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EXPERIMENTO 3
CRIOMETRIA E EBULIOSCOPIA
NATAL/RN
2022
INTRODUÇÃO
tc = Kc . Mm
te = Ke . Me
OBJETIVO
MATERIAIS E REAGENTES
- Cronômetro
- Dois termômetros
- Béquer de 250 mL
- Glicose
- Água destilada
- Pipeta 20 mL
- Gelo
- Vidro de relógio
- Chapa aquecedora
- Bastão de vidro
- Sal grosso
- Agitador magnético
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
PARTE A: CRIOSCOPIA
- Em um primeiro momento foi preparado um banho de gelo com sal em um béquer de 1000
mL. Foram pipetados 20 mL de água destilada e adicionados ao tudo de ensaio de diâmetro
largo.
- O tubo de ensaio foi colocado no béquer que continha o banho de gelo. Com o auxilio de um
bastão de vidro foi feita uma agitação manual lenta e de 30 em 30 segundos foram coletadas
as temperaturas da água até o momento que ela apresentasse sinais de congelamento.
- Depois do teste com o solvente puro, a água destilada, foi à vez de fazer o mesmo teste com
as soluções de glicose. Na primeira solução de glicose, foi adicionada ao tubo de diâmetro
largo 2,007g e para a segunda solução foram adicionados mais 2,014g, totalizando 4,021g de
glicose. O procedimento realizado no teste com solvente puro foi realizado com as soluções de
glicose.
PARTE B: EBULIOSCOPIA
- Foram pipetados 20 mL de água destilada para um béquer de 250 mL. Esse béquer foi posto
sob uma chapa aquecedora com temperatura entre 100 – 110 °C e colocado um agitador
magnético a fim de manter uma leve agitação. Durante o aquecimento, a cada 30 a 30
segundos, a temperatura da solução foi medida até que começasse a ebulição.
- Depois do teste com o solvente puro, a água destilada, foi à vez de fazer o mesmo teste com
as soluções de glicose. Para a primeira solução de glicose foram pesados e adicionados aos 20
mL de água destilada 2g de glicose e para a segunda solução de glicose o béquer com a
segunda solução de glicose, utilizado na parte anterior (Crioscopia), foi reaproveitado,
contendo esse 4,021g de glicose.
- Todo o procedimento realizado para o solvente puro, água destilada, foi feito para as
soluções de glicose.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
PARTE A: CRIOSCOPIA
Analisando os dados da tabela, concluímos que a solução 2, aonde tinha a maior massa de
glicose adicionada, apresentou uma menor temperatura de congelamento quando comparada
com a outra solução de glicose e o solvente puro.
25
Temperatura(°C)
20
15
10
0
0 20 40 60 80 100 120 140 160
Tempo(s)
SOLUÇÃO 1
30
25
Temperatura(°C)
20
15
10
0
0 50 100 150 200
Tempo(s)
SOLUÇÃO 2
30
25
20
Temperatura(°C)
15
10
0
0 50 100 150 200 250 300
-5
-10
Tempo (s)
Crioscopia
30
25
20
Temperatura (°C)
15
10
5
Série2
0
0 2 4 6 8 10 12 Série3
-5
Série4
-10
Tempo (s)
A partir dos dados experimentais foi calculado a massa molar das soluções 1 e 2. A realização
do cálculo crioscópico leva em consideração a seguinte variação:
𝛥𝑇𝐶 = 𝑇₂ − 𝑇
𝛥𝑇𝐶 = 𝐾𝐶 × 𝑚 Equação 1
(273 − 271) = 𝐾𝐶 × 𝑚
(273 − 271)
𝑚(1) =
1,86 mol−1 𝐾 𝐾𝑔
Calculando 𝑛𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜 :
𝑛𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜
𝑚=
𝑚𝑠𝑜𝑙𝑣𝑒𝑛𝑡𝑒
Calculando a 𝑀𝑀𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜 :
𝑚𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜
𝑀𝑀𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜 =
𝑛𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜
2,007𝑔
𝑀𝑀𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜 =
0,0216 𝑚𝑜𝑙
(273 − 269) = 𝐾𝐶 × 𝑚
(273 − 269)
𝑚(2) =
1,86 mol−1 𝐾 𝐾𝑔
Calculando 𝑛𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜 :
𝑛𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜
𝑚=
𝑚𝑠𝑜𝑙𝑣𝑒𝑛𝑡𝑒
Calculando a 𝑀𝑀𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜 :
𝑚𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜
𝑀𝑀𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜 =
𝑛𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜
4,084𝑔
𝑀𝑀𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜 =
0,043 𝑚𝑜𝑙
Sabendo que a massa molar da glicose é aproximadamente 180,2 𝑔𝑚𝑜𝑙-1 é possível calcular o
erro relativo percentual entre os resultados obtidos experimentalmente e o valor real.
|92,92 − 180,2|
𝐸𝑟 = × 100% = 0,48%
180,2
|94,97 − 180,2|
𝐸𝑟 = × 100% = 0,47%
180,2
Esse método, não determina a massa molar com uma certa precisão, porém o erro é menor do
que 10%, caracterizando o processo como uma valiosa ferramenta que pode ser utilizada por
químicos (BRADY; HUMISTON, 1986).
