100% = 0,96%
180,2

|7,30 − 180,2|
𝐸𝑟 = × 100% = 0,95%
180,2

Fazendo um comparativo entre os erros relativos percentuais entre o método da Crioscopia e


ebulioscopia pode-se afirmar que o primeiro método garante grandes resultados.

CONCLUSÃO

A partir dos dados obtidos experimentalmente, foram plotados gráficos de temperatura (°C)
versus tempo (s) para o solvente puro e para as soluções de glicose. Os gráficos nos mostram o
estudo da crioscopia e ebulioscopia, ou seja, o momento no qual as soluções começam entrar
em congelamento ou ebulição nos diferentes sistemas experimentais. Tais parâmetros fazem
parte das propriedades coligativas das soluções e como visto, depende da concentração de
solvente adicionado à ela. Assim, o reflexo dessa dependência é a diminuição no abaixamento
da temperatura de congelamento e a elevação do ponto de ebulição da solução proporcional à
adição de glicose (soluto). Onde a solução com maior concentração de soluto apresentou
menor temperatura de congelamento e maior temperatura de ebulição. Outra característica
resultante dos experimentos realizados foi o possível cálculo da massa molar (MM) do soluto
através da relação entre as temperaturas e constantes crioscópicas e ebulioscópicas. Na
análise crioscópica obteve-se valores de massa molar da glicose mais próximos do encontrado
na literatura. Diferentemente, a análise através da ebulioscopia proporcionou valores
discrepantes da massa molar do soluto utilizado. Dessa forma, a crioscopia apresentou-se
como uma técnica mais precisa para a determinação da massa molar de um soluto.

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