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FÍSICA 2 EXPERIMENTAL
TURMA J
1. Objetivos
A partir da realização do experimento procurou-se observar a relação entre pressão
e volume de vapor à uma temperatura constante, e o comportamento de como a pressão de
vapor varia com temperatura dada um volume constante. Por fim com os dados adquiridos
estimou-se os valores do calor latente de vaporização da água e da umidade relativa do ar
no local.
2. Introdução
Pressão de vapor é a pressão exercida por um vapor quando este está em equilíbrio
termodinâmico com o líquido que lhe deu origem. Com relação à água, a quantidade de água
que evapora é a mesma quantidade que se condensa. A pressão de vapor é uma medida da
tendência de evaporação de um líquido. Quanto maior for a sua pressão de vapor, mais volátil
será o líquido, e menor será sua temperatura de ebulição relativamente a outros líquidos com
menor pressão de vapor à mesma temperatura de referência. Por exemplo, como o álcool
possui temperatura de ebulição menor que à água, o álcool possui pressão de vapor maior que
a água, evaporando com uma velocidade maior. Logo, a pressão de vapor depende do calor
latente de vaporização.
Qualquer que seja a temperatura, a tendência do líquido é vaporizar até atingir o
equilíbrio termodinâmico, que acontece quando a taxa de vapor condensado é igual à taxa de
líquido vaporizado. Para isso acontecer, ou seja, para um líquido entrar em ebulição, é
necessário que a pressão do sistema seja a pressão de vapor da substância. Em locais com
altitudes maiores, por exemplo, a pressão local é menor, consequentemente, o ponto de
ebulição será menor.
Já a umidade relativa do ar é a relação entre a quantidade de água existente no ar e a
quantidade máxima que poderia haver na mesma temperatura (ponto de saturação). Esse dado
é usado frequentemente nas medições meteorológicas, sendo aplicada em porcentagem para
um fácil entendimento. Essa umidade presente no ar é decorrente da água dos rios e mares que
evaporam, mas não alcançam altitudes de formação de nuvens. Quando um material é exposto
à umidade, este ajusta sua temperatura de forma a atingir um equilíbrio com o ambiente,
perdendo ou ganhando água. Isso ocorre quando a pressão de vapor da superfície do material
se iguala a pressão de vapor de água do ar que o envolve. Assim, quando se diz que a umidade
relativa do ar está em 100%, implica dizer que o ar, na temperatura em que se encontra, está
saturado com água, não sendo mais capaz de absorver este elemento.
3. Material Utilizado
Utilizou-se para a realização do experimento os seguintes materiais: recipiente de
medida com controle de temperatura, reservatório de armazenamento de mercúrio, régua
graduada, aquecedor com circulador de água, termômetro, água, gelo e copo metálico.
4. Procedimento Experimental
Na primeira parte do experimento, coletou-se os dados da pressão atmosférica no
ambiente, retirou-se a rolha do reservatório de mercúrio e ligou-se o circulador de água a
temperatura ambiente. Em seguida igualou-se a pressão do recipiente com a pressão
atmosférica colocando o mercúrio do recipiente e do reservatório no mesmo nível.
Realizada as devidas configurações diminui-se gradualmente a altura do reservatório de
mercúrio afim de diminuir a pressão no recipiente de mercúrio; para cada medida anotou-se
o volume da coluna de vapor de água. Com os dados obtidos construiu-se um gráfico
pressão absoluta por volume de vapor.
Na segunda parte igualou-se novamente os níveis de mercúrio, adicionou-se gelo ao
circulador de água para que o mesmo atingisse a temperatura de 8°C. Em seguida colocou-
se o reservatório de mercúrio numa altura em que o volume de vapor fosse facilmente lido.
Com o circulador de água aumentou-se a temperatura gradualmente; para cada medida de
temperatura, igualou-se o volume de vapor ao pré-estabelecido (de forma que fosse
constante) e anotou-se a pressão de vapor para cada valor de temperatura. Com os dados
fez-se gráficos de pressão absoluta por temperatura (PxT) e pressão absoluta pelo inverso
da temperatura (Px1/T); por fim estimou-se o valor do calor latente de vaporização da água.
Na terceira parte estimou-se o valor da pressão de vapor à temperatura ambiente,
utilizando-se dos dados obtidos. Em seguida em um copo metálico com um quarto de água
adicionou-se água gelada até o momento que o copo começasse a “soar” (ponto de
orvalho), anotou-se a temperatura do copo. Calculou-se a pressão de vapor para tal
temperatura, que teoricamente corresponde a pressão parcial de vapor à temperatura
ambiente e por fim; estimou-se a umidade relativa do ar.
5. Dados Experimentais
Tabela 2: Volume do vapor em função da pressão absoluta à qual a água estava sujeita
Pressão Absoluta Volume (cm) Pressão Absoluta Volume (cm)
(cmHg) (cmHg)
3,5 25,6
7. Conclusão
A partir do experimento realizado, pôde-se concluir que, à temperatura constante,
uma diminuição de pressão provoca um maior volume de vapor, pois a taxa de evaporação
fica maior que a taxa de condensação e mais vapor será produzido até que o equilíbrio seja
atingido, logo, o volume de vapor aumentará, mas sua pressão permanecerá constante e
igual à pressão de vapor. Além disso, concluiu-se que, um aumento de temperatura
acarreta o aumento da pressão de vapor, pois a taxa de vaporização será favorecida com
mais moléculas passando ao estado gasoso, aumentando a pressão do sistema e,
consequentemente, o aumento de colisões de moléculas na fase gasosa com a superfície
do líquido, fazendo-as retornar à fase líquida até atingir o equilíbrio. Ademais, com o
experimento foi possível calcular o calor latente de vaporização da água, cujo resultado
obtido foi de 36856.512 J/mol, com um erro de 9,4% para o resultado conhecido. Com o uso
da curva do gráfico da pressão de vapor em função da temperatura, foi possível obter o
valor da umidade relativa do ar, cujo valor foi de 66,74%. Ambos resultados obtidos são
válidos para as condições disponibilizadas em laboratório.