PARTE B: EBULIOSCOPIA
Analisando os dados da tabela, concluímos que a solução 2, aonde tinha a maior massa de
glicose adicionada, apresentou maior ponto de ebulição quando comparada com a outra
solução de glicose e o solvente puro.
SOLVENTE PURO
EBULIOSCOPIA
100
90
80
Temperatura(°C)
70
60
50
40
30
20
10
0
0 50 100 150 200 250 300
Tempo (s)
O Gráfico 5 mostra a relação entre a temperatura (°C) e o tempo decorrido para o ponto de
ebulição da amostra de água pura. Através da análise do Gráfico 5 e da Tabela 2, percebemos
que a água pura começa a mudar de fase, de líquido para gasoso, à uma temperatura de 81°C
a partir de 180 segundos.
SOLUÇÃO 1
EBULIOSCOPIA
90
80
70
Temperatura(°C)
60
50
40
30
20
10
0
0 50 100 150 200 250
Tempo (s)
O Gráfico 6 mostra a relação entre a temperatura (°C) e o tempo decorrido para o ponto de
ebulição da amostra de água pura. Através da análise do Gráfico 6 e da Tabela 2, percebemos
que a água pura começa a mudar de fase, de líquido para gasoso, à uma temperatura de 89°C
a partir de 210 segundos.
SOLUÇÃO 2
EBULIOSCOPIA
100
90
80
Temperatura(°C)
70
60
50
40
30
20
10
0
0 50 100 150 200 250 300
Tempo (s)
O Gráfico 7 mostra a relação entre a temperatura (°C) e o tempo decorrido para o ponto de
ebulição da amostra de água pura. Através da análise do Gráfico 7 e da Tabela 2, percebemos
que a água pura começa a mudar de fase, de líquido para gasoso, à uma temperatura de 95°C
a partir de 240 segundos.
Onde, 𝐾𝑒𝑏 possui valor igual à 0,51 K kg 𝑚𝑜𝑙−1, e representa a constante ebulioscópica da água.
𝛥𝑇𝑒 = 𝐾𝑒 × 𝑚
(362 − 354) = 𝐾𝐶 × 𝑚
(362 − 354)
𝑚(1) =
0,51 mol−1 𝐾 𝐾𝑔
Calculando 𝑀𝑀𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜 :
𝑚𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜
𝑀𝑀𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜 =
𝑚 . 𝑚𝑠𝑜𝑙𝑣𝑒𝑛𝑡𝑒
2,00𝑔
𝑀𝑀𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜 =
15,69 Kg −1 𝑚𝑜𝑙 . 20 × 10−3 𝐾𝑔
𝛥𝑇𝑒 = 𝐾𝑒 × 𝑚
(368 − 354) = 𝐾𝐶 × 𝑚
(368 − 354)
𝑚(2) =
0,51 mol−1 𝐾 𝐾𝑔
Calculando 𝑀𝑀𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜 :
𝑚𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜
𝑀𝑀𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜 =
𝑚 . 𝑚𝑠𝑜𝑙𝑣𝑒𝑛𝑡𝑒
4,00𝑔
𝑀𝑀𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜 =
27,45 Kg −1 𝑚𝑜𝑙 . 20 × 10−3 𝐾𝑔
|6,37 − 180,2|
𝐸𝑟 = × 100% = 0,96%
180,2
|7,30 − 180,2|
𝐸𝑟 = × 100% = 0,95%
180,2
CONCLUSÃO
A partir dos dados obtidos experimentalmente, foram plotados gráficos de temperatura (°C)
versus tempo (s) para o solvente puro e para as soluções de glicose. Os gráficos nos mostram o
estudo da crioscopia e ebulioscopia, ou seja, o momento no qual as soluções começam entrar
em congelamento ou ebulição nos diferentes sistemas experimentais. Tais parâmetros fazem
parte das propriedades coligativas das soluções e como visto, depende da concentração de
solvente adicionado à ela. Assim, o reflexo dessa dependência é a diminuição no abaixamento
da temperatura de congelamento e a elevação do ponto de ebulição da solução proporcional à
adição de glicose (soluto). Onde a solução com maior concentração de soluto apresentou
menor temperatura de congelamento e maior temperatura de ebulição. Outra característica
resultante dos experimentos realizados foi o possível cálculo da massa molar (MM) do soluto
através da relação entre as temperaturas e constantes crioscópicas e ebulioscópicas. Na
análise crioscópica obteve-se valores de massa molar da glicose mais próximos do encontrado
na literatura. Diferentemente, a análise através da ebulioscopia proporcionou valores
discrepantes da massa molar do soluto utilizado. Dessa forma, a crioscopia apresentou-se
como uma técnica mais precisa para a determinação da massa molar de um soluto.