UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO

FACULDADE DE ENGENHARIA E ARQUITETURA

ENGENHARIA MECÂNICA
Laboratório de Ciências Térmicas
e Fenômenos do Transporte

EXPERIMENTO 4: DETERMINAÇÃO DA CURVA DE SATURAÇÃO DA

ÁGUA

Ismael Anildo Kaiser – 141982@upf.br

Victor Nathan dos Santos Allebrandt – 173792@upf.br

Willian Reginato Joergensen – 112698@upf.br

Prof. Auro Candido Marcolan – marcolan@upf.br

Passo Fundo, 17 de março de 2023.

RESUMO

O processo que ocorre dentro do domo de vapor leva em consideração que a

pressão e a temperatura serão as propriedades dependentes. Assim, para cada
temperatura haverá apenas uma pressão e vice-versa, sendo independente das
proporções de líquido e vapor que está dentro do recipiente. Sendo assim, é possível
acompanhar a relação entre a temperatura e a pressão no interior do recipiente, á medida
que o sistema perde calor.

Palavras-chave: temperatura, pressão, calor, domo de vapor.

1. INTRODUÇÃO

Processos isovolumétricos ou transformações isovolumétricas são processos que

ocorrem substâncias de trabalho durante ciclos termodinâmicos, sem que ocorra a
variação do volume dessas substâncias como por exemplo, quando se cozinha algum
alimento na panela de pressão, a temperatura e a pressão no interior da panela
aumentam sem que haja o aumento do volume da água e do vapor no interior da panela.
Os processos isovolumétricos ocorrem quando há mudanças de pressão e temperatura
no interior do recipiente rígido ou recipientes que não variam o seu volume.

Nestes processos, a pressão e a temperatura são grandezas diretamente

proporcionais, ou seja, um aumento de pressão acarretará um aumento da temperatura e
vice-versa

1.1 Objetivos Gerais e Específicos

1) Determinar experimentalmente a curva de saturação da água
2) Comparar os valores experimentais com os valores obtidos pelas equações de
estado (apresentados em tabelas termodinâmicas).

2. METODOLOGIA

Para que a realização do experimento se utilizou um recipiente metálico rígido e

fechado contendo água destilada em seu interior, conforme a Figura 1. A água foi
aquecida através de resistências elétricas que estão localizadas no interior do recipiente
até o seu ponto de ebulição com válvulas abertas. Após esse momento, fecham-se as
válvulas para que o volume contido no interior do recipiente continue o mesmo.
Posteriormente visualiza-se a pressão no interior do recipiente através de um
manômetro de vácuo conforme a Figura 2 (a), contando-se o decréscimo de cada grau
centigrado de temperatura fornecido pelo mostrador digital mostrado na Figura 2 (b),
anotou-se o valor da pressão exibido pelo manômetro. As anotações de pressões foram
registradas até a temperatura de 79,9°C. Desta forma, com os valores anotados foi
possível traçar a curva de saturação da água e posteriormente, a curva é comparada com
as curvas de saturação fornecida pela literatura de que conduziu o experimento.

Figura. 1 – Recipiente metálico rígido (Domo de vapor).

Fonte: Laboratório de Ciências Térmicas e Fenômenos do Transporte.
Universidade de Passo Fundo – Passo Fundo/RS.
 (a) (b)
Figura. 2 (a) – Manômetro de vácuo.
Figura. 2 (b) – Medidor de temperatura digital
Fonte: Laboratório de Ciências Térmicas e Fenômenos do Transporte.
Universidade de Passo Fundo – Passo Fundo/RS.

3. RESULTADOS E DISCUSSÕES

No inicio da realização do experimento, a pressão atmosférica do ambiente era

de 943 hPa, desta forma, primeiramente calculou-se a incerteza levando a consideração
a temperatura, por meio da equação 1.

δx 0,1
σ T= = =0,06 ° C (1)
√ 3 √3

Para a obtenção da pressão atmosférica utilizou-se um barômetro analógico

instalado no laboratório. Para isso utilizou-se a equação 2.

δx 0,1
σ atm = = =0,05hPa=0,00005 ¯
¿ (2)
2 2
 A seguir, utilizou-se a equação 3 devido a incerteza do manômetro de vácuo (
σ man).

δx 0,01
σ man= = =0,006 ¯¿ (3)
√3 √3

Por fim, com todos os valores de incertezas das pressões, foi necessário
determinar a incerteza combinada devido à uma soma das pressões atmosférica e
manométrica, através da equação 4.

σ|¿|= + σ man2= √ 0,000052 +0,006 2=¿0,006 ¯ (4)

√σ atm
2
¿ ¿¿

Desta forma, as incertezas da pressão absoluta são calculadas. A tabela 1 mostra

os resultados obtidos nas incertezas.

Tabela 1 – Incertezas calculadas

σ T (° C ) σ atm¿ ¿ σ man¿ ¿ σ|¿|¿
± 0,06 ± 0,00005 ± 0,006 ± 0,006

Durante o período de aquecimento da, foram coletadas informações sobre

pressão e temperatura ambiente, correspondentes a 25,5°C e 943 hPa. Devido a pressão
medida pelo manômetro ser relativa, devem ser somados e convertida sua unidade de
medida hPa para bar, a pressão ambiente para se obter a pressão absoluta. Os valores
medidos obtidos são apresentados na tabela 2.

Tabela 2 – Valores medidos no experimento

Pressão Pressão Pressão Pressão
Temperatura Temperatura
Medida Manométrica Absoluta Medida Manométrica Absoluta
(°C) (°C)
(bar) (bar) (bar) (bar)

1 0 91,8 0,94 19 - 0,31 87,1 0,94

2 - 0,06 91,5 0,94 20 - 0,32 86,7 0,94
3 - 0,10 91,5 0,94 21 - 0,33 86,3 0,94
4 - 0,16 91,5 0,94 22 - 0,34 85,8 0,94
5 - 0,21 91,2 0,94 23 - 0,35 85,4 0,94
 6 - 0,22 90,8 0,94 24 - 0,36 85,1 0,94
7 -0,23 90,4 0,94 25 - 0,37 84,6 0,94
8 - 0,24 90,1 0,94 26 - 0,38 83,9 0,94
10 - 0,24 89,8 0,94 27 - 0,39 83,5 0,94
11 - 0,25 89,8 0,94 28 - 0,40 83,1 0,94
12 - 0,26 89,0 0,94 29 - 0,41 82,7 0,94
13 - 0,27 88,7 0,94 30 - 0,42 82,2 0,94
14 - 0,28 88,6 0,94 31 - 0,43 81,5 0,94
15 - 0,28 88,5 0,94 32 - 0,44 80,9 0,94
16 - 0,28 88,3 0,94 33 - 0,45 80,3 0,94
17 - 0,29 88,2 0,94 34 - 0,46 79,9 0,94
18 - 0,30 87,8 0,94

Com os dados obtidos de pressão e temperatura foi possível calcular a curva de

saturação da água pela tabela 3 e posteriormente traçar a curva resultados comparados.
A curva pode ser visualizada pelo gráfico 1.

Tabela 3 – Resultado para comparação das curvas de saturação da agua.

Pressão
Pressão Absoluta Pressão Saturação
Medida Manométrica Temperatura (°C) Experimento Tabela
(bar) (bar)
(bar)
1 0 91,8 0,94 0,99
2 - 0,06 91,5 0,93 1,00
3 - 0,10 91,5 0,92 1,00
4 - 0,16 91,5 0,91 1,00
5 - 0,21 91,2 0,9 0,98
6 - 0,22 90,8 0,89 0,98
7 -0,23 90,4 0,88 0,98
8 - 0,24 90,1 0,87 1,00
10 - 0,24 89,8 0,86 0,96
11 - 0,25 89,8 0,85 0,96
12 - 0,26 89,0 0,84 0,95
13 - 0,27 88,7 0,83 0,95
14 - 0,28 88,6 0,82 0,95
15 - 0,28 88,5 0,81 0,95
16 - 0,28 88,3 0,8 0,95
17 - 0,29 88,2 0,79 0,93
18 - 0,30 87,8 0,78 0,92
19 - 0,31 87,1 0,77 0,91
20 - 0,32 86,7 0,76 0,90
21 - 0,33 86,3 0,75 0,88
 22 - 0,34 85,8 0,74 0,87
23 - 0,35 85,4 0,73 0,86
24 - 0,36 85,1 0,72 0,85
25 - 0,37 84,6 0,71 0,84
26 - 0,38 83,9 0,7 0,83
27 - 0,39 83,5 0,69 0,82
28 - 0,40 83,1 0,68 0,81
29 - 0,41 82,7 0,67 0,80
30 - 0,42 82,2 0,66 0,79
31 - 0,43 81,5 0,65 0,78
32 - 0,44 80,9 0,64 0,76
33 - 0,45 80,3 0,63 0,75
34 - 0,46 79,9 0,62 0,74

4. CONCLUSÕES
Com o resultado do experimento é possível observar claramente o comportamento
da curva de saturação da água, pelo gráfico a curva é mais evidente.
Nos pontos é possível observar a coerência entre os dados aproximando-os muito
dos dados calculados pela tabela do excel. Podemos verificar também que as incertezas
de medição também podem influenciar nestas variações.
Sendo assim, conclui-se que os dados obtidos são validos, e os procedimentos
experimentais e os valores obtidos são processados de acordo com os valores
previamente estabelecidos